PATOLOGIAS
DA COLUNA
VERTEBRAL
Este material foi elaborado e desenvolvido por:
Ft. Érika Cássia Barroso Batista
Instrutora VOLL Pilates Group
CREFITO-3: 167261-F
APRESENTAÇÃO
O curso de Pilates Avançado nas patologias da coluna vertebral do
Voll Pilates Group tem como objetivo capacitar e habilitar o instrutor do
método Pilates para o tratamento das patologias da coluna com alta
prevalência na prática clínica, como as cervicalgias e as lombalgias
crônicas inespecíficas. O conteúdo teórico e prático foi baseado nas atuais
evidências científicas, de modo que o profissional da saúde contextualize
os conhecimentos adquiridos durante este curso para sua aplicabilidade
nos estúdios, atentando para quando fazer, por quê fazer e como fazer o
exercício considerando a individualidade de cada aluno, paciente e/ou
cliente.
Nós do grupo Voll desejamos a você um curso de excelente
qualidade.
SUMÁRIO
Introdução___________________________________________________01
Anatomia e biomecânica da coluna vertebral____________________________01
Cervicalgia crônica_____________________________________________03
Dor lombar crônica inespecífica____________________________________05
Espondilolistese_______________________________________________06
Osteoartrose_________________________________________________07
Osteoporose_________________________________________________10
Exercícios de Pilates nas patologias da coluna___________________________14
Estudo de casos______________________________________________121
Questionários validados cientificamente______________________________122
Referências bibliográficas_______________________________________126
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
INTRODUÇÃO O Pilates enfatiza a estabilidade lombopélvica, a precisão de movimento, a mobilidade segmentada da coluna, a
coordenação, o equilíbrio e o alinhamento dos segmentos (Smith e Smith, 2005). Durante os exercícios do Pilates é
primordial a estabilização estática através da manutenção da coluna neutra, principalmente para os alunos portadores de
A postura ideal é definida como individual onde os critérios biomecânicos e fisiológicos determinam o mínimo de
disfunções na coluna vertebral, não esquecer do crescimento axial que promove a ativação dos músculos multífidos. As
consumo energético e não origina sintoma de desconforto, por meio da sustentação máxima (Gardiner, 1995; Amandio,
curvaturas primárias (cifoses torácica e sacral) e secundárias (lordoses cervical e lombar) atuam como uma mola
1996). A postura é o arranjo relativo das partes do corpo para cumprir uma atividade específica. Postura e o movimento
dissipando forças compressivas e absorvendo choques, rebendo uma carga 10 vezes maior se a coluna fosse reta com fio
estão intimamente relacionados, de modo que alterações na postura provocam alterações de movimentos e vice-versa.
de prumo (Comerford e Mottram, 2001).
Tribastone (2001) considera a postura como resultado da interação recíproca de um tripé formado pelos seguintes fatores:
Por meio das técnicas orientais que visam o relaxamento, a respiração, a concentração, o controle e a flexibilidade,
somadas à técnica ocidental, que enfatizam a força e resistência muscular, surgiu a essência do método Pilates. Centrado
em seis os princípios: centralização, concentração, controle, respiração, precisão e fluidez (Di Lorenzo, 2011).
Os exercícios do método envolvem as contrações isotônicas (concêntricas e excêntricas) e isométricas, com ênfase
no que Joseph Pilates denominou de powerhouse ou casa de força, composta pelos músculos diafragma, transverso do
abdome, multífidos e assoalho pélvico. Estes músculos são responsáveis pela estabilização do corpo, de modo que os
exercícios são facilmente transferidos para as atividades do dia a dia, dando funcionalidade ao aluno. De acordo com Silva
e Mannrich (2009), durante os exercícios do Pilates a expiração é associada à contração do powerhouse e, durante a
inspiração ocorre a ativação do diafragma.
Figura 1: Coluna vertebral nos planos frontal e sagital com as curvaturas fisiológicas
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PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Uma vértebra típica é composta pelo corpo vertebral, forame vertebral, dois pedículos, dois processos transversos, com maior incidência de lesões ocorre entre L5-S1, neste nível vertebral ocorre maior descarga de peso do que em
duas articulações zigapofisárias superiores e duas inferiores, duas lâminas e processo espinhoso posteriormente. (Figura qualquer outro nível, também ocorre a transição do segmento móvel (L5) para o segmento fixo (S1), o que aumenta o
2). estresse/compressão nessa região.
Nas patologias da coluna lombar, deve-se atentar também para a articulação sacroilíaca, pois se tornam rígida com
a idade, ocorrendo em alguns casos até a anquilose. Embora os músculos pélvicos forneçam a estabilidade articulação
sacroilíaca, esta não possui músculos que controlam diretamente seus movimentos. Em 2002, Richardson concluiu que a
contração do transverso do abdome em co-contração com os multífidos diminui a frouxidão da articulação sacroilíaca,
diminuindo a dor lombar. Quando há presença de dor nesta articulação, também ocorre a fraqueza do glúteo médio e
mínimo, acarretando na marcha de Trendelenburg. Deve-se dar ênfase para o fortalecimento dos músculos abdutores e
rotadores laterais do quadril.
Figuras 2: Vista superior e lateral de uma vértebra típica A inclinação anterior do sacro desloca a coluna lombar para trás, o que causa a hiperlordose lombar, os conteúdos
abdominais e pélvicos pressionam com seu peso parede abdominal e o assoalho pélvico, podendo ocasionar
A articulação mais superior da coluna cervical é a atlanto occipital (CO-C1), seu principal movimento é a flexo- incontinência urinária e prolapso genital (Souza, 2002).
extensão de 15° a 20°. A vértebra C1 (Atlas) e C2 (Áxis) não possuem corpos vertebrais e são as articulações da cervical
com maior movimento de rotação (aproximadamente 50°), o processo odontóide de C2 atua como pivô da rotação e a O contrário também ocorre quando o sacro se inclina posteriormente, causando a retificação lombar. A pelve
estabilidade é dada pelo ligamento transverso do atlas (C1). A maior amplitude de flexão e extensão das articulações posicionada adequadamente propicia o equilíbrio dos órgãos pélvicos dentro da cavidade abdominal, favorecendo suas
facetárias ocorre entre C5-C6, C4-C5 e C6-C7, nestes níveis é mais comum a ocorrência de patologias degenerativas em funções (Matheus et al., 2006). Uma medida simples de avaliar a inclinação sacral, é através do ângulo sacral, sendo
função do aumento da mobilidade. É na coluna cervical e lombar que ocorrem com frequência as doenças degenerativas. formado pela interseção de uma linha traçada superiormente à primeira vértebra sacra com uma linha horizontal. Seu valor
Apesar de existirem 7 vértebras cervicais, há 8 raízes nervosas, isto porque uma raiz emerge entre C0-C1. normal é de aproximadamente 30º. Valores maiores que 30º indicam um sacro horizontalizado e inferiores a 30º,
verticalizado (Figura 3).
A coluna torácica apresenta uma discreta cifose fisiológica. As vértebras torácicas se distinguem por possuírem
facetas no corpo vertebral e processos transversos que se articulam com as costelas. A mobilidade da torácica é limitada
pelas costelas, estas protegem órgãos como coração e pulmão. Durante a inspiração as costelas são tracionadas para cima
e para frente, aumentando o diâmetro ântero-posterior do tórax e durante a expiração ocorre a depressão das costelas,
mecanismo conhecido como alça de balde. Um distúrbio respiratório pode alterar a configuração anatômica do gradil
costal pela tênue relação das costelas com as vértebras torácicas e provocar desalinhamento postural na região. Cabe
ressaltar, que durante a infância as costelas são mais elásticas e, à medida que envelhecemos, elas se tornam calcificadas e
osteoporóticas, por isso o instrutor de Pilates que realiza o feedback tátil na caixa torácica dos idosos deve ter cuidado para
evitar o risco de fratura(s) de costela(s) durante as aulas.
A coluna lombar provê suporte para a porção superior do corpo e transmite o peso desta área para a pelve e para os
membros inferiores. Existe um importante ligamento na coluna lombar, o ligamento íliolombar, este conecta o processo
transverso de L5 ao ílio posteriormente. Este ligamento estabiliza L5 com o ílio, limitando a deslocamento anterior de L5,
caso o deslizamento aconteça, ocorre a espondilolistese, uma patologia descrita no último tópico. O segmento da lombar Figura 3: Ângulo sacral
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PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Entre os corpos vertebrais estão presentes os discos intervertebrais, exceto entre C0-C1(atlanto occipital) e C1- Bergmark (1989) afirma que há dois sistemas musculares atuando sobre a estabilidade da coluna: o sistema
C2 (atlanto axial). Os discos são constituídos de fibrocartilagem, não inervados (a sensibilidade é dada pelo ligamento global, que inclui os músculos: reto do abdome, oblíquo externo e a parte torácica lombar do íliocostal, proporcionando a
longitudinal anterior e posterior, pelo corpo vertebral, pela raiz nervosa e pela cartilagem articular facetária) e avasculares, estabilidade geral do tronco, e o sistema local, composto pelos músculos: multífidos, transverso do abdome, diafragma,
exceto na sua porção mais periférica. A porção mais interna dos discos é nutrida por difusão. A porção externa apresenta o fibras posteriores dos oblíquos internos e quadrado lombar, este grupo muscular é responsável pela estabilidade
anel fibroso composto por aproximadamente 20 camadas concêntricas chamadas de lamelas (similar a fatia de cebola), segmentar da coluna.
constituído de colágeno tipo I e II, o colágeno tipo I é resistente às forças de tensão e, a porção mais interna composta pelo
núcleo pulposo, que consiste de 70-88% de água, esta capacidade hidrofílica depende da idade do indivíduo, o núcleo é Pouca atividade muscular é necessária para manter a coluna ereta, mas o relaxamento muscular acentuado, tornam
composto de colágeno tipo II e resiste às forças compressivas da coluna vertebral (Figura 4). Estima-se que durante um as curvaturas da coluna exageradas, ocorrendo os desvios posturais, tendo como característica o desequilíbrio de forças e
dia, podemos perder até 11% da altura dos discos intervertebrais lombares devido à desidratação e, a remoção da carga alteração na elasticidade muscular. Músculos mantidos em uma posição alongada além da posição fisiológica de
propicia o retorno ao seu tamanho original (Cox, 2002). Além da função de amortecer o impacto, o disco confere repouso, tendem a ser enfraquecidos, fenômeno chamado de fraqueza de alongamento. Assim também músculos
mobilidade às unidades funcionais da coluna. encurtados tornam se fracos a medida que são alongados, fenômeno chamado de fraqueza de encurtamento.
Maus hábitos posturais são vícios que alteram a função estática e a dinâmica do corpo (Tribastone, 2001),
produzindo estresse mecânico sobre determinados pontos e diminuindo a capacidade de estabilização mecânica. Um
exemplo crescente nos últimos anos é a postura de cabeça anteriorizada com as atividades diárias e de entretenimento, o
que causa dores na coluna cervical e região de ombros e escápulas.
A seguir serão apresentadas as patologias mais prevalentes da coluna vertebral no dia a dia do instrutor de Pilates e
os exercícios indicados para este público.
CERVICALGIA CRÔNICA
A cervicalgia crônica é um dos problemas mais comum da vida moderna, sua incidência aumenta com a idade e tem
prevalência de aproximadamente 23% da população (Bovim et al., 1994). O uso crescente de celular, computador, mochila
com excesso de peso e postura prolongada com a anteriorização da cabeça favorecem o desenvolvimento de cervicalgia.
A coluna cervical é uma área cuja avaliação deve despender tempo, garantindo que seja examinada a causa e/ou a
Figura 4: Disco intervertebral e unidade funcional da coluna disfunção associada à queixa do aluno, isto porque muitas das condições que afetam a coluna cervical podem ter origem
em outras partes do corpo como a articulação temporomandibular (ATM), a cefaléia tensional é um dos sintomas
O ligamento longitudinal anterior e o posterior se inserem nos discos intervertebrais. O ligamento longitudinal frequentemente referido por quem apresenta queixa de dor relacionada à coluna cervical.
posterior e interespinhoso limitam a flexão excessiva da coluna. Já a extensão é limitada pelo ligamento longitudinal
anterior e a flexão lateral ou inclinação é limitada pelo ligamento intertransversos do lado oposto (Oliver, 1999). A cervicalgia crônica é definida como dor ou desconforto intenso na região lateral ou posterior do pescoço
persistente por um período maior ou igual a 12 semanas, quando a etiologia é desconhecida, classifica-se como
Duas vértebras criam um forame intervertebral, dos quais saem nervos espinais para inervar músculos e dar a cervicalgia inespecífica (Monticone et al., 2013). Embora 50% das vítimas de cervicalgia se recuperem entre três a seis
sensação cutânea, chamados respectivamente de miótomos e dermátomos, na espondilólise pode ocorrer a compressão meses, 30% a 40 % dos pacientes têm persistência moderada da dor e 10% a 20 % referem dor mais severa (Carroll et al.,
do forame e interferir na função muscular e/ou cutânea e causar a dor. 2009).
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(Carroll et al., 2009). não envolvida no exercício. Os ombros devem estar relaxados durante os exercícios para evitar a hiperatividade do
A coluna cervical suporta o crânio que pesa entre 4,5-5,5kg quando em coluna neutra. O estudo americano de músculo trapézio superior (ou trapézio descendente). Os comandos verbais realizados pelos instrutores são pedir para
Kenneth Hansraj, mostrou que quando utilizamos um smartphone, o peso do crânio aumenta proporcionalmente ao grau que o aluno leve suas escápulas para trás e para baixo, afastando-as de suas orelhas ou imaginando que uma força puxa
da flexão cervical. Com a coluna cervical em neutra, o peso do crânio é de 4kg, mas quando em flexão de 60° o peso do os braços do aluno em direção aos pés (distalmente), assim, o aluno é orientado a relaxar os músculos que não são
crânio chega a 27,2 kg, conforme a figura 5. utilizados durante o movimento, seja através do comando verbal e/ou tátil. Este retreinamento escapular também
conhecido como estabilização escápulotorácica aumenta a ativação dos músculos serrátil anterior e trapézio inferior (ou
trapézio ascendente).
Um teste realizado para avaliar a fraqueza destes músculos é o teste de discinese escapular. Pede-se para o aluno
realizar a elevação dos ombros no plano escapular com rotação interna da articulação glenoumeral. Quanto maior o
alamento escapular, maior é a dicinese escapular (Graus I-III), classificando a fraqueza de serrátil anterior e trapézio
inferior. Alguns estudos mostram a correlação entre a discinese escapular, hiperatividade do m. trapézio superior e
cervicalgia (Zakharova-Luneva et al., 2012; Burkhart, Morgan e Kibler, 2003).
Figura 5: Relação da flexão cervical e o aumento do peso craniano com o uso de celular. Andersen et al., (2014) avaliaram o efeito do treinamento da função escapular em 47 pacientes com cervicalgia
crônica durante 10 semanas de tratamento (3x na semana por 20 minutos, foram realizados exercícios como press up e
Os músculos multífidos têm grande relevância nas cervicalgias devido à sua ação estabilizadora no segmento push up. Os autores concluíram que o fortalecimento de serrátil anterior e trapézio inferior foi efetivo na melhora da dor
vertebral, pacientes portadores de cervicalgias aguda e crônica apresentam atrofia destes músculos. Os multífidos são cervical e aumento da amplitude de movimento do ombro comparado ao grupo controle.
pequenos músculos localizados do áxis (C2) ao sacro e se dispõem bilateralmente aos processos espinhosos de todas as
vértebras. Hides et al., (1996) concluíram que um deficitário controle neural dos multífidos, compromete a ação A revisão sistemática de McCaskey et al., (2014) avaliaram o efeito dos exercícios proprioceptivos na dor cervical
estabilizadora desses músculos profundos. ou lombar, comparando-os com outras formas de exercícios ou grupo controle (sem interveção) e concluíram que os
exercícios proprioceptivos foram efetivos na redução do quadro álgico e no aumento da função dos pacientes. Os
PILATES NAS CERVICALGIAS exercícios do método Pilates atuam com estímulos proprioceptivos através da instabilidade gerada por alguns acessórios
como bola suíça, rolo, disco de equilíbrio, também pelo reformer, e a integração do controle neuromuscular e
O exercício físico é um tratamento indicado para quem sofre de cervicalgia crônica inespecífica, melhorando a proprioceptivo é fundamental nas atividades de vida diária sem dor (Salathé e Elfering, 2013).
função e reduzindo os sintomas de dor e a rigidez da coluna cervical (Damgaard e Bartels, 2013; Freburger e Carey, 2009;
Bertozzi et al., 2013). Cuesta-Vargas e González-Sánchez avaliou 175 pacientes com dor cervical antes e após o tratamento com
exercícios multimodal durante 30 minutos. Os exercícios multimodais foram compostos de mobilidade (alongamento de
O método Pilates é um excelente tratamento nas cervicalgias crônicas porque promove a estabilização da região peitoral maior, trapézio superior, escalenos e músculos escapulares), controle motor (10 segundos de contração com a
com controle, além do reequilíbrio muscular (flexibilidade e força), os exercícios tem como objetivo restabelecer o coluna neutra- sem perder a lordose cervical), fortalecimento e resistência muscular, associados com 30 minutos de
alinhamento postural da região cervical e atenuar os episódios de dor. O crescimento axial dos alunos, é fundamental, exercícios de natação com a cervical neutra utilizando o snorkel em diferentes decúbitos, além da educação/orientação
porque através deste fundamento ocorre a ativação dos multífidos, tornando a coluna vertebral mais estável. dos pacientes. Estes autores concluíram que o programa de exercícios multimodais foi efetivo na melhora clínica e na
qualidade de vida dos pacientes com cervicalgia crônica após 8 semanas de tratamento.
É frequente a tensão em músculos da região cervical durante a prática do Pilates, principalmente os músculos
esternocleidomastóideo (ECOM) e escalenos, por isso é importante o instrutor pedir para que o aluno relaxe a musculatura O estudo piloto de Mallin e Murphy (2012) avaliou o efeito dos exercícios do mat Pilates (repertório clássico) nos
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PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
pacientes com cervicalgia crônica com idades entre 18 e 60 anos. Os 13 participantes realizaram os exercícios durante 6 PILATES NA DOR LOMBAR CRÔNICA
semanas com ênfase nos princípios do método: respiração e ativação do powerhouse. Alguns exercícios realizados no
estudo foram a shoulder bridge e o double leg stretch. O estudo avaliou o efeito do Pilates na dor e função dos pacientes e o A dor é um dos principais sintomas relacionados com os distúrbios músculoesquelético com difícil manejo
resultado sugeriu que os exercícios de Pilates diminuíram a dor e melhoraram a função da coluna cervical mesmo após 12 clínico, pois é sentida individualmente (Bernaards et al., 2011), os exercícios físicos de flexibilidade e força são estratégias
semanas de intervenção. Segundo Falla et al., (2004) a redução na ativação dos músculos flexores cervicais profundos é eficientes para o controle da dor lombar.
comum nos pacientes com desordem cervical, por isso os instrutores devem incentivar à prática de exercícios que utilizem
a flexão crânio cervical com controle, através da coluna neutra e do alongamento axial, como veremos nos exercícios a Os exercícios que promovem a contração de músculos profundos, também conhecidos como estabilizadores
seguir indicados para cervicalgia. primários do tronco, ou músculos locais — transverso do abdome e multífidos — têm demonstrado efeitos benéficos em
indivíduos que sofrem de dor lombar inespecífica (Pereira et al., 2010). Por isso o método Pilates é comumente indicado
DOR LOMBAR CRÔNICA INESPECÍFICA para pessoas com dor lombar, onde o foco é a reativação de músculos estabilizadores do tronco de modo a aumentar a
estabilidade da coluna, reduzindo a dor e a incapacidade desta população.
A dor lombar crônica inespecífica é caracterizada pela dor com duração maior que 12 semanas e sem atribuição à
uma etiologia/causa específica, representa 90% dos casos e muitas vezes está associada às lesões musculoesqueléticas, Segundo Alice Becker, para melhorar a estabilidade lombosacral é preciso aumentar a mobilidade da coluna
aos desequilíbrios na coluna lombar e à falta de estabilização dos músculos pélvicos. Estima-se que 80% a 90% das torácica em todos os planos (sagital, frontal e transversal) e também a mobilidade articulação do quadril (coxofemoral).
pessoas apresentam algum tipo de problema relacionado à coluna vertebral (Deyo e Phillips, 1996). Segundo Pereira
(2001), a dor lombar é uma das 20 queixas mais frequentes no Brasil e é responsável por cerca de 15 em cada 100 Redmond et al., (2015) relataram que a dor na coluna lombar está intimamente conectada com as articulações
consultas realizadas no nosso país. A prevalência aumenta significativamente com a idade e são fatores de risco para a sacroilíacas e dos quadris, tanto na função e anatomia, quanto na cinemática, por exemplo, uma inclinação lateral da
lombalgia: a obesidade, o tabagismo e a inatividade física. Com o estilo de vida atual, as doenças não transmissíveis coluna lombar, gera a abdução do quadril ipsilateral e adução do contralateral, estando estas articulações intimamente
tendem a aumentar, isto porque induz o ciclo vicioso de inatividade física e dor (Hanson, Gluckman e Nutbeam, 2011). relacionadas.
Nas pessoas sem relato de dor lombar a contração do músculo transverso do abdome ocorre antes de qualquer A frouxidão articular da sacroilíaca é uma causa de lombalgia e os exercícios de estabilização segmentar através da
movimento - mecanismo conhecido como feedfoward ou pré ativação, esta contração ocorre aproximadamente 30 co-contração dos músculos transverso do abdome e multífidos, comumente ativos durante os exercícios de Pilates têm
milissegundos antes de qualquer movimento (Hodges e Richardson, 1999), porém nos indivíduos com dor lombar, a mostrado um aumento da estabilidade lombopélvica desta articulação nos indivíduos com dor lombar crônica
contração do transverso do abdome está significativamente retardada, sendo necessária maior perturbação para iniciar sua (Richardson et al., 2002).
ativação, resultando em um déficit de controle motor e estabilização muscular ineficiente da coluna vertebral (Hodges,
1999). EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA DOR LOMBAR CRÔNICA
Hides et al., (1994) demonstrou, por meio da ressonância magnética, que a contração do transverso do abdome O estudo de Rodrigues et al., publicado em 2014 avaliou os parâmetros do exercício físico na melhora das
melhora a estabilização da região lombopélvica. Como um dos principais fatores para dor lombar é a instabilidade desordens musculoesqueléticas e concluiu que os exercícios de força com intensidade entre 70-85 % da resistência
lombopélvica, para manter a sua estabilidade é necessária a interação dos três subsistemas: máxima (RM) realizados três vezes por semana, durante 20 minutos foram capazes de reduzir a dor musculoesquelética
nos ombros, punhos, coluna cervical, torácica e lombar nos indivíduos com disfunção musculoesquelética, todavia, não
> Passivo (vértebras, articulações, ligamentos e discos intervertebrais); houve consenso em relação a duração total do programa para melhorar os sintomas dolorosos.
> Ativo (músculos e tendões); e
> Controle neural (receptores). Patti et al., (2015) em sua revisão sistemática avaliaram os efeitos do método Pilates na dor lombar crônica
inespecífica. Foram elegíveis 29 estudos e, estes concluíram que o Pilates reduziu a dor lombar, sendo mais efetivo quando
comparado com os grupos controles.
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PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Natour et al., (2015) avaliaram o efeito dos exercícios de Pilates em 60 pacientes com dor lombar crônica
inespecífica, após 45, 90 e 180 dias e concluíram que o Pilates melhorou a dor, a função e aumentou a qualidade de vida
destes pacientes, além disso, este método não teve nenhum efeito prejudicial.
O estudo de Lee et al., (2014), compararam o efeito do mat pilates e equipamentos na dor lombar crônica e no
equilíbrio estático de 40 mulheres. Os exercícios foram realizados nos aparelhos de pilates (n=20) e no mat (n=20),
3x/semana, durante 50 minutos, pelo tempo total de 8 semanas. Os autores concluíram que o mat pilates foi mais efetivo
na melhora da dor e no equilíbrio estático em comparação com os exercícios realizados com os equipamentos.
A revisão sistemática com metanálise de Miyamoto et al., (2013) teve como objetivo avaliar a eficácia do método
Pilates em indivíduos com dor lombar crônica não específica. Foram incluídos 8 artigos na revisão. Os autores sugeriram
que o método Pilates foi mais eficaz do que a mínima intervenção para melhorar a dor e incapacidade a curto prazo. Na Figura 6: Classificação da espondilolistese segundo de Meyerding
comparação dos exercícios do método Pilates com outros tipos de exercícios (Mckenzie, bicicleta ergométrica,
alongamentos e exercícios resitidos) os resultados mostraram que são igualmente eficazes na melhora da dor. > Grau I: 0-25% (acomete 75% dos pacientes)
> Grau II: 25-50% (acomete 20% dos pacientes)
Outros estudos atuais listados abaixo também encontraram evidências de que Pilates foi efetivo na redução da dor > Grau III: 50-75%
lombar crônica e melhora da funcionalidade (Sullivan et al., 2012; La Touche, Escalante e Linares, 2008; Posadzki, Lizis e > Grau IV: 75-100% (Tratamento cirúrgico)
Hagner-Derengowska, 2011; Lim et al., 2011; Pereira, Obara e Dias, 2011; Aladro-Gonzalvo et al., 2013 e Wells et al.,
2013). Na espondilólise ocorre a fratura vertebral no istmo, esta lesão é comum durante os esportes que exigem a
hiperextensão do tronco e rotação da coluna, causando o estresse por cisalhamento. Ambas patologias levam ao aumento
ESPONDILOLISTESE da lordose lombar. A espondilólise pode ser evidenciada pelo RX oblíquo, conhecida também como fratura do cachorro
Scottish Terrier (Figura 7).
A espondilolistese é caracterizada pelo escorregamento anterior de um corpo vertebral sobre a vértebra
subjacente, ocorre com maior frequência nos níveis vertebrais de L4-L5 e L5-S1, também pode ocorrer na coluna cervical
com menor frequência. Suas causas podem ser má formação vertebral, traumática (mais rara) e a forma mais comum é a
degenerativa, acometendo principalmente mulheres (6:1) acima de 40-50 anos.
O diagnóstico é realizado através do RX de perfil (plano sagital). Para evidenciar a fratura nos casos de
espondilólise, é necessário o RX de perfil, ou exames mais complexos como a tomografia computadorizada ou a
ressonância magnética (RM). A RM também avalia a compressão nervosa, onde a queixa comum do paciente é de dor
lombar irradiada para os membros inferiores, similar ao padrão de discopatia irradiada. Nos casos mais graves de
compressão da cauda equina, os sinais são de incontinência urinária e fecal e o sintoma de hipoestesia na região interna
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PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
das coxas. Os pacientes acometidos com espondilolistese apresentam encurtamento da cadeia posterior.
O'Sullivan et al., (1997) demonstraram a diminuição dor e incapacidade em pacientes com o diagnóstico
confirmado radiologicamente de espondilólise ou espondilolistese após a realização de exercícios de estabilização do
sitema local. Assim os exercícios de Pilates são indicados para estes alunos, todavia, deve-se evitar o mecanismo de
anteriorização e cisalhamento vertebral. Figura 8: Propriedades da cartilagem articular
O consenso publicado por Wells, Kolt, Marshall & Bialocerkowski, 2014 realizado com 30 fisioterapeutas
australianos, teve 100% de consenso de que nas espondilolisteses instáveis deve ter precaução para realizar o método
Pilates. Acrescento que na dúvida sobre a estabilidade da coluna do paciente, o instrutor de Pilates pode solicitar atestado
médico autorizando a prática de exercício físico.
Embora a cartilagem articular contenha oito tipos de colágeno, o mais abundante é o colágeno tipo II. A cartilagem Se a descarga de peso continua, as camadas inferiores da cartilagem com presença de colágeno asseguram a
possui uma relativa capacidade de regeneração, todavia, extremamente baixa. A matriz extracelular é composta por 60% a proteção contínua, conhecida como fase sólida da aceitação da carga.
80% de água pela quantidade de proteoglicanos e 40% do seu peso seco é de colágeno tipo II. (Figuras 8 e 9)
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PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
À medida que envelhecemos a cartilagem fica menos espessa e mais quebradiça, produzindo a degeneração da Os sinais e sintomas da OA incluem dor articular profunda, limitação da amplitude de movimento, fraqueza e
superfície articular. As alterações metabólicas são causadas pela síntese e secreção de enzimas que degradam a matriz e as contratura muscular adjacente e perda da qualidade de vida, levando até a incapacidade física principalmente quando
células da cartilagem articular. A elevação das taxas enzimáticas leva à perda de proteoglicanos e colágeno tipo II, os atinge articulações de descarga de peso.
proteoglicanos ativação de outras enzimas como a colagenase, que destrói o colágeno, sendo o principal fator de
progressão da patologia (Figura 10). A cartilagem articular não apresenta inervação, mas o osso e ligamentos ao redor da A crepitação pode ser palpável ou audivel a mobilização e pode acometer mais de uma articulação. Aumento de
articulação sim, por isso a dor aumenta conforme a progressão da doença. volume e de temperatura articular e hipotrofia muscular adjacente. No exame imaginológico é possível observar alteração
da arquitetura articular, diminuição do espaço articular, formação de osteófitos, esclerose do osso subcondral (sensível ao
desenvolvimento de microfraturas) e OA das articulações zigoapofisárias/facetas, nos exames de ressonância ou
artroscopia evidencia a degradação da cartilagem e desgastes dos discos intervertebrais. A OA acomete as articulações
vertebrais como o corpo vertebral e as zigoapofisárias ou facetas superiores e inferiores (Figura 11 e 12), geralmente
incide em outras articulações como quadril e joelho.
> Primária ou Idiopática: em que a causa é inespecífica. Ela é a mais comum, têm forte relação com a obesidade e
com o aumento da idade.
> Secundária: é a artrose que ocorre após um trauma, lesão ligamentar ou meniscal do joelho, sequela de
Figura 12: Articulação zigoapofisária com incidência de OA
infecções ou outras doenças locais ou sistêmicas, como o lúpus, a artrite reumatóide, hemofilia e gota.
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PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Durante os estágios iniciais da OA há maior mobilidade articular e instabilidade, à medida que surgem os osteófitos da água (empuxo) favorece a decoaptação articular e melhora a dor.
nas margens articulares dos corpos vertebrais e facetas ocorre a hipomobilidade. Quando o osteófito atinge o canal
vertebral pode produzir sintomas neurológicos principalmente na extensão e inclinação de tronco. Os outros segmentos
da coluna próximos a OA compensam com a hipermobilidade, a dor após longos períodos de repouso é o principal motivo
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA OA
de busca pelo movimento. Todavia em alguns pacientes o movimento em excesso também pode aumentar o sintoma
doloroso. O estudo de Burr et al., (2012) ressaltou que a OA está relacionada às doenças cardiovasculares e que não há
contraindicação absoluta para a prática de atividade física, contudo, há de se observar o estágio da doença, quando
exacerbada evitar atividade intensa e saltos, nos diagnósticos recentes evitar atividades que exacebe o quadro e pacientes
PILATES NA OA DA COLUNA com a OA controlada e estável podem participar de uma variedade de atividade física.
A prática de exercícios físicos deve ser estimulada nos pacientes com OA, porém sob a orientação de um A revisão sistemática de Duarte et al., (2013) sobre OA e exercício físico selecionou 101 artigos no qual concluiu
profissional habilitado. A avaliação pode ser feita através do questionário Western Ontario and McMaster Universities que o exercício é eficaz na melhora dos sintomas decorrentes da osteoartrose, porém, não há um consenso quanto aos
Osteoarthritis Index (WOMAC). parâmetros de aplicação, intensidade e duração de cada tipo de exercício. Todos os artigos selecionados relataram em
seus resultados a melhora dos sintomas clínicos referentes à dor, à função e à mobilidade, isso possivelmente reflete na
Os exercícios do Pilates é uma ferramenta essencial na gestão da dor e da rigidez articular da OA, o método atua no qualidade de vida dos indivíduos com OA.
fortalecimento e alongamento muscular em torno da articulação da coluna diminuindo a compressão e o impacto nas
vértebras. Goode, Carey & Jordan (2013) descreveram a fisiopatologia da OA da coluna, os autores encontraram correlação
na diminuição do disco articular na OA associado com a dor lombar crônica e concluíram o estudo afirmando que os
Na OA severa são contra-indicados exercícios de impacto como os saltos no reformer. Quando a doença estiver exercícios são indicados no tratamento na dor lombar causada por OA incluindo o alongamento e o yoga.
exacerbada, deve-se limitar os exercícios físicos a isometria e realizar o tratamento conservador com medidas analgésicas.
Alunos iniciantes podem realizar exercícios isométricos em vários ângulos focado nos músculos estabilizadores e
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NA OSTEOARTROSE
progredir para os exercícios isotônicos (concêntricos e excêntricos), realizados na amplitude livre de dor e atentar para
moderada progressão tanto em carga quanto repetições, o feedback do aluno deve ser contínuo, para não exacerbar os Os suplementos condroprotetores orais como condroitina e glicosamina apresentam resultados na diminuição da
sinais e sintomas. Alguns alunos sentirão dor se a velocidade for baixa, nestes casos, aumentar a velocidade e/ou diminuir dor, melhora da mobilidade e com poucos efeitos colaterais, mas não há consenso na literatura científica sobre a sua
a resistência. Exercícios de decoaptação articular devem ser realizados quando apropriados para o aluno. eficácia. Estas substâncias presentes na cartilagem articular saudável ajudam a manter a quantidade de água na matriz
extracelular, à medida que a doença evolui, o paciente recorre a outros métodos para a analgesia.
O instrutor de Pilates também pode realizar o aquecimento articular no mesmo exercício proposto diminuindo a
carga nas primeiras repetições e em seguida aumentando-a. TRATAMENTO CIRÚRGICO DA OA DE COLUNA
Na presença de dor articular e de edema ocorre inibição reflexa dos músculos estabilizadores e fraqueza por desuso A cirurgia na osteoartrose da coluna só é indicada em último caso, quando as dores são incapacitantes, quando há
levando ao suporte inadequado das articulações da coluna, aumentando a suscetibilidade aos traumas. Na OA o equilíbrio comprometimento da parte neurológica e quando já foram tentados todos os tratamentos existentes sem sucesso. Cabe
também fica comprometido em função dos impulsos sensoriais alterados ou diminuição dos fusos musculares. Treino de ressaltar que como qualquer outro procedimento cirúrgico os riscos de complicações como lesão nervosa ou medula,
propriocepção deve ser realizado na amplitude livre de dor. Os pacientes devem ter consciência que a dor pode variar a infecções e maior desgaste das vértebras adjacentes podem ocorrer.
cada dia, e costuma ser mais frequentes pela manhã. Caso os exercícios executados sejam inadequados para o aluno, este
irá sentir aumento da dor entre 1-2h após o Pilates. O instrutor de Pilates pode orientar o aluno a fazer concomitante com o Artrodese: é feita uma fixação das vértebras que causam as dores através do uso de enxerto ósseo, hastes ou
Pilates, a hidroterapia, isto porque a propriedade parafusos metálicos. Os movimentos no local serão limitados (Figura 13).
09
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Laminectomia: Um procedimento no qual a lâmina da vértebra afetada é removida para alargar o canal espinal e
criar mais espaço para os nervos da coluna vertebral (Figura 14).
Primária: os fatores de risco para a OP primária incluem pós-menopausa, história familiar, descendência
OSTEOPOROSE NA COLUNA caucasiana ou asiática, baixo peso corporal, inatividade física, dieta deficiente de cálcio e vitamina D e tabagismo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a osteoporose (OP) é uma doença caracterizada pela diminuição Secundária: é adquirida em decorrência de outras condições médicas como doenças gastrointestinais,
da massa óssea, deterioração da microarquitetura do tecido ósseo e aumento da fragilidade mecânica, tornando o osso hipertireoidismo, insuficiência renal crônica, consumo excessivo de álcool e medicamentos como corticóides.
suscetível a fraturas por traumas mínimos. Até a ocorrência de fraturas, esta doença é assintomática (Figura 15).
Os fatores de risco modifiáveis para a OP são: tabagismo, etilismo, baixa ingestão de cálcio e vitamina D, baixa
O diagnóstico é determinado pela pontuação T de desintometria mineral óssea (DMO). A pontuação é um desvio- exposição solar, sedentarismo, baixo índice de massa corpórea, corticoterapia e depressão.
padrão acima ou abaixo de um valor de referência, conforme os critérios da OMS:
A OP pode também ser diagnosticada através do RX com achados de afinamento cortical, osteopenia, alterações
nas trabéculas e fraturas (Figura 16).
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PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Indivíduos com OP apresentam redução da força e potência muscular, do equilíbrio estático, dinâmico e da
coordenação, o que contribui para o aumento de quedas. O exercício físico é uma excelente estratégia de proteção à OP
mantendo ou aumentando a densidade mineral óssea e, nos pacientes acometidos com a doença o exercício físico resitido
reduz o efeito da perda da massa óssea. O treinamento muscular de resistência e de força induz a mudanças no
metabolismo ósseo através da ativação dos osteoblastos, conhecido como efeito piezoelétrico*.
Exercícios que visem aumentar a força muscular, melhorar a propriocepção e o equilíbrio corporal devem ser
encorajados para a prevenção de quedas e fraturas nesta população.
*Efeito piezoelétrico: propriedade de muitos materiais transformarem energia mecânica em corrente elétrica. Piezo no grego significa
comprimir. A hidroxipatita é a porção inorgânica, sendo responsável pela piezeletricidade nos ossos. Essa atividade aumenta a deposição de cálcio
local. As moléculas de colágeno, na porção orgânica, possuem condutores de carga que quando sofrem algum tipo de pressão acabam por se
Figura 16: RX OP coluna deslocar até a superfície, produzindo o efeito piezoelétrico no osso. Esse efeito atrai a ação osteoblástica, e aumenta a densidade mineral óssea, por
ocorrer deposição de minerais na porção que está sofrendo pressão (Figura 18)
O osso é um tecido em constante remodelamento, as células osteoclásticas são responsáveis pela reabsorção óssea
e os osteoblastos pela síntese/formação óssea. Estas células normalmente estão em equilíbrio entre reabsorção e
deposição, a partir da terceira década de vida há aumento da reabsorção óssea, principalmente nas mulheres após a
menopausa causada pela diminuição do estrógeno.
O estrogênio tem várias funções no tecido ósseo, como: aumentar a atividade dos osteoblastos, diminuir a ação dos
osteoclastos e inibir a retirada de cálcio do organismo. Assim a terapia hormonal utilizando estrogênios tem sido utilizada
para inibir a reabsorção óssea e prevenir a perda óssea em mulheres na pós-menopausa. Outros tratamentos
medicamentosos serão abordados no tópico abaixo.
As fraturas por osteoporose ocorrem com maior frequência no nível toracolombar no corpo vertebral anterior e Figura 18: Efeito piezoelétrico no tecido ósseo
ocorrem geralmente nas atividades de inclinação do tronco à frente. Ocorre o aumento da cifose torácica e lordose lombar
em função do acunhamento das vértebras e fraqueza muscular (Figura 17). Os exercícios são baseados no limiar de dor do O estímulo mecânico do remodelamento ósseo pode ser adquirido mais frequentementes a partir de contrações da
paciente ao movimento. musculatura esquelética dos tipos concêntrica, excêntrica e isométrica, gerando tração no tecido ósseo ou compressão
pelo impacto nas atividades como a caminhada.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA OP
A combinação de cálcio e vitamina D é o tratamento básico para osteoporose. Estudos comprovam que a
suplementação de vitamina D pode trazer benefícios adicionais, como o aumenta a força muscular, podendo assim, reduzir
a chance de fraturas.
Os bifosfonatos são os medicamentos mais comumente prescritos para o tratamento da osteoporose, fazem parte
Figura 17: Cifose torácica do idoso deste grupo o alendronato e risedronato, ambos ingeridos uma vez ao dia. Mais recentemente foi fabricado o bifosfanato
11
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
injetável, o ácido zoledrônico. Foi comprovado que após 3 anos de uso destes medicamentos aumentam a DMO da coluna instrutor evite exercícios que aumentem o risco de fraturas vertebrais e, dependendo do grau de osteoporose não realizar
vertebral em 5%-8% e também reduzem as fraturas não vertebrais em 25% a 40%. por exemplo, saltos no reformer. O repertório de exercícios deve ser adaptado para cada paciente e livre da amplitude de
dor.
Outro medicamento utilizado como spray nasal é a calcitonina, que atua como hormônio endógeno no receptor de
calcitonina nos osteoclastos para diminuir sua atividade, a calcitonina tem pouco efeito na DMO da coluna vertebral A National Osteoporosis Foundation (NOF) recomenda exercícios com apoio de peso para prevenir a OP, porém
(aumento de 1%-2%) e uma taxa de redução de 36% na incidência de fraturas vertebrais em mulheres com fraturas não cita quais. Kisner & Colby recomendam que os exercícios devem ser de fortalecimento de 2 a 3x por semana com 8 a
vertebrais pré-existentes. 10 repetições.
O uso do estrogênio no tratamento da osteoporose ainda é controverso, apesar da comprovação da diminuição de Precauções devem ser tomadas com exercícios de flexão e rotação de tronco pois aumentam o risco de fraturas
risco de fraturas, a longo prazo apresenta efeitos colaterais como o aumento do risco vascular e de câncer de mama. por compressão vertebral. Aumentar a intensidade dos exercícios resistidos progressivamente e na tolerância de dor do
paciente. Exercícios de extensão e de estabilização da coluna podem ser feitos com segurança. Os pacientes com
TRATAMENTO CIRÚRGICO NA OP DA COLUNA osteoporose podem executar com segurança uma variedade de atividades físicas aeróbicas e treinamento de resistência.
Recomenda-se exercícios de apoio de peso, equilíbrio e fortalecimento para reduzir o risco de fraturas e quedas.
A vertebroplastia percutânea é um procedimento relativamente novo e minimamente invasivo para tratar as fraturas
na coluna vertebral, cujo resultado melhora a dor e a capacidade funcional dos pacientes. É realizado a injeção do cimento EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA OP
acrílico (polimetilmetacrilato ou PMMA) no interior da vértebra, a cirurgia dura em torno de 2 a 3 horas, e o cimento
ortopédico endurece em 30 minutos, o paciente recebe alta após algumas horas de repouso. A revisão sistemática de Bonaiuti et al., 2002 com 18 ensaios clínicos randomizados com os descritores
exercício físico e osteoporose em mulheres e concluíram que os exercícios resistidos e com apoio de peso, assim como
A cirurgia não recupera a perda óssea decorrente da osteoporose, ela é realizada somente para estabilizar fraturas a caminhada foram efetivos na melhora da densidade mineral óssea da coluna.
recentes e evitar o risco de fraturas adjacentes.
Moura et al., (2012) compararam o efeito dos exercícios de força e mobilidade funcional (G1), alongamento,
mobilidade articular e orientações (G2) em 36 participantes com baixa densidade mineral ássea e concluíram que ambas
intervenções foram efetivas nos testes de sentar e levantar, caminhada de 6 minutos e teste do alcance funcional após 30
sessões de 50 minutos realizadas 2x por semana. Os autores também afirmam que programas de fortalecimento e
estímulos proprioceptivos, bem como os alongamentos, são tidos como métodos comuns de intervenção, entretanto
mais estudos necessitam comprovar os benefícios de formas de intervenção diversificadas.
A revisão sistemática de Silva et al., (2014) sobre exercícios e aumento da DMO, concluíram com 15 artigos
Figura 19: Vertebroplastia selecionados que há maior eficiência do protocolo de exercício com atividades de alto impacto e curto período de
execução, com mais sessões durante a semana, para aumento da DMO do fêmur proximal (colo femoral e região
PILATES NA OP intertrocantérica), sendo esses locais de grande incidência de fraturas por osteoporose. Em menor frequência, foi
observado aumento da DMO na coluna lombar quando exercícios resistidos são incluídos ou cargas de impacto com
Os idosos são frequentemente acometidos com a osteoporose, esta população procura o método Pilates por não se maior intensidade são aplicadas. Portanto, para ganho generalizado da densidade mineral óssea parece que o ideal é
sentem inclusos na academias. O papel da atividade física nesta população, não é apenas de aumentar a massa óssea e associar o exercício de impacto aos exercícios resistidos, inclusive para maior proteção do tecido ósseo da coluna contra
muscular, mas também de melhorar fatores psicossociais, aumentar o bem-estar, a qualidade de vida e permirtir a fraturas em idades mais avançadas. É importante que os exercícios sejam frequentes, variados, com direções
independência. Apesar do método ser extremamente indicado para indivíduos com osteoporose, é muito importante que o diversificadas para maior exigência muscular e maior exposição de áreas de tecido ósseo às sobrecargas decorrentes de
tensão muscular ou das forças de reação do solo.
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EXERCÍCIOS
Pilates nas Patologias da Coluna
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Exercícios no
14
Mat
EXERCÍCIOS NO MAT
1. Mobilidade cervical
Objetivos: Mobilizar e relaxar a coluna cervical.
Instruções: Em sedestação com uma toalha enrolada ao redor da cervical, realizar rotações da
cervical tocando uma maior área possível da toalha.
Indicações: Cervicalgia.
Dicas e cuidados especiais: A toalha deve ser grossa e dobrada na altura da coluna cervical. O
aluno pode ser orientado a fazer em domicílio.
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EXERCÍCIOS NO MAT
Instruções: Em sedestação, MMII em flexão e rotação externa dos quadris, coluna neutra,
inclinar o tronco, apoiar a mão ipsilateral na nuca e a outra mão apoiar nas últimas costelas do
lado côncavo, realizar a respiração e progredir com o aumento do tempo respiratório.
Indicações: Dor lombar crônica, alunos tensos, Padrão respiratório apical e Diferença de
expansão entre o pulmão direito e esquerdo.
Erros mais comuns dos alunos: Inclinar apenas a coluna lombar ou cervical e perder a
estabilidade escapular da mão que está na nuca.
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EXERCÍCIOS NO MAT
Instruções: Em decúbito dorsal (DD) sobre o rolo com coluna neutra, com membros
superiores (MMSS) e inferiores (MMII) apoiados no chão, flexão de joelhos a 90°, inspirar e
expirar em diferentes tempos respiratórios e aumentar a progressão dos tempos, dando ênfase
para a região costovertebral (bases pulmonares).
Dicas e cuidados especiais: Peça para o aluno sentar na borda mais próxima do rolo e deitar
com apoios dos MMSS no chão.
Erros mais comuns dos alunos: Hiperestender a cervical; Realizar a retroversão pélvica.
Comentário do professor: Alunos que sentem desconforto ao deitar sobre o rolo, podem
executar o exercício sobre o mat.
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EXERCÍCIOS NO MAT
Instruções: Em decúbito dorsal sobre o rolo, MMSS apoiados no solo e MMII em cadeirinha,
realizar a extensão unilateral de joelho (single leg stretch) e quadril sem perder a pelve neutra.
Progressões: realizar o double leg stretch, single straight leg stretch e a bridge.
18
EXERCÍCIOS NO MAT
Instruções: Com o rolo sobre o sacro, segurando na borda do rolo e mantendo a coluna
neutra, realizar o double leg stretch, single straight leg stretch, helicopter e leg circles.
5. Abs com rolo sob a pelve.
Indicações: Dor lombar crônica, osteoartrose e osteoporose.
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EXERCÍCIOS NO MAT
6. Back extension
Objetivos: Aumentar a mobilidade da coluna em extensão e alongar a cadeia anterior.
Instruções: Sentado no solo sobre os ísquios, mãos na nuca e rolo horizontal apoiado abaixo
das escápulas. Realizar a extensão de tronco sem tirar a pelve do solo. Progressão: Colocar o
rolo mais próximo às vértebras torácicas baixas.
Erros mais comuns dos alunos: Fechar os cotovelos para diminuir a alavanca resistente.
Comentário do professor: Outra variação deste exercício é elevar a pelve do solo. Alunos que
referirem dor na cervical, pressionar a cabeça contra as mãos.
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EXERCÍCIOS NO MAT
Instruções: Em decúbito ventral com o rolo abaixo dos cotovelos em extensão, realizar a
extensão do tronco simultaneamente com a leve flexão dos cotovelos.
Comentário do professor: Alunos com dor lombar crônica podem realizar em isometria.
Oriente o aluno a contrair o powerhouse e glúteos neste decúbito.
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EXERCÍCIOS NO MAT
Instruções: Em decúbito ventral com o disco de equilíbrio sobre o tórax, realizar a extensão de
tronco com as mãos ao longo do corpo.
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EXERCÍCIOS NO MAT
9. Coordination
Objetivos: Melhorar o equilíbrio e a coordenação e ativar o powerhouse.
Instruções: Em sedestação sobre a bola suíça, realizar a flexão de quadril com a exensão de joelho. Pode associar com a flexão de ombros a 90 graus.
Dicas e cuidados especiais: Manter a coluna neutra. Caso o aluno seja iniciante, retirar o pé do solo e retornar.
23
EXERCÍCIOS NO MAT
Instruções: Sentado na bola suíça, deslizar até apoiar entre as escápulas, mantendo a
isometria. Pode acrescentar acessórios nos MMSS.
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EXERCÍCIOS NO MAT
11. Superman
Objetivos: Aumentar o equilíbrio e ativar o powerhouse.
Instruções: Em quatro apoios sobre a bola suíça com as mãos e os pés apoiados no solo,
realizar a flexão de ombro unilateral. Pode associar com a extensão do quadril contralateral.
Dicas e cuidados especiais: Manter a coluna neutra e durante a flexão de ombro não elevar os
ombros. O olhar deve ser para o solo.
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EXERCÍCIOS NO MAT
Instruções: Em decúbito ventral com a bola suíça sob a pelve, MMII em extensão, pés em
flexão plantar e apoio de mãos no solo. Simultaneamente flexionar os cotovelos e estender os
quadris, mantendo a coluna neutra. Pode ser realizado com apoio dos pés no solo.
Contra-indicação: Espondilolistese. Alguns alunos com dor lombar crônica podem sentir dor
durante a execução do exercício. Solicitar maior contração do powerhouse.
Erros mais comuns dos alunos: Perder o alinhamento da coluna (hiperlordose toracolombar)
e elevar os ombros.
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EXERCÍCIOS NO MAT
Instruções: Em decúbito dorsal (DD) sobre o mat, MMII flexionados, MMSS apoiados no
solo, pés na bola suíça. Realizar o imprint a partir da ativação dos flexores de tronco, como se
fosse aproximar as costelas das espinhas ilíacas ântero-superiores (EIAS), sem apoiar
totalmente a lombar no mat, realizar a extensão de MMII e rodar o quadril.
Dicas e cuidados especiais: Durante a rotação lombopélvica, o joelho da perna que está
flexionada, deverá apontar para cima e não se mover durante o movimento.
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EXERCÍCIOS NO MAT
Instruções: Em decúbito dorsal com a bola suíça encostada nas mãos e nos joelhos (joelhos em posição de cadeirinha/table top), flexionar o ombro e o extender o
quadril e joelho contralateral.
Comentários do professor: Caso o aluno tenha boa força abdominal e consciência corporal, pode flexionar o tronco.
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EXERCÍCIOS NO MAT
Instruções: Em decúbito lateral com a miniband acima dos joelhos, quadris flexionados a 45
graus e joelhos a 90 graus (calcanhares alinhados com os ísquios) realizar a abdução de quadril
elevando o calcanhar e joelho.
Variações: Realizar a rotação externa de quadril com calcanhares unidos ou com os pés
elevados.
Dicas e cuidados especiais: O alinhamento dos MMII deve ser respeitado para ativação correta
dos músculos abdutores e rotadores externos.
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EXERCÍCIOS NO MAT
Variações: Pode ser feita em 4 apoios ou na prancha para alunos mais avançados.
Indicações: Cervicalgia.
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EXERCÍCIOS NO MAT
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EXERCÍCIOS NO MAT
Instruções: Em decúbito dorsal com flexão de tronco, MMII em flexão de quadris e joelhos a
90°. Overball inicia próximo aos joelhos, realizar a flexo-extensão alternada de MMII,
passando a bola por debaixo da perna flexionada.
Dicas e cuidados especiais: Atentar para que a torácica superior fique fora do mat e que a
flexão inicie a partir dela (osso esterno para dentro); Evitar a perda do controle escapular.
Erros mais comuns dos alunos: Rodar o tronco; Acelerar o movimento e perder o controle
respiratório; Mudar a direção da overball; Perder a estabilidade pélvica, aumentando a
lordose lombar.
Comentário do professor: Progredir com a mudança de direção da overball (de fora para
dentro e vice-versa)
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EXERCÍCIOS NO MAT
Erros mais comuns dos alunos: Solavanco durante a subida e perder a estabilidade
escapular.
Comentário do professor: O aluno que não conseguir elevar o tronco a partir dos MMII em
extensão, pode apoiar 1 MI no solo. Este exercício também pode ser realizado sem
acessório.
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EXERCÍCIOS NO MAT
Indicações: Aluno em decúbito lateral com apoio de mão no mat, faixa elástica abaixo da
mão ou do antebraço, elevar o quadril e permanecer com a pelve em neutra, MS de cima em
abdução de ombros de 90° e flexão de cotovelo, realizar a extensão de cotovelo.
Erros mais comuns dos alunos: Perder o alinhamento escapular e rodar a pelve.
Comentário do professor: Aluno com lesão de punho como a síndrome do túnel do carpo
pode realizar o exercício com apoio do antebraço. Pode ser realizado com tonning ball ou
halter. Para facilitar o exercício flexionar o MI mais próximo do mat.
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Step Chair
Exercícios na
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
1. Gluteus stretch
Objetivos: Alongar o glúteo máximo e mobilizar o quadril e a coluna em
flexão.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
2. Mermaid ajoelhado
Objetivos: Alongar a cadeia lateral e mobilizar a coluna em inclinação.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
3. The cat
Objetivos: Treinar a propriocepção e aumentar a força do powerhouse.
Instruções: Ajoelhado sobre o assento da chair, com quadris alinhados com joelhos e mãos no pedal, realizar a descida do pedal mantendo a coluna neutra.
Variação: na subida mobilizar a coluna em flexão ou extensão, atentar para as contra-indicações conforme as patologias da coluna.
Erros mais comuns: Perder o alinhamento das cinturas pélvica e escapular. O aluno tende a flexionar os quadris.
Comentário do professor:Atentar para a quantidade de molas, se muito forte o aluno não consegue descer o pedal e se muito leve, tende a se deslocar para frente. Para
facilitar o exercício colocar a caixa de extensão da chair.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
4. Swan
Objetivos: Alongar a cadeia anterior e fortalecer a cadeia posterior.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
Indicações: Cervicalgia.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
6. Arms extension
Objetivos: Fortalecer a cadeia posterior.
Instruções: Sentada sobre a short box de frente para o pedal, com os MMII em abdução de quadris (joelhos flexionados ou estendidos), realizar a extensão de ombros
mantendo a coluna neutra.
Erros mais comuns dos alunos: Perder o alinhamento escapular e tentar baixar todo o pedal projetando o tronco a frente.
Comentário do professor: Pode ser realizado sentado sobre a plataforma de extensão ou no solo.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
7. Tríceps back
Objetivos: Fortalecer os MMSS e mobilizar as escápulas.
Instruções: Em sedestação sobre a short box de costas para os pedais em coluna neutra, realizar a flexo-extensão de cotovelos.
Variações: elevar e deprimir os ombros bilateral e unilateral, neste exercício solicitar a ativação de serrátil anterior e trapézio inferior.
Erros mais comuns dos alunos: Perder a coluna neutra e elevar os ombros.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
8. Swan na chair
Objetivos: Fortalecer os músculos paravertebrais e alongar a cadeia anterior.
Erros mais comuns dos alunos: Perder a estabilidade escapular e descer os MMII.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
9. Roll over
Objetivos: Fortalecer os músculos abdominais, íliopsoas, quadríceps, glúteos e bíceps
braquial. Mobilizar a coluna lombar e torácica em flexão e alongar a cadeia posterior.
Erros mais comuns dos alunos: Elevar os ombros e flexionar o tronco com solavanco.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
Instruções: De lado para a chair, em 6 apoios, uma mão no pedal e outra na plataforma de
extensão ou no solo, estender um MI de cada vez e permanecer com apoios nos
metatarsos. Realizar a flexo-extensão do cotovelo, mantendo a coluna neutra e o
crescimento axial.
Erros mais comuns dos alunos: Rodar a pelve para o mesmo lado do pedal e perder o
alinhamento escapular.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
Instruções: Em sedestação com as mãos apoiadas na borda da chair e pés no pedal, elevar a pelve mantendo neutra e realizar a flexo-extensão de joelhos.
Pode ser feito em V position/first position.
Comentário do professor: Alunos com dor em punhos ou lesão do túnel do carpo não devem realizar este exercício.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
Instruções: Em sedestação de costas para a chair, com pés apoiados na bola suíça, e mãos no pedal com rotação externa de ombros, realizar a descida do
pedal mantendo a coluna neutra.
Progressão: Flexionar e estender os joelhos, realizar elevação de um MI na cadeirinha enquanto a outra perna sobre a bola estende, ou elevar um MI em
extensão de joelho enquanto outra flexiona aproximando a bola da chair.
Erros mais comuns dos alunos: Perder o alinhamento escapular e olhar para o teto. A cervical fica levemente flexionada.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
Erros mais comuns dos alunos: Perder a ativação dos MMII; Hiperativar o m. trapézio superior;
Diminuir a contração do powerhouse e sentir dor na lombar.
Comentário do professor: Para facilitar o exercício colocar a caixa de extensão da chair ou bola
suíça para apoiar os MMII. Cuidado com os alunos com dor lombar crônica, alguns sentem
aumento da dor durante este exercício.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
Instruções: Em sedestação com a coluna neutra, faixa elástica sobre o pedal com apoio dos
antepés, realizar a extensão de quadris e joelhos na descida do pedal simultâneo com a flexão de
ombros.
Variações: Pode realizar a abdução de ombros, elevação no plano escapular ou usar acessórios
com tonning ball ou magic circle.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
Instruções: De lado para o pedal com a faixa elática sob o pé (MMII em rotação externa), e segurando com a mão oposta. Realizar a extensão de MI associada com a
elevação de ombro no plano escapular.
Variações: Usar outros acessórios como magic circle e tonning ball. Pode ser realizado com os pés em neutra.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
18. Running
Objetivos: Alongamento da cadeia posterior dos MMII.
Instruções: Com cotovelos apoiados no assento da chair e pés no pedal, coluna neutra,
realizar a flexo-extensão de joelhos alternados.
Comentário do professor: Solicite ao aluno manter a pelve neutra com os ísquios afastados.
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
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EXERCÍCIOS NA CHAIR
20. Bridge
Objetivos: Fortalecer a cadeia posterior e aumentar a estabilidade pélvica.
Instruções: Em decúbito dorsal com apoio no arco plantar nos pedais (dissociados), realizar a
flexão ponte sem descer os pedais e manter a estabilidade pélvica.
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Ladder Barrel
Exercícios no
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EXERCÍCIOS NO BARREL
1. Spine stretch
Objetivos: Mobilizar a coluna em extensão e alongar a cadeia anterior.
Dicas e cuidados especiais: Os alunos devem manter a ativação do powerhouse durante toda
a execução do movimento, senão sentirão dor na lombar durante a execução.
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EXERCÍCIOS NO BARREL
2. Gluteos stretch
Objetivos: Alongar o glúteo máximo.
Instruções: Com o quadril em rotação externa e joelho flexionado a 90 graus sobre o barrel, disco de rotação sob o pé de apoio com um MI realizar rotação de
tronco com o auxílio do disco de rotação.
Dicas e cuidados especiais: Solicitar que o aluno rode o tronco com controle, mantendo o crescimento axial.
Variações: A rotação pode ser realizada para os dois lados. Realizar a flexão de tronco com mobilização de coluna; Pode associar o alongamento de ísquiotibial
e íliopsoas apenas rodando o disco.
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EXERCÍCIOS NO BARREL
3. Spine stretch
Objetivos: Alongar a cadeia posterior e mobilizar a coluna em flexão.
Instruções: Em sedestação sobre o barrel, segurando a tonning ball nas mãos com flexão de ombros a 90 graus e pés apoiados no espaldar mantendo a flexão
de quadris a 90 graus, realizar a flexão do tronco levando os MMSS entre os MMII ou por fora.
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EXERCÍCIOS NO BARREL
4. Swan dive
Objetivos: Mobilizar a coluna em extensão, alongar a cadeia anterior e fortalecer a cadeia posterior.
Instruções: Em decúbito ventral apoiado sobre o barrel, com os ombros a 90 graus de flexão (MMSS voltados para o solo) e pés em rotação externa (V position
ou first position) no primeiro degrau do espaldar, realizar a extensão de tronco com acompanhamento dos MMSS. Caso o aluno não sinta desconforto, realizar a
hiperxtensão do tronco, flexionando os joelhos.
60
EXERCÍCIOS NO BARREL
5. Rotation prone
Objetivos: Fortalecer os músculos paravertebrais e glúteos; Mobilizar a coluna cervical e
torácica em extensão e rotação.
Instruções: Decúbito ventral com abdome apoiado no barrel, pés no espaldar, mãos na testa,
realizar a extensão com rotação de tronco associada com a abdução horizontal de ombro. A
cervical acompanha o movimento. Alternar os lados.
Indicações: Cervicalgia.
Erros mais comuns dos alunos: Perder a coluna neutra e rodar a pelve
61
EXERCÍCIOS NO BARREL
6. Horseback
Objetivos: Fortalecer os músculos adutores do quadril e o assoalho pélvico.
Instruções: Em sedestação sobre o barrel, realizar a extensão de quadris, joelhos e contrair adutores elevando a pelve do barrel.
Dicas e cuidados especiais: Certifique-se que o aluno sobe mais do que projeta seu tronco para frente. Pode acrescentar acessórios em MMSS ou realizar
ajoelhado.
62
EXERCÍCIOS NO BARREL
Instruções: Sentado sobre os ísquios no barrel, pés no espadar com MMII flexionados a
aproximadamente 90° de joelhos e quadril, ombros flexionados a 90°, cotovelos estendidos.
Realizar o enrolamento da coluna em flexão simultaneamente com a abdução horizontal dos
ombros com a faixa elástica e retornar à posição inicial.
Contra-indicações: Alunos com síndrome do túnel do carpo podem segurar a tonning Ball com
ombros em rotação externa.
Erros mais comuns dos alunos: Realizar desvios de punhos e fazer o movimento em bloco.
Comentário do professor: Pode ser realizada a rotação da coluna associada com a abdução
unilateral de ombro, a cervical acompanha o movimento.
63
EXERCÍCIOS NO BARREL
8. Tree
Objetivos: Fortalecer o powerhouse, alongar a cadeia posterior, mobilizar a coluna em flexão e extensão e aumentar a coordenação.
Instruções: Em sedestação sobre o barrel com um pé apoiado no espaldar, uma mão segura na fossa poplítea internamente e outra mão externa no tornozelo, realiza 3 flexo-
extensões do joelho, mantendo a extensão do joelho, escala as mãos até o tornozelo retorna as mãos apoiando até o quadril e extende o tronco apoiando no barrel (os
MMSS acompanham o movimento do tronco) mantendo o MI apontado para o teto e retorna à posição inicial escalando até o joelho e flexionando o joelho, estende e escala
até o tornozelo e repete a sequência.
Dicas e cuidados especiais: O aluno com dor lombar crônica pode não estar apto a realizar este exercício, avaliar a sua prescrição.
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EXERCÍCIOS NO BARREL
9. Back Extension
Objetivos: Fortalecer os músculos paravertebrais e glúteos; Mobilizar a coluna em extensão; e
alongar o tríceps sural.
Instruções: Em decúbito ventral, mãos na testa, apoiar os pés em neutra na barra horizontal
próximo ao solo ou na plataforma extensora, a partir da posição negativa estender o tronco até a
coluna neutra e retornar à posição inicial.
Contra-indicações: Espondilolistese.
Dicas e cuidados especiais: Alunos com esporão calcâneo devem apoiar os pés na plataforma
extensora.
Erros mais comuns dos alunos: Perder o alinhamento da coluna em neutra e a ativação do
powerhouse.
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EXERCÍCIOS NO BARREL
Instruções: Aluno sobe no barrel com a caixa do reformer em decúbito lateral, apoia as mãos no
espaldar com cotovelos flexionados e ombros abduzidos, MMII em extensão e tornozelos em
flexão plantar, realizar a inclinação/flexão lateral do tronco a partir do movimento dos MMII.
Dicas e cuidados especiais: O instrutor deve orientar o alinhamento do aluno estando por de
trás dele. Pode progredir com o uso de acessórios como overball, bola suíça e magic circle)
66
EXERCÍCIOS NO BARREL
Instruções: Em decúbito lateral sobre o barrel, com um pé no último degrau e outro acima do espaldar, cotovelo apoiado no barrel e outro MS ao longo do tronco
ou na nuca, realizar a abdução do quadril do membro inferior de cima.
Dicas e cuidados especiais: Manter a coluna neutra e não perder o alinhamento do MS de apoio.
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ReformerExercícios no
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
1. Hamstring stretch
Objetivos: Alongar a cadeia posterior em flexão e
rotação de tronco e mobilizar a coluna em flexão.
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
Instruções: De lado do carrinho, com o MS mais próximo das ombreiras, empurrar o carrinho e
puxar com o MS mais distal à ombreira, mantendo a estabilidade escapular, empurrar o carrinho
realizando a torção de tronco. A coluna cervical pode permanecer em neutra ou rodar,
acompanhando o movimento.
70
EXERCÍCIOS NO REFORMER
3. Gluteos stretch
Objetivos: Alongar os glúteos e peitorais e manter a estabilidade escapular.
Instruções: Sentado de frente para a barra de pés, apoiar o antepé na barra e apoiar o outro MI
acima do joelho do que está na barra em flexão de joelho e quadril e rotação externa. Ombros em
extensão com rotação externa com as mãos apoiadas no carrinho. Realizar a flexão e extensão de
quadril e joelho para alongar o MI que está em rotação externa.
71
EXERCÍCIOS NO REFORMER
4. Running em sedestação
Objetivos: Aumentar a estabilidade pélvica e de ombros; Fortalecer os MMII (tríceps sural,
quadríceps e isquiotibiais).
Instruções: Em sedestação com MMII apoiados na barra de pés, ombros em extensão com rotação
externa com as mãos apoiadas no carrinho, realizar os footworks: running, toes e heels e V
position.
72
EXERCÍCIOS NO REFORMER
5. Spine extension
Objetivos: Mobilizar a coluna em extensão e alongar a cadeia anterior.
Instruções: Em sedestação com os MMII em extensão, pés na barra de pés e mãos na nuca, ou em
flexão de 90 graus de ombros, realizar a extensão de tronco com a overball ou meia lua na coluna
torácica.
Comentário do professor: Pode ser realizado sem as ombreiras, assim, o instrutor deverá elevar a
cabeceira.
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
6. Quadriceps strength
Objetivos: Fortaceler o quadríceps.
Instruções: Ajoelhado de frente para as alças de mãos, segurar as alças de mãos com cotovelos em
extensão, realizar a flexão de joelhos mantendo a coluna neutra. Pode associar com movimentos de
MMSS ou hipextender o tronco a partir da cervical.
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
7. Arms open
Objetivos: Fortalecer os músculos estabilizadores escapulares e aumentar a propriocepção.
Erros mais comuns dos alunos: Flexionar o joelho e quadril ou perder a estabilidade de tronco.
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
8. Roll up
Objetivos: Mobilizar a coluna em flexão, fortalecer a cintura escapular e alongar a cadeia
posterior.
Dicas e cuidados especiais: O olhar do aluno é próximo aos joelhos para evitar a
hiperextensão da cervical.
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
9. Abs obliques
Objetivos: Fortalecer o abdome na excêntrica, estabilizar o ombro e mobilizar a
coluna em extensão.
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
79
EXERCÍCIOS NO REFORMER
12. Plank
Objetivos: Fortalecer a cintura escapular e o powerhouse.
Dicas e cuidados especiais: Quanto mais leve a mola mais difícil e instável o
exercício.
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
Dicas e cuidados especiais: O joelho da perna que está apoiada na barra, deve
permanecer parado, apontado para o teto.
Erros mais comuns dos alunos: Elevar a pelve sem rodar o tronco.
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
Indicações: Espondilolistese.
Dicas e cuidados especiais: Para maior segurança do aluno, este exercício deve
ser fragmentado, primeiro movimentar os MMSS para depois mobilizar o tronco
em flexão.
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
85
EXERCÍCIOS NO REFORMER
Indicações: Cervicalgia
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
Variação: Círculos com ombros; Também pode ser feito com o aluno
posicionado ao contrário (com os pés voltados para a barra).
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
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EXERCÍCIOS NO REFORMER
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Cadillac
Exercícios no
90
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
Instruções: Aluno em decúbito dorsal com barra móvel sob o occipital, cotovelos e ombros rodados externamente e MMMII apoiados no solo. Elevar
suavemente a cervical do solo, inspirar em isometria e retornar à posição inicial. Depois realizar o abominal, mantendo o crescimento axial. Progredir retirando as
molas da barra móvel.
Dicas e cuidados especiais: Para maior conforto do aluno, envolver a barra com toalha de rosto ou com antiderrapante. Orientar o aluno que a flexão parte do
tronco, próximo ao osso esterno e não da cervical.
91
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
2. Teaser
Objetivos: Fortalecer o powerhouse e os MMII.
Instruções: Em sedestação de frente para a barra móvel com os pés apoiados no Cadillac, realizar a extensão de quadris em coluna neutra até o apoio da borda
inferior das escápulas. Na subida do tronco, pode estender um joelho ou flexionar quadril com o joelho em extensão.
Variações: Realizar com os MMII em cadeirinha/ table top (90 graus de quadris e joelhos), single leg stretch ou double leg stretch. As mãos podem ser supinadas
ou pronadas.
Erros mais comuns: Elevar os ombros e tracionar a barra móvel em direção ao tronco.
92
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
Instruções: Colocar o rolo sobre o Cadillac na posição transversal apoiado nas barras verticais, aluno em pé por fora do Cadillac, segura a barra móvel com
punhos em pronação, MMII apoiados no rolo e realiza a flexão do tronco, mobilizando a coluna até a coluna neutra. Os ombros ficarão em flexão de 180°. Pode
realizar a elevação e depressão escapular.
Dicas e cuidados especiais: Observar se o aluno não compensa flexionando os joelhos. Para ficar com a pelve neutra, solicitar que afaste as tuberosidades
isquiáticas. O professor pode ficar do mesmo lado da barra móvel, tracionando a barra móvel para aumentar o crescimento axial ou inclinando o tronco para
alongar a cadeia lateral; Realizar em isometria.
93
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
4. Leg lowers
Objetivos: Fortalecer os MMII e aumentar a ativação do powerhouse.
Instruções: Em decúbito dorsal com o rolo sob a coluna, segurando as barras verticais, pode realizar flexo-extensão de MI em neutra, v position, bicycle, double
leg e circles.
Dicas e cuidados especiais: Peça para o aluno ativar o powerhouse ainda mais por causa da instabilidade do rolo.
Comentários do professor: As mãos podem ficar apoiadas no Cadillac ou segurando as barras verticais.
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EXERCÍCIOS NO CADILLAC
Instruções: Aluno em decúbito dorsal sobre o Cadillac com MMSS ao lado do tronco (ou segurando nas barras verticais) e barra móvel na fossa poplítea, realizar
a elevação da pelve até a coluna torácica, deixando as escápulas apoiadas no Cadillac ou as mãos apoiadas na barra fixa com os ombros em rotação externa.
Dicas e cuidados especiais: Peça para o aluno ativar o powerhouse ainda mais por causa da instabilidade do rolo.
Comentários do professor: Pedir para o aluno manter os joelhos flexionados durante todo o exercício. As molas precisam estar adequadas, se muito pesada, o
aluno terá dificuldade de manter os joelhos em flexão, se muito leve, dificultará a elevação da pelve, lombar e torácica.
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EXERCÍCIOS NO CADILLAC
6. Side sit up
Objetivos: Fortalecimento de abdome com ênfase nos músculos oblíquos externos e internos.
Instruções: Em decúbito lateral (DL), com a mão superior no centro da barra móvel, outro MS
em rotação externa de ombro, MMII nas barras verticais, inclinar o tronco em direção à barra
móvel.
Erros mais comuns dos alunos: Realizar a inclinação com solavancos ou impulsionar com o
cotovelo do MS abaixo; Inclinar a cervical e puxar a barra.
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EXERCÍCIOS NO CADILLAC
7. Thigh Stretch
Objetivos: Alongar a cadeia anterior, fortalecer a cadeia posterior e
mobilizar a coluna em extensão.
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EXERCÍCIOS NO CADILLAC
8. Spine stretch
Objetivos: Alongar a cadeia posterior e mobilizar a coluna em rotação.
Instruções: Em sedestação de frente para a barra fixa, com os MMII em extensão e mãos na barra alinhadas com os ombros, realizar a elevação da barra retirando uma
mão da barra, levando ao pé contralateral e rodando o tronco. Pode descer a barra com ambas mãos e realizar o spine stretch tradicional.
Dicas e cuidados especiais: Alunos que tem lesão de ombro sentirão dor na elevação da barra. O olhar deve acompanhar a movimentação da mão.
98
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
9. Mermaid ajoelhado
Objetivos: Alongamento da cadeia lateral e mobilização da coluna em
inclinação.
99
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
100
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
Instruções: Sentado de frente para a barra fixa com coluna neutra, com mãos e MI na barra, outro MI apoiado no Cadillac, realizar a flexão de coluna com
mobilização e estender o joelho da perna que está na barra. No retorno, passar a barra por cima, realizando o alongamento do isquiotibial com flexão de quadril.
Retornar a posição inicial.
Dicas e cuidados especiais: Orientar o aluno para flexionar a coluna, mobilizando as vértebras e retornar a coluna neutra.
101
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
Instruções: Em DD com bola suíça sob a pelve e mãos na barra fixa, pés em dorsiflexão, realizar a hiperextensão de tronco iniciando pela coluna cervical.
Comentário do professor: Quanto mais próximo o aluno estiver da barra fixa, maior será a amplitude de extensão do tronco. Para facilitar a execução do
movimento, colocar mola de maior a resistência ou ficar ajoelhado. Alunos altos podem apoiar os pés nas barras verticais.
102
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
Instruções: Em sedestação na bola suíça, de lado para a barra fixa com as molas vindas de cima, segurar a barra em supinação, realizar a flexão de cotovelos,
mantendo a coluna neutra. Pode elevar um MI.
Dicas e cuidados especiais: Certifique-se que o aluno não realiza hiperlordose tóraco-lombar, solicite fechamento de costelas.
103
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
14. Footworks
variações
Objetivos: Fortalecer os músculos reto do abdome,
oblíquos internos e externos, transverso do abdome e
quadríceps.
104
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
Instruções: Em DD, segurar a barra fixa com as mãos em pronação, molas fortes vindas de cima da barra, barra móvel na fossa poplítea, realizar a retração escapular,
mantendo o alinhamento escapular.
Erros mais comuns dos alunos: Elevar os ombros e fazer numa amplitude maior que a retração e protração escapular.
105
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
16.Front Split
Objetivos: Alongar os músculos flexores do quadril.
Instruções: Em pé em cima do Cadillac, com o tornozelo sobre a alça do trapézio, MI a frente apoiado e mãos segurando as barras pelo lado externo, realizar a flexão de
quadril e joelho da perna a frente, alongando a perna que está sobre o trapézio. Pode ser feito com ambos MMII em extensão de joelhos.
Dicas e cuidados especiais: Atentar para o aluno não realizar hiperlordose tóraco- lombar e valgo dinâmico durante a execução do movimento.
106
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
107
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
108
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
19. Afundo
Objetivos: Fortalecer músculos do complexo do ombro e quadris,
aumentar a estabilidade de tronco e melhorar a mobilidade de quadril.
109
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
110
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
Instruções: Em decúbito dorsal com o auxílio do instrutor que está semi agachado, aluno sobe na ponte apoiando os pés nas coxas do instrutor, coloca um pé no fuzzy
em eversão e rotação externa relaxa a coluna lombar. É realizado em isometria.
111
Plank
Exercícios no
112
EXERCÍCIOS NO PLANK
1. Sholder mobility
Objetivos: Melhorar a mobilidade de ombro e escápula,
estabilizar a cintura pélvica, fortalecer o powerhouse e
MMSS.
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EXERCÍCIOS NO PLANK
2. Chest expansion
Objetivos: Fortalecer os MMSS e mobilizar a cervical.
Instruções: Ajoelhado no Plank com as mãos pronadas com elásticos, realizar a extensão de ombros, respira e roda a cervical para o lado e para outro
retornando as alças à posição inicial.
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EXERCÍCIOS NO PLANK
3. Round back
Objetivos: Fortalecer o abdome e MMSS e mobilizar a coluna em flexão.
Instruções: Em sedestação sobre o plank segurando as alças de mãos supinadas, mobilizar a coluna enrolando as vértebras. Pode realizar movimentos de
MMSS, mantendo a isometria de abdome.
115
EXERCÍCIOS NO PLANK
4. Round back
Objetivos: Fortalecer os estabilizadores escapulares
Indicações: Cervicalgia.
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EXERCÍCIOS NO PLANK
5. Isquios stretches
Objetivos: Fortalecer os flexores dos quadris e alongar os isquiotibiais.
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EXERCÍCIOS NO PLANK
6. Up and down
Objetivos: Fortalecer os abdutores de quadril e alongar os adutores.
118
EXERCÍCIOS NO PLANK
Instruções: Em 4 apoios com as alças nos tornozelos, realizar a flexão unilateral de quadril e joelho, mantendo a coluna neutra.
Variações: Para os alunos com boa estabilidade lombopélvica e escapular realizar na prancha.
119
EXERCÍCIOS NO PLANK
8. Afundo
Objetivos: Fortalecer os MMSS e MMII e aumentar o
equilíbrio.
120
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
ESTUDO DE CASOS
Caso 1: O.A.S, sexo masculino, 58 anos, funcionário público. Quer fazer alguma atividade física para diminuir o
estresse. Durante a avaliação o instrutor observou que o aluno apresenta cabeça anteriorizada, hipercifose torácica,
elevação do ombro direito, protusão de ombros e pontos gatilhos em romboides, supra e infraespinhal. Já fez 2 cirurgias:
meniscoplastia à direita e sutura do manguito rotador (m. supraespinal e cabeça longa do bíceps) à direita. Atualmente
queixa de dor constante no pescoço, fez ressonância (RM) é não evidenciou nenhuma alteração. Monte uma aula para este
aluno.
Caso 2: E.R.C, sexo feminino, 51 anos, empresária, tem espondilolistese grau I em L5-S1, evidenciada no RX.
Procurou seu estúdio após realizar aulas durante 8 meses em outro local sem melhora do quadro doloroso. Queixa-se que
durante alguns exercícios de extensão, sentia dores na lombar e a instrutora de Pilates dizia que era normal. Está receosa
em fazer Pilates porque não sabe se o método vai melhorar mesmo sua dor. Faça uma aula para esta aluna.
Caso 3: J.M.G, sexo feminino, 74 anos, aposentada e sedentária. Quer fazer Pilates porque sente dor na coluna
toracolombar e após ir ao médico que solicitou a DMO foi diagnosticada com osteoporose na coluna. Qual(is) a(s) contra
indicação(çoes) de exercício para esta senhora? Prescreva 5 exercícios indicados nesta patologia.
121
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Questionários de avaliação da dor Por favor, responda esse questionário. Ele foi desenvolvido para dar-nos informações sobre como seu problema
nas costas ou pernas tem afetado a sua capacidade de realizar as atividades da vida diária. Por favor, responda a todas as
São questionários validados e confiáveis para a avaliação da função, dor e incapacidade do indivíduo com seções. ASSINALE EM CADA UMA DELAS APENAS A RESPOSTA QUE MAIS CLARAMENTE DESCREVE A SUA
patologia da coluna. Alguns questionários apesar de serem feitos para a avalização da coluna lombar, também podem ser CONDIÇÃO NO DIA DE HOJE.
adaptados para a coluna cervical e torácica.
Seção 1 – Intensidade da Dor
ANEXO 1: MCGILL PAIN SCALE
( ) Não sinto dor no momento.
( ) A dor é muito leve no momento.
( ) A dor é moderada no momento.
( ) A dor é razoavelmente intensa no momento.
( ) A dor é muito intensa no momento.
( ) A dor é a pior que se pode imaginar no momento.
( ) Posso cuidar de mim mesmo normalmente sem que isso aumente a dor.
( ) Posso cuidar de mim mesmo normalmente, mas sinto muita dor.
( ) Sinto dor ao cuidar de mim mesmo e faço isso lentamente e com cuidado.
( ) Necessito de alguma ajuda, porém consigo fazer a maior parte dos meus cuidados pessoais.
( ) Necessito de ajuda diária na maioria dos aspectos de meus cuidados pessoais.
( ) Não consigo me vestir, lavo-me com dificuldade e permaneço na cama.
122
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
( ) A dor não me impede de caminhar qualquer distância. ( ) Minha vida sexual é normal e não aumenta minha dor.
( ) A dor me impede de caminhar mais de 1.600 metros (aproximadamente 16 quarteirões de 100 metros). ( ) Minha vida sexual é normal, mas causa um pouco mais de dor.
( ) A dor me impede de caminhar mais de 800 metros (aproximadamente 8 quarteirões de 100 metros). ( ) Minha vida sexual é quase normal, mas causa muita dor.
( ) A dor me impede de caminhar mais de 400 metros (aproximadamente 4 quarteirões de 100 metros). ( ) Minha vida sexual é severamente limitada pela dor.
( ) Só consigo andar usando uma bengala ou muletas. ( ) Minha vida sexual é quase ausente por causa da dor.
( ) Fico na cama a maior parte do tempo e preciso me arrastar para ir ao banheiro. ( ) A dor me impede de ter uma vida sexual.
( ) Consigo sentar em qualquer tipo de cadeira durante o tempo que quiser. ( ) Minha vida social é normal e não aumenta a dor.
( ) Consigo sentar em uma cadeira confortável durante o tempo que quiser. A dor me impede de ficar sentado por ( ) Minha vida social é normal, mas aumenta a dor.
mais de 1 hora. ( ) A dor não tem nenhum efeito significativo na minha vida social, porém limita alguns interesses que demandam
( ) A dor me impede de ficar sentado por mais de meia hora. mais energia, como por exemplo, esporte, etc.
( ) A dor me impede de ficar sentado por mais de 10 minutos. ( ) A dor tem restringido minha vida social e não saio de casa com tanta freqüência.
( ) A dor me impede de sentar. ( ) A dor tem restringido minha vida social ao meu lar.
( ) Não tenho vida social por causa da dor.
Seção 6 – Ficar em Pé
Seção 10 – Locomoção (ônibus/carro/táxi)
( ) Consigo ficar em pé o tempo que quiser sem aumentar a dor.
( ) Consigo ficar em pé durante o tempo que quiser, mas isso aumenta a dor. ( ) Posso ir a qualquer lugar sem sentir dor.
( ) A dor me impede de ficar em pé por mais de 1 hora. ( ) Posso ir a qualquer lugar, mas isso aumenta a dor.
( ) A dor me impede de ficar em pé por mais de meia hora. ( ) A dor é intensa, mas consigo me locomover durante 2 horas.
( ) A dor me impede de ficar em pé por mais de 10 minutos. ( ) A dor restringe-me a locomoções de menos de 1 hora.
( ) A dor me impede de ficar em pé. ( ) A dor restringe-me a pequenas locomoções necessárias de menos de 30 minutos.
( ) A dor impede de locomover-me, exceto para receber tratamento.
Seção 7 – Dormir
123
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
ANEXO 3: ROLAND MORRIS DISABILITY QUESTIONNAIRE ANEXO 4: NECK DISABILITY INDEX (NDI)
Quando suas costas doem você pode achar difícil fazer coisas que normalmente fazia. Este questionário foi concebido para dar informações de como a sua dor no pescoço afeta a sua capacidade de agir
no dia-a-dia. Por favor, responda a cada secção deste questionário assinalando apenas UM dos quadrados que melhor se
Esta lista contém frases de pessoas descrevendo a si mesmas quando sentem dor nas costas. aplique ao seu caso. Sabemos que pode considerar como aplicáveis a si duas afirmações em cada seção mas, por favor,
assinale apenas o quadrado que descreve melhor o seu problema.
Você pode achar entre estas frases que você lê algumas que descrevem você hoje. À medida que você lê estas
frases, pense em você hoje. Marque a sentença que descreve você hoje. Se a frase não descreve o que você sente, ignore-a Seção 1 – Intensidade da dor
e leia a seguinte. Lembre-se, só marque a frase se você tiver certeza que ela descreve você hoje.
( ) Neste momento não sinto nenhuma dor.
1- Fico em casa a maior parte do tempo devido a minha coluna. ( ) Neste momento a dor é muito fraca.
2- Eu mudo de posição freqüentemente para tentar aliviar minha coluna. ( ) Neste momento a dor é moderada.
3- Eu ando mais lentamente do que o meu normal por causa de minha coluna. ( ) Neste momento a dor é bastante forte.
4- Por causa de minhas costas não estou fazendo nenhum dos trabalhos que fazia em minha casa. ( ) Neste momento a dor é muito forte.
5- Por causa de minhas costas, eu uso um corrimão para subir escadas. ( ) Neste momento a dor é mais forte do que se possa imaginar.
6- Por causa de minhas costas, eu deito para descansar mais freqüentemente.
7- Por causa de minhas costas, eu necessito de apoio para levantar-me de uma cadeira. Seção 2 – Cuidados pessoais (lavar-se, vestir-se etc.)
8- Por causa de minhas costas, eu tento arranjar pessoas para fazerem coisas para mim.
9- Eu me visto mais lentamente do que o usual, Por causa de minhas costas. ( ) Posso tratar de mim normalmente sem causar mais dores.
10- Eu fico de pé por períodos curtos, Por causa de minhas costas. ( ) Posso tratar de mim normalmente, mas isso causa-me mais dores.
11- Por causa de minhas costas, eu procuro não me curvar ou agachar. ( ) É doloroso tratar de mim próprio e sou lento(a) e cuidadoso(a).
12- Eu acho difícil sair de uma cadeira, Por causa de minhas costas. ( ) Consigo realizar a maior parte dos meus cuidados pessoais, mas preciso de algum auxílio.
13- Minhas costas doem a maior parte do tempo. ( ) Na maior parte dos meus cuidados pessoais, preciso todos os dias auxilio.
14- Eu acho difícil me virar na cama Por causa de minhas costas. ( ) Não consigo vestir-me, lavo-me com dificuldade e permaneço deitado(a) na cama.
15- Meu apetite não é bom por causa de dor nas costas.
16- Tenho problemas para causar meias devido a dor nas minhas costas. Seção 3 – Levantar coisas
17- Só consigo andar distâncias curtas Por causa de minhas costas
18- Durmo pior de barriga para cima. ( ) Consigo levantar coisas pesadas sem causar mais dores.
19- Devido a minha dor nas costas, preciso de ajuda para me vestir. ( ) Consigo levantar coisas pesadas mas causa-me mais dores.
20- Eu fico sentado a maior parte do dia Por causa de minhas costas ( ) A dor impede-me de levantar coisas pesadas do chão, mas posso levantá-las se estiverem convenientemente
21- Eu evito trabalhos pesados em casa Por causa de minhas costas colocadas, como por exemplo em cima de uma mesa.
22- Devido a minha dor nas costas fico mais irritado e de mau humor com as ( ) A dor impede-me de levantar coisas pesadas, mas consigo fazê-lo se forem coisas leves ou de peso médio,
pessoas, do que normalmente. convenientemente colocadas.
23- Por causa de minhas costas, subo escadas mais devagar do que o usual. ( ) Posso levantar apenas coisas muito leves.
24- Fico na cama a maior parte do tempo Por causa de minhas costas. ( ) Não consigo levantar ou transportar seja o que for.
124
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
( ) Posso ler o tempo que quiser sem causar dores no pescoço. ( ) Posso guiar um carro sem causar qualquer dor no pescoço.
( ) Posso ler o tempo que quiser mas com uma ligeira dor no pescoço. ( ) Posso guiar um carro durante o tempo que quiser, mas com uma ligeira dor no pescoço.
( ) Posso ler o tempo que quiser mas com dores moderadas no pescoço. ( ) Posso guiar um carro durante o tempo que quiser, mas com dores moderadas no pescoço.
( ) Não posso ler o tempo que quiser por causa das dores relativamente fortes no pescoço. ( ) Não posso guiar um carro durante o tempo que quiser devido a dores relativamente fortes no pescoço.
( ) Quase que não posso ler por causa das dores muito fortes no pescoço. ( ) Mal posso guiar um carro devido às dores muitos fortes no pescoço.
( ) Não posso ler nada por causa das dores no pescoço. ( ) Não posso guiar um carro por causa das dores no pescoço.
( ) Consigo concentrar-me sem dificuldade. ( ) Sou capaz de fazer qualquer das minhas actividades de lazer, sem sentir quaisquer dores no pescoço.
( ) Consigo concentrar-me, mas com ligeira dificuldade. ( ) Sou capaz de fazer qualquer das minhas actividades de lazer, mas com algumas dores no pescoço.
( ) Sinto alguma dificuldade em concentrar-me. ( ) Sou capaz de fazer a maior parte das minhas actividades de lazer, mas não todas, devido às dores no pescoço.
( ) Sinto muita dificuldade em concentrar-me. ( ) Sou capaz de fazer apenas algumas das minhas actividades de lazer habituais devido às dores no pescoço.
( ) Sinto imensa dificuldade em concentrar-me. ( ) Dificilmente sou capaz de fazer quaisquer actividades de lazer devido às dores no pescoço.
( ) Não sou capaz de me concentrar de todo. ( ) Não sou capaz de fazer nenhuma das minhas actividades de lazer.
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PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
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Quem somos?
A VOLL PILATES atua em todas as áreas de capacitação em Pilates, da formação
básica inicial à workshops avançados, com cursos e eventos pelo Brasil. Fazem parte
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