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Estágio em Nutrição Clínica

Outubro 13,
2015

ESTUDO
DE CASO
Discente:
Cíntia Costa da Silva (EN).
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
PRECEPTORAS: Karina Dias
Karina Hohenfeld
Renilda Sá
O presente trabalho constitui-se requisito
para conclusão do Estágio em Nutrição
Clínica e tem como objetivo propor
conduta nutricional adequada para
paciente vítima de Acidente Ofídico,
atendido na enfermaria 1B, do Hospital
Geral Roberto Santos (HGRS), visando a
melhora do seu estado nutricional.

Salvador – BA, 2015.2


Identificação do Paciente:
 Nome: J. J. S.;
 Idade: 16 anos;
 Sexo: masculino;
 Cor: moreno;
 Data de admissão na enfermaria:
Unidade/Leito: 1B – 105.2 (16/09  24/09)

1A – 112.2 (25/09)
Dados Pessoais:
 Nacionalidade: Brasileiro;
 Naturalidade/Procedência: Zona Rural
de Valença – BA (9Km);

 Escolaridade: cursando o 7º ano do


ensino fundamental;
 Profissão: estudante;
 Estado Civil: solteiro.
História Social/ Familiar:
 Moradia: reside em casa própria com mais 4
pessoas (pais e irmãos), residência possui
saneamento básico, água encanada e eletricidade;
 Renda familiar de 1 ½ salários mínimos;
 Nega etilismo;
 Nega tabagismo e/ou uso de drogas ilícitas;
 Nega pratica de exercícios físicos regulares/
monitorados;
 Nega história patológica familiar.
História Patológica Pregressa:
 NDN.

Queixa Principal:
 Acidente ofídico em MID, apresentando dor
local intensa.

Diagnóstico Clínico:
 Acidente ofídico, PO (15/09) – 48h*, Fasciotomia
+ Desbridamento + Trepanação de Fíbula MID.
Estudo de Caso

História da Moléstia Atual:


Problemas Data
Acidente ofídico em MID
09/09
P1 (Hosp. Local/ Valença - BA  Soro Antibotrópico
Pentavalente – 8 ampolas)* (Qua)

Transferido para HGRS 13/09


P2  Síndrome compartimental em MID (Dom)
P3 Cir. de Fasciotomia em PD descompresiva 14/09
P4 PO/ Desbridamento de tecido necrótico 15/09
P5 PO / Desbridamento de tecidos desvitalizados (Und. 1B)* 16/09
PO/ Desbridamento de tecidos desvitalizados com
P6 trepanação óssea
21/09

P7 PO/ Desbridamento cirúrgico 24/09


PO/ Desbridamento + trepanação óssea + sutura de
P8 ferida (Und. 1A)*
30/09
Estudo de Caso

Medicamentos em uso/
Interação droga-nutriente
Estudo de Caso

Medicamentos Classificação Interação x Nutrientes

Pode provocar resultado falso-


Tazocin Antibiótico
positivo de glicose na urina.

Analgésico e
Dipirona Antitérmico –
Tylex Analgésico –
Pode levar o paciente a uma
hipoglicemia, devido a estase
Plasil Antiemético gástrica, a insulina começa a agir
antes que os alimentos tenham
saído do estômago.

Náusea, vômito, boca seca,


Tramal Analgésico
tontura e sonolência.

Constipação, náusea, boca seca,


Analgésico
Dimorf Sistêmico
diminuição do apetite,
dificuldade de urinar.
Estudo de Caso

Medicamentos Classificação Interação

Antiácido e
Omeprazol Antiulceroso
 absorção de ferro e vitamina B12

Anticoagulante e
Clexane Antitrombótico
 absorção digestiva de vitamina K

 absorção de tiroxina (T4) e cobre;


Cálcio  sua absorção no
Sulfato Ferroso organismo e vitamina C 
300mg/ VO – Antianêmico
Pirose, dor epigástrica, náusea,
3x/ dia desconforto gástrico, gosto
metálico, vômito, cólica,
constipação e diarreia.

Folato
5mg/ VO – Antianêmico  vitamina B12 (longo prazo)
1x/ dia
Estudo de Caso
INDICADORES 21/09/15 25/09/15
INTERPRETAÇÃO
ANTROPOMÉTRICOS (1B) (1A)

Peso (R)   
Estatura (R)   

Adequado para idade


Peso (E)/ Idade 50 Kg 50 Kg
Escore Z >-2 e <-1 / P>3 e <15
Adequada para idade
Estatura (E)/ Idade 1,70 m 1,70 m
Escore Z >-1 e <+1 / P>15 e <85
Eutrofia
IMC/ Idade 17,30Kg/m² 17,30Kg/m²
Escore Z >-2 e <-1 / P>3 e <15
CB 23 cm P15 - Risco de depleção 
CMB 21,12 cm P5 - Risco de depleção 
PCT 6 mm P15 - Risco de depleção 
PCSE 6 mm P15 - Risco de depleção 
 PCT + PCSE 12 mm P10 - Risco de depleção 
Abaixo da média -
% GC PCT + PCSE 9,97 % 
Tecido Muscular e Adiposo
AMB 25,51 cm P10 - Risco de depleção 
CC   
Envergadura 85 cm  
AJ 48,5 cm  
*** NRS
Estudo de Caso

Região Anatômica Achado Clínico


Capacidade Física Acamado + móvel
Cabelo Sem alterações
Face Um pouco pálida
Olhos Mucosas hipocrômicas (++/IV) / Anictérico
Lábios Sem alterações
Dentes Dentição completa / Mastigação normal
Língua Papilas gustativas tróficas
Pescoço Sem alterações
Pele Turgor e elasticidade preservados
Abdômen Plano
Unhas Sem alterações
MMSS/ MMII NDN/ Lesão em MID com odor fétido*
Extremidades Bem perfundidas
Sem edema, ascite e UPP / Visível depleção de
Tecido Subcutâneo e Muscular
Tecido Adiposo e Muscular
Estudo de Caso
Resultados Resultados Resultados Resultados VALORES DE
EXAMES
16/09/15 18/09/15 23/09/15 01/10/15 REFERÊNCIA

4,3 – 6,0 x 10₆/mm³


Hemácias  2,72  3,17  2,93  2,86
(<) indicam anemia

13,5 – 18,0 g/dL


Hemoglobina  7,2  8,4  8,0  7,7
(<) indicativo de anemia

41 – 54 %
Hematócrito  21,9  25,2  24,4  23,7
(<) indicativo de anemia

80 – 100 fL
VCM 80,5  79,5 83,3 82,9
(<) hemácias microcíticas

27 – 32 pg
HCM  26,5  26,5 27,3  26,9
(<) hipocromia

32 – 36 g/dL
Avalia concentração de
CHCM 32,9 33,3 32,8 32,5
hemoglobina dentro das
hemácias
11,5 – 14,5 %
(>) hemácias de tamanhos
RDW-CV 13,7  15,0  15,6 14,1
diferentes circulando/
carência de ferro

Leucócitos 3.600 – 11.000 mm³


 23.340  22.880  21.690  12.880
Totais (>) indicativo de infecção

Neutrófilos 1.800 – 7.000 mm³


 18.369  18.304  17.092  9.827 (>) indicativo de infecção
Segmentados bacteriana
Resultados Resultados Resultados Resultados VALORES DE
EXAMES
16/09/15 18/09/15 23/09/15 01/10/15 REFERÊNCIA
800 – 4.500 mm³
(<) linfopenia - déficit
Linfócitos 3.198 2.677 2.603 1.507
imunológico / (>) linfocitose -
processo infeccioso (vírus)

300 – 900 mm³


Monócitos 817 686  1.432  1.159 (>) indicativo de processos
infecciosos virais / bacterianos

Contagem 150 – 450 mil/mm³


343 mil  564 mil  834 mil  833 mil (>) respondem pelo processo
de Plaquetas de coagulação
17 – 43 mg/dL
Ureia 40 19,3 22,6 32,5
Avalia função Renal
0,7 – 1,3 mg/dL
Avalia função Renal
Creatinina  0,6 0,7 0,7  0,6
(>) quantidade de massa
muscular e o grau de nutrição
137 – 145 mmol/L
(<) 125 Hiponatremia
* Pacientes hospitalizados que
Sódio  131  134  131  130
recebem por via endovenosa
grandes quantidades de
líquidos, o sódio se dilui

Potássio 3,9 4,8 5,1 4,6 3,5 – 5,1 mmol/L


< 171 U/L
(>) quando há lesão de
CK (NAC)  1.859  958  
músculos esqueléticos ou
cardíaco
Estudo de Caso

 Paciente hemotransfundido, devido à perda de sangue


pela lesão.

 16/09/2015  27/09/2015
 10 bolsas de sangue.
Estudo de Caso
Estudo de Caso

Consome com frequência


alimentos industrializados
(biscoito recheado,
Consome com salgadinhos, doces,
frequência manteiga refrigerante); batata (purê)
e carne vermelha
Consome com frequência leite e
Não ingere bebidas derivados
alcoólicas
Ingestão adequada de carnes
brancas o ovos
Ingestão moderada de
leguminosas, legumes e
oleaginosas Consome frutas com
frequência e várias
vezes ao dia
Ingesta frequente
dos vegetais
Não consome com
frequência os
Não tem hábito óleos vegetais
de consumir
cereais integrais,
Ingestão hídrica
prefere
 2L/dia
carboidratos
simples
Walter C. Willet
Estudo de Caso

•Café com leite + Pão


Desjejum com manteiga (2**) +
Fruta
Suplemento Hiperproteico
9h e 15h (17/09)
•Suplemento
Colação Hiperproteico + Maçã
9h, 15h e 21h (23/09)
15h, 18h e 21h ***

•Salada Cozida + Peixe +


Almoço Arroz + Feijão + Gelatina
+ Suco
Apetite preservado
Lanche •Suplemento
Hiperproteico + Biscoitos
Volume e Fracionamento
adequados

•Sopa + Café com leite +


Ingestão hídrica
Jantar Pão com queijo + Pastel  9 copos/dia***
+ Fruta Aceitação de toda dieta
ofertada
•Suplemento
Ceia Hiperproteico + Biscoitos
Estudo de Caso

Diagnóstico Nutricional
 Paciente eutrófico, com risco nutricional.
Estudo de Caso

DOS PROBLEMAS DIAGNOSTICADOS


OMS calcula 1,2mi
Representam sério (MUNDO) 3.000
– 1,6mi acidentes
problema de espécies de
por serpentes/ano
Saúde Pública nos serpentes  10-14%
com 30mil – 40mil
Países Tropicais são peçonhentas
mortes

Peçonhentas (4 Existem aprox. 250 (BRASIL) dados do


gêneros)  espécies sendo MS  19mil – 22mil
Bothrops, Crotalus, que 70 são acidentes
Lachesis, Micrurus peçonhentas ofídicos/ano

Nordeste tem 
Identificar o animal
índice de Faixa etária varia
causador do
acidentes entre 15-49 anos /
acidente é
(7acidentes/100mil sexo masculino
imprescindível
habitantes)

Revista de Medicina - Brasil, 2001.


Ativa a coagulação
A peçonha possui
podendo induzir
atividades Promove liberação
incoagulabilidade
fisiopatológicas com de substâncias
sanguínea por
lesões locais e hipotensoras
consumo de
destruição tecidual
fibrinogênio
 Fasciotomia (PD);
 Desbridamento; Edema de caráter
Provoca lesões na Dor local;
 Trepanação membrana basal precoce e
Óssea (Fíbula); dos capilares por Sangramentos no progressivo;
 Sutura da lesão; ação hemorrágica local da picada;
Lesões bolhosas;
 Enxerto de pele.
Síndrome
Necrose de tecidos Compartimental  Epistaxes;
moles com perda funcional ou Vômitos e
formação de anatômica do Hematêmese;
abscessos; membro Sudorese.
acometido;
Revista de Medicina - Brasil, 2001.
Revista de Medicina - Brasil, 2001.
Estudo de Caso

 (24/09/2015): Paciente evolui clinicamente estável, LOTE e


verbalizando; eupneico; ciclo vígilia-sono preservado; com
quadros esporádicos de febre no período noturno (38,5ºC);
normotenso (PA: 120x80mmHg); HGT (6h): 87mg/dL. RIN, nega
náuseas, vômitos ou outras intercorrências referentes ao TGI
nas últimas 24h. RUN. A cada 48h paciente fica em dieta Zero
para realização de Desbridamento em MID no Centro
Cirúrgico. Refere apetite preservado e aceitação total da
terapia nutricional e dieta ofertada.
Estudo de Caso

 Recuperar um bom estado nutricional;


 Manter um crescimento e desenvolvimento adequados para
idade;
 Prevenir deficiências nutricionais e depleção da massa muscular;
 Auxiliar na melhora do processo de cicatrização da lesão
apresentada;
 Ofertar nutrientes que ajudem na resposta imune contra
infecções.
Estudo de Caso
Estudo de Caso

Valor Energético Total (VET):


HOSPITAL

 DRI’s (EER/2001)
Sexo, Idade, Categoria do nível de Atividade Física,
Peso, Altura, acréscimo 25Kcal/dia para energia de
depósito.
EER = 88,5 – (61,9 x 16) + 1,0 x [(26,7 x 50) + (903 x 1,7)] + 25
EER = 88,5 – 990,4 + 1,0 x [1335 + 1535,1] + 25
EER = 88,5 – 990,4 + 2870,1 + 25

VET = 1.993,2 Kcal/dia  40


Kcal/Kg
Dieta
HIPERCALÓRICA
Estudo de Caso

Distribuição de Macronutrientes / PRESCRITO


HOSPITAL
% Kcal g/dia g/kg/dia
PROTEÍNA 20,56 410 102,5 2,05
CARBOIDRA
TO
53,44 1065,16 266,29 5,32

LIPÍDIO 26 518,23 57,58 1,15


TOTAL 100%

VET = 1.993,2 Kcal/dia


Distribuição de Macronutrientes / ALCANÇADO
% Kcal g/dia g/kg/dia
PROTEÍNA 19,02 702 175,57 3,51
CARBOIDRA
TO
58,87 2173,31 543,37 10,86

LIPÍDIO 22,10 815,87 90,66 1,81


TOTAL 99,99%

VET = 3.691,72 Kcal/dia


Estudo de Caso

PRESCRIÇÃO DE
MACRONUTRIENTES
Dieta Hiperproteica, contendo 2,05g/kg/dia de
proteínas; visando um aporte necessário para auxiliar
na cicatrização da lesão apresentada, atuando na
PROTEÍNA reconstrução dos novos tecidos, além de evitar o
catabolismo visceral e muscular, e ajudar no sistema
imune através do aminoácido Arginina (Suplemento*).
Dieta Normoglicídica, contendo 53,44% de
CARBOIDRAT carboidratos; dando preferência para os CHO
Complexos. Esse macronutriente é a principal fonte
O energética para o desempenho das atividades do
organismo e é imprescindível na adolescência.
Dieta Normolipídica, contendo 26% de lipídeos. Serão
priorizadas as gorduras de origem vegetal, mono e poli-
LIPÍDIO insaturadas e os ácidos graxos essenciais, tentando
restringir o consumo de gorduras saturadas e trans.

DRI’s, 2002 - PTN: 0,85g/kg/dia / CHO: 45-65% / LIP: 25-35%


Complexo

A B C D E K
1,2mg ;
900mcg 1,3mg; 75mg 5mcg 15mg 75ug
1,3mg;
2,4ug

Ajuda na
produção de
energia
Cofator na necessária para
Ajuda na
síntese do os músculos
síntese de Participa Ajuda na
colágeno, (B1); Cofator no
colágeno, da Tem síntese de
aumento da metabolismo de
na melhora regulação propriedades fatores de
regeneração colágeno (B2);
da ação de diversas antioxidantes coagulação,
tecidual Coenzima na
dos proteínas , reforça o pré requisito
auxiliando a ativação da
leucócitos, estruturais, sistema para a
síntese de síntese proteica,
acelera a incluindo o imunológico. cicatrização
glicoproteínas ajuda a formar
regeneraçã colágeno. das lesões.
e na resposta hemácias e
o tecidual.
imunológica. anticorpos (B6);
Coenzima na
síntese de
proteínas (B12).

Bottoni et al, 2011.


CÁLCIO •A ação do colágeno depende deste nutriente; auxilia na
1300 mg/dia regulação da função muscular.

COBRE
•Participa da síntese de colágeno e elimina radicais livres.
890 ug/dia

FERRO •Participa da síntese do colágeno; é essencial no transporte


11 mg/dia de oxigênio pela hemoglobina ao leito das feridas.

FÓSFORO •Fundamental para o crescimento, manutenção e


1250 mg/dia reparação dos tecidos.

MAGNÉSIO
•Participa da síntese proteica e de colágeno.
410 mg/dia

MANGANÊS
•Participa da síntese de colágeno.
2,2 mg/dia

SELÊNIO •Antioxidante, e participa da manutenção da função dos


55 ug/dia tecidos orgânicos e afecções musculares.

ZINCO •Fundamental na resposta imunológica e processos de


11 mg/dia cicatrização de feridas por meio da replicação celular.

Bottoni et al, 2011.


Estudo de Caso

CARACTERÍSTICAS DA
DIETA
•Dieta por •6 Refeições •Normal, •Fibras: 38g/dia

Características
Fracionamento / Volume

Consistência
Via de Administração

Via Oral. diárias. respeitando (DRI’s, 2002).


a aceitação
•Volume do •Líquidos: 3,3L/dia
Normal, paciente. (DRI’s, 2002).
contribuindo
para que • Condimentos:
continue Dieta
normossódica e
aceitando priorizando
todas as temperos de
refeições ervas aromáticas.
oferecidas.
•Temperatura:
Adequada as
preparações.
Estudo de Caso

HOSPITAL
Medid
Refeiçã
a Quantida
o Preparações Alimentos Kcal
Caseir de
Horário
a
Café Infusão 8,80 Mililitro 150

Café com Leite Leite Longa Vida


60,40 Mililitro 100
Desjeju Integral
m Açúcar 59,90 Gramas 15
7h Pão de Leite 305,90 Gramas 100
Pão com Manteiga
Manteiga com Sal 117,40 Gramas 20
Fruta Mamão 64,50 Gramas 150

Colaçã Suplemento
Cubitan 255,00 Mililitro 200
Hiperproteico
o
9h Fruta Maçã 97,80 Gramas 150

Cenoura Cozida 14,40 Gramas 30


Batata Cozida 38,70 Gramas 30
Salada Cozida
Beterraba Cozida 10,50 Gramas 30
Couve Cozida 3,40 Gramas 10
Almoço
Filé Grelhado Filé de Frango 263,80 Gramas 150
12h
Arroz Cozido Arroz Branco 243,60 Gramas 200
Medid
Refeiçã
a Quantida
o Preparações Alimentos Kcal
Caseir de
Horário
a
Suplemento
Lanche Hiperproteico
Cubitan 255,00 Mililitro 200
15h Biscoito Maisena 228,20 Gramas 50*

Batata Cozida 51,60 Gramas 40


Sopa de Legumes
250 mL Cenoura Cozida 19,20 Gramas 40
Chuchu Cozido 10,90 Gramas 40
Café Infusão 8,80 Mililitro 150
Leite Longa Vida
Café com Leite 60,40 Mililitro 100
Jantar Integral
18h Açúcar 59,90 Gramas 15
Pão de Leite 153,00 Gramas 50
Pão com Manteiga e
Manteiga com Sal 58,70 Gramas 10
Queijo
Queijo Mussarela 97,60 Gramas 30
Patissaria Pastel de Carne 147,30 Gramas 50*
Fruta Melancia 41,60 Gramas 150

Suplemento
Estudo de Caso

Valor Energético Total (VET):


CASA

 DRI’s (EER/2001)
Sexo, Idade, Categoria do nível de Atividade Física,
Peso, Altura, acréscimo 25Kcal/dia para energia de
depósito.
EER = 88,5 – (61,9 x 16) + 1,13 x [(26,7 x 50) + (903 x 1,7)] + 25
EER = 88,5 – 990,4 + 1,13 x [1335 + 1535,1] + 25
EER = 88,5 – 990,4 + 3243,21 + 25

VET = 2.366,31 Kcal/dia  47


Kcal/Kg
Dieta
HIPERCALÓRICA
Estudo de Caso

Distribuição de Macronutrientes / PRESCRITO CASA


% Kcal g/dia g/kg/dia
PROTEÍNA 10,14 240 60 1,2
CARBOIDRAT
O
59,86 1416,47 354,11 7,0

LIPÍDIO 30 709,89 78,87 1,5


TOTAL 100%

VET = 2.366,31 Kcal/dia


Distribuição de Macronutrientes / ALCANÇADO
% Kcal g/dia g/kg/dia
PROTEÍNA 14,67 342,92 85,73 1,7
CARBOIDRAT
O
57,55 1344,8 336,20 6,7

LIPÍDIO 27,78 649,17 72,13 1,4


TOTAL 100%

VET = 2.336,90 Kcal/dia


Estudo de Caso

CASA
Refeiçã
Preparaçõe Medida Quantid
o Alimentos Kcal
s Caseira ade
Horário
Leite Longa Vida
90,60 Copo pequeno 1
Integral
Colher (sopa)
Vitamina Abacate 105,20 4
picado
Desjeju Colher
m Açúcar 59,90 1
(sobremesa)
7h Pão de Leite 153,00 Unidade 1
Pão com Queijo
Queijo Coalho 81,20 Fatia Média 1
Unidade
Fruta Maçã 52,20 1
Pequena

Colaçã Fruta Tangerina 57,40 Unidade Média 1


o
Oleaginosa Castanha do Pará 68,30 Unidade 2
10h

Alface 2,80 Folha Pequena 3


Tomate 10,90 Fatia Média 3
Pepino 2,60 Fatia Pequena 5
Salada Crua
Colher (sopa)
Cenoura 13,90 2
ralada
Almoço Colher (sopa)
Refeiçã
Preparaçõe Medida Quantid
o Alimentos Kcal
s Caseira ade
Horário
Unidade
Lanche Iogurte com Iogurte de Morango 150,40
Comercial
1
15h Granola
Granola Tradicional 71,50 Colher (sopa) 1

Alface 2,80 Folha Pequena 3


Tomate 10,90 Fatia Média 3
Salada Colher (sopa)
Espinafre Cozido 14,70 2
cheia

Jantar Colher
Azeite de Oliva 45,00 1
(sobremesa)
18h
Panqueca de Carne
Panqueca 129,40 Unidade Média 1
Moída
Unidade
Suco Polpa de Acerola 24,50 1
Comercial
Banana Cozida Banana da Terra 140,00 Unidade Grande 1

Clara de Ovo de
27,70 Unidade 2
Galinha
Clara de Ovo
Torradas de Pão de Unidade
ENSP/FIOCRUZ, 2007.
ENSP/FIOCRUZ, 2007.
Estudo de Caso

 O paciente não possui nenhuma intolerância ou impossibilidade de


se alimentar. Foi iniciada a dieta por via Oral, com consistência
normal, sem restrições, cursando com apetite preservado e
aceitação da alimentação proposta. Devido a gravidade da lesão
MID apresentada, foi sugerida a Terapia Nutricional com
suplementação por via Oral; iniciada a Terapia no dia 17/09, com
dois horários (às 9h – 15h) de Suplemento Hiperproteico,
acrescentando mais um horário (às 21h) no dia 23/09, estes que
mudavam de acordo com os dias que o paciente precisava ser
encaminhado para o centro cirúrgico (às 15h – 18h – 21h), até a
data presente.
Estudo de Caso

A Terapia Nutricional instituída juntamente com a


dieta proposta demonstraram benefícios:

 Atenuação de peso;
 Depleção muscular;
 Manutenção do Estado Nutricional;
 Auxílio da cicatrização da lesão com melhora importante
do quadro, quando comparado à primeira avaliação;
 Redução de sepse nos pós-operatórios (complicação
bem comum nestes casos).
Estudo de Caso
Estudo de Caso

NUTRICIONISTA
As estratégias para aconselhamento nutricional dos
adolescentes são baseadas nos seguintes princípios:

1. Usar relação não crítica e bom senso;


2. Recomendar pequenos aumentos e mudanças progressivas;
3. Usar um contrato e sistema de incentivo agradável para o adolescente;
4. Usar termos simples e culturalmente aceitáveis;
5. Discutir as escolhas dos alimentos, as quantidades e os métodos de
preparo;
6. Orientar os aspectos positivos da dieta em vez dos nutritivos somente;
explicar que todos os alimentos podem ser usados com moderação;
7. Estar consciente dos aspectos psicológicos, culturais e socioeconômicos
que influenciam a dieta e os padrões de exercícios e facilitar o apoio
positivo;
8. Encorajar mudanças no estilo de vida de toda a família;
9. Evitar conflitos familiares gerados durante as horas das refeições,
principalmente;
10. Não menosprezar ou desvalorizar o(a) adolescente por sua forma ou
tamanho corporal.
Estudo de Caso

PACIENTE
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica
adolescência como o período da vida que vai dos 10 aos 19
anos. Nessa fase, seu corpo passa por várias mudanças,
portanto, é preciso alimentar-se bem, de forma nutritiva e
equilibrada garantindo bom desenvolvimento físico e mental.
Alimentar-se é um passo muito importante para você estar
vivo, sadio e feliz!
A alimentação tem que ser gostosa e fazer parte da história da sua
família.
Aproveite a hora das refeições!
Reúna a família e torne este momento o mais agradável possível.
Isto tornará sua alimentação ainda mais saudável.
A sua alimentação deve ser preparada e guardada em lugar limpo,
protegido de qualquer contaminação, para não causar doenças.
Isso serve para a escola e para a comida de casa, da lanchonete,
etc.
1.Procure comer frutas, verduras e legumes variados todos os dias, pois são
ricos em vitaminas, minerais e fibras. Estudo de Caso

2.É importante comer feijão uma vez por dia e, no mínimo, quatro vezes por
semana.
3.Tente evitar os alimentos gordurosos e as frituras, como: carne com gordura
visível, salsicha, hambúrguer, mortadela, coxinha, salgadinhos, biscoitos
recheados...
4.Evite "beliscar" entre as refeições. Não substitua as refeições principais (café da
manhã, almoço e jantar) por lanches. Quando comer sanduíches, não escolha
aqueles com porção dobrada de carne, ovo ou queijo, aproveitando para caprichar
mais na salada.
5.Procure fazer as refeições com calma, em ambiente tranquilo, longe de
televisão, jogos eletrônicos...
6.É importante fazer três refeições principais e dois lanches por dia, sem pular
nenhuma delas, procurando mastigar bem os alimentos.
7.Reduza o consumo de doces, bolos, biscoitos, principalmente os recheados
e outros alimentos ricos em açúcar.
8.Diminua o consumo de sal. Cuidado com a batata frita de pacote e os biscoitos
salgados.
9.Procure trocar o refrigerante por suco de fruta natural ou água. Bebendo de
seis a oito copos de água por dia, você conseguirá garantir uma boa
hidratação, mas evite tomá-los durante as refeições.
10.Mexa-se! Evite ficar parado. Caminhe pelo seu bairro, corra, dance, ande de
bicicleta, faça esportes. Não passe muitas horas assistindo TV.
Estudo de Caso

• Kcal/gN2 = Aporte calórico não proteico por (g) Nitrogênio da


dieta.

1 g de N2  6,25g
x  175,57g Kcal/gN² = 2989,18 = 106,41Kcal : 1gN²
x = 28,09g de N2 28,09

<180:1 – indica que na dieta tem maior quantidade de proteína


em relação Kcal (CHO e LIP).
Estudo de Caso

QCA = 81,59 %LIP + 73,73 %PTN = 0,23


9,06 %LIP + 101,83 %PTN + 543,37 %CHO

• < 0,25 – Dieta anticetogênica, não promove formação


de corpos cetônicos, mas indica que na dieta tem mais
CHO em relação a PTN e LIP.
Estudo de Caso

CEREAIS 4,64 g 4,64 x 0,5 =


CEREAIS
2,32
LEGUMINOSAS 8,48 g
8,48 x 0,6 =
OUTROS DE LEGUMINOSAS
44,49 g 5,08
ORIGEM ANIMAL OUTROS DE 44,49 x 0,7 =
LEITE E DERIVADOS 74,61 g ORIGEM ANIMAL 31,14
OVOS 0,0 g LEITE E 74,61 x 0,75 =
DERIVADOS 55,95
OVOS 0,0 g
NDPcal % = (94,49 x 4) x 100 = 10,23 % TOTAL = 94,49 g
3691,72
> 10% significa que a proteína está sendo
desperdiçada.
Estudo de Caso

Proteína total da dieta ------------------- 100 %


Proteína de origem animal ------------- x

175,57 ------- 100%


119,1 --------- x
x = 67,83%

Recomendação > 30 – 35%


(Vannucchi)
 Alta oferta de proteína animal.
Estudo de Caso

1g NaCl  400mg Na+ e 600mg Cl


K+ / NA+ = 2700,54 = 1,01
2671,15  2671,15mg - 2400mg Na+
 271,15mg Na+
< 1,8 Indica que na dieta contém
1g NaCl ----- 400mg Na+
alto teor de Na (Sódio) em relação
x ----- 271,15mg Na+
ao K (Potássio).
x = 677,87mg Na+

Recomendação
 K+ / Na+ = 1,8 A paciente ainda poderá ingerir
0,67g NaCl na Dieta.
Estudo de Caso

Ferro total da dieta ------------------- 100 %


Ferro de origem animal ------------- x
Ca+ / P+ = 1654,59 = 0,83
1986,16 32,80 ------------ 100%
19,57 ------------ x
Recomendação = 1:1 ou 2:1 x = 59,66%

Dentro do valor ideal de recomendação


( > 50% de Ferro Animal)
Estudo de Caso
Estudo de Caso

Quociente = g / Kcal
Quantidade de alimentos = 3170g

Quociente = 3170 g D.C = Kcal / g


3691,72 Kcal
D.C = 3691,72 Kcal = 1,16 Kcal/g
Quociente = 0,85 g/Kcal 3170 g

< 1 = Volume REDUZIDO > 1 = D.C. AUMENTADA


Dieta Hipercalórica
Estudo de Caso

Referências Bibliográficas
DIETARY REFERENCE INTAKES for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids,
Cholesterol, Protein, and Amino Acids (Macronutrients) (2002). The National Academiee
Press. Available in.

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76(Suppl3), 2000.

EISENSTEIN, E.; COELHO, S.C. Nutrindo a Saúde dos Adolescentes: Considerações


Práticas. Revista Oficial do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente, 1(1): 18-26. Rio de
Janeiro, 2004.

FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS (FUNED). Bula com informações ao Profissional de Saúde/Soro


Antibotrópico (Pentavalente). Minas Gerais, 2015.

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ). Alimentação do Adolescente. Centro


Colaborador em Alimentação e Nutrição (CECAN). Mato Grosso do Sul, 2007.

LOPES, F.A.; BRASIL, A.L.D. Nutrição e Dietética em Clínica Pediátrica. São Paulo: Editora
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Estudo de Caso

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MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). A Construção de Vidas mais Saudáveis. Projeto de Promoção


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