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PROTOCOLO PRO.MED-NEO.043 – Página 1/7
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NUTRIÇÃO ENTERAL 22/09/2021
Documento 22/09/2023
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1. AUTORES
• Liliana Soares Nogueira Paes
• Tânia Maria Araújo Sousa Santos
2. SUMÁRIO
1. AUTORES ………………………………………………………………………………………………………………………… 1
3. SIGLAS E CONCEITOS ……………….……………………………………………………………………………………… 1
4. OBJETIVOS ………………………….…………………………………………………………………………………………… 2
5. JUSTIFICATIVA …………………….…………………………………………………………………………………………… 2
6. PLANO TERAPÊUTICO …………………….………………………………………..……………………………………… 2
7. NUTRIÇÃO ENTERAL DE PREMATUROS EXTREMOS ……………..…..……………………………………… 2
8. ESQUEMA ALIMENTAR ……….………….………………………………………..……………………………………… 4
9. MONITORIZAÇÃO ……….………………….………………………………………..……………………………………… 5
10. INTERVENÇÃO NUTRICIONAL ……….………….………………………………………….………………………… 6
11. SUPLEMENTAÇÃO COM VITAMINAS E MINERAIS ……….………….……………………………………… 7
12. REFERÊNCIAS ……….………….………………………………………….………………………………………………… 7
13. HISTÓRICO DE REVISÃO ………………..………………………………………………………………………………. 8
3. SIGLAS E CONCEITOS
C - Comprimento
DBP - Displasia broncopulmonar
EF - Exame físico
HDA - História da doença atual
IG - Idade gestacional
LH - Leite humano
LHOC - Leite humano ordenhado cru
LHOP - Leite humano ordenhado pasteurizado
P - Peso
PC - Perímetro cefálico
PIG - Pequeno para a idade gestacional
PN - Peso de nascimento
RCIU - Restrição de crescimento intrauterino
RN - Recém-nascido
RNPT - Recém-nascido prematuro
5. JUSTIFICATIVA
O recém-nascido, especialmente o prematuro, encontra-se em risco de estresse nutricional e
necessita de manejo adequado do plano terapêutico. Este protocolo orienta a adequada condução
da nutrição para que o RN mantenha taxas de crescimento esperadas para sua idade gestacional.
6. PLANO TERAPÊUTICO
Considerar idades gestacional ao nascer e corrigida (IC), peso (P), estado nutricional e
comorbidades.
Orientação:
• Iniciar dieta trófica no primeiro dia de vida (ideal entre 6-12horas) na ausência de
instabilidade cardiovascular, acidose severa, hipotensão ou hipoxemia grave.
• Condições necessárias:
✓ Ausência de distensão abdominal;
✓ Presença de ruídos intestinais e/ou eliminação de mecônio.
SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
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Necessidades
• Energéticas:
✓ RNPT =110-130 Kcal/Kg/dia;
✓ RNPT doença crônica, DBP = 150Kcal/Kg/dia;
✓ Parenteral ≤ 1.500g = 90-100Kcal/kg/dia.
• Nutrientes:
Estimar de acordo com ingesta, taxa de incorporação, perdas e bio-equivalência do
nutriente, assim como exemplificado abaixo:
Cálcio
Deposição óssea 105mg/kg/dia
Perda urinaria 5mg/kg /dia
Perda cutânea 2 mg/kg/dia
Taxa absorção dieta 50%
Necessidades 224 mg/kg/dia
Formas de alimentação
• Gavagem: RN ≤ 1800g e/ou ≤ 32 semanas;
• Oral: RN > 34 semanas, com completa coordenação sucção - deglutição - respiração e sem
desconforto respiratório;
• Transição sonda-seio materno: entre 32-34 semanas (baseada na estabilidade e
maturidade do RN) ou nos RN com disfunção oral;
• Considerar translactação, se produção materna ainda reduzida;
• Situações especiais – sonda nasoenteral e gastrostomia.
Tipos de dieta
• Padrão ouro: leite humano ordenhado cru, ou seja, leite da própria mãe;
• Peso ≤ 1500g: LHOC ou LHOP de doadora de igual idade gestacional ou leite humano
ordenhado de pool de doadoras pasteurizado;
• Peso > 1500g: LHOC/LHOP e. na ausência de LH, usar fórmula de prematuro:
• RN termo: LHOC/LHOP e, na ausência de LH, fórmula hipoalergênica;
• Situações específicas – individualizar: por exemplo, fórmula antirrefluxo, hidrolisada
(APLV), hipercalórica para desnutridos (< P10) com IC ≥ 37 semanas.
Dieta Trófica
• Benefícios
✓ Promover desenvolvimento gastrintestinal (estimula maturação e motilidade, eleva
níveis hormonais - gastrina, polipeptideo inibitório gástrico e enteroglucagon);
✓ Aumentar atividade enzimática (lactase);
✓ Melhorar tolerância enteral (menor tempo para atingir dieta plena);
✓ Reduzir permeabilidade intestinal e risco de sepse – menor translocação bacteriana;
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✓ Diminuir incidência de hiperbilirrubinemia;
✓ Otimizar a absorção de cálcio e fosforo, nível mais baixo de fosfatase alcalina.
8. ESQUEMA ALIMENTAR
PESO
< 1.000g 1.001 - 1.500g 1.500g - 2.000g 2.001 - 2.500g > 2.5000g
Swab mucosa Swab mucosa oral Swab mucosa
Colostroterapia*
oral ou 0,2 mL ou 0,2 mL em oral ou 0,2 ml
Iniciar logo após o
orofaringe 3/3h orofaringe 3/3h em orofaringe
parto, 3/3h
(0-9 dias) (0-6 dias) 3/3h (0-4 dias)
Livre demanda
ou
Dieta trófica: 50mL/kg/dia
LHOC /LHOP 20mL/Kg/dia 20mL/Kg/dia 20mL/Kg/dia 25-
Ideal: 6-12h vida, se (3 dias ) (1-3 dias) (1 dia) 30mL/kg/dia RN sintomático
estável, 3/3h cardiopata
cianótico
20mL/kg/dia
Livre demanda
ou 30-
Progressão diária:
40mL/kg/dia
a depender da
RN
tolerância
30 - sintomático,
estabilidade clínica e 20 -30mL/kg/dia 30mL/kg/dia
40mL/kg/dia 30- cardiopata
tipo de (4-9 dias) (4-6 dias)
(2-4 dias) 40mL/kg/dia cianótico
dieta(LHOC/LHOP)
poderá não
Obs.: fórmula pode
suportar além
ser mais lento
de
20mL/kg/dia
Aditivo: *Considerar se
Iniciar quando Após 10 dias Após 7 dias peso < P10 após
>110mL/kg/dia 5 dias
9. MONITORIZAÇÃO
• iTaxa de Crescimento:
✓ Diário: peso.
✓ Ganho ponderal - P< 2.000g: 15-20g/Kg/dia (IG corrigida entre 23-36 semanas)
✓ P>2.000g: 20-30g/dia
✓ Semanal: Perímetro cefálico – 0,7-1cm/sem;
✓ Comprimento - 1 cm/sem;
✓ Plotar na curva de crescimento (Intergrowth-21) ou curva OMS após 2.500g.
• Avaliação nutricional:
✓ Oferta enteral e parenteral – ingesta/tolerância
✓ P, C, PC - ao nascimento, 28 dias, 34 semanas e alta;
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✓ Checar dados antropométricos na admissão, transferência e alta.
✓ Evitar a desnutrição (- 2 z-score) ou < p10
• Avaliação laboratorial:
✓ Inicial e a cada 2-3 semanas;
✓ Hemograma completo quinzenal, se estável;
✓ Ureia e creatinina, se crescimento lento;
✓ Eletrólitos (Na, Cl) e bicarbonato para RN em uso de diurético, sem uso de aditivo,
ingesta reduzida ou crescimento lento;
✓ Zinco (RN com enterostomia);
✓ Triagem de doença metabólica óssea – P<1.500g com 3-4 semanas vide PRO.MED-
NEO.021.
12. REFERÊNCIAS
1. Continuous Feeding Promotes Gastrointestinal Tolerance and Growth in Very Low Birth
Weight Infants Ann Dsilna RN, BASc J pediatr Julho de 2005.
2. Cooke RJ; Vandenplas Y; Wahn, U. Nutrition Support for infants and children at risk Nestlé
Nutrition Workshop Series Pediatric Program, vol. 59.
3. Giugliani ERJ. Rede Nacional de Bancos de Leite Humano do Brasil: tecnologia para
exportar.JPediatr(RJ)2002;78(3):183-184. Disponível em: http://www.fiocruz.br/redeblh.
4. Hair, AB. Abrams, S ,A Hoppin A G Approach to enteral nutrition in the premature infant.
disponível em http:// uptodate .com//contents / 28,JAN2020
5. Griffin I J, Abrams S A, Kim M S, Growth management in preterm infants. disponível em
http://uptodateonline.com///29,out 2019.
6. Ministério da Saúde, Brasil, Organização Pan-Americana de Saúde. Guia alimentar para
crianças menores de 2 anos. Série A. Normas e Manuais Técnicos, nº107, Brasília –DF,
2002.
7. Moreira, MEL; Lopes, JMA and Carvalho, M. orgs. O recém-nascido de alto risco: teorias e
pratica do cuidar (online). Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2004. 564p.
8. O´Reilly BK et al. Evaluation, development and Implementation of potentially better
practices in neonatal care nutrition pediatrics 111(4): 461- 470, 2003.