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Apostila de Histologia

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Origem:

Mesodérmica
Endodérmica
Ectodérmica

Características Todo epitélio esta apoiado sobre um tecido


 Possui forma poliédrica conjuntivo. No caso dos epitélios que
 Células justapostas revestem cavidades de órgãos ocos, esta
 Pouca matriz extracelular - camada de tecido conjuntivo é chamada de
Glicocálix lâmina própria.
 Núcleo acompanha a forma A porção da célula epitelial voltada para o
da célula tecido conjuntivo é denominada de porção
 Tecido avascular – nutrido basal ou polo basal, enquanto a extremidade
pelos vasos sanguíneos do oposta é chamada de porção apical ou polo
tecido conjuntivo apical.
As células, que são as menores unidades A superfície do polo apical é conhecida como
estruturas e funcionais dos seres vivos, superfície livre.
agrupam-se em tecidos, e estes, em órgãos.

Há 4 tipos básicos de tecidos: o tecido


Lâminas Basais e Membranas
epitelial, o tecido conjuntivo, o tecido muscular Basais
e o tecido nervoso.
Localiza-se entre as células epiteliais e o tecido
OBS: A forma dos núcleos é de grande conjuntivo, promovendo a adesão de ambos
utilidade para determinar se as células epiteliais – lâmina basal
estão organizadas em camadas. (Vista do microscópio eletrônico)
Funções Os componentes da lâmina basal são:
 Revestimento de superfícies  Colágeno tipo IV
(trato digestório, respiratório e  Glicoproteinas laminina e entactina
urogenital).  Proteoglicanos
 Absorção de moléculas (intestino)
 Secreção (glândulas) Funções da lâmina basal
 Percepção de estímulos  Promove a adesão das células epiteliais
(neuroepitélio olfatório e gustativo) ao tecido conjuntivo subjacente.
 Contração  Filtração de moléculas
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 Influenciam na polaridade das células É formada pela união de duas lâminas basais
 Regulam a proliferação e diferenciação ou de uma lâmina basal e uma reticular.
celular. (vista pelo microscópio de luz)
 Influencia no metabolismo celular
Especializações basolaterais
A lâmina basal se prende ao tecido conjuntivo
por meio de fibrilas de ancoragem constituídas Junções intercelulares
por colágeno tipo VII.
Funcionam não apenas como adesão, mas
As lâminas basais entre camadas de células também como vedantes e canais de
epiteliais são mais espessas – pois resultam da comunicação.
fusão das duas lâminas basais.
Podem ser classificadas como:
(Alvéolos pulmonares e Glomérulos renais)
Junções de adesão ou zônula de adesão
OBS: lâminas basais existem não só em
tecidos epiteliais, mas também onde outros  Circunda toda a célula, contribuindo
tipos de células entram em contato com com a aderência entre células
tecido conjuntivo. São encontrada também ao adjacentes.
redor de células musculares, adiposas e de  Inserção de filamento de actina, da
Schwann, formando uma barreira que limita ou trama terminal em placas.
controla a troca de MACROmoléculas entre
essas células e o tecido conjuntivo.
Junções estreitas ou zônula de oclusão
Os componentes das lâminas basais são
secretados pelas células epiteliais, musculares,  Próxima ao polo apical
adiposas e de Schwann.  Forma um cinturão que veda o
espaço intracelular, impedindo que
Fibras reticulares estão intimamente
substâncias estranhas entrem.
associadas à lâmina basal, constituindo a =
Lâmina reticular.
(vista do microscópio eletrônico)
A união da Zônula de adesão + Zônula de
OBS: Quando as células perdem o contato oclusão = Complexo Unitivo
com a lâmina basal, elas morrem: sofrem
apoptose. Hemidesmossomos

Membrana basal é uma camada situada abaixo  Encontrada na região de células


de epitélios, é + espessa que a lâmina – pois epiteliais e a lâmina basal.
inclui algumas proteínas do tecido conjuntivo.  Possui estrutura de metade de um
desmossomo.
 Prende a célula à lâmina basal.
 As placas de ancoragem possuem
integrinas.
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Desmossomo ou Mácula de adesão Interdigitações

 Estrutura complexa em forma de São invaginações das superfícies basal e


disco laterais das células. (Dobras)
 Membranas planas – paralelas – Aumentam a superfície para a inserção de
distantes proteínas transportadoras.
 Possuem placas de ancoragem
(12 proteínas) Encontrados nos túbulos renais e nos
 Proteína caderina participa da adesão ductos de glândulas salivares.
 Promovem uma adesão bastante
firme entre as células.
 Pelo formato em botão, NÃO forma Especializações da superfície apical
zônulas.
Microvilos ou Microvilosidades

 Projeções do citoplasma em formas de


dedos
Junções comunicativas ou gap  Podem ser curtos ou
longos
 Podem existir em qualquer local da
 Células que exercem
membrana lateral
uma intensa
 Localiza-se em outros tecidos, com
absorção
exceção do músculo esquelético.
 Nestas células o
 Caracteriza-se pela grande
glicocálix é mais
proximidade das membranas.
espesso – sendo
 As proteínas da junção são chamadas chamado de Borda em escova ou Boda
de – Conexinas estriada.
 Moléculas de sinalização como AMP e
GMP cíclicos, íons e alguns hormônios Exemplo: Intestino delgado e Túbulos proximais
atravessam essas junções fazendo dos rins
com que as células trabalhem de uma Estereocílios
maneira coordenada.
 Participa da coordenação das  São prolongamentos
contrações do músculo cardíaco. – longos –
ramificados – imóveis
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 Aumentam a área de superfície das células, Epitélio Simples


facilitando o movimento de moléculas
dentro e fora. Contêm apenas uma camada de células.
 NÃO são cílios, pois estes são móveis.

Exemplo: Epidídimo e Ducto deferente.

Cílios e Flagelos

 Prolongamentos dotados de motilidade e Pode ser:


envolvido por membrana plasmática.. Pavimentoso – Cúbico – Prismático
 Contêm 2 microtúbulos centrais e 9 (colunar ou cilíndrico).
periféricos unidos entre si.
 São inseridos no corpúsculo basal.
 Exercem movimento coordenado, com Epitélio Estratificado
utilização de ATP.
Contêm mais de uma camada de células.
 Os flagelos se diferenciam dos cílios, por
serem mais longos e limitados a uma célula

Pode ser:
Flagelo
Cílios Pavimentoso – Cúbico – Prismático –
de Transição.
Tipos de Epitélios
São divididos em dois grupos principais. Epitélio Pseudoestratificado
 Epitélio de Revestimento Embora formado por apenas uma camada
 Epitélios Glandulares de células, os núcleos parecem estar em
Epitélio de Revestimento várias camadas.

Nesses epitélios as células são organizadas em


camadas que cobrem a superfície externa do
corpo ou revestem as cavidades do corpo.
Ex: Epitélio pseudoestratificado prismático
Elas podem ser classificadas de acordo com o ciliado das passagens respiratórias.
número de camadas de células e conforme as
características morfológicas das células na OBS: nunca mostram mais de uma
camada superficial. camada de núcleos, apenas núcleos em
diversas posições.
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Epitélio Simples
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Epitélio Simples Prismático – Cilíndrico –


Colunar

 Células alongadas, altas.


 Núcleo oval
Epitélio Simples Pavimentoso

 Células achatadas ou planas


 Núcleo alongado

Exemplo: revestimento do intestino


delgado

Exemplo: endotélio que reveste os vasos


sanguíneos e linfáticos
Epitélio Simples Prismático com células
caliciformes

Epitélio Simples Cúbico  Células alongadas


 Núcleo elíptico
 Célula cuboide
 Núcleo redondo

Exemplo: revestimento do intestino


delgado
Exemplo: epitélio que reveste
externamente o Ovário
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Epitélio Simples
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Epitélio Cilíndrico simples ciliado

Exemplo: Intestino delgado, vesícula biliar e


estômago.

Epitélio simples pseudoestratificado


esteriociliado

Exemplo: Epidídimo.

Epitélio simples pseudoestratificado ciliado


com células caliciformes

Exemplo: Traqueia
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Epitélio Composto
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Epitélio Estratificado Pavimentoso NÃO


queratinizado Epitélio de Transição

Reveste cavidades úmidas Reveste a Bexiga urinária – Ureter – e a


(Boca – Esôfago – Vagina) Parte superior da uretra.

É um epitélio cuja camada superficial é


formada por células globosas.

Epitélio Estratificado Pavimentoso


queratinizado
A forma destas células varia de acordo
Reveste superfícies seca (Pele) com o grau de distensão da bexiga. –
podendo ser achatada quando a bexiga
estiver cheia.

Epitélio Estratificado Prismático

É raro, está presente em poucas áreas


do corpo humano.

Ex: Conjuntiva ocular e nos grandes


ductos excretores de glândulas salivares.
Epitélio Estratificado Cúbico

Ex: ducto excretor da Glândula Salivar


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Células Neuroepiteliais OBS: as glândulas são formadas a partir de


epitélios de revestimento cujas células
De origem epitelial que constituem proliferam e invadem o tecido conjuntivo.
epitélios com funções sensoriais
especializadas. Glândulas Exócrinas
Ex: células das papilas gustativas e da
Mantêm sua conexão com
mucosa olfatória.
o epitélio do qual se origina,
Células Mioepiteliais essa conexão toma forma
de ductos tubulares e
São células ramificadas que contêm
através desses ductos as
miosina e filamentos de actina.
secreções são eliminadas
São capazes de fazer contração, agindo alcançando a superfície do
nas porções secretoras das glândulas corpo ou uma cavidade.
mamárias, sudoríparas e salivares.
Essas glândulas possuem uma Porção
secretora e Ductos que transporta a secreção
Epitélios Glandulares eliminada.

São constituídos por células especializadas na  Glândulas Exócrinas Simples – possui 1


atividade de secreção. ducto não ramificado.
 Glândulas Exócrinas Compostas – possuem
As células epiteliais glandulares podem
ductos ramificados
sintetizar, armazenar e secretar proteínas,
lipídios ou carboidratos e até os 3 tipos juntos. Glâ. Simples classificada quanto a
Porção Secretora:
OBS: As glândulas mamárias secretam os 3
tipos de substancias.
Glândula Simples Tubular
As moléculas a serem secretadas são
Sua porção secretora tem
armazenadas em grânulos de secreção
a forma de um tubo
(Glândula sudorípara)
Glândulas Unicelulares

Consistem em células glandulares isoladas.


Glândula simples Tubular enovelada,
Ex: Célula caliciforme presente no intestino ramificada ou acinosa.
delgado e sistema respiratório.
Sua porção secretora é esférica ou
redonda.
Glândulas Multicelulares

São compostas de agrupamentos de células.


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Glâ. Composta classificadas quanto a Classificada quanto ao modo de liberação do


Porção
Secretora: produto:

A secreção é liberada por


Glândula Tubular Composta exocitose, sem perda de outro
Merócrinas material.
Com mais de um ducto e porção secretora
(Pâncreas)
em forma de tubo.
O produto de secreção é
Holócrinas eliminado juntamente com
toda a célula.
(Glâ. Sebáceas)
O produto da secreção é
Apócrinas descarregado junto com
porções do citoplasma apical
(Glâ. Mamária)
Glândula Composta Acinosa ou Alveolar
Tipo de secreção:
Com mais de um ducto e porção secretora
redonda. (Glândula sebácea) Secreta um fluido aquoso, rico
Serosa em enzimas
(Glâ. Salivares parótidas)
Secreta muco, fluido viscoso,
Mucosa com glicoproteinas
(Glâ. Duodenais)
Tem células serosas e
Seromucosa mucosas (Glâ. Salivares
ou Mista submandibulares sublinguais)
Glândula Composta Tubuloacinosa

Quando há 2 tipos de porções secretoras  Ácino Mucoso


(Glândulas salivares, sublinguais e  Ácino Seroso
submandibulares).  Ácino Misto
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Classificadas quanto a Porção Secretora

Acinos Serosos Glândula Cordonal

 Células colunares ou piramidais Quando as células se


 Lúmen reduzido e que continua com dispõem enfileiradas,
um Ducto Excretor. formando cordões que
 Região Basal – contém ácido se anastomosam ao
ribonucleico (se cora com hematoxilina) redor de capilares
 Região Apical – contém grãos de (Adrenal e
secreção (se cora com eosina). Adeno-hipófise)

Túbulos Mucosos Glândula Vesicular ou Folicular

 Tubulares e alongados Quando as células se


 Lúmen dilatado e que continua com um arranjam em folículos,
Ducto Excretor onde se acumula
a secreção
 Coram-se por hematoxilina
(Glândula Tireoide).

Glândulas Endócrinas
OBS: Há órgãos com funções exócrina e
A conexão com o epitélio foi obliterada endócrina, sendo consideradas glândulas
durante o desenvolvimento, estas glândulas mistas. (Pâncreas).
não possuem ductos e suas secreções são
lançadas no sangue e transportadas para o Biologia nos tecidos epiteliais
seu local de ação pela circulação sanguínea.
A área de contato entre o epitélio e a lâmina
Classificação quanto ao número de células:
própria pode ser aumentada pelas
 Unicelulares – o funcionamento de uma invaginações do tecido conjuntivo – as papilas.
célula independe das outras (Ex: Células
As papilas existem com maior frequência em
de Leydig)
tecidos epiteliais de revestimento sujeitos a
 Multicelulares – a secreção é o resultado
tensão mecânica (Pele – Língua – Gengiva).
do trabalho conjunto de várias células.
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Polaridade Controle de atividade glandular

Em muitas células epiteliais a distribuição de As glândulas são sensíveis a estímulos


organelas no polo basal das células é diferente endócrinos e a controle nervoso
da distribuição no polo apical.
OBS: um dos dois mecanismos predomina
A essa diferença de distribuição, dá-se o sobre o outro.
nome de polaridade das células epiteliais.
Ambos os controles são estabelecidos por
Isso significa que diferentes partes dessas mensageiros químicos para os quais as células
células podem ter diferentes funções – a secretoras têm receptores em suas
membrana plasmática das células epiteliais membranas.
pode ter composição molecular diferente em
seus dois polos. Obesidade
Inervação
Hipertrófica – relacionada com o aumento
A maioria dos tecidos epiteliais é ricamente no tamanho das células de gordura
inervada por terminações nervosas do Plexo (adipócito).
nervoso da Lâmina própria.
Hiperplástica – é o aumento no número de
A sensibilidade da córnea é devido ao grande adipócitos (ocorre nos primeiros anos de
número de fibras nervosas sensoriais que se vida).
ramificam entre essas células. Além da
inervação sensorial, o funcionamento de
muitas células epiteliais secretoras depende de
inervação motora que estimula sua atividade. Apudomas
Renovação das células São tumores benignos ou malignos
O tecido epitelial é uma estrutura dinâmica derivados de células secretoras de
cujas suas células continuamente se renovam polipeptídios.
por atividade mitótica. Sintomas clínicos resultam da –
A taxa de renovação é variável – pode ser Hipersecreção do mensageiro químico pela
rápido em tecidos como no epitélio intestinal célula tumoral.
(substituído a cada semana) ou pode ser lento, Diagnóstico – é realizado por
como no fígado e pâncreas. imunocitoquímica em cortes de biopsias do
As mitoses ocorrem na camada mais basal, tumor.
próxima à lâmina basal, onde se encontram as Mais comuns no: intestino (região em que
células-tronco do epitélio. há grande população de células APUD).
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Permeabilidade das Zônulas


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de oclusão
A quantidade de locais de fusão de
membranas que formam a zônula de
oclusão depende do tipo e da localização
do epitélio, além da grande correlação com
a permeabilidade do epitélio.
Metaplasia
Epitélio com um ou poucos locais de fusão É quando um tipo de tecido epitelial
(Ex: Túbulos proximais do rim) – são mais transforma-se em outro
permeáveis à água e aos solutos do que (processo reversível)
os Epitélios com numerosos locais de fusão
Não é restrita apenas para o tecido
(Ex: bexiga).
epitelial, pode ocorrer no Tecido
Principal função dessas Zônula – promover Conjuntivo.
uma vedação que dificulta o movimento de
Exemplos
materiais entre células epiteliais, tanto do
ápice para a base como da base para o Tabagistas – por fumarem uma grande
ápice. – formação de compartimentos quantidade de cigarros, o Epitélio
delimitados por epitélios. Pseudoestratificado Ciliado dos Brônquios
pode transforma-se em Epitélio
Estratificado Pavimentoso.

Deficiência de Vitamina A – os epitélios dos


Tumores derivados do epitélio brônquios e da bexiga urinária são
substituídos por Epitélio Estratificado
Tumores benignos e malignos podem
Pavimentoso.
originar-se da maioria dos tipos de células
epiteliais. Nicotina – pois ela tem a capacidade de
diminuir a quantidade de cílios e aumentar
Tumores malignos derivados de tecidos
a capacidade de células caliciformes e,
epiteliais glandulares são chamados de –
consequentemente, a produção de muco.
Adenocarcinomas.
Como há menos cílios para movimentar o
Tumor maligno de origem epitelial., muco, essa substância fica acumulada o
constituído de células diferenciadas, difícil que caracteriza o cigarro.
de diagnosticar e geralmente contém
queratina – a detecção dessa substancia
por imunocitoquímica ajuda a determina o
diagnóstico de – Carcinoma.
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Mesênquima
(que tem a capacidade de
se diferenciar em todas as
células do tecido
conjuntivo)

Banhando tudo isso tem o Plasma Intersticial,


Características Gerais
que vem do sangue e banha o tecido
 Grande variedade de células conjuntivo.
 Grande quantidade de matriz
extracelular Substância Fundamental
 Fácil reparação
Constituído por
 Tecido vascularizado
Proteoglicanos + Glicoproteinas adesivas..
Funções
Esta complexa mistura molecular é incolor e
 Estabelecimento e manutenção da transparente, preenche os espaços entre as
forma do corpo células e fibras do tecido conjuntivo e, como é
 Absorve impactos viscosa, atua como lubrificante e como
 Armazenamento de gordura e íons barreira à penetração de microrganismos
 Defesa do organismo invasores.
 Conexão + Sustentação +  Glicoproteinas adesivas – permitem a
Preenchimento adesão da célula com os componentes da
Composição matriz – Fibromequitina e Lamina.
 Proteoglicanos – possui nas espículas as
Os componentes desse tecido podem ser Glicosaminoglicanas (dissacarídeos)
divididos em: células + fibras + substancia
fundamental amorfa.

Mas, o principal constituinte do tecido


conjuntivo é a Matriz Extracelular.

Matriz Extracelular
É constituído por um emaranhado de fibras +
gel incolor e hidratado, que fica entre as
células e fibras, denominado de Substância
Fundamental Amorfa.
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Células do Tecido Conjuntivo


Fibroblastos
Algumas células desse tecido, como os
(+ comum)
Fibroblastos – originam-se localmente a partir
de células mesenquimais indiferenciadas, e Origem: Células com Principal
Células intensa celulas
permanece toda sua vida no tecido conjuntivo.
Mesênquimais atividade de envolvida na
Em outras células, tais como os Mastócitos, síntese cicatrização
Macrófagos, Plasmócitos e Leucócitos –
originam-se de uma célula-tronco Função
hemocitopoética da medula óssea, circulam no
Sintetiza a proteína colágeno e a elastina,
sangue e se movem para o tecido conjuntivo,
além dos glicosaminoglicanos, proteoglicanos e
no qual executam suas funções.
glicoproteinas multiadesivas.
As células desse tecido são: Fibroblastos + (Compostos da MEC)
Macrófagos + Mastócitos + Plasmócitos +
Essas células também produzem os fatores
Células adiposas + Leucócitos.
de crescimento, que controlam a proliferação
e a diferenciação celular.

Fibroblastos Síntese de As células com intensa atividade de síntese


fibras colágenas são chamadas de Fibroblastos, enquanto as
células metabolicamente quiescentes (em
Plasmócito Produção de anticorpos repouso) são chamadas de Fibrócitos. (os
fibrócitos são menores que os fibroblastos e
Linfócitos Participação na resposta tendem a um aspecto fusiforme)
imunológica
Eosinófilo Participação em reações Fibroblastos
alérgicas
Fagocitose de substâncias e
Neutrófilo organismos estranhos

Fagocitose de substâncias
Macrófago estranhas e bactérias

Mastócitos e Liberação de moléculas


Basófilos
Estocagem de gordura, Fibrócitos
Célula adiposa reserva de energia
OBS: Os fibroblastos raramente se dividem
nos adultos, exceto quando necessário.
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Características de seu estado


de atividade
 Possuem citoplasma abundante e com funcional e do
muitos prolongamentos tecido que
 Ricos em RER e Complexo de Golgi habitam.
 Núcleo em forma ovoide, grande e
fracamente corado. Apresentam
uma superfície
irregular com
A capacidade regenerativa dos tecidos protrusões e reentrâncias que caracterizam
conjuntivos é observada quando os tecidos sua grande atividade de pinocitose e
são destruídos por lesões inflamatórias ou fagocitose.
traumáticas.
Células inativas = monócito
Os espaços deixados pela lesão são
preenchidos por uma cicatriz de tecido Os macrófagos derivam de células precursoras
conjuntivo. da medula óssea que dividem, produzindo os
monócitos, os quais circulam no sangue. Em
A célula envolvida na cicatrização é o uma segunda etapa, os monócitos cruzam as
Fibroblasto. paredes de vênulas pericíticas e capilares e
penetram o tecido conjuntivo, no qual
Na reparação de feridas, observam-se os
amadurecem e adquirem as características
Miofibroblastos – possuem a maioria das
morfológicas e funcionais de macrófagos.
características dos fibroblastos, mas contêm
uma quantidade aumentada de filamentos Durante a transformação de monócito para
de actina e miosina. Sua atividade contrátil é macrófago ocorre um aumento no tamanho
responsável pelo fechamento das feridas da célula e na síntese de proteínas, além
após as lesões – contração da ferida. disso, o aparelho de golgi, o lisossomos,
microtrúbulos e microfilamentos também
aumenta.

OBS: monócitos e
Macrófagos macrófagos são as
Origem: Atuam como mesmas células em
células células de São células diferentes estágios
precursoras defesa de vida longa de maturação.
da medula (fagocitam)
óssea OBS: Por
Os macrófagos têm características quimiotaxia o monócito é avisado que entrou
morfológicas muito variáveis que dependem um corpo estranho no tecido conjuntivo, por
diapedese o monócito vira macrófago.
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Os macrófagos estão distribuídos na maioria


dos órgãos e constituem o
Plasmócitos
Sistema Fagocitário Mononuclear. Origem: Precursores Responsáveis pela
da medula óssea - síntese de anticorpos
Secretam colagenase-elastaze e enzimas que
Linfócitos B é
degradam glicosaminoglicanos facilitando a intermediário.
migração pela matriz extracelular.
São pouco numerosos no tecido conjuntivo
Liberam LISOZIMAS que destrói a parede das normal, exceto nos locais sujeitos à
bactérias. penetração de bactérias e proteínas
estranhas.
Características
Produzem imunoglobulinas que vão parar nos
 Citoplasma basófilo com vacúolos e
receptores dos Mastócitos.
grânulos densos (lisossomos).
 Aparelho de golgi bem desenvolvido e Características
REG proeminente.
 São grandes e ovoides
 Citoplasma é rico em RER
Em algumas regiões, os macrófagos
 Complexo de golgi e centríolos
recebem nomes especiais:
localizam-se próximo ao núcleo
 Fígado – Células de Kupffer
São mais numerosas:
 SNC – Micróglia
 Pele – Células de Langerhans  Tubo digestório
 Tecido ósseo – Osteoclastos  Órgãos linfoides
 Sangue – Monócito  Áreas de inflamação crônica
 Linfonodo – Células dendrítica
Mastócitos
A superfície
Origem: Células Metacromasia: dos
Situação 1 hematopoiéticas capacidade de mastócitos
da medula mudar a cor tem
Quando o corpo estranho é muito grande, óssea. de corantes receptores
os monócitos atraem por meio de para IgE
mediadores químicos, novos macrófagos.
São as maiores células fixas do Tecido
Situação 2 (inflamação crônica) Conjuntivo e localizam-se, principalmente, no
tecido conjuntivo propriamente dito.
Quando o corpo estranho é mais forte, os
macrófagos chamam os leucócitos.
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Função OBS: a superfície dos mastócitos contém


 Estocar mediadores químicos da receptores específicos para imunoglobulina E
resposta inflamatória em seus grânulos (igE), produzida pelos plasmócitos.
secretores
Características
 Colaboram com as reações imunes
 Tem papel fundamental na inflamação  Ovoides
– reações alérgicas e infecções  Núcleo esférico e central, frequente
parasitárias. coberto por grânulos.
OBS: Os grânulos dos OBS: são diferenciados pela grande quantidade
mastócitos são de grânulos citoplasmáticos que armazenam
metacromáticos devido à heparina e histamina (mediadores primários).
alta concentração de
radicais ácidos presentes
nos glicosaminoglicanos..
Integrinas
Divisão
Promovem a adesão dos
Mastócito do tecido conjuntivo mastócitos a Matriz extracelular.
 Grânulos com anticoagulante (heparina) Importante para a diferenciação,
 Encontrado na Pele e Cavidade migração, modulação da resposta
Peritoneal biológica.
Mastócito da mucosa

 Grânulos contém condroitim sulfatado


 Encontrado na Mucosa intestinal e
Pulmões Células Adiposas
Podem ser
A liberação de mediadores químicos Células Armazenamento encontradas
esféricas de energia em
armazenado nos mastócitos promove
grandes (Triglicerídeos) pequenos ou
reações alérgicas – Reação de grandes
hipersensibilidade imediata. grupos.
Pois ocorre em poucos minutos após a
penetração do antígeno em indivíduos
previamente sensibilizados pelo mesmo
antígeno.
(Choque anafilático)
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Os 3 tipos de fibras do tecido conjuntivo são


Leucócitos ou Glóbulos brancos as Colágenas, as Reticulares e as Elásticas.
Mais  As fibras colágenas e reticulares são
Células numerosas Faz
formadas pela proteína Colágeno.
especializadas no: Sistema Diapedese
na defesa digestório e  As fibras elásticas são compostas pela
respiratório proteína Elastina.

A distribuição das fibras varia nos diferentes


tipos de tecidos conjuntivos.

Existindo 2 sistemas de fibras:

1. Sistema Colágeno (formado por fibras


colágenas + reticulares)
2. Sistema Elástico (formado por fibras
elásticas + elaunínicas + oxitalânicas).
OBS: Linfócito é o único capaz de sair da
corrente sanguínea ir para o tecido e retornar
para a corrente

Monócitos – após a migração para os tecidos


conjuntivos, diferencia-se em Macrófagos. Fibras Reticulares
Linfócitos – participam da defesa imunológica  Sustentação
 Formada por
Neutrófilos – fagocitam e digerem bactérias
proteína colágeno
na área da inflamação, resultando na formação
tipo I e III
do pus (neutrófilos mortos + resíduos).
 Transparente
Eosinófilos – combatem parasitas liberando há olho nu
citotoxinas e fagocitam complexos “anticorpo-  São inelásticas e compostas de um tipo
antígeno” regulando a reação alérgica. de colágeno chamado retiulina.
 Formam o arcabouço de alguns órgãos
Basófilos – liberam agentes farmacológicos
hematopoiéticos (baço – medula óssea).
que iniciam, mantém e controlam o processo
inflamatório  São argirófilas – possui afinidade por
prata, por isso são visualizadas em cor
Fibras do Tecido Conjuntivo preta.
São formadas por proteínas que se
polimerizam formando estruturas alongadas.
Fibras Colágenas L E T Í C Í A T I M B Ó 23
Apostila de Histologia
 Resistência
 Formam rede de ancoragem
 Tipo mais
abundante, forte As fibrilas de colágeno são formadas pela
e inelástica. polimerização de tropocolágeno (formando 3
 Formada por
proteína colágeno tipo I cadeias peptídicas enroladas em 5 cadeias
 Formas de feixes longas)
 Brancas há olho nu Biossíntese de colágeno
 São acidófilas (eosina) – rosa
Transcrição Tradução
DNA RNA Colágeno
Fibras Elásticas
1º - Para ocorrer a produção de uma proteína é
necessário que ocorra inicialmente a replicação do DNA
 Elasticidade para a formação do RNAm (Transcrição) que sai do
 Formada por núcleo para o citoplasma para que ocorra a Tradução.
proteína elastina
 Finas e delgadas
 Amarelas há olho 2º - ocorre a remoção dos peptídeos de
registro através da Enzima Pró-Colágeno
nu
Peptase, restando somente o colágeno.
 Componente estrutural = elaumínicas +
oxitalâmicas
 Corante próprio – oceina 3º - ocorre a sintese de preprocolágeno, depois
 Formam vasos de grande calibre (aorta) ocorre a Clivagem do peptídeo-sinal (que
começa a sequência de AA) formando o
Procolágeno.
Colágeno
4º - Ocorre a Hidroxilação da lisina e da prolina
É o tipo mais abundante de proteína do em Hidroxilisina e Hidroxiprolina - para que ocorra
organismo. essa hidroxilação é necessário a presença da
Vitamina C.
Encontrado na pele – osso – cartilagem –
músculo liso – lâmina basal

Principais aminoácidos 5º - Ocorre há Glicosilação com adição de


Galactose ou Glinil galactose.
Glicina + Prolina + Hidroxiprolina

Classificação
6º - Formação da cadeia alfa e união de 3 cadeias com 2
peptídeos de registro - alinhando essas cadeias no REG e
 Colágenos que formam longas fibrilas dobrando-as em forma de tripla hélice. (Como não há a
 Associados a fibrila agregação, impede que as cadeias formem fibrilas no
interior da célula.)
L E T Í C Í A T I M B Ó 24
Apostila de Histologia
Tipo V
OBS: Escorbuto – um dos sintomas é o
sangramento das gengivas e mobilidade dos  Associado ao tipo I forma = fibrilas
dentes. O paciente que tem escorbuto perde o  Constitui a Placenta
dente pois não esta ocorrendo a síntese do
colágeno, por carência da vitamina C. Assim, as Tipo XI
fibras colágenas do ligamento periodontal, que
inserem o dente no alvéolo, não estão sendo  Localização: cartilagem hialina e elástica
repostas.  Associado ao tipo II forma =
fibrilas colágenas
Tipos de colágeno
As fibras colágenas do Tipo I ao XX – são
Tipo I (Resistência à tensão)
inelásticas e possuem GRANDE resistência à
 Localizado: tendões, ligamentos e ossos. tração.
 Produzida por: Fibroblastos – Condroblastos
São constituídas por subunidades finas ou
– Osteoclastos.
tropocolágeno e sintetizadas pelos
Fibroblastos.
Tipo II (Resistência à pressão)
São encontradas na pele e têm participação
 Localizado: cartilagem hialina e elástica bem importante nos processos de
 Produzida por: Células cartilaginosas. cicatrização.

Classificação do tecido conjuntivo


Tipo III
Os tecidos são classificados de acordo com a
 Associado ao tipo I para formar as fibras natureza da sua substancia fundamental e o
reticulares tipo de organização das fibras nessa
 Produzido por: Fibroblastos – Células substância.
reticulares
 Função: manutenção da estrutura de
Frouxo
órgãos expansíveis. Propriamente Modelado
dito Denso Não
modelado
Tipo IV (EXCEÇÃO) Elástico
 NÃO participa do tecido conjuntivo Reticular
Especial
 É associado ao tecido epitelial Mucoso
 Forma a lamina basal Adiposo
 Produzida por: Tecido epitelial. Cartilaginoso
Ósseo
L E T Í C Í A T I M B Ó 25
Apostila de Histologia

Tecido Conjuntivo Propriamente Dito


Denso Não Modelado – quando as fibras
Frouxo colágenas são organizadas em feixes
sem uma orientação definida.
Composto por fibras dispostas frouxamente +
células incluídas na substância fundamental Nesse tecido as fibras formam uma
gelatinosa. trama tridimensional – o que lhe da
resistência.
Localizado abaixo
da epiderme –
fica abaixo do Ex: derme
revestimento profunda da
Mesotelial da pele.
cavidade interna
do corpo e está
associado à adventícia dos vasos sanguíneos,
além de envolver o parênquima das glândulas.
Denso Modelado – quando as fibras
 Possui Células + Fibras + SFA na
mesma proporção colágenas estão paralelas umas as
outras e alinhadas com
 Suporta a pressão e pequenos atritos.
os fibroblastos.
 Tem consistência delicada, é flexível e
bem vascularizado. .
 Encontrado na derme – hipoderme –
membranas serosas – glândulas.
 As células + numerosas desse tecido Ex: tendões
são: fibroblastos e macrófagos.

Denso (+ resistente)

 É flexível e mais resistente à tensão


que o tecido conjuntivo frouxo.
 Contém menos células e um
predomínio de fibras colágenas.
 Branco a olho nu
 Classificado de acordo com a
orientação das fibras em: Denso NÃO
modelado e Denso modelado.
L E T Í C Í A T I M B Ó 26
Apostila de Histologia

Tecido Conjuntivo Especial Tecido Mucoso

Possui consistência gelatinosa com predomínio


Tecido Elástico
de matriz
Composto por feixes espessos e paralelos de fundamental
fibras elásticas. com poucas
fibras.
Os espaços entre as fibras são ocupados por
fibras delgadas de colágeno e fibroblastos. As principais
celulas deste
Possui cor amarela típica e grande elasticidade.
tecido são os
Exemplos: fibroblastos
 Ligamentos Exemplo:
amarelos
 Cordão umbilical – onde o tecido
da coluna
mucoso é chamado de Geleia de
vertebral
Wharton.
 Ligamento
 Polpa jovem dos dentes.
suspensor
do pênis Adiposo
 Camada média dos vasos.
É composto de células adiposas dispersas no
Tecido Reticular tecido conjuntivo frouxo.
Predomínio de fibras reticulares. Cada célula contém
uma grande gota de
É muito delicado e forma uma rede que
gordura que
suporta as células de alguns órgãos.
comprime e achata o
Provê uma estrutura que cria um ambiente núcleo e confina o
para órgãos citoplasma a um
linfoides e delgado anel na
hematopoiéticos periferia celular.
(medula óssea,
Serve como local de estoque de gorduras e
linfonodos e
preenche e protege certas regiões do corpo.
nódulos linfáticos e
baço). Tecido Conjuntivo de Suporte
Exemplo:
Cartilaginoso
 Fibroblasto do tecido reticular
 Suporte de tecidos moles
 Revestimento de superfícies articulares
L E T Í C Í A T I M B Ó 27
Apostila de Histologia

 Formação e o crescimento dos ossos


Vasos Linfáticos
longos

Contem células (condrócitos) e abundante Drena o restante do líquido que fica no tecido
material extracelular. conjuntivo

As cavidades da matriz são chamadas de


lacunas. Eventos característicos da inflamação
Desprovidos de vasos sanguíneos e de  Aumento do fluxo sanguíneo
nervos – nutrido pelos capilares do  Aumento da Permeabilidade vascular
pericôndrio.  Quimiotaxia
Hialina – Elástica – Fibrosa  Fagocitose

Ósseo

Constituinte principal do esqueleto.


Edema
Funções
Ocorre pelo aumento da quantidade de
 Suporte para as partes moles
líquido intersticial no meio extracelular.
 Proteção a órgãos vitais
 Aloja e protege a medula óssea Causas do edema:
 Proporciona apoio aos músculos
 Obstrução de vasos linfáticos
esqueléticos
 Obstrução venosa
 Constitui um sistema de alavancas
 Diminuição da pressão oncótica gerada
 Depósito de cálcio e fósforo.
pelas proteínas no plasma.
É um tipo especializado de TC formado por  Aumento da pressão hidrostática, pois
células e material extracelular calcificado – a eleva a pressão de filtração.
matriz óssea.  Retenção de sódio, pois ocasiona um
aumento da quantidade de líquido fora dos
Temos ossos compactos e esponjosos
vasos sanguíneos.
 Aumento da permeabilidade vascular
Vascularização
 Desnutrição
Pressão Hidrostática – líquido sai dos vasos  Retorno venoso deficiente
para o tecido conjuntivo (Plasma Intersticial)  Metástase de tumores

Pressão Osmótica – líquido retorna para os


vasos
L E T Í C Í A T I M B Ó 28
Apostila de Histologia

Diapedese
Quando uma célula do sangue atravessa a
parede dos vasos sanguíneos e vai para
outro tecido conjuntivo.

Macrófagos e Monócitos

Capacidade de regeneração
A capacidade deles é observada quando os
tecidos dão destruídos por lesões
inflamatórias ou traumáticas.

Os espaços deixados pela lesão são


preenchidos por uma cicatriz de tecido
conjuntivo.

A principal célula envolvida na cicatrização é


o Fibroblasto.

Durante a cicatrização, os fibrócitos revertem


para o estado de fibroblastos (reativando sua
capacidade de síntese).

Na reparação das feridas, observam-se os –


Miofibroblastos., possuem características de
fibroblastos mas contém uma maior
quantidade de filamentos de actina e miosina.
– sua atividade contrátil é responsável pelo
fechamento das feridas.
L E T Í C Í A T I M B Ó 29
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 30
Apostila de Histologia

Origem:
Lipoblasto
(células derivadas
do mesênquima).

O Tecido Adiposo é um tipo especial do


Tecido Conjuntivo.
Funções
Tem predominância de células adiposas
(adipócitos).  Papel energético
 Modela a superfície corporal
Essas células podem ser encontrar isoladas,  Isolamento térmico
em pequenos grupos no tecido conjuntivo  Absorve choques (coxins)
frouxo ou formando grandes agregados  Preenche espaço entre os tecidos
distribuídos pelo corpo.  Atividade secretora
Em indivíduos de peso normal, o tecido  Mantém determinados órgãos em suas
adiposo corresponde: posições normais

 20 a 25% do peso em mulheres Divisão


 15 a 20% do peso em homens
Tecido adiposo Comum
O tecido adiposo é o MAIOR Amarelo ou Unilocular
depósito corporal de energia, sob
forma de Triglicerídeos. Tecido cujas células possuem apenas uma
gotícula de gordura que ocupa quase todo o
espaço do citoplasma.

Triglicerídeos A coloração varia do branco ao amarelo-


escuro, isso se deve ao número de carotenos
São mais eficientes como reserva dissolvidos nas gotículas
energética do que o glicogênio. de gordura.
Não são depósitos estáveis, OBS: todo tecido
renovam-se continuamente. adiposo encontrado
em adultos é do
São muito influenciados por
tipo unilocular.
estímulos nervosos e hormonais.
L E T Í C Í A T I M B Ó 31
Apostila de Histologia

Esse tecido acumula-se em certos locais


sendo influenciado pelo: Sexo – Idade
OBS: esse depósito seletivo de gorduras é
Histogênese do Tecido Adiposo Unilocular regulado, pelos hormônios sexuais e pelos
hormônios produzidos na camada cortical da
As células adiposas uniloculares se originam no
glândula adrenal.
embrião, a partir de células derivadas do
mesênquima – os Lipoblastos. Deposição dos lipídios
Células bem parecidas com os fibroblastos, Os Lipídios armazenados nos adipócitos são =
porém, logo acumulam gordura no seu Triglicerídeos
citoplasma. (ésteres de ácidos graxos e glicerol)
Características das células Origem dos Triglicerídeos:
 Células grandes 1. Absorvidos da alimentação e trazidos
 São esféricas (quando isoladas), mas até as células adiposas como
tornam-se poliédricas no tecido pela triglicerídeos dos quilomícrons.
compressão. 2. No fígado sendo transportados até o
 Principal reserva de energia em longo tecido adiposo, sob forma de
prazo. triglicerídeos constituintes da VLDL.
 Cada célula é envolta por lâmina basal. 3. Sintetizado nas células adiposas, a partir
 Sua membrana plasmática apresenta da glicose.
numerosas vesículas de pinocitose.
 Apresenta septos conjuntivos que
Quando necessário, a hidrólise dos
contêm: Vasos e Nervos.
triglicerídeos é desencadeada pela
 Possui uma vascularização abundante
Noradrenalina.
 É um órgão secretor: sintetiza a molécula
de Leptina e a Lipase Lipoproteica. Este neurotransmissor é liberado e
captado por receptores da membrana
OBS: dos septos conjuntivos partem fibras
dos adipócitos que ativam a Lipase
reticulares (colágeno tipo III) que sustentam as
sensível a hormônio – promovendo a
células adiposas.
liberação de ácidos graxos e glicerol.
Além disso, o tecido adiposo unilocular forma Os ácidos graxos são utilizados como
o Panículo adiposo – uma camada disposta fonte de energia, e o glicerol é captado
sob a pele e que possui espessura uniforme pelo fígado e reaproveitado.
por todo o corpo do recém-nascido. Porém,
com a idade, o panículo tende a desaparecer
de certas partes e ir para outras.
L E T Í C Í A T I M B Ó 32
Apostila de Histologia

Sequência da remoção dos lipídios


Quilomícrons
A remoção dos lipídios, nos casos de
necessidade energética, não se faz por igual São partículas formadas por células
em todos os locais. epiteliais do intestino delgado.

1º - Depósitos É constituído por 90% de triglicerídeos e


subcutâneos pequenas quantidades de colesterol,
fosfolipídios e proteínas

Célula epitelial
2º - Mesentério e intestino delgado
Quilomícrons
Retroperitoneais
Capilares linfáticos

3º - Coxins das
mãos e os pés
Sangue

Após períodos de alimentação deficientes em


calorias, o tecido adiposo unilocular perde Organismo
quase toda a sua gordura e se transforma em
um tecido com células poligonais ou Os quilomícrons são quebrados através da
fusiformes – com raras gotículas lipídicas. (enzima Lipase lipoproteica) nos capilares
Já o tecido adiposo multilocular é também um sanguíneos do tecido adiposo.
órgão secretor – sintetiza várias moléculas A hidrólise dos quilomícrons e das
como adiponectina e leptina, que são lipoproteínas (VLDL) plasmáticas promove
transportadas pelo sangue, e a lípase a liberação de seus componentes =
lipoproteica que ficam ligadas as superfícies ácidos graxos e glicerol.
das células endoteliais dos capilares sanguíneos
situados em volta dos adipócitos. Esses compostos vão se difundir para o
citoplasma das células adiposas, onde de
Leptina recombinam para formar novas moléculas
de triglicerídeos, que são depositados.
Hormônio proteico constituído por 164 As células adiposas podem sintetizar
aminoácidos e produzido pelas células adiposas. ácidos graxos e glicerol a, partir da
Participa da regulação da quantidade de tecido glicose, processo que é acelerado pela
adiposo no corpo e da ingestão de alimentos insulina que, assim como em outras
células, acelera a penetração da glicose na
Atua principalmente no hipotálamo – diminuindo a célula adiposa.
ingestão de alimentos e aumento o gasto de
energia.
L E T Í C Í A T I M B Ó 33
Apostila de Histologia

OBS: Não há neoformação de tecido adiposo


Tecido adiposo Pardo multilocular após o nascimento nem ocorre
Multilocular
Tecido formado
por células que
contem
numerosas
gotículas lipídicas e
muitas
mitocôndrias.

A coloração se
deve a vascularização abundante e as
numerosas mitocôndrias encontradas nas
células (por serem ricas em citocromos as
mitocôndrias tem cor avermelhada)

É abundante em animais que hibernam –


onde é chamado de glândula hibernante e é Receptores sensoriais na pele enviam sinais ao
especializado na produção de calor. centro cerebral de regulação da temperatura,
que, por sua vez envia impulsos nervosos a
OBS: nos humanos a quantidade deste tecido essas células adiposas.
só é significante em recém-nascidos, tendo
como papel a termorregulação. Ao ser estimulado pela liberação de
Noradrenalina, o tecido adiposo multilocular
Possue células menores do que as do tecido acelera a lipólise e a oxidação dos ácidos
adiposo unilocular e têm forma poligonal com graxos. Essa oxidação produz calor e não
citoplasma carregado de gotículas lipídicas de ATP – pois as mitocôndrias desse tecido
vários tamanhos. apresentam na sua membrana interna a
OBS: não há neoformação de tecido adiposo proteína Termogenina ou UCP 1 – que
multilocular após o nascimento e nem ocorre permitem o fluxo dos prótons acumulados no
transformação de um tipo de tecido adiposo espaço intermembranosos durante o
em outro. transporte de elétrons para a matriz =
dissipando a energia potencial como CALOR
Histogênese do Tecido Adiposo Mulilocular

São originados pelas células mesenquimais,


que se tornam epitelióides, adquirindo um
aspecto de glândulas endócrinas cordonal,
antes de acumularem gordura.
L E T Í C Í A T I M B Ó 34
Apostila de Histologia

Vascularização Tumores no tecido adiposo unilocular

O tecido adiposo Unilocular e Multilocular são Os adipócitos uniloculares com frequência


inervados por fibras simpáticas do Sistema originam tumores benignos – os Lipomas.
Nervoso Autônomo (SNA). Os tumores malignos dos adipócitos
 Tecido Unilocular – as terminações uniloculares – os Lipossarcomas são menos
nervosas são encontradas apenas na frequentes, porém o tratamento é bem mais
parede dos vasos sanguíneos (Os difícil, pois podem formar metástase.
adipócitos não são diretamente inervados). Lipossarcomas costumam aparecer em
 Tecido Multilocular – as terminações pessoas com mais de 50 anos.
nervosas simpáticas atingem diretamente
as células adiposas.

Obesidade
A obesidade em adultos se deve a um
aumento na quantidade de triglicerídeos
depositados em cada adipócito unilocular, sem
que exista aumento no número de adipócitos
– Obesidade Hipertrófica.

A obesidade em crianças se deve a um


aumento no número de adipócitos uniloculares
– Obesidade Hiperplástica.
L E T Í C Í A T I M B Ó 35
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 36
Apostila de Histologia

 As cartilagens (exceto as articulares e a


É uma forma especializada de tecido
fibrosa) são envolvidas por bainha –
conjuntivo - porém de consistência rígida
Pericôndrio
É essencial para a formação e o crescimento
OBS: O Pericôndrio contém vasos sanguíneos
de ossos longos. – processo que ocorre
e linfáticos, e nervos.
desde a vida intrauterina.
 As cartilagens que revestem a superfície
Funções
dos ossos nas articulações móveis não
 Suporte de tecidos moles tem pericôndrio e recebem nutrientes do
 Reveste superfícies articulares Líquido Sinovial das cavidades articulares.
 Facilita o deslizamento dos ossos nas
Constituição da Matriz
articulações
 Absorção de choques As funções do tecido cartilaginoso dependem
principalmente da estrutura da matriz:
Características
 Colágeno ou Colágeno + Elastina
 Possui abundante MEC  Macromoléculas de proteoglicanos
(matriz cartilaginosa) (proteínas + glicosaminoglicanas)
 Não contém vasos sanguíneos,  Ácido Hialurônico
linfáticos e nervos. – é nutrido pelos  Diversas Glicoproteínas.
capilares do conjuntivo envolvente =
Pericôndrio A consistência firme da cartilagem se da pelas
 É formado por células conhecidas ligações eletrostáticas entre os
como Condrócitos, que estão Glicosaminoglicanos sulfatados e o Colágeno. -
localizados dentro além disso, a grande quantidade de água ligada
de lacunas. ao glicosaminoglicano confere a turgidez à
matriz.
OBS: uma lacuna
Regeneração/ Degeneração
pode conter um ou
mais condrócitos A regeneração ocorre pela atividade do
pericôndrio, que invade a área destruída e da
L E T Í C Í A T I M B Ó 37
Apostila de Histologia

origem a tecido cartilaginoso que repara a proteoglicanos muito


lesão. hidratados e glicoproteinas.

A degeneração da hialina (calcificação da O elevado conteúdo de


matriz) – consiste na deposição de fosfato de água de solvatação das
cálcio sob a forma de cristais de hidroxipatita. moléculas de
glicosaminoglicanos atua
Classificação
como um sistema de
absorção de choques
Cartilagem Hialina mecânicos – muito
importante nas cartilagens
 São as mais comuns.
articulares.
 Sua matriz possui delicadas fibrilas
constituídas de colágeno tipo II Outro componente
 Essa cartilagem é branca-azulada e importante é a
translúcida (a fresco). Condronectina – que
 Forma o 1º esqueleto do embrião participa da associação
(substituída por osso) do arcabouço
macromolecular da
Entre a diáfise e as epífises dos ossos longos
matriz com os
em crescimento encontra-se o Disco
condrócitos.
Epifisiário de cartilagem hialina. – esse disco é
responsável pelo crescimento do osso em Em torno dos
extensão. condrócitos existem
zonas estreitas, que são ricas em
OBS: enquanto o Disco Epifisiário estiver
proteoglicanos e pobres em colágeno, que
presente, significa que o osso ainda não
são chamadas de – Cápsulas.
completou seu processo de crescimento.
Pericôndrio
Nos adultos é encontrada:
Todas as cartilagens Hialinas, exceto as
 Parede das fossas nasais
cartilagens articulares – são envolvidas por
 Traquéia e Brônquio
essa camada de tecido conjuntivo denso
 Extremidade ventral das costelas
chamado de Pericôndrio.
 Recobrindo as superfícies articulares
dos ossos longos.. Além de ser uma fonte de novos condrócitos
para o crescimento, o pericôndrio é
Matriz da Cartilagem Hialina
responsável pela nutrição, oxigenação e
40% do seu peso se da por fibrilas de eliminação dos refugos metabólicos da
colágeno tipo II + ácido hialurônico, cartilagem – pois neles estão localizados vasos
sanguíneos e linfáticos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 38
Apostila de Histologia

Morfologicamente, as células do pericôndrio O Hormônio do crescimento (hipofiário) –


são semelhantes aos fibroblastos, porém promove a síntese de Somatomedina C
situam-se mais profundamente, isto é, próximo pelo fígado.
à cartilagem. Podem facilmente multiplicar-se
Somatomedina C – aumenta a capacidade
por mitoses e originar condrócitos –
sintética dos condroblastos e também a
caracterizando-se assim, funcionalmente como
multiplicação dessas células, estimulando o
condroblastos.
crescimento das cartilagens.
Ele é formado por – Tecido conjuntivo rico
em fibras de colágeno tipo I na sua parte + Histogênese
superficial. Porém, quanto mais próximo a
cartilagem, maior será a quantidade de células
e menos a de fibras.

Condrócitos

Na periferia da cartilagem hialina –


apresentam uma forma alongada., com o
eixo maior paralelo à superfície.

Mais profundamente tornam-se arredondados Esboços das cartilagens surgem no


e aparecem em grupos de até 8 células – mesênquima do embrião.
Grupos Isógenos, por serem originados de
1ª modificação
um único condroblasto.
Arredondamento das células
Os Condrócitos são células secretoras de:
mesenquimatosas, que retraem seus
colágeno tipo II + proteoglicanos +
prolongamentos e se aglomeram (devido à
glicoproteinas (como a condronectina).
rápida multiplicação) – essas células passam a
Vivem em baixas tensões de oxigênio – pois se chamar de condroblastos.
as cartilagens são desprovidas de capilares
2ª modificação
sanguíneos.

O funcionamento dos condrócitos depende de Inicia a síntese da matriz – o que afasta os


um balanço hormonal adequado. condroblastos uns dos outros.

A diferenciação das cartilagens dá-se do


Hormônios que aumentam a síntese de centro para a periferia, de modo que as
proteoglicanos – são a Tiroxina e células mais centrais já apresentam as
Testosterona características de condrócitos, enquanto as
Hormônios que diminuem a síntese de mais periféricas ainda são condroblastos
proteoglicanos – são a Cortisona, típicos.
Hidrocortisona e Estradiol.
L E T Í C Í A T I M B Ó 39
Apostila de Histologia

O mesênquima superficial forma o Pericôndrio  Essa cartilagem pode estar presente


isoladamente ou formar uma peça
Crescimento
cartilaginosa junto com a cartilagem hialina.
O crescimento ocorre por 2 processos:  Possui pericôndrio e cresce por oposição..
 Menos sujeita a processos degenerativos
Crescimento intersticial – por divisão mitótica
que a cartilagem hialina.
dos condrócitos preexistentes.
Nos adultos é encontrada:

Crescimento aposicional – que se faz a partir  Pavilhão auditivo


de células do pericôndrio.  Tuba auditiva
 Conduto auditivo externo
 Epiglote
Em ambos os casos, os novos condrócitos  Cartilagem cuneiforme da laringe
formados produzem fibrilas de colágeno,
proteoglicanos e glicoproteinas – de modo Cartilagem Fibrosa ou
que o crescimento real é muito maior do que
o produzido pelo aumento do número de Fibrocartilagem.
células.
Possui
OBS: o crescimento intersticial (menos características
importante) quase só ocorre nas primeiras intermediárias
fases de vida da cartilagem, a medida que a entre o conjuntivo
matriz torna-se mais rígida o crescimento denso e a
intersticial deixa de ser viável e ai passa a ser cartilagem hialina
o crescimento aposicional. e, por estar
sempre associada
Cartilagem Elástica a conjuntivo
denso, fica difícil estabelecer o limite entre os
É semelhante à cartilagem hialina, porém inclui dois.
poucas fibrilas de colágeno tipo II e uma
abundante rede de fibras elásticas, contínuas  É desprovida de pericôndrio
com as do  Apresenta matriz preponderantemente
pericôndrio.. constituída por fibras de colágeno tipo I
 A substancia fundamental é escassa e
 Possui uma
limita as proximidades das lacunas.
cor amarela –
 Os condrócitos, frequentemente,
por conta da
encontram-se enfileirados.
elastina
L E T Í C Í A T I M B Ó 40
Apostila de Histologia

As numerosas fibras colágenas tipo I


constituem feixes, que seguem uma Discos Intervertebrais
orientação irregular entre os condrócitos ou
um arranjo paralelo ao longo dos condrócitos Localizados no corpo das vértebras e
em fileiras. unidos a elas por ligamentos.
Essa orientação é influenciada pelas forças Cada disco é formado por 2
que atuam sobre a fibrocartilagem. componentes:
Nos adultos é encontrada:  Anel fibroso
 Núcleo pulposo
 Discos intervertebrais
(derivado da notocorda do embrião)
 Sínfise púbica
É um anel fibroso que contém uma
Nos pontos em que alguns tendões e
porção periférica de tecido conjuntivo
ligamentos se inserem nos ossos
denso, sua maior extensão é constituída
por fibrocartilagem, cujos feixes de
Hérnia do Disco Intervertebral colágeno formam camadas concêntricas.

A ruptura do anel fibroso – resulta na O núcleo pulposo encontra-se na parte


expulsão do núcleo pulposo e no central do anel fibroso. O tecido é formado
achatamento do disco. por células arredondadas dispersas em um
líquido viscoso rico em ácido hialurônico e
Este se desloca de sua posição normal contendo pequena quantidade de
entre os corpos vertebrais e se colágeno tipo 2.
movimenta na direção da medula espinhal,
comprimindo nervoso e produzindo fortes OBS: no jovem, o núcleo pulposo é maior,
dores e distúrbios neurológicos. sendo gradual e parcialmente substituído
por fibrocartilagem com o avançar da
A dor se estende pela parte inferior da idade.
região lombar
Os discos funcionam como coxins
lubrificando e prevenindo o desgaste do
osso das vértebras.
L E T Í C Í A T I M B Ó 41
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 42
Apostila de Histologia

Origem:
Osteoprogenitora
ou Osteogênicas

É um tipo especializado de tecido conjuntivo


formado por células e matriz óssea. Origem

 Principal constituinte do esqueleto  Fonte Mesenquimais


 Possui Matriz extracelular calcificada  Podem ser induzidas no tecido ósseo
 É vascularizado. ou qualquer outro
 Nos adultos são encontrados na
As células são os: camada interna do Periósteo e
Endósteo.

Funções

 Serve de suporte para os tecidos


moles
 Protege órgãos vitais
 Aloja e protege a medula óssea

Todos os ossos são revestidos em suas
superfícies externas e internas por  Depósito de cálcio e fosfato para o
membranas conjuntivas que contêm células metabolismo.
osteogênicas – o Periósteo (externo) e o  Constitui um sistema de alavancas
Endósteo (interno).  Absorção de toxinas e metais pesados

Nutrição

Como não existe difusão de substâncias


através da matriz calcificada do osso, a
nutrição dos osteócitos depende de
canalículos que existem na matriz.

Esses canalículos possibilitam as trocas de


moléculas e íons entre capilares sanguíneos e
os osteócitos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 43
Apostila de Histologia

Revestimento moléculas e íons de um osteócito para outro.


– a nutrição dos osteócitos depende desses
Todos os ossos são revestidos em suas
canalículos que existem na matriz.
superfícies externas e internas por
membranas conjuntivas que possuem células A morte dos osteócitos é seguida por
osteogênicas. reabsorção da matriz

 Periósteo (externa)
Osteoblastos
 Endósteo (interna)

Células do Tec. Ósseo. Origem: Cél. Osteoprogenitora

Osteócitos
São as células jovens, que sintetizam a parte
orgânica (colágeno tipo I, proteoglicanos e
Origem: Osteoblasto glicoproteínas) da matriz óssea. Além disso,
sintetizam também Osteonectina e
São as células MADURAS encontradas no Osteocalcina.
interior da matriz óssea (região central). OBS: Osteonectina facilita a deposição de
 Ocupam as Lacunas ou Osteoplasto – cálcio e Osteocalcina estimula a atividade dos
cada uma contém apenas um osteoblastos.
osteócito. Os Osteoblastos também são capazes de
 São células achatadas – com pequena concentrar fosfato de cálcio, produzindo a
quantidade de RER, aparelho de golgi matriz óssea e participando da calcificação
pouco desenvolvido e núcleo com através da Enzima Fosfatase Alcalina
cromatina condensada. = pouca
atividade sintética. Localiza-se na periferia da superfície óssea,
 São essenciais para a manutenção da lado a lado, num arranjo que lembra um
epitélio simples..
matriz óssea
 Em estado de síntese da matriz óssea,
Dentro dos canalículos os prolongamentos dos
os osteoblastos são– cuboides +
osteócitos
estabelecem citoplasma basófilo.
 Já em estado pouco ativo, tornam-se
contatos
– achatados e citoplasma pouco
através de
junções basófilo.
comunicantes, Uma vez aprisionado pela matriz recém-
por onde sintetizada, o osteoblasto passa a ser chamado
podem passar de osteócito.
pequenas
L E T Í C Í A T I M B Ó 44
Apostila de Histologia

A matriz se deposita ao redor do corpo da Os osteoclastos secretam para dentro do


célula e de seus prolongamentos, formando microambiente fechado: Ácido + Colagenase
assim as lacunas e os canalículos. + Hidrolases – que atuam digerindo a matriz
orgânica e dissolvendo os cristais de sais de
A matriz óssea recém-formada, adjacente aos
cálcio.
osteoblastos ativos que ainda não estão
calcificadas, recebe o nome de osteóide. A atividade dos osteoclastos é coordenada por
(1ª matriz) citocinas e por hormônios como calcitonina,
um hormônio tireoideano, e paratormônio.
Osteoclastos Matriz Óssea

A parte inorgânica representa cerca de 50%


Origem: Monócitos do sangue
do peso da matriz óssea. É composta por:
Fosfato – Cálcio – Bicarbonato – Citrato –
Originam-se de precursores mononucleados Magnésio – Sódio – Potássio
provenientes da medula óssea que, ao contato
com o tecido ósseo, unem-se para formar os OBS: o cálcio + fósforo formam cristais com
osteoclastos multinucleados. estrutura da hidroxiapatita e em volta desse
cristal existe uma camada de água e íons –
São células gigantes, móveis, multinucleadas e Capa de hidratação.
ramificadas.
Capa de hidratação – facilita a troca de íons
OBS: Ramificações irregulares entre o cristal e o líquido intersticial.
(forma e espessura variável)

Nas áreas de reabsorção (destruição) de Cristais de Hidroxipatita


tecido ósseo encontramos os osteoclastos –
Cálcio + Fosfato + H²O
colocados em depressões da matriz chamadas
de Lacunas de Howship Capa de Hidratação

A superfície ativa dos osteoclastos, voltada Cálcio + Fosfato + H²O + Fibras colágeno I
para a matriz óssea, apresenta
prolongamentos vilosos irregulares que possui
forma de folhas ou pregas que se subdividem. Remoção dos Cristais de Hidroxiapatita =
Circundando essa área com prolongamentos Osso MOLE
vilosos, existe uma zona citoplasmática – Zona Remoção das Fibras colágenas tipo I =
Clara. É pobre em organelas, porém contem Osso QUEBRADIÇO
muitos filamentos de actina. É o local de
adesão dos osteoclastos com a matriz e cria
um microambiente fechado, onde ocorre a
reabsorção óssea.
L E T Í C Í A T I M B Ó 45
Apostila de Histologia

OBS: A associação de hidroxiapatita com fibras


colágenas é responsável pela dureza e Periósteo
resistência do tecido ósseo. Após a remoção
do cálcio, os ossos mantém sua forma intacta, Membrana conjuntiva que reveste o osso
porém tornam-se tão flexíveis quanto os externamente.
tendões.. Esta aderida ao osso através das
A parte orgânica da matriz é formada por Fibras de Sharpey.
fibras colágenas (95%) constituídas de  Camada interna = É mais celular –
colágeno do tipo I e por pequena quantidade células osteoprogenitoras
de proteoglicanos e glicoproteinas.  Camada externa = É mais fibrosa –
OBS: A destruição da parte orgânica pode ser contém fibras colágenas e
realizada por incineração, e também deixa o fibroblastos.
osso com sua forma intacta, porém, tão OBS: As Fibras de Sharpey são feixes que
quebradiço que dificilmente pode ser penetram no tecido ósseo e prendem
manipulado. firmemente o periósteo ao osso.

As principais funções do Endósteo e do


Periósteo são a – nutrição do tecido ósseo e
o fornecimento de novo osteoblastos, para o
crescimento e a recuperação do osso.

Endósteo
Membrana conjuntiva que reveste o osso
internamente
Classificação Macroscópica
Camada de células osteogênicas revestidas
por:
 Cavidade do osso esponjoso Osso Compacto
 Canal medular
Formado por partes sem cavidades visíveis.
 Canal de Havens
 Canais de Volkmann
L E T Í C Í A T I M B Ó 46
Apostila de Histologia

Osso Esponjoso
Possui cavidades visíveis e é ocupado pela OBS: no recém-nascido, toda a medula óssea
medula óssea amarela ou vermelha. tem a cor vermelha, devido ao alto teor de
hemácias, e é ativa na produção de células do
sangue. – Medula óssea Hematógena.
Porém, pouco a pouco com a idade, essa
medula vai sendo infiltrada por tecido adiposo,
com diminuição da atividade hematógena =
Medula óssea Amarela.

Classificação Histológica

Histologicamente existem 2 tipos de tecido


ósseo: os 2 tipos possuem as mesmas células
Nos ossos longos, as extremidades ou Epífises
e os mesmos constituintes da matriz.
são formadas por osso esponjoso com uma
delgada superfície compacta. Já a Diáfise O que diferencia os tecidos é a Maturidade e
(parte cilíndrica) é quase totalmente compacta, a Organização dos tecidos.
com pequena quantidade de osso esponjoso
na sua parte profunda, delimitando o canal Osso Imaturo ou Primário
medular.
O primeiro tecido ósseo que aparece é o
As cavidades do osso esponjoso e o canal tecido primário (não lamelar), tanto no
medular da diáfise dos ossos longos são desenvolvimento embrionário como na
ocupados por medula óssea. reparação das fraturas – é temporário e
OBS: Nos ossos longos, o osso compacto é substituído por tecido secundário.
chamado de Osso cortical.
 Apresenta fibras colágenas dispostas em
Os ossos curtos têm o centro esponjoso, várias direções sem organização definida
sendo recoberto em toda a sua periferia por  Tem menor quantidade de minerais
uma camada compacta.  Possui maior proporção de osteócitos do
que o tecido ósseo secundário.
Nos ossos chatos (abóbada craniana) existem
duas camadas de osso compacto – as Tábuas No adulto é pouco frequente, persistindo
interna e externa, separadas por osso apenas próximo às suturas dos ossos do
esponjoso que, nesta localização, recebe o crânio, nos alvéolos dentários e em alguns
nome de díploe. pontos de inserção de tendões.
L E T Í C Í A T I M B Ó 47
Apostila de Histologia

pequenos sejam encontrados no osso


Osso Maduro, Secundário ou compacto de outros locais.
Lamelar
É a variedade encontrada no adulto.
Sistema de Havers ou Ósteons
Possui fibras colágenas organizadas em  Cilindro longo
lamelas, (arranjo concêntrico) que ou ficam  Paralelo a diáfise de ossos longos
paralelas umas às outras, ou se dispõem em  Formado por 4 a 20 lamelas ósseas
camadas concêntricas em torno de canais concêntricas.
com vasos, formando os – Sistema de Havers  Possui lamelas claras e escuras.
ou Ósteons.
No centro desse Sistema existe um
As lacunas contendo osteócitos estão em Canal revestido de endósteo – Canal de
geral situadas entre as lamelas ósseas, porém Havers (que contém vasos e nervos)
algumas vezes estão dentro delas.

Em cada lamela, as fibras colágenas são


OBS: como cada sistema é construído por
paralelas umas às outras e separando grupos
deposição sucessiva de lamelas ósseas a partir
de lamelas, ocorre o acumulo de uma –
da periferia para o interior do sistema, os
Substância cimentante, que consiste em
sistemas mais jovens têm canais mais largos, e
matriz mineralizada, porem com muito pouco
as lamelas mais internas são as mais recentes
colágeno.
– quanto mais jovem + dilatado é o canal,
Na diáfise dos ossos, as lamelas ósseas se quanto mais maduro + estreito é o canal.
organizam em arranjo típico, constituindo os
Sistemas de Havers. + Circunferênciais interno,
externo e intermediários. Canais de Havers
O tecido ósseo secundário que contém  Circundado pelas lamelas
sistema de Havers é característico da diáfise  Paralelo ao canal medular
dos ossos longos, embora sistemas de Havers  Por onde passa os vasos
sanguíneos
 O diâmetro do canal de Havers é
variável, pois o tecido ósseo está
em constante remodelação.

Os Canais de Havers comunicam-se entre


si, com a cavidade medular e com a
superfície externa do osso por meio de
canais transversais ou oblíquos – os
Canais de Volkmann.
L E T Í C Í A T I M B Ó 48
Canais de Volkmann Apostila de Histologia

 Não é circundado por lamelas  Ossificação Endocondral - se inicia dentro


 Perpendicular ao canal medular de um molde de cartilagem hialina, que
 Liga os canais de Havers entre si e o gradualmente é destruído e substituído
Canal de Havers com o canal medular. por tecido ósseo formado a partir de
células do conjuntivo adjacente.

Em ambas as ossificações, o primeiro tecido


OBS: os Canais de Volkmann se distinguem
ósseo formado é do tipo primário, que é
dos de Havers por não apresentaram lamelas
pouco a pouco substituído por tecido
ósseas concêntricas.
secundário.

Sistemas Circunferenciais
interno e externo
São constituídos por lamelas ósseas
paralelas entre si, formando 2 faixas: .

 Situada na parte interna do osso (em


volta do canal medular)
 Situada na parte externa do osso
(próxima ao periósteo)

O sistema externo é mais desenvolvido que


o interno.

Entre os 2 sistemas encontram-se Ossificação Intramembranosa


inúmeros Sistemas de Havers e grupos
irregulares de lamelas – as Lamelas Se formar a partir de uma Membrana
Intersticiais (Sistema Intermediário) que Mesenquimal.
provêm de restos de sistemas de Havers
que foram destruídos durante o Forma os ossos frontal + parietal + partes do
crescimento do osso. occipital do temporal e dos maxilares superior
e inferior e contribui para o crescimento dos
ossos curtos e o aumento em espessura dos
Histogênese ossos longos.

O tecido ósseo é formado através de 2 O crescimento do osso ocorre em –


processos: Espessura

 Ossificação Intramembranosa – ocorre no


interior de uma membrana conjuntiva.
L E T Í C Í A T I M B Ó 49
Apostila de Histologia

O local da membrana onde a ossificação OBS: não ocorre a transformação da


começa chama-se – cartilagem em osso, ocorre a Substituição.
Centro de ossificação primária.
Discos Epifisário
O processo tem inicio pela diferenciação de ( 5 zonas de ossificação)
células mesenquimatosas que se transformam
Zona de Repouso: onde existe cartilagem
em grupo de osteoblastos. Estes sintetizam os
hialina sem qualquer modificação.
osteóides que logo se mineralizam,
englobando os osteoblastos que se Zona de cartilagem seriada ou proliferação:
transformam em osteócitos. divisão rápida dos condrócitos e disposição
em fileiras ou colunas paralelas de células
OBS: O 1º tecido ósseo a aparecer no osso
achatadas e empilhadas.
longo é formado por ossificação
intramembranosa do pericôndrio – formando Zona de cartilagem hipertrófica: apresenta
um cilindro, o Colar ósseo. condrócitos volumosos, com depósitos
citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. Os
Ossificação Endocondral condrócitos entram em apoptose.

Se forma a partir de um Molde de cartilagem Zona de cartilagem calcificada: mineralização


Hialina. dos delgados tabiques de matriz cartilaginosa e
termina a apoptose dos condrócitos.
O crescimento do osso ocorre em –
Comprimento Zona de ossificação (osso formado): zona em
que aparece tecido ósseo. Capilares
. Ocorre em 2 processos: sanguíneos e celulas osteoprogenitoras
1. A cartilagem sofre modificações, originadas nos periósteo invadem as cavidades
havendo hipertrofia dos condrócitos, deixadas pelos condrócitos mortos.
redução da matriz cartilaginosa, sua
mineralização e a morte dos
condrócitos por apoptose.
2. As cavidades ocupadas pelos
condrócitos são invadidas por capilares
sanguíneos e células osteogênicas
vindas do conjuntivo adjacente. Essas
células diferenciam-se em osteoblastos,
produzindo o osso.

Dessa maneira aparece tecido ósseo apenas


onde havia tecido cartilaginoso..

Forma os ossos longos e curtos.


L E T Í C Í A T I M B Ó 50
Apostila de Histologia

Crescimento e Remodelação dos ossos Técnicas

O crescimento dos ossos consiste na


formação de tecido ósseo novo + à
Técnica de Desmineralização
reabsorção parcial de tecido já formado –
dessa maneira os ossos conseguem manter
sua forma enquanto crescem. Fica a parte
orgânica (fibras) e
Nos adultos também existe a remodelação as células.
dos ossos – um processo fisiológico que
ocorre simultaneamente em diversas partes
do corpo. Nesse caso, a remodelação não
esta relacionada com o crescimento e é muito
mais lenta. Já em crianças a remodelação é
Técnica de Desgaste
200 vezes mais rápida do que nos adultos.

 Osteoblastos – faz a REPOSIÇÃO do Fica apenas a


osso. parte inorgânica
 Osteoclasto – faz a REABSORÇÃO (No microscópio
CELULAR. você vê apenas as
lacunas).
Ossos Chatos Papel metabólico do tecido ósseo
Crescem por formação do tecido ósseo O esqueleto contém 99% do cálcio do
pelo periósteo situado entre as suturas e na organismo e funciona como uma reserva
face externa do osso, enquanto ocorre desse íon.
reabsorção na face interna.
Existem 2 mecanismos de mobilização do
cálcio depositado nos ossos:

Ossos Longos 1. Pela simples transferência dos íons dos


cristais de hidroxipatita para o líquido
As epífises aumentam de tamanho devido ao intersticial, do qual o cálcio passa para o
crescimento radial da cartilagem, acompanhada sangue. (ocorre no Osso esponjoso)
por ossificação endocondral. Já as diáfises 2. A ação do hormônio da paratireoide,
crescem em extensão pela atividade dos discos ou paratormônio, sobre o tecido ósseo.
epifisários e, em espessura, pela formação de Esse hormônio causa um aumento no
tecido ósseo a superfície externa da diáfise, número de osteoclastos e reabsorção
com reabsorção na superfície interna – esta da matriz óssea, com liberação do
reabsorção aumenta o diâmetro do canal fosfato de cálcio e aumento da
medular. calcemia.
L E T Í C Í A T I M B Ó 51
Apostila de Histologia

Outro hormônio importante é a Calcitonina, Sincondroses


que inibe a reabsorção da matriz e, portanto,
São articulações que possuem movimentos
a mobilização do cálcio.
limitados, sendo as peças unidas por
(A calcitonina tem efeito inibidor sobre os
cartilagem hialina.
osteoclastos).
Ex: articulações da primeira costela com o
Articulações
esterno.
Os ossos unem-se uns aos outros para
Sindesmoses
constituir o esqueleto, por meio de estruturas
formadas por tecido conjuntivo – São como as sincondroses, dotadas de algum
as Articulações. movimento e nelas o tecido que une os ossos
é o conjuntivo denso.
Podem ser classificadas em:
Ex: sínfise púbica e articulação tibiofibular
 Diartroses – que permite o movimento
inferior.
dos ossos.
 Sinartroses – não ocorre movimento
dos ossos.

Diartroses Líquido Sinovial


São articulações com grande mobilidade – É um dialisado do plasma sanguíneo
encontradas unindo os ossos longos. contendo elevado teor de ácido hialurônico,
sintetizado pelas células da camada sinovial.
Nessas articulações existe uma cápsula que
liga as extremidades ósseas, delimitando uma O ácido hialurônico desse líquido facilita o
cavidade fechada – a Cavidade Articular. deslizamento das superfícies articulares que
são revestidas por cartilagem hialina, sem
Essa cavidade contém um líquido incolor, pericôndrio.
transparente e viscoso – o Líquido Sinovial.
O liquido sinovial é uma via transportadora
Sinartroses de substâncias entre a cartilagem articular e
o sangue dos capilares da membrana
Distinguem-se 3 tipos de Sinartroses: sinovial. – nutrientes e O² passam do
sangue para a cartilagem articular e CO²
Sinostoses
difunde-se em sentido contrário.
Os ossos são unidos por tecido ósseo e
desprovidos de movimentos.

Ex: ossos chatos do crânio.


L E T Í C Í A T I M B Ó 52
Apostila de Histologia

A tetraciclina se deposita com grande


afinidade sobre a Matriz óssea recém-
formada.

Esse antibiótico é fluorescente e isso


possibilita a realização de uma técnica que
Osteomalacia
avalia a velocidade de formação óssea
(importante para o estudo do crescimento Causada pela deficiência de cálcio nos
ósseo e o diagnóstico de doenças ósseas, adultos.
como osteomalacia e a osteíte fibrosa
cística). Caracteriza-se pela calcificação deficiente
da matriz óssea neoformada e
descalcificação parcial da matriz já
calcificada – com a consequente fragilidade
Raquitismo óssea.

Causada pela deficiência de cálcio nas Como no adulto não existe mais as
crianças. cartilagens de conjugação, então não
ocorrem deformações dos ossos longos
A matriz óssea NÃO se calcifica nem o atraso do crescimento.
normalmente, de modo que as espículas
ósseas formadas pelo disco epifisário se
deformam, pois não suportam a pressão
do corpo e da massa muscular.

Consequência: ossos não crescem normal Osteoporose


e as extremidades dos ossos longos se
deformam. Na osteoporose a concentração de cálcio é
normal, mas a quantidade de tecido ósseo é
menor – apresentando um osso amplos
canais de reabsorção.
Hormônio Somatomedina
Essa condição decorre de um desequilíbrio
Hormônio que possui efeito sobre o na remodelação dos ossos, com predomínio
crescimento. da reabsorção sobre a neoformação de
A falta desse hormônio acarreta no – tecido ósseo.
Nanismo hipofisário, e sua produção
excessiva causa o – Gigantismo (na criança)
e Acromegalia (no adulto).
L E T Í C Í A T I M B Ó 53
Apostila de Histologia

Tumores dos Ossos


Reparação das Fraturas
As células do osso podem escapar dos
mecanismos normais e dar origem a Nas fraturas ósseas, ocorre hemorragia,
tumores. pela lesão dos vasos sanguíneos, destruição
de matriz e a morte de células ósseas.
Como os ossos contêm tecidos ósseos e
cartilaginosos – tumores de células Para que a reparação inicie, o coágulo
cartilaginosas também podem aparecer nos sanguíneo e os restos células e da matriz
ossos. devem ser removidos pelos Macrófagos.

 Condromas – tumores benignos O periósteo e o endósteo respondem com


 Condrossarcomas – tumores malignos. uma intensa proliferação – formando tecido
rico em células osteoprogenitoras (que
Os tumores formandos por células ósseas constitui um colar em torno da fratura).
são os – Osteomas e Osteossarcomas.
Nesse colar, surge tecido ósseo imaturo –
tanto por ossificação endocondral como
por intramembranosa.
Cálcio nos ossos Após isso aparece um – Calo ósseo que
envolve a extremidade dos ossos
A concentração de cálcio no sangue e
fraturados.
tecidos deve ser mantida constante – a
carência deste mineral causa descalcificação Esse calo é constituído por tecido ósseo
dos ossos. imaturo que une provisoriamente as
extremidades fraturadas.
Eles se tornam mais transparentes aos raios
X e predispostos a fraturas. As trações e pressões exercidas sobre o
osso durante a reparação da fratura –
Além disso, a descalcificação pode ser
causam a remodelação do calo ósseo e sua
devido a uma produção excessiva de
completa substituição por tecido ósseo
paratormônio – o que provoca a intensa
lamelar.
reabsorção óssea, o aumento de Ca² e
PO4 no sangue e deposição anormal de Caso as trações sejam idênticas as
sais de cálcio em vários órgãos. exercidas sobre o osso antes da fratura, a
estrutura do osso volta a ser a mesma que
Osteopetrose é o oposto – doença causa
existia anteriormente.
por um defeito nos Osteoclastos, com a
superprodução de tecido ósseo muito OBS: ao contrário dos outros tecidos
compactado e duro. conjuntivos, o tecido ósseo, repara-se sem
a formação de cicatriz.
L E T Í C Í A T I M B Ó 54
Apostila de Histologia

O hormônio da paratireoide causa um


aumento no número de osteoclastos e
reabsorção da matriz óssea, com liberação
de fosfato de cálcio e aumento da calcemia.

A concentração de PO4 não aumenta no


sangue, pois o próprio paratormônio
acelera a excreção renal de íons fosfato.

O paratormônio atua sobre receptores


Por que os osteoclastos tem que destruir a
localizados nos osteoblastos – em resposta
matriz óssea?
a esse sinal, os osteoblastos deixam de
sintetizar colágeno e iniciam a secreção do Para liberar cálcio no sangue
Fator estimulador dos osteoclastos.
Como ele sabe se esta faltando cálcio no
sangue?

Pelo Paratormônio
Funções do Periósteo e Endósteo
 O receptor do paratormônio esta no
A porção profunda do Periósteo é celular e osteoblasto
apresenta – Células Osteoprogenitoras.  O receptor da calcitonina esta no
osteoclasto
Essas células se multiplicam por mitose e se
 Estão juntos na superfície da matriz, pois
diferenciam em Osteoblastos –
o osteoblasto faz a comunicação celular
desempenhando papel importante no com o osteoclasto através da ligação de
crescimento dos ossos e na reparação das
Rank.
fraturas.

O Endósteo é constituída por uma camada


de – Células Osteogênicas achatadas, que
reveste as cavidades do osso esponjoso, o
canal medular, os canais de Havers e os de
Volkmann.

As principais funções dos dois é a nutrição


do tecido ósseo e o fornecimento de
novos osteoblastos para o crescimento e a
recuperação do osso.
L E T Í C Í A T I M B Ó 55
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 56
Apostila de Histologia

O Tecido Nervoso
acha-se distribuído pelo organismo
interligando-se e formando uma rede de
comunicações que constitui o
Sistema Nervoso.

O Sistema Nervoso é dividido em:

Sistema Nervoso Central (SNC)

 Encéfalo
 Medula espinhal

Sistema Nervoso Periférico (SNP)

 Nervos
 Gânglios periféricos Dendritos
Numerosos prolongamentos especializados na
O Tecido Nervoso apresenta 2 componentes
função de receber estímulos do meio
principais:
ambiente
 Neurônios
 Células da Glia ou Neuroglia.

Neurônios
Corpo Celular ou Pericário
É o centro trófico da célula e é também
As celulas nervosas ou neurônios são
capaz de receber estímulos.
formados por um Corpo celular ou Pericário –
que contém núcleo do qual parte
prolongamentos.
Axônio
Os neurônios possuem 3 componentes:
É um único prolongamento especializado na
 Dendritos
condução de impulsos que transmitem
 Corpo celular ou Pericário
informações do neurônio para outras células.
 Axônio
L E T Í C Í A T I M B Ó 57
Apostila de Histologia

OBS: os neurônios são chamados de células Classificação dos Neurônios (Função)


granulosas do cerebelo e estão entre as
 Neurônios Motores – controlam os órgãos
menores células dos mamíferos
efetores (Glândulas e Fibras musculares.).
Classificação Morfológica  Neurônios Sensoriais – recebem estímulos
sensoriais do meio ambiente e do próprio
organismos.
 Interneurônios – estabelecem conexões
entre outros neurônios, formando circuitos
complexos. (Localizados no Encéfalo)

Potenciais da Membrana

A célula nervosa tem moléculas na membrana


que são bombas ou canais para o transporte
de íons para dentro e fora do citoplasma.

 A concentração do Na+ é maior no meio


extracelular.
 A concentração do K+ é mantida muito
 Neurônios Bipolares – possuem um
elevada no fluido intracelular.
dendrito e um axônio. (Gânglios coclear e
vestibular, retina e mucosa olfatória). Desta maneira, existe uma diferença de
 Neurônios Pseudo-unipolares – potencial de 65mV através da membrana – o
apresentam próximo ao corpo celular, um seu interior é negativo em relação ao exterior
único prolongamento, que se divide em 2, – este é o Potencial de repouso da
onde um se dirigi para a periferia e o membrana.
outro para o sistema nervoso central.
(Gânglios espinhais nas raízes dos nervos Quando o neurônio é estimulado, os Canais Iônicos
espinhais dorsais) se abrem e ocorre um influxo do Na+

 Neurônios Multipolares (+comuns) -


apresentam mais de dois prolongamentos
Esse influxo modifica o potencial que era de 65mV
celulares. para +30mV
OBS: no neurônio pseudo-unipolar o estímulo
captado pelos dendritos transita diretamente O interior do axônio se torna positivo em relação
para o terminal axônico, sem passar pelo ao exterior - originando o Potencial de ação ou
corpo celular. Impulso Nervoso

Atingindo o potencial de +30mV - os canais de


Na+ se fecham, tornando a membrana do axônio
impermeável ao íon.
L E T Í C Í A T I M B Ó 58
Apostila de Histologia

Em poucos milissegundos ocorre a reabertura


dos canais de K+ modificando a situação
iônica, expulsando o Na+ do interior da
membrana e retornando o potencial da
membrana para a situação de repouso -
65mV..

Comunicação Sináptica ou Sinapse

 É a transmissão unidirecional dos impulsos


nervoso.
Além das sinapses químicas, existem as
 Ocorre entre neurônios ou entre
sinapses elétricas.
neurônios e outras células efetoras.
 São transmitidas pela ação de As sinapses elétricas unem-se por junções
Neurotransmissores. comunicantes, que possibilitam a passagem de
íon de uma célula para outro, promovendo,
A função da sinapse é – transformar um sinal
assim, uma conexão elétrica e a transmissão
elétrico pré-sináptico em um sinal químico de impulsos. (são raras nos mamíferos)
pós-sináptico.

. A sinapse se constitui por: Neurotransmissores


 Um terminal axônico (terminal pré-
sináptico) que traz o sinal São substâncias que quando se combinam
 Uma região na superfície da outra célula, com proteínas receptoras, abrem ou fecham
onde se gera um novo sinal canais iônicos ou então desencadeiam uma
(terminal pós-sináptico) cascata molecular na célula pós-sináptica que
 Um espaço muito delgado entre os dois produz segundos mensageiros intracelulares.
terminais – a Fenda pós-sináptica.

As sinapses podem ser:


Neuromoduladores
Axo- somática
São mensageiros químicos que não agem
Axônio + Corpo celular diretamente sobre as sinapses, porém
modificam a sensibilidade neural aos estímulos
sinápticos excitatórios ou inibitórios.
Axo- dendrítica
Axônio + Dendríto
OBS: os anestésicos de ação local sobre os
axônios são moléculas que se ligam aos canais
Axo- axônica de sódio, inibindo o transporte desse íon, e
Axônio + Axônio
L E T Í C Í A T I M B Ó 59
Apostila de Histologia

inibindo também o potencial de ação


responsável pelo impulso nervoso. Assim, Células de Schwann
bloqueia os impulsos que seriam interpretados
no cérebro como sensação de dor Produzem as bainhas de mielina que servem
como isolantes elétricos para os
Células da Glia ou Neuróglia neurônios do SNP.

Cada célula de Schwann forma mielina em


São células com funções próprias e são
torno de um único axônio.
encontradas no SNC.

Para cada neurônio no SNC existem 10 Células


da Glia – porém, ocupam a metade do tecido
nervoso devido ao seu tamanho em menor Células Ependimárias
escala.
São células epiteliais colunares que revestem
Essas células fornecem um microambiente os ventrículos do cérebro e o canal central
adequado para os neurônios e desempenham da medula espinhal.
ais outras funções.
OBS: em alguns locais essas células são
ciliadas, facilitando a movimentação do líquido
cafelorraquidiano..

Microglia
São fagocitárias e derivam de precursores
trazidos da medula óssea pelo sangue.

Participam da inflamação e da reparação do


SNC.

Quando ativas, essas células retraem seus


prolongamentos, assumem a forma dos
Oligodendrócitos
macrófagos e tornam-se fagocitárias e
Produzem as bainhas de mielina que servem apresentadoras de antígenos.
como isolantes elétricos para os neurônios do
Elas secretam diversas citocinas reguladoras
SNC. do processo imunitários e removem os
Um único oligodendrócito forma bainha para restos celulares que surgem nas lesões do
diversos neurônios. SNC.
L E T Í C Í A T I M B Ó 60
Astrócitos Apostila de Histologia

São os mais numerosos e de maior Sistema Nervoso Central


diversidade funcional.

Possuem forma estrelada com múltiplos


processos irradiando do corpo celular.

Ligam os neurônios aos capilares


sanguíneos e ao Tecido Conjuntivo que
recobre o SNC (a pia-máter).

Função de sustentação e controle da


composição iônica e molecular do ambiente
extracelular dos neurônios. Também
participam da regulação de diversos sinais
químicos por terem receptores para
Noradrenalina, Aminoácidos, Hormônio
Natriurético, Angiotensina II e outros. Como não contém estroma de tecido
 Astrócitos Fibrosos – localizam-se na conjuntivo, o SNC tem a consistência de uma
Substância Branca e possuem massa mole.
prolongamentos menos numerosos e Quando cortados, possuem regiões brancas
mais longos. (Substância branca) e regiões cinzentas
 Astrócitos Protoplasmáticos – localizam- (Substancia cinzenta). – a responsável por
se na Substância Cinzenta e possuem essa diferença é a distribuição da Mielina.
prolongamentos curtos e ramificados.

OBS: alguns astrócitos apresentam Substância Branca


prolongamentos chamados de Pés
vasculares – que se expandem sobre os Constituída por Axônios mielinizados +
capilares sanguíneos, transferindo moléculas Oligodendeócitos.
e íons do sangue para os neurônios. NÃO contém corpos de neurônios.
Os astrócitos podem influenciar a atividade Tem predominância nos neurônios.
e a sobrevivência dos neurônios – graças a
sua capacidade de controlar os constituintes
do meio extracelular, absorver excessos e
OBS: os espaços deixados pelos neurônios do
sintetizar moléculas neuroativas.
SNC mortos por doenças ou acidentes são
Os astrocitos se comunicam uns com os preenchidos pela proliferação e pela
outros por meio de junções comunicantes. . hipertrofia dos astrócitos – processo chamado
de Gliose.
L E T Í C Í A T I M B Ó 61
Apostila de Histologia

Medula Espinhal
Substância Cinzenta
Em cortes transversais da medula
Constituída por Corpos de neurônios + espinhal, a substância branca se localiza
Dendritos. externamente e a cinzenta internamente
– com a forma de uma letra H.
É nela que ocorrem as sinapses do
SNC

Predomina na superfície do cérebro e


do cerebelo – constituindo o Córtex
cerebral e o Córtex cerebelar.

Anatomicamente a medula é dividida em:

Cornos Anteriores – neurônios motores e


cujos axônios dão origem aos nervos
raquidianos.

Cornos Posteriores – recebem a via


senstivia ou aferente.

Córtex cerebral – os neurônios dessa região Meninges


recebem e processam impulsos aferentes O SNC está contido e protegido na caixa
(sensoriais), e em outras regiões neurônios craniana e no canal vertebral por membranas
eferentes (motores) geram impulsos que vão de tecido conjuntivo – as Meninges.
controlar os movimentos voluntários. Assim, as
células do córtex cerebral integram as São formadas por 3 camadas, de fora para
informações sensoriais e iniciam as respostas dentro:
voluntárias
 Dura-máter
 Aracnóide
 Pia-máter
L E T Í C Í A T I M B Ó 62
Apostila de Histologia

Dura-máter formam uma camada delgada entre a pia-


máter e o tecido nervoso
 Meninge + externa
 . Os vasos sanguíneos penetram no tecido
 Formada por Tecido Conjuntivo Denso nervoso por meio dos – Espaços
 Unida ao periósteo do crânio Perivasculares.
 Na medula, não se une ao periósteo das
vértebras. OBS: a pia-máter desaparece antes que os
vasos se transformem em capilares.
Envolve a medula espinhal e é separada do
periósteo das vértebras pelo – Espaço Sistema Nervoso Periférico
Peridural
É composto por: nervos + gânglios +
OBS: a parte da dura-máter que entra em
terminações nervosas.
contato com a aracnoide é chamada de
Espaço Subdural – pode acumular sangue. Nervos

Aracnóide São um conjunto de fibras nervosas


envolvidas por um Tecido conjuntivo.
 Apresenta 2 partes – uma em contato
com a dura-máter e outra com a pia- São esbranquiçados devido ao seu conteúdo
máter. em mielina + colágeno (exceto os raros
 Formada por Tecido Conjuntivo sem nervos muito finos formados somente por
vascularização fibras amielínicas).
 Superfícies revestidas por Epitélio Simples  Revestido externamente por tecido
Pavimentoso
conjunto denso – Epineuro
 Nela circula o líquido Céfalo-raquidiano.  Cada um dos feixes de fibras é revestido
 Possue expansões que perfuram a dura- pelo – Perineuro
máter e fazem saliências em seios  Cada fibra nervosa é revestida pelo –
venosos – as Vilosidade de aracnoide.
Endoneuro.
Função das Vilosidades da aracnoide é
transferir líquido cefalorraquidiano para o
sangue.

Pia-máter

 É muito vascularizada.
 Intimamente aderida ao tecido nervoso
 Nutre de vasos sanguíneos o tecido
nervoso através dos astrócitos – que
L E T Í C Í A T I M B Ó 63
Apostila de Histologia

Fibras Nervosas Sistema Nervoso Simpático

Podem ser de 2 tipos: Mielínicas ou Núcleos localizados nas porções torácica e


Amielínicas – ambas ocorrem no SNC e no lombar da medula espinhal
SNP
Mediante a liberação de adrenalina e
Gânglios noradrenalina – esse sistema tem caráter
excitatório.
O acúmulo de neurônios localizados fora do
SNC recebe o nome de – Gânglios nervosos. Sistema Nervoso Parassimpático

Os gânglios são órgãos esféricos, protegidos Núcleos localizados no encéfalo e na porção


por capsulas conjuntivas e associadas a nervos. sacral da medula espinhal.

Alguns gânglios reduzem-se a pequenos Acetilcolina é seu mediador químico –


grupos de células nervosas situadas no interior detonando o caráter inibitório desse sistema.
de órgãos – Gânglios Intramurais.

Conforme a direção do impulso nervoso, os Esclerose Múltipla


gânglios podem ser:
Nessa doença as bainhas de mielina são
 Sensoriais (aferentes) destruídas – causando diversos distrúbios
 Gânglios do SNA (eferentes) neurológicos.

Sistema Nervoso Autônomo Os restos dessa mielina são removidos pela


microglia, cujas células se tornam
Está relacionado com o controle da morfologicamente semelhantes aos
musculatura lisa, com a modulação do ritmo macrófagos – esses restos de mielina são
cardíaco e com a secreção de algumas digeridos pelas enzimas dos lisossomos.
glândulas.

Ajusta certas atividades do organismo, a fim


de manter a constância do meio interno
(Homeostase).

As funções desse SNA sofrem


constantemente a influência da atividade
consciente do SNC.

O SNA é formado por 2 partes:

 Sistema simpático
 Sistema parassimpático
L E T Í C Í A T I M B Ó 64
Apostila de Histologia

Degeneração Plasticidade Neuronal


Como sabemos os neurônios dos Após uma lesão do SNC os circuitos
mamíferos não se dividem, então a neuronais se reorganizam, graças aos
destruição de um neurônio representa uma crescimento dos prolongamentos dos
perda permanente. neurônios, que formam novas sinapses para
substituis as perdidas pela lesão.
Seu prolongamentos, no entanto, podem
regenerar-se devido a atividade sintética Assimm estabelecem-se novas
dos respectivos pericários – por isso os comunicações que, dentro de certos limites,
nervos de regeneram. podem restabelecer as atividades funcionais
dos circuitos perdidos.
Quando uma célula nervosa é destuida, as
que ela se ligam nada sofrem – exceto em Essa propriedade do tecido nervoso é
casos em que um neurônio recebe chamada de – Plasticidade Neuronal.
impulsos exclusivamente de outro. Neste
caso, o neurônio que fica provado de
impulsos nervoso, pela destruição do outro,
sofre a – Degeneração Transneuronal.

Ao contrario dos elementos nervosos, as


células da glia do SNC e as do sistema
nervoso periférico – são dotadas de
grande capacidade de proliferação.

OBS: os espaços deixados pelas células e


fibras nervosas do sistema nervoso central
destruído por acidente ou doenças são
preenchidos por células da neuroglia.
L E T Í C Í A T I M B Ó 65
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 66
Apostila de Histologia

Origem:
Mesenquimal
(que se diferencia em
Mioblastos para formar
o Tec. Muscular)

Tecido Muscular é formado por células onde


no seu interior existe MIOFILAMENTOS  Contração rápida e vigorosa
(responsáveis pela contração muscular)  Controle voluntário

A sua diferenciação ocorre pela síntese de


Nessas fibras os numerosos núcleos
proteínas filamentosas, concomitante com o
localizam-se na periferia das fibras, nas
alongamento das células.
proximidades do Sarcolema – essa
É um tecido vascularizado característica ajuda a distinguir o Músculo
Esquelético do Músculo Cardíaco
Três tipos de tecidos musculares
(no músculo cardíaco os núcleos são
 Músculo Estriado Esquelético centrais).
 Músculo Estriado Cardíaco
 Músculo Liso Organização do Músculo Esquelético

Músculo Estriado Esquelético Epimísio (externa) – é uma camada de tecido


conjuntivo que envolve os feixes de fibras e
recobre o músculo inteiro.

Perimísio (média) – são finos septos de tecido


conjuntivo que se dirigem para o interior dos
músculos, separando cada feixe de fibras.
Origem: Mioblasto Endomísio (interna) – envolve cada fibra
muscular, é formado pela lâmina basal da fibra
Formado por feixes de células cilíndricas,
muscular, associada a fibras reticulares.
longas e multinucleadas.

 Contém MIOFIBRILAS (contração).


 Núcleos Periféricos
 Estriações transversais
(ocasionada pela presença de
Miofibrilas)
 Quantidade de fibras X força
L E T Í C Í A T I M B Ó 67
Apostila de Histologia

Faixa Escura
É anisotrópica (Banda A)

A banda A é formada por filamentos


finos e grossos

Ela apresenta uma zona mais clara no


OBS: É por intermédio do tecido conjuntivo
centro = Banda H
que a força de contração do músculo se
transmite a outras estruturas como tendões e Banda H é formada por filamentos
ossos. grossos

OBS: Os vasos sanguíneos penetram no


músculo através dos septos de tecido
conjuntivo e formam extensa rede de Faixa Clara
capilares, além disso, contém vasos linfáticos.
É isotrópica (Banda I)
Organização das fibras esqueléticas
A banda I é formada por filamentos finos.
As fibras musculares esqueléticas apresentam
estriações transversais, pela alternância de No centro de cada banda I nota-se uma
linha transversal escura – Linha Z
faixa clara e escura.

A estriações da miofibrila é devido à


repetição de unidades iguais –
Sarcômeros.

Cada sarcômero é formado pela parte da


miofribila que fica entre duas linhas Z
sucessivas e contém uma Banda A
separando duas semibandas I.

Cada fibra muscular contém muitos feixes


de filamentos – as miofibrilas.

Essas miofibrilas do músculo estriado


contêm 4 proteínas principais:

 Miosina (filamento grosso) – fica


entre linhas Z
L E T Í C Í A T I M B Ó 68
Apostila de Histologia

 Actina (filamento fino) – vai da Linha Z


até a borda externa da banda H Troponina
 Tropomiosina
Constituída por 3 subunidades
 Troponina
 Troponina C – tem afinidade por
Actina cálcio
 Troponina I – inibe a ligação actina +
É a de maior quantidade. miosina.
 Troponina T – esta ligada a
Constituída por: vários monômeros
tropomiosina formando o Complexo
(Actina G)
Troponina-tropomiosina.
A polimerização dos monômeros forma
um Polímero – Actina F.
Os filamentos grossos são formandos de
miosina e as outras 3 proteínas são
Miosina encontrada nos filamentos finos.

Da linha Z, partem os filamentos finos (actina)


Participa diretamente da contração.
que vão até o bordo externo da banda H. Já
Constituída por: 2 peptídeos envolvidos os filamentos grossos (miosina) ocupam a
em hélices. região central do sarcômero.

 Porção filamentosa (Cauda)  Banda I ou Faixa Clara – formada apenas


 Porção globulosa (Cabeça) = por filamentos finos e constituída por actina
adotada de atividade ATPÁSICA – + tropomiosina + troponina..
possui um ATP que vai se  Banda A ou Faixa Escura – formada por
quebrar gerando energia. filamentos finos e grossos.
 Banda H – formada apenas por filamentos
Proteólise – molécula de miosina se
grossos e é
quebra no mesmo local dando origem a:
constituída por
Meromiosina leve e Meromiosina pesada.
Miosina.

OBS: O conjunto
de miofribilas
Tropomiosina (actina e miosina) é
Participa indiretamente da contração. preso à membrana
plasmática da
Semelhante a miosina célula muscular por
(só não possui cabeça) meio de diversas proteínas – uma delas é a
Enrolada na molécula de actina. Distrofina
Distrofia Muscular de L E T Í C Í A T I M B Ó 69
Apostila de Histologia

Duchenne Na hora dessa ligação a molécula de troponina


fica pesada e o Complexo Troponina-
É uma miopatia hereditária, ligada ao
tropomiosina se movimenta tirando a
cromossomo X. Proveniente da ausência ou
Troponina I do lugar, facilitando a ligação de
presença defeituosa da proteína Distrofina
actina + miosina.
(a qual liga os filamentos de actina a proteína
do sarcolema). A cabeça da miosina quebra – liberando
energia para que ocorra o deslizamento e o
Causa lesões progressivas das fibras
filamento fino entre no grosso.
musculares, e frequentemente leva à morte.

No músculo esquelético desses pacientes,


nota-se a inexistência de distrofina.
Durante a Contração
 Sarcômero diminui
Contração Muscular (os filamentos finos de actina
penetram na Banda A)
 Banda I ou Faixa clara diminui
 Banda H diminui
 Banda A ou Faixa escura fica normal.

Resultado = cada sarcômero e fibra


muscular sofrem encurtamento.

OBS: No músculo em repouso a miosina não


pode associar-se à actina, devido à repressão
do local de ligação pelo complexo troponina-
O impulso se propaga através de uma tropomiosina fixado sobre o filamento de
despolarização da membrana. actina..
O inicio da contração ocorre na Faixa A. OBS: não existindo ATP, o complexo actina-
Essa despolarização passa do nervo para a miosina torna-se estável, isto explica a rigidez
fibra através da Placa Motora. muscular que ocorre logo após a morte
(Rigor Mortis)
Continua no Sarcolema – passa para o tubo T
– vai para o Retículo sarcoplasmático, onde
Placa Motora
ocorre a liberação do cálcio que se liga a
Troponina C mudando a configuração espacial Junção onde o nervo perde a bainha de
das 3 subunidades de troponina. mielina e se projeta para dentro da fibra.

Fibra Muscular + Fibra Nervosa =


Unidade Motora.
L E T Í C Í A T I M B Ó 70
Apostila de Histologia

Produção de energia musculares (miopatias) nas biópsias de tecido


muscular.
A célula muscular esquelética é adaptada para
a produção de trabalho mecânico intenso e Inervação
descontínuo, necessitando de depósitos de
Contração das fibras musculares esquelética é
compostos ricos em energia.
comandada por Nervos motores, onde cada
A energia é acumulada em ATP e nervo origina diversos ramos.
fosfocreatina – ambos compostos ricos em
No local de contato com a fibra muscular, o
energia nas ligações fosfato, e são
ramo final do nervo perde sua bainha de
armazenados na célula muscular.
mielina e forma uma dilatação que se coloca
Existe também a energia dos depósitos dentro de uma depressão da superfície da
sarcoplasmáticos de glicogênio. fibra muscular – essa estrutura chamasse de
Placa motora ou Junção Mioneural.
O tecido muscular obtém energia para formar
ATP e fosfocreatina, a partir dos Ácidos Uma fibra nervosa pode inervar uma única
graxos e da Glicose. fibra muscular ou então ramificar-se e inervar
até 160 ou mais fibras.
As fibras musculares esqueléticas podem ser
classificadas em 2 tipos: A fibra nervosa e as fibras musculares por ela
inervadas formam uma – Unidade motora.
Fibras Tipo I – lentas
As variações na força de contração do
Ricas em sarcoplasma e proteínas
músculo são devido as variações no número
(mioglobulinas).
de fibras que se contraem num determinado
Possuem cor vermelho-escuro e fazem momento.
contrações contínuas
Fusos Neuros Musculares
Sua energia é obtida de ácidos graxos que
Todos os músculos estriados esqueléticos
são metabolizados nas mitocôndrias.
contêm receptores que captam modificações
Fibras Tipo II – rápidas no próprio músculo – são os Fusos
Musculares.
Contêm poucas mioglobinas.
Essas estruturas são constituídas por uma
Possuem a cor vermelho-claro e fazem cápsula de tecido conjuntivo que delimita um
contrações descontínuas. espaço contendo fluido e fibras musculares
Subdividida em A-B-C (a C é a mais rápida) modificadas – as Fibras Intrafusais.

OBS: esta classificação das fibras musculares é Participa do mecanismo de Postura e


importante para a caracterização das doenças Coordenação motora.
L E T Í C Í A T I M B Ó 71
Apostila de Histologia

aparecem em intervalos irregulares ao longo


Músculo Estriado Cardíaco da célula.

Discos Intercalares

São estruturas encontradas apenas na


musculatura cardíaca e aumentam a adesão
entre as fibras cardíacas. – nesses discos
Formado por células alongadas e ramificadas encontram-se 3 especializações:
que se unem por intermédio dos
 Zônula de adesão – servem para
Discos Intercalares
ancorar os filamentos de actina dos
(exclusivo desse músculo).
sarcômeros terminais.
 Fibras alongadas e anastomosadas  Desmossomos – unem as células
(ficam afastadas das outras) musculares cardíacas, impedindo que
 Estriações transversais elas se separem durante a atividade
 Possui 1 ou 2 núcleos centrais contrátil.
 Contração rítmica e vigorosa  Junções comunicantes. – responsáveis
 Controle involuntário (possui um pela continuidade iônica entre células
sistema próprio de auto-estimulação). musculares vizinhas.
 São circundadas por uma delicada
bainha de tecido conjuntivo.
 Numerosas mitocôndrias
Diferenças
(intenso metabolismo aeróbio). Mús. Esquelético e Cardíaco
 Apresentam grânulos secretores
(+ abundantes nas células do átrio  O sistema T e o retículo
esquerdo) sarcoplasmático não são bem
organizados como no Músculo
OBS: Os grânulos contêm a molécula Esquelético.
precursora do hormônio ou peptídeo atrial  Na musculatura dos ventrículos os
natriurético – que atua nos rins aumentando a túbulos T são maiores do que no
eliminação de sódio (natriurese) e água Mús. esquelético.
(diurese) pela urina.  Os túbulos T cardíacos se localizam
OBS: característica na altura da Banda Z e não na
exclusiva do Músculo junção das Bandas A e I.
Cardíaco – presença  No músculo cardíaco existe apenas
de linhas transversais uma expansão de túbulo T por
fortemente coráveis sarcômero e não duas.
que  O retículo sarcoplasmático do Mús.
cardíaco não é tão desenvolvido.
L E T Í C Í A T I M B Ó 72
Apostila de Histologia

OBS: As triadas não são frequentes no O sarcolema dessas células apresenta grande
cardíaco, pois os túbulos T associam-se quantidade de depressões – Cavéolas
apenas a uma cisterna lateral do reticulo
Essas cavéolas
sarcoplasmático. No Músculo Cardíaco temos
contêm íons Ca²
as Díades – constituídas por um túbulo T e
que são utilizados
uma cisterna do RS.
para iniciar a
contração.
Músculo Liso
As células
musculares lisas
apresentam
também os
Corpos densos –
estruturas densas que tem importante papel
Formado por aglomerados de células na contração das células musculares lisas.
fusiformes e longas
O mecanismo de contração do músculo liso é
 Possui 1 núcleo alongado e central diferente do observado nos músculos
 NÃO possuem estriações transversais estriados esquelético e cardíaco.
 Contração lenta e fraca Contração do Músculo Liso
 Controle involuntário
 Ao redor do músculo liso existe:  Existem no sarcoplasma das células
Fibras Reticulares musculares lisas filamentos de actina
 É capaz de sintetizar Glicocálix estabilizados pela combinação com
tropomiosina
Encontrado: nas vísceras e na camada média  NÃO existem sarcômeros nem troponina.
dos vasos sanguíneos  Os filamentos de miosina só se formam
OBS: aumentam em número (hiperplasia) e no momento de contração.
tamanho (hipertrofia).  Essas células musculares contêm Miosina
I , cujas moléculas se conservam enroladas,
As células musculares lisas são revestidas por exceto quando combinada com um radical
lâmina basal e mantidas juntas por uma rede fosfato. (nos outros tecidos musculares a
muito delicada de fibras reticulares. miosina é do tipo I).
Essas fibras reticulares amarram as células Início da contração
musculares umas ás outras, de tal maneira
que a contração de apenas algumas se Sob estimulo do SNA os íons Ca² migram das
transforma na contração do músculo intero. cavéolas, do meio extracelular, para o
sarcoplasma. (NÃO possui Retículo
sarcoplasmático)
L E T Í C Í A T I M B Ó 73
Apostila de Histologia

O impulso nervoso enviado chega através da OBS: O grau de controle do SNA sobre os
Vesícula de Pinocitose (NÃO possui Placa músculos lisos é muito variável.
motora) – por isso a contração é lenta.
OBS: A contração só ocorre se a actina e a
Os íons Ca² se combinam com as moléculas miosina estiverem fosforiladas.
de calmodulina. (NÃO possui troponina, mas
possui Calmodulina que se liga ao cálcio).
Músculo Liso
E por sua vez o Complexo calmodulina-Ca²
ativa a enzima Cinase da cadeia leve da  NÃO possui Retículo
Miosina II. Sarcoplasmático.
 NÃO possui Troponina.
Essa enzima ativada fosforila as moléculas de  NÃO possui Placa
miosina II – uma vez fosforiladas, essas Motora.
moléculas se distendem tomando a forma
filamentosa e deixando descobertos os sítios
que têm atividade de ATPAse, e se Fibra + Fibra
combinam com a actina. = Feixes
= MÚSCULO
Por sua vez, esta combinação libera energia
do ATP, que promove a deformação da
cabeça da molécula de miosina II e o
Regeneração do Tecido
deslizamento dos filamentos de actina e de Muscular
miosina II uns sobre os outros.
Os 3 tipos de tecidos exibem diferenças na
Essas proteínas (actina e miosina II) estão
capacidade regenerativa.
ligadas a filamentos intermediários de Desmina
e de Vimentina – que se prendem aos corpos Músculo Esquelético
densos da membrana, provocando a
Pequena capacidade de regeneração.
contração da célula como um todo.
As Células Satélites são as responsáveis por
Ativação da Cinase da cadeia da miosina II:
essa capacidade
 Pelo aumento sarcoplasmático de Após uma lesão, as células satélites tornam-se
AMP-cíclico. ativas, proliferam por divisão mitótica e se
 Os hormônios sexuais fundem umas com as outras para formar
(Estrogênio e Progesterona) novas fibras musculares esqueléticas.
OBS: a célula muscular lisa, além de sua OBS: elas também entram em mitose quando
capacidade contrátil, também sintetiza o o músculo é submetido a exercícios =
colágeno do tipo III, fibras elásticas e contribuem para hipertrofia
proteoglicanos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 74
Apostila de Histologia

Músculo Cardíaco Corpúsculo tendíneo de Golgi


NÃO se regenera
São feixes de fibras colágenas encapsuladas,
Nas lesões como infartos, as partes destruídas onde penetram fibras nervosas sensoriais, que
são invadidas por fibroblastos que produzem respondem a diferenças tensoriais exercidas
fibras colágenas – formando uma cicatriz de pelo músculo sobre os Tendões.
tecido conjuntivo denso.
Essas informações são transmitidas ao SNC e
Músculo Liso participam do controle das forças necessárias
aos diversos movimentos.
Regeneração mais eficiente.

Após lesões, as células musculares lisas que Retículo Sarcoplasmático


permanecem viáveis entram em mitose e
O Retículo Sarcoplasmático armazena e regula
raparam o tecido destruído.
o fluxo de íon Ca².
Na regeneração do tecido muscular liso da
Ele é uma rede de cisternas do REL, que
parede dos vasos sanguíneos há a
envolve grupos de miofilamentos, separando-
participação dos Pericitos – se multiplicam por
os em feixes cilíndricos.
mitose e originam novas células musculares
lisas Quando a membrana do RS é despolarizada
pelo estímulo nervoso, os canais de Ca² se
Membrana Plasmática – SARCOLEMA abrem, e esses íons, que estavam depositados
nas cisternas do retículo, difundem-se
Citoplasma – SARCOPLASMA
passivamente (sem gasto de energia), para
Retículo endo liso – RETÍCULO atuar sobre a Troponina, possibilitando a
SARCOPLASMÁTICO formação de pontes entre a actina e miosina.
Mitocôndrias – SARCOSOMA Quando cessa a despolarização, a membrana
do RS, por processo ativo (com gasto de
Célula – FIBRA MUSCULAR
energia) transfere Ca² para dentro das
cisternas, o que interrompe a atividade
Sarcoplasma contrátil.

Dentro do sarcoplasma de cada fibra existe as Essa despolarização da membrana do RS inicia


na Placa motora – uma junção mioneural
Miofibrilas – são formadas por um conjunto
situada na superfície da fibra muscular.
de Sarcômeros.

No interior de cada sarcômero ocorre o O Sistema de túbulos transversais ou sistema


mecanismos de Contração.. T são responsáveis pela contração uniforme
de cada fibra muscular esquelética – esse
sistema é constituído por uma rede de
L E T Í C Í A T I M B Ó 75
Apostila de Histologia

invaginações tubulares da membrana A variação no diâmetro das fibras


plasmática da fibra muscular, cujos ramos vão musculares esqueléticas depende de vários
envolver as junções das bandas A e I de cada fatores, como = o músculo, a idade, o sexo,
sarcômero. estado de nutrição e treinamento físico.
Do lado de cada Túbulo T existe uma cisterna O aumento da musculatura devido ao
terminal do RS., esse complexo é conhecido exercício é consequência da formação de
como – Tríade. novas Miofibrilas.
Na Tríada, a despolarização dos Túbulos T é Esse aumento de volume das células chama-
transmitida ao RS. se Hipertrofia.

Já o aumento no número de células chama-


Miastenia se Hiperplasia.
Doença autoimune onde a atividade muscular OBS: hiperplasia é comum em outros
está comprometida, gerando fraqueza tecidos, mas não nos músculos esquelético e
muscular. cardíaco.
Deve-se a uma redução da eficiência dos
receptores para Acetilcolina localizados no
sarcoplasma das junções mioneurais
(Placas Motoras).
L E T Í C Í A T I M B Ó 76
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 77
Apostila de Histologia

O Sistema Circulatório abrange o Sistema


vascular sanguíneo e o Sistema vascular
Os Capilares são compostos de uma única
linfático.
camada de células endoteliais que se enrolam
O Sistema Sanguíneo abrange: em forma de tubo.

 Coração Quando cortados transversalmente, a parede


 Artérias dos capilares é formada por 1-3 células – estas
 Vasos capilares células repousam em uma lâmina basal cujos
 Veias componentes moleculares são produzidos
pelas próprias células endoteliais.
A superfície interna de
todos os vasos
sanguíneos e linfáticos é Células Endoteliais
revestida por uma única
camada de Epitélio  São poligonais.
Pavimentoso, originado  Núcleo projetado para dentro da luz do
do Mesênquima, capilar
denominado de  Citoplasma com poucas organelas –
endotélio. representado por um Aparelho de golgi
+ mitocôndrias + polirribossomos.
O Sistema circulatório é dividido em:
 Prendem-se lateralmente umas às outras,
 Vasos da MACROcirculação através de zônulas de oclusão.
(grandes artérias – artérias musculares
e elásticas – veias musculares).
 Vasos da MICROcirculação.
(arteríolas – capilares – vênulas).

OBS: os vasos da MICROcirculação são


importantes nos processos de intercâmbio
entre o sangue e os tecidos circunvizinhos,
tanto em condições normais como em
processos inflamatórios.
L E T Í C Í A T I M B Ó 78
Apostila de Histologia

Capilares Sanguíneos
OBS: as Zônulas de Oclusão desempenham
um papel importante na fisiologia do Sistema São agrupados em 2 grupos, que depende da
Circulatório. – essas junções apresentam continuidade da camada endotelial e da lâmina
permeabilidade variável a MACROmoléculas, basal
de acordo com o tipo de vaso sanguíneo
considerado e desempenham um papel
fisiológico tanto em condições normais como Capilar Contínuo ou Somático
em patológicas..
Não possuem fenestras em sua parede.
Pericitos
É encontrado em todos os tipos de tecido
São células de origem mesenquimal, dotadas muscular + tecido conjuntivo + glândulas
de processos citoplasmáticos que envolvem exócrinas + tecido nervoso.
porções de células endoteliais e que estão
distribuídas em vários locais ao longo dos Vesículas de pinocitose estão presentes em
capilares e vênulas. ambas as superfícies, apical e basal, das
células edoteliais (exceto no Sistema
Esses pericitos são envolvidos por uma lâmina nervoso) – são responsáveis pelo transporte
basal própria que se funde com a lâmina das de MACROmoléculas em ambas as direções,
células endoteliais. apical e basal, das células endoteliais.
A presença de miosina + actina +
tropomiosina nos pericitos sugere fortemente
que estas células tenham uma função contrátil.

Além disso, os pericitos participam do Capilar Fenestrado ou Visceral


processo de Reparação dos tecidos – após a
ocorrência de danos nos tecidos, os pericitos Possui grandes fenestrações nas paredes das
células endoteliais – onde são obstruídas por
se diferenciam para formar novos vasos
sanguíneos e novas células do tecido um diafragma.

A lâmina basal dos vasos capilares


fenestrados é contínua.

São encontrados em tecidos onde acontece


intercâmbio rápido de substancias entre os
tecidos e o sangue – rim, intestino, glândulas
endócrinas.
conjuntivo. As MACROmoléculas podem cruzar a
parede capilar por essas fenestras e entrar
nos espaços intersticiais.
L E T Í C Í A T I M B Ó 79
Apostila de Histologia

A contração do músculo liso dessas


Capilar fenestrado sem Diafragma metarteríolas ajuda a regular a circulação
capilar – em situações em que NÃO seja
Na altura das fenestras – o sangue só está
necessário que o fluxo sanguíneo ocorra
separado dos tecidos por uma lâmina basal
através de toda a rede capilar.
muito espessa e continua.
Em alguns tecidos, existem anastomoses
Encontrando no Glomérulo renal.
arteriovenosas – que possibilitam que
arteríolas se esvaziem diretamente em
vênulas – este é um mecanismo adicional que
Capilar Sinusóide contribui para a regulação da circulação dos
capilares.
Possui um caminho tortuoso bem maior que
o dos demais capilares. OBS: essas interconexões são abundantes no
músculo esquelético e na pele das mãos e
Suas células endoteliais formam uma camada pés.
descontínua e são separadas por espaços
amplos.  Quando os vasos de uma anastomose
arteriovenosa contraem – todo o
O citoplasma das células endoteliais exibe sangue é forçado a atravessar a rede
fenestrações múltiplas desprovidas de capilar.
diafragma.  Quando os vasos de uma anastomose
Presença de macrófagos entre as células arteriovenosa relaxam – um pouco de
endoteliais. sangue flui diretamente para uma veia
em vez de circular nos vasos capilares.

OBS: Os vasos capilares sinusóides são A contração dos capilares é controlada por
encontrados no Fígado e em órgãos excitação neural e hormonal.
hemocitopoéticos (medula óssea e baço) – a A riqueza de vasos da rede capilar está
estrutura da parede destes vasos facilita o relacionada com a atividade metabólica dos
intercâmbio entre sangue e os tecidos. tecidos. – tecidos com taxas metabólicas altas,
Os capilares se anastomosam livremente – possuem uma rede abundante.
formando uma rede ampla que interconecta OBS: oque faz com que o fluxo sanguíneo
as pequenas artérias com as veias. dos capilares seja lento, é o pequeno
As arteríolas se ramificam em vasos pequenos diâmetro deles.
que são envoltos por uma camada O fluxo lento de sangue e a delgada parede
descontínua de músculo liso – a Metarteríola, dos capilares tornam estes vasos um local
as quais terminam formando os capilares. favorável para trocas de água, solutos e
L E T Í C Í A T I M B Ó 80
Apostila de Histologia

MACROmoléculas entre o sangue e os  Produção de fatores vasoativos que


tecidos. influenciam o tônus vascular (como as
endotelinas).
Os vasos capilares são chamados de –
 Fatores de crescimento como VEGFs
Vasos de troca., pois é nestes locais que são
– tem papel na formação do sistema
transferidos oxigênio, gás carbônico, substrato
vascular durante o desenvolvimento
e metabólicos do sangue para os tecidos e
embrionário, na regulação do
dos tecidos para sangue.
crescimento capilar e na manutenção
O mecanismo de intercâmbio de materiais da normalidade da vascularização.
entre o sangue e os tecidos depende:

 Do tipo de molécula a ser transportada Anastomoses Arteriovenosas


 Das características estruturas São comunicação diretas entre arteríolas e
 Do arranjo das células endoteliais vênulas.
presentes em cada tipo de capilar.
Participam da regulação do fluxo sanguíneo
Moléculas hidrofóbicas e hidrofílicas (oxigênio, em certas regiões do corpo.
gás carbônico e glicose) podem se difundir ou
serem transportados ativamente pela O diâmetro da luz dos vasos da
membrana plasmática das células endoteliais anastomose varia com a condição fisiológica
dos capilares. – transporte por difusão através do órgão – quando ocorrem mudanças
do citoplasma das células endoteliais para a nesse diâmetro acarreta na regulação:
superfície oposta.
 Da pressão sanguínea
Água e algumas substancias hidrofílicas podem  Do fluxo
cruzar a parede capilar difundindo-se através  Da temperatura
das Junções Intercelulares.  Da conservação de calor em
determinadas áreas do corpo.
Além do papel nas trocas entre o sangue e
os tecidos, as células endoteliais executam Além das conexões diretas, existe também
outras funções: o glomus – se localiza nas pontas dos
dedos, no leito das unhas e nas orelhas.
 Conversão da angiotensina 1 para
angiotensina 11 Quando a arteríola penetra na cápsula de
 Conversão de bradicinina, serotonina, tecido conjuntivo do glomus, ela perde a
prostaglandinas, norepinefrina, trombina membrana elástica interna e desenvolve
em compostos biologicamente inertes. uma parede muscular espessa e luz
 Lipólise de lipoproteínas por enzimas estreita.
localizadas na superfície das células
Todas as anastomoses arteriovenosas são
endoteliais, para transformá-las em
inervadas por terminações nervosas
triglicerídeos e colesterol.
simpáticas e parassimpáticas.
L E T Í C Í A T I M B Ó 81
Apostila de Histologia

Entre as células musculares lisas existem fibras


Vasos Sanguíneos e lamelas elásticas + fibras reticulares +
proteoglicanos + glicoproteínas.

As células musculares lisas são as


responsáveis pela produção destas moléculas
da matriz extracelular.

Em artérias, a túnica média possui uma –


Lâmina elástica externa que separa esta da
túnica adventícia.

Túnica Adventícia

Consiste em colágeno do tipo I + fibras


elásticas.

Essa camada torna-se continua com o tecido


conjuntivo do órgão pelo qual o vaso
sanguíneo está passando.
São compostos por 3 túnicas

Túnica Íntima Vasa Vasorum


Apresenta uma camada de células endoteliais
É encontrado em vasos grandes.
apoiada em uma camada de tecido conjuntivo
frouxo – camada subendotelial São arteríolas, capilares e vênulas que se
(contêm células musculares lisas). ramificam profusamente na adventícia e na
porção externa da média.
Em artérias, a túnica íntima está separada da
média por uma – Lâmina elástica interna. A vasa vasorum proveem a adventícia e a
média de metabólicos.
Esta lâmina é composta por elastina e possui
aberturas que permitem a difusão de OBS: são mais frequentes em veias que
substâncias para nutrir células situadas em artérias.
profundamente.
Em artérias intermediárias e grandes – a
Túnica Média íntima e a região mais interna da média são
destituídas de vasa vasorum. – essas
É constituída por camadas concêntricas de
camadas recebem oxigênio e nutrição por
células musculares lisas organizadas
difusão do sangue que circula na luz do
helicoidalmente.
vaso.
L E T Í C Í A T I M B Ó 82
Apostila de Histologia

Inervação
Corpos Carotídeos
A maioria dos vasos sanguíneos que contêm
músculo liso nas suas paredes é provida por São pequenos quimiorreceptores sensíveis
uma rede profusa de fibras NÃO mielínicas da à concentração de dióxido de carbono e
inervação simpática – Nervos Vasomotores, oxigênio no sangue.
cujo seu neurotransmissor é a norepinefrina.
Encontrados próximo na bifurcação da
As terminações nervosas eferentes NÃO artéria carótida comum.
penetram na túnica média das artérias, então
o neurotransmissor difundi-se a distância para É irrigado por vasos capilares fenestrados
poder afetas as células musculares lisas da que envolvem as células do tipo:
túnica media. – eles atuam abrindo espaços  I (contêm vesículas e armazenam
entre as junções intercelulares das células dopamina, serotonina e adrenalina)
musculares lisas da média.
 II (suporte)
Já nas veias, as terminações nervosas
Os corpos carotídeos são sensíveis à baixa
alcançam as túnicas adventícia e média.
tensão de oxigênio, à alta concentração de
As terminações nervosas aferentes das gás carbônico e ao baixo pH do sangue
artérias incluem os: arterial.

 Barorreceptores
 Seio carotídeo
 Arco da aorta
 Quimiorreceptores da carótida Seio Carotídeo
 Corpos aórticos. São pequenas dilatações das artérias
carótidas internas.
Arteríolas
Eles contêm barorreceptores que
A camada subendotelial delas é muito delgada. detectam variações na pressão sanguínea
e transmitem esta informação ao SNC.
Arteríolas muito pequenas
Nos seios carotídeos:
 Ausência de lâmina elástica interna
 A camada média é composta de 1 ou 2  Camada média da artéria é mais delgada
camadas de células musculares lisas e responde a mudanças na pressão
 NÃO apresentam nenhuma lâmina sanguínea.
elástica externa.  Camada íntima e adventícia são muito
ricas em terminações nervosas.
Continua-se com as arteríolas e encontram as
pequenas artérias
L E T Í C Í A T I M B Ó 83
Apostila de Histologia

Pequenas artérias
Grandes Artérias Elásticas
 Túnica média mais desenvolvida
Contribuem para estabilização do fluxo
 Luz mais ampla.
sanguíneo.
OBS: nas arteríolas e nas pequenas artérias a
Nessas artérias estão inclusas a:
túnica adventícia é muito delgada.
Aorta + seus grandes ramos.
Artérias Médias (Musculares) OBS: Possuem uma cor amarela – decorrente
do acúmulo de elastina na túnica média.
Túnica Íntima
Túnica Íntima
Possuía uma camada subendotelial um pouco
mais espessa que as das arteríolas. Rica em fibras elásticas, e mais espessa que a
túnica de uma artéria muscular.
Sua Lâmina Elástica Interna (componente +
externo da íntima) é proeminente. Túnica Média

Túnica Média Consiste em uma série de lâminas elásticas


perfuradas, concentricamente organizadas,
Contem até 40 camadas de células cujo número aumenta com a idade.
musculares lisas.
Entre essas lâminas situam-se: células
Estas células musculares são enroladas por um musculares lisas + fibras de colágeno +
numero variado de lamelas elásticas + fibras proteoglicanos + glicoproteínas.
reticulares + proteoglicanos.
Essas lâminas contribuem para tornar o fluxo
OBS: a Lâmina elástica externa (ultimo de sangue uniforme.
componente da túnica média) só está
presente nas artérias musculares maiores. Túnica Adventícia

OBS: as artérias musculares podem controlar Pouco desenvolvida.


o fluxo de sangue para os vários órgãos
contraindo ou relaxando as células musculares Vênulas Pós-capilares e
lisas de sua túnica média.
Capilares
Túnica Adventícia
Participam das trocas entre o sangue e os
Consiste em tecido conjuntivo frouxo – além tecidos.
de vasos capilares linfáticos + vasa vasorum +
nervos da adventícia. Túnica Íntima

É composta de endotélio e de uma camada


subendotelial delgada.
L E T Í C Í A T I M B Ó 84
Apostila de Histologia

A maioria das vênulas é do tipo muscular, As grandes veias possuem uma túnica íntima
possuindo pelo menos algumas células bem desenvolvida, mas a média é muito fina –
musculares lisas na sua parede. com poucas camadas de células musculares
lisas e abundante tecido conjuntivo.
As vênulas influenciam o fluxo de sangue nas
arteríolas através da produção e secreção de Normalmente, as grandes veias possuem
substâncias vasoativas difusíveis válvulas no seu interior – essas válvulas
consistem em dobras da túnica íntima, em
Túnica Média
forma de meia-lua, que se projetam no
Pode conter apenas células pericíticas interior da luz.
contráteis – essas vênulas são chamadas de
As válvulas são compostas de tecido
Vênulas pós-capilares ou Vênulas pericíticas.
conjuntivo rico em fibras elásticas e são
OBS: Vênulas pós-capilares participam de revestidas em ambos os lados por endotélio.
processos inflamatórios e trocas de moléculas
entre o sangue e os tecidos. Coração
Veias
A maioria das veias são de pequeno ou médio
diâmetro.

Túnica Íntima

Possui uma camada subendotelial fina que


pode estar ausente.

Túnica Média

Consiste em pacotes de pequenas células O coração é um órgão muscular que se


musculares lisas enroladas com fibras contrai ritmicamente, enquanto bombeia o
reticulares e uma rede delicada de fibras sangue pelo sistema circulatório, além disso, é
elásticas. responsável pela produção do hormônio
Natriurético atrial.
Túnica Adventícia
Suas paredes são constituídas de 3 túnicas:
É bem desenvolvia e rica em colágeno.

OBS: nas veias, a camada adventícia é a


mais espessa e bem desenvolvida das
túnicas.
L E T Í C Í A T I M B Ó 85
Apostila de Histologia

 Interna ou Endocárdio O epicárdio corresponde ao folheto visceral


 Média ou Miocárdio do Pericárdio – membrana serosa que
 Externa ou Pericárdio. envolve o coração.

A região central (fibrosa) do coração é Entre o folheto visceral do pericárdio e o


chamada de Esqueleto fibroso e serve como folheto parietal existe um fluido que facilita os
ponto de apoio para as válvulas, além de ser movimentos cardíacos.
também o local de origem e inserção das Esqueleto cardíaco
células musculares cardíacas.
É composto de tecido conjuntivo denso.
Miocárdio Seus componentes são:
 Septo membranoso
É a mais espessa das túnicas do coração e
 Trígono fibrosos
consiste em células musculares cardíacas.
 Ânulo fibroso
O arranjo destas células musculares é
variado, de modo que mesmo em um corte Estas estruturas são formadas por um tecido
histológicos são vistas células orientadas em conjuntivo denso + fibras colágenas.
várias direções. OBS: Nódulos de cartilagem fibrosa são
encontrados em certas regiões desse
esqueleto.
Endocárdio Válvulas cardíacas
É constituído por endotélio que repousa Consistem em um arcabouço central de
sobre uma camada subendotelial de tecido tecido conjuntivo denso, contendo
conjuntivo frouxo que contém fibras colágeno + fibras elásticas.
elásticas e colagens.
É revestido em ambos os lados por uma
Camada Subendocardial – conecta o camada de endotélio.
miocárdio à camada subendotelial.
O coração possui um Sistema Próprio para
Essa camada possui: veias + nervos + gerar um estímulo que é espalhado por todo
ramos do sistema de condução do impulso o miocárdio – esse sistema é constituído por
do coração (células de Purkinje). 2 nodos e um feixe:

 Nodo Sinoatrial
O coração é coberto externamente por –  Nodo Atrioventricular
Epitélio Pavimentoso Simples (Mesotélio) que  Feixe Atrioventricular.
se apoia na camada de tecido conjuntivo que
constitui o Epicárdio.
L E T Í C Í A T I M B Ó 86
Apostila de Histologia

As células do sistema gerador e condutor do


impulso estão conectadas através de Junções
Feixe Atrioventricular
Comunicantes.  Origina-se do Nodo Atrioventricular.
 Inicialmente é formado por células
semelhantes a do nodo, porém, mais
distalmente., estas células tornam-se
maiores e adquirem uma forma
característica – Fibras de Purkinje.
 Fibras de Purkinje – possuem 1 ou 2
núcleos centrais + citoplasma rico em
mitocôndrias e glicogênio.
 Miofibrilas escassas e restritas à
periferia do citoplasma.

Após um trajeto no tecido subendocárdico,


os ramos desse feixe se subdividem e
penetram na espessura do ventrículo –
tornando-se Intramiocárdios.

Nodo Sinoatrial Esse arranjo é importante, pois permite


que o estímulo penetre nas camadas mais
 Massa de células musculares cardíacas internas da musculatura do ventrículo.
especializadas.
 Células fusiformes e menores do que as
células musculares do átrio. Inervação do Coração
 Possuem pouca quantidade de miofibrilas.
Ramos simpático e parassimpático.

Células nervosas ganglionares e fibras


nervosas estão presentes nas regiões
Nodo Atrioventricular proximais aos nodos sinoatrial e atrioventricular.

Embora esses nervos não afetem a geração


Semelhante ao nodo sinoatrial
do batimento cardíaco (processo atribuído ao
Porém, suas células ramificam-se emitindo nodo sinoatrial – marcapasso), eles afetam o
projeções citoplasmáticas em várias direções ritmo do coração durante várias situações
– formando uma rede. (exercícios, emoções).

 Estimulação do Parassimpático –
diminui os batimentos cardíacos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 87
Apostila de Histologia

 Estimulação do Simpático – aumenta  Ducto Linfático direito (desemboca na


os batimentos cardíacos.. confluência das veias subclávias e
jugulares internas direitas)
Sistema Vascular Linfático Ao longo do trajeto, os vasos linfáticos
Função do Sistema Linfático – é retornar ao atravessam os linfonodos.
sangue o fluido dos Os vasos linfáticos são encontrados na maioria
espaços intersticiais. Ao dos órgãos, com raras exceções, tais como o
entrar nos vasos Sistema nervoso central e a Medula óssea.
capilares linfáticos, esse
fluido contribui para a Esses vasos tem uma estrutura semelhante à
formação da parte líquida das veias – a não ser pelas paredes mais finas
da linfa + contribui para a e por não apresentarem uma separação clara
circulação de linfócitos e entre as túnicas (íntima, média, adventícia).
outros fatores Eles também possuem um maior número de
imunológicos que valvular no seu interior.
penetram nos vasos Nas porções entre as válvulas, os vasos
linfáticos quando estes linfáticos apresentam-se dilatados e exibem
atravessam os órgãos um aspecto nodular ou em colar de contas.
linfoides.
A circulação linfática é ajudada pela ação de
Linfa – é o fluido dos espaços intersticiais que forças externas sobre suas paredes – a
retorna para o sangue. (esse fluido circula contração rítmica da musculatura lisa da
somente na direção do coração) parede dos vasos linfáticos maiores
Capilares linfáticos – originam-se nos Estas forças associadas à grande quantidade
diferentes tecidos como vasos finos e sem de válvulas – impulsionam a linfa em um fluxo
aberturas terminais, que consistem em uma unidirecional.
única camada de endotélio e uma lâmina basal
incompleta. A estrutura dos grandes Ductos linfáticos
(Torácico e Torácico direito) é semelhante à
Esses capilares são mantidos abertos através das veias, exibindo uma camada média
de numerosas microfibrilas elásticas. reforçada por músculo liso. Estes feixes
Os finos vasos linfáticos convergem e musculares se organizam na direção
terminam em dois grandes troncos: longitudinal e circular, com predominância de
fibras longitudinais. A adventícia é
 Ducto Torácico (desemboca na junção relativamente pouco desenvolvida. Como as
da Veia Jugular Interna com a Veia artérias e veias, os ductos linfáticos de grande
Subclávia esquerda) porte também contêm Vasa Vasorum e uma
rica rede neural
L E T Í C Í A T I M B Ó 88
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 89
Apostila de Histologia

O sangue está contido em um compartimento Plasma


fechado que o mantém em movimento
regular e unidirecional, devido essencialmente É uma solução aquosa contendo pequenos
ás contrações rítmicas do coração. componentes de elevado peso molecular.

Volume total de sangue = 7% do peso  Proteínas plasmáticas = 7%


corporal (cerca de  Sais inorgânicos = 0,9%
5 litros)  Compostos orgânicos (aminoácidos,
vitaminas, hormonios e glicose).
O sangue é
constituído por: OBS: A composição do plasma é um
indicador da composição do líquido
 Glóbulos
extracelular em virtude do equilíbrio que
sanguíneos
existe entre as proteínas de baixo peso
(vermelhos,
molecular do plasma com o liquido
brancos e
intersticial dos tecidos.
plaquetas).
 Plasma As principais proteínas do plasma são:

Funções do Sangue  Albuminas


 Alfa, Beta e Gamaglobulinas
Meio de Transporte:
 Lipoproteinas
 O² liga-se à hemoglobina  Protrombina e Fibrinogênio
 CO² liga-se à hemoglobina ou dissolve- (participam da coagulação do sangue).
se no plasma
 Transporta os leucócitos por todo o As albuminas (sintetizadas no fígado) são
corpo fundamentais na manutenção da pressão
osmótica do sangue.
 Transporta nutrientes, metabólicos e
hormônios.

É regulador da distribuição de calor, do Gamaglobulinas ou Imunoglobulinas são


equilíbrio acidobásico e osmótico dos tecidos. anticorpos
L E T Í C Í A T I M B Ó 90
Apostila de Histologia

As lipoproteinas são um conjunto de


proteínas e lipídios que tem o objetivo de
otimizar o transporte de lipídios para o
São flexíveis – passam por capilares finos,
plasma.
onde sofrem deformações temporárias, mas
não se
O Sistema de Coagulação, além das plaquetas, rompem.
engloba pelo menos 16 proteínas plasmáticas
Sua forma
e algumas enzimas envolvidas na formação do
é mantida
coágulo.
por
Células do Sangue proteínas
estruturas
que ligam o
citoesquelet
o à membrana da hemácia.

Anormalidades nessas proteínas estruturas


podem levar à formação de eritrócitos
deformados.

Concentração Normal
Eritrócitos ou Hemácias
 Na mulher – 4 a 5,4 milhões por

 São anucleadas microlitro


 No homem – 4 a 6 milhões por mm³
 Possui GRANDE quantidade de
hemoglobina
 Em condições normais não saem da Durante a maturação na medula óssea, o
circulação eritrócito perde o núcleo e as outras
 Tem forma de disco bicôncavo organelas, não podendo renovar suas
 São acidófilas – corando-se pela eosina. moléculas.
(ocorre pela presença da hemoglobina).
 Usam energia derivada da glicose. Em 120 dias, as enzimas já estão em nível
critico – o rendimento dos ciclos metabólicos
 Eritrócitos imaturos são chamados de –
geradores de energia é insuficiente e o
Reticulócitos.
corpúsculo é digerido pelos macrófagos
 Formam-se na medula óssea.

Sua forma bicôncava proporcional grande


superfície em relação ao volume – facilitando
as trocas de gases
L E T Í C Í A T I M B Ó 91
Apostila de Histologia

.
Hemoglobina
Leucócitos
É uma proteína conjugada com ferro
cujo molécula é formada por  Incolores
4 subunidades.  Possuem forma esférica
 Função de proteger o organismos contra
As hemoglobinas A1, A2 e F são infecções.
consideradas normais.  São produzidos na medula óssea ou em
Hemoglobina A1 representa 97% e a tecidos linfoides.
Hemoglobina A2, 2% da hemoglobina  Utilizam o sangue como meio de
do adulto normal. transporte para alcançar seu destino final,
os tecidos.
Hemoglobina F (fetal) – é característica
do feto – 100% do feto e 80% do Os leucócitos deixam os capilares e vênulas
recém nascido. por
Diapedese
Nos pulmões cada molécula de – passando
hemoglobina combina-se com 4 entre as
moléculas de O² (uma para cada Fe² células
da hemoglobina) – formando-se a Oxi- endoteliais
hemoglobina. para
Esta combinação é reversível, e o penetrar no
oxigênio transportado pela tecido
hemoglobina é transferido para os conjuntivo, onde muitos morrem por
tecidos, onde a pressão de O² é baixa. apoptose.

.A combinação da hemoglobina com o Quando o tecido é invadido por


CO² origina a – microorganismos os leucócitos são atraídos
Carbamino-hemoglobina. por – Quimiotaxia – aumentando a migração
destas células para o local de invasão.
Essa combinação também é reversível
quando o sangue chega aos pulmões. Concentração Normal
Mas a maior parte do CO² é
transportada, dos tecidos para os Adulto normal – 4.500 a 11.500 por
pulmões, dissolvida no plasma. microlitro de sangue.
L E T Í C Í A T I M B Ó 92
Apostila de Histologia

São classificados em 2 grupos:

Neutrófilos
São leucócitos Polimorfonucleares.

Núcleo formado por


2 a 5 lóbulos

Os lóbulos são
ligados por finas
Granulócitos pontes de cromatina.
 Tem núcleo de forma irregular Jovem – núcleo não segmentado –
 Apresentam grânulos específicos no Bastonete
citoplasma
Nas mulheres, seus núcleos
 Distinguem-se em 3 tipos: Neutrófilos –
apresentam um apêndice em forma
Eosinófilos – Basófilo.
de raquete que contém a cromatina
sexual.

Nos seus grânulos específicos, além de


Anemias possuir enzimas para o combate de
microorganismos
São caracterizadas pela baixa concentração também possui
de hemoglobina no sangue. componente para
reposição de
OBS: algumas vezes o número eritrócitos
membrana e
pode ser normal, mas cada um dele conter
auxiliam na proteção
pouca hemoglobina. Nesse caso, os eritrócitos
contra oxidação.
se coram mal – Anemia Hipocrômica.
É uma célula em estágio final de
As anemias podem ser causadas por:
diferenciação.
hemorragia, produção insuficiente de
eritrócitos pela medula óssea, produção de Possui poucos RER, ribossomos,
eritrócitos com pouca hemoglobina, deficiência Mitocôndrias e aparelho de golgi.
de ferro na alimentação e destruição
acelerada dos eritrócitos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 93
Apostila de Histologia

Eosinófilos Basófilos
Menos numerosos que os neutrófilos. Possuem núcleo volumoso com forma
1 a 3% do total de retorcida e irregular com aspecto de
leucócitos. letra “S”.

Tem o mesmo Seu citoplasma possui


tamanho dos grânulos maiores
neutrófilos. que os dos outros
granulócitos.
Núcleo bilobulado.
Constituem menos de
O RE, mitocôndrias e aparelho de golgi 2% dos leucócitos no sangue, sendo
são pouco desenvolvidos com assim difíceis de serem encontrados
presença de granulações ovoides. em esfregaços.
Paralelo ao eixo maior do grânulo Seus grânulos contém histamina +
encontra-se o – internum alongado fatores quimiotáticos para eosinófilos e
(elétron denso – mais escuro). neutrófilos + heparina.
A camada que envolve o internum é Sua membrana plasmática possui
menos densa e receptores para imunoglobulina E (IgE).
chama-se de
externum ou Liberam seus grânulos para o meio
matriz e é rica exterior, sob a
em proteína ação dos mesmos
catiônica e estímulos que
neurotoxinas. promovem a
expulsão dos
Essas proteínas são ribonucleases com grânulos dos
atividade antiviral – alem disso mastócitos.
promovem o aparecimento de poros
nas células alvo, induzem a
Agranulócitos
desgranulação de mastócitos e
basófilos e modula negativamente a  Tem núcleo de forma regular
atividade linfocitária.  Citoplasma sem grânulos específicos.
Os eosinófilos apresentam antígenos  Distinguem-se em 2 tipos: Linfócitos e
para os linfócitos. Monócitos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 94
Apostila de Histologia

Linfócitos Monócitos
Responsáveis pela defesa imunológica Possuem o núcleo ovoide em forma
do organismo. de rim e é mais claro do que os dos
linfócitos.
Reconhecem moléculas estranhas
presentes em Seu citoplasma é
diferentes agentes basófilo e contém
infecciosos, grânulos
combatendo-as azurófilos que
por meio de podem preencher
resposta humoral todo o citoplasma, conferindo-lhe uma
(imunoglobulinas) e resposta citotóxica coloração acinzentada.
mediada por células.
O citoplasma apresenta uma pequena
Possuem o formato de esfera. quantidade de polirribossomos e RER
pouco desenvolvido, há numerosas
Linfócito pequeno possui – núcleo
mitocôndrias e seu aparelho de golgi é
esférico aparecendo escuro, com
grande.
citoplasma muito escasso.
A superfície celular possui muitas
Apresenta citoplasma
microvilosidades e vesículas de
pobre em organelas
pinocitose.
contendo moderada
quantidade de Representam uma
ribossomos livres. fase na maturação
da célula
O tempo de sobrevivência dos
mononucleas
linfócitos é muito variável variando de
fagocitária originada
dias até anos.
na medula óssea, passa para o sangue
Podem ser divididos em 2 tipos: onde permanece só por alguns dias e,
Linfócitos B e T. atravessa por diapedese a parede dos
capilares e vênulas, penetra em alguns
Possuem capacidade de recirculação –
órgãos, transformando-se em
após adentrarem ao tecido conjuntivo
Macrófagos.
voltam para a corrente circulatória e
vice-versa.
L E T Í C Í A T I M B Ó 95
Apostila de Histologia

Além disso, apresenta grânulos delimitados por


Plaquetas membranas com a seguinte composição:
 São corpúsculos anucleados
 Possuem forma de disco Grânulos densos ou delta
 Derivados de células gigantes e poliploides
Armazenam ADP e ATP além de conter
da medula óssea os – Megacariócitos.
serotonina retirada do plasma.
 Permanecem no sangue por 10 dias.

Promovem a coagulação do sangue e auxiliam


a reparação da parede dos vasos sanguíneos, Grânulos alfa
evitando a perda de sangue.
Contém fibrinogênio e fator de
crescimento plaquetário, que estimula as
Concentração Normal
mitoses do músculo liso dos vasos e a
.
Adulto normal – 150.000 a 450.000 por cicatrização de feridas.
microlivro de sangue.

Grânulos lambda
Apresentam uma parte transparente azul-clara
o – Hialurômero – onde contém grânulos que São lisossomos carregados com as
constituem o – Cromômero. enzimas usuais dessas organelas.

O Hialurômero contém microfilamentos de


actina e moléculas de miosina responsáveis Participação das plaquetas na coagulação
pela formação de finos prolongamentos e pela
contração das plaquetas. 1º etapa

Apresentam também um sistema de canais – Agregação primária – a descontinuidade do


o Sistema Canalicular – que é aberto e se endotélio produzida por lesão vascular são
comunica com a invaginação da membrana seguidas por absorção de proteínas do plasma
plasmática da plaqueta.. sobre o colágeno adjacente.

Assim, o interior da plaqueta se comunica As plaquetas também aderem ao colágeno


livremente com sua superfície facilitando a formando um tampão plaquetário.
liberação de moléculas ativas armazenadas na
2º etapa
plaqueta.
Agregação secundária – as plaquetas do
A plaqueta possui uma camada rica em
tampão liberam ADP, que é um potente
glicoproteinas e glicosaminoglicanos –
indutor de agregação plaquetária, fazendo
responsável pela adesividade das plaquetas e
aumentar o número de plaquetas do tampão
que pode absorver diversos compostos
L E T Í C Í A T I M B Ó 96
Apostila de Histologia

3º etapa

Coagulação do sangue – durante a agregação


Anemia Falciforme
das plaquetas, fatores do plasma sanguíneo, Ocorre devido à mutação de um único
dos vasos lesados e das plaquetas promovem nucleotídeo no DNA do gene para a
a interação em cascata e cerca de 13 cadeia beta da hemoglobina.
proteínas plasmáticas – dando origem à fibrina.
A hemoglobina que se forma difere da
Essa fibrina forma uma rede fibrosa normal apenas pela presença de valina
tridimensional, que aprisiona eritrócitos, em vez de ácido glutâmico na posição
leucócitos e plaquetas. 6 das cadeias beta da hemoglobina.
Forma-se, assim, o coágulo sanguíneo mais No entanto, as consequências desta
consistente e firme que o tampão plaquetário. substituição são imensas.
4º etapa Os eritrócitos possuem forma
Retração do coágulo – inicialmente o coágulo falciforme não tem flexibilidade, é frágil
faz grande saliência para o interior do vaso, e tem vida curta. – o sangue se torna
mas logo se contrai – graças à ação da actina mais viscoso prejudicando o fluxo
+ miosina + ATP das plaquetas. sanguínea e levando os tecidos a uma
deficiência de oxigênio (Hipóxia).
5º etapa

Remoção do coágulo – protegida pelo


coágulo, a parede do vaso se restaura pela
formação de tecido novo.

O coágulo é removido pela enzima Plasmina,


formada pela ativação da proenzima
plasmática Plasminogênio pelos ativadores do
plasminogênio produzidos pelo endotélio.

Enzimas liberadas pelos lisossomos das


plaquetas também contribuem para a
remoção do coágulo.
L E T Í C Í A T I M B Ó 97
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 98
Apostila de Histologia

Fase Medular
Hemocitopoese, também chamada de
Hematopoese ou Hematopoiese. No segundo mês de vida intrauterina a
clavícula já começa a se ossificar e tem início
É o processo de renovação celular do sangue
a formação da medula óssea hematógena
por meio de divisões mitóticas, e ocorre nos
(vermelha) em seu interior.
órgãos hemocitopoéticos.
Na vida pós-natal, os eritrócitos, granulócitos,
OBS: As células do sangue são
linfócitos, monócitos e plaquetas se originam a
constantemente renovadas, pois possuem vida
partir de células-tronco da medula óssea
curta.
vermelha.
Fase Mesoblástica
Conforme o tipo de glóbulo formado, o
As primeiras células sanguíneas do embrião processo recebe os seguintes nomes:
surgem no Mesoderma do saco vitelínico
Eritropoese Produção das
É caracterizada pelo – desenvolvimento de Hemácias
eritroblastos primitivos. Granulocitopoese Produção dos
Granulócitos
Ocorre no – interior dos vasos sanguíneos Linfocitopoese Produção dos
em desenvolvimento. Linfócitos
Monocitopoese Produção dos
Fase Hepática Monócitos
Entre a 4º e 6º semana embrionária inicia-se Megacariocitopoese Produção das
Plaquetas.
a hemocipoese definitiva – com a migração
para o fígado fetal e o baço, órgãos que iram Essas células passam por diversos processos
funcionar temporariamente como de diferenciação e maturação na medula –
Órgãos Hemocitopoéticos. antes de passarem para o sangue.

É caracteriza pelo – desenvolvimento de Os órgãos no qual o desenvolvimento do


eritroblastos – granulócitos – monócitos linfoide ocorre sãlo classificados como
primários (medula óssea e timo) e secundários
OBS: As primeiras células linfoides e (baço – linfonodos – agregados linfoides).
megacariócitos aparecem.
L E T Í C Í A T I M B Ó 99
Apostila de Histologia

Células-tronco Células Tronco Pluripotentes


 Capacidade de autorrenovação
São chamadas assim, pois derivam de
 Capacidade de gerar uma ampla variedade
um único tipo celular da medula óssea.
de tipos celulares
 Capacidade de reconstituir o Essas células se multiplicam apenas o
Sistema hemocitopoético. suficiente para manter a sua população
– que é reduzida.

Proliferam e formam 2 linhagens:

 Células Linfoides
(origina os linfócitos)
 Células Mieloides
(origina os eritrócitos –
granulócitos – monócitos –
plaquetas)
Originam células filhas que seguem 2 destinos:
As Células Tronco Pluripotentes geram células
 Permanecendo como célula-tronco, filhas de menor potencial.
mantendo a população destas células.
 Se diferenciando em outros tipos Essas células filhas são as –
celulares com características específicas. Células Progenitoras Multipotentes ou
Precursoras.
OBS: Por isso o pool de células-tronco se
mantém constante, pois as que se diferenciam
são substituídas por células filhas que se Células Progenitoras e
mantêm no pool. Precursoras
Acredita-se que a decisão se será células que OBS: é nas células precursoras que as
fazem autorrenovação ou diferenciação seja características morfológicas diferenciais
aleatório – pelo modelo Estocástico. das linhagens aparecem pela 1º vez.
Já o modelo Indutivo – é a diferenciação As células progenitoras produzem uma
determinada por agentes reguladores no grande quantidade de células
microambiente medular, de acordo com a diferenciadas maduras..
necessidade do organismo.
OBS: as células progenitoras, quando se
Essa regulação ocorre por 2 processos: divide, podem originar outras células
 Via interação célula-célula progenitoras ou células precursoras, já
 Por meio de fatores crescimento. as células precursoras só células
sanguíneas maduras.
L E T Í C Í A T I M B Ó 100
Apostila de Histologia

Fatores de crescimento o das células sanguíneas, pois é la que são


produzidos os leucócitos + hemácias +
A hemocitopoese depende de um ambiente
plaquetas (são produzidas de acordo com a
adequado e de fatores de crescimento.
necessidade do organismo).
Os fatores de crescimento ou estimuladores
 A Medula óssea Vermelha ou
de colônias estimulam a proliferação, a
Hematógena deve a sua cor a
diferenciação das células imaturas e a atividade
numerosos eritrócitos.
funcional das células maduras.
 A Medula óssea Amarela é rica em
 Interleucinas células adiposas e que não produz
 Citocinas células sanguíneas.
 Fatores estimuladores de colônia
OBS: Nos Recém nascidos toda a medula
Embora o fator de crescimento se mostre óssea é vermelha – com o avançar da
especifico para determinada linhagem, ele é idade, a maior parte da medula óssea
geralmente capaz de influenciar outras transforma-se na variedade amarela.
linhagens, atuando sinergicamente com outros
A Medula óssea é encontrada:
fatores.
 No canal medular dos ossos longos
Os fatores de crescimento podem ser
divididos em 2:  Nas cavidades dos ossos esponjosos

 Fatores multipotentes que atuam Aplicação Médica


precocemente
 Fatores multipotentes que atuam Em casos de hemorragia ou
tardiamente. intoxicações, a medula óssea
amarela transforma-se em
Medula óssea vermelha e volta a produzir
Órgão difuso, porém volumoso e ativo. células sanguíneas.

É um tecido
Em ambas as medulas ósseas existem nódulos
líquido-
linfáticos que são acúmulos de linfócitos.
gelatinoso que
ocupa o Medula Óssea Vermelha
interior dos
ossos, e Possui cor vermelha graças à presença de
desempenha muitos – eritrócitos em diferentes estágios de
um papel maturação.
fundamental no Formam uma esponja dotada de
desenvolviment capilares sinusóides
L E T Í C Í A T I M B Ó 101
Apostila de Histologia

Formada por: Células reticulares + Fibras


reticulares.
Maturação dos eritrócitos
Entre as células reticulares: existem Os eritrócitos são discos
macrófagos + células adiposas + bicôncavos, tendo como
hemopoéticas. principal função o transporte
de oxigênio para tecidos e do
Sua Matriz Extracelular possui: dióxido de carbono,
produzido pelo metabolismo
 Colágeno I e III
tecidual, para pulmões.
 Fibronectina
 Lâmina Um processo básico da maturação da série
 Proteoglicanos eritrocítica é a síntese da hemoglobina e a
formação de um corpúsculo pequeno
Existem microrregiões onde predomina um
bicôncavo, que oferece o máximo de
mesmo tipo de glóbulo sanguíneo, em
superfície para as trocas de oxigênio. .
diferentes fases de maturação.
Durante a maturação ocorre:
Além da produção das células do sangue a
medula óssea – armazena ferro na forma de 1. Diminuição do volume da célula
Ferritina e de Hemossiderina 2. Diminuição do núcleo e condensação da
(no citoplasma dos macrófagos). cromatina
3. Expulsão dos núcleos da célula
OBS: A medula óssea destrói os eritrócitos
4. Nucléolos diminuem de tamanho e ficam
envelhecidos.
invisíveis.
A liberação de células maduras para o sangue 5. Diminuição dos polirribossomos e
é controlada por – Fatores de liberação: aumento da hemoglobina.
6. Diminuição da quantidade de mitocôndrias
 Hormônios (glicocorticoides e os e outras organelas.
andrógenos)
 Toxinas bacterianas.

A medula óssea vermelha no adulto é


encontrada apenas no esterno + vértebras +
costelas + díploe dos ossos do crânio. Já no
jovem é encontrada nas epífises proximais do
fêmur e do úmero.

Célula Madura
É a célula que atingiu um estágio de
diferenciação que lhe permite exercer
todas a suas funções especializadas.
L E T Í C Í A T I M B Ó 102
Apostila de Histologia

Grau de maturação  Coloração cinza = hemoglobina +


citoplasma basófilo. .

Eritroblasto ortocromático

 Núcleo com cromatina muito


Proeritroblasto condensada
 Rico em hemoglobina
 É uma célula grande e redonda.
 Pode apresentar
 Núcleo redondo e traços de basofilia –
central.
restos de RNA
 1 ou 2 nucléolos grandes
 Citoplasma basófilo – Reticulócito corados
com uma região clara
 Apresenta algumas mitocôndrias
em redor do núcleo. .
 Muitos
Apresenta todos os elementos de células que polirribossomos –
sintetizam proteínas. sintetizam
hemoglobina.
Essas proteínas sintetizadas reconstituem o
 A síntese proteica
tamanho da célula que se divide ativamente,
cessa – sem
há também a síntese de pequena quantidade
renovação dos polirribossomos.
de hemoglobina..

Eritroblastos Basófilo Saem da medula e vão para o sangue, onde


permanecem por pouco mais de 1 dia, antes
 Célula menor que o de se tornarem eritrócitos maduros.
proeritroblasos
 Cromatina Granulocitopoese
condensada e
granulações. É o processo de maturação dos Granulócitos.
 NÃO há nucléolos visíveis
Ocorrem modificações citoplasmáticas
Eritroblasto policromático caracterizadas pela síntese de muitas
proteínas, que são acondicionadas em dois
 Célula ainda menor tipos de grânulos:
 Núcleo com
cromatina
Azurófilos
condensada
 Contém Se coram pelos corantes básicos das
hemoglobina em quantidade suficiente misturas usuais e que contem enzimas do
sistema Lisossomal.
L E T Í C Í A T I M B Ó 103
Apostila de Histologia
Grânulos específicos
Mieloblasto
Possuem diferentes tipos de proteínas,
 Célula com citoplasma
conforme o tipo de granulócito.
basófilo
 Contém grânulos
As proteínas desses grânulos são produzidas azurófilos
no RER e recebem o acabamento final no  Núcleo grande e esférico
aparelho de Golgi – em 2 estágios sucessivos:  Apresenta 1 ou 2 nucléolos.
 Cromatina delicada
 Estágio 1 – resulta produção de grânulos
Promielócito

 É menor que o Mieloblasto


 Núcleo esférico com
reentrâncias
 Cromatina grosseira
 Nucléolos visíveis
 Citoplasma mais basófilo
azurófilos. e contém grânulos
 Estágio 2 – ocorre uma modificação na específicos.
atividade sintética da célula, com produção
das proteínas dos grânulos específicos. Mielócito

Maturação dos granulócitos  Núcleo esférico ou em forma de rim


O Mieloblasto é a célula + imatura, quando  Cromatina grosseira
 A basofilia citoplasmática
desaparece e aumenta a
quantidade de grânulos
específicos. – forma os
Mielócitos neutrófilo, basófilo e
surgem granulações citoplasmáticas eosinófilo.
específicas – ela passa a ser chamada de
Metamielócito
Promielócito basófilo, neutrófila ou eosinófilo.
(conforme o tipo de granulação existente)  Núcleo com
chanfradura profunda
Os estágios seguintes de maturação são:
(inicio da formação dos
 Mielócito lóbulos).
 Metamielócito
OBS: As modificações que caracterizam os
 Neutrófilo com núcleo bastão
metamielócitos são difíceis de identificar no
 Granulócito.
L E T Í C Í A T I M B Ó 104
Apostila de Histologia

Basófilos

granulócito basófilo – por isso ometamielócito É bem menos conhecido, pois existe pouca
basófilo não costumam ser descrito. quantidade no sangue.
Bastonete Maturação dos Linfócitos
Antes de adquirir a forma
nuclear lobulada, o
granulócito neutrófilo passa
por uma fase intermediária
chamada de – Neutrófilo com núcleo em
OBS: As células precursoras dos linfócitos e
bastonete ou Bastonete.
monócitos não apresentam grânulos
OBS: por serem de difícil identificação, não se específicos nem núcleo lobulados.
descreve nem o basófilo e nem o eosinófilo
Os precursores dos linfócitos são identificados
com núcleo em bastão.
pelo tamanho + estrutura da cromatina +
Cinética da produção presença de nucléolos visíveis.

Neutrófilos À medida que os linfócitos maturam:

A cinética dos neutrófilos é mais conhecida  Sua cromatina se torna mais


por serem mais numerosos no sangue. condensada
 Os nucléolos se tornam mais visíveis
Tempo total – desde o aparecimento do
 A célula diminui de tamanho.
Mieloblasto até o final da maturação com a
penetração dos Neutrófilos no sangue = 11 dias Originam-se principalmente no timo e nos
órgãos linfoides periféricos
Entram no tecido conjuntivo passando entre
(baço – linfonodos – tonsilas).
as células endoteliais dos capilares e vênulas –
permanecem lá por 4 dias e morrem por Os linfócitos T e B se diferenciam no timo e
apoptose tendo exercido sua função ou não. medula óssea – independente de antígenos.

Eosinófilos
Linfócitos B
Permanecem menos de 1 semana no sangue
Nos tecidos se diferencia em Plasmócito
Existe uma grande reserva na medula que (células produtora de imunoglobulinas)
pode ser rapidamente mobilizada quando
necessário, em casos de reações alérgicas ou
parasitárias. A célula mais jovem é o Linfoblasto – que
forma o Prolinfócito, e este forma os
Linfócitos maduros.
L E T Í C Í A T I M B Ó 105
Apostila de Histologia

Linfoblasto Promonócito

É a maior célula da série  Cromatina delicada


linfocítica.  Citoplasma basófilo
 Complexo de golgi
 Forma esférica
e Retículo
 Citoplasma
endoplasmático
basófilo
rugoso bem desenvolvidos.
 Sem granulações azurófilas
 Numerosos grânulos azurófilos finos.
 2 ou 3 nucléolos
Os Promonócitos se dividem 2 vezes e se
Prolinfócito
tornam – Monócitos.
É menor do que a célula
Monócito
anterior.
Vai permanecer no
 Citoplasma basófilo
sangue por cerca
 Tem granulações de 8 horas e depois
azurófilas migra para o tecido
 Cromatina condensada conjuntivo se
 Nucléolos NÃO são visíveis devido a transformando em – Macrófagos.
condensação da cromatina

O prolinfócito da origem ao Linfócito Origem das plaquetas


circulante.
As plaquetas se originam na medula óssea
vermelha através da fragmentação de
Maturação dos Monócitos pedaços do citoplasma dos megacariócitos.

A sua célula mais jovem é o Megacarioblasto


que se diferencia em Megacariócito

Megacarioblasto

São células intermediárias  Núcleo grande em forma de rim ou


oval (contendo quase 30x a quantidade
Destinadas a formar os Macrófagos dos normal de DNA com numerosos
tecidos. nucléolos.)
A célula mais jovem é o – Promonócito  Citoplasma homogêneo e
intensamente basófilo.
L E T Í C Í A T I M B Ó 106
Apostila de Histologia

Megacariócito
Trombopoetina
 Célula maior
 Núcleo irregularmente lobulado Hormônio produzido no fígado e é
considerado o principal regulador do
 Cromatina grosseira
Megacariócito e da produção de
 Nucléolos NÃO visíveis
plaquetas.
 Citoplasma abundante e levemente
basófilo contém granulações que
ocupam a maior parte.
 Citoplasma rico em RER e REL Leucemias
 Localiza-se adjacente aos capilares
sinusóides – o que facilita a liberação São as proliferações neoplásicas de
das plaquetas para o sangue. células precursoras dos leucócitos.

As leucemias mais comuns são as:

Linfocíticas – originadas da linhagem


linfoide

Granulocíticas – originadas da linhagem


dos leucócitos granulócitos.

Monocíticas – originadas dos


precursores dos monócitos.

Nas leucemias ocorre produção


excessiva de células funcional e
morfologicamente defeituosas,
originadas de um único tipo de células
precursora.
L E T Í C Í A T I M B Ó 107
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 108
Apostila de Histologia

Constituição: Órgãos linfáticos + Células


isoladas.  Células apresentadoras de antígenos
Defende o organismo contra: que são encontradas em muitos locais
como a pele, por exemplo.
 Microorganismos
 Moléculas estranhas As células do sistema imunitário se
 Toxinas produzidas por comunicam entre si e com outras células
microorganismos por intermédio de moléculas proteicas –
Citocinas.
É um sistema que reconhece:

 Moléculas próprias (self) Órgãos Linfáticos


 Moléculas NÃO próprias (non-self) –
quer sejam isoladas ou fazendo parte
de um vírus, bactéria, fungo, células
malignas ou protozoários.

Após o reconhecimento o sistema imunitário


coordena a inativação ou destruição das
moléculas não próprias, e algumas vezes
podem reagir contra as moléculas próprias
causando as – Doenças Autoimunes.

O Sistema Imunitário é formando por:

 Estruturas individualizadas – nódulos


linfáticos, linfonodos e baço.

Células livres – linfócitos, granulócitos e células


do sistema mononuclear fagocitário presentes
no sangue, na linfa e no tecido conjuntivo.
São: Baço + Timo + Linfonodos + Nódulos
Linfáticos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 109
Apostila de Histologia

OBS: esses nódulos são agregados de tecidos Essa resposta celular (mediada por
linfáticos, localizados – na mucosa do aparelho Linfócitos T) é determinada por pequenos
digestivo, do aparelho respiratório e na do peptídeos derivados da digestão parcial do
aparelho urinário. antígeno e associados às moléculas MHC
localizadas na membrana de células
Todos os linfócitos se originam na
apresentadoras de antígenos.
Medula óssea:
munidade Humoral (adquirida)
 Linfócitos T amadurem no Timo
 Linfócitos B já saem da medula Depende de anticorpos contidos no sangue
maduros.
Nessa resposta humoral (mediada pelos
Medula óssea + Timo Linfócitos B) parte da molécula antigênica que
= determina a resposta imunitária é chamada de
Órgãos Linfáticos Centrais – Determinante antigênico ou Epitopo.

OBS: Um antígeno com vários Epitopos (ex:


Levados pelo sangue e pela linfa, os linfócitos célula bacteriana), desenvolve um espectro
migram dos Órgãos Linfáticos Centrais para amplo de resposta humoral e celular.
os – Órgãos Linfáticos Periféricos
(Baço, Linfonodos, Nódulos linfáticos isolados,
Tonsilas, Apêndice, Placas de Peyer do íleo),  Imunógenos

onde proliferam e completam a diferenciação. São moléculas estranhas que
provocam uma resposta imunitária
Respostas Imunitárias (celular, humoral ou ambas as
reações).
Imunidade Celular (inata)

Células imunocopetentes reagem e matam Antígeno


células que exibem em sua superfície –
É uma molécula que reage com um
moléculas estranhas (bactérias, células
anticorpo, mesmo que não seja capaz
transplantadas, células malignas)
de desencadear uma resposta
Além disso, elas destroem células hospedeiras imunitária.
de vírus antes que estes consigam se
OBS: como os Imunógenos são
multiplicar através do maquinário celular.
Antígenos, usaremos apenas o termo
Participam dessa Imunidade: Antígeno.
 Mastócitos
 Granulócitos (Neutrófilo + Eosinófilo)
 Agranulócitos (Monócito + Macrófago
+ Linfócito NK).
L E T Í C Í A T I M B Ó 110
Apostila de Histologia
Citocinas na resposta imunitária
A alta complexidade da resposta imune Anticorpos ou Imunoglobulinas
é controlada por diversas moléculas,
Neutralizam moléculas estranhas e participam
principalmente as – Citocinas.
da destruição das células que contêm essa
Grupo de peptídeos ou glicoproteinas molécula.
que influenciam tanto a resposta
São produzidos pelos – Plasmócitos que são
humoral quando a celular.
células originadas dos Linfócitos B.
Além disso, elas também agem sobre as
 São glicoproteínas plasmáticas circulantes.
células de outros sistemas que possuem
 Cada um interage especificamente com o
receptores apropriados – participando
Epitopo que reconhece.
da resposta inflamatória, da cicatrização
de feridas, da hemocitopoese.  Provocam o aparecimento de sinais
químicos que – indicam a presença do
A maioria das citocinas é produzida por invasor aos outros componentes.
macrófagos e leucócitos, porém outras  Alguns dos anticorpos aglutinam células e
são sintetizadas por células endoteliais e precipitam antígenos solúveis – isso falicita
fibroblastos. a fagocitose
 Interleucinas – são as citocinas que Os antígenos que se ligam aos anticorpos IgG
funcionam como mediadores entre e IgM ativam o complemento – um grupo de
leucócitos. proteínas do plasma sanguíneo que causam a
 Linfocinas – são as produzidas por lise dos microorganismos
linfócitos.
Uma vez ativado, esse complemento também
 Monocinas – são sintetizadas por
facilita a fagocitose de bactérias e outros
monócitos e macrófagos.
microorganismos patógenos. .
 Quimiotaxinas – são as citocinas que
atraem leucócitos para as regiões Imunoglobulina G - IgG
de inflamação.
É a imunoglobulina mais abundante no plasma.
Interferons são citocinas glicoproteicas
Serve como modelo para as outras classes.
produzidas por qualquer célula que seja
invadida por vírus. – elas agem sobre Consiste em 2 cadeias leves idênticas e em 2
receptores na superfície dos cadeias pesadas idênticas que são ligadas
macrófagos, fibroblastos e linfócitos, entre si.
induzindo estas células a produzirem
Porém, quando isoladas as 2 porções terminais
moléculas que inibem a multiplicação do
das cadeias pesadas cristalizam e por isso são
vírus.
chamadas de – Fc (fragment crystallizable
L E T Í C Í A T I M B Ó 111
Apostila de Histologia

Essas regiões Fc reagem com receptores Linfócito B (funciona como receptora que se
específicos localizados na superfície de várias combina com antígenos específicos).
celulas.
Essa combinação com antígenos específicos
Os 4 segmentos da extremidade amínica resulta na – proliferação de linfócitos B e sua
constituem os fragmentos diferenciação em plasmócitos.
Fab (fragment antigenbinding)
A IgM circulante pode ativar o Complemento
A grande variedade da sequência de – um grupo de enzimas do plasma sanguíneo
aminoácidos da Fab é responsável pela cuja ativação pode causar lise de bactérias.
especificidade da combinação com epitopo.
Imunoglobulina E – IgE
OBS: a IgG é a única imunoglobulina capaz de
Ocorre em forma de monômeros.
atravessar a barreira placentária humana e
passa para o sangue fetal contribuindo na Após a sua secreção pelos plasmócitos a IgE
defesa imunitária do recém nascido prende-se a receptores localizados na
membrana dos mastócitos e basófilos,
Imunoglobulina A – IgA
desaparecendo do plasma.
Está em pequena quantidade no sangue.
Ela ativa a reação alérgica.
Produzidos pelos Plasmócitos.
Quando o alérgeno que provocou a produção
É o principal anticorpo encontrado: de IgE é novamente encontrado – o
complexo antígeno-IgE determina a produção
 Lágrima
e liberação de substancias como histamina,
 Leite heparina, leucotrienos.
 Saliva
 Secreções nasal e bronquial Imunoglobulina D – IgD
 Secreção contida no lúmen do Reconhece antígenos, ativando os Linfócitos B.
intestino delgado
 Secreção da próstata É encontrado no plasma sob forma
 Líquido que umedece a vagina monométrica e em concentração muito baixa

Imunoglobulina M – IgM Linfócitos


Constituem 10% das imunoglobulinas do
Linfócitos são classificados em 2 grupos
plasma sanguíneo e existem sob a forma de 5
principais. Linfócitos B e T
moléculas combinadas.
As celulas precursoras dos linfócitos se
Predomina no início das respostas imunitárias.
originam na medula óssea fetal e continuam
E junto com a IgD – é a principal proliferando, na medula, durante a vida pós-
imunoglobulina encontrada na superfície dos natal.
L E T Í C Í A T I M B Ó 112
Apostila de Histologia

Os linfócitos NÃO se distribuem  Esses receptores são moléculas


uniformemente nos diferentes órgãos proteicas TCR.
linfáticos, mas ocupam regiões definidas  Originam-se na Medula Óssea
nesses órgãos.  Penetram nos capilares
OBS: exceto no timo que só possui  E são levados e retidos no Timo.
linfócitos T. No timo esses linfócitos se diferenciam nas
Os linfócitos B e T – NÃO são diferenciados subpopulações das células:
morfologicamente, a diferença entre essas Transformam os
células e seus subtipos só é possível por T helper Linfócitos B em
identificação de suas proteínas integrais de Plasmócitos
membrana (que são específicas.) Inibem as respostas
humoral e celular e
Quando estimuladas por antígenos, as células T supressores apressam o término
T e B proliferam e passam por diversos ciclos da resposta
mitóticos, processo chamado de – imunitária.
Expansão clonal. Agem diretamente
sobre células
Linfócitos B T citotóxica estranhas e as
infetadas por vírus,
 Esses receptores são imunoglobulinas. por 2 mecanismos.
 Originam-se na Medula óssea
 Penetram nos capilares sanguíneos Mecanismos do Linfócito T
 São transportados pelo sangue e vão
se instalar nos órgãos linfáticos (exceto citotóxico
timo).
1. Produção de perforinas
 São cobertos por moléculas de IgM.
(proteínas) que abrem orifícios
Quando são ativados por antígenos eles nas membranas plasmáticas
proliferam e se diferenciam em Plasmócitos. provocando a lise das células.
2. Indução de células alvo a
Alguns desses linfócitos NÃO se diferenciam
entrarem em apoptose.
em plasmócitos – formando as células B de
memória imunitária (que reagem rapidamente
a uma segunda exposição ao mesmo Linfócitos T helpe e supressores são –
antígeno). Reguladores

Linfócitos T Após a diferenciação ele retornam para o


sangue indo ocupar áreas definidas em outros
 São mais numerosos órgãos linfáticos. E nesses outros locais podem
formar – Células T de memória
L E T Í C Í A T I M B Ó 113
Apostila de Histologia

Linfócitos NK (natural killer) OBS: os Linfócitos B reconhecem as


moléculas antigênicas diretamente, sem
Essas células NÃO apresentam na superfície
necessidade de qualquer tratamento prévio.
nem os marcadores encontrados nos
Linfócitos B e nem os que caracterizam a As células apresentadoras de antígenos
célula T. introduzem no citoplasma proteínas exógenas
e digerem essas proteínas parcialmente nos
São chamadas de natural killers, pois atacam
endossomos e lisossomos.
células cancerosas e células infectadas por
vírus, sem necessidade de estímulos prévios. O produto dessa digestão forma
complexos com o MHC II.
Células Apresentadoras de Proteínas derivadas de patógenos que vivem
Antígenos ou APCs no interior da células infectada são digeridas
até formarem peptídeos com 8 a 11
São encontradas na maioria dos órgãos. aminoácidos que são introduzidos nas
cisternas do RER, onde se ligam ás moléculas
Derivam da Medula óssea.
do MHC I.
Constituem uma população heterogenia que
Tanto os complexos com moléculas MHC I,
inclui:
com os que se formam a MHC I – são
 Células dentríticas transportados para a superfície celular, onde
 Macrófagos são examinados por linfócitos T.
 Células de Langerhans da epiderme
 Células T CD4+ interagem com
 Linfócitos B
complexos de peptídeos com MHC I
Processamento de Antígenos – é um  Células T CD8+ interagem com os
mecanismos onde essas células diferem peptídeos ligados ás moléculas de
parcialmente as proteínas, transformando-as MHC I .
em pequenos peptídeos que são ligados às
Células Dendríticas
moléculas MHC.
 Originam-se de células precursoras da
O processamento do antígeno é essencial
medula óssea.
para a ativação dos linfócitos T, pois estas
(possivelmente dos monócitos).
células NÃO reconhecem as moléculas
 São encontradas em muitos órgãos
antigênicas nativas (não processadas). As
 Numerosas nos locais ricos em
células T só reconhecem o antígeno quando
linfócitos T
associados às moléculas MHC I .
 Na pele recebem o nome de Células
de Langerhans
L E T Í C Í A T I M B Ó 114
Apostila de Histologia

São imunoestimuladoras, pois além de


apresentarem os antígenos às células T,
são capazes de estimular as células T que
ainda não entraram em contato com Quando imaturas são levadas pelo sangue
nenhum antígeno. para muitos órgãos não linfáticos, onde se
alojam e se caracterizam pela grande
Complexos de capacidade de capturar e processar antígenos,
porém possuem pequena capacidade de
Histocompatibilidade estímulo às células T.

Distinguem as moléculas próprias das A inflamação induz a maturação das células


não próprias. dendríticas, que migram pelo sangue ou pela
linfa e vão para os Órgãos linfáticos
Isso se deve à presença, na superfície
periféricos.
celular, do Complexo MHC ou HLA.
OBS: Nesse estágio, elas perdem a capacidade
Esse complexo se distingue em 2
de capturar antígenos, mas se tornam muito
classes: MHC I e MHC II
eficazes na capacidade de ativar células T.
 MHC I – está presente em todas
as células. Sistema de Complemento
 MCH II – possui uma distribuição
Composto por 20 proteínas hepáticas
mais restrita, sendo encontrados
em macrófagos + linfócitos B + Complementa alguns processos imunitários
células dendríticas + células de podendo ser ativados por 2 mecanismos que
Langerhans da epiderme. modificam a estrutura de um componente
inicial, desencadeando um processo que se
As moléculas de MHC I constituem
propaga aos outros componentes do sistema.
um sistema intracelular para colocar o
complexo MHC I + peptídeo na A ativação desse sistema faz com que sejam
membrana das células apresentadoras adicionadas à superfície da bactéria invasora
de antígenos, onde são inspecionados moléculas para as quais o macrófago tem
por linfócitos T. receptores, o que facilita a fagocitose além de
produzir um complexo que danifica a
OBS: Os MHCs têm uma estrutura
membrana das bactérias.
única para cada pessoa, e esse é o
principal motivo pelo qual enxertos e
transplantes de órgãos são rejeitados
(exceto quando feitos entre gêmeos
univitelínicos, que possuem
constituição molecular e MHCs
idênticos.)
L E T Í C Í A T I M B Ó 115
Apostila de Histologia
Doenças Autoimunes

É uma resposta imune contra


Timo
auto-antígenos.

Ocorre a falha no mecanismo de


reconhecimento e distinção de moléculas
próprias das não próprias.

Exemplo: Diabetes mellitus

Transplante de órgãos Órgão Linfoepitelial

Os enxertos de tecidos e transplantes OBS: O timo NÃO apresenta nódulos.


podem ser divididos em:
Possui 2 lóbulos envolto por uma Cápsula
 Autólogos – o receptor é o de tecido conjuntivo denso – essa cápsula
mesmo doador. origina septos, que dividem o parênquima
 Isólogos – o receptor é gêmeo em lóbulos contínuos uns com os outros..
idêntico do doador. Cada lóbulo possui uma zona cortical
 Homólogos – indivíduo diferente da (externa) envolvendo a parte central zona
mesma espécie. medular (interna).
 Heterólogos – realizado entre
espécies diferentes. A zona cortical e medular possuem os
mesmos tipos celulares só que em
Os transplantes autólogos ou isólogos proporções diferentes.
pegam com facilidade – a única
condição é que se estabeleça uma As células mais abundantes – Linfócitos T +
circulação sanguínea eficiente. Células reticulares epiteliais, os Macrofagos
são encontrados
Os transplantes homólogos e principalmente na
heterólogos contêm células cujas cortical.
membranas são dotadas de MHC I
que é estranho ao hospedeiro, sendo Os linfócitos T se
reconhecidas e tratadas como tais. multiplicam
intensamente na
OBS: a rejeição dos transplantes zona cortical, onde
deve-se a atividade dos linfócitos NK e se acumulam por um tempo. A maioria deles
citotóxicos, que penetram no morre por apoptose, porém muitos migram
transplante e destroem suas células. para a zona medular e entram na corrente
sanguínea atravessando a parede das vênulas.
L E T Í C Í A T I M B Ó 116
Apostila de Histologia

OBS: As células reticulares epiteliais formam


uma camada por dentro do tecido conjuntivo
Linfonodos ou
da cápsula e septos, formando o retículo da Gânglios linfáticos
cortical e da medula – onde os linfócitos T se
multiplicam e diferenciam.

Enquanto os outros órgãos linfáticos são


de origem Mesodérmica – o Timo tem
origem embrionária dupla:

 Mesodérmica
 Seus linfócitos formam-se a partir
de Células mesenquimatosas.

Barreira Hematotímica

Os capilares do timo possuem endotélio sem


poros e lâmina basal muito espessa. São órgãos encapsulados constituídos por
Tecido Linfóide.
As células reticulares epiteliais contribuem para
a formação dessa barreira, pois elas envolvem Estão espalhados pelo corpo, sempre no
externamente os capilares. trajeto dos vasos linfáticos e são encontrados:

Essa barreira existe apenas na zona cortical.  Axila


 Virilha
Atua dificultando a penetração dos antígenos
 Ao longo dos grandes vasos do
contidos no sangue, protegendo os linfócitos
pescoço
T em formação.
 Tórax
Histofisiologia do Timo  Abdômen (especialmente no
mesentério).
O timo atinge o seu desenvolvimento máximo
no feto e no recém-nascido e cresce até a Possuem o formato de um rim e apresentam
puberdade, quando inicia sua involução. um lado convexo e outro com reentrâncias –
o Hilo – pelo qual penetram as artérias
Essa involução inicia com o adelgaçamento da
nutridoras e saem às veias.
camada cortical, porém o timo NÃO
desaparece totalmente, sendo invadido por A circulação da linfa nos linfonodos é
tecido adiposo + conjuntivo + demais tecidos.. unidirecional – atravessa os linfonodos
penetrando pelos vasos linfáticos que
desembocam na borda convexa do órgão
(vasos aferentes) e saindo pelos linfáticos do
hilo. (vasos eferentes)
L E T Í C Í A T I M B Ó 117
Apostila de Histologia

Baço
É o maior
São envolvidos por Cápsula de tecido acumulo de
conjuntivo denso que envia trabéculas para o tecido linfoide
interior – dividindo o parênquima em no organismo,
compartimentos. e na espécie
Região Cortical humana é o
ÚNICO órgão
Localizada abaixo da cápsula (ausente no hilo) linfoide
Constituída por Tecido linfoide frouxo, que interposto na
forma os Seios subcapsulares e circulação sanguínea.
peritrabeculares e por nódulos linfáticos. O baço é um importante órgão de defesa
Suas células predominantes são: Linfócitos B, contra microorganismos que penetram no
além de plasmócitos + macrófagos + células sangue circulante – em razão da grande
reticulares + células foliculares dendríticas. quantidade de células fagocitárias.

Região cortical profunda ou Paracortical Além de ser o principal destruidor de


eritrócitos
NÃO apresenta nódulos linfáticos. desgastados.
Tem predomínio de Linfócitos T + células Origina os linfócitos.
reticulares + plasmócitos + macrófagos.
Responde com
Região Medular rapidez aos
Constituída por Cordões medulares – antígenos que
invadem o sangue,
formados por Linfócitos B.
sendo um
Separando os cordões medulares, encontram- importante filtro fagocitário e imunológico para
se os – Seios medulares. o sangue e grande produtor de anticorpos.
OBS: Os plasmócitos são mais numerosos na O baço possui uma cápsula de tecido
medular do que na cortical. conjuntivo denso – que emite trabéculas que
dividem o parênquima ou polpa esplênica em
Histofisiologia
compartimentos.
Os linfonodos são filtros da linfa – removendo
Na sua superfície medial está presente o –
partículas estranhas antes que a linfa retorne
Hilo – onde a cápsula mostra maior número
para o sistema circulatório sanguíneo.
de trabéculas, pelas quais penetram nervos e
artérias.
L E T Í C Í A T I M B Ó 118
Apostila de Histologia

A olho nu observa-se no parênquima do baço, No tecido linfático dessas bainhas periarteriais


pontos esbranquiçados (nódulos linfáticos) – a predominam linfócitos T, enquanto que nos
Polpa Branca que é descontínua. nódulos linfáticos predominam Linfócitos B.

Entre esses nódulos há um tecido vermelho No seu limite com a polpa vermelha existe
escuro – rico em sangue – a Polpa Vermelha. uma zonal mal delimitada – constituída por
Seios Marginais..

Nessa zona encontramos Linfócitos +


macrófagos + células dendríticas.

Essa zona tem um papel importante na


filtragem do sangue e na inicialização da
resposta imunitária.

OBS: A polpa branca produz linfócitos que


migram para a polpa vermelha e atingem a luz
Polpa Vermelha dos sinusóides, incorporando-se ao sangue aí
Formada por Cordões esplênicos entre os contido.
quais se situam os Sinusóides ou Seios Histofisiologia
esplênicos.
Funções do baço:
Toda a Polpa esplênica contém células e fibras
reticulares + macrófagos + células  Origina linfócitos
apresentadoras de antígenos + células  Destrói eritrócitos (Hemocaterese)
linfáticas.  Defesa imunológica contra
microorganismos
Os Cordões esplênicos são contínuos e
 Armazenamento de sangue.
constituídos por uma rede frouxa de células
reticulares e fibras reticulares que contém
macrófagos + linfócitos T e B + plasmocitos + Tecido Linfático associado às
monócitos + leucócitos + granulócitos + mucosas – MALT
plaquetas + eritrócitos.

Polpa Branca Os tratos respiratório, digestivo e gênito-


urinário estão sujeitos a invasões
Formada por tecido linfático que constitui as microbianas frequentes, pois se abrem
bainhas periarteriais e pelos nódulos linfáticos no meio externo.
que se formam por espeçamentos dessas
bainhas. Em razão disso existem acúmulos de
linfócitos associados a tecido linfáticos
difusos localizados na mucosa e na
submucosa desses tratos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 119
Apostila de Histologia

Tonsila Lingual
Tonsilas
De pequeno tamanho, mas numerosas.
São órgãos constituídos por aglomerados de
tecido linfáticos. Situam-se na base da língua.

Distinguem-se por sua localização em: São cobertas por Epitélio Estratificado Plano
que forma uma invaginação que se aprofunda
muito formando uma cripta.

No feto, o baço produz também


granulócitos e hemácias – porem, essa
atividade cessa no fim da fase fetal.

Em algumas condições patológicas, o


baço pode voltar a produzir granulócitos
e hemácias, sofrendo um processo de –
Tonsila Palatina Metaplasia mieloide.
Esta em número de 2 – localizada na Essa metaplasia é a transformação
orofaringe. patológica de um tipo de tecido em
O tecido linfático forma uma faixa sob o outro.
Epitélio Estratificado Plano com nódulos
linfáticos.

As tonsilas contêm de 10 a 12 invaginações


epiteliais que penetram no parênquima
formando criptas que contém: células epiteliais
descamadas + linfócitos vivos e mortos +
bactérias.

Tonsila Faríngea

É única e situa-se na porção super-posterior


da faringe.

É coberta pelo Epitélio típico das vias


respiratórias – Epitélio Pseudoestratificado
cilíndrico ciliado.

É formada por pregas da mucosa e contém


tecido linfáticos difuso + nódulos linfáticos NÃO
possuindo criptas.
L E T Í C Í A T I M B Ó 120
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 121
Apostila de Histologia

O Sistema digestivo consiste no trato digestivo monossacarídeos, ácidos graxos livres, etc)
– cavidade oral + esôfago + estômago + sendo absorvidos.
intestinos delgado e grosso + reto + ânus e 3º etapa
suas glândulas associadas
(salivares, fígado e pâncreas). A absorção de água ocorre no intestino
grosso, tornando semissólido o conteúdo
Funções
luminal que não foi totalmente digerido.
 Obter as moléculas necessárias para a
manutenção energética das diferentes
funções orgânicas.
 Quebra de moléculas maiores em
menores (absorção)
 Absorção de água, vitaminas e minerais.
 Barreira protetora.

Etapas da digestão

1º etapa

Ocorre na boca, onde o alimento é


umedecido pela saliva e triturado pelos dentes. Estrutura do trato digestório

OBS: (a saliva também inicia a digestão de Trata-se de um tubo oco composto por uma
carboidratos). luz – o lúmen – cujo diâmetro é variável,
circundado por uma parede formada por 4
2º etapa camadas:
A digestão continua no estômago e intestino  Mucosa
delgado, onde o alimento é transformando em  Submucosa
seus componentes básicos (aminoácidos,  Muscular
 Serosa
Camada mucosa ou Membrana L E T Í C Í A T I M B Ó 122
Apostila de Histologia

mucosa
Composta por: Camada Serosa
 Revestimento epitelial
 Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo Composta por:
rico em vasos sanguíneos + linfáticos)  Tecido Conjuntivo frouxo (rica em vasos
 Muscular da mucosa sanguíneos e linfáticos + tecido adiposo)
(separa a mucosa da submucosa).  Revestida pelo Epitélio Pavimentoso
Consiste em 2 camadas de finas células simples = Mesotélio
musculares lisas Peritônio Visceral – é a serosa que reveste
1. Circular interna os órgãos da cavidade abdominal e está
2. Longitudinal externa continua com o Mesentério e o Peritônio
Parietal.

Peritônio Parietal – a serosa que reveste a


Camada Submucosa parede da cavidade abdominal.
Composta por: OBS: em locais em que o órgão está unido a
 Tecido conjuntivo outros órgãos, a serosa é substituída pela
(vasos sanguíneos + linfáticos) Adventícia.
 Plexo nervoso Submucoso ou Plexo
Meissner
OBS: em suas Lâminas próprias, as camadas
Mucosa e Submucosa possuem abundantes
Camada Muscular nódulos linfáticos – que protegem o
organismo.
Composta por:
 Células musculares lisas em espiral Lâmina Própria
 Divide em 2 subcamadas
É uma zona rica em macrófagos e células
1. Interna (próxima ao lúmen): circular
linfoides – que produzem anticorpos do tipo
2. Externa: longitudinal
imunoglobulina A (IgA) que são secretados no
Entre as 2 subcamadas existe tecido lúmen ligados a uma proteína.
conjuntivo vascularizado e inervado pelo
Esse complexo (SIgA) protege contra invasões
Plexo Nervoso Mioentérico ou Plexo de
virais e bacteriana e é necessária pois a o trato
Auerbach.
digestório inteiro, com exceção da cavidade
OBS: as contrações dessa camada, geradas e oral + esôfago + canal anal são revestidos por
coordenas pelo Plexo Nervoso, impulsionam Epitélio simples
e misturam o alimento ingerido. (bastante vulnerável).
L E T Í C Í A T I M B Ó 123
Apostila de Histologia

Funções do Revestimento Epitelial  Inferiormente – região sublingual


 Posteriormente – abertura da
 Prover a permeabilidade seletiva
orofaringe ou istmo das fauces.
 Facilitar o transporte e a digestão do
alimento OBS: nos lábios observa-se uma transição
 Promover a absorção de produtor desta entre o epitélio oral não queratinizado e o
digestão epitélio queratinizado da pele.
 Produzir hormônios reguladores de sua
Língua
atividade
 Produção de muco para lubrificação e  É uma massa de Músculo Estriado
proteção. esquelético
 Revestida por Camada Mucosa variável
Megacólon congênito ou Os músculos formam uma trama
Doença de Chagas tridimensional em vários cortes, estão
agrupados em feixes, geralmente separadores
Os plexos digestivos são prejudicados e por tecido conjuntivo
muitos dos seus neurônios são destruídos
– isso resulta em perturbações da
motilidade do trato digestivo, com
dilatações frequentes em algumas áreas.

Cavidade Oral
Local onde inicia a digestão química.

Epitélio Pavimentoso estratificado sem


queratina ou com queratina
(dependendo da região).

 Queratinizado – proteção às agressões


mecânicas (mastigação) presente na
Superfície Ventral (inferior) da língua
Gengiva e Palato duro
 Não queratinizado – reveste o Palato É lisa
mole, lábios e assoalho da boca.
Superfície Dorsal (superior) da língua
Limites da Cavidade Oral
É irregular – coberta por uma grande
 Anteriormente – lábios quantidade de eminências chamadas de
 Superiormente – palato duro Papilas Linguais.
L E T Í C Í A T I M B Ó 124
Apostila de Histologia

O terço posterior do dorso é separado dos


dois terços anteriores por uma região em Papila Circunvalada
forma de V – posteriormente a esta região
existem saliências compostas por: Localiza-se na região V lingual
(posterior da língua)
 Nódulos linfoides (se agregam ao redor de
invaginações = Criptas)  São em número de 7 a 12 estruturas
 Tonsilas linguais. circulares grandes
 Superfície achatada se estende acima
Papilas Linguais das outras papilas
São elevações do Epitélio oral e Lâmina  Circundada por uma vala ou sulco
própria e possuem forma e função variada profundo – Sulco lateral.
 SEMPRE tem corpúsculos na parede
lateral (eles parecem células caliciformes)
Papila Filiforme (+ frequente)
 4 percepções de sabor: salgado, azedo,
Localiza-se em toda a superfície dorsal da doce e amargo.
língua.

 Forma afilada – cônica – alongada


Botões Gustativos
 Epitélio queratinizado sem botões
gustativos (sem função sensitiva)
 Apenas função Motora = fricção.

Papila Fungiforme
Encontrada no meio das Papilas Filiformes

 Base estreita e ápice dilatado


(semelhante a um cogumelo)
 Pode ou não ter corpúsculos gustativos, São estruturas em forma de cebola contendo
quando tem, eles aparecem no ápice. 50 a 100 células gustativas.

Repousam sobre uma Lâmina basal e, em sua


porção apical, as células gustativas possuem
Papilas Foliáceas microvilosidades que se projetam para uma
abertura chamada de – Poro gustativo.
Encontrada na região lateral da língua
Muitas de suas células são as próprias células
 Possui Muitos botões gustativos gustativas que executam função de suporte.
(5 sabores)
 Pouco desenvolvidas em humanos
L E T Í C Í A T I M B Ó 125
Apostila de Histologia

Dentes
Função – Triturar + cortar + rasgar os
Acredita-se que cada estímulo gustativo gere alimentos e ajudar na formação do bolo
um “padrão único” de atividade envolvendo alimentar.
um grande número de neurônios – o que
explica a discriminação dos sabores..

Faringe

É a região de transição entre a cavidade oral


Tipos de dentição:
e os sistemas digestivo e respiratório.
 Primária ou Decídua = 20 dentes
Área de comunicação entre a região nasal e a
laringe  Secundária ou Permanente = 32 dentes

Contém: tonsilas + glândulas salivares menores Anatomicamente é dividido em:


+ músculos constritores e longitudinais da  Coroa (acima da gengiva)
faringe.  Raízes (abaixo da gengiva)
Revestimento: Cada dente possui uma porção que se
Região próxima ao esôfago é revestida por – projeta acima da gengiva – a coroa – e uma
Epitélio Pavimentoso Estratificado NÃO ou mais raízes abaixo da gengiva que os une
queratinizado. aos alojamentos ósseos denominados alvéolos
(um para cada dente)
Região próxima à cavidade nasal é revestida
por – Epitélio Pseudo-estratificado Cilíndrico
ciliado contendo células caliciformes.
Coroa
Recoberta por tecido mineralizado
extremamente duro - Esmalte
L E T Í C Í A T I M B Ó 126
Apostila de Histologia
Raiz
Recoberta por um tecido mineralizado –
Cemento.
Essas vesículas são ricas em cálcio e fosfato,
facilitando o aparecimento de Cristais de
Mais internamente, abaixo do esmalte e do Hidroxiapatita que crescem e servem como
cemento tem a – Dentina. locais para mineralização das fibrilas de
Dentina colágenos.

Outro tecido mineralizado que compõe a A Dentina circunda a cavidade pulpar, que é
maior parte de um dente. preenchida por um tecido conjuntivo frouxo
muito vasculariza e inervado chamado de –
OBS: é mais duro que o osso (devido a maior Polpa dental (que dá a vitalidade ao dente).
quantidade de sais de cálcio).
OBS: quem da a cor ao dente é a dentina –
É comporto por: fibrilas de colágeno tipo I + por isso o clareamento age nela.
glicosaminoglicanos + fosfoproteínas +
fosfolipídios + sais de cálcio na forma de A dentina é sensível a estímulos como: calor
Cristais de Hidroxiapatita. + frio + trauma + pH ácido + dor.

Sua Matriz orgânica NÃO mineralizada, a Pré- Cavidade Pulpar


dentina é secretada pelos – odontoblastos. Possui uma:

 Porção coronária (câmara pulpar)


Odontoblastos  Porção na raiz (canal radicular)

Células localizadas na periferia da Estendendo-se até o ápice do dente, onde


polpa, junto á dentina. São alongadas um orifício – Forame apical permite a
e depositam a matriz orgânica apenas entrada e a saída de vasos sanguíneos,
sobre a superfície dentinária. linfáticos e nervos da polpa.

Possuem uma extensão apical que Periodonto


penetra na dentina e percorre toda sua Compreende as estruturas responsáveis por
extensão – manter o dente nos ossos maxilar e
Prolongamentos odontoblásticos. mandibular. Ele consiste em cemento +
ligamento periodontal + osso alveolar +
gengiva.
A Mineralização inicia quando Vesículas da
matriz – são produzidas por Odontoblastos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 127

Ligamento Periodontal Apostila de Histologia

Esmalte
É um tecido conjuntivo com feixes grossos de
fibras colágenas – fibras de Sharpey inseridas É o componente mais duro do corpo humano.
no cemento e no osso alveolar, fixando o dente
É composto principalmente por
firmemente ao alvéolo.
Cristais de hidroxipatita.
Nutri o Cemento
O esmalte é produzido apenas durante o
desenvolvimento do dente, por células de
origem ectodérmica – os Ameloblastos.
Cemento
OBS: quando o dente erupciona na cavidade
Recobre a dentina radicular – onde encontram oral, esses ameloblastos degeneram e
os cementócitos que ficam enclausurados em desaparecem – por isso o esmalte não tem
lacunas. mais como se reparar.

Sua nutrição vem do Lig. Periodontal. A matriz orgânica do esmalte é composta por
duas classes heterogênicas de proteínas –
amelogeninas + enamelinas.

O esmalte consiste em colunas alongadas –


Osso Alveolar prismas do esmalte – que se unem formando
esmalte interprismático.
Está em contato direto com o Ligamento (ambos diferem apenas na orientação dos
Periodontal. cristais).
É constituído de Osso Imaturo (primário) – OBS: tanto os prismas quanto o esmalte
fibras desorganizadas. interprismático são formados por cristais de
hidroxiapatita – diferindo apenas na orientação
dos cristais.
Gengiva O esmalte é bastante quebradiço, mas não
quebra facilmente, pois a dentina dá
Epitélio Pavimentoso Estratificado
sustentação.
É dividida em 2 partes:
Avascularizado e insensível
 Gengiva Marginal livre – que forma um
Permeável – por isso a utilização de flúor, que
colar ao redor do dente.
entra na composição química do esmalte e na
 Gengiva Inserida – no osso e no dente.
composição inorgânica = mais resistência à
Entre a gengiva marginal e o dente, existe o ação bacteriana.
Sulco gengival – onde se passa o fio dental.
L E T Í C Í A T I M B Ó 128
Ordem de Apostila de Histologia
mineralização

1. Esmalte
Órgão longo que contém 4 camadas.
2. Dentina
3. Osso A Submucosa constituída por Glândulas
4. Cemento esofágicas – que secretam muco, facilitando o
transporte de alimento e protegendo a
Polpa Dental mucosa.

Consistem em: A Lâmina própria é constituída por


Tecido conjuntivo frouxo Glândulas esofágicas da cárdia. – que
secretam muco.
Composta por:
Camada muscular é composta por
 Odontoblastos Músculo Estriado Esquelético.
 Fibroblastos
 Fibrilas de colágeno  Porção Proximal – Fibras estriadas
 Diversos glicosaminoglicanos esqueléticas
É um tecido altamente vascularizado e  Porção Média – Misto de estriado
inervado. esquelético e liso (início dos
movimentos peristálticos)
As fibras pulpares são sensíveis à dor  Porção Distal – Células musculares
lisas.
Esôfago
O esôfago
possui na sua
maior parte,
camada
adventícia, só
possui camada
serosa depois
que perfura o
abdômen.

OBS: Único órgão com camada adventícia.

Tubo muscular com a função de transportar Na transição do esôfago para o estômago


o alimento da boca para o estômago. aparecem as Glândulas Cárdicas esofágicas.

Epitélio Pavimentoso Estratificado NÃO


queratinizado.
L E T Í C Í A T I M B Ó 129
Apostila de Histologia

Camadas do Estômago

Estômago Mucosa Gástrica


É revestida por um Epitélio que sofre
invaginação em direção à lâmina própria,
formando as Fossetas gástricas.

Nestas fossetas desemboca a secreção de


glândulas tubulares ramificadas
características de cada região do
estômago.
Função – formação do quimo (que é quando OBS: A lâmina própria da mucosa é a
o bolo alimentar sofre a ação do HCL) única que possui glândulas.
Digestão Química O epitélio que recobre a superfície do
estômago e reveste as fossetas é –
 Digestão de carboidratos – iniciada na
Epitélio Colunar simples.
boca.
 Adição de HCL ao alimento ingerido. Entre a Camada Mucosa e Submucosa
 Digestão parcial de proteínas – ação da existe a camada de músculo liso –
Pepsina. Muscular da mucosa
 Digestão parcial de triglicerídeos – Lípases
gástrica e lingual.

Características do Estômago
Região Cárdica
Órgão exócrino e endócrino – que digere o
alimento e secreta hormônios.. Transição entre o esôfago e o
estômago
Epitélio Simples Cilíndrico
Epitélio Cilíndrico simples
Histologicamente – tem 3 regiões
(Cárdia + Fúndica (fundo e corpo) + Pilórica Sua Mucosa contém – Glândulas tubulares
simples ou ramificadas – Glândulas da
A parede do estômago possui 4 camadas Cárdia.
Mucosa + Submucosa + Muscular + Serosa
Secretam muco e lisozima
L E T Í C Í A T I M B Ó 130
Apostila de Histologia

Região Fúndica
(fundo e corpo)
Região Pilórica ou
Epitélio Cilíndrico simples
Antro pilórico
Possui Glândulas Fúndicas na lâmina própria
Epitélio cilíndrico simples
As glândulas possuem 3 regiões:
istmo – colo – base Possui fossetas gástricas profundas, nas
quais as Glândulas Pilóricas tubulosas
 Istmo – possui células mucosas em simples ou ramificadas se abrem.
diferenciação que substituirão as células
da fosseta e as superficiais, células-tronco A região pilórica possui fossetas mais
indiferenciadas e células parietais.. longas e glândulas mais curtas.
 Colo – contém células-tronco + mucosas Possui muitas células G (produtoras de
do colo + parietais. gastrina) intercaladas com células mucosas.
 Base – contém células parietais +
zimogênicas. Camada muscular dividida em 3
subcamadas: Longitudinal externa –
A camada de Glândulas Fúndicas tem 5 Circular média – Oblíqua interna.
tipos de células específicas:
A última camada do estômago é serosa.
Células Fonte ou Tronco – capacidade de
se diferenciar em qualquer outra célula
dessa glândula.

Células Parientais ou Oxínticas – produz


HCL e Fator gástrico intrínseco.
Camada Muscular
Células Mucosas do colo – produz muco Fibras musculares lisas em 3 orientações:
para proteger a superfície do estômago  Camada externa – longitudinal
contra a acidez  Média – circular
Células Zimogênicas ou Principais – OBS: no Piloro a camada média é mais
contêm os grânulos de zimogênio, onde espessa formando o Esfíncter pilórico.
ficam as enzimas pepsina e lípase.
 Interna – obliqua
Células Enteroendócrinas – produzem
hormônios do estômago (como a gastrina).
L E T Í C Í A T I M B Ó 131
Apostila de Histologia

OBS: no duodeno essas vilosidade apresentam


Intestino Delgado forma de folhas, e a medida que se
aproximam do íleo assumem a forma de
dedos.

O epitélio dos Vilos é formado por – Células


Absortivas (Enterócitos) + Células Caliciformes.

Entre os Vilos existem pequenas aberturas de


glândulas tubulares simples chamadas de –
Glândulas Intestinais (Criptas) ou
Glândulas de Lieberkuhn.

O epitélio das Críptas contém – Células


Função – digestão dos alimentos + absorção
Absortivas + Células Caliciformes + Células
de nutrientes + secreção endócrina.
Enteroendócrinas + Células Tronco.
Epitélio Cilíndrico simples com células
A presença de pregas, vilosidade e
caliciformes
microvilosidades aumenta a superfície de
Órgão longo para permitir a ação mais revestimento intestinal – uma característica
demorada das enzimas digestivas importante num órgão onde ocorre intensa
absorção.
Histologicamente – tem 2 regiões:
Duodeno + Jejuno-íleo Pregas = 3x
Camada Mucosa Vilosidades = 10x
Microvilosidades = 20x
Possui estruturas que aumentam sua
superfície.
OBS: Quando a mucosa evagina para fora =
da superfície = da área de absorção vilosidades intestinais e quando é para dentro
= fossetas.
Possui pregas – que consistem em dobras da
mucosa e submucosa são mais desenvolvidas OBS: quando termina uma vilosidade, inicia
no Jejuno e aumentam a superfície de uma Glândula Intestinal.
absorção.
As Glândulas Intestinais são constituídas por
vários tipos de células –
 Prismáticas ou Absortivas
Possui vilosidades
 Caliciformes
intestinais ou vilos –
 Paneth
são projeções
 Enteroendócrinas
alongadas da mucosa
 Células M
Células Prismáticas ou L E T Í C Í A T I M B Ó 132
Apostila de Histologia
Absortivas
Duodeno X Jejuno-íleo
Colunares altas com núcleo oval e basal
Se for Duodeno vamos encontrar:
No ápice apresente uma – borda em
escova (camada de microvilosidades  Glândulas Intestinais na mucosa
agrupadas).  Glândulas Duodenais na submucosa
Absorvem as moléculas nutrientes Se for Jejuno-íleo:
produzidas durante a digestão.
 NÃO tem glândulas na submucosa
 O final dele tem nódulos linfáticos
formando a Placa de Peyer.
Células Caliciformes
São distribuídas entre as Cél. Absortivas.

Produzem ácidos do tipo mucina – cuja Intestino Grosso


função é proteger e lubrificar o
revestimento do intestino.

Células de Paneth
Localizadas na porção basal das
Glândulas Intestinais.

São células exócrinas com grandes


grânulos de secreção que possuem
lisozimas – enzimas capazes de digerir
Função – absorção de água + formação da
a parede de algumas bactérias.
massa fecal + produção de muco.

É constituído por Ceco + Colon (ascendente,


transverso, descendente e sigmoide) + Reto +
Células M Ânus.
São epiteliais especializadas que Epitélio de revestimento simples cilíndrico com
recobrem folículos linfoides das Placas de células caliciformes.
Peyer (localizadas no íleo).
Consiste em uma membrana mucosa sem
Possuem inúmeras invaginações basais pregas e sem vilosidades
contendo linfócitos e celulas com (exceto em sua porção distal – reto)
antígenos. Apresentem uma função na
defesa imunológica intestinal
L E T Í C Í A T I M B Ó 133
Apostila de Histologia

As criptas intestinais são longas, com células Possui um lúmen irregular, pequeno e estreito
caliciformes e absortivas, com poucas células devido à presença de nódulos linfoides
enteroendócrias. abundantes em sua parede
(Por isso se inflama bastante).
Possui Glândulas Intestinais que se
caracterizam pela grande quantidade de É um MALP
células caliciformes (por apresentar nódulos linfáticos)

Submucosa sem glândulas OBS: se vem do intestino grosso,


histologicamente são iguais, só muda que da
Camada serosa é caracterizada por
para ver a luz ou lúmen.
protuberâncias formadas por tecido adiposo –
apêndices epiplóicos ou pedunculados.
Renovação Celular
Camada muscular é constituída pelas camadas
circular e longitudinal – as fibras da camada Células epiteliais são repostas
longitudinal se unem para formar as constantemente por novas
Tênias do cólon células formadas por meios da
divisão de células tronco.
OBS: É o órgão com camada muscular mais
desenvolvida.

Reto

Epitélio de revestimento estratificado


pavimentoso sem queratina.

Origem embrionária do ânus e da boca é a


mesma.

Na região anal, a membrana mucosa forma


uma série de dobras longitudinais –
as Colunas retais (de Morgagni).

Nesta região, a lâmina própria contém um


plexo de veias grandes que, quando dilatadas
e varicosas, produzem as hemorroidas.

Apêndice Cecal

Epitélio de revestimento simples cilíndrico com


células caliciformes.

O apêndice é uma evaginação do ceco.


L E T Í C Í A T I M B Ó 134
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 135
Apostila de Histologia

O Aparelho respiratório é constituído pelos


pulmões e um sistema de tubos que
comunicam o parênquima pulmonar com o
meio exterior.

Histologicamente é dividido em 3 porções:

 Porção condutora – fossas nasais +


nasofaringe + laringe + traqueia +
brônquios + bronquíolos terminais.
 Porção de transição – bronquíolo
respiratório. (onde ocorrem as trocas Esse epitélio consiste em 5 tipos celulares:
gasosas)
1. Célula colunar ciliada. (+ abundante) –
 Porção respiratória – ductos alveolares
rica em mitocôndrias que fornecem
+ sacos alveolares + alvéolos.
ATP para movimentos ciliares.
OBS: A mucosa da porção condutora é um 2. Células caliciformes – secretoras de
componente importante do Sistema muco
Imunitário, pois é rica em linfócitos isolados + 3. Célula em escova – possui numerosos
nódulos linfáticos + plasmócitos + macrófagos. microvilos na superfície apical, são
considerados receptores sensoriais,
Epitélio Respiratório pois na sua base existem terminações
nervosas aferentes.
A maior parte da porção condutora é 4. Célula granular – funções endócrinas
revestida por Epitélio Ciliado Pseudo- 5. Célula basal – são células-tronco que
estratificado Colunar com MUITAS células se multiplicam por mitose e originam
caliciformes – denominado de os demais tipos celulares do epitélio
Epitélio Respiratório. respiratório.

OBS: todas as células do Epitélio Respiratório


apoiam-se na Lâmina Basal
L E T Í C Í A T I M B Ó 136
Apostila de Histologia

Abaixo do epitélio tem a lâmina própria que Nessa área a Lâmina própria contém
pode conter: glândulas mistas (serosas e mucosas)..

 Glândulas O muco produzido pelas glândulas mistas e


 Vasos sanguíneos pelas células caliciformes prende
 Linfócitos difusos ou formando nódulos microorganismos e particular inertes, sendo
envolvidos por celulas M. deslocado ao longo da superfície epitelial em
direção à faringe, pelo batimento ciliar. Esse
Células M deslocamento do muco protetor, na direção
do exterior – é importante para proteger o
São células que captam antígenos, aparelho respiratório.
transferindo-os para os macrófagos e
A superfície da parede lateral de cada
linfócitos dispostos em cavidades amplas do
cavidade nasal apresenta 3 expansões ósseas:
seu citoplasma.
 Conchas
 Cornetos inferior e médio – a sua
Fossas Nasais lâmina própria possui um Plexo Venoso.
– a ele é atribuída à função de
Possui 3 regiões:
aquecimento, filtração e umedecimento
Vestíbulo do ar.

Porção mais anterior e dilatada das fossas Área Olfatória

Os pelos curtos Epitélio Estratificado Região situada na parte superior das fossas
(vibrissas) e a Pavimentoso SEM nasais – responsável pela sensibilidade olfatória.
secreção das queratina
glândulas sebáceas Epitélio Coluna
e sudoríparas – pseudoestratificado (olfatório) –
constituem uma barreira à penetração de contém os quimiorreceptores
partículas grosseiras nas vias aéreas. de olfação (neuroepitélios).

Área Respiratória
Essa área é formado por 3 tipos de células:
Maior parte das fossas nasais
 Células de Sustentação
Epitélio pseudo-estratificado  Células Basais
colunar ciliado com muitas  Células Olfatórias
células caliciformes
(Epitélio Respiratório).
L E T Í C Í A T I M B Ó 137
Apostila de Histologia

Células de Sustentação
Seios Paranasais
 Prismáticas.
São as cavidades de alguns ossos do crânio
 Largas no ápice e estreita na base.
(frontal – maxilar – etmoide – esfenoide).
 Apresenta microvilos que se projetam
para dentro da camada, produzindo Sua lâmina própria
muco que cobre o epitélio. apresenta algumas Epitélio Respiratório
 Elas possuem um pigmento amarelo- glândulas pequenas e com poucas células
acastanhado responsável pela cor da é continua com o caliciformes
mucosa olfatória. Periósteo adjacente

Os seios se comunicam com as fossas nasais


por intermédio de pequenos orifícios. .
Células Basais O muco produzido é drenado para as fossas
 Pequenas e arredondadas nasais pelas células epiteliais ciliadas.
 Situam-se na região basal do epitélio
(entre as células olfatórias e as de
Nasofaringe
sustentação).
É a primeira parte da faringe.
 Elas são as células-tronco do epitélio
olfatório. É separada incompletamente da orofaringe
pelo palato mole.

Na Orofaringe o
Revestida por
Epitélio é
Células Olfatórias Epitélio Respiratório
Estratificado
São neurônios bipolares que se Pavimentoso.
distinguem das células de sustentação,
pois seus núcleos se localizam numa Laringe
posição mais inferior.
Tubo de forma irregular que
Possuem cílios (sem mobilidade) que são une a faringe à traqueia.
excitáveis pelas substâncias odoríferas.
Sua parede é formada por Peças
Na lâmina própria dessa mucosa possui as Cartilaginosas unidas entre si por tecido
Glândulas de Bowman (serosas) –seus conjuntivo fibroelástico.
ductos levam secreção para superfície
OBS: as cartilagens mantém a luz da laringe
epitelial, criando uma corrente liquida
sempre aberta, garantindo a livre passagem
continua que limpa os cílios das células
do ar.
olfatórias, facilitando o acesso de novas
substancias odorífera.s
L E T Í C Í A T I M B Ó 138
Apostila de Histologia

Peças cartilaginosas maiores  Possui sua mucosa apoiada nos Músculos


Intrínsecos da laringe.
– Hialinas
O revestimento da laringe não é uniforme:
 Tireóide
 Cricóide  Face ventral e parte da face dorsal da
 Aritenóides epiglote + cordas vocais verdadeiras =
Epitélio Estratificado Pavimentoso sem
queratina (está sujeito a atrito).
Peças cartilaginosas menores  Nas demais regiões = Epitélio Respiratório
com cílios.
– Elásticas
A lâmina própria é rica em fibras elásticas e
 Epiglote contem pequenas glândulas mistas (serosas e
 Corniculada mucosas) – essas glândulas não são
 Cuneiforme . encontradas nas cordas vocais verdadeiras.

OBS: na laringe não existe uma submucosa


A Epiglote é um prolongamento que se bem definida.
estende da laringe na direção da faringe e
apresentando uma face dorsal e uma face Traqueia
ventral.
É a continuação da laringe e termina
Sua mucosa forma 2 pares de pregas: ramificando-se nos
Falsas Cordas Vocais ou 2 brônquios extrapulmonares.
Pregas Vestibulares. Tubo cartilaginoso formado por (16 a 20)
 São superiores cartilagens (hialinas) em forma de C.
 Epitélio Respiratório
 Revestida internamente por =
 Lâmina própria frouxa que contém
Epitélio Respiratório
numerosas Glândulas mistas.
 Revestida externamente por =
 Mucosa NÃO definida.
Tecido Conjuntivo frouxo,
Cordas Vocais Verdadeiras ou constituindo a Camada adventícia,
Pregas Vocais que liga o órgão aos tecidos vizinhos.

 São inferiores e maiores


 Entram em contato com o ar Sua submucosa é mal definida.
 Epitélio Estratificado pavimentoso sem A Lâmina própria é de tecido conjuntivo
queratina frouxo rico em fibras elásticas e contém
glândulas seromucosas.
L E T Í C Í A T I M B Ó 139
Apostila de Histologia

Árvore Brônquica

Cada bronquíolo penetra em um lóbulo


pulmonar, onde se ramifica formando de
5 a 7 bronquíolos terminais.

Cada bronquíolo terminal origina um ou mais


bronquíolos respiratórios – os quais marcam a
transição para a porção respiratória

Os bronquíolos primários, na sua porção


extrapulmonar, tem a mesma estrutura
observada na traqueia. À medida que caminha
para a porção respiratória, observa-se
simplificação na estrutura desse sistema de
condutos.

Brônquios Lobares

 Ramos maiores = mucosa idêntica a da


A Traqueia ramifica-se originando 2 brônquios
traqueia
(primários e secundários), que entram nos
 Ramos menores = Epitélio cilíndrico simples
pulmões através do Hilo
ciliado.
Pelo Hilo também entram artérias e saem
Lâmina própria rica em fibras elásticas.
vasos linfáticos e veias – todas essas
estruturas são revestidas por tecido Camada muscular aparece descontínua
conjuntivo denso, sendo o conjunto conhecido (formada por feixes musculares dispostos em
como Raiz do pulmão.. espiral que circundam completamente o
brônquio).
Brônquios Primários
Externamente a essa camada muscular
Ao penetrarem nos pulmões, dirigem-se para
existem glândulas seromucosas que se abrem
baixo e para fora – origina 3 brônquios no
na luz brônquica.
pulmão direito e 2 no esquerdo.
OBS: Tanto na adventícia como na mucosa:
Cada brônquio supre um lobo pulmonar.
são frequentes acúmulos de linfócitos (nos
Esses brônquios lobares dividem-se repetidas pontos de ramificação de arvore brônquica é
vezes, originando brônquios cada vez comum os nódulos linfáticos).
menores, sendo os últimos ramos chamados
de bronquíolos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 140
Apostila de Histologia

Bronquíolos Bronquíolos Terminais

São segmentos intralobulares, que NÃO São as ultimas poções da árvore brônquica
apresentam peças de cartilagem, glândulas ou (fim da porção condutora)
nódulos linfáticos.

 Epitélio na porção inicial = Possui uma estrutura semelhante à dos


Cilíndrico simples ciliado. bronquíolos, porém, com a parede mais
 Epitélio na porção final = delgada.
Cúbico simples, ciliado ou não.
Revestida internamente por
Epitélio colunar baixo ou cúbico, com
Seu epitélio apresenta regiões especializadas células ciliadas e não ciliadas.
denominadas de Corpos Neuroepiteliais
Possuem as Células de Clara – células NÃO
Corpos Neuroepiteliais ciliadas, que apresentam grânulos secretores
em suas porções apicais e secretam proteínas
São corpos constituídos por grânulos que protegem o revestimento bronquiolar
de secreção e recebem terminações contra determinados poluentes do ar inspirado
nervosas colinérgicas e contra inflamações.
(quimiorreceptores que reagem às
alterações na composição dos gases Se subdivide em 2 ou mais bronquíolos
que penetram o pulmão). respiratórios que constituem a transição entre
a porção condutora e a respiratória.

Bronquíolos Respiratórios
Lamina própria delgada e rica em
fibras elásticas. Possui estrutura semelhante a do bronquíolo
terminal, exceto pela presença de numerosas
OBS: quando se compara a espessura das expansões saculiformes constituídas por
paredes dos brônquios com a dos bronquíolos, alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas.
nota-se que a musculatura bronquiolar é
relativamente mais desenvolvida que a As porções não ocupadas pelos alvéolos: são
brônquica. As crises asmáticas são causadas revestidas por Epitélio simples que varia de
principalmente pela contração da musculatura colunar baixo a cuboide, podendo ainda
bronquiolar, com pequena participação da apresentar cílios na porção inicia.
musculatura dos brônquios.
Tal epitélio simples contem também as
Celulas de Clara.
L E T Í C Í A T I M B Ó 141
Apostila de Histologia

O músculo liso e as fibras elásticas formam Os Ductos alveolares terminam em um alvéolo


uma camada mais delgada do que a do único ou em sacos alveolares constituídos de
bronquíolo terminal. diversos alvéolos.

Ductos Alveolares Alvéolos

À medida que a árvore respiratória se São estruturas encontradas nos sacos


prolonga no parênquima pulmonar, o numero alveolares, ductos alveolares e bronquíolos
de alvéolos vai aumentando até que a parede respiratórios. – constituem as ultimas poções
passa a ser constituída apenas de alvéolos. – e da arvore brônquica.
tudo passa a ser chamado de Ducto Alveolar.
São responsáveis pela estrutura esponjosa do
parênquima pulmonar.
Tanto os ductos alveolares como os
alvéolos são revestidos por – São pequenas bolsas semelhantes a favos de
Epitélio Simples planos cujas células são colmeia, abertas de um lado, cujas paredes
extremamente delgadas são constituídas por uma camada epitelial fina
(pavimentoso simples) que se apoia num
tecido conjuntivo delicado, onde está presente
Nas bordas dos alvéolos, a lâmina própria
uma rica rede de capilares sanguíneos.
apresenta feixes de músculo liso.
(exceto os ductos mais distais) Essa parede alveolar é comum a 2 alvéolos
adjacentes, constituindo uma parede ou septo
Possui uma matriz rica em fibras elásticas e
interalveolar.
reticulares que constitui o suporte para os
ductos e alvéolos. Esse Septo consiste em duas camadas de
pneumócitos (principalmente do tipo I)
São importantes, pois
separadas pelo interstício de tecido conjuntivo
se distendem durante
Fibras Elásticas a inspiração e se com fibras reticulares e elásticas + substancia
contraem fundamental + celulas do conjuntivo + rede
passivamente na de capilares sanguíneos
expiração.
Servem de suporte OBS: o septo interalveolar contém a rede
para os delicados capilar mais rica do organismo.
capilares sanguíneos
interalveolares e para O ar alveolar é separado do sangue capilar
Fibras Reticulares a parede dos por 4 membranas, que são:
alvéolos, impedindo a
 Citoplasma do Pneumócito tipo I
distensão excessiva
dessas estruturas e  Lâmina basal do Pneumócito tipo I
eventuais lesões  Lâmina basal do capilar
 Citoplasma da célula endotelial.
L E T Í C Í A T I M B Ó 142
Apostila de Histologia

A parede interalveolar (com poros) é formada


por 3 tipos celulares:
Pneumócito tipo II ou
 Células endoteliais dos capilares Células Septais
 Pneumócitos tipo I
 Pneumócito tipo II  Localizam-se entre os Pneumócitos
tipo I com os quais formam
As células endoteliais dos capilares são as mais
desmossomos e junções unitivas.
numerosas e têm o núcleo mais alongado que
 Células arredondadas que apresentam
a dos pneumócitos., além de ter um endotélio
microvilosidades.
do tipo contínuo.
Sua principal característica são os corpos
Pneumócito tipo I ou multilamelares – eles contêm fosfolipídios
+ proteínas + glicosaminoglicanos e são
Célula Alveolar Pavimentosa sintetizados e liberados pela porção apical
dos pneumócitos tipo II.
 Possui núcleo achatado
 Possui zônulas de oclusão – que Os Corpos Lamelares originam o material
impedem a passagem de fluidos do que se espalha sobre a superfície dos
espaço tecidual (interstício) para o alvéolos – Esse material forma uma
interior dos alvéolos. camada extracelular nos alvéolos,
denominada de Surfactante pulmonar
Função dos Pneumócitos tipo I: constituir
(reduz a tensão superficial dos alvéolos,
uma barreira de espessura mínima para
reduzindo também a força necessária
possibilitar as trocas gasosas e ao mesmo
para a inspiração, facilitando a respiração).
tempo impedir a passagem de líquido
OBS: Sem o surfactante os alvéolos
Barreira Alvéolo. – CO² dentro dos
tenderiam a entrar em colapso durante a
alvéolos precisa atravessar citoplasma do
expiração. (esse surfactante é renovado
pneumócito, a membrana basal (lâmina
constantemente).
basal do pneumócito I + lâmina basal
célula endotelial dos capilares) e citoplasma Líquido Bronco-alveolar – auxilia a
da célula endotelial para cair na corrente remoção de partículas e substâncias
sanguínea, se aderir a hemácia e seguir o prejudiciais que possam penetrar com o
caminho. ar inspirado (contém diversas enzimas)
L E T Í C Í A T I M B Ó 143
Apostila de Histologia

1. Essas artérias trazem sangue venoso para


Poros Alveolares ser oxigenado nos alvéolos pulmonares.
2. Dentro do pulmão, essas artérias
O septo interalveolar contém poros pulmonares se ramificam, acompanhando a
comunicando 2 alvéolos vizinhos. árvore brônquica.
3. Na altura dos ductos alveolares os ramos
Esses poros equalizam a pressão do ar nos
arteriais originam a rede capilar dos septos
alvéolos e possibilitam a circulação colateral
interalveolares – essa rede entra em
do ar, quando um bronquíolo é obstruído. .
contato direto com o epitélio alveolar.

OBS: O pulmão apresenta a rede capilar mais


desenvolvida de todo o organismo.
Macrófagos Alveolares ou
4. Da rede originam-se vênulas que correm
Células de poeira isoladas pelo parênquima pulmonar,
afastadas dos ductos condutores de ar, e
São encontrados no interior dos septos
penetram os septos interlobulares.
interalveolares e na superfície dos
5. Após saírem dos lóbulos, as veias contendo
alvéolos.
sangue oxigenado (arterial) acompanham a
Mas localiza-se na camada surfactante que árvore brônquica, dirigindo-se para o hilo.
limpam a superfície do epitélio alveolar.

Função – fagocitar as partículas de poeira Vasos Nutridores


que adentram o pulmão.
Compreendem as artérias e as veias
brônquicas, que levam sangue com
nutrientes e oxigênio para todo o
Vasos sanguíneos dos pulmões parênquima pulmonar.

A circulação sanguínea do pulmão Os ramos da artéria brônquica


compreende vasos nutridores (sistêmicos) e acompanham a árvore brônquica até os
vasos funcionais (vasos pulmonares). bronquíolos respiratórios, onde se
anastomosam com pequenos ramos da
Circulação Funcional artéria pulmonar.
Representada pelas artérias e veias
pulmonares.

As artérias pulmonares são do tipo elásticas e


Vasos linfáticos dos pulmões
de paredes delgadas – pois nelas é baixa a Distribuem-se acompanhando os brônquios e
pressão sanguínea. os vasos pulmonares
Caminho das artérias:
L E T Í C Í A T I M B Ó 144
Apostila de Histologia

Tal rede linfática é chamada de Rede


profunda, para ser distinguida da rede
Movimentos Respiratórios
superficial, que compreende os linfáticos Na inspiração – a contração dos músculos
existentes na pleura visceral. intercostais eleva as costelas e a contração do
Os vasos linfáticos da rede superficial ou diafragma abaixa o assoalho da cavidade
acompanham a pleura em toda a extensão ou torácica, o que aumenta o tamanho desta e
podem penetrar o parênquima pulmonar determina a expansão pulmonar.
através dos septos interlobulares, dirigindo-se Os brônquios e os bronquíolos aumentam em
também para os linfonodos do hilo pulmonar. diâmetro e comprimento durante a inspiração.
Nas porções terminais da árvore brônquica e A porção respiratória também se expande –
nos alvéolos não existem vasos linfáticos. por conta dos ductos alveolares que mudam
pouco de volume.
Pleura
As fibras elásticas do parênquima pulmonar
É a serosa que envolve o pulmão, sendo participam dessa expansão, de modo que, na
formada por 2 folhetos, que são contínuos na expiração, quando os músculos se relaxam, a
região do hilo do pulmão. retração dos pulmões é passiva, sendo em
grande parte devida às fibras elásticas que
 Parietal
estavam sob tensão.
 Visceral

Ambos os folhetos são formando por


mesotélio + tecido conjuntivo que contém
fibras colágenas e elásticas.

As fibras elásticas do folheto visceral se


continuam com as do parênquima pulmonar.

Os 2 folhetos delimitam, para cada pulmão,


uma cavidade independente e inteiramente
revestida pelo mesotélio.

É uma estrutura de grande permeabilidade, o


que explica a frequência de acumulo de
líquidos entre os dois folhetos pleurais
(derrame pleural)
L E T Í C Í A T I M B Ó 145
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 146
Apostila de Histologia

 Recebe informações sobre o ambiente


A pele recobre a superfície do corpo e é
e as envia para o SNC – graças às
composta por:
terminações nervosas sensitivas.
 Epiderme – origem ectodérmica  Colabora na termorregulação do corpo
 Derme – origem mesodérmica – através dos seus vasos sanguíneos,
glândulas e tecido adiposo.
Dependendo da espessura da epiderme,
distingue-se em pele fina e espessa. A melanina é um pigmento que é produzido e
acumulado na epiderme – possui função
 Pele espessa é encontrada – na palma
protetora contra os raios ultravioleta.
da mão e planta dos pés.
 Pele fina é encontrada no resto do OBS: na pele se forma a vitamina D³ pela
corpo. ação da radiação ultravioleta do sol sobre
precursores sintetizados no organismo.
Abaixo da derme, encontra-se a – Hipoderme
ou Tecido celular subcutâneo – que NÃO faz A junção entre Epiderme e Derme é
parte da pele, apenas serve de união com os irregular.
órgãos subjacentes.
A derme possui projeções – Papilas dérmicas
– que se encaixam na epiderme, aumentando
Hipoderme a coesão entre essas duas camadas.
É um tecido conjuntivo frouxo que pode
conter MUITAS células adiposas, constituindo o Epiderme
Panículo Adiposo.
É constituída por – Epitélio Estratificado
Pavimentoso queratinizado.
A pele é um dos maiores órgãos do corpo e
desempenha inúmeras funções: As células + abundantes nesse epitélio são os
– Queratinócitos.
 Protege o organismo contra a perda
de água e atrito – devido a sua Alem dessa, ela apresenta mais 3 tipos de
camada córnea da epiderme. células:
L E T Í C Í A T I M B Ó 147
Apostila de Histologia

 Melanócitos
 Células de Langerhans Melanócitos
 Merkel
Originam-se das – Cristas Neurais do
embrião e invadem a pele.
Células de Langerhans
Produzem Melanina.
São muito ramificadas.
Localizados na junção da derme com
Localizam-se em toda a Epiderme entre epiderme ou entre os queratinócitos da
os queratinócitos, só que mais frequentes camada basal da epiderme.
na Camada Espinhosa.
Seu citoplasma apresenta
Originam-se de células precursoras da prolongamentos que penetram na
medula óssea. camada basal e espinhosa – transferindo
São capazes de captar antígenos, grânulos de melanina para essas camadas.
processá-los e apresentá-los aos Os melanócitos junto com os
linfócitos T, participando da estimulação queratinócitos se prendem a membrana
dessas células. basal por meio de hemidesmossomos.
OBS: papel importante nas reações A melanina é sintetizada com a
imunitárias cutâneas. participação da enzima tirosinase.

Células de Merkel Apresenta 5 camadas:

Camada Basal ou Germinativa


Existem em maior quantidade na pele
espessa da palma das mãos e da planta  Constituída por células prismáticas ou
dos pés. cuboides, basófilas.
Localizam-se na parte profunda da  Repousa sobre a membrana basal que
Epiderme, apoiadas na membrana basal e separa a epiderme da derme.
presas aos queratinócitos por meio de  Rica em células tronco da epiderme.
desmossomos.  Suas células contêm filamentos
intermediários de queratina, que se
Na base dessas células existe uma tornam mais numerosos com a
estrutura que recebe fibras nervosas aproximação da superfície.
aferentes (conduzindo o impulso nervoso
 Apresenta intensa atividade mitótica
para o SNC).
OBS: Juntamente com a camada espinhosa
Essas células são mecano-receptores
fazem a renovação da epiderme.
(sensibilidade táctil)
L E T Í C Í A T I M B Ó 148
Apostila de Histologia

Camada Espinhosa Esses grânulos lamelares se fundem com a


membrana plasmática e expulsão seu
 Possuem células tronco dos
conteúdo para o espaço intercelular –
queratinócitos.
contribuindo para formar uma barreira contra
 As mitoses ocorrem em menor a penetração de substancias e tonar a pele
número. impermeável à água, impedindo a
 Constituída por células cuboides, de desidratação do organismo.
núcleo central e citoplasma com curtas
expansões que possuem queratina – Camada Lúcida
Tonofilamentos.
 Mais evidente na pele espessa.
Essas expansões se aproximam e se  Constituída por células achatadas,
mantêm unidas com as das células vizinhas eosinófilas e translúcidas. – sem núcleo
através de desmossomos – oque da a e organelas (foram digeridos por
célula um aspecto espinhoso. enzimas dos lisossomos)
 Citoplasma com numerosos filamentos
OBS: a composição dos tonofilamentos se
de queratina, compactos e envoltos
modifica à medida que os queratinócitos se
por material elétron-denso.
diferenciam.
 Existência de desmossomos entre as
Os filamentos de queratina + células.
desmossomos – são importantes na
Camada Córnea
manutenção da coesão entre as células da
epiderme e na resistência ao atrito.  Espessura variável
 Constituída por células achatadas,
Camada Granulosa .
mortas e sem núcleo.
 Constituída por células poligonais  Citoplasma cheio de queratina.
achatadas, núcleo central e citoplasmas
Ocorre a aglutinação dos tonofilamentos
com grânulos basófilos – Grânulos de
com uma matriz formada pelos Grânulos
querato-hialina. (NÃO são envolvidos
de querato-hialina.
por membrana)

Esses grânulos contêm uma proteina Derme


rica em histidina fosforilada e proteínas
contendo cistina. É o tecido conjuntivo onde se apoia a
Epiderme e une a pele a Hipoderme.
 Os Grânulos lamelares (SÃO envoltos
por membrana) são os únicos que Apresenta espessura variável
podem ser vistos em microscópio (de acordo com a região)
eletrônico. Sua superfície externa é irregular com –
Papilas dérmicas.
L E T Í C Í A T I M B Ó 149
Apostila de Histologia

Papilas Dérmicas É a camada responsável pelo deslizamento da


pele sobre as estruturas nas quais se apoia.
Aumentam a área de contato da derme
com a epiderme – reforçando a união A depender da região e do grau de nutrição
entre essas duas camadas. do organismo, a hipoderme pode ter uma
camada variável de tecido adiposo que,
São mais frequentes nas zonas sujeitas a quando desenvolvida – constitui o
pressões e atritos. Panículo Adiposo.

OBS: Panículo Adiposo modela o corpo, é


uma reserva de energia e proporciona
Além de vasos sanguíneos e nervos, a derme proteção contra o frio.
é constituída por: folículos pilosos, glândulas
sebáceas e glândulas sudoríparas. Vasos e Receptores sensoriais
A derme é constituída por 2 camadas:
da pele
 Papilar (superficial)
Os vasos arteriais que suprem a pele formam
 Reticular (mais profunda).
2 plexos:
Camada Papilar
 Um situado no limite entre a derme e
 Delgada a hipoderme
 Constituída de tecido conjuntivo frouxo  Outro entre as camadas reticular e
que forma as Papilas dérmicas. papilar.
 Possue fibrilas especiais de colágeno –
Deste último, partem finos ramos para as
que prendem a derme à epiderme.
Papilas dérmicas – cada papila possui uma
Camada Reticular única alça vascular, com um ramo arterial
ascendente e um venoso descendente.
 Mais espessa
 Constituída de tecido conjuntivo denso Existem 3 plexos venosos na pele:

OBS: ambas as camadas contêm muitas fibras 1. Situado no limite entre a derme e a
elásticas – responsáveis pela elasticidade da hipoderme
pele. 2. Situado entre as camadas reticular e
papilar.
Hipoderme 3. Situado na região média da derme.

 Formada por tecido conjuntivo frouxo. Encontram-se frequentemente, na pele –


 Une a derme aos órgãos subjacentes. Anastomoses arteriovenosas com glomus –
possuem papel importante na
termorregulação
L E T Í C Í A T I M B Ó 150
Apostila de Histologia

Sistema de Vasos Linfáticos Na fase de crescimento as células dessa raiz


multiplicam-se e diferenciam-se em vários
Inicia-se nas Papilas dérmicas como capilares
tipos celulares.
de fundo cego, que convergem para um
plexo entre as camadas papilar e reticular. Em alguns pelôs grossos as células centrais da
raiz produzem células grandes, vacuolizadas e
Desse plexo partem ramos para outro plexo
pouco queratinizadas – que formam a Medula
localizado no limite da derme com a
do pêlo.
hipoderme.
Ao redor dessa medula diferenciam-se células
Pêlos mais queratinizadas formando o – Córtex do
pêlo.

Algumas células mais periféricas formam a –


Cutícula do pêlo.

Das células epiteliais mais periféricas, origina-se


2 bainhas epiteliais (externa e interna) que
envolvem o eixo do pêlo na sua porção inicial.

 Bainha Externa – se continua com o


Epitélio da epiderme
 Bainha Interna – desaparece na altura
São estruturas delgadas e queratinizadas. da região onde desembocam as
glândulas sebáceas no folículo.
Estão presentes em toda a superfície corporal
(com exceção de algumas regiões). Separando o folículo piloso do tecido
conjuntivo que o envolve – encontra-se uma
São estruturas que crescem membrana basal muito desenvolvida –
descontinuamente, intercalando fases de Membrana vítrea.
repouso com fases de crescimento.
O conjuntivo que envolve esse folículo é mais
Cada pêlo se origina de uma invaginação da espesso, formando a – Bainha conjuntiva do
epiderme – Folículo piloso. folículo piloso.
No pêlo em fase de crescimento, esse folículo Os músculos eretores do pêlo estão inseridos
se apresenta como uma dilatação terminal – o de um lado da bainha e do outro na camada
Bulbo Piloso, em cujo centro se observa uma papilar da derme – a contração deles puxa o
Papila dérmica. pêlo para uma posição vertical, o tornado
As células que recobrem essa papila formam eriçado.
a – Raiz do pêlo – de onde emergem o Eixo
do pêlo.
L E T Í C Í A T I M B Ó 151
Apostila de Histologia

OBS: A cor do pelo depende dos melanócitos O epitélio da dobra de pele que cobre essa
localizados entre a papila e o epitélio da raiz raiz consiste em camadas usuais de epiderme.
do pêlo.
A camada córnea desse epitélio forma a –
Cutícula da unha.
Diferença entre o processo de
queratinização Glândulas da Pele
(na epiderme e no pêlo) Glândulas Sebáceas
Enquanto a epiderme produz uma camada Situam-se na derme e os seus ductos
superficial de células mortas contendo desembocam nos Folículos Pilosos.
queratina mole, com pouca adesividade e
que se descama, no pêlo ocorre o oposto. OBS: em certas regiões (lábio, glande e
– no pelo a estrutura de queratina é mais pequenos lábios da vagina) os ductos
dura. desembocam na superfície da pele.

Na epiderme o processo de diferenciação A pele da palma das mãos e da planta dos


pés possue Glândulas Sebáceas.
é continuo e tem lugar sobre toda a
superfície, já no pêlo ela é intermitente e Essas glândulas são alveolares.
localizado no bulbo piloso.
Os alvéolos são formados por uma camada
Enquanto na epiderme as células se externa de células epiteliais achatadas que
diferenciam de modo uniforme, as células repousam sobre uma membrana basal. –
do pêlo diferenciam-se em múltiplos tipos essas células proliferam e diferenciam-se em
celulares. células arredondadas.

As células mais centrais dos alvéolos morrem


Unhas e se rompem – formando a secreção
sebácea.
São placas de células queratinizadas.
A secreção sebácea é uma mistura de lipídios
Estão localizadas na superfície dorsal das que contém: triglicerídeos + ácidos graxos
falanges terminais dos dedos. livres + colesterol + ésteres de colesterol.
A porção proximal da unha é a – OBS: as glândulas sebáceas são holócrinas,
Raiz da unha. pois a formação da secreção resulta na morte
É na raiz da unha que se observa a sua das células.
formação – graças a um processo de
proliferação e diferenciação das células
epiteliais, que vão se queratinizar e formar
uma – Placa córnea.
L E T Í C Í A T I M B Ó 152
Apostila de Histologia

Glândulas Sudoríparas. O ducto da glândula sudorípara abre-se na


superfície da pele.
Glândulas Sudoríparas Merócrinas - são muito
numerosas e encontradas em toda a pele É revestido por – Epitélio Cúbico Estratificado.
(exceto glande).
O suor que é excretado por essas glândulas é
São glândulas tubulosas simples enoveladas, uma solução diluída que contém poucas
cujos ductos se abrem na superfície da pele. proteínas, além de sódio + potássio + cloreto
+ ureia + amônia + ácido úrico.
As células secretoras são piramidais e entre
elas e a membrana basal estão localizadas as Além das glândulas sudoríparas merócrinas –
células mioepiteliais Nessas glândulas existe 2 existem nas axilas e na aréola mamária –
tipos de células secretoras: Glândulas sudoríparas Apócrinas.

 Células escuras Estão localizadas na derme e hipoderme.


 Células claras
Os ductos dessas glândulas desemboca num
As escuras são adjacentes ao lúmen e as folículo piloso e a luz de suas partes
claras ficam entre as células escuras e as secretadas é dilatada.
células mioepiteliais.
A secreção dela é viscosa e sem cheiro, mas
. adquire um odor desagradável pela ação das
Células Escuras bactérias da pele.

No seu ápice apresenta Grânulos de OBS: Glândulas de Moll – da margem das


secreção contendo glicoproteínas, e o seu pálpebras e as de cerúmen do ouvido são
citoplasma é rico em retículo glândulas sudoríparas modificadas.
endoplasmático rugoso.
Psoríase
Células Claras
Doença da pele que afeta a epiderme e a
NÃO contém grânulos de secreção e
derme – ocorre um aumento no número
são pobres em retículo endoplasmático
de mitoses nas camadas basal e espinhosa
rugoso, mas contêm muitas mitocôndrias.
e diminuição na duração do ciclo mitótico
Apresentam muitas dobras da membrana dessas células.
plasmática – característica do transporte
Consequência: epiderme se torna mais
transepitelial de fluido e sais – isso sugere
espessa e se renova com rapidez, já as
que essas células produzam a parte
áreas afetadas apresentam acúmulos de
aquosa do suor.
placas esbranquiçadas de queratina
descamada.
L E T Í C Í A T I M B Ó 153
Apostila de Histologia

Albinismo Vitiligo

Resulta da incapacidade hereditária de os Ocorre pela degeneração ou


melanócitos produzirem melanina. desaparecimento de melanócitos em certas
áreas da pele – causando uma
É causado pela ausência de atividade da despigmentação localizada da pele.
tirosinase ou pela incapacidade das células
de transportarem tirosina para o seu
interior.

Pela falta de melanina, a pele não tem


proteção contra a radiação solar, e os
tumores de pele são mais frequentes.
L E T Í C Í A T I M B Ó 154
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 155
Apostila de Histologia

Rins
O Aparelho Urinário é constituído por:

 2 rins
 2 ureteres
 Bexiga
 Uretra

Funções:

 Contribui para a homeostase –


produzindo urina eliminando resíduos
do metabolismo. O rim apresenta uma borda convexa e
 Secreção hormonal – Renina + uma borda côncava
Eitropoietina. Hilo renal – esta localizado na borda côncava e
 Participa da ativação da vitamina D3 é o local de entrada e saída de vasos
juntamente com à pele e o fígado. sanguíneos, entrada de nervos e saída de
ureteres.
Renina O Hilo contém tecido adiposo e 2 ou 3 cálices
que se reúnem para formar a – Pelve Renal.
Enzima que faz a transformação da
(parte superior e dilatada do ureter).
angiotensina para que ocorra variação de
pressão arterial. O rim é revestido por uma – Cápsula de
tecido conjuntivo denso não modelado
Regula a pressão sanguínea
Dividi-se em 2 regiões:

 Zona Medular (interno)


Eritropoetina  Zona Cortical (externa)

Uma glicoproteina que estimula a A união do córtex + medula =


produção de eritrócitos. Parênquima renal
L E T Í C Í A T I M B Ó 156
Apostila de Histologia

Zona Medular
Túbulo Coletor
Formada por 10 a 18 pirâmides medulares
(de Malpighi), cujos vértices fazem Conecta o Túbulo contorcido distal aos
saliências nos cálices renais, formando as – segmentos corticais ou medulares dos
Papilas.. ductos coletores.

Essas papilas possuem de 10 a 25 orifícios – Corpúsculos Renais


a Área Crivosa.

Da base de cada pirâmide partem os Raios


Medulares, que penetram no na zona cortical.

Cada lobo renal é formado por uma


pirâmide + tecido cortical que recobre sua
base e seus lados.

Cada lóbulo é constituído por um raio


medular + tecido cortical que fica em volta
e delimitado pelas arteríolas interlobulares.

Função – filtração
Cada Túbulo urinífero do rim é composto de
2 porções funcionais distintas: O Corpúsculo Renal é formado por um tufo
de capilares – o Glomérulo – envolto pela
 Néfron (1 a 4 milhões de néfrons) Cápsula de Bowman.
 Túbulo Coletor
A Cápsula possui 2 folhetos:

 Interno ou Visceral – junto aos


Néfron
capilares glomerulares.
Formado por–  Externo ou Parietal – formando os
limites do corpúsculo renal.
 Corpúsculo Renal ou Malpighi
 Túbulo contorcido proximal O Folheto Externo é constituído por um –
 Partes delgada e espessa da Alça de Epitélio Simples Pavimentoso.
Henle As células do Folheto Interno modificam-se
 Túbulo contorcido distal durante o desenvolvimento embrionário,
 Túbulos e ductos coletores adquirindo características próprias – são
É a unidade funcional dos rins. chamadas de Podócitos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 157
Apostila de Histologia

Entre os 2 folhetos existe o Espaço Capsular A Membrana basal glomerular (fusão das
– que recebe o líquido filtrado através da lâminas basais do endotélio e dos podócitos) é
parede dos capilares e do folheto visceral da constituída de 3 camadas:
cápsula de Bowman.
 Lâmina rara interna
Cada corpúsculo possui um:  Lâmina densa
 Lâmina rara externa (possui contato
 Polo Vascular – por onde penetra a
com os podócitos).
arteríola aferente e sai arteríola
eferente
Lâminas raras
É essa arteríola que entra no corpúsculo
renal, se ramifica e origina o Glomérulo. Contém Fibronectina – que
Os capilares do glomérulo se juntam e . estabelecem ligações com as células.
formam a Arteríola glomerular eferente
Lâmina Densa
 Polo Urinário – onde nasce o túbulo
É um feltro de colágeno tipo IV +
contorcido proximal.
laminina.

Podócitos
O Filtrado Glomerular forma-se pela pressão
Formadas pelo corpo celular, de onde
hidrostática do sangue e tem composição
partem diversos prolongamentos
semelhante à do Plasma Sanguíneo, porém,
primários que dão origem aos quase não possui proteínas – pois as
prolongamentos secundários.
macromoléculas NÃO atravessam a parede
Localizam-se sobre uma membrana dos capilares.
basal, porém, o contato com essa
OBS: se a albumina conseguir passar e se
membrana é feito apenas pelos
tornar o filtrado resultam em Proteinúria
prolongamentos secundários.
(perda excessiva de proteína na urina).
Entre os prolongamentos secundários
Além dos Podócitos e das Células endoteliais,
dos podócitos existem as –
no glomérulo existem as Células Mesanginais
Fendas de filtração.
intraglomerulares.

Região Cortical
Os capilares glomerulares são do tipo
É constituída por:
fenestrados e sem diafragmas nos poros das
células endoteliais.  Colunas corticais – ficam entre as
pirâmides
L E T Í C Í A T I M B Ó 158
Apostila de Histologia

 Raios medulares – são estruturas do


Os componentes do néfron +
túbulo coletor e ducto coletor
Túbulo coletor =
 Lobo renal – formado pela pirâmide Unidade Urinífera
renal + tecido cortical
 Lóbulo – formado por um raio +
O túbulo coletor termina na papila renal =
tecido cortical (limitado por 2 arteríolas
formando a Área crivosa.
intralobulares)
 Hilo – entrada de veias e artérias e OBS: O Corpúsculo renal – é encontrado
saída do ureter. na Região cortical
(NUNCA dentro da pirâmide).
Toda pirâmide possui um ápice e uma base.

Células Mesangiais
Ápice
São encontradas nos espaços que ficam
Faz saliência para dentro de uma entre os capilares glomerulares e podem
estrutura que dá origem aos cálices ser encontradas no interior dos capilares
renais, e esse ápice não é pontudo, é
arredondado, chamado de papila renal São contráteis e têm receptores para
(tem uma área toda perfurada por angiotensina II e fator natriurético.
orifícios, chamada de área crivosa)
Angiotensina II – reduz o fluxo sanguíneo
O ápice fica dentro dos cálices glomerular.
secundários que se juntam para formar
Fator natriurético – relaxa as células
os cálices primários que se juntam para
mesangiais, aumentando o volume de
formar uma região mais dilatada
sangue nos capilares e a área disponível
anterior do ureter chamada de Pelves
de filtração.
renal.
Além disso, essas células:
Da pelve sai o ureter.
 Dão suporte estrutural para o glomérulo,
 Sintetizam a matriz extracelular
 Fagocitam e digerem substâncias
Base normais e patológicas
Da pirâmide saem os Raios Medulares  Produzem moléculas ativas, como
prostaglandinas e endotelinas.

.
O túbulo contorcido distal desemboca no
túbulo coleto, que não faz parte do néfron.
L E T Í C Í A T I M B Ó 159
Apostila de Histologia

Túbulo Contorcido Proximal O filtrado glomerular passa por esse túbulo,


onde começa o processo de absorção e
No Polo Urinário do glomérulo – o folheto
excreção.
parietal da cápsula de Bowman se continua
com o Epitélio Cuboide ou Colunar baixo do Esse segmento absorve a glicose e os
túbulo contorcido proximal. aminoácidos contidos no filtrado, além de
água, cloreto de sódio, íons cálcio e fosfato.
Esse túbulo é MAIOR que o túbulo distal.
Glicose, aminoácidos e íons são absorvidos
É encontrada na região
por transporte ativo (com gasto de energia),
cortical do rim. Epitélio cúbico porém a água acompanha passivamente essas
simples com substancias.
Possui citoplasma
orla em escova.
acidófilo (devido à
Quando a quantidade de glicose no filtrado
presença de várias
excede a capacidade de absorção dos túbulos
mitocôndrias), além disso, seu citoplasma apical
proximais – a urina se torna mais abundante e
apresenta microvilos – que formam a Orla em
contém glicose. .
escova..
Alem da função de reabsorção, o TCP
OBS: os limites entre as células desses túbulos
também tem função de secreção: creatina,
são dificilmente observados, pois elas têm
ácido para-amino-hipúrico e outras drogas
prolongamentos laterais que se interdigitam
como penicilina.
com os das células vizinhas.
OBS: a partir do momento que o TCP entra
Esse túbulo possue uma luz ampla e são
na pirâmide, forma a alça de Henle que é o
circundados por muito capilares sanguíneos.
único componente do néfron que se encontra
O citoplasma apical das células desse tubo dentro da pirâmide, ou seja, na região
possuem canalículos que aumentam a medular.
capacidade de o túbulo absorver
Alça de Henle
MACROmoléculas.
É uma estrutura em forma de U que consiste
Nesses canalículos se formam as Vesículas de
em um segmento espesso e um delgado.
pinocitose – que introduzem nas células as
MACROmoléculas que atravessam a barreira Essa Alça participa da retenção de água –
de filtração glomerular. apenas os animais com essas alças são
capazes de produzir urina hipertônica, e assim
Essas vesículas se fundem com lisossomos
poupar água do corpo.
(local onde as MACROmoléculas são digeridas).
Ela cria um gradiente de hipertonicidade no
Na sua parte basal, essas células apresentam
interstício medular que influencia a
mitocôndrias e prolongamentos laterais que se
concentração da urina, à medida que ela
interdigitam com os das células vizinhas.
passa pelos ductos coletores.
L E T Í C Í A T I M B Ó 160
Apostila de Histologia

Ramo descendente – é mais delgado e


revestido por Epitélio Pavimentoso simples
A Mácula densa é sensível à concentração de
(permeável à água).
sódio e cloreto e dependendo dessa
Ramo ascendente – é mais espesso e concentração pode ocorrer uma modificação
revestido por Epitélio Cúbico simples. no calibre da arteríola glomerular aferente –
(impermeável à água) regulando assim a filtração glomerular, através
de moléculas sinalizadoras que vão promover
O segmento ascendente transporta
a ligação de uma enzima chamada Renina.
ativamente o cloreto de sódio para fora da
alça, estabelecendo assim o gradiente medular OBS: O túbulo contorcido distal secreta íons
necessário para concentrar a urina. hidrogênio e amônia para a urina – essencial
para o equilíbrio acidobásico do sangue.
OBS: a partir do momento que o ramo
ascendente sai da pirâmide, se contorce sobre
si mesmo e forma o túbulo contorcido distal, Diferença do Túbulo contorcido
que é revestido por Epitélio Cúbico simples
sem orla em escova, localiza-se na região distal e proximal
cortical. Baseia-se nos seguintes dados:
Túbulo Contorcido Distal  Células menores
Após um trajeto na cortical, a parte espessa  Orla estriada
da Alça de Henle torna-se tortuosa e passa a  Menos acidófilos
ser chamada de – Túbulo Contorcido Distal. Túbulo Contorcido Distal
As células desse túbulo Epitélio cúbico
 Epitélio cúbico simples sem orla em
possuem invaginações simples
escova
da membrana baso-
 Luz mais nítida e aberta
lateral e acúmulo de mitocôndrias –
características indicativas de transporte de Túbulo Contorcido Proximal
íons.
 Epitélio cúbico simples com orla em
O túbulo contorcido distal encosta-se ao escova
corpúsculo de Malpighi do mesmo néfron e,  Células mais acidófilas e maiores
nesse local, sua parede se modifica. Suas  Luz menor e mais irregular
células tornam-se cilíndricas simples, altas, com
núcleos alongados e próximos uns dos outros.

Esse segmento modificado da parede do


túbulo distal chama-se de – Mácula Densa.
L E T Í C Í A T I M B Ó 161
Apostila de Histologia

Túbulos e Ductos Coletores Elas possuem núcleo esférico e citoplasma


carregado de grânulos de secreção..
A urina passa dos túbulos contorcidos distais
para os Túbulos coletores, que se unem para A secreção desses grânulos participa da
formar os Ductos coletores, que se dirigem regulação da pressão sanguínea.
para as Papilas.
Mácula densa do túbulo distal + células
Epitélio cúbico simples
justaglomerulares. + células mesangiais
A medida que se aproximam das papilas , suas extraglomerulares. =
células ficam mais altas e se transformam em Aparelho Justaglomerular
Cilíndricas.

Participam dos mecanismos de concentração OBS: As células Mesangiais Extraglomerulares


da urina (retenção de água) são encontradas entre a arteríola glomerular
aferente e eferente..
Podem ser encontrados tanto na região
cortical como na região medular e terminam As células justaglomerulares produzem a
na região papilar. enzima renina – ela atua aumentando a
pressão arterial e a secreção de aldosterona,
Esse túbulo desemboca na região da papila
por intermédio do angiotensinogênio.
renal – a urina produzida já cai nos cálices
renais.. Atuando sobre o angiotensinogênio, a renina
libera um decapeptídeo – a Angiotensina I.
Diferenciar Túbulo Coletor de Ramo que é transformado em Angiotensina II, após a
ascendente da Alça de Henle é ação da enzima do plasma que remove 2
necessário – pois ambos possuem aminoácidos.
Epitélio Cúbico simples e NÃO possuem
orla em escova. Funções da Angiotensina II:

 Túbulo coletor = Maior Aumenta a pressão sanguínea e a


 Ramo Ascendente = Menor secreção de aldosterona pela Glândula
adrenal.
Aparelho Justaglomerular A aldosterona é um hormônio que inibe a
excreção do sódio pelos rins
Próximo ao corpúsculo de Malpighi, a arteríola
aferente não tem membrana elástica interna
e suas células musculares apresentam O aparelho justaglomerular possui um papel
modificações. importante no Balanço Hídrico (água é retida
Essas células são chamadas de – ou eliminada, junto com o sódio) e do
Justaglomerulares ou Células JG. equilíbrio iônico do meio interno, através da
excreção de renina.
L E T Í C Í A T I M B Ó 162
Apostila de Histologia

OBS: no laboratório quando se encontra a


mácula densa se encontra as células
mesangiais extraglomerulares.
Essas veias se unem às Interlobulares e
Circulação sanguínea do rim
formam as – Veias Arciformes, que dão
Cada rim recebe sangue por uma Artéria origem ás Veias Interlobares.
Renal, que antes de penetrar no órgão, se
As veias interlobares convergem para formar
divide em 2 ramos.
a Veia renal – pelo qual o sangue sai do rim.
 1º ramo – irriga a parte anterior (ventral)
Interstício Renal
 2º ramo – irriga a parte posterior (dorsal).
É o espaço entre os néfrons e vasos
Esses ramos dão origem às –
sanguíneos e linfáticos.
Artérias Interlobares, que seguem entre as
pirâmides renais. O Interstício é escasso na região cortical,
porém aumenta na região medular.
Ao nível da junção córtico-medular (base da
pirâmide) – essas artérias interlobares formam Contém pequena quantidade de tecido
as Artérias Arciformes ou Arqueada. conjuntivo com fibroblastos + fibras colágenas
e, principalmente na medula, possui uma
.Da artéria arqueada surgem as Arteríolas
substância fundamental muito hidratada e rica
interlobulares que delimitam o lóbulo renal.
em proteoglicanos.
Da arteríola interlobular surge a Arteríola
No Interstício da medula existem células
Glomerular aferente – que levam o sangue
secretoras – Células Intersticiais – elas contêm
para os capilares glomerulares.
gotículas lipídicas no citoplasma a participam
Destes capilares, o sangue passa para as da produção de prostaglandinas e
Arteríolas eferentes, que se ramificam para prostaciclinas
formar a Rede capilar peritubular –
Já as células do interstício da cortical
responsável pela nutrição e oxigenação da
produzem 85% da Eritropoetina do organismo
região cortical, e pela remoção dos refugos
– hormônio proteico que estimula a produção
do metabolismo.
de eritrócitos pelas células da medula óssea.
Além disso, essas Arteríolas eferentes formam
OBS: lesões nos rins pode levar uma profunda
vasos longos e retilíneos – Vasos retos –
anemia, devido a deficiência de eritropoetina,
fornecem nutrientes e oxigênio à região
pois o fígado não tem capacidade de suprir
medular do rim.
sozinho as necessidades do organismo.
Os capilares da parte superficial da região
cortical, reúnem-se e formam as – Veias
Estreladas..
L E T Í C Í A T I M B Ó 163
Apostila de Histologia

fusiformes em placas que se inserem na


Bexiga membrana – aumentando a superfície.

Essa membrana plasmática é sintetizada no


Aparelho de Golgi e tem uma composição
peculiar: Cerebrosídeos.

A Túnica Muscular da bexiga é – formada por


uma camada longitudinal interna + circular
externa. (camadas mal definidas)

Na parede proximal da uretra, a musculatura


da bexiga forma o –
Esfíncter interno da Uretra.
Armazenam por algum tempo e conduzem
para o exterior a urina formada nos rins. As vias urinárias são coberta externamente
por uma Membrana Adventícia (exceto a
Os cálices, a pélvis, o ureter e a bexiga
parte superior da bexiga, que é coberta por
possuem a mesma estrutura básica, porém a
Membrana serosa).
parede se torna mais espessa no sentido da
bexiga. OBS: a mucosa da bexiga vazia é toda cheia
de pregas – quando você vai fazer ultrassom
A mucosa é formada por Epitélio de transição
é necessário beber uma grande quantidade
+ lâmina própria de Tecido conjuntivo que
de água, pois as dobras podem camuflar uma
varia do frouxo ao denso.
lesão.
As células mais superficiais do epitélio de
transição ficam responsáveis pela – barreira Uretra
osmótica entre a urina e os fluidos dos
É um tubo que leva a urina da bexiga para o
teciduais.
meio exterior. – no ato da micção.
Nessas células a membrana plasmática em Uretra masculina
contato com a urina é especializada –
apresenta placas separadas por faixas de Passa tanto urina como sêmen
membrana mais delgada.

Quando ocorre o esvaziamento da bexiga, a


membrana se dobra nas regiões delgadas e as
placas se invaginam e se enrolam – formando
Vesículas fusiformes, e ao se encher
novamente, sua parede se distende e tem
lugar um processo inverso, com
transformação das vesículas citoplasmáticas
L E T Í C Í A T I M B Ó 164
Apostila de Histologia

É formada por três porções:


 Porção Prostática
Porção Cavernosa ou Peniana
 Porção Membranosa
 Porção Cavernosa ou Peniana Localiza-se no Corpo Cavernoso do
pênis.
Porção Prostática Próximo a sua extremidade externa –
a luz da uretra cavernosa dilata-se
Situa-se próxima à bexiga e no
formando a – Fossa Navicular.
interior da próstata.
Revestida por – Epitélio
Seus ductos transportam a secreção
Pseudoestratificado Colunar, com
da próstata e abrem-se na uretra
áreas de Epitélio Estratificado
prostática.
Pavimentoso.
Na uretra prostática existe o
Verumontanum e no ápice dele
abre-se o – Utrículo prostático – e Uretra feminina
nos seus lados abre-se os – Ductos
Exclusiva do sistema urinário.
Ejaculatórios
É revestida por Epitélio Plano Estratificado
Revestimento da porção prostática –
com áreas de Epitélio Pseudoestratificado
Epitélio de Transição.
Colunar..

Próximo a sua abertura no exterior, a uretra


possui um esfíncter de músculo estriado –
Porção Membranosa Esfíncter Externo da Uretra.
Menor porção

É revestida por –
Epitélio Pseudoestratificado Colunar.

Nessa porção existe um esfíncter de


músculo estriado – Esfíncter Externo
da Uretra.

Possui Glândulas de Littré que são


encontradas em toda a extensão da uretra,
porém predominam na Uretra Peniana.
L E T Í C Í A T I M B Ó 165
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 166
Apostila de Histologia

O Sistema Reprodutor Masculino é composto: Os Ductos genitais + Glândulas acessórias


produzem secreções que impulsionadas pela
contração do músculo liso – transportam os
espermatozoides para o exterior, além disso,
essas secreções também fornecem nutrientes
para os espermatozoides.

Espermatozoides + secreções dos ductos


genitais + glândulas acessórias compõem o –
Sêmen.

Testículos
 Testículos Cada testículo é envolvido por uma
 Ductos genitais Túnica Albugínea – cápsula de tecido
 Glândulas acessórias conjuntivo denso.
 Pênis

A função dupla dos testículos é produzir


hormônios (Testosterona e Diidrotestosterona)
e espermatozoides.

Testosterona – é essencial para a


espermatogênese + diferenciação sexual
durante o desenvolvimento embrionário +
controle da secreção de gonadotropinas.

Di-hidrotestosterona – age em alguns órgãos e


tecidos do corpo durante a puberdade e a vida
adulta, modificando-os – como é o caso dos
músculos e da distribuição dos pelos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 167
Apostila de Histologia

Essa túnica é espessada na superfície dorsal


dos testículos – formando o Mediastino dos Túbulos seminíferos
testículos, do qual partem septos fibrosos.
Produzem as células reprodutoras
Estes septos penetram no testículo dividindo-o masculinas (espermatozoides).
em – Lóbulos dos testículos.
Estão dispostos em uma alça e suas
Cada lóbulo é ocupado por 1 a 4 Túbulos extremidades se continuam com os
Seminíferos – que se alojam como novelos Túbulos retos.
dentro de um tecido conjuntivo frouxo rico
Os túbulos retos conectam os túbulos
em vasos sanguíneos + linfáticos + nervos +
seminíferos a um labirinto de canais
células intersticiais (Células de Leyding).
anastomosados em forma de rede que são
Os testículos se desenvolvem revestidos por – Epitélio simples
retroperitonealmente na parede dorsal da pavimentoso ou cúbico – formando a Rede
cavidade abdominal – quando eles migram Testicular no mediastino do testículo e
para se alojar na Bolsa escrotal arrastam revestidos por Epitélio de células cuboides.
consigo um saco de membrana serosa – a
Em continuação, 10-20 Ductos Eferentes
Túnica Vaginal (derivada do Peritônio).
formados por grupos de células Epiteliais
Túnica Vaginal consistem em: cuboides não ciliadas e que conectam a
rede testicular à porção cefálica do
 Camada Parietal externa epidídimo.
 Camada Visceral interna – que recobre a
Túnica Albugínea nas porções lateral e Os ductos Eferentes se fundem para
anterior ao testículo. formar o Ducto do Epidídimo.

Os túbulos seminíferos são formados por


uma parede de
Epitélio Germinativo ou Epitélio Seminífero.

A camada mais interna deles possui Células


Mióides (com características contráteis).

OBS: A célula que ocupa a maior parte do


espaço entre os túbulos seminíferos são as
– Células intersticiais ou de Leydig.

O epitélio seminífero possui 2 tipos de


Bolsa escrotal – possui o papel de manter os células:
testículos em uma temperatura abaixo da
intra-abdominal, para que ocorra a  Células de Sertoli
espermatogênese.  Células da linhagem espermatogênica
(produzem espermatozoides).
L E T Í C Í A T I M B Ó 168
Apostila de Histologia

Após essa 1º divisão meiótica surgem 2 células


Espermatogênese menores chamadas de –
É a produção de espermatozoides – um Espermatócitos secundários.
processo que inclui divisão celular por mitose OBS: espermatócitos secundários são difíceis
e meiose. de observar em cortes – pois estas células
Ocorre dentro dos Túbulos Seminíferos. permanecem um tempo curto em interfase e
logo entram na 2º divisão meiótica, que
O processo inicia com uma célula germinativa também é rápida.
primitiva – a Espermatogônia.
A divisão do espermatócito secundário origina
Durante a puberdade as espermatogônias 2 células – as Espermátides.
começam a se dividir por mitose e produzem
várias gerações de células. Espermiogênese

As células filhas podem seguir 2 caminhos: É a fase final de produção de


espermatozoides.
 Continuar se dividindo, mantendo-se como
células-tronco de outras espermatogônias É onde as Espermátides se transformam em
– são as Espermatogônias de tipo A. Espermatozoides.
 Diferenciar-se durante sucessivos ciclos de OBS: nenhuma divisão celular ocorre durante
divisão para se tornarem Espermatogônias esse processo.
de tipo B – essas são as células
progenitoras que se diferenciarão em As espermátides podem se distinguir pelo:
Espermatócitos primários.  Pequeno tamanho
Logo após a formação desses espermatócitos  Núcleo com quantidade crescente de
primários, eles entram na cromatina condensada e formas
Prófase da 1º divisão meiótica. variadas (redondos – alongados)
 Posição: dentro dos túbulos
OBS: as maiorias dos espermatócitos seminíferos, perto do lúmen.
encontrados nas lâminas estarão na fase de
prófase da 1º divisão meiótica – pois essa fase É um processo complexo que inclui:
dura 22 dias.
 Formação do acrossomo
Os Espermatócitos primários são as maiores  Condensação e alongamento do núcleo
células da linhagem espermatogenética e são  Desenvolvimento do flagelo
caracterizadas pela presença de  Perda da maior parte do citoplasma.
cromossomos nos seus núcleos e pela sua
Resultado final = o espermatozoide maduro é
localização próxima a lâmina basal.
liberado no lúmen do túbulo seminífero
L E T Í C Í A T I M B Ó 169
Apostila de Histologia

A espermiogênese é dividida em 3 etapas:

 Etapa do Complexo de Golgi Etapa do Acrossomo


 Etapa do Acrossomo A vesícula e o grânulo acrossômico se
 Etapa de Maturação estendem sobre a metade anterior do
núcleo como um capuz e passam a ser
Etapa do Complexo de Golgi chamados de – Acrossomo.

O citoplasma das Espermátides contém um Este contém várias enzimas hidrolíticas –


Complexo de Golgi bastante desenvolvido. essas enzimas são capazes de dissociar as
células da Corona radiata e de digerir a zona
Grânulos pró-acrossômicos acumulam-se no pelúcida.
complexo de Golgi e depois se fundem para
formar um único Grânulo Acrossômico no Um dos primeiros passos da fertilização é a
interior da Vesícula Acrossômica. Reação Acrossômica – é quando os
espermatozoides encontram um ovócito e
Os centríolos migram para perto da vários pontos da membrana desse
superfície das células iniciando a formação acrossomo se fundem com a membrana
do Axonema do flagelo citoplasmática do espermatozoide. .
(conjunto de microtúbulos que formam o
eixo central de um flagelo). Nessa etapa ocorre a formação do Flagelo
por um dos Centríolos..

O movimento flagelar é resultado da


interação entre microtúbulos + ATP +
Dineína (proteína com atividade de ATPase).
O Espermatozoide maduro é constituído por

Etapa de Maturação
Uma parte do citoplasma das espermátides é
 Cabeça – onde se encontra o núcleo e o solto, formando os – Corpos residuais.
acrossomo. Esses corpos são fagocitados pelas Células de
 Peça intermediária – começa o flagelo e Sertoli, e os espermatozoides são liberados
se encontra as mitocôndrias no lúmen do túbulo.
 Cauda – é a maior parte do flagelo.
L E T Í C Í A T I M B Ó 170
Apostila de Histologia

Células Germinativas de túbulos diferentes pode exibir fases


diferentes de espermatogênese. – essa
As células-filas resultantes das divisões das assimetria é chamada de
Espermatogônias de tipo A se separam até Ciclo do Epitélio Seminífero.
que uma destas células se torne
comprometida para se transformar em uma Células de Sertoli
Espermatogônia de tipo B.
 São elementos essenciais para a função
A partir daí, as células que resultam da divisão dos testículos.
dessas células NÃO se separam  São piramidais e envolve parcialmente as
completamente, permanecem unidas por – células da linhagem espermatogênica.
Pontes citoplasmáticas.  Se localizem entre as Células da linhagem
germinativa.
Essas pontes permitem a comunicação entre
os Espermatócitos primários e secundários e Essas células são conectadas por Junções
Espermátides – e permitem também a comunicantes (gap) – que permite a
coordenação de eventos da comunicação iônica e química das células.
espermatogênese. Células de Sertoli adjacentes são unidas por –
Quando o processo de maturação das Junções Ocludentes formando uma
espermátides ocorre, vai ter a perda de Barreira Hematotesticular.
citoplasma e das pontes citoplasmáticas – Funções das Células de Sertoli:
levando a separação das espermátides.
 Fornecem suporte, proteção e
Os espermatozoides liberados no lúmen dos controlam a nutrição dos
túbulos são transportados ao epidídimo pelo – espermatozoides.
Fluido testicular (produzido pelas Células de  Fagocitam e digerem os restos
Sertoli + células da rede testicular). citoplasmáticos (corpos residuais) que
vão se fragmentando da Espermátide.
Esse fluido é composto por:
 Produzem fluidos cuja correnteza vai
 Esteroides levar os espermatozoides.
 Proteínas  Produz o hormônio Antimulleriano –
 Íons que age regredindo os ductos e
 Proteína ligante de andrógeno que formando os ductos paramesonefros
transporta testosterona. (em fetos masculinos) durante o
desenvolvimento embrionário e induzir
OBS: a espermatogênese NÃO ocorre
o desenvolvimento de estruturas
simultânea e sincronizada – prosseguem
derivadas dos ductos mesonéfricos.
independentes – por isso áreas diferentes da
seção de um túbulo, como também seções
L E T Í C Í A T I M B Ó 171
Apostila de Histologia

Essas células nos humanos e em outros


animais NÃO se dividem durante a vida sexual Fatores que influenciam a
madura e são extremamente resistentes a Espermatogênese
condições adversas como – infecções,
(Temperatura)
desnutrição e radiações.
A Temperatura também é muito
OBS: essas células podem converter
importante para o controle da
Testosterona em Estradiol e secretam um
espermatogênese, que acontece a
peptídio que suprime a síntese e a liberação
temperatura abaixo de 37ºC.
de FSH na hipófise.
A temperatura dos testículos é de
Fatores que influenciam a aproximadamente 35ºC e é controlada
através de vários mecanismos.
Espermatogênese
(Hormônio)  Um rico Plexo Venoso (Plexo
Pampiniforme) envolve as
Os hormônios são os fatores mais artérias dos testículos e forma
importantes no controle da um sistema contracorrente de
espermatogênese. troca de calor que é importante
para manter a temperatura
Ela depende da ação dos hormônios
testicular.
FSH e LH da hipófise nas células do
testículo Outros fatores são a evaporação de
suor da pele da bolsa escrotal, que
 LH age nas células intersticiais,
contribui para a perda de calor e a
estimulando a produção de
contração de músculos cremastéricos
testosterona para o
do cordão espermático que puxam os
desenvolvimento normal das células
testículos nos canais inguinais, onde a
da linha espermatogênica.
temperatura deles pode ser aumentada.
 FSH age nas células de Sertoli
estimulando a adenil ciclase e
aumentando a presença de AMP Tecido Intersticial
cíclico, promovendo a síntese e a
secreção de proteína ligante de É um importante local de produção de
andrógeno. Esta proteína combina- andrógenos.
se com testosterona e transporta Os espaços entre os túbulos seminíferos do
no lúmen dos túbulos seminíferos. testículo são preenchidos com tecido
OBS: a espermatogênese é estimulada conjuntivo + nervos + vasos sanguíneos +
por testosterona e inibida por linfáticos.
estrógenos e progestágenos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 172
Apostila de Histologia

Os capilares sanguíneos do testículo são Ductos Extratesticulares


fenestrados e permitem a passagem livre de
Transportam os espermatozoides do testículo
macromoléculas.
para o meato do pênis e são os:
Oque explica a semelhança de composição
 Ducto Epididimário
entre o fluido intersticial e a linfa do testículo é
a extensa rede de vasos linfáticos no espaço  Ducto Deferente
intersticial.  Uretra

Durante a puberdade aparece um tipo Ducto do Epidídimo


adicional de célula rica em gotículas lipídicas – Tubo único altamente enrolado que
são as Células intersticiais dos testículos ou juntamente com o tecido conjuntivo e vasos
Células de Leydig. – estas células produzem sanguíneos forma o corpo e a
testosterona (hormônio masculino). cauda do Epidídimo.
A atividade e o número das células intersticiais É formado por Epitélio Colunar
depende de estímulo hormonal.. Pseudoestratificado, composto de células
Durante a gravidez o hormônio gonadotrópico basais arredondadas e de células colunares.
da placenta passa do sangue materno para o O Estereocílios são microvilos longos e
sangue fetal e estimula as células intersticiais ramificados de formas irregulares que cobrem
dos testículos fetais a produzirem andrógenos. a superfície das células colunares.
A presença destes hormônios é requerida O epitélio desse ducto participa da absorção e
para a diferenciação embrionária da genitália digestão dos corpos residuais das
masculina. espermátides.
OBS: Tumores de células intersticiais, Do epidídimo sai o Ducto Deferente, que
produtores de andrógeno – podem causar termina na uretra prostática, onde esvazia seu
puberdade precoce em indivíduos do sexo conteúdo.
masculino.
Ducto Deferente
Ductos Intratesticulares
Possui lúmen estreito e uma espessa camada
Os ductos genitais intratesticulares que
de músculo liso que sofre fortes contrações
seguem aos túbulos seminíferos e conduzem
peristálticas que participam da expulsão do
espermatozoides e fluidos são:
sêmem durante a ejaculação.
 Túbulos retos Sua mucosa forma dobras longitudinais e é
 Rede testicular coberta de um Epitélio Colunar
 Ductos eferentes. Pseudoestratificado com estereocílios.
L E T Í C Í A T I M B Ó 173
Apostila de Histologia

Esse ducto faz parte do cordão espermático, substâncias ativadoras dos espermatozoides. (a
o qual inclui: artéria testicular + plexo constituição do sêmem meio pegajoso é dado
pampiniforme + nervos. por essa secreção).

Antes de entrar na próstata esse ducto dilata OBS: 60% do volume ejaculado humano se
e forma uma região chamada de Ampola, originam nas vesículas seminais.
onde o epitélio é mais espesso e pregueado.
Os níveis de testosterona é que comandam a
Em seguida o ducto deferente penetra na altura das células epiteliais das vesículas
próstata e se abre na uretra prostática. seminais e o grau da atividade secretora da
glândula.
O segmento que entra na próstata é chamado
de – Ducto Ejaculatório (possui mucosa OBS: somente quando os espermatozoides
semelhante a do deferente, porém NÃO é entram em contato com a secreção da
envolvida por músculo liso). vesícula seminal é que eles começam a
ficarem mais ativos.
Glândulas Acessórias Próstata
Essas Glândulas são: É um conjunto de 30 a 50 glândulas túbulos-
 Vesículas seminais alveolares ramificado. Seus ductos
desembocam na Uretra prostática.
 Próstata
 Glândulas bulbouretrais Função – produzir e armazenar o líquido
prostático (esbranquiçado, leitoso e alcalino) –
São produtoras de secreções essenciais para
esse líquido é importante para neutralizar a
a função reprodutiva do homem.
acidez encontrada no interior dos canais
Vesícula Seminal deferentes e da vagina.

Consiste em 2 tubos muito tortuosos com A próstata tem 3 zonas distintas:


mucosa pregueada.
 Zona central
Epitélio Cuboide ou Pseudo-  Zona de transição – local onde se
estratificado colunar rico em grânulos origina a maioria das hiperplasias
de secreção. prostáticas benignas.
 Zona periférica – local do câncer
prostático.
.Abaixo do epitélio ela tem uma Lâmina
própria rica em fibras elásticas e envolvida por As glândulas túbulos-alveolares da próstata são
uma delgada camada de Músculo liso. formadas por um:
Função – são glândulas que produzem uma Epitélio Cúbico simples ou
secreção viscosa e amarelada que contém Pseudoestratificado colunar.
L E T Í C Í A T I M B Ó 174
Apostila de Histologia

A próstata é toda envolvida por uma capsula


fibroelástica rica em músculo liso – que
Pênis
penetra na glândula e a dividem em lóbulos. . Componentes principais do Pênis:
OBS: A estrutura e a função da próstata são  Uretra
reguladas por testosterona.  3 corpos cilíndricos de tecido erétil.
Pequenos corpos esféricos formados por 2 desses cilindros – os Corpos cavernosos do
glicoproteinas e calcificados são encontrados pênis – estão localizados na parte dorsal do
no lúmen das glândulas prostáticas – são as pênis.
Concreções prostáticas ou Corpora Amylacea.
Esses corpos cavernosos são revestidos por
uma camada de Tecido Conjuntivo denso – a
Glândulas Bulbouretrais ou Túnica Albugínea.
Cowper O terceiro localiza-se ventralmente e é
chamado de – Corpo Cavernoso da uretra ou
São glândulas situadas na porção
Corpo Esponjoso (envolve a uretra).
membranosa da uretra, onde lançam sua
secreção. Esse corpo esponjoso se dilata, formando a
Glande do pênis.
Elas são glândulas túbulos-alveolares,
revestidas por Epitélio Cúbico simples A maior parte da uretra peniana é revestida
secretor de muco. por Epitélio Pseudoestratificado colunar, que
na glande se transforma em Estratificado
Função – produzir muco que atua como
pavimentoso.
lubrificante.
As Glândulas de Littré (glândulas secretoras
Antes da ejaculação sai uma secreção pela
de muco) são encontradas ao longo da uretra
. uretra peniana que é a secreção da glândula peniana.
bulbouretral (é liberada antes do sêmem para
servir de lubrificante da glande). – o homem OBS: a contração e o relaxamento dos
. sabe quando o sêmem vai sair, mas não sabe corpos cavernosos dependem da taxa de
quando a secreção da glândula bulbouretral cálcio intracelular que, por sua vez, é
sai. modulada por Guanosina Monofosfato (GMP).

OBS: no intervalo de uma relação sexual


para a outra, pode ficar sêmem na uretra
peniana e quando a secreção da glândula
bulbouretral sair, ela se mistura com esse
sêmem que contém espermatozoides.
(Cuidado com o coito interrompido!).
L E T Í C Í A T I M B Ó 175
Apostila de Histologia
L E T Í C Í A T I M B Ó 176
Apostila de Histologia

A partir da Menarca (1º menstruação) o


O sistema reprodutor vai ser constituído por: sistema reprodutor feminino sofre
modificações cíclicas em sua estrutura e
atividade funcional.

A Menopausa é um período variável durante


o qual as modificações cíclicas ficam
irregulares e acabam cessando.

OVÁRIOS

 2 ovários
 2 tubas uterinas
 Útero
 Vagina
 Genitália externa ou Vulva

OBS: as glândulas mamárias não fazem parte


do sistema reprodutor feminino, pois são um A superfície do ovário é coberta por um
anexo da pele, porém serão vistas nesse Epitélio Pavimentoso ou Cúbico
assunto devido a influência dos hormônios simples – o Epitélio Germinativo.
femininos.
Debaixo desse epitélio há uma camada de
Função
tecido conjuntivo denso – a Túnica Albugínea
 Produzir o gameta feminino (ovócitos) (responsável pela cor esbranquiçada do
 Manter o ovócito fertilizado ovário).
 Produzir hormônios sexuais femininos
L E T Í C Í A T I M B Ó 177
Apostila de Histologia

Histologicamente o ovário é dividido em duas NÃO progridem para as outras fases da


regiões meiose.

Essas células constituem os o ovócitos


primários e são envolvidas por células
achatadas – Células Foliculares.

Antes do 7º mês de gravidez a maioria das


ovogônias se transforma em ovócitos
primários. Porém, muitos ovócitos são
perdidos por um processo chamado de
Atresia.

Medular (+ interna)
Atresia Folicular
Região de tecido conjuntivo frouxo rica em
Processo pelo qual as células foliculares
vasos sanguíneos
e ovócitos morrem e são eliminados
Cortical (+ externa) por células fagocíticas.

Região onde se encontra os folículos Folículos em qualquer fase de


ovarianos em diversas fases de maturação – desenvolvimento podem sofrer atresia.
esses folículos se localizam no tecido
É caracterizado pela paralisia da mitose
conjuntivo (estroma).
nas células da granulosa, a separação de
OBS: o limite entre essas duas regiões não é células da granulosa da lâmina basal e a
muito distinto. morte do ovócito.

Desenvolvimento Inicial do ovário É bastante acentuada após o


nascimento e durante a puberdade e a
No 1º mês de vida embrionária, uma população
gravidez.
de células germinativas primordiais migram do
saco vitelino até os primórdios gonadais –
onde as gônadas estão iniciando o
desenvolvimento.

Nas gônadas essas células se dividem e se


transformam nas Ovogônias

A partir do terceiro mês, as ovogônias


começam a entrar na prófase da 1º divisão
meiótica., mas param na fase de diploide e
L E T Í C Í A T I M B Ó 178
Apostila de Histologia

Folículos Ovarianos As células foliculares se dividem por mitose


formando uma camada única de células o
Folículo Primário Unilaminar.

Essas células continuam proliferando e


originam um Epitélio Estratificado ou Camada
Granulosa. (NÃO possui vasos sanguíneos)

O folículo é então chamado de Folículo


Primário Multilaminar ou Folículo Pré-antral.
É um Ovócito envolvido por uma ou mais
camadas de Células Foliculares ou Células da À medida que os folículos crescem, eles
Granulosa. ocupam áreas mais profundas da região
cortical e o Líquido Folicular começa a se
As mulheres nascem com milhares de acumular entre essas células foliculares.
folículos primordiais
Os espaços que contêm esse líquido se
Esses folículos primordiais constituem em um juntam e as células da granulosa se
ovócito primário envolvido por uma única reorganizam formando o – Antro folicular
camada de células foliculares achatadas. (cavidade).
O ovócito do folículo primordial é uma célula Esses folículos são chamados então de
esférica com um grande núcleo esférico e um Folículos Secundários ou Folículos Antrais.
nucléolo bastante evidente.
Durante essa reorganização algumas células
Uma Lâmina basal envolve as células se concentram em um determinado local
foliculares e marca o limite entre o folículo e o formando um espessamento – Cumulus
estroma conjuntivo adjacente. oophorus, que serve de apoio para o ovócito.
Crescimento Folicular Além disso, um grupo de celulas foliculares
envolve o ovócito constituindo a – Corona
Após a puberdade inicia um processo
chamado de Crescimento Folicular.
radiata.
Enquanto tudo isso ocorre, o estroma em
Esse processo compreende modificações:
torno dos folículos se modifica formando as –
 Do ovócito Tecas foliculares que possui 2 camadas:
 Das células foliculares
 Teca Interna
 Do fibroblasto do estroma que envolve
 Teca Externa
cada folículo.

O crescimento folicular é estimulado por FSH.


L E T Í C Í A T I M B Ó 179
Apostila de Histologia

Quando ele atinge seu máximo


Teca Interna desenvolvimento, é chamado de – Folículo
maduro, Pré-ovulatório ou de Graaf.
As células da Teca interna, quando
(Pode ser detectado com um ultrassom)
complemente diferenciadas –
apresentam características de células Ovulação
produtoras de esteroides.

Essas células sintetizam um hormônio


esteroide – a Androstenediona – que é
levada para as células da camada
granulosa.

Estas células (sob influencia de FSH)


sintetizam uma enzima aromatase, que
transforma androstenediona em
estrógeno. Consiste na ruptura de parte da parede do
folículo maduro e a consequente liberação do
ovócito, que será capturado pela extremidade
dilatada da tuba uterina.
Teca Externa
O estimulo para a ovulação é um pico do
São células semelhantes às células do hormônio Luteinizante (LH), liberado pela
estroma ovariano, porém se arranjam de hipófise em resposta aos altos níveis de
modo organizado – concentricamente em estrógeno circulante produzido pelos folículos
volta do folículo. em crescimento.

Pouco tempo após o aumento de LH


OBS: O limite entre as duas tecas é pouco circulante há um aumento do fluxo de sangue
preciso. no ovário, e proteínas do plasma escoam por
capilares e vênulas – resultando em um
OBS: pequenos vasos sanguíneos penetram Edema.
na teca interna e formam um rico plexo
capilar ao redor das células secretoras. As células da granulosa produzem mais ácido
hialurônico e se soltam de sua camada. – uma
Durante o Ciclo menstrual, um folículo cresce pequena área da parede do folículo se
muito mais que os outros e se torna o – enfraquece por causa da degradação de
Folículo Dominante, ele pode alcançar o colágeno da túnica albugínea, por isquemia e
estagio mais desenvolvido de crescimento e pela morte de celulas.
ovular.
Essa fraqueza se une com a pressão
aumentada do fluido folicular e com a
L E T Í C Í A T I M B Ó 180
Apostila de Histologia

contração de células musculares lisas – Embora as células da granulosa não se dividam


conduzindo à ruptura de parte da parede após a ovulação – elas aumentam de tamanho
exterior do folículo e à ovulação. e ocupam 80% do parênquima do corpo lúteo
e elas passam a ser chamadas de –
OBS: uma indicação de ovulação é o
Células granulosas-luteínicas.
aparecimento na superfície do folículo de uma
marca – Estigma – no qual o fluxo de sangue As células da teca interna também contribuem
cessa, resultando em uma mudança local de para a formação do corpo lúteo – originam as
cor. Células teca-luteínicas.

Devido à ruptura da parede folicular, o ovócito A reorganização do folículo ovulado e o


envolto pela zona pelúcida e corona radiata desenvolvimento do corpo lúteo resultam de
deixa o ovário e entra na extremidade aberta estímulo pelo hormônio luteinizante liberado
da tuba uterina – onde o ovócito pode ser antes da ovulação.
fertilizado.
O destino do corpo lúteo depende de como
Caso isso não ocorra, dentro das primeiras 24 ele é estimulado após sua formação.
horas após a ovulação, ele degenera e é
 Pelo estímulo de LH o corpo lúteo é
fagocitado.
programado para secretar durante 10-12
A 1º divisão meiótica é completada antes da dias.
ovulação – onde os cromossomos são  Se não houver nenhum estímulo
divididos igualmente entre as células-filhas, mas adicional, suas células degeneram por
um dos ovócitos secundários retém quase apoptose. (isso ocorre quando uma
todo o citoplasmas e já o outro se torna o gravidez não se estabelece).
Primeiro Corpúsculo Polar.
Após a degeneração do corpo lúteo, a
Esse corpúsculo contém um pequeno núcleo concentração de esteroides do sangue diminui
e uma quantidade mínima de citoplasma – e o FSH é liberado em quantidade maiores,
imediatamente após a sua expulsão o núcleo estimulando o crescimento de outros folículos
do ovócito inicia a segunda divisão da meiose, e iniciando o ciclo menstrual seguinte.
que estaciona em metáfase até que haja a
fertilização. O corpo lúteo que dura apenas uma parte do
ciclo menstrual é chamado de – Corpo lúteo
Corpo Lúteo de mesntruação.
Após a ovulação, as células da granulosa + Seus restos são fagocitados por macrófagos e
células da teca interna do folículo que ovulou fibroblastos invadem a área e produzem uma
se reorganizam e formam uma Glândula cicatriz de tecido conjuntivo denso –
endócrina temporária – Corpo Lúteo. Corpo Albicans.
Situa-se na camada cortical do ovário.
L E T Í C Í A T I M B Ó 181
Apostila de Histologia

É claro, que se caso a gravidez se instale, a


mucosa uterina não vai descamar – caso isso
Tuba Uterina ou Ovidutos
ocorra, o embrião implantado morre e esta
gravidez resulta em um aborto.

Um sinal é dado para o corpo lúteo pelo


embrião implantado – as células trofoblásticas
sintetizam um hormônio chamado de
Gonadotropina coriônica humana (HCG).

HCG
Hormônio que:
 Resgata o corpo lúteo da Função: Capturar o ovócito
degeneração
 Causa crescimento adicional do corpo A parede da tuba uterina é formada 3
lúteo. camadas:
 Estimulada a secreção de  Camada mucosa
progesterona.  Revestida por Epitélio simples
cilíndrico ciliado
 Abaixo da mucosa tem a lâmina
própria (tec. conj. Frouxo)
Este é o Corpo lúteo de gravidez, que  Na AMPOLA – a mucosa é
persiste durante 4-5 meses e em seguida bem pregueada – facilitando o
degenera e é substituído por um deslizamento do ovócito ou do
Corpo Albicans. zigoto
a. Camada muscular
b. Camada serosa
Células Intersticiais
É dividida em 4 segmentos:
As células da teca interna persistem
 Infundíbulo (Porção terminal) - Termina
isoladas ou em pequenos grupos no
com pregas chamadas de – FIMBRIAS
estroma cortical.
(responsáveis pela captura do ovócito)
São chamadas de Células Intersticiais.  Ampola – Porção + dilatada da tuba uterina
 Istmo – Porção + estreita da tuba uterina
São células ativas secretoras de
esteroides e estimuladas por LH.  Segmento intramural – Parte da tuba que
passa dentro da parede do útero
L E T Í C Í A T I M B Ó 182
Apostila de Histologia

A sua mucosa é formada por Epitélio


Cilíndrico Simples + Lâmina própria de tecido
Útero
conjuntivo frouxo.

O epitélio contém 2 tipos de células:

 Ciliado
 Secretor

No momento da ovulação, a tuba uterina


exibe movimento ativo e sua extremidade
com fímbrias se coloca muito perto da
superfície do ovário. – isso favorece a
captação do ovócito que foi ovulado.

A fertilização acontece na Ampola da tuba e


É dividido em 3 partes:
reconstitui o número diploide de
 Corpo do útero (dilatada)
cromossomos típico da espécie, alem disso
 Fundo do útero (forma de cúpula)
age como um estímulo para o ovócito
 Cérvix ou colo do útero (estreita)
completar a 2ª divisão meiótica – ao fim da
qual o ovócito primário passa a ser ovócito A parede do útero é espessa e formada por
secundário. 3 camadas:
Uma vez fertilizado, o ovócito é chamado de  Serosa (externamente) – constituída
Zigoto – e inicia assim uma série de divisões por Mesotélio + tecido conjuntivo. Ou
celulares e ele é transportado para o útero dependendo da porção do órgão –
(dura aproximadamente 5 dias). Adventícia – constituída de tecido
conjuntivo SEM revestimento de
Gravidez Ectópica mesotélio.
 Miométrio – camada de múculo liso
Ocorre quando o embrião fixa-se na tuba uterina.  Endométrio ou Mucosa Uterina.

Nesse caso, a lâmina própria da mucosa reage Miométrio


como o endométrio e forma numerosas células
deciduais. Camada mais espessa do útero

Por conta de seu pequeno diâmetro, a tuba não Composta por: Fibras musculares lisas
tem capacidade de conter o embrião e quando separadas por tecido conjuntivo.
ele inicia seu crescimento e se rompe, ele causa
Durante a gravidez o miométrio passa por um
uma extensa hemorragia que pode ser fatal.
período de grande crescimento como
L E T Í C Í A T I M B Ó 183
Apostila de Histologia

Camada Funcional
resultado de hiperplasia (aumento no número
Constituída por restante do tecido
de células musculares lisas) e hipertrofia
conjuntivo da lâmina própria + porção
(aumento no tamanho das células).
final e desembocadura das Glândulas +
Após a gravidez há uma degeneração de Epitélio Superficial.
algumas células musculares lisas + redução no
tamanho de outras + degradação enzimática OBS: Camada Funcional sofre mudanças
de colágeno. durante os ciclos menstruais, basal permanece
inalterada.
Endométrio
Ciclo Menstrual
Composto por: Epitélio + lâmina própria que
contém Glândulas Tubulares simples. Sabe-se que o Estrógeno e Progesterona são
os que controlam grande parte da estrutura e
As células que revestem a cavidade uterina se funções dos órgãos do aparelho reprodutos
organizam em um – Epitélio Colunar simples feminino, entre elas:
formado de células ciliadas e de células
secretoras.  Proliferação
 Diferenciação
O epitélio das glândulas uterinas é semelhante  Secreção das células epiteliais e tecido
ao Epitélio superficial, mas células ciliadas são conjuntivo
raras dentro das glândulas.
OBS: mesmo antes do nascimento esses
O tecido conjuntivo da lâmina própria é rico hormônios já controlam os órgãos, pois
em fibroblastos + abundante matriz circulam no sangue materno e alcançam o
extracelular. (As fibras desse tecido são feto pela placenta.
constituídas de Colágeno tipo III.)
Após a puberdade os hormônios ovarianos
O endométrio é subdivido em 2 camadas: fazem com que o endométrio passe por
modificações estruturais cíclicas durante o ciclo
 Camada Basal (mais profunda) menstrual.
 Camada Funcional (mais superficial)
A duração de um ciclo varia, mas dura em
média 28 dias.
Camada Basal
OBS: como os ciclos menstruais são
Constituída por tecido conjuntivo + porção consequências de eventos ovarianos
inicial das Glândulas Uterinas. relacionados à produção de ovócitos, a mulher
só é fértil durante o período em que estiver
tendo ciclos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 184
Apostila de Histologia

O sangramento que ocorre durante o ciclo


consiste em minúsculos fragmentos de
endométrio misturados com sangue dos vasos
sanguíneos rompidos durante a menstruação.
Fase Secretora – Luteal

A Fase Menstrual do ciclo dura em média 3 a Inicia após a ovulação e dura 14 dias.
4 dias. Resulta da ação de progesterona
A próxima fase é chamada de – Fase secretada pelo corpo lúteo.
Proliferativa, que é seguida pela Fase Característica importante – é o fato das
Secretória ou Luteal. glândulas se tornarem muito tortuoso.

O endométrio alcança sua máxima


Fase Proliferativa – espessura como resultado do
crescimento da mucosa, do acúmulo de
Folicular – Estrogênica secreção e do edema no estroma.
O começo dessa fase coincide com o OBS: Mitoses são raras nessa fase.
crescimento rápido de um grupo de
folículos ovarianos que estão na
transição entre folículos pré-antrais e
antrais.
Fase Menstrual
Após sua teca interna se desenvolver,
eles começam a secretar estrógenos. Caso NÃO ocorra a fertilização do
ovócito e a implantação do embrião, o
Esse estrógeno age no endométrio
corpo lúteo deixa de funcionar 10 a 12
induzindo a proliferação celular, que
dias depois da ovulação.
reconstitui o endométrio perdido
durante a menstruação. Consequências disso: Diminuição dos
níveis de progesterona e estrógeno no
Durante essa fase o endométrio e as
sangue.
glândulas são cobertos por –
Epitélio Colunar Simples. Isto causa vários ciclos de contração das
artérias espirais, bloqueando o fluxo
sanguíneo e produzindo isquemia –
causando a morte (por necrose) das
paredes das artérias e da porção da
camada funcional do endométrio.
L E T Í C Í A T I M B Ó 185
Endométrio grávido Apostila de Histologia

Caso ocorra a implantação, as células No Blastocisto os blastômeros se


trofoblásticas produzem Gonadotropina organizam em 2 camadas:
Coriônica que estimula o corpo lúteo a  Trofoblasto (camada periférica)
continuar secretando progesterona.  Embrioblasto (interior da cavidade).

Assim que a gravidez se estabelece, a Esses blastocistos permanecem no lúmen do


menstruação é suspensa e o ciclo útero e depois entra em contato com a
adiado durante toda a gravidez. superfície do endométrio, embebido na
secreção das glândulas endometriais.

Nessa fase ocorre a remoção da Zona


Implantação
pelúcida – permitindo que as células do
trofoblasto interajam com as células do
Epitélio superficial do endométrio.

A Implantação ou Nidação compreende a


adesão do embrião às células do epitélio
endometrial seguida pela penetração do
embrião na mucosa uterina.

OBS: Este tipo de implantação é chamada


de Intersticial.

Como foi dito, o ovócito humano é fertilizado Após a implantação, o tecido conjuntivo
na tuba uterina e o zigoto sofre sucessivas endometrial sofre mudanças profundas:
divisões celulares à medida que se transporta Fibroblastos da lâmina própria aumentam de
para o útero. tamanho e exibem características de células
produtoras de proteínas.
Forma-se um conjunto compacto de células –
a Mórula. Esses fibroblastos agora são chamados de –
Células deciduais.

As células resultantes da segmentação do O endométrio interior recebe o nome de –


zigoto são os – Blastômeros. Decídua e é dividida em 3 porções:

 Decídua Basal (entre o embrião e o


A partir daí uma cavidade cheia de líquido miométrio).
se desenvolve no centro da Mórula, que
 Decídua Capsular (entre o embrião e o
passa a se chamar de – Blastocisto.
lúmen uterino.).
(fase onde o embrião chega no útero).
 Decídua Parietal (restante da mucosa)
L E T Í C Í A T I M B Ó 186
Apostila de Histologia

Placenta Mucosa revestida por – Epitélio Coluna


Simples secretor de muco. Além disso
É um órgão contém Glândulas mucosas cervicais.
temporário
que serve A sua mucosa não sofre mudanças notáveis
como local durante o ciclo e não descama durante a
de trocas menstruação.
fisiológicas
Já durante a gravidez, as células das Glândulas
entre a mãe
mucosas cervicais proliferem e secretam um
eo
líquido mucosa mais abundante e viscoso.
embrião,
além de ser endócrina e produzir hormônios. Essas secreções possuem um papel
importante na fertilização.
Possui 2 partes:
A cérvix possui poucas fibras de músculo liso
 Parte fetal – Cório
e consiste em tecido conjuntivo denso.
 Parte materna – Decídua basal
A porção externa da cérvix que faz saliência
A placenta é comporta por células derivadas no lúmen da vagina é revestida por –
de dois indivíduos geneticamente distintos. Epitélio Pavimentoso Estratificado.
A Decídua Basal – fornece sangue arterial
materno para a placenta e recebe sangue Vagina
venoso de espaços sanguíneos que existem
dentro da placenta.

Hormônios da Placenta
 Gonadotropina coriônica (HCG)
 Tireotropina coriônica
 Corticotropina coriônica
 Estrógenos A parede da vagina NÃO possui glândulas e
 Progesterona. consiste em 3 camadas:
 Somatomamotropina coriônica
humana – atividade lactogênica.  Camada Mucosa
 Camada Muscular
Cérvix Uterin  Camada Adventícia
É a porção cilíndrica, mais baixa do útero. O muco presente no seu lúmen se origina das
OBS: a estrutura histológica dessa porção Glândulas da cérvix uterina
difere do resto do útero.
L E T Í C Í A T I M B Ó 187
Apostila de Histologia

O epitélio da mucosa vaginal é –


Pavimentoso Estratificado. Glândulas Vestibulares Maiores
Sob o estímulo de estrógenos, esse epitélio ou Bartholin
vaginal sintetiza e acumula uma grande
 Situam-se de cada lado do vestíbulo.
quantidade de glicogênio – que é depositado
 São homólogas às glândulas
no lúmen da vagina quando as células do
bulbouretrais no homem.
epitélio vaginal descamam.

As bactérias presentes na vagina metabolizam Glândulas Vestibulares Menores


esse glicogênio e produzem Ácido láctico –
Situam-se ao redor da uretra e clitóris.
responsável pelo pH da vagina.
OBS: Ambas secretam muco.
A Lâmina própria da mucosa vaginal é
composta por Tecido conjuntivo frouxo rico
em fibras elásticas. Clitóris
OBS: dentro as células da lâmina própria há É formado por 2 corpos eréteis que
quantidades grandes de linfócitos e neutrófilos. terminam em uma glande clitoridiana
A camada muscular da vagina é comporta de rudimentar e um prepúcio.
pacotes longitudinais de fibras musculares lisas. É coberto por – Epitélio Pavimentoso
Externamente à camada muscular, temos a Estratificado.
camada de tecido conjuntivo denso – a Lábios Menores
Adventícia – rica em fibras elásticas e une a
vagina aos tecidos circunvizinhos. São dobras da mucosa vaginal que possui
tecido conjuntivo penetrado por fibras
OBS: A grande elasticidade da vagina se deve elásticas.
ao grande número de fibras elásticas no
tecido conjuntivo de sua parede. É coberto por – Epitélio Pavimentoso
Estratificado que possui uma delgada camada
Genitália Externa ou Vulva de células queratinizadas na superfície.

As Glândulas Sebáceas e Sudoríparas estão


Consiste em:
presentes na superfície interna e externa
 Clitóris
desses lábios.
 Pequenos lábios
 Grandes lábios. Lábios Maiores
 Glândulas que se abrem no vestíbulo. São dobras de pele que contém uma grande
quantidade de tecido adiposo e uma delgada
camada de músculo liso.
L E T Í C Í A T I M B Ó 188
Apostila de Histologia

Sua superfície interna tem estrutura OBS: A proliferação desses ductos e o


semelhante a dos lábios menores e sua acúmulo de gordura se deve ao aumento da
superfície externa é coberta por pele e pelos. quantidade de estrógeno.

As Glândulas Sebáceas e Sudoríparas são Um Lóbulo consiste em vários ductos


numerosas nessa região. intralobulares que se unem em um Ducto
Interlobular terminal.
Glândulas Mamárias As aberturas dos Ductos Galactóforos são
revestidas por – Epitélio Pavimentoso
Estratificado, esse epitélio se transforma em
Colunar Estratificado ou Cuboide nos Ductos
Galactóforos.

O tecido conjuntivo que cerca os alvéolos


contém muitos linfócitos e plasmócitos.

Mamilo

Externamente é coberto por – Epitélio


Cada glândula mamária consiste em 15 a 25
Estratificado Queratinizado contínuo com o da
lóbulos de Glândulas túbulos-alveolares
pele.
compostas.
A pele ao redor do mamilo constitui a aréola.
Cada lóbulo é separado do vizinho por tecido
conjuntivo denso e tecido adiposo. O epitélio do mamilo repousa sobre uma
camada de tecido conjuntivo rico em fibras
Essa glândula possui o seu próprio ducto
musculares lisas.
excretor – Ducto Galactóforo.

Estrutura das Glândulas Mamárias

As glândulas são compostas de porções


dilatadas – Seios galactóforos e várias
ramificações destes sérios – os Ductos
galactóforos.

O aumento das mamas durante a puberdade


resulta do acúmulo de tecido adiposo e
conjuntivo, além de certo crescimento e
ramificação dos Ductos galactóforos.
L E T Í C Í A T I M B Ó 189
Apostila de Histologia
Tecido Epitelial L E T Í C Í A T I M B Ó 190
Apostila de Histologia

1. Marque a alternativa incorreta sobre b) A porção da célula epitelial voltada


Epitélios Glandulares.. para o tecido conjuntivo é chamada
de Porção Apical.
a) A Glândula é chamada de Cordonal
c) Os componentes da sua lâmina
quando as células se dispõem basal são: proteoglicanos, colágeno
enfileiradas formando cordões ao tipo IV e glicoproteinas laminina e
redor de capilares. entactina.
b) A Glândula é chamada de Vesicular d) O seu núcleo não acompanha a
quando as células se arranjam em forma da célula.
folículos, onde se acumula as
4. Os tecidos são constituídos por células
secreções.
mais a matriz extracelular. Com base
c) A Glândula é Exócrina quando
na afirmativa acima marque a
mantém sua conexão com o epitélio
alternativa correta
do qual se originou.
a) Os epitélios são constituídos por
d) A Glândula é Apócrina quando o seu
células geralmente poliédricas,
produto de secreção é eliminado
justapostas, entre as quais se
juntamente com toda a célula.
encontra muita matriz extracelular.
b) Quando as células perdem o
2. Marque a afirmativa incorreta sobre o
contato com a Membrana Basal,
Tecido Epitelial.
elas morrem por apoptose.
a) A renovação celular ocorre na
c) As Junções de adesão circunda
camada mais apical da célula.
apenas uma parte da célula,
b) As glândulas são formadas a partir
contribuindo com a aderência
de epitélios de revestimento cujo
entre células adjacentes.
as células proliferam e invadem o
d) A união da Zônula de adesão +
tecido conjuntivo.
Zônula de oclusão forma o
c) A polaridade das células epiteliais se
complexo unitivo.
da pela diferença na distribuição de
organelas no polo basal e no polo
5. Quando o produto da secreção é
apical.
descarregado junto com porções do
d) As lâminas basais não existem
citoplasma apical, essa glândula é do
apenas em tecidos epiteliais.
tipo:
a) Apócrina
3. Marque a alternativa que caracteriza o
Tecido Epitelial de Revestimento: b) Serosa
a) Sua nutrição é feitos pelos vasos c) Mucosa
sanguíneos encontrados entre as d) Merócrina
células epiteliais. e) Holócrina
Tecido Conjuntivo L E T Í C Í A T I M B Ó 191
Apostila de Histologia

9. Tipo de fibras do tecido conjuntivo que são


constituídas por colágeno do tipo III e que
6. Marque a alternativa incorreta:
são encontradas no estroma dos órgãos
a) O sistema colágeno possui fibras
colágenas e elásticas. hemocitopoéticos como baço, linfonodo e
b) As fibras reticulares são constituídas timo:
predominantemente por colágeno do a) Colágenas
tipo I e III. b) Elásticas
c) As fibras elásticas são amarelas há olho c) Reticulares
nu. d) Colágenas e elásticas
d) As fibras reticulares são formam o
arcabouço de órgãos hematopoiéticos. e) Fibrosas.
e) As fibras elásticas que participam da
formação de vasos de grande calibre. 10. Um professor de histologia ao observar
uma lâmina de tecido conjuntivo frouxo
7. Sobre edema, marque a alternativa mostrou aos seus alunos uma célula
incorreta: globosa, grande, com citoplasma repleto de
a) O edema resulta no acúmulo de água
grânulos fortemente corados que
no compartimento intracelular.
b) O edema pode resultar da obstrução encobriam o núcleo da célula. Ele
de vasos linfáticos ou venosos. comentou que esses Grânulos são
c) O aumento da permeabilidade vascular metacromáticos e que contêm mediadores
é uma das causas do edema. químicos que quando são liberados
d) O edema resulta no acúmulo de água provocam reações alérgicas. Qual a célula
no compartimento extracelular. do tecido conjuntivo que o professor se
refere?
8. Um edema é o aumento do fluido
a) Fibroblastos
intersticial em qualquer órgão,
b) Macrófago
provocando inchaço. De modo geral a
c) Mastócito
quantidade de fluido intersticial é
d) Plasmócito
determinada pelo equilíbrio da
e) Fibrócito
homeostase de fluidos. Quando há
desequilíbrio entre a pressão
11. Sobre o colágeno, marque a alternativa
hidrostática e oncótica pode-se formar
incorreta:
edema. Assim, o edema pode ser
a) Seus principais aminoácidos são a
devido a 5 causas patológicas, exceto:
glicina, prolina e hidroxiprolina.
a) Pressão hidrostática elevada
b) A polimerização do tropocolágeno é
b) Pressão oncótica reduzida
que origina as fibrilas de colágeno.
c) Obstrução linfática
c) O colágeno tipo V é o único que não
d) Retorno venoso eficiente
participa do tecido conjuntivo.
d) Colágeno tipo II é produzido por células
cartilaginosas.
Tecido Adiposo L E T Í C Í A T I M B Ó 192
Apostila de Histologia

12. Quanto ás características dos


b) Apenas II
adipócitos em adultos é incorreto
c) Apenas III
afirmar que:
d) Apenas I e II
a) Fazem parte de um tecido
e) Apenas II e III (V)
ricamente vascularizado.
b) Os adipócitos sintetizam ácidos
14. Sobre o Tecido Adiposo Multilocular é
graxos e glicerol a partir da glicose
incorreto afirmar que:
sendo este processo acelerado
a) No tecido Multilocular os adipócitos
pela insulina.
não são diretamente inervados.
c) Aumentam em número com a
b) São originados de células
alimentação excessiva.
mesenquimais, que possuem um
d) São capazes de sintetizar várias
aspecto de glândulas endócrinas
moléculas como adiponectina,
cordonal.
leptina e a lípase lipoproteica.
c) Nos humanos a quantidade deste
e) Os triglicerídeos armazenados nas
tecido só é significante em recém-
células adiposas são originados de
nascidos..
3 maneiras: absorvidos na
d) Possuem células pequenas com a
alimentação através dos
forma de polígonos.
quilomícrons, oriundos do fígado e
da síntese nas próprias células
15. Sobre o Tecido Adiposo Unilocular é
adiposas.
incorreto afirmar que:
a) Com a idade, o panículo adiposo
13. Considere as afirmações abaixo sobre
tende a aparecer em outras
o tecido adiposo:
regiões do corpo.
I – Crianças recém-nascidas são
b) No tecido unilocular os adipócitos
protegidas do frio pela presença de um
não são diretamente inervados
tecido adiposo multilocular, que é rico
c) Quando o tecido adiposo unilocular
em mitocôndrias.
perde quase toda sua gordura, ele
II – Um emagrecimento súbito pode
se transforma em um tecido com
provocar a redução do número de
células arredondas e com raras
adipócitos no corpo
gotículas lipídicas.
III – O tecido adiposo é originado a
d) Dos septos conjuntivos partem as
partir de células do ectoderma do
fibras reticulares de colágeno tipo III
embrião.
que sustentam as células adiposas.
Quais estão incorretas?
a) Apenas I
L E T Í C Í A T I M B Ó 193

Tecido Cartilaginoso
Apostila de Histologia

16. Onde podemos encontrar Cartilagem 19. Em relação á Cartilagem Elástica,


Elástica e Hialina? marque a alternativa incorreta:
a) Sínfise púbica e Pavilhão auditivo a) Possui a cor amarelada por conta
b) Epiglote e Tuba auditiva do Colágeno tipo II
c) Cartilagem cuneiforme da laringe e b) Tipo de cartilagem que pode estar
Traqueia isolada ou pode formar peças de
d) Fossas nasais e discos cartilagens com a cartilagem hialina.
intervertebrais. c) Um dos locais onde é encontrada
nos adultos é na Epiglote.
17. Em relação ao Tecido Cartilaginoso, é d) Tem crescimento por oposição.
correto afirmar que:
a) A Cartilagem Fibrosa é desprovida 20. Em relação a Cartilagem Hialina,
de pericôndrio. marque a alternativa incorreta:
b) Os discos epifisários são a) Os condrócitos são células
responsáveis pelo crescimento em secretoras de: glicoproteinas +
espessura. proteoglicanos + colágeno tipo II.
c) A consistência firma da cartilagem b) A presença do disco epifisário
se da pela ligação do indica que o osso já completou
Glicosaminoglicano sulfatado e a todo o seu processo de
Elastina. crescimento.
d) A matriz da cartilagem hialina é c) A cartilagem hialina é a que forma
constituída por colágeno tipo I. o 1º esqueleto do embrião.
d) Os condrócitos podem viver em
18. Em relação à Cartilagem Fibrosa, baixas tensões de oxigênios, pois as
marque a alternativa incorreta: cartilagens são desprovidas de
a) Essa cartilagem é um intermédio capilares sanguíneos.
entre o conjuntivo denso e a
cartilagem elástica. 21. É um anel fibroso com tecido formado
b) Nos adultos é encontrada na Sínfise por células redondas dispersas em um
púbica + Discos epifisários. líquido rico em ácido hialurônico e
c) É a única cartilagem que apresenta contendo colágeno tipo 2:
matriz constituída por Fibras de a) Sínfise púbica
colágeno tipo I. b) Discos intervertebrais
d) Os seus condrócitos encontram-se c) Epiglote
enfileirados e não desorganizados. d) Tuba auditiva
Tecido Ósseo L E T Í C Í A T I M B Ó 194
Apostila de Histologia

22. Marque a alternativa que relaciona a aumentando a probabilidade da ocorrência


célula do tecido ósseo com sua de fraturas. Qual a localização da célula
respectiva localização e função: responsável por esta reabsorção do tecido
a) Osteoblasto – Lacunas de Howship ósseo?
– reabsorção e remodelação.
a) Entre as lamelas ósseas concêntricas
b) Osteócitos – periferia da matriz
b) Na camada mais externa do periósteo
óssea – remodelação.
c) No endósteo.
c) Osteócitos – interior da matriz
d) Em lacunas de Howship na periferia da
óssea – manutenção.
matriz óssea.
d) Células osteoprogenitoras – entre
e) Em lacunas no interior da matriz óssea.
as lamelas ósseas – fagocitose.
e) Fibroblastos – lacunas da matriz
25. O tecido ósseo é um tipo de tecido
óssea – síntese da parte orgânica.
conjuntivo onde a substância
intercelular (matriz óssea) é dura,
23. Sobre a Histologia óssea, é correto
mineralizada. O tecido ósseo é
afirmar que:
constituído pela matriz óssea e por
a) Os osteócitos são encontrados
celular. Com base nas afirmativas acima
entre as lamelas ósseas
marque a alternativa correta:
concêntricas.
a) Os osteoblastos são celulas
b) As lamelas ósseas localizam-se, de
responsáveis pela manutenção da
forma concêntrica, em volta dos
matriz óssea.
Canais de Volkman.
b) Os osteocitos são encontrados na
c) As fibras de Sharpey são feixes
periferia da matriz óssea e realizam
que penetram no tecido ósseo e
reabsorção óssea.
prendem o endósteo ao osso.
c) Os osteoclastos são responsáveis
d) No disco epifisário, temos
pela síntese da matriz orgânica,
respectivamente, a zona de
principalmente colágeno.
repouso, a zona de cartilagem
d) O tecido ósseo secundário ou
proliferativa, a zona de cartilagem
maduro apresenta Sistemas de
hipertrófica, a zona de cartilagem
Havers.
calcificada, a zona de ossificação.

24. A Osteoporose é uma doença


caracterizada pela perda de massa
óssea devido a um aumento na
reabsorção óssea, o que fragiliza o
osso,
Tecido Nervoso L E T Í C Í A T I M B Ó 195
Apostila de Histologia

26. Para o estudo do tecido nervoso, onde


melhor poderíamos observar os
c) Bipolar
Corpos de neurônios?
d) Apolar
a) Neurônios
e) Unipolar
b) Substancia cinzenta
c) Astrócitos
30. Quais são as células responsáveis pela
d) Substancia branca
produção da bainha de mielina dos
nervos?
27. São células da Neuróglia que são
a) Micróglias
colunares ou cúbicas, podem ser
b) Neurônios
ciliadas e revestem os ventrículos do
c) Astrócitos
cérebro:
d) Oligodendrocitos
a) Células Ependimárias
e) Células de Schwann
b) Oligodendrócitos
c) Micróglia
31. Qual o neurônio onde o estímulo
d) Astrócitos protoplasmáticos
nervoso captado pelos dendritos não
passa pelo corpo celular?
28. Sobre o Tecido Nervoso, é incorreto
a) Multipolar
afirmar que:
b) Pseudounipolar
a) Os neurônios Pseudo-unipolares
c) Bipolar
possuem um único prolongamento,
d) Apolar
que se divide em 2..
e) Unipolar
b) As sinapses elétricas unem-se por
junções comunicantes.
32. Local onde ocorre predomínio de
c) Para cada neurônio no SNC existem
neurônio, não contém corpos de
10 células da Glia.
neurônios e é constituída por axônios
d) A sinapse transforma um sinal
mielinizados e oligodendrócitos:
químico pré-sináptico em um sinal
a) Substância cinzenta
elétrico pós-sináptico.
b) Substância branca
c) Astrócitos
29. Tipo de neurônio encontrado nos
d) Microglia
gânglios espinhais e cranianos, que
e) Oligodendrócitos.
apresenta um único prolongamento
que se divide 2:
a) Multipolar
b) Pseudounipolar
Tecido Muscular L E T Í C Í A T I M B Ó 196
Apostila de Histologia

33. Sobre o sarcômero durante a 36. Com relação ao Tecido muscular liso,
contração muscular, marque a marque a alternativa correta:
alternativa certa: a) A contração do músculo liso é
a) O sarcômero aumenta de tamanho. lenta, pois não possui Placa motora
b) A banda H aumenta. – então o impulso chega através
c) A faixa clara aumenta. de Vesícula de pinocitose.
d) A faixa escura permanece normal. b) A fosforilação da actina e da
miosina não importa para a
34. Com relação ao Tecido muscular contração desse músculo.
estriado esquelético, marque a c) É encontrado nas vísceras e na
alternativa correta: túnica intima dos vasos sanguíneos.
a) Sua contração é forte – continua – d) Possui 1 ou 2 núcleos alongados e
voluntária. periféricos.
b) Esse tecido não apresenta
estriações transversais. 37. Sobre a contração muscular, marque a
c) O músculo esquelético é alternativa correta:
organizado em Epimísio (interna), a) A faixa clara é constituída por:
Perimísio, Endomísio (externa). miosina + troponina + tropomiosina.
d) Os vasos sanguíneos penetram no b) A banda H do sarcômero é
tecido muscular através das constituída apenas por Miosina..
membranas conjuntivas. c) Durante a contração cada
sarcômero e fibra muscular
35. Com relação ao Tecido muscular aumentam.
estriado cardíaco, marque a alternativa d) Os filamentos grossos são
incorreta: formados de actina..
a) Contração forte – rápida –
continua – involuntária. 38. Molécula que possui 2 porções: uma
b) Nos discos intercalares filamentosa e outra globulosa adotada
encontramos 3 especializações: de atividade atpásica e que participa
zônula de adesão + junções GAP + diretamente da contração:
desmossomos. a) Miosina
c) Não apresentam estriações b) Actina
transversais. c) Troponina
d) Possuem um sistema próprio de d) Tropomiosina
auto-estimulação.
Sistema Circulatório L E T Í C Í A T I M B Ó 197
Apostila de Histologia

41 São células de origem mesenquimal,


39 Qual é o tipo de capilar encontrado nos
são dotadas de processos
órgãos hemocitopoéticos apresentado
citoplasmáticos que estão distribuídos
celulas endoteliais descontinuas?
em vários locais e envolvem as
a) Somáticos
porções de células endoteliais.
b) Fenestrados sem diafragma
a) Pericitos
c) Fenestrados com diafragma
b) Células Endoteliais
d) Sinusóides
c) Glomus
e) Contínuos
d) Fibras de Purkinje

40 Sobre as características histológicas dos


42 Marque o epitélio que cobre a parte
vasos sanguíneos, associa a 2º coluna
externa do coração:
de acordo com a 1º e marque a
a) Epitélio Simples Cilíndrico
alternativa correta:
b) Epitélio Pavimentoso Simples
A) Vênulas
c) Epitélio Estratificado
B) Artéria muscular
d) Epitélio Pseudoestratificado
C) Artéria elástica
D) Vasos linfáticos
43 São arteríolas, capilares e vênulas que
E) Veias
se ramificam profusamente na camada
( ) A Camada Adventícia é a mais espessa e adventícia e na porção externa da
bem desenvolvidas das túnicas. média.. Possui a função de prover a
( ) Não apresentam uma separação clara adventícia e a média de metabólicas:
entre as túnicas (íntima, média e adventícia). a) Corpos Carotídeos
( ) Possuem cor amarela, decorrente do b) Vasa Vasorum
acúmulo de elastina na túnica média. c) Células Endoteliais
( ) Influenciam o fluxo de sangue nas d) Seio Carotídeo
arteríolas através da produção e secreção de
substâncias vasoativas difusíveis. 44. Qual desses componentes não faz
parte do esqueleto cardíaco:
Marque a alternativa que indica a sequência a) Ânulo fibroso
correta: b) Trígono fibrosos
a) DECA c) Septo membranoso
b) DCAE d) Seio carotídeo
c) EDCA
d) ACDE
e) CDAE
Células do Sangue L E T Í C Í A T I M B Ó 198
Apostila de Histologia

45. O numero elevado dessas células em b) As hemácias durante a maturação


exame de sangue pode indicar que o na medula óssea, perdem o núcleo
paciente provavelmente está com e as outras organelas, não podendo
alguma doença parasitária: renovar suas moléculas.
a) Linfócito c) Os eritrócitos imaturos são
b) Monócitos chamados de Reticulócitos.
c) Eosinófilos d) Sua forma bicôncava é oque facilita
d) Basófilo as trocas gasosas.
e) Plaquetas e) Em condições normais, as hemácias
saem da circulação.
46. Células que possuem um núcleo
irregular com aspecto de “S” e sua 49. São células fagocitárias que se
membrana tem receptores para originam na medula óssea, passam para
imunoglobulina E (IgE): o sangue e atravessam a parede dos
a) Plaquetas capilares por diapede, penetram em
b) Basófilo órgãos e se transformam em
c) Monócito macrófagos:
d) Eosinófilo a) Plaquetas
e) Linfócito b) Basófilo
c) Monócito
47. Únicas células que possuem a d) Eosinófilo
capacidade de recirculação, após e) Linfócito
entrarem no tecido conjuntivo podem
voltar para a corrente sanguínea e 50. Durante a remoção do coágulo uma
vice-versa: enzima é formada pela ativação da
a) Monócito proenzima plasmática Plasminogênio,
b) Basófilo marque a alternativa que contém essa
c) Eosinófilo enzima.
d) Linfócito a) Enzima Plasmina
e) Plaquetas. b) Enzima Lipase
c) Enzima Pepsina
48. Marque a alternativa incorreta sobre as d) Enzima Ptialina
Hemácias: e) Enzima Protease
a) São células que possuem grande
quantidade de hemoglobina.
Hemocitopoese L E T Í C Í A T I M B Ó 199
Apostila de Histologia

c) Além de varias outras funções, a


51. A Hemocitopoese é o processo de
medula óssea armazena ferro na
renovação celular do sangue por meio
forma de Ferritina e de
de divisões mitóticas, e ela ocorre nos
Hemossiderina na membrana
órgãos hemocitopoéticos. Ela é dividida
plasmática dos macrófagos.
em fases, qual dessas fases se
d) Em jovens a medula óssea
caracteriza pelo desenvolvimento de
vermelha é encontrada apenas nas
eritroblastos, granulócitos e monócitos:
diáfises proximais do fêmur e do
a) Fase Mesoblástica
úmero.
b) Fase Hepática
e) Em adultos a medula óssea é
c) Fase Medular
encontrada no esterno, vértebras,
d) Fase Cortical
díploe dos ossos do crânio e
costelas.
52. Marque a alternativa incorreta sobre as
Células-tronco:
54. A respeito da maturação dos
a) O Modelo indutivo é quando ocorre
eritrócitos, em qual fase da maturação
a autorrenovação ou diferenciação
ocorre o fim da síntese proteica, sem
de maneira aleatória.
renovação dos polirribossomos:
b) É nas células tronco precursoras
a) Reticulócito corado
que as características morfológicas
b) Eritroblasto ortocromático
diferenciais das linhagens aparecem
c) Eritroblasto policromático
pela 1º vez.
d) Eritroblasto basófilo
c) As células tronco Pluripotentes são
e) Proeritroblasto
chamadas assim, pois derivam de
um único tipo celular da medula.
55. Sobre a origem das plaquetas, é
d) As células tronco Pluripotentes
correto afirmar que:
geram células filhas de menor
( ) As plaquetas se originam na
potencial.
medula óssea vermelha através da
fragmentação de pedaços da
53. Marque a alternativa correta sobre a
membrana plasmática dos
Medula óssea vermelha:
megacariócitos.
a) Apenas em casos de intoxicações,
( ) A célula jovem das plaquetas é
a medula óssea amarela transforma-
chamada de Megacariócito.
se em vermelha.
( ) O hormônio que é o principal
b) Nos recém nascidos toda a medula
regulador do megacariócito e da
óssea é amarela e com o avançar
produção de plaqueta é a
da idade, a maior parte dessa
Trombopoetina.
medula transforma-se em vermelha.
Sistema Imunitário
L E T Í C Í A T I M B Ó 200
Apostila de Histologia

56. Marque a alternativa incorreta sobre a


origem embrionária dupla e não
o Sistema Imunitário:
apresenta nódulos.
a) Os órgãos linfáticos centrais são
a) Baço
formados pelo timo e medula óssea.
b) Linfonodo
b) Todos os linfócitos são originados
c) Timo
na medula óssea e amadurecem no
d) Tonsila
Timo.
c) As Citocinas são moléculas que
59. A rejeição dos transplantes de órgãos
atuam na comunicação das células
e enxertos se deve principalmente a:
do sistema imunitário.
a) Atividade dos linfócitos B e
d) Baço, linfonodos, nódulos linfáticos,
citotóxicos.
tonsilas, placas de Peyer e apêndice
b) Atividade dos linfócitos T e
participam dos órgãos linfáticos
citotóxicos.
periféricos.
c) Atividade dos linfócitos NK e
citotóxicos.
57. Tonsilas são órgãos constituídos por
d) Atividade dos linfócitos NK e B.
aglomerados de tecido linfático, e
podemos distinguir 3 tipos de tonsilas:
60. São células originadas na medula óssea,
palatina, lingual e faríngea. Marque a
são encontradas em muitos órgãos em
alternativa correta sobre esse assunto:
locais ricos em linfócitos T:
a) A tonsila faríngea é a única que não
a) Células dendríticas
possui criptas.
b) Linfócitos NK
b) A tonsila lingual é coberta por um
c) Células T de memória
Epitélio Pseudoestratificado Plano.
d) Células reticulares
c) As criptas da tonsila palatina são
constituídas por: células epiteliais
61. Imunoglobulinas são glicoproteinas
descamadas + linfócitos vivos e
produzidas pelos plasmócitos, elas
mortos + vírus.
neutralizam moléculas estranhas.
d) A tonsila faríngea é coberta por
Marque o tipo de imunoglobulina mais
Epitélio Pseudoestratificado cilíndrico.
presente no plasma:
a) Imunoglobulina G
58. Órgão linfático dividido em lóbulos
b) Imunoglobulina A
envoltos por uma Cápsula de tecido
c) Imunoglobulina E
conjuntivo denso. Dividido em zona
d) Imunoglobulina D.
cortical e zona medula. Que possui
Trato Digestivo L E T Í C Í A T I M B Ó 201
Apostila de Histologia

62. Órgão do tubo digestivo que b) O epitélio que cobre o esôfago é:


apresenta Epitélio Pavimentoso Estratificado pavimentoso
Estratificado NÃO queratinizado e o queratinizado
único possui Camada Adventícia: c) Sua submucosa possui Glândulas
a) Orofaringe estomacais – que secretam muco,
b) Duodeno facilitando o transporte de alimento.
c) Estômago d) Na transição do esôfago para
d) Esôfago estômago encontramos as
e) Jejuno-íleo Glândulas cárdicas esofágicas.

63. Sobre o Estômago, marque a 66. O suco gástrico tem como objetivo a
alternativa incorreta: quebra de moléculas de proteínas em
a) A região pilórica possui fossetas porções menores e também contribui
mais longas e glândulas mais curtas. para a destruição de microorganismos.
b) O epitélio que cobre a superfície Marque a alternativa na qual tem a
do estômago é Pseudoestratificado célula responsável pela produção do
cilíndrico. (F) HCL no estômago:
c) A camada média do Piloro é mais a) Células caliciformes
espessa, pois forma o Esfíncter b) Células Enteroendócrinas
pilórico. c) Células Parietais
d) A lâmina própria da mucosa é a d) Células Zimogênicas
única que possui Glândulas.
67. O apêndice cecal é uma invaginação
64. NÃO é característica da Papila do ceco, a mucosa dele é semelhante
Circunvalada: a do intestino grosso, portanto é
a) Localiza-se no V lingual revestido por epitélio:
b) É em número de 7 a 12 a) Cilíndrico simples com células
c) NÃO possui botões gustativos caliciformes
d) É circundada pelo Sulco lateral. b) Cilíndrico simples
c) Pseudoestratificado cilíndrico
65. Em relação ao esôfago, marque a d) Pseudoestratificado cilíndrico com
alternativa correta: células caliciformes..
a) Todo o esôfago apresenta camada
serosa.
Aparelho Respiratório L E T Í C Í A T I M B Ó 202
Apostila de Histologia

68. Durante a inspiração, os alvéolos são 71. O Vestíbulo é a porção mais anterior e
insuflados com maior facilidade devido à dilatada das Fossas Nasais, essa porção
ação de substâncias lipoproteicas. Qual a é revestida por:
célula que produz essa substância a) Epitélio Estratificado Pavimentoso
denominada de surfactante? sem queratina.
a) Pneumócito I b) Epitélio Estratificado Pavimentoso
b) Pneumocito II com queratina
c) Célula endotelial alveolar c) Epitélio Pseudoestratificado ciliado
d) Macrófago alveolar d) Epitélio Cilíndrico simples ciliado.

69. Sobre a histologia do pulmão, assinale a 72. O Epitélio Respiratório consiste em 5


alternativa incorreta: tipos celulares, marque o que possui
a) Os pneumócitos do tipo I possuem os numerosos microvilos na superfície
Corpos Lamelares que originam o apical que são considerados receptores
material que se espalha sobre a sensoriais pois na sua base existem
superfície dos alvéolos. terminações nervosas aferentes.:
b) Os pneumócitos do tipo II produzem o a) Célula Caliciforme
surfactante que diminui a tensão b) Célula colunar ciliada
superficial alveolar c) Célula em escova
c) Os macrófagos alveolares fagocitam as d) Célula granular
partículas de poeira que entram no e) Célula basal
pulmão.
d) Líquido Bronco-alveolar auxilia a 73. São células não ciliadas, que
remoção de partículas e substâncias apresentam grânulos secretores em
prejudiciais que possam penetrar com suas porções apicais e secretam
o ar inspirado proteínas que protegem o
revestimento bronquiolar. Marque a
70. A Parede Interalveolar dos pulmões é alternativa que corresponde a essa
formada por 3 tipos celulares, qual descrição:
dessas não pertence a parede? a) Células de Clara
a) Pneumócito tipo I b) Pneumócito tipo I
b) Pneumócito tipo II c) Pneumócito tipo II
c) Macrófago alveolar d) Macrófago alveolar
d) Células endoteliais dos capilares.
Pele e Anexos L E T Í C Í A T I M B Ó 203
Apostila de Histologia

74. Marque a alternativa incorreta sobre a 77. A epiderme é constituída por 5


Pele: camadas e uma delas é mais evidente
a) A hipoderme faz parte da pele, na pele espessa, possui desmossomos
servindo de união com os órgãos entre as células, além de citoplasma
subjacentes. com numerosos filamentos de
b) As papilas dérmicas servem para queratina, marque qual é a camada
aumentar a coesão entre a camada descrita:
da derme e da epiderme. a) Camada Basal
c) As células de Langerhans são b) Camada Espinhosa
importantes para as reações c) Camada Granulosa
imunitárias cutâneas. d) Camada Lúcida
d) A melanina é produzida e e) Camada Córnea
acumulada na epiderme.
78. A derme é o tecido conjuntivo onde
75. Marque a alternativa que condiz com o se apoia a epiderme e une a pele a
epitélio da Epiderme: hipoderme, ela apresenta espessura
a) Epitélio Estratificado pavimentoso variável e na sua superfície externa
não queratinizado. existem as papilas dérmicas, além disso,
b) Epitélio estratificado pavimentoso ela é dividida em 2 camadas:
queratinizado. a) Camada Reticular e Papilar
c) Epitélio cilíndrico simples ciliado b) Camada Granulosa e Lúcida
d) Epitélio cilíndrico simples. c) Camada Córnea e Papilar.
d) Camada Reticular e Córnea.
76. São células encontradas na pele
espessa da palma da mão e da planta 79. Marque a alternativa que condiz com o
dos pés, estão presas aos epitélio da Glândula Sudorípara:
queratinócitos por meio de a) Epitélio Estratificado pavimentoso
desmossomos, e elam disso são b) Epitélio Estratificado Cúbico
mecano-receptores: c) Epitélio Simples Cúbico
a) Células de Merkel d) Epitélio Pseudoestratificado ciliado
b) Melanócitos
c) Células de Langerhans 80. Marque as camadas que fazem a
d) Células escuras renovação da epiderme:
e) Células claras a) Camada Córnea e Papilar
b) Camada Espinhosa e Basal
c) Camada Granulosa e Basal.
d) Camada Basal e Lúcida.
Aparelho Urinário L E T Í C Í A T I M B Ó 204
Apostila de Histologia

d) Epitélio Simples Cilíndrico.


81. São células formadas pelo corpo
celular, local de onde partem diversos 85. A uretra masculina é formadas por 3
prolongamentos primários que vão dar porções (prostática, membranosa e
origem aos prolongamentos
cavernosa) a Membranosa é a menor
secundários.
a) Podócitos porção e é revestida por:
b) Células Mesangiais a) Epitélio Pseudoestratificado Colunar
c) Néfrons b) Epitélio Estratificado Colunar
d) Mácula densa c) Epitélio de Transição
d) Epitélio de Estratificado
82. Marque a alternativa incorreta sobre o Pavimentoso.
Aparelho Urinário:
a) O corpúsculo renal é encontrado na
região medular. 86. O túbulo contorcido distal encosta-se
b) O único componente do néfron ao corpúsculo de Malpighi do mesmo
que se encontra dentro da néfron e, nesse local, sua parede se
pirâmide (região medular), é a Alça modifica. Suas células tornam-se
de Henle. cilíndricas simples, essas características
c) O Parênquima renal é formando
são do:
pela medula e pelo córtex.
d) As células mesangiais a) Néfrons
extraglomerulares estão entre a b) Células mesangiais
arteríola glomerular aferente e c) Mácula densa
eferente. d) Podócitos

83. Marque qual desses componentes não


formam o Aparelho Justaglomerular:
a) Mácula densa
b) Células mesangiais
extraglomerulares.
c) Células justaglomerulares
d) Podócitos
e) Néfron

84. Marque a opção que indica o Epitélio


que recobre o Túbulo Coletor e o
Ramo ascendente da Alça de Henle:
a) Epitélio Simples Cilíndrico ciliado
b) Epitélio Simples Cúbico sem orla
em escova
c) Epitélio Simples Cúbico com orla
em escova.
Aparelho Reprodutor Mas L E T Í C Í A T I M B Ó 205
Apostila de Histologia

87. Nos testículos NÃO iremos encontrar: transforma em Estratificado


a) Células intersticiais pavimentoso.
b) Epitélio germinativo c) O cordão espermático é formado
c) Túbulos seminíferos por: Plexo pampiniforme + nervos
d) Células de Sertoli + artéria testicular + ducto
e) Estereocílios deferente.
d) Quando o processo de maturação
88. O trajeto dos espermatozoides do das espermátides ocorre, vai
testículo até a ampola é basicamente: ocorrer a perda dos citoplasmas e
a) Túbulos seminíferos – Túbulo das pontes gerando a separação
Epididimário – Túbulos retos – dessas espermátides.
Túbulo deferente – Canal eferente.
b) Túbulo Epididimário – Túbulos 90. São piramidais, se localizam entre as
seminíferos – Túbulos retos – células da linhagem germinativa e
Túbulos deferente – Rede testicular formam a Barreira Hematotesticular:
– Túbulos eferentes. a) Células intersticiais
c) Túbulos seminíferos – Túbulos b) Células de Sertoli
retos – Rede testicular – Túbulos c) Glândulas Bulbouretrais
eferentes – Túbulo epididimário – d) Glândulas Littré
Canal deferente.
d) Túbulos retos – Rede Testicular – 91. A vesícula seminal consiste em 2 tubos
Túbulo epididimário – Túbulos muito tortuosos que produzem uma
deferentes – Túbulos seminíferos secreção viscosa e amarela que
– Canal eferente. contém substâncias ativadoras dos
espermatozoides. Marque a alternativa
89. Marque a alternativa incorreta sobre a que indica o Epitélio dessa vesícula:
histologia do aparelho reprodutor a) Epitélio cuboide ou
masculino: pseudoestratificado colunar.
a) As Células de Leydig são as células b) Epitélio estratificado pavimentoso.
que ocupam a maior parte do c) Epitélio cúbico simples.
espaço entre os túbulos d) Epitélio colunar pseudoestratificado
seminíferos. com estereocílios.
b) A maior parte da uretra peniana é
revestida por Epitélio estratificado
colunar, já na glande ele se
Aparelho Reprodutor Fem L E T Í C Í A T I M B Ó 206
Apostila de Histologia

92. A respeito dos órgãos do Sistema b) Células Intersticiais


reprodutor feminino, marque a c) Células Granulosas-luteínicas
alternativa incorreta: d) Células Teca-luteínicas.
a) O ovário é revestido por Epitélio
Cúbico Simples e apresenta os
folículos ovarianos na região cortical. 96. A respeito da Genitália Externa,
b) É no segmento denominado ampola marque a alternativa correta:
da tuba uterina que ocorre a a) Os lábios menores são revestidos por
fecundação Epitélio Pavimentoso Estratificado
c) Na fase proliferativa o endométrio queratinizado.
possui Epitélio Estratificado. b) O clitóris é revestido por Epitélio
d) A vagina não apresenta glândulas.
Cilíndrico simples.
93. Sobre o Corpo Lúteo, marque a c) As Glândulas vestibulares menores
alternativa correta: situam-se ao redor dos lábios maiores
a) É uma estrutura temporária formada e uretra.
por células granulosas + células da teca d) Os lábios maiores possui pouca
externa do folículo que ovulou. quantidade de glândulas sebáceas e
b) O desenvolvimento do corpo lúteo sudoríparas.
resulta do estímulo feito pelo Hormônio
Luteinizante.
c) Os restos do corpo lúteo são 97. A superfície Ovariana é coberta por:
fagocitados por macrófagos e a) Epitélio Cúbico simples
fibroblastos, nessa fase ele é chamado b) Epitélio Cúbico simples ciliado
de – Corpo lúteo de mesntruação. c) Epitélio Cilíndrico simples ciliado
d) As células da teca externa contribuem d) Epitélio Estratificado
originando as Células teca-luteínicas.

94. Sobre a Tuba Uterina. Marque a 98. O crescimento folicular é estimulado:


alternativa que indica o seu epitélio de a) FSH
revestimento: b) LH
a) Epitélio Cúbico Simples c) Estradiol
b) Epitélio Cúbico simples ciliado d) Progesterona
c) Epitélio Cilíndrico simples
d) Epitélio Cilíndrico simples ciliado 99. O corpo lúteo de gravidez, que
e) Epitélio Estratificado.. persiste durante 4-5 meses e em
seguida degenera e é substituído por:
95. Essas células constituem os o ovócitos a) Corpo Albicans
primários e são envolvidas por células b) Corpo lúteo de menstruação
achatadas: c) Células teca-luteínicas
a) Células Foliculares d) Células granulosas-luteínicas
L E T Í C Í A T I M B Ó 207
Apostila de Histologia

100. É a fase que resulta da ação de


progesterona, caracteriza-se pelas
glândulas se tornarem muito tortuosas
e ocorrer raras mitoses nesse período:
a) Fase Folicular
b) Fase Secretora
c) Fase Menstrual
d) Endométrio gravídico.
Gabarito
L E T Í C Í A T I M B Ó 208
Apostila de Histologia

1 d 21 b 41 a 61 a 81 a
2 a 22 b 42 b 62 d 82 a
3 c 23 d 43 b 63 b 83 d
4 d 24 d 44 d 64 c 84 b
5 a 25 d 45 c 65 d 85 b
6 a 26 b 46 b 66 c 86 c
7 a 27 a 47 d 67 a 87 e
8 d 28 d 48 e 68 b 88 c
9 c 29 b 49 c 69 a 89 b
10 c 30 e 50 a 70 c 90 b
11 c 31 b 51 b 71 a 91 a
12 c 32 b 52 a 72 c 92 c
13 e 33 d 53 e 73 a 93 b
14 a 34 d 54 a 74 a 94 c
15 c 35 c 55 VFV 75 b 95 a
16 c 36 a 56 b 76 a 96 a
17 a 37 b 57 a 77 d 97 a
18 a 38 a 58 c 78 a 98 a
19 a 39 d 59 c 79 b 99 a
20 b 40 c 60 a 80 b 100 b
Referências
L E T Í C Í A T I M B Ó 209
Apostila de Histologia

 ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2004. JUNQUEIRA, LC;
CARNEIROM J. Histologia básica.
 PLAZZI, Otávio. Reabilitação
cardiovascular com Otávio Plazzi.
YouTube, 8 de janeiro de 2011.
Disponível em:
https://www.youtube.com/c/Ot
%C3%A1vioPlazzi/featured.
Acesso em: 03/02/2021.

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