Você está na página 1de 18

Os efeitos do método pilates sobre a

função respiratória em crianças com


sintomas de asma
Maria Eduarda Ribas Bastos, Simone Lara
dada-12@hotmail.com
Introdução
A doença pulmonar obstrutiva crônica caracteriza-se por uma obstrução ao fluxo
aéreo parcialmente reversível. Geralmente é progressiva, sendo associada a uma
resposta inflamatória dos pulmões a partículas ou gases tóxicos.

A confirmação do diagnóstico é feito por teste de função pulmonar (espirometria).

(Gina, 2015; Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para manejo da asma, 2012).
Introdução
Os indivíduos com asma tendem a apresentar, além do comprometimento
pulmonar, uma menor tolerância ao exercício físico, fato que pode ser em
decorrência da falta de atividades físicas regulares, pela ocorrência de
broncoespasmo induzido pelo exercício, grau de obstrução da via aérea e
diminuição da capacidade ventilatória.

(Priftis et al, 2007).


Introdução
O método pilates representa um programa de treinamento físico e mental que
considera o corpo e a mente como uma unidade.

Os princípios do método são baseados na concentração, controle, fluidez, precisão,


respiração, concentração e atenção.

(Siler, 2008).
Objetivo

Analisar os efeitos do método pilates sobre a força muscular respiratória de


crianças com sintomas de asma.
Metodologia
Foram inseridos estudantes, do quarto e quinto ano do ensino fundamental,
independente de sexo, de uma escola pública do município de Uruguaiana/RS.

Inicialmente foi aplicado o questionário ISAAC, composto por 12 perguntas


referentes a presença de sintomas da asma, gravidade e uma pergunta referente
ao diagnóstico.
Após foram incluídas inicialmente 21 crianças com sintomas de asma.
O protocolo de avaliação pré e pós intervenção constou da avaliação
antropométrica e da força dos músculos respiratórios.

(Asher e Weiland, 1998).


Metodologia
Avaliação da força muscular respiratória foi feita através do manovacuômetro.

A Pressão Inspiratória mede a força da musculatura inspiratória.

Pimáx
A Pressão Expiratória mede a força dos músculos expiratórios.
Pemáx
São, respectivamente, a maior pressão que pode ser gerada durante uma inspiração
e expiração máximas contra uma via aérea ocluída.

(Souza, 2012).
Metodologia
Os valores de PImáx e PEmáx são dependentes não apenas da força dos músculos
respiratórios, mas também do volume pulmonar em que são realizadas as medidas
e do correspondente valor da pressão de retração elástica do sistema respiratório.

(Parreira et al., 2007).


Metodologia
Metodologia
Os exercícios foram divididos em 02 protocolos, com duração de 06 semanas cada.
Compostos por exercícios de solo, acessórios e aparelhos.

Figura 1: Exercício leg pull front no solo. Figura 2: Exercício ponte suspensa no aparelho trapézio.
Metodologia

Figura 3: Exercício leg circle no aparelho Figura 4. Exercício body extension utilizando
reformer. como acessório a meia lua.
Resultados
Resultados
Podemos observar que houve um aumento da PImáx após a prática do método
Pilates (p<0,01), porém sem alteração da PEmáx (p=0,10).
Resultados

Os resultados mostram que o método pilates contribuiu para o aumento da


pressão inspiratória nas crianças avaliadas.

Esse aumento de força alcançado com os exercícios ocorreu em virtude da


centralização das forças realizadas através da contração isométrica da
musculatura abdominal superficial.

(Serpa et al. 2014).


Resultados

Ajudando a melhorar o estilo de vida e a prática de exercícios.


Considerações Finais

Os exercícios do método pilates demonstraram um efeito positivo sobre a força


muscular respiratória das crianças, podendo ser uma ferramenta importante para a
promoção da saúde e da função respiratória de escolares com sintomas de asma.
Referências
ASHER MI, WEILAND SK. The International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC). ISAAC Steering Committee.
Clin Exp Allergy; 28 Suppl 5:52-66; 1998.
AZEVEDO, K. R. S. Avaliação funcional pulmonar na DPOC. Pulmão RJ, v. 22, 2013.
BASSO, R. P. The Global Strategy for Diagnosis, Management and Prevention of COPD (updated 2016), the Pocket Gude
(updated 2016) and the complete list of references examined by the Committee are available on the GOLD. [acesso em 21 set
2017]. Disponível em: : www.goldcopd.org.
HEYWARD, V. H, STOLARCZYK, L. M. Avaliação da Composição Corporal Aplicada. São Paulo: Manole, 2000.
PARREIRA, V. F.; FRANÇA D.C.; ZAMPA C.C.; FONSECA M.M.; TOMICH G. M.; BRITTO R. R. Pressões respiratórias máximas:
valores encontrados e Preditos em indivíduos saudáveis. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 11, n. 5, p. 361-368,
2007.
SANTOS, M., CANCELLIETO-GAIAD, K. M.; ARTHURI, M. T. Efeiro do método Pilates no solo sobre parâmetros respiratórios de
indivíduos saudáveis. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 23, p. 24 -30, 2015.
SERPA, E. P.; JUNIOR, G. B. V.; MARCHETTI, P. H. Aspectos biomecânicos da unidade músculo tendínea sob efeito do
alongamento. Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, v.6, n.1, 2014.
SILER, B. O corpo Pilates: Um guia para o fortalecimento e tonificação sem o uso de máquinas. São Paulo: Summus, 2008.
SILVA, A. C. L. G.; MANNRICH, G. Pilates na reabilitação: uma revisão sistemática. Fisioterapia e Movimento, v. 22, 2009.
SOUZA, R. B. Pressões respiratórias máximas. Jornal de Pneumologia, 2002.
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o manejo da asma. J Brasil Pneumol 2012; 38 (1):1-46.
Obrigada!

Você também pode gostar