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RESENHA DO ARTIGO: “Treinamento cardiorrespiratório e força dos músculos

ventilatórios em idosas: ensaio controlado randomizado duplo cego”

Este artigo foi escrito e redigido por Fabio Dutra Pereira, da Universidade Estácio de
Sá, recebido em 12 de abril de 2021 e postado em 29 de junho de 2021 por
“Fisioterapia Brasil”. É um artigo caracterizado como um Ensaio clínico randomizado
duplo cego, com intervenção paralela e fatorial, realizado no período de 2017 a 2018
na Universidade e Castelo Branco, UCB/RJ. Foi um experimento feito seguindo os
padrões éticos internacionais conforme descrito por Harriss e Atkinson. Foi um projeto
de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos
da Universidade Gama Filho (UGF/RJ), sob protocolo número 283 141. As pessoas
que participaram deram seu consentimento de acordo com a Declaração de
Helsinque.

INTRODUÇÃO

Depois dos 50 anos de idade, há uma considerada dinapenia (redução da força


muscular por envelhecimento) há cada ano que se passa, sendo maior ainda no sexo
feminino, provocando decréscimos no PImáx e PEmáx por afetar os músculos
respiratórios e ventilatórios. Com isso, se torna de extrema importância a manutenção
da força muscular ventilatória em níveis fisiológicos, pois estes músculos atuam
ativamente da mecânica da homeostase sérica de O2 e CO2 e possibilitam a
higienização brônquica para amenizar riscos de infecções em ambientes nosocomiais.
Nesse sentido, este artigo ressalta a importância da utilização do treinamento
cardiorrespiratório para melhorar a respiração em idosos, já que representam a maior
parte da população que morre por problemas respiratórios e por que apresentam
fraqueza muscular por envelhecimento, sendo um agravante. Contudo, o objetivo
traçado no texto é de fazer um experimento para identificar o efeito crônico do TC
sobre a força muscular ventilatória de idosas.
DESENVOLVIMENTO

O artigo explica e fala sobre os métodos e materiais utilizados durante o experimento.


Sobre os participantes, foram elegidos 24 pessoas que atenderam os critérios de
inclusão, que são eles: possuir idade entre 60 e 79 anos; ter o índice de massa
corporal (IMC) entre 18,0 e 29, kg/m2; não possuir histórico tabagista; não ser
portadora de doenças crônicas degenerativas, cardíacas e nem respiratórias; ser
classificada como “Irregularmente ativa B” (que realiza menos de 10 minutos de
caminhada leve por semana, em até 5 dias) no International Physical Activity
Questionnaire (IPAQ); ter a força dos membros inferiores (FMMII) e a resistência
aeróbica (RA) dentro dos valores normativos de referência segundo o Senior Fitness
Test. No critério de exclusão, foi considerado apenas se a pessoa tivesse alguma
condição que viesse a obrigar a participante a se ausentar por mais de duas semanas
das atividades realizadas no experimento.

Os participantes foram divididos em três grupos: grupo controle (GC), grupo


treinamento ventilatório (GTV) e grupo treinamento cardiorrespiratório (GTC). Os
participantes do GC foram orientados a não participar de nenhum programa
sistematizado de exercício físico, porém ao fim dos experimentos foram convidados a
participar do treinamento específico para musculatura ventilatória. Os participantes do
GTV tiveram 18 sessões de treinamento de músculos ventilatórios em um período de
6 semanas, fazendo três sessões por semana. Os participantes do GTC foram
submetidos a 18 sessões de treinamento cardiorrespiratório, também distribuídas em
6 semanas e com três sessões por semana. Foram feitos alguns testes para todos os
grupos, considerados como desfechos a PImáx, PEmáx, FMMII e RA, mensurados no
início do teste, ao passar de 4 semanas e ao fim do experimento.

Para obter resultados com mais especificidade, foram utilizados três testes após o fim
do experimento com todos os grupos, sendo eles: teste Shapior-Wilk, teste Post Hoc
de Bonferroni e teste de Levene. Em comparação com o início do teste grupo, o grupo
GTV apresentou aumentos significativos da PImáx e PEmáx, já para os desfechos
FMMII e RA, foi atestado uma distribuição normal e homogeneidade de variâncias
para ambas as variáveis. O grupo GTC em comparação com o início do experimento,
apresentou incremento significativo na FMMII e na RA, e aumentos significativos da
PImáx e PEmáx também.
O autor concluiu que a partir dos resultados do presente ECR, é possível concluir que
os treinamentos cardiorrespiratório e ventilatório, foram capazes de incrementar
significativamente a PImáx e PEmáx de idosas. Entretanto, apenas o TC produziu
aumentos significativos na RA e na FMMII das participantes submetidas a ele.
Portanto, ele recomenda que com a utilização dos treinamentos referidos à população
estudada, é possível ter aumento da força dos músculos ventilatórios.

CONCLUSÃO

Com a leitura e entendimento do artigo a ser estudado, compreendo que idosos já são
predispostos a serem “fracos” em questões respiratórias por conta do envelhecimento,
que causa enfraquecimento muscular no corpo todo, incluindo os músculos
ventilatórios, tornando-os alvos fáceis para doenças e incapacidades respiratórias.
Conforme o estudo e experimento proposto, com a utilização de treinamentos
cardiorrespiratórios em idosos, pode-se prevenir problemas envolvendo o sistema
respiratório. Analisando os resultados, posso concordar com o autor e dizer que os
treinamentos propostos nos mostraram sua eficácia e sua importância, sendo assim,
digo que esse artigo é de extrema importância e relevância para a população idosa,
pois pode mostrar a eles a importância desses treinamentos perante a sua saúde.

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