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VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA

+ TREINAMENTO DE EXERCÍCIOS

Ana Angélica Gabrielle Silva


Ana Júlia Jade Victória
Bruna Assis Sandro Júnio
Felipe Silva Tatiane Jesus

Docente: Vanessa Amaral Mendonça


• O que é estudo controlado randomizado
• Justificativa
• Principais Objetivos

Tópicos • Métodos
• Resultados
• Discussão
• Conclusão
Principais objetivos

OBJETIVO A

Ventilação não invasiva durante o treinamento de exercício em ciclo em pacientes


com insuficiência respiratória crônica em suporte ventilatório de longo prazo: um
estudo controlado randomizado
Estudo controlado
randomizado
Estudo experimental;
Efeito de intervenções em saúde; Estão entre os estudos primários;
Evidências para a prática clínica;

Os pacientes são alocados para dois ou mais


grupos de forma aleatória, para que fiquem
bem semelhantes entre si.
Grupo de intervenção Cegamento (cego, duplo-cego, triplo-cego)
Grupo controle
Randomização em bloco
Os blocos têm um tamanho pré-
determinado;

Garante que grupo intervenção e grupo


controle sejam equilibrados quanto ao
número de participantes.
Justificativa:
O treinamento de exercícios, é um componente central reconhecido no
tratamento de pacientes com distúrbios respiratórios;

Necessidade de novos estudos para avaliar a eficácia do uso de


ventilação não invasiva (VNI) como auxílio ao treinamento de exercício

DPOC - Doença Obstrutiva Crônica grave e estável submetidos à


VNI domiciliar noturna;
Pacientes com pulmão intersticial e doenças torácicas
restritivas.

Declaração de reabilitação pulmonar conjunta da Sociedade Torácica


Americana e Respiratória Europeia
Principais objetivos

Investigar se a adição de VNI durante as Os desfechos secundários foram melhora sintomática, função muscular respiratória

sessões de treinamento de exercícios Investigar desfechos secundários os quais


HRQL e tempo de resistência ao exercício.

aumentava a distância de caminhada de 6 foram: Melhora sintomática, função


minutos em comparação com treinamento de muscular respiratória, qualidade de vida e
exercícios sozinho em pacientes com IRC em tempo de resistência ao exercício.
VNI e oxigenoterapia de longo prazo;
Métodos
Estudo randomizado controlado multicêntrico foi conduzido de abril de 2012 a abril de
2016 em hospitais na Itália e Turquia.
Participaram do estudo:
42 pacientes, entre 40-80 anos de idade, com hipercapnia crônica e hipoxemia
devido a DPOC ou DRT, em VNI noturna de longo prazo;
Aleatoriamente foram designados para diferentes grupos:

Grupo 1: Grupo 2:
Intervenção - Treinamento
Controle - Treinamento Físico
Físico com VNI;
Métodos
CRITÉRIOS DE
INCLUSÃO
Condição clínica estável (sem exacerbação nas 4 semanas anteriores ao estudo juntamente com
um pH arterial > 7,35)

CRITÉRIOS DE
EXCLUSÃO

Doença cardíaca isquêmica, insuficiência cardíaca crônica, doenças ortopédicas e/ou


neuromusculares limitação do exercício, recusa em participar ou participação em um programa
de reabilitação pulmonar durante os 6 meses anteriores.
ELA

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Métodos
Os pacientes foram submetidos a realizarem 20 sessões de treinamento de ciclo durante 3
semanas e foram designados aleatoriamente para treinamento de exercícios com VNI ou
treinamento de exercício sozinho.

1. Exercício incremental supervisionado e monitorado


2. Atividades musculares abdominais, dos
[eletrocardiograma e oximetria de pulso (SpO2 )] até
membros superiores e inferiores levantando pesos
realizar 30 minutos de ciclismo contínuo a 50‐70% da
crescentes progressivamente (300-500 g),
carga máxima alcançada durante um teste incremental em
ombros e braços inteiros circulando e outros
cicloergômetro realizado na admissão. A suplementação de
exercícios.
oxigênio durante o treinamento foi titulada para manter
SpO2 > 90%.
Medidas
Na admissão, um avaliador cego registrou as seguintes avaliações:
Características demográficas, antropométricas, clínicas (diagnóstico segundo
dois subgrupos: DPOC ou DRT) e características fisiológicas dos doentes.
Comorbidades, avaliadas por meio da Escala de Classificação de Doença
Cumulativa (CIRS).
Dispneia, avaliada por meio da escala do Medical Research Council (MRC).
Volumes pulmonares estáticos e dinâmicos, avaliados após broncodilatação.
Gasometria arterial, avaliada enquanto o paciente respirava ar ambiente ou
seu fluxo habitual de oxigênio na posição sentada.
Medidas
As medidas de desfecho foram:
Distância percorrida no TC6 (resultado primário);
Tempo de exercício incremental e de resistência em cicloergômetro - protocolo de exercício de ciclo
incremental padrão de 1 min;
Função muscular respiratória - (PImáx) e (PEmáx) de acordo com o método de Black e Hyatt, utilizando
valores preditos;
Qualidade de vida (MRF-28);
Dispneia (Escala - MRC);
Fadiga nas pernas em repouso - BORG.

A medida primária do resultado do estudo foi a distância percorrida no TC6. A hipótese do estudo foi observar
uma alteração pós-treinamento de exercícios de 50m no grupo 1 em comparação com uma alteração pós-
treinamento de exercícios de 25m no grupo 2.
Resultados - Importante destacar
Com relação a VNI, durante as sessões de treinamento de exercícios, a IPAP precisou ser aumentada em
seis pacientes (quatro DPOC e dois RTD, que variou de 1 a 6 cm de água) , enquanto o EPAP aumentou em
quatro pacientes (três com DPOC e um RTD: 1 cm de água, que variou de 1 a 3 cm de água) e diminuiu em
um paciente com DPOC em 2 cm de água.

Não houve diferença significativa na intensidade máxima de treinamento entre os grupos 38,8 vs 42,3
watts nos grupos 1 e 2, respectivamente . Nenhum efeito colateral importante foi registrado, enquanto
hipertensão, fadiga e tontura foram registrados em 15% e 17% dos pacientes nos grupos 1 e 2,
respectivamente, sem nenhuma diferença significativa entre os grupos.
Resultados
Após o treinamento de exercícios, a distancia percorrida no TC6 melhorou significativamente
em ambos os grupos [de 298,9m para 343,7 e de 314,8m para 358,5m, nos grupos 1 e 2,
respectivamente], sem qualquer diferença significativa entre os grupos.

A distancia percorrida no TC6 aumentou mais do que a diferença mínima importante (MID) de
25 m em 15 e 13 pacientes dos grupos 1 e 2, respectivamente. Após o treinamento, a DTC6
melhorou significativamente em pacientes com doença torácica restritiva e DPOC sem nenhuma
diferença significativa entre os grupos controle e VNI.
Resultados
A melhora no tempo de resistência foi significativamente maior no grupo de VNI em
comparação com o grupo de treinamento sem VNI ; a dispneia melhorou em ambos os
grupos, enquanto a função muscular respiratória e a fadiga nas pernas melhoraram apenas
no grupo VNI. A qualidade de vida melhorou apenas no grupo de treinamento sem VNI.

Uma relação pequena, embora significativa, foi encontrada entre as alterações


(Δ, alteração pré-para-pós-reabilitação) no tempo de resistência e watts de
pico. O tempo de resistência Δ foi positivamente relacionado ao uso de VNI
durante o treinamento.
Discussão
Os autores apontam outros estudos que obtiveram resultados semelhantes e também controversos no que diz
respeito ao uso da VNI no treinamento de exercícios. Além disso, traz outras aplicações da VNI em pacientes
DPOC ou IRA.
- Na DPOC hipercápnica crônica sob suporte ventilatório de longo prazo, a VNI também pode ser administrada
durante a caminhada, resultando em melhor oxigenação, diminuição da dispneia e aumento da distância percorrida.

Justificam que o TC6 pode não ser a melhor medida de resultado para este estudo, visto que, na DPOC, os
testes de resistência respondem melhor às intervenções farmacológicas e não farmacológicas do que os testes
incrementais ou o TC6. Os testes de tempo de treinamento e resistência foram realizados usando
cicloergometro, explicando pelo menos em parte a falta de melhora na TC6 em comparação com a melhora
observada no tempo de resistência do ciclo.
Discussão
As principais barreiras ao uso da VNI como adjuvante ao treinamento de exercícios incluem:
Intolerância ao ventilador/máscara - Uma implicação prática do presente estudo sugere a possibilidade de usar o
ventilador doméstico habitual do paciente durante o treinamento sem nenhum custo adicional de equipamento
para o sistema de saúde.

Falta de confiança em relação ao modelo do ventilador, configuração, portabilidade, duração da bateria, peso do
equipamento e tempo necessário para configurar a terapia.
Limitações
Pressões utilizadas podem não ter sido suficientes para reduzir o trabalho respiratório e descarregar os
músculos respiratórios - Não foi avaliado se a resposta ao exercício do paciente à VNI estava relacionada à
pressão e não foram realizadas medições do trabalho respiratório. Portanto, não é ter certeza se as pressões
aplicadas foram suficientes para reduzir o trabalho respiratório. Porém apontam que ajustaram de acordo com o
conforto do paciente.

Os dispositivos domésticos podem não ser apropriados para uso durante o exercício, pois a capacidade do
dispositivo pode não ser grande o suficiente durante períodos de alta demanda ventilatória.

A duração (semanas) do programa pode não ter sido suficiente para proporcionar melhorias na TC6.

Número da amostra
Conclusão

Em pacientes com IRC em VNI de longo prazo e


oxigenoterapia de longo prazo, a adição de VNI às
sessões de treinamento de exercícios resultou em uma
melhora no tempo de resistência, mas não no TC6.
Referências:
VITACCA, Michele, et al. Non-invasive ventilation during cycle
exercise training in patients with chronic respiratory failure on long-
term ventilatory support: A randomized controlled trial. Respirologia.
set. 2017.

Obrigado!

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