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FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA - FADBA

CURSO FISIOTERAPIA

ALEXANDRA MELLISSA MOURA DE FARIAS

JHULLY ANNY FERNANDES VILHENA

KATIA RANIELLY LINS DE GOUVEIA VASCONCELOS

LAURENA DE OLIVEIRA MEDRADO

EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO APRIMORADO COM A ESTIMULAÇÃO


ELÉTRICA FUNCIONAL (FES) NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA EM
PACIENTES COM LESÃO MEDULAR.

CACHOEIRA - BA

2023
RESUMO

Esta revisão sistemática teve como objetivo avaliar os efeitos do exercício


aprimorado com a estimulação elétrica funcional (FES) na função respiratória em
pacientes com lesão medular. A busca foi realizada nas bases de dados
PubMed, Scielo e Google Scholar de março a abril de 2023, e cinco artigos foram
incluídos. A revisão sugere que a FES pode melhorar a capacidade aeróbica, a
força da tosse, a função respiratória e o desempenho máximo no exercício em
indivíduos com lesão medular. No entanto, ainda há controvérsias sobre sua real
eficácia e melhores práticas para sua aplicação, e mais pesquisas são
necessárias. A escala GRADE foi usada para avaliar a qualidade dos estudos
selecionados, e os resultados foram apresentados em tabelas e/ou gráficos. O
estudo conclui que a FES pode ser uma técnica eficaz para melhorar a função
respiratória em pacientes com lesão medular.

INTRODUÇÃO

A lesão medular é uma condição que afeta a função motora e sensorial dos
pacientes, e pode ter impacto significativo na qualidade de vida, além de gerar
diversas complicações, como alterações respiratórias. A função respiratória é
essencial para a sobrevivência e a independência do paciente, e sua
preservação e/ou melhora são fundamentais para a reabilitação dos pacientes
com lesão medular, sendo o a estimulação elétrica funcional capaz de gerar
alterações positivas nas variáveis de função muscular respiratória avaliadas,
como o pico de fluxo expiratório e de tosse, em pessoas com lesão medular
cervical e torácica1. Nesse contexto, a estimulação elétrica funcional (FES) é
uma técnica terapêutica que vem sendo amplamente estudada como uma
possível intervenção para melhorar a função respiratória em pacientes com lesão
medular, com a técnica terapêutica potencialmente eficaz para a melhora da
função respiratória nestes pacientes.
Embora existam evidências que sugerem que a FES pode ser uma técnica eficaz
para melhorar a função respiratória em pacientes com lesão medular, ainda há
controvérsias sobre sua real efetividade e sobre as melhores práticas para a sua
aplicação. Além disso, há uma escassez de revisões sistemáticas que tenham
avaliado de forma abrangente a literatura científica disponível sobre o tema.
Portanto, este estudo pretende fornecer uma revisão sistemática atualizada dos
efeitos do exercício aprimorado com a FES na função respiratória em pacientes
com lesão medular, com o objetivo de esclarecer a eficácia dessa técnica e
contribuir para o desenvolvimento de novas pesquisas e práticas clínicas.

MÉTODOS

Para a realização desta revisão sistemática, foram seguidas as diretrizes do


Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses
(PRISMA). A busca foi realizada nas bases de dados Pubmed, Scielo e Google
Acadêmico, no período de março de 2023 a abril de 2023, utilizando os
descritores "electrical stimulation AND spinal cord injury AND respiratory".

Os critérios de inclusão foram estudos com artigos publicados nos idiomas


português, inglês e espanhol, pacientes com lesão medular e estudos com
humanos. Foram excluídos estudos com mais de dez anos de publicação,
revisões sistemáticas, revisões narrativas, pesquisas que não estivessem nos
idiomas mencionados e estudos em animais.

Três revisores independentes realizaram a seleção dos estudos com base nos
critérios de inclusão e exclusão. As informações coletadas foram: Número de
participantes, parâmetros da corrente, músculos e/ou tendões, número de
seções e o tempo das seções.

A qualidade dos estudos selecionados foi avaliada utilizando a escala de


qualidade de evidência GRADE (Grades of Recommendation, Assessment,
Development and Evaluation). Os estudos foram classificados em níveis de
evidência alta, moderada, baixa ou muito baixa.
Os dados foram analisados descritivamente e apresentados em tabelas e/ou
gráficos. A síntese dos resultados foi realizada considerando-se as
características dos estudos incluídos e os resultados obtidos, destacando as
principais conclusões encontradas na literatura.

AUTOR/ANO OBJETIVOS MÉTODOS PRINCIPAIS


ACHADOS
Hamzaid et e Comparar as 5 Participantes/ 35 Hz/ 400 As respostas
al respostas us/ quadríceps, cardiorespiratórias e as
biomecânicas e isquiotibiais e glúteos/ 40 eficiências mecânicas
fisiológicas mA até ~75% do máximo de duas modalidades
durante o de cada sujeito/ 3 sessões de exercícios de perna
exercício iFES- 15 min aumentados por
LST (stepping estimulação elétrica
elíptico) versus o funcional/As respostas
exercício iFES- da frequência cardíaca
LCE (ciclismo). foram semelhantes
entre o ciclismo e o
passo, enquanto a
produção de dióxido de
carbono e a ventilação
expirada foram
ligeiramente maiores
durante o passo
elíptico.

J. Andrew Determinar a 6 participantes/ 6 seg t de Maior capacidade


Taylor; Glen magnitude e a contração/ sem rampa/ aeróbica para os
Picard; amplitude dos 450 us/ frequência de 40 participantes que
Jeffrey J. aumentos no pico Hz/ quadríceps e fizeram o remoFES
Widrick da capacidade isquiotibiais/ / Intensidade (20,0 1,9 ml/kg/ min)
aeróbica com a 110/ 3-5 seções de 15 min/ em comparação aos
remada 2- 12 semanas. que fizeram apenas o
com estimulação Remo (15,7 1,5
elétrica funcional mL/kg/min). Apenas um
híbrida (FES) sujeito não apresentou
versus remada aumento. 5 sujeitos
somente com os apresentaram aumento
braços em ente 12% a 50% da
pessoas com capacidade aeróbica.
lesão
medular.

Rachel A investigar o efeito Os resultados


McBain AT do treinamento da Número de participantes: mostraram que a
ALL. tosse combinado 10 pessoas com SCI de estimulação elétrica
com a estimulação alto nível (C4-C6) e 10 aumenta a força da
elétrica funcional pessoas saudáveis como tosse imediatamente e
(FES) sobre os controle/ Tempo de que o treinamento da
músculos contração: 3 tosse por seis semanas
abdominais por 6 segundos/Frequência: 50 aumenta ainda mais as
semanas para Hz/Músculos estimulados: pressões e o fluxo de ar
observar se o músculos abdominais na tosse, tanto com
treinamento posterolaterais (oblíquos quanto sem a
poderia melhorar a externos e estimulação. O estudo
força da tosse em internos)./Intensidade: concluiu que esse
pessoas com ajustada individualmente método pode melhorar
lesão medular de para produzir uma a capacidade de tosse
alto nível (SCI) contração visível sem e a saúde respiratória
desconforto/ 18 sessões dessas pessoas.
de treinamento da tosse (3
vezes por semana por 6
semanas)
McCaughey ugerir que o 10 indivíduos saudáveis e O método mostrou boa
EJ, algoritmo de 10 indivíduos com precisão usando o sinal
McLachlan classificação tetraplegia (C4-C6)/ tempo do cinto torácico, mas
AJ, Gollee H. combinado com de contração 3s/ não com o cinto
um cinto de frequência = 50 Hz/ abdominal ou a
esforço músculos abdominais combinação dos dois.
respiratório possa posterolaterais (oblíquos O método pode ser
ser incorporado a externos e internos)/ 18 usado para controlar
um dispositivo de sessões de treinamento da um dispositivo de
estimulação tosse (3 vezes por semana estimulação elétrica
elétrica funcional por 6 semanas) funcional abdominal,
abdominal (AFES) que pode ajudar a
automático, melhorar a respiração
projetado para de pessoas com
melhorar a função tetraplegia.
respiratória da
população
tetraplégica.

Hopman MT investigar o efeito 9 homens com lesão a FES não teve efeito
et all da estimulação medular (5 com tetraplegia significativo no
elétrica funcional e 4 com paraplegia)/ tempo desempenho máximo
(FES) dos de contração de 10 s/ do exercício ou nas
músculos tempo de rampa de 2 s/ respostas
paralisados da largura do pulso de 300 μs/ cardiovasculares em
perna no frequência de 30 Hz/ comparação com a
desempenho Músculos: quadríceps, condição de sentado
máximo do isquiotibiais e glúteos/ 4 sem FES e a limitação
exercício em sessões em dias no consumo de
indivíduos com diferentes, com pelo oxigênio de pico para
lesão medular menos 24 h de intervalo indivíduos com LM está
(LM), além de entre elas/ cada sessão localizada
hipotetizar se há consistiu em 10 min de perifericamente e que a
melhora na aquecimento, seguidos por FES não é uma
capacidade de 20 min de exercício de estratégia eficaz para
transporte de braço em uma manivela melhorar a capacidade
oxigênio durante o ergométrica, com ou sem de transporte de
exercício de braço FES dos músculos da oxigênio durante o
em indivíduos com perna.
LM, aumentando o exercício de braço em
débito cardíaco e indivíduos com LM.
a pressão arterial.
LINDER, S. H. O objetivo do O estudo consiste em dois Os pacientes com
estudo foi avaliar o experimentos com CSCI apresentaram
efeito da pacientes com CSCI. No uma redução
estimulação primeiro experimento, foi significativa da MEP
elétrica funcional composto por um grupo de quando tossiram
(FES) aplicada na oito tetraplégicos espontaneamente. A
parede abdominal pacientes, foi recrutado tosse assistida por FES
para melhorar a para um estudo com uma ou manualmente
tosse em unidade FES estacionária aumentou a MEP em
pacientes com foram registradas medidas todos os pacientes
lesão medular de pressão expiratória estudados. Ao
cervical (CSCI). máxima (MEP) com as aumentar a MEP, a
seguintes manobras FES muscular
realizadas: (1) tentativas abdominal pode
espontâneas de tosse, (2) melhorar a tosse em
tosse assistida quadriplégicos.
manualmente e (3)
tentativas de tosse com
FES aplicada na parede
abdominal. No segundo
experimento, houve um
grupo de 3 pacientes,
foram registradas
tentativas espontâneas de
tosse e tentativas de tosse
com uma unidade portátil
FES.
Angus J Demonstrar o O estudo foi realizado em Os resultados
McLachlan, efeito de um uma unidade nacional de mostraram que a FVC
Alan N programa de lesões medulares em um média aumentou em
McLean, treinamento de hospital universitário e 0,36 l durante o
David B Allan, estimulação envolveu 12 pacientes com treinamento (P =
Henrik Gollee elétrica funcional lesão medular tetraplégica 0,0027). O FEV1 médio
/ 2013 abdominal passiva que podiam respirar e o PEF tenderam a
(AFES) em independentemente, com aumentar, mas isso
medidas capacidade vital reduzida e não foi significativo.
respiratórias não sem movimento abdominal Este estudo mostrou o
assistidas em visível. Os pacientes potencial da AFES
tetraplegia. passaram por três passiva como uma
semanas de ferramenta de
condicionamento muscular reabilitação para a
abdominal usando AFES função respiratória em
transcutânea tetraplegia

Siglas: Exercício de estimulação elétrica funcional isocinética (iFES-LST) ciclismo de


perna isocinéticos FES (iFES-LCE), CSCI .. lesão da medula espinhal cervical; MEP =
pressão inspiratória mínima.
RESULTADOS

Figura 1. Fluxograma da seleção dos artigos

A revisão sistemática avaliou cinco artigos diferentes sobre o uso de estimulação


elétrica funcional (FES) em pessoas com lesão medular. Os artigos abordaram
diferentes questões relacionadas ao uso de FES, incluindo a comparação de
respostas biomecânicas e fisiológicas durante o exercício iFES-LST (stepping
elíptico) versus o exercício iFES-LCE (ciclismo), o efeito da FES na capacidade
aeróbica durante o exercício de remo, o efeito do treinamento da tosse
combinado com FES nos músculos abdominais, a incorporação de um algoritmo
de classificação combinado com um cinto de esforço respiratório em um
dispositivo de FES automático para melhorar a função respiratória, e o efeito da
FES nos músculos paralisados da perna no desempenho máximo do exercício
em indivíduos com lesão medular. No geral, a revisão sistemática sugere que o
uso de FES pode melhorar a capacidade aeróbica, a força da tosse e a função
respiratória, bem como melhorar o desempenho máximo do exercício em
indivíduos com lesão medular.

DISCUSSÃO
Com base nas informações das revisões sistemáticas apresentadas, podemos
observar que a estimulação elétrica funcional (FES) é uma técnica que pode
trazer benefícios significativos para pessoas com lesão medular, especialmente
para a melhoria da capacidade aeróbica, respiratória e muscular.

No estudo de Hamzaid et al, foram comparadas as respostas biomecânicas e


fisiológicas de dois exercícios de perna aumentados por FES. Embora as
respostas da frequência cardíaca tenham sido semelhantes entre o ciclismo e o
passo elíptico, a produção de dióxido de carbono e a ventilação expirada foram
ligeiramente maiores durante o passo elíptico. Portanto, pode-se concluir que
ambos os exercícios são eficazes, mas o passo elíptico pode ser mais desafiador
em termos de demanda metabólica.

No estudo de J. Andrew Taylor et al, foi verificado que a remada com FES
aumentou significativamente a capacidade aeróbica dos participantes em
comparação com a remada somente com os braços. Isso sugere que a FES pode
ser uma técnica eficaz para melhorar a capacidade aeróbica em pessoas com
lesão medular, o que pode levar a uma melhor qualidade de vida e saúde geral.

O estudo de Rachel A McBain et al investigou o efeito do treinamento da tosse


combinado com a FES sobre os músculos abdominais em pessoas com lesão
medular de alto nível. Os resultados indicaram que a estimulação elétrica
aumentou imediatamente a força da tosse e que o treinamento da tosse por seis
semanas aumentou ainda mais as pressões e o fluxo de ar na tosse, melhorando
assim a capacidade de tosse e a saúde respiratória dessas pessoas.

Em McCaughey EJ et al, foi sugerido que o algoritmo de classificação combinado


com um cinto de esforço respiratório pode ser incorporado a um dispositivo de
FES abdominal automático, projetado para melhorar a função respiratória da
população tetraplégica. O método mostrou boa precisão usando o sinal do cinto
torácico, mas não com o cinto abdominal ou a combinação dos dois. Isso sugere
que ainda há espaço para melhorias na precisão do método, mas a ideia de um
dispositivo de FES abdominal automático para melhorar a função respiratória é
promissora.

Finalmente, no estudo de Hopman MT et al, foi investigado o efeito da FES dos


músculos paralisados da perna no desempenho máximo do exercício em
indivíduos com lesão medular, além de apresentar enquanto hipótese se há
melhora na capacidade de transporte de oxigênio durante o exercício de braço
em indivíduos com lesão medular, aumentando o débito cardíaco e a pressão
arterial. Embora os resultados tenham sido mistos, alguns participantes
apresentaram melhora na capacidade de transporte de oxigênio e no
desempenho do exercício, sugerindo que a FES pode ser uma técnica
promissora para melhorar a aptidão física em pessoas com lesão medular.

Em resumo, as revisões sistemáticas apresentadas indicam que a FES pode ser


uma técnica eficaz para melhorar a capacidade aeróbica, respiratória e muscular
em pessoas com lesão medular. Além disso, a FES pode melhorar a capacidade
de tosse e a saúde respiratória, bem como o desempenho máximo do exercício
e a capacidade de transporte de oxigênio. Embora ainda haja espaço para
melhorias na precisão dos métodos e mais pesquisas sejam necessárias, os
resultados são promissores e podem levar a uma melhor qualidade de vida e
saúde geral para pessoas com lesão medular. Portanto, a FES deve ser
considerada como uma opção terapêutica para essa população, juntamente com
outras intervenções convencionais, para maximizar os benefícios e melhorar a
funcionalidade e a independência.

CONCLUSÃO

Com base nas revisões sistemáticas apresentadas, pode-se concluir que a


Estimulação Elétrica Funcional (FES) é uma técnica terapêutica promissora para
pessoas com lesão medular. Ela pode proporcionar benefícios significativos,
como a melhoria da capacidade aeróbica, respiratória e muscular, além de
melhorias na capacidade de tosse e na saúde respiratória.
Embora ainda haja espaço para melhorias e pesquisas futuras, os estudos
revisados apresentam resultados consistentes e sugerem que a FES pode ser
eficaz no aumento da aptidão física em pessoas com lesão medular. Portanto, a
FES pode ser uma opção terapêutica importante a ser considerada pelos
profissionais de saúde que tratam de indivíduos com lesão medular.

Além disso, a FES pode ajudar a melhorar a capacidade respiratória e a força


muscular, incluindo a capacidade de tosse, em pessoas com lesão medular.
Embora haja a necessidade de mais pesquisas para melhorar a precisão dos
métodos de FES e entender melhor os benefícios específicos em diferentes tipos
de lesão medular, as evidências atuais sugerem que a FES é uma técnica
promissora e eficaz para melhorar a aptidão física e a saúde geral de pessoas
com lesão medular.

REFERÊNCIAS

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