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SEJA BEM-VINDO A FAMÍLIA PROFIRE,

E aí projetista?!

Seja Bem-vindo a sua nova fase profissional, nós juntos estamos começando uma
nova jornada, eu não conheço a fase que você está agora profissionalmente, mas
te garanto até o final dessa jornada você nunca mais será o mesmo. O PROFIRE
nasceu de um desejo de uma professora universitária em realmente fazer diferença.

Eu atuo a mais de 12 anos com engenharia e consultoria, sei como é difícil


encontrar bons instrutores e mentores na nossa área, investi alguns milhares de
reais em cursos e capacitações para entregar o melhor para o meu cliente, e
crescer profissionalmente. Porque não é só sobre Projetos de Prevenção e
Combate a Incêndio, é sobre transformar vidas, sobre dar um futuro melhor para
sua família, porque é por isso que nós, todos os dias levantamos cedo para matar
um leão por dia.

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Durante esses anos como projetista passei por várias fases, e cada uma delas me
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ajudou a crescer. Hoje você tomou a decisão de subir mais um nível, e você não
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está sozinho nessa eu e minha equipe estamos aqui para te ajudar a descobrir e
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aperfeiçoar uma nova habilidade. Para que você aí onde está comece a faturar com
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o conhecimento que está prestes a aprender.


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Lembre-se que tudo na vida é feito por fases, e aqui no PROFIRE não é diferente.
Cada conhecimento é distribuído em fases dentro do curso, e sua missão é avançar
cada fase com excelência. Já se prepare porque todas as fases você terá uma
aplicação prática para cumprir, elas te auxiliaram no seu aprendizado e fixação do
conhecimento.

Já se organize para os estudos, separe um caderno e uma caneta e se prepare


para subir um degrau de cada vez. Ao final do curso os melhores alunos serão
premiados e reconhecidos, e eu explico sobre isso lá na nossa aula de Boas-Vindas
do Curso, não deixe de assistir.

E agora, Bora para a ação! TMJADF

Profª Elaine Gonçalves


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Agradeço a Deus pelo seu Favor, e desejo que você possa desfrutar da

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comunhão sobrenatural com Ele. E que este conhecimento possa abrir
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novas portas para você profissionalmente.


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NOTAÇÃO, UNIDADES e SIGLAS

Antes de começarmos as fases do PROFIRE vou deixar aqui para você relembrar
as principais unidades e notações existentes que serão utilizadas durante o curso.
Leia com atenção e faça suas observações.

NOTAÇÃO E UNIDADES

No quadro são apresentadas todas as grandezas utilizadas no curso com suas


notações e respectivas unidades. Estamos adotando o Sistema Internacional de
Unidades, do “Bureau” Internacional de Pesos e Medidas, simbolizado por SI,
oficialmente adotado no Brasil por Lei Federal desde 1962 e usado pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Em alguns casos, poderão ser usadas unidades inglesas somente para referenciar
as unidades do Sistema Internacional, porque nas instalações hidráulicas,
principalmente, muitos profissionais, livros e normas brasileiras ainda adotam ou

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apresentam alguns valores e cálculos referenciados nessas unidades.
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Por questões culturais poderão ser dadas unidades equivalentes usualmente


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utilizadas na prática, para que certos cálculos sejam entendidos por todos.
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Exemplo: a unidade de pressão de uma coluna de água no SI é dada em N/m² ou


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Pa, mas também são usadas as unidades “mca”, “kgf/cm² e “atm”.

Tabela 1: Notação e Unidades

GRANDEZA NOTAÇÃO UNIDADES


Comprimento, distância l m
Altura h m; cm
Diâmetro da canalização d m; cm; mm
Diâmetro de referência dr pol
Área de cobertura Ac m²
Volume V m³
Tempo t s; min
Velocidade da água v m/s
Aceleração da gravidade g m/s²
Força, peso F N; kgf
Pressão p N/m²; Pa; mca; Kgf/cm²
Vazão, descarga Q m³/s; l/min; l/s
Temperatura t °C
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LISTAS DE SIGLAS

Todo curso desenvolve seus conteúdos baseados em leis e normas técnicas. Além
disso, existem entidades como laboratórios e centros de pesquisas nacionais e
internacionais que ensaiam equipamentos e materiais usados em instalações
hidráulicas de combate a incêndios que são recomendados pelas normas. Para
tornar o texto mais leve e fluido, essas normas e entidades serão citadas pelas
siglas correspondentes, apresentadas abaixo:

 ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas (Brasil)


 ANSI American National Standard Institute (EUA)
 ASTM American Society for Testing and Material (EUA)
 BS British Standards (Inglaterra)
 FPA Fire Protection Association (EUA)
 IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas (Brasil)
 NFPA National Fire Protection Association (EUA)

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 ISSO International Organization for Standardization


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DIÂMETROS NOMINAIS
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As canalizações metálicas, de acordo com o tipo de material, apresentam diâmetros


internos e nominais diferentes, pois as espessuras das paredes e as formas de
conexão também são diferentes. Para tornar mais fácil o entendimento durante o
curso será adotados os mesmos diâmetros nominais para a canalização
independentemente dos materiais de que são constituídas, apresentados no
quadro abaixo. O mesmo critério vale para mangueiras de incêndio.

Tabela 2 - Diâmetros nominais adotados para as canalizações independentemente do material

Diâmetro nominal mm 15 20 25 32 40 50 65 75 100 125 150


Diâmetro de 1 1 2
pol 1/2 3/4 1 1/4 1/2 2 1/2 3 4 5 6
referência
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1. CONCEITOS INICIAIS
1.1 ATUANDO COM SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

Pode ser que você que está lendo esse texto neste exato momento descobriu
recentemente que sua formação te habilitava para atuar na área de Segurança
contra Incêndio. E acredite isso é muito mais comum do que você pensa, eu sou
professora e comecei minha carreira na docência aos vinte e sete anos, lecionando
para as engenharias, e na época eu que levei a temática para dentro da
universidade.

É também com base na história de muitos alunos meus, e inclusive pode ser o seu
caso de ter descoberto que poderia atuar nesta área através da Jornada do
Projetista de Excelência ou por meio dos meus perfis das redes sociais. E a primeira
dúvida que pode estar agora passando pela sua cabeça é: mais o que eu posso
fazer?

Antes de entrarmos nesse detalhamento, vou explicar aqui as três principais áreas

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de atuação com Segurança contra Incêndio: Elaboração de Projetos; Instalação e


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Manutenção de Sistemas de Segurança contra Incêndio; Consultoria para Emissão


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do AVCB|CLCB (que envolvem Inspeção).


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1.1.1 Atuando com Elaboração de Projetos de Prevenção e Combate a


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Incêndio

O PPCI – Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio, que inclusive pode ser


chamado de outras siglas de acordo com o estado, mas aqui vamos usar PPCI por
ser o mais popular. O PPCI é o projeto complementar que determina onde as
medidas de segurança contra incêndio (hidrante, extintores, alarme, etc...) estarão
instaladas na edificação.

Este por sua vez pode ser um:

 PTS – Projeto Técnico Simplificado, no qual tem medidas de segurança


contra incêndio mais simples, pois são para edificações de menor tamanho
e complexibilidade, ou pode ser um;
 PT - Projeto Técnico, este tipo de PPCI deve ser protocolado para
aprovação junto ao Corpo de Bombeiros do seu estado, este protocolo pode
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acontecer de forma física ou digital. Na Fase 4 você verá com mais detalhes
sobre como classificar corretamente uma edificação.

Os profissionais que atuam com a elaboração do PPCI podem tê-lo no seu portifólio
de serviços como mais um projeto complementar que já faz cotidianamente, ou
pode ser um escritório ou autônomo especialista nisto, que é meu caso. E agora
você está se perguntando quem são os profissionais habilitados tecnicamente para
elaborar esse tipo de Projeto?!

Antes de falar sobre isso quero que saiba que existem alguns poucos Corpo de
Bombeiros estaduais que exigem a especialização de Segurança do Trabalho para
protocolar o Projeto Técnico. Porém, vale ressaltar aqui, que quem determina a
habilitação técnica é sempre o conselho de classe, e não o Corpo de Bombeiros.
Por isso atualmente grande parte do Corpo de Bombeiros estaduais usam o termo
legalmente habilitado para fazer menção a quem pode ou não elaborar um PPCI.

Dentre os profissionais mais comuns que elaboram o PPCI estão: Engenheiros

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Civis, Arquitetos, Engenheiros Mecânicos, Engenheiros de Segurança do Trabalho,


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Técnico em Edificações, Técnicos em Eletrotécnica.


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Além do registro ativo no seu conselho de classe vale lembrar que alguns estados
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exigem que o profissional projetista seja cadastrado no Corpo de Bombeiros para


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protocolar e aprovar projetos, inclusive em alguns estados é cobrado uma anuidade


para manter este registro ativo. Entre em contato com batalhão mais perto da sua
cidade, e fale no Setor de Atividades Técnicas para saber dessa informação.

1.1.2 Atuando com Instalação e Manutenção de Sistemas de Segurança


contra Incêndio

Neste caso estamos falando de empresas que instalam esses tipos de sistemas,
claro que por trás da empresa irá existir um ou vários profissionais legalmente
habilitados. Mas aqui o objetivo é instalar as medidas de segurança contra incêndio
determinadas no projeto já aprovado, no qual de posse do Projeto a empresa irá
instalar e emitir os laudos de cada sistema.

Meu escritório não atua com instalação, fazemos os projetos e para alguns clientes
o acompanhamento da execução da obra e a consultoria do AVCB. Nesta fase você
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projetista deve ter bons parceiros de instalação, procure na sua região empresas

respeitadas e que realmente fazem o serviço corretamente. Este setor acaba sendo
um gargalo, confesso, já tive muitas experiências ruins no início da minha carreira.

Você como profissional entende que quando a empresa é contratada ela deve
executar todo sistema, e te entregar os laudos para você entrar com o pedido do
AVCB, que é a próxima área que vamos falar, mas a verdade que você deve olhar
muito bem o contrato porque o mundo está cheio dos “espertinhos” que por vezes
aproveitam da sua boa vontade ou ingenuidade de estar começando e não
entender muito bem os sistemas.

Foi por isso que eu estruturei o curso de Consultoria em AVCB|CLCB para ajudar
meus alunos na fase de acompanhamento de obra e licenciamento de edificações.
Se você entrou para o PROFIRE e não aproveitou a oportunidade, envie uma
mensagem para o Suporte que eles vão te ajudar.

1.1.3 Atuando com Consultoria para Emissão do AVCB|CLCB e Inspeção

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A consultoria é a fase final antes da emissão do AVCB - Auto de Vistoria do Corpo
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de Bombeiros, e é aqui nesta fase que nós projetistas e consultores temos que
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verificar se todo projeto foi executado conforme aprovado, bem como se toda
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documentação pertinente está ok.


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A lógica é bem simples, para cada medida de segurança contra incêndio


(extintores, hidrantes, alarme e detecção) existem um laudo ou ART para ser
emitido e anexado ao processo do corpo de bombeiros. O papel do vistoriador é
conferir se está tudo instalado corretamente, mas o papel do instalador e se
responsabilizar tecnicamente pela instalação dos itens determinados em projeto e
constantes no quadro de medidas de segurança contra incêndio (lá no projeto).

E a emissão do AVCB pode se tratar de uma instalação nova ou de uma renovação,


quando é tudo novo todas as ART (Anotações de Responsabilidade Técnica) serão
de instalação, quando é renovação do AVCB a ART será de manutenção/inspeção.
Isso porque o sistema está instalação e somente está passando por uma
manutenção ou inspeção.

Vou dar um exemplo: quando instalado novo o sistema de iluminação de


emergência e instalado do zero, e daí o engenheiro ou técnico emite a ART ou RRT
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de instalação da iluminação de emergência. Já quando você vai renovar o AVCB


da edificação essa instalação já está lá, então a questão aqui é só conferir se estão
em pleno funcionamento, trocar baterias se necessário e emitir uma nova ART de
Inspeção/Manutenção. Esse princípio pode ser aplicado a todo os outros
equipamentos.

Acima eu explanei um pouco das principais áreas para atuação em segurança


contra incêndio, mas lembrando que nós aqui no PROFIRE focaremos nosso olhar
sempre para primeira etapa que é a atuação com PROJETOS DE PREVENÇÃO E
COMBATE A INCÊNDIO. A partir de agora você subirá degraus de conhecimento,
então não se afobe pela fase lá na frente, foca sempre em 1 fase de cada vez, é
isso que vai fazer total diferença no seu aprendizado.

No próximo tópico vamos tratar do principal conceito existente para todo


profissional que atua nesta área, e se você compreender esse conceito saberá
dimensionar e olhar com excelência todo seu Projeto de Prevenção e Combate a
Incêndio. Então caneta e marca texto, e bora para a ação!

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1.2 A TEORIA DO FOGO


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O fogo é um processo físico-químico de transformação, também chamado de


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combustão, de materiais combustíveis e inflamáveis, que, se forem sólidos ou


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líquidos, são primeiramente transformados em fases para se combinarem com o


comburente (geralmente oxigênio), e, ativados por uma fonte de calor, iniciarem a
transformação química, em uma reação de oxidação com emissão de calor e luz,
gerando mais calor e desenvolvendo uma reação em cadeia.

Em uma definição mais simples: fogo é uma reação química que produz luz e calor.
Devem coexistir 4 componentes para que ocorra o fenômeno do fogo: a.
combustível; b. comburente (oxigênio); c. calor; d. reação em cadeia.

É importante sabermos alguns conceitos de cada elemento do tetraedro do fogo:

 Combustível é toda a substância capaz de queimar e alimentar a


combustão. Pode ser sólido, líquido ou gasoso.
 O comburente é a substância que alimenta a reação química, sendo mais
comum o oxigênio. O comburente é o oxigênio do ar e sua composição
porcentual no ar seco é de 20,99 %. Os demais componentes são o
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nitrogênio, com 78,03 %, e outros gases (CO, Ar, H, He, Ne e Kr), com 0,98
%.
 Calor é a forma de energia que eleva a temperatura, gerada da
transformação de outra energia, através de processo físico ou químico. O
calor, por sua vez, pode ter como fonte a energia elétrica, o cigarro aceso,
os queimadores a gás, a fricção ou mesmo a concentração da luz solar
através de uma lente.
 Incêndio é o fogo sem controle, intenso, o qual causa danos e prejuízos à
vida, ao meio ambiente e ao patrimônio. O fogo se manifesta diferentemente
em função da composição química do material, mas, por outro lado, um
mesmo material pode queimar de modo diferente em função da sua
superfície específica, das condições de exposição ao calor, da oxigenação
e da umidade contida.

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Figura 1: Tetraedro do Fogo

1.2.1 Particularidades dos Combustíveis existentes

A maioria dos sólidos combustíveis possui um mecanismo sequencial para sua


ignição. O sólido precisa ser aquecido, quando então desenvolve vapores
combustíveis que se misturam com o oxigênio, formando a mistura inflamável
(explosiva), a qual, na presença de uma pequena chama (mesmo fagulha ou
centelha) ou em contato com uma superfície aquecida acima de 500 ºC, igniza-se,
aparecendo, então, a chama na superfície do sólido, que fornece mais calor,
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aquecendo mais materiais e assim sucessivamente.


Alguns sólidos pirofóricos (sódio, fósforo, magnésio etc.) não se comportam


conforme o mecanismo acima descrito.

Já os líquidos inflamáveis e combustíveis possuem mecanismos semelhantes, ou


seja, o líquido ao ser aquecido vaporiza-se e o vapor se mistura com o oxigênio
formando a “mistura inflamável” (explosiva), que na presença de uma pequena
chama (mesmo fagulha ou centelha), ou em contato com superfícies aquecidas
acima de 500 ºC, ignizam-se e aparece então a chama na superfície do líquido, que
aumenta a vaporização e a chama. A quantidade de chama fica limitada à
capacidade de vaporização do líquido.

Os líquidos são classificados pelo seu ponto de fulgor, ou seja, menor temperatura
na qual um combustível emite vapores em quantidade suficiente para formar uma
mistura como ar na região imediatamente acima da sua superfície, capaz de entrar
em ignição quando em contato com uma chama e não a manter após a retirada da
chama.

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Existe, entretanto, outra classe de líquidos, denominados instáveis ou reativos, cuja


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característica é de se polimerizar, decompor, condensar violentamente ou, ainda,


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de se tornar autorreativo sob condições de choque, pressão ou temperatura,


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podendo desenvolver grande quantidade de calor.


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A mistura inflamável (vapor/ar – gás/ar) possui uma faixa ideal de concentração


para se tornar inflamável ou explosiva, e os limites dessa faixa são denominados
limite inferior de inflamabilidade e limite superior de inflamabilidade, expressos em
porcentagem ou volume. Estando a mistura fora desses limites não ocorrerá a
ignição.

Os materiais sólidos não queimam por mecanismos tão precisos e característicos


como os dos líquidos e gases. Nos materiais sólidos, a área específica é um fator
importante para determinar sua razão de queima, ou seja, a quantidade do material
queimado na unidade de tempo, que está associado à quantidade de calor gerado
e, portanto, à elevação da temperatura do ambiente.

Um material sólido com igual massa e com área específica diferente, por exemplo,
de 1 m² e 10 m², queima em tempos inversamente proporcionais; porém, libera a
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mesma quantidade de calor. No entanto, a temperatura atingida no segundo caso


será bem maior. Por outro lado, não se pode afirmar que isso é sempre verdade.
No caso da madeira, se observa que, quando apresentada em forma de serragem,
ou seja, com áreas específicas grandes, não se queima com grande rapidez.

Comparativamente, a madeira em forma de pó pode formar uma mistura explosiva


com o ar, comportando-se, desta maneira, como um gás que possui velocidade de
queima muito grande. No mecanismo de queima dos materiais sólidos temos a
oxigenação como outro fator de grande importância. Quando a concentração em
volume de oxigênio no ambiente cai para valores abaixo de 14 %, a maioria dos
materiais combustíveis existentes no local não mantém a chama na sua superfície.

A duração do fogo é limitada pela quantidade de ar e do material combustível no


local. O volume de ar existente numa sala de 30 m² irá queimar 7,5 kg de madeira,
portanto, o ar necessário para a alimentação do fogo dependerá das aberturas
existentes na sala.

1.2.2 Diferentes Formas de Combustão

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E a velocidade da combustão estará diretamente relacionada a porcentagem do


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comburente (oxigênio) existe, pois o comburente é o ativador do fogo. Também é


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preciso levar em consideração a divisão do material combustível, pois, quanto mais


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fracionado, haverá mais superfície exposta ao calor e, consequentemente, maior


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quantidade de gases será produzida.

A combustão pode classificar-se, quanto à sua velocidade, em: ativa, lenta,


explosiva e espontânea:

 Combustão Ativa: aquela em que o fogo, além de produzir calor, produz


chama e luz, e geralmente se processa em ambientes riscos em oxigênio.
 Combustão Lenta: aquela em que o fogo só produz calor, não há chama,
isto é, não há luz, e geralmente se processa em ambientes pobres em
oxigênio.
 Explosão: combustão rápida que atinge altas temperaturas; essa
transformação de energia se caracteriza por violenta dilatação dos gases
que, por sua vez, exercem também violenta pressão nas paredes que o
confinam.
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 Combustão espontânea: acontece com certos materiais, geralmente de


origem vegetal, que tendem a fermentar em longos períodos de
armazenamento e em determinadas condições. Dessa fermentação resulta
em calor que, ao se elevar gradativamente, faz o combustível atingir seu
ponto de ignição. Além disso, determinados produtos, quando estocados
juntos, reagem quimicamente, gerando calor e consequentemente
combustão.
1.3 METODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO

Partindo do princípio que para existir fogo é necessário combustível, comburente e


calor, então para extinguir o fogo, utilizando esse mesmo princípio, basta retirar uns
dos elementos. É assim que os métodos de extinção do fogo agem no ambiente,
pois com a retirada de um dos elementos o fogo é eliminado.

Os métodos de extinção do fogo, de acordo com o elemento componente do memo


que se deseja neutralizar são:

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 Extinção por isolamento (retirada do material|)


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Quando retiramos o material combustível evitamos que o fogo seja


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alimentado e tenha um campo de propagação maior. Porém essa situação


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não é tão fácil em determinadas situações: em tanques de combustíveis o


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fogo queima em superfície, o que possibilita a retirada do líquido por drenos


pelo fundo; em incêndios florestais são feitos separações do material
combustível para conter o incêndio; porém em incêndios em edificações
essa tarefa se torna mais difícil.

 Extinção por abafamento (retirada do comburente)

Consiste em evitar que o material em combustão seja alimentado por mais


oxigênio do ar, reduzindo a sua concentração na mistura inflamável. Ex: Se
colocarmos um copo com uma vela acessa dentro e taparmos a entrada de
ar deste copo, logo a chama irá apagar sozinha. Isso porque não existe mais
oxigênio disponível para o processo de queima do fogo.

 Extinção por resfriamento (retirada de calor)


Quando retiramos o calor do fogo, até que o combustível não gere mais
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gases nem vapores e se apague. Quando o material em combustão não é


mais capaz de gerar gases e vapores em quantidades suficientes para se


misturar com o oxigênio do ar e alimentar a mistura combustível necessária
para manter a reação química em cadeia, porque a perda de calor para o
agente extintor é maior que o recebido do fogo, este começa a ser controlado
até a sua extinção. Utiliza-se um agente extintor que absorve o calor do fogo
e do material em combustão, o mais utilizado é a água.

 Extinção Química (quebra de cadeia de reação química):


É quando lançamos ao fogo determinados agentes químicos, que são
capazes de interromper a reação em cadeia, através da dissociação das
suas moléculas pela ação do calor formando átomos e radicais livres, que
se combinam com a mistura inflamável resultante do gás ou vapor do
material combustível com o comburente, formando outra mistura não
inflamável, interrompendo a reação química em cadeia. Determinados pós
químicos são utilizados por este método de extinção.

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Figura 2: Formas de extinção do fogo

1.4 EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO

A evolução do incêndio em um local pode ser representada por um ciclo com 3


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fases características:

Figura 3: Curva de Temperatura X Tempo de um incêndio

I. fase inicial de elevação progressiva da temperatura (ignição);


II. fase de aquecimento;
III. fase de resfriamento e extinção.

A primeira fase inicia-se como ponto de inflamação inicial e caracteriza-se por

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grandes variações de temperatura de ponto a ponto, ocasionadas pela inflamação


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sucessiva dos objetos existentes no recinto, de acordo com a alimentação de ar.


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Normalmente os materiais combustíveis (materiais passíveis de se ignizarem) e


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uma variedade de fontes de calor coexistem no interior de uma edificação.


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A manipulação acidental desses elementos é, potencialmente, capaz de criar uma


situação de perigo.

Os focos de incêndio, deste modo, originam-se em locais onde fontes de calor e


materiais combustíveis são encontrados juntos, de tal forma que ocorrendo a
decomposição do material pelo calor são desprendidos gases que podem se
inflamar.

Considerando-se que diferentes materiais combustíveis necessitam receber


diferentes níveis de energia térmica para que ocorra a ignição é necessário que as
perdas de calor sejam menores que a soma de calor proveniente da fonte externa
e do calor gerado no processo de combustão.

Neste sentido, se a fonte de calor for pequena ou a massa do material a ser ignizado
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for grande ou, ainda, a sua temperatura de ignição for muito alta, somente irão
ocorrer danos locais sem a evolução do incêndio.

Se a ignição definitiva for alcançada, o material continuará a queimar


desenvolvendo calor e produtos de decomposição. A temperatura subirá
progressivamente, acarretando a acumulação de fumaça e outros gases e vapores
junto ao teto.

Há, neste caso, a possibilidade de o do material envolvido queimar totalmente sem


proporcionar o envolvimento do resto dos materiais contidos no ambiente ou dos
materiais constituintes dos elementos da edificação. De outro modo, se houver
caminhos para a propagação do fogo, através por meio de convecção ou radiação,
em direção aos materiais presentes nas proximidades, ocorrerá simultaneamente
à elevação da temperatura do recinto e o desenvolvimento de fumaça e gases
inflamáveis.

Nesta fase, pode haver comprometimento da estabilidade da edificação devido à


elevação da temperatura nos elementos estruturais.

Com a evolução do incêndio e a oxigenação do ambiente, através de portas e

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janelas, o incêndio ganhará ímpeto; os materiais passarão a ser aquecidos por


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convecção e radiação, acarretando um momento denominado de “inflamação


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generalizada – flash over”, que se caracteriza pelo envolvimento total do ambiente


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pelo fogo e pela emissão de gases inflamáveis através de portas e janelas, que se
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queimam no exterior do edifício. Nesse momento torna-se impossível à


sobrevivência no interior do ambiente.

O tempo gasto para o incêndio alcançar o ponto de inflamação generalizada é


relativamente curto e depende, essencialmente, dos revestimentos e acabamentos
utilizados no ambiente de origem, embora as circunstâncias em que o fogo comece
a se desenvolver exerçam grande influência.
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Figura 4: Fase anterior ao “flash over” – grande desenvolvimento de fumaça e gases, acumulando-se no nível do teto

A possibilidade de um foco de incêndio extinguir ou evoluir para um grande incêndio


depende, basicamente, dos seguintes fatores:

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a. quantidade, volume e espaçamento dos materiais combustíveis no local;
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b. tamanho e situação das fontes de combustão;


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c. área e locação das janelas;


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d. velocidade e direção do vento;


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e. a forma e dimensão do local.

Pela radiação emitida por forros e paredes, os materiais combustíveis que ainda
não queimaram são pré-aquecidos à temperatura próxima da sua temperatura de
ignição. As chamas são bem visíveis no local. Se esses fatores criarem condições
favoráveis ao crescimento do fogo, a inflamação generalizada irá ocorrer e todo o
compartimento será envolvido pelo fogo.

A partir daí o incêndio irá se propagar para outros compartimentos da edificação


seja por convecção de gases quentes no interior da casa ou através do exterior,
conforme as chamas saem pelas aberturas (portas e janelas) podem transferir fogo
para o pavimento superior, quando este existir, principalmente através das janelas
superiores.
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1.5 INCÊNDIOS QUE MARCARAM ÉPOCA

Muitos incêndios ocorreram na história do Brasil, alguns deles, porém, marcaram a


população e a legislação existente na época. O fato é que as exigências que vemos
hoje são resultados de grandes tragedias que ocorreram na história brasileira. Aqui
neste tópico separei alguns dos principais incêndio que marcaram época.

 GRAN CIRCO NORTE AMERICANO – 1961


O maior incêndio em perda de vidas, em nosso País com 250 mortos e 400
feridos. Em três minutos, o toldo, em chamas, caiu sobre os dois mil e
quinhentos espectadores. Ausência dos requisitos de escape para os
espectadores, como o dimensionamento e posicionamento de saídas, a
inexistência de pessoas treinadas para conter o pânico e orientar o escape,
etc., foram as causas da tragédia.
 INDÚSTRIA VOLKSWAGEN DO BRASIL – 1970
O incêndio na Ala 13 da montadora de automóveis Volkswagen, em São

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Bernardo do Campo, ocorrido em 18 de dezembro de 1970, consumindo um
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.18

dos prédios da produção (Ala 13), com uma vítima fatal e com perda total
29
.1

dessa edificação.
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-1

 EDIFÍCIO ANDRAUS – 1972


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Ocorrido em São Paulo – 24 de fevereiro de 1972 em edifício com 31


pavimentos de escritórios e lojas. O incêndio atingiu todos os andares.
Houve 6 vítimas fatais e 329 feridas. O ponto de origem foi no 4º pavimento,
em virtude da grande quantidade de material depositado.
 EDIFÍCIO JOELMA – 1974
Ocorrido em São Paulo – 1º de fevereiro de 1974 em edifício com 25
pavimentos de escritórios e garagens. O incêndio atingiu todos os
pavimentos. Houve 189 vítimas fatais e 320 feridas. A causa possível foi um
curto-circuito.
 BOATE KISS – 2013
Ocorrido em Santa Maria no Rio Grande do Sul – 27de janeiro de 2013 – O
incêndio na boate Kiss deixou 242 mortos e 680 feridos. O fogo começou
com a utilização indevida de fogos de artifício durante a apresentação de
Página 20

uma banda, porém, uma fatores adversos contribuiu série de para a


dimensão da tragédia.

Ocorreram no Brasil inúmeros outros incêndios que impactaram a população e


mídia local, mas destes posso dizer que os que listei acima mais impactaram na
legislação de segurança contra incêndio que temos hoje. E dentro desse aspecto
histórico aqui cabe ressaltar a importância da legislação do Corpo de Bombeiros
Militar de São Paulo.

Antes de 1983 o Corpo de Bombeiros de São Paulo somente exigia das edificações
extintores, sinalização e hidrantes, foi então que em 1983 após o incêndio do
Edifício Joelma que surgiu a primeira especificação do Corpo de Bombeiros Militar
anexado a um Decreto. Porém somente em 1993 passou a vigorar o Decreto
Estadual nº 38.069, e iniciou-se a publicação em Diário Oficial de Despachos
Normativos.

Após anos seguintes a legislação foi sendo atualizada e os decretos alterados


conforme novas instruções técnicas vinham sendo inseridas. A legislação e
Instruções técnicas de São Paulo são utilizadas como embasamentos pelos demais

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Corpos de Bombeiros estaduais do Brasil como modelo para adaptação e
4
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atualização de suas normativas.


.18
29
.1
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Em 2017 tivemos a publicação na nossa lei federal de segurança contra incêndio,


-1
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a Lei nº 13.425, que ficou popularmente conhecida como Lei Kiss. Isso porque foi
ris
La

oriunda dos esforços em atualizar as legislações dos estados brasileiros após o


incêndio da boate Kiss. Como reflexo grande parte das legislações estaduais
passaram por grande atualização após os ano de 2017, principalmente os estados
de norte e nordeste.

1.6 O GLOSSÁRIO DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

Abrigo ou caixa de incêndio: Compartimento, embutido ou aparente, dotado de


porta e destinado a armazenar mangueira de hidrantes, esguichos, carretéis com
mangotinhos e outros equipamentos de combate a incêndios, capaz de proteger
contra as intempéries e danos diversos.

Acionador manual: Dispositivo destinado a dar partida a um sistema ou


equipamento de segurança contra incêndio pela interferência do elemento humano.

Afastamento entre edificações: Controle do risco de propagação do incêndio por


Página 21

radiação do calor, convecção de gases e fumaças aquecidas e o contato de chamas


e fagulhas, de forma a impedir que o incêndio proveniente de uma edificação


(expositora) não se propague para a outra (em exposição).

Afastamento horizontal entre aberturas: Distância mínima entre as aberturas nas


fachadas (parede externa) de setores compartimentados.

Agente extintor: Produto utilizado para extinguir o fogo.

Alarme de incêndio: Dispositivo de acionamento automático e desligamento


manual destinado a alertar as pessoas sobre a existência de um incêndio no risco
protegido.

Altura ascendente: Altura medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída
no nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da edificação, e o nível
do piso do pavimento mais baixo da edificação (subsolo).

Altura descendente: Altura medida em metros entre o ponto que caracteriza a


saída no nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da

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edificação, e o nível do piso do último pavimento, excluindo-se áticos, casas de
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7-6
.18

máquinas, barriletes, reservatórios etc. Algumas legislações desconsideram


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.1

também os pavimentos de apartamentos duplex e triplex, considerando somente


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até o nível da soleira de entrada do apartamento. Verificar a legislação local.


ris
La

Antecâmara: Recinto que antecede a caixa da escada ou elevador de emergência,


com ventilação natural garantida por janela para o exterior, por dutos de entrada e
a saída natural de ar e de fumaça ou por ventilação forçada (pressurização).

Área de refúgio: Local seguro que é utilizado temporariamente pelo usuário,


acessado através das saídas de emergência de um setor ou setores de um
pavimento, que permite a saída para um lugar seguro ou exterior da edificação por
meio de uma escada ou rampa exclusiva.

Área de risco: Ambiente esterno à edificação que contém armazenamento de


produtos inflamáveis, produtos combustíveis e/ou instalações elétricas e de gás.

Área protegida: Área dotada de equipamento de proteção passiva e de combate


a incêndio

Aspersor: Dispositivo utilizado nos chuveiros automáticos ou sob comando para a


Página 22

aplicação de agente extintor.


Ático: Parte do volume superior de uma edificação, destinada a abriga máquinas


piso técnico de elevadores, reservatórios de água e circulação vertical.

Avisador: Dispositivo previsto para chamar a atenção de todas as pessoas dentro


de uma área de perigo, controlado pela central de detecção de alarme de incêndio.

Avisador sonoro: Dispositivo que emitem sinais audíveis de alerta.

Avisador visual: Dispositivo que emite sinais visuais de alerta.

Avisador sonoro e visual: Dispositivos que emitem sinais audíveis e visíveis de


alerta combinados.

Avisador vibratório: Dispositivos que emitem sinais vibratórios de alerta em locais


com deficientes auditivos.

Avisador por voz: Dispositivo destinado a alertar e orientar atitudes ou


procedimentos a serem tomados, como, por exemplo, a desocupação de área,
através de voz ou mensagens gravadas.

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Barra antipânico: Dispositivo de destravamento da folha de uma porta para a sua


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abertura, na posição de fechamento, acionado mediante pressão exercida no


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-1

sentido da abertura em uma barra horizontal fixada na face da folha.


sa
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La

Barreira de fumaça: Barreira incombustível, tanto nas posições vertical como


horizontal, construídas para restringir o movimento das fumaças e gases
provenientes de um incêndio. Podem ser tetos, vigas, paredes, portas, cortinas
incombustíveis, vidros resistentes ao fogo, placas metálicas, placas incombustíveis
etc.

Bomba principal de recalque: Bomba hidráulica que recalca água para o sistema
de combate a incêndio a partir de reservatório inferior.

Bomba principal de reforço: Bomba hidráulica centrífuga destinada a aumentar a


pressão de água nos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis
hidraulicamente quando o sistema de combate a incêndio é abastecido por
reservatório elevado e a pressão gravitacional é insuficiente.

Bomba com motor de combustão interna: Bomba principal de incêndio que é


Página 23

acionada por motor de combustão interna a óleo diesel ou gasolina.


Bomba com motor elétrico: Bomba principal de incêndio ou de pressurização que


é acionada por motor elétrico.

Bomba de pressurização (bomba jockey): Bomba hidráulica centrífuga destinada


a manter o sistema pressurizado em uma faixa preestabelecida. É ligada e
desligada automaticamente por dispositivo apropriado.

Bombeiro profissional civil: Pessoa pertencente a uma empresa especializada


ou da própria administração do estabelecimento, com dedicação exclusiva, que
presta serviço de prevenção e de combate a incêndio e outros atendimentos de
emergência em edificações e eventos, e que tenha recebido formação de acordo
com a norma ou legislação específica.

Bombeiro público (militar ou civil): Pessoa pertencente a uma corporação de


atendimento às emergências públicas.

Bombeiro voluntário: Pessoa pertencente a uma organização não governamental

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que presta serviços de atendimento às emergências públicas.
4
7-6
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Botoeira de alarme: Dispositivo destinado a dar um alarme em um sistema de


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segurança contra incêndio pela interferência do elemento humano.


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Botoeira "liga-desliga": Acionador manual, do tipo liga-desliga, para as bombas


La

principais de incêndio.

Brigada de incêndio: Grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas


e capacitadas para atuar na prevenção, no combate a um princípio de incêndio, no
auxílio à desocupação da edificação e na prestação dos primeiros socorros, dentro
de uma edificação ou área preestabelecida.

Camada de fumaça: Espessura acumulada de fumaça abaixo de uma barreira


física ou térmica.

Canalização seca: Sistema ou parte de sistema de hidrantes ou mangotinhos, que


por condições especificas, fica permanentemente sem água no seu interior, sendo
abastecido somente na ocasião do incêndio por autobomba-tanque do Corpo de
Bombeiros através do hidrante de recalque.

Canhão-monitor: Equipamento destinado a formar e a orientar jatos de grande


Página 24

vazão e de longo alcance para o combate a incêndios.


Carga de incêndio: Soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas


pela combustão completa de todos os materiais combustíveis num ambiente,
inclusive os revestimentos das paredes, divisórias, pisos e tetos, em megajoules
(MJ).

Carga de incêndio específica: Valor da carga de incêndio de um ambiente ou


edificação dividido pela área do piso do ambiente ou da edificação,
respectivamente, expressada em megajoules por metro quadrado (MJ/m²).

Carretel axial: Dispositivo rígido destinado ao enrolamento de mangueiras


semirrígidas.

Central de alarme: Equipamento destinado a processar os sinais provenientes dos


circuitos de detecção, convertê-los em indicações (informações) adequadas,
comandar e controlar os demais componentes do sistema de proteção contra
incêndios (avisadores, sirenes, sinalização visual, subcentrais, dispositivos
automáticos de combate a incêndios e outros).

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Central de gás: Área devidamente delimitada, que contém os recipientes


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transportáveis ou estacionários e acessórios, destinada ao armazenamento de gás


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-1

liquefeito de petróleo (GLP) para o consumo de uma edificação.


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La

Chave detectora de fluxo de água ou chave de fluxo: Dispositivo elétrico


acionado pelo fluxo de água nas canalizações destinado a acionar o alarme do
sistema de chuveiros automáticos.

Chuveiro automático: Dispositivo destinado a projetar água em forma de chuva,


dotado de elemento sensível à elevação de temperatura (termossensível), que
aciona a descarga de água quando atinge determinado nível preestabelecido.

Circuito supervisionado: Circuito elétrico cuja integridade é continuamente


monitorada pela central.

Combate a incêndio: Conjunto de ações táticas destinadas a extinguir ou isolar o


incêndio com uso de equipamentos manuais ou automáticos.

Como construído (as built): Documentos, desenhos ou plantas dos sistemas de


combate a incêndio, que correspondem exatamente ao que foi executado pelo
Página 25

instalador.

Compartimentação: Medida de proteção passiva, constituída de elementos de


construção resistentes ao fogo (como paredes, portas, selagem, dampers e outros,
todos corta-fogo) que separam ambientes no plano horizontal ou pavimentos
consecutivos no plano vertical, de tal modo que o fogo, calor, fumaça e gases
aquecidos fiquem contidos no local de origem e evitem ou minimizem as suas
propagações internas ou externamente à edificação.

Compartimentação horizontal: Medida de proteção passiva constituída de


elementos construtivos resistentes ao fogo, separando ambientes, de tal modo que
o incêndio fique contido no seu local de origem e evite ou dificulte a sua propagação
no plano horizontal,

Compartimentação vertical: Medida de proteção passiva constituída de


elementos construtivos resistentes ao fogo separando pavimentos consecutivos, de
tal modo que o incêndio fique contido no local de origem e evite ou dificulte a sua
propagação no plano vertical.

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4

Corpo do chuveiro: Parte do chuveiro automático que contém rosca para a fixação
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na canalização, braços e orifício de descarga, e serve como suporte para os demais


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32

componentes.
-1
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Deflagração: Explosão que se propaga à velocidade subsônica.


La

Defletor: Componente metálico ligado ao chuveiro automático contra o qual é


lançado o jato sólido de água quando entra em operação quebrando-o de modo a
distribuir a água sob a forma de chuva.

Densidade populacional: Número de pessoas em uma área determinada


(pessoas / m²).

Descarga: Parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a


escada e o logradouro público ou outra área externa

definitivamente segura.

Detector automático de incêndio: Dispositivo que, quando sensibilizado por


fenômenos físicos e/ou químicos, detecta princípios de incêndio, podendo ser
ativado, basicamente, por calor, chama ou fumaça, chamados de detector de
Página 26

temperatura ou térmico, detector de chama e detector de fumaça, respectivamente.


Detector de fumaça por amostragem de ar: Detector destinado a atuar quando


produtos da combustão, que ocorrem em sua área de atuação, são levados através
de tubos e sucção de ar ao seu dispositivo de detecção.

Detector linear: Detector que responde ao fenômeno monitorado na redondeza de


uma linha continua.

Detector pontual: Detector que responde ao fenômeno monitorado na redondeza


de um sensor pontual ou compacto.

Dispositivo de recalque: Registro ou válvula para uso do Corpo de Bombeiros,


que permite o recalque de água para o sistema de hidrantes, mangotinhos ou
chuveiros automáticos, podendo estar localizado no passeio ou dentro da
propriedade, neste caso desde que seja garantido o livre acesso (ver hidrante de
recalque).

Distância máxima horizontal de caminhamento: Distância máxima a ser

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percorrida por uma pessoa para alcançar uma saída ou um acesso a um lugar
4
7-6

seguro.
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Duto de entrada de ar: Espaço vertical no interior da edificação que coleta ar puro
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-1
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do exterior, no nível inferior dessa, e conduz às escadas, antecâmaras ou acessos,


ris
La

exclusivamente, mantendo-os, com isso, devidamente ventilados e livres de


fumaça e gases em caso de incêndio.

Duto de saída de ar: Espaço vertical no interior da edificação que conduz a fumaça
e os gases quentes de qualquer pavimento para o exterior, acima da cobertura da
edificação.

Elemento termossensível: Componente dos chuveiros destinado a liberar o


obturador, quando atinge a temperatura nominal preestabelecida, para permitir a
passagem da água.

Emergência: Situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ao meio


ambiente e ao patrimônio, decorrente de atividade humana ou fenômeno da
natureza que obriga a uma rápida intervenção operacional.
Página 27

Equipamento automático de proteção contra incêndio: Equipamento de


controle ou combate a incêndio, como por exemplo, controle de exaustão de
fumaça, dampers, ventiladores ou sistema de extinção automática.

Equipamento de controle e indicação: Equipamento através do qual detectores


podem ser energizados e que:

a) É usado para aceitar um sinal de detecção e ativar o sinal de alarme de


incêndio, e também pode ser requisitado para indicar a localização do fogo e
memorizar quaisquer dessas informações;
b) Se requisitado, é capaz de passar o sinal de detecção de incêndio para o
equipamento de transmissão de incêndio à brigada de incêndio, por exemplo,
ou através do controle para equipamento automático de proteção contra
incêndio para uma instalação de extinção automática, por exemplo;
c) É usado para automaticamente supervisionar o correto funcionamento do
sistema e dar um aviso sonoro e visual de falhas especificadas.

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4

Escada aberta: Escada não enclausurada por paredes e porta corta-fogo.


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Escada aberta externa: Escada de emergência precedida de porta corta-fogo no


.1
32
-1

seu acesso, cuja projeção esteja fora do corpo principal da edificação, sendo
sa
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dotada de guarda-corpo ou gradil e corrimãos em toda a sua extensão, permitindo,


La

desta forma, eficaz ventilação e uma desocupação segura.

Escada à prova de fumaça pressurizada: Escada à prova de fumaça, cuja


condição de estanqueidade à fumaça é obtida por intermédio de pressurização.

Escada enclausurada: Escada protegida com paredes resistentes ao fogo e portas


corta-fogo.

Escada enclausurada à prova de fumaça: Escada cuja caixa é envolvida por


paredes corta-fogo e dotada de portas corta-fogo, cujo acesso se dá por
antecâmaras, igualmente enclausuradas ou locais abertos, de modo a evitar a
entrada de fogo e de fumaça em caso de incêndio.

Escada enclausurada protegida: Escada devidamente ventilada situada em


ambiente envolvido por paredes resistentes ao fogo e dotada de portas corta-fogo.
Página 28

Escada não enclausurada ou escada comum: Escada, que embora possa fazer
parte de uma rota de saída de emergência, comunica-se diretamente com os
demais ambientes, como corredores, saguões e outros, em cada pavimento, não
possuindo portas corta-fogo.

Esguicho: Dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras de hidrante ou


mangotinhos destinado a dar forma, direção e controle ao jato, podendo ser dos
tipos reguláveis (neblina ou jato compacto) ou tronco-cônico (jato compacto).

Esguicho regulável: Equipamento hidráulico utilizado para regular a vazão e dar


a forma de jato em neblina de alta velocidade, com leque de vários ângulos de
abertura.

Esguicho tronco-cônico: Equipamento hidráulico utilizado para dar a forma de


jato de água compacto, caracterizado por linhas de corrente paralelas de
escoamento, que permite um alcance mais longo e de maior profundidade.

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Espaço confinado: Local onde a presença humana é apenas momentânea para a
4
7-6

prestação de um serviço de manutenção em máquinas, canalizações e sistemas.


.18
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Espaço livre exterior: Espaço externo à edificação, constituído por logradouro


32
-1
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público ou pátio amplo, para o qual abram seus vão ventilação e iluminação.
ris
La

Estanqueidade: Propriedade de um elemento construtivo em vedar a passagem


de gases quentes, chamas e fumaça por um determinado tempo.

Espuma mecânica: Agente extintor constituído por um aglomerado de bolhas


produzidas por agitação da água com extrato formador de espuma e ar.

Explosão: Fenômeno acompanhado de rápida expansão de um sistema de gases,


seguido de uma rápida elevação na pressão, desenvolvendo uma onda de choques
e de ruído.

Extintor de incêndio: Aparelho de acionamento manual, portátil ou sobre rodas,


destinado a combater princípios de fogo.

Faixa de estacionamento: Trechos das vias de acesso que se destina ao


estacionamento e operação das viaturas do corpo de bombeiros por ocasião de
uma emergência de incêndio.
Página 29

Fogo: Reação química de oxidação (processo de combustão), caracterizada pela


emissão de calor, luz, fumaça e gases tóxicos.

Fonte de alimentação: Fonte de energia para o equipamento de controle e


indicação e para aqueles componentes alimentados com energia pelo equipamento
de controle e indicação.

Fonte de ignição: Fonte de calor (externa) que inicia a combustão.

Fotoluminescência: Efeito alcançado por meio de um pigmento não radioativo,


não tóxico, o qual absorve luz do dia ou artificial e emite brilho no escuro durante
determinado tempo.

Gongo hidráulico: Dispositivo acionado por motor de água destinado a emitir um


alarme característico indicativo de que o sistema de chuveiros automáticos entrou
em operação.

Grelha de insuflamento: Dispositivo usado nas redes de distribuição de ar,

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posicionado em locais predeterminados ou no final de trecho, para direcionar e/ou
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distribuir de modo adequado o fluxo de ar nos ambientes.


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Grupo motoventilador: Equipamento composto por motor elétrico e ventilador,


-1
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com a finalidade de insuflar ar limpo de impurezas da fumaça para dentro de uma


La

caixa de escada de emergência para pressurizá-la, com os objetivos de evitar e


expulsar a possível entrada de fumaça.

Grupo motogerador: Equipamento formado por um motor de combustão interna


com a finalidade de gerar energia elétrica.

Guarda ou guarda-corpo: Barreira protetora vertical, maciça ou não, delimitando


as faces laterais abertas de escadas, rampas, patamares, terraços, galerias,
mezaninos etc., servindo como proteção contra eventuais quedas de um nível para
outro.

Hidrante: Ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas,
contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões,
mangueiras de hidrantes e demais acessórios.
Página 30

Hidrante de coluna: Ponto de tomada de água da rede particular, localizado na


frente da edificação ou em área interna entre as edificações, que permite a conexão
de mangueiras de hidrantes para combater incêndios ou injetar água no sistema.

Hidrante de parede: Ponto de tomada de água da rede particular, localizado na


parede, embutido ou não, podendo estar no interior de um abrigo de mangueira de
hidrante, que permite a conexão de mangueiras de hidrantes para combater
incêndios ou injetar água no sistema.

Hidrante de recalque ou registro de recalque: Registro ou válvula para uso do


Corpo de Bombeiros, que permite o recalque de água para a instalação hidráulica
de proteção contra incêndio a partir de fontes externas, geralmente autobomba-
tanque, podendo estar localizado no passeio ou dentro do da propriedade, desde
que o acesso livre esteja garantido.

Hidrante urbano: Ponto de tomada de água provido de dispositivo de manobra


(registro) e união de engate rápido, ligado à rede pública de abastecimento de água,

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4

podendo ser emergente (de coluna) ou subterrâneo (de piso).


7-6
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Incêndio: Fogo que foge ao controle.


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Inspeção: Exame periódico que se efetua em um equipamento ou instalação de


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incêndio com a finalidade de determinar se está em condições de uso.

Instalações sob comando: Redes fixas de canalizações rígidas que conduzem


água a partir de reservatório até as válvulas de hidrantes ou mangotinhos, sendo
jogada sobre o foco do incêndio por meio de mangueiras de hidrante ou
mangotinhos, operadas manualmente.

Instalação de hidrantes: Rede fixa de canalizações rígidas com pontos de tomada


de água, que podem ter uma (simples) ou duas (duplo) saídas, contendo válvulas
angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de hidrante e
demais acessórios.

Instalação de mangotinhos: Rede fixa de canalizações com pontos de tomadas


de água com uma simples saída, contendo válvula de abertura rápida, adaptador
(se necessário), mangueira semirrígida, esguicho regulável e demais acessórios.
Página 31

Instrução técnica: Documento técnico que estabelece e regulamenta os assuntos


relacionados com a prevenção e o combate a incêndio.

Isolamento de riscos: Medidas de proteção passiva por meio de


compartimentação interna ou afastamento mínimo entre edificações destinadas a
evitar a propagação do fogo, calor, gases e fumaça entre ambientes de uma mesma
edificação ou para outras edificações adjacentes.

Jato compacto: Também chamado de jato sólido, que se caracteriza por produzir
linhas paralelas de corrente de escoamento de água, observadas na extremidade
de descarga do esguicho.

Jato de neblina: Jato de pequenas partículas de água produzido por esguichos


reguláveis (ver neblina de água).

Lanço de escada: Sucessão ininterrupta de degraus entre dois patamares


sucessivos.

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Mangotinho: Mangueira semirrígida, que possui as paredes interna e externa de
4
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borracha vulcanizada em tela de fibras naturais ou artificiais, utilizada nos sistemas


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.1

de mangotinhos. (Observação: usa-se a mesma denominação para o ponto de


32
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sa

tomada de água de mangotinho e para a mangueira semirrígida usada na


ris
La

instalação).

Mangueira de hidrante: Mangueira flexível, plana, com a parte interna de borracha


e revestimento externo com fibras naturais ou artificiais, utilizada nos sistemas de
hidrantes. (Observação: deve ser usada a denominação de mangueira de hidrante,
pois mangueira de incêndio usada pelas normas e legislações é uma denominação
geral para todos os tipos de mangueiras).

Mangueira de incêndio: Denominação geral de mangueira flexível ou semirrígida


usada nas instalações hidráulicas de combate a incêndio.

Manômetro: Instrumento que mede as pressões efetivas ou relativas.

Manutenção: Serviço efetuado em um equipamento ou instalação quando


requerido por uma inspeção, com a finalidade de mantê-la em condições de uso.

Manutenção corretiva: Serviço realizado para sanar as falhas que surgirem nos
Página 32

sistemas de proteção contra incêndio.


Manutenção preventiva: Serviço realizado para efetuar ensaios periódicos de


funcionamento, diagnósticos, calibragem, regulagem e limpeza dos sistemas de
proteção contra incêndios.

Materiais combustíveis: Produtos ou substâncias (não resistentes ao fogo) que


sofrem ignição ou combustão quando sujeitos ao calor.

Materiais incombustíveis: Produtos ou substâncias que, submetidos à ignição ou


combustão, não apresentam rachaduras, derretimento, deformações excessivas e
não desenvolvem elevada quantidade de fumaça e gases.

Medidas de proteção ativa: Aquelas que são acionadas a partir do princípio do


fogo.

Medidas de proteção passiva: Aquelas que não dependem de qualquer


acionamento em caso de emergência.

Monitor (canhão monitor): Equipamento destinado a formar e orientar jatos de

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água ou espuma de grande volume e alcance.
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Neblina de água: Jato de pequenas partículas de água, produzido por esguichos


.1
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especiais.
-1
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Nível de descarga: Nível no qual uma porta externa conduz a um local seguro no
exterior.

Obturador: Componente destinado à vedação do orifício de descarga dos


chuveiros automáticos.

Ocupação: Atividade ou uso da edificação.

Ocupação mista: Edificação que abriga mais de um tipo de ocupação principal.

Ocupação predominante: Atividade ou uso principal exercido na edificação.

Ocupação temporária: Atividade desenvolvida de caráter temporário, tais como


circos, feiras, espetáculos e parques de diversões.

Operação automática: Atividade que não depende de qualquer intervenção


humana para determinar o seu funcionamento.
Página 33

Operação manual: Atividade que depende da ação do elemento humano para o


seu funcionamento.

Parede corta-fogo de compartimentação: Elemento estrutural resistente ao fogo,


que mantém suas características de estanqueidade, isolamento térmico e
resistência mecânica durante um tempo predeterminado. Pode possuir aberturas,
desde que providas de portas ou vedações corta-fogo.

Passarela de emergência: Passagem que permite a transposição aérea entre


edificações, que serve para rotas de saída de emergência, precedida por portas
corta-fogo nos seus acessos.

Pavimento de descarga: Parte da saída de emergência de uma edificação que


fica entre a escada e o logradouro público ou área externa com acesso a este.

Pessoa treinada: Pessoa que conhece a localização e o funcionamento do sistema


de proteção contra incêndios, bem como os demais aspectos peculiares da

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edificação.
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.18

Plano de intervenção de incêndio: Plano estabelecido em função dos riscos da


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.1

edificação para definir a melhor utilização dos recursos materiais e humanos em


32
-1
sa

uma situação de emergência.


ris
La

Poço de instalação ou prumadas de utilidades: Passagem essencialmente


vertical deixada numa edificação com finalidade eletrodutos, cabos e outros.

Ponto de combustão: Menor temperatura na qual um combustível emite vapores


em quantidade suficiente para formar uma mistura com o ar na região
imediatamente acima da superfície, capaz de entrar em ignição quando em contato
com uma chama e manter a combustão após a retirada da chama.

Ponto de fulgor (flash point): Menor temperatura na qual um combustível emite


vapores em quantidade suficiente para formar urna mistura com o ar na região
imediatamente acima da sua superfície, capaz de entrar em ignição quando em
contato com uma chama e não mantê-la após a retirada da chama.

Ponto de ignição ou autoignição: Menor temperatura na qual um combustível


emite vapores em quantidade suficiente para formar uma mistura com o ar, capaz
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de entrar em ignição quando em contato com o ar.


Ponto de mangotinho: Ponto de tomada de água onde há uma simples saída


contendo válvula de abertura rápida, adaptador, se necessário, mangueira
semirrígida, esguicho regulável e demais acessórios (ver mangotinho).

População fixa: Número de pessoas que permanece regularmente na edificação,


considerando os turnos de trabalho e a natureza da ocupação.

População flutuante: Número de pessoas que não se enquadra no item de


população fixa. Esta população será sempre pelo número máximo diário de
pessoas.

Porta corta-fogo: Elemento de construção, formado por folha, marco e acessórios,


que atende às exigências de resistência mecânica, estanqueidade e isolamento
térmico para um determinado tempo mínimo. É instalada nas aberturas da parede
de compartimentação e destinada à circulação de pessoas e de equipamentos.

Prevenção de incêndio: Conjunto de medidas que visam prevenir a eclosão de

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um incêndio ou a sua propagação numa edificação com a divisão adequada dos
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espaços internos, o uso de materiais incombustíveis, dificultar a propagação do


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incêndio através de compartimentações horizontal e vertical, permitir a


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desocupação segura dos ocupantes da edificação, proporcionar meios de controle


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e extinção do incêndio e permitir o acesso para as operações do corpo de


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bombeiros.

Profissional de segurança contra o fogo: Pessoa física componente das


brigadas de incêndio das forças armadas, dos corpos de bombeiros militares e
brigadas de incêndio profissionais, que possuam cursos de formação e
especialização em prevenção e combate a incêndios e técnicas de emergências
médicas.

Profissional de segurança do trabalho: Pessoa física com formação profissional


que fez o curso de pós-graduação em Engenharia e Segurança do Trabalho e
legalmente habilitado por registrado no Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (CREA), para elaborar e executar projetos de normas e
sistemas para programas de segurança do trabalho, desenvolvendo estudos e
estabelecendo métodos e técnicas, para prevenir acidentes de trabalho e doenças
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profissionais.

Profissional legalmente habilitado: Pessoa física que tem formação profissional


e legalmente habilitada por registro no Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (CREA), para elaborar, analisar, aprovar e executar
projetos de sistemas prevenção e de combate a incêndios.

Propagação por condução: Propagação do fogo para os demais ambientes ou


pavimentos da edificação, ou para edificações adjacentes decorrente do contato
direto de chamas pelas aberturas existentes internamente ou na fachada ou pela
cobertura da edificação incendiada.

Propagação por convecção: Propagação do fogo para os demais ambientes ou


pavimentos da edificação, ou para edificações adjacentes decorrente de gases
quentes emitidos pelas aberturas existentes internamente ou na fachada ou pela
cobertura da edificação incendiada.

Propagação por radiação térmica: Propagação do fogo para os demais


ambientes ou pavimentos da edificação, ou para edificações adjacentes decorrente

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da radiação térmica emitida pelas aberturas existentes internamente ou na fachada


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ou pela cobertura da edificação incendiada.


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Proporcionador: Equipamento destinado a misturar em quantidades proporcionais


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preestabelecidas de água e líquido gerador de espuma.


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Proteção ativa: São as medidas de proteção contra incêndio através do combate


ao fogo que já está acontecendo na edificação com equipamentos de operação
manual ou automática.

Proteção passiva: São as medidas de proteção contra incêndio através de


soluções arquitetônicas e estruturais para se evitar o início do fogo ou, caso ele
aconteça, evitar a sua propagação para partes da edificação.

Proteção preventiva: São as medidas de proteção contra incêndio que devem ser
tomadas durante a ocupação da edificação.

Proteção estrutural: Característica construtiva que evita ou retarda a propagação


do fogo e auxilia no trabalho de salvamento de pessoas numa edificação.

Reserva técnica de incêndio: Volume de água destinado exclusivamente ao


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combate de incêndio.

Reservatório ao nível do solo: Reservatório de incêndio cujo fundo se encontra


instalado no mesmo nível do piso.

Reservatório de escorva: Reservatório de água com volume necessário para


manter a canalização de sucção da bomba de incêndio sempre cheia de água.

Reservatório elevado: Reservatório de incêndio localizado no topo da edificação


ou em castelo de água.

Reservatório enterrado ou subterrâneo: Reservatório de incêndio que se


encontra instalado abaixo do nível do terreno.

Reservatório semi-enterrado: Reservatório de incêndio cujo fundo se encontra


localizado abaixo e a parte superior acima do nível do terreno.

Risco de ocupação: Risco de ocorrência de incêndio determinado pela carga de


incêndio de acordo com ocupação da edificação.

Saída de emergência, rota de saída de emergência: Caminho contínuo,

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devidamente protegido e sinalizado, constituído por portas, corredores, saguões,


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passagens externas, vestíbulos, escadas rampas, etc., a ser percorrido pelos


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ocupantes da edificação em caso de emergência, a partir de qualquer ponto da


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edificação, até atingir a via pública ou outro espaço externo definitivamente seguro.
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Selo corta-fogo: Material ou dispositivo construtivo apropriado com tempo mínimo


de resistência ao fogo, aplicado ou instalado na passagem de eletrodutos e
canalizações em paredes de compartimentação ou entrepisos.

Shaft. Abertura ou caminho existente na edificação, vertical ou horizontal, que


permite a passagem e interligação de instalações elétricas, hidráulicas ou de outros
dispositivos necessários.

Sinalização de emergência: Conjunto de sinais visuais que indicam, de forma


rápida e eficaz, a existência, localização e procedimentos referentes a saídas de
emergência, equipamentos de combate a incêndios e riscos potenciais de uma
edificação ou áreas relacionadas a produtos perigosos.

Sistema de chuveiros automáticos: Sistema hidráulico de combate a incêndios,


constituído por reserva técnica de incêndio, bombas de incêndio, rede de
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canalizações com chuveiros automáticos regularmente distribuídos no ambiente e


demais dispositivos e acessórios, acionado automaticamente por dispositivo


sensível à elevação de temperatura, de forma a aspergir água sobre o foco do
incêndio com uma densidade adequada para extingui-lo ou controlá-lo em seu
estágio inicial.

Sistema de detecção e alarme: Sistema formado por um conjunto de dispositivos


de atuação automática, destinados a detectar calor, fumaça ou chama e acionar
equipamentos de proteção e dispositivos de sinalização e alarme.

Sistema de hidrantes ou de mangotinhos: Sistema hidráulico de combate a


incêndios, constituído por reserva técnica de incêndio, bombas de incêndio (quando
necessário), rede de canalizações, tomadas de hidrantes ou de mangotinhos
distribuídos nos pavimentos e demais dispositivos e acessórios, operado
manualmente por brigada de incêndio ou pelos ocupantes da edificação.

Tomada de hidrante: Ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas


(duplo) saídas contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores,

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tampões, mangueiras de incêndio e demais acessórios (ver hidrante).


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Tomada de mangotinho: Ponto de tomada de água onde há uma (simples) saída


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contendo válvula de abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira


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semirrígida (mangotinho), esguicho regulável e demais acessórios (ver


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mangotinho).

Válvula automática: Dispositivo hidráulico destinado a abrir e/ou fechar o


abastecimento de água do sistema de chuveiros automáticos.

Válvula de retenção: Dispositivo hidráulico que permite o escoamento da água


somente em um sentido.

Ventilação cruzada: Movimentação de ar, que se caracteriza por aberturas


situadas em paredes opostas de um ambiente, sendo uma localizada junto ao piso
e a outra junto ao teto.
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1.7 APLICAÇÃO PRÁTICA

Com base no vídeo apresentado na Aula 4 – Evolução de um Incêndio, faça uma


análise da figura abaixo e identifique as fases de evolução do incêndio ocorrido até
a interrupção do corpo de bombeiros.

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I. fase inicial de elevação progressiva da temperatura (ignição)
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II. fase de aquecimento;


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III. fase de resfriamento e extinção.


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Todas as atividades devem ser enviadas para o e-mail suporte@elainegoncalves.com.br.


Ao enviar sua atividade sempre identifique o estado que você é para as atividades que
tratam de consulta em legislação. E o Assunto do E-mail deve ser: ATIVIDADE PROFIRE
– FASE 1.
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