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GREGO 1
FABRA
2017
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR FABRA
MANTENEDOR DO CENTRO DE ENSINO SUPERIOR FABRA
Copyright@FABRA 2017
Elaboração:
Eber da Cunha Mendes
Revisão:
Irislane Figueiredo
Produção e Capa:
Centro de Ensino Superior Fabra
ISBN 978-85-92808-31-0
CDD 487.03
Apresentação
P
rezado(a) aluno(a), estudar teologia é algo muito sério. Ao contrário
das demais ciências, o “objeto” de estudo da teologia é infinitamente
maior do que aqueles que o estudam. Além disso, ele é soberano so-
bre toda a criação. Contudo, ele é aquele que de maneira pessoal se permite
conhecer. Aliás, ele é aquele que deseja ser encontrado (Is 55.6; Jr 29.13).
Porém, o que podemos conhecer de Deus e estudar acerca do seu ser e da
sua vontade é somente aquilo que ele próprio decidiu nos dar a conhecer
através das Escrituras do Antigo Testamento e do Novo Testamento. Fora
das Escrituras, todas as afirmações acerca de Deus são meras abstrações
falhas;um retrato impreciso do Todo-Poderoso.
Por isso, a teologia cristã parte das Escrituras como revelação de Deus e da
vontade dele. E numa reflexão teológica que se alimenta, é necessário que
se tenha a certeza do que as palavras contidas no livro sagrado significam.
Por essa razão, a cristandade não somente tem preservado as cópias dos
manuscritos antigos, mas também os tem estudado na perspectiva de com-
preender mais fielmente o sentido da palavra revelada.
Bons estudos!
Ementa
Introdução à história da língua grega. O alfabeto grego. Silabação e pontu-
ação na língua grega. Substantivos. Artigos. Pronomes. Adjetivos. Preposi-
ções. Introdução ao sistema verbal (verbo raiz –w e verbo e)imi/)
Objetivos
O objetivo do presente curso é capacitar o estudante no uso instrumental
da língua grega, a fim de habilitá-lo para a leitura e a interpretação do texto
original do Novo Testamento escrito em grego Koinê.
Bibliografia Básica
REGA, Lourenço Stelio. Noções de Grego bíblico: gramática fundamental. 4
ed. São Paulo: Vida Nova, 2004.
Bibliografia Complementar
HAUBECK, Wilfrid. Nova chave linguística do Novo Testamento grego: Ma-
teus – Apocalipse. São Paulo. Targumim, 2010.
UNIDADE 1
Unidade 2
Capítulo 1• Substantivos.......................................................................... 51
1. Formação dos substantivos.............................................................. 51
2. Casos..................................................................................................... 52
3. Gênero ................................................................................................. 54
4. Número................................................................................................. 55
5. Declinação........................................................................................... 55
5.1. Segunda Declinação ......................................................................... 55
5.2. Primeira Declinação........................................................................... 57
5.3. Terceira Declinação . ......................................................................... 60
RESUMO......................................................................................................... 65
AUTOATIVIDADE.............................................................................................. 66
Capítulo 2 • Artigos................................................................................... 69
1. Características básicas do artigo grego ....................................... 69
2.Declinação do artigo........................................................................... 71
2.1. Declinação no singular....................................................................... 71
2.2. Declinação no plural ......................................................................... 72
RESUMO......................................................................................................... 74
AUTOATIVIDADE.............................................................................................. 74
Capítulo 3• Adjetivos................................................................................ 77
1. Características básicas do adjetivo................................................ 77
2. Declinação do adjetivo ..................................................................... 79
2.1. Adjetivos de Terceira Declinação Completa........................................... 82
2.2. Adjetivos de 3ª + 1ª Declinação; ....................................................... 83
2.3. Adjetivos de 3ª + 2ª + 1ª Declinação................................................. 83
4. As formas dos adjetivos.................................................................... 84
RESUMO......................................................................................................... 88
AUTOATIVIDADE.............................................................................................. 88
Capítulo 4 • Pronomes.............................................................................. 91
1. Pronomes pessoais.............................................................................. 91
2. Pronomes demonstrativos................................................................ 93
3. Pronomes interrogativos.................................................................. 95
4. Pronomes indefinidos........................................................................ 96
5. Pronomes relativos............................................................................ 98
5.1. Pronomes relativos – singular.............................................................. 98
5.2. Pronomes relativos – plural................................................................. 98
6. “Pronomes possessivos”..................................................................... 99
6.1. Pronomes possessivos [genitivo dos pronomes pessoais]........................ 99
6.2. Pronomes possessivos [adjetivos possessivos]....................................... 100
7. Pronomes recíprocos......................................................................... 101
8. Pronomes reflexivos.......................................................................... 102
8.1. Pronomes reflexivos – singular............................................................. 102
8.2. Pronomes reflexivos – plural................................................................ 103
RESUMO......................................................................................................... 104
AUTOATIVIDADE.............................................................................................. 105
Unidade 3
Unidade 1
Capítulo 1
“Isso parece grego para mim”. Possivelmente você já deve ter dito ou
ouvido alguém falar isso quando ouviu uma palavra ou expressão diferente.
De fato, hoje grego está restrito a um número pequeno de falantes da lín-
gua. Estima-se que há cerca de 14 milhões de falantes da língua grega em
todo o mundo.1 Porém, é necessário lembrar que o grego é uma das línguas
mais antigas da humanidade e que já teve o status de língua universal e
comercial, estando, para o mundo antigo, como o inglês está para o mundo
moderno.
tanto no continente quanto nas ilhas do Mar Egeu, tornando-se, dessa ma-
neira, o embrião da civilização grega.
A partir de 2000 a.C., houve uma onda de migrações de tribos nôma-
des indo-europeias, também denominadas de arianas, as quais deixaram a
região central da Ásia e dirigiram-se para a Península Balcânica. A primeira
dessas tribos foi a dos aqueus, que estabeleceram os primeiros povoados da
região e iniciaram um processo de assimilação dos povos que ali já estavam.
Posteriormente, vieram os Jônios, os Eólios e os Dórios, que, igualmente,
estabelecem seus centros urbanos e assimilaram a cultura da região. Desse
processo nasce a confederação das cidades-estados que dão a forma inicial
da civilização grega.
A principal mudança nessa organização viria a acontecer por volta de
336 a.C., quando Alexandre III3 assume o trono da Macedônia e unifica o
estado grego. Posteriormente, ele inicia suas campanhas militares, expan-
dindo a sua hegemonia sobre outros povos e estabeleceum dos maiores
impérios do mundo antigo. Tal hegemonia perdurou até 146 a.C., quando
Roma conquistou o remanescente do Império Grego e fez dele uma de suas
províncias.
3
Também conhecido como Alexandre Magno ou Alexandre, o Grande.
4
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mapa_de_Alejandr%C3%ADas-pt.svg
u NI D A D E 1 • 19
Você sabia?
O nome oficial da Grécia é República Helênica ou, em grego,
Ellhniki Dimokratia [lit.: Democracia Helênica].
A nação grega já era conhecida no tempo do Antigo Testamento.
Há seis ocorrências no Antigo Testamento do termo Yâvân, possivel-
mente uma forma hebraica para Jônia. O termo é traduzido para o
português como Javã ou Grécia. (cf. Is 66.19; Ez 27.13; Dn 8,21;
10.20; 11.2; Zc 9.13).
Fonte: http://grecia.kolam.com.br/index.php/apresentacao/republica-helenica
5
PADOVESE, L. Helenismo. IN: Dicionário Teológico Enciclopédico. São Paulo. Loyola. 2003. p.333.
6
Para outras possibilidades de desenvolvimento da língua grega, ver: JANNARIS, Antonios Nikolaou. An histori-
cal greek grammar: chiefly of the attic dialect. London. Macmilliam and Co. Ltd. 1897. p.1-20. REGA, Lourenço
Stelio. Noções do grego bíblico. São Paulo. Vida Nova. 2004. p.8.
20 • GREGO
eólio
indo-
heleno dório
europeu
desses povos. Nesse processo, houve a tradução dos Escritos Sagrados dos
Hebreus, que ficou conhecida como a Versão dos Setenta ou, simplesmente,
Septuaginta [LXX]. Posteriormente, o koinê foi usado na escrita do Novo Tes-
tamento e também utilizado pelos pais apostólicos (MOUNCE, 2009. p.2).
Tal processo de formação linguística atendeu ao propósito divino em
enviar o seu Filho na plenitude do tempo (Gl 4.4) - a revelação veterotes-
tamentária traduzida numa língua conhecida de todos os povos da época.
Por essa razão, foi possível que Jesus, os apóstolos e os demais cristãos
do séc. I pudessem pregar o evangelho conforme pré-anunciado no Antigo
Testamento (Lc 24.27 cf. At 8.32; Rm 9.17; 10.11; Gl 3.22; 4.30; Tg
2.8). Mas também tornou possível que gentios examinassem as Escrituras e
comprovassem a veracidade da pregação apostólica (At 17.11).
Logo, conhecer o grego koinê é ter a oportunidade de ler o Novo Testa-
mento conforme ele foi escrito, compreendendo que Deus escolheu a língua
comum do povo para revelar a sua Palavra. Nesse sentido, as palavras de
William Mounce são oportunas quando ele afirma: “o evangelho não perten-
ce exclusivamente aos eruditos; pertence a todas as pessoas” (MOUNCE,
2009. p.2). Por isso, você deve estudar a língua grega a fim de compartilhar
com mais fidelidade a mensagem do evangelho para o povo.
Fonte: http://www.civilization.org.uk/minoans/linear-b
22 • GREGO
RESUMO DO CAPÍTULO 1
AUTOATIVIDADE
indo-
europeu
koinê
1. Aprendendo o alfabeto
O alfabeto grego é composto de 24 letras. A maioria delas possui uma
letra correspondente no alfabeto português, o que facilita a compreensão e
o aprendizado. Observe a tabela a seguir:
26 • GREGO
2. Notas fonéticas
Contudo, você deve ter observado que algumas letras não têm uma forma
similar em português, mas que o seu fonema está presente em nossa língua.
Por outro lado, há também símbolos e fonemas que não possuem similares
em português. Isso merece uma atenção neste ponto de nosso estudo.
3. Notas gráficas
" #
C
omo em toda língua escrita, a grafia das letras muda com o passar
$ "
do tempo. Os manuscritos gregos mais antigos foram redigidos
% $&
utilizando apenas letras maiúsculas. Com o passar do tempo, a prefe-
rência tornou-se a utilização das letras minúsculas.
4. Vogais
!
#
!
O alfabeto grego possui sete vogais: a, e, h, i, o, u, w. As vogais na
língua grega podem ser divididas em três categorias, baseadas no tempo de
pronúncia de cada fonema. As categorias são: longas, breves e variáveis.
Vogaisbreves Vogais
longas Variáveis
e h a
o w i
u
As vogais e e o são sempre breves, tendo uma pronúncia mais curta. As
h
!vogais e w
são
sempre
longas, tendo
o tempo
de
pronúncia mais prolon-
!
gado.
Como explica
John Machen,
h ew "
são, respectivamente,
" '( os
corres-
pondentes longos de e e o (MACHEN, 2004. p.18).
)(!"*+,-../01
)(!"*+,-../01
As vogais variáveis podem tanto ter um tempo de pronúncia breve ou
curto, dependendo da posição que ocupam nas palavras. Via de regra, a
pronúncia dessas vogais tende a ser breve, mas quando são seguidas por
mais de uma consoante ou por uma consoante dupla, a pronúncia pode
tornar-se longa.
u NI D A D E 1 • 29
4.1. Ditongos
Um ditongo é uma forma de encontro vocálico. Ele ocorre quando duas
vogais se unem na mesma sílaba. Na língua portuguesa, os ditongos são
classificados em quatro categorias (NETO; INFANTE. 2008. p.24,25), e as
vogais podem variar a sua posição, criando uma diversidade de combina-
ções. Exemplos: cacau, água, paiol, história.
Na língua grega, os ditongos são formados tendo sempre como a segun-
da vogal um i ou um u. Além disso, nem todas as vogais formam ditongos,
o que é o caso da vogal longa w. Sendo assim, os ditongos gregos podem
ser limitados a apenas oito.
i Pronúncia Exemplo
a + i= ai pai ai)wn
e + i= ei peixe ei)mi/
o + i= oi oito oi)/da
u + i= ui muito ui(o/j
u Pronúncia Exemplo
a + u= au pau au)to\n
e + u= eu ilheú euaggelion
h + u= hu moeu hu)ch/qhn
o + u= ou tatu ou)ran/oj
5. Consoantes
As consoantes gregas são divididas em três categorias: Mudas, Semivo-
gais e Duplas.
Líquidas lmnr
Nasais mn
Sibilantes s
Há uma regra que deve ser aplicada no uso das consoantes m e n. Fre-
quentemente, elas são pronunciadas nas palavras evitando-se a nasaliza-
ção. Contudo, a nasalização ocorre quando m e n precedem as consoantes
g, k, x, c. Nestes casos, m e n são substituídas pela consoante g.
Exemplo: d + s = z
k+s=c
p+s=y
32 • GREGO
RESUMO
AUTOATIVIDADE
A. Vocabulário
No processo de aprendizado, decorar palavra é uma excelente maneira
de se familiarizar com o idioma. A partir de agora, vamos decorar as pala-
vras com o uso mais frequente no Novo Testamento. Bom estudo!
Minúsculo
Maiúsculo
Minúsculo
34 • GREGO
u
u
u
u
z
y
c
Capítulo 3
Silabação e Pontuação
na Língua Grega
B. Quando houver duas vogais que não formam ditongo, as vogais sempre
serão separadas, formando sílabas distintas7:
a)/ - gw h( - dh i)/ - na
G. Quando a palavra for composta por dois termos distintos, inicia-se a se-
paração silábica pelo ponto de junção:
Monossílaba e)k
Dissílaba spe/r - ma
Trissílaba a)/n - qrw/ - poj
Polissílaba e)k - klh - si/ - # / me - ta - di - do/ - nai
2. Pontuação
3. Diacríticos
3.1. Acentos
Existem três acentos na língua grega: Agudo (´), Grave (`) e Circunflexo (=).
Como informa Machen, “‑os acentos gregos indicavam, antigamente, não in-
tensidade, mas altura musical” (2004. p.21), ou seja, funcionavam como uma
indicação do ponto em que o tom da melodia subiria e desceria. Porém, o uso
correto dos sinais e a pronúncia original da língua são desconhecidas.
Diante disso, qual seria a importância dos acentos para o estudo da
u NI D A D E 1 • 39
língua grega? David Black propõe dois motivos: “(1) Ocasionalmente, dis-
tinguem palavras que são idênticas (i.e, ei) significa ‘se’; ei)= significa ‘você
é’) e (2) servem para indicar qual sílaba da palavra grega é tônica em sua
pronúncia” (2009, p.7).
Os acentos são sempre colocados sobre as vogais ou os ditongos. No
caso dos ditongos, o acento permanecerá sobre a segunda vogal.
As regras de acentuação da língua grega são complexas (MOUNCE, 2004;
BLACK, 2009; SCHALKWIJK, 1994). Também há uma série de exceções às
regras, o que torna ainda mais complexo o aprendizado do processo de acen-
tuação dos termos gregos. Mas existem algumas regras de acentuação que
são básicas e devem ser conhecidas pelo estudante da língua.
A. Acento Agudo
Ocorre em qualquer uma das sílabas finais, sejam elas longas ou breves:
1. A antepenúltima não será acentuada quando a sílaba última for longa;
2. A penúltima não será acentuada quando a sílaba última for curta;
B. Acento Grave
Ocorre apenas na sílaba última, sendo, esta, curta.
1. O acento grave substituirá o acento agudo numa palavra que não é
seguida por uma enclítica9 ou de algum sinal de pontuação.
C. Acento Circunflexo
Ocorre apenas nas sílabas penúltima e última, sendo, estas, longas:
1. Quando a última for curta, a penúltima poderá receber o acento cir-
cunflexo.
9
Confira seção 3.1.5. Palavras Enclíticas
40 • GREGO
No caso dos verbos, a regra geral para a acentuação dos termos indica
que o acento deve recuar tanto quanto possível da sílaba última. Para isso,
as regras gerais de acentuação devem permiti-lo. Por essa razão, a acentu-
ação dos verbos é chamada de recessiva.
Exemplo:
10
Aoristo é um dos tempos verbais do grego Koiné. Estudaremos o sistema verbal a partir da Unidade III.
u NI D A D E 1 • 41
Verbo ei)mi/ no presente do indicativo ei)mi/, ei)=, e)sti/(n), e)sme/n, e)ste/, ei)si/(n)
Pronome pessoal mou=, moi/, me/, sou=, soi/, se/
Pronome indefinido ti/j, ti/, ti/noj
3.2. Aspiração
3.3. Apóstrofo
3.4. Trema
RESUMO
AUTOATIVIDADE
C. Com base nas regras gerais de acentuação, indique a regra usada para
acentuar as palavras a seguir:
Sinais de pontuação
Sinais Teclas Símbolo
Ponto final . .
Ponto e vírgula Shift + ; :
Vírgula , ,
Interrogação ; ;
Diacríticos
Sinais Teclas Símbolo
Aspiração Branda Shift + ) )
Aspiração Áspera Shift + ( (
Apóstrofe Shift + 6 ¨
Trema Shift + = +
GREGO 1
Unidade 2
Capítulo 1
Substantivos
Dos três elementos, os mais relevantes para os objetivos deste curso são
o radical e o sufixo. Saber identificar o radical é especialmente importante
para a consultas lexicográficas e para o reconhecimento de famílias etimo-
lógicas. Isso facilitará o processo de aprendizado da língua. Além disso, to-
davia, identificar o sufixo será primordial para compreender a categorização
da palavra dentro da oração e, consequentemente, determinar o seu sentido
dentro do texto.
Sendo assim, é necessário conhecer o funcionamento das flexões dos
substantivos gregos. Há três formas de flexão no grego: o caso, o gênero e
o número.
2. Casos
11
Por uma questão de objetividade, não estudaremos as formas do vocativo grego.
54 • GREGO
Exemplos:
Com o w)=: )=W gu/nai [Ó mulher], mega/lh sou h( pi/stij: genhqh/tw soi
w(j qe/leij (Mt 15.28).
Sem o w)=: gu/nai [Mulher], ou)/pw h(/kei h( w(/ra mou (Jo 2.4)
Caso Função
Nominativo Sujeito
Genitivo Característica ou posse
Dativo Objeto indireto
Acusativo Objeto direto
Vocativo Invocação ou exclamação
3. Gênero
4. Número
Como ocorre na língua portuguesa, no grego koinê há apenas dois nú-
meros para descrever o substantivo: singular e plural. Como aprenderemos,
as terminações dos substantivos indicam o seu número.
5. Declinação
Sufixos Masculinos
Singular Plural
Nominativo -oj -oi
Genitivo -ou -wn
Dativo -% -oij
Acusativo -on -ouj
Sufixos Neutros
Singular Plural
Nominativo -on -a
Genitivo -ou -wn
Dativo -% -oij
Acusativo -on -a
Sufixos Femininos
Sufixos Femininos -a
Singular Plural
Nominativo -a -ai
Genitivo -aj -w=n
Dativo -a -aij
Acusativo -an -aj
Sufixos Femininos -h
Singular Plural
Nominativo -h -ai
Genitivo -h=j -w=n
Dativo -$ -aij
Acusativo -hn -aj
58 • GREGO
Sufixos Masculinos
Paradigma Masculino
Singular Plural
Nominativo profh/t-hj profh/t-ai
Genitivo profh/t-ou profh/t-w=n
Dativo profh/t-$ profh/t-aij
Acusativo profh/t-hn profh/t-aj
Singular Plural
Nominativo qa/lass-a qa/lass-ai
Genitivo qa/lass-hj qa/lass-wn
Dativo qa/lass-$ qa/lass-aij
Acusativo qa/lass-an qa/lass-aj
60 • GREGO
Singular Plural
Nominativo do/c-a do/c-ai
Genitivo do/c-hj do/c-wn
Dativo do/c-$ do/c-aij
Acusativo do/c-an do/c-aj
Exemplo:
k n nt
Singular Plural Singular Plural Singular Plural
Nominativo kh=ruc kh=ruk-ej kanw/n kano/n-ej a)/rxwn a)/rxont-ej
a)rxo/nt-
Genitivo kh=ruk-oj kh=ru-wn kano/n-oj kano/n-wn a)/rxont-oj
wn
Dativo kh=ruk-i kh=ruc-in kano/n-i kano/-sin a)/rxont-i a)/rxou-sin
a)/rxont
Acusativo kh=ruk-a kh=ruk-aj kano/n-a kano/n-aj a)/rxont-a
-aj
u NI D A D E 2 • 63
k, g, x d, t, kt n
Singular Plural Singular Plural Singular Plural
Nominativo sa/rc sark -ej e)/rij e/ri/d-ej a)kti/j a)kti=n-ej
Genitivo sark-o/j sark -wn e/ri/d-oj e)ri/d-wn a)kti=n-oj a)kti/n-wn
Dativo sark-i/ sarc-sin e/r/id-i e)ri/-sin a)kti=n-i a)kti=-sin
Acusativo sa/rk-a sark -aj e)ri/d-a e)ri/d-aj a)kti=n-a a)kti=n-aj
t
Singular Plural
Nominativo pneu=ma pneu/mat-ej
Genitivo pneu/mat-o/j pneu/mat-wn
Dativo pneu/mat-i/ pneu/ma-sin
Acusativo pneu/m-a pneu/mat-aj
-eu -u
Singular Plural Singular Plural
Nominativo basileu/-j basile-ij i)xqu/j i)xqu/-ej
Genitivo basile-wj basile/-wn i)xqu/-oj i)xqu/-wn
Dativo basile-i/ basileu=-sin i)xqu/-i i)xqu/-sin
Acusativo basile/-a basile-i=j i)xqu/-n i)xqu/-aj
-i
Singular Plural
Nominativo poli-j pol-eij
Genitivo pol-ewj po/le-wn
Dativo pol-ei/ po/le-sin
Acusativo pol-in pol-eij
-ouj
Singular Plural
Nominativo ge/noj ge/n-h
Genitivo ge/n-ouj gen-w=n
Dativo ge/n-ei ge/n-esin
Acusativo ge/n-oj ge/n-h
u NI D A D E 2 • 65
RESUMO
AUTOATIVIDADE
Singular Plural
Nominativo lo/g-oj lo/g-oi
Genitivo lo/g-ou lo/g-wn
Dativo lo/g-% lo/g-oij
Acusativo lo/g-on lo/g-ouj
2. kardi/a:
Singular Plural
Nominativo
Genitivo
Dativo
Acusativo
u NI D A D E 2 • 67
3. sa/rc:
Singular Plural
Nominativo
Genitivo
Dativo
Acusativo
4. poli/j:
Singular Plural
Nominativo
Genitivo
Dativo
Acusativo
5. profh/thj:
Singular Plural
Nominativo
Genitivo
Dativo
Acusativo
68 • GREGO
6. ge/noj:
Singular Plural
Nominativo
Genitivo
Dativo
Acusativo
e(/qnoj profh/thj
po/lij lao/j
Pau=loj sw=ma
kardi/a fonh/
Pe/troj zwh/
xa/rij Iwa/nnhj
sa/rc a)meh/n
Capítulo 2
Artigos
Exemplos:
)En a)rxv= h)=n o( lo/goj, kai\ o( lo/goj h)=n pro\j to\n qeo/n, kai\ qeo\j h)=n o( lo/goj.
2.Declinação do artigo
Artigos Masculinos
Artigos Femininos
Artigos Neutros
2ª declinação 3ª declinação
Nominativo to/ e)uagge/lion to/ ge/noj
Genitivo tou= e)uagge/liou tou= ge/nouj
Dativo t%= e)uagge/li% t%= ge/nei
Acusativo to/ e)uagge/lion to/ ge/noj
Artigos Femininos
1ª declinação 1ª declinação 3ª declinação
a h -
Nominativo ai/ e)kklhsi/ai ai/ a)gapai/ ai/ sarkej
Genitivo tw=n e)kklhsiw=n tw=n a)gapw=n tw=n sarkwn
Dativo tai=j e)kklhsi/aij tai=j a)gapai=j tai=j sarcsin
Acusativo ta/j e)kklhsi/aj ta/j a)gapa/j ta/j sarkaj
2ª declinação 3ª declinação
Nominativo to/ e)uagge/lia to/ ge/nh
Genitivo tou= e)uagge/liwn tou= genw=n
Dativo t%= e)uagge/lioij t%= ge/nesin
Acusativo to/ e)uagge/lia to/ ge/nh
Artigos Neutros
2ª declinação 3ª declinação
Nominativo to/ e)uagge/lion to/ ge/noj
Genitivo tou= e)uagge/liou tou= ge/nouj
Dativo t%= e)uagge/li% t%= ge/nei
Acusativo to/ e)uagge/lion to/ ge/noj
RESUMO
AUTOATIVIDADE
Nominativo o a o/a
Genitivo do da do/da
Dativo ao à ao/à
Acusativo o a o/a
Plural
Masculino Feminino Neutro
Nominativo os as os/as
Acusativo os as os/as
3. Maka/rioi oi( ptwxoi\ t%= pneu/mati, o(/ti au)tw=n e)stin h( basilei/a tw=n
ou)ranw=n. 4. maka/rioi oi( penqou=ntej, o(/ti au)toi\ paraklhqh/sontai. 5.
maka/rioi oi( praei=j, o(/ti au)toi\ klhronomh/sousin th\n gh=n. 6. maka/rioi
oi( peinw=ntej kai\ diyw=ntej th\n dikaiosu/nhn, o(/ti au)toi\ xortasqh/son-
tai. 7. maka/rioi oi( e)leh/monej, o(/ti au)toi\ e)lehqh/sontai. 8. maka/rioi
oi( kaqaroi\ tv= kardi/#, o(/ti au)toi\ to\n qeo\n o)/yontai. 9. maka/rioi oi( ei)
rhnopoioi/, o(/ti au)toi\ ui(oi\ qeou= klhqh/sontai. 10. maka/rioi oi( dediwg-
me/noi e(/neken dikaiosu/nhj, o(/ti au)tw=n e)stin h( basilei/a tw=n ou)ranw=n.
11. maka/rioi/ e)ste o(/tan o)neidi/swsin u(ma=j kai\ diw/cwsin kai\ ei)/pwsin
pa=n ponhro\n kaq’ u(mw=n [yeudo/menoi] e(/neken e)mou=. 12. xai/rete kai\ a)
gallia=sqe, o(/ti o( misqo\j u(mw=n polu\j e)n toi=j ou)ranoi=j: ou(/twj ga\r e)di/
wcan tou\j profh/taj tou\j pro\ u(mw=n.
Adjetivos
A. Atributiva
A função atributiva, como o próprio nome sugere, atribui qualidade ou
característica ao nome. A construção mais simples possui a ordem: artigo
+ adjetivo + substantivo. Exemplo: o( pistoj douloj [lit.: o fiel escravo].
A frase pode ser traduzida como “o servo fiel”. Percebe-se que o substantivo
é qualificado de modo simples e direto. Essa construção é denominada de
atributiva simples ou adjetivo de primeira posição (MOUNCE, 2009, p.83;
BLACK, 2009).
Porém, há outra construção na qual o adjetivo também possui uma
função atributiva. Ela possui a seguinte construção: artigo + substantivo +
78 • GREGO
B. Predicativa
Quando o adjetivo não for precedido por artigo, ele funcionará como um
predicado. Lembre-se de que o predicado “é a parte da oração que contém
a informação, a declaração a respeito do sujeito” (NETO; INFANTE, 2008,
p.354). Em português, as frases são construídas na seguinte ordem: sujeito
e predicado. Essa é a chamada ordem direta, sendo a construção ordinária
da língua portuguesa. Nesse caso, o predicado é formado pelo verbo e seus
complementos.
No grego koinê não existe esse tipo de ordem preferencial. Sem mais
esforço de compreensão, as palavras podem aparecer em qualquer posição
na frase. Porém, via de regra, para identificarmos o uso do adjetivo em sua
função predicativa, precisamos ter em mente duas construções básicas para
as frases. Assim, ela poderá ter uma de duas construções possíveis: [artigo
+ substantivo + adjetivo] ou [adjetivo + artigo + substantivo]. Indepen-
dente da construção, a tradução é a mesma.
Entretanto, observe que o verbo não é tão importante para determinar
o uso do adjetivo como predicado, mas a posição do artigo, sim. Veja os
exemplos abaixo:
C. Substantival
Por sua vez, o adjetivo pode assumir a função de um substantivo, daí
a função substantival do adjetivo. Esse processo também ocorre na língua
portuguesa e é chamado de substantivação (BECHARA, 2009, p.173-174).
Em português, o adjetivo funciona como substantivo quando é precedido
por um artigo. Exemplo: Só os fortes sobrevivem.
Ordinariamente, o mesmo processo ocorre no grego koinê. Por isso,
quando o adjetivo for precedido por um artigo e não modificar nenhum
substantivo, o adjetivo funcionará como um substantivo.
Exemplos:
o( pisto/j O fiel
o( a(/gioj O santo
n( a)gaqh/ A boa
2. Declinação do adjetivo
Masculino Neutro
Singular Plural Singular Plural
Nominativo oj oi(/ o/n a(/
Genitivo ou= w=n ou= wn
Dativo %= oi=j %= oi/j
Acusativo o/n ou/j o(/n a(/
A próxima tabela relaciona os sufixos de Primeira Declinação (femininos).
Lembre-se de que existem duas formas sufixais para os adjetivos femininos.
Observe sempre que as raízes terminadas em vogal ou com a consoante r
têm como paradigma o sufixo –a, enquanto que os adjetivos terminados em
consoante (com exceção do r) têm como paradigma o sufixo –h. Veja:
u NI D A D E 2 • 81
Feminino Feminino
Raiz terminada em vogal ou r Raiz terminada em consoante
Singular Plural Singular Plural
Nominativo a/ ai h( ai(
Genitivo a/j w=n h=j w=n
Dativo # aij $= ai=j
Acusativo an aj h/n a/j
Por sua vez, os adjetivos que seguem esse padrão no caso nominativo e ter-
minam em -hj seguirão o paradigma feminino de Terceira Declinação [aplican-
do-o tanto ao masculino quanto ao feminino] e o paradigma neutro de Terceira
Declinação. Observe a tabela abaixo para perceber como isso funciona:
Masculino – Feminino Neutro
Singular Plural Singular Plural
Nominativo plh/rhj plh/r-ei=j plh/r-e/j plh/r-h=
Genitivo plh/r-ouj plh/r-w=n plh/r-ouj plh/r-w=n
Dativo plh/r-ei plh/re-si(n) plh/r-ei plh/re-si(n)
Acusativo plh/r-h= plh/r-ei=j plh/r-e/j plh/r-h=
u NI D A D E 2 • 83
MasculinoFeminino Neutro
-tera -ion
Por fim, a forma superlativa propõe destacar o grau mais elevado acerca
de alguém ou de algo. Contudo, como alguns argumentam, essa forma é
muito rara no Novo Testamento (ROBERTSON, 1919, p.278-281; REGA;
BERGMANN, 2004, p.317). Desse modo, na maioria das ocorrências do
superlativo, a intensão do texto é “realçar, ou enfatizar, o elevado grau da
qualidade expressa pelo adjetivo” (REGA; BERGMANN, 2004, p.317). Esse
sentido é denominado elativo.
Os adjetivos superlativos também podem ser divididos em regulares e
irregulares. Os regulares são formados pela sufixação dos adjetivos positivos
regulares. Os sufixos superlativos são:
Observe os exemplos:
RESUMO
AUTOATIVIDADE
B. Vocabulário II
Hoje você terá mais um vocabulário para estudar. Este contém apenas
adjetivos
u NI D A D E 2 • 89
C. Você já conhece substantivos, artigos e adjetivos; que tal usá-los para for-
mar frases nominais (frase sem verbo)? Use os vocabulários estudados e as
autoatividades dos capítulos anteriores para formular as frases:
1.
2.
3.
4.
5.
10. o( kle/pthj ou)k e)/rxetai ei) mh\ i(/na kle/yv kai\ qu/sv kai\ a)pole/sv: e)gw\
h)=lqon i(/na zwh\n e)/xwsin kai\ perisso\n e)/xwsin. 11. )Egw/ ei)mi o( poimh\n o(
kalo/j: o( poimh\n o( kalo\j th\n yuxh\n au)tou= ti/qhsin u(pe\r tw=n proba/twn:
12. o( misqwto\j kai\ ou)k w)\n poimh/n, ou(= ou)k e)/stin ta\ pro/bata i)/dia, qewrei=
to\n lu/kon e)rxo/menon kai\ a)fi/hsin ta\ pro/bata kai\ feu/gei kai\ o( lu/koj
a(rpa/zei au)ta\ kai\ skorpi/zei 13. o(/ti misqwto/j e)stin kai\ ou) me/lei au)t%=
90 • GREGO
peri\ tw=n proba/twn. 14. )Egw/ ei)mi o( poimh\n o( kalo/j kai\ ginw/skw ta\ e)ma\
kai\ ginw/skousi/ me ta\ e)ma/, 15. kaqw\j ginw/skei me o( path\r ka)gw\ ginw/skw
to\n pate/ra, kai\ th\n yuxh/n mou ti/qhmi u(pe\r tw=n proba/twn.
Substantivos Adjetivos
Capítulo 4
Pronomes
1. Pronomes pessoais
14
O substantivo a que o pronome se refere se chama antencedente.
92 • GREGO
Exemplo:
legw = eu falo, eu digo a)mh\n le/gw soi, ou) mh\ e)ce/lqvj e)kei=qen,
e(/wj a)\n a)pod%=j to\n e)/sxaton kodra/nthn. [“Em verdade te digo que não
sairás dali, enquanto não pagares o último centavo”] – (Mateus 5.26)
Quando o pronome pessoal é usado, a sua função é dar ênfase. Daniel
explica que “em tais exemplos, há dois sujeitos explícitos, ou um explícito
acompanhado de outro implícito” (2009, p. 321). Um exemplo disso é a
oração de Jesus no Getsêmani:
Pa/ter mou, ei) dunato/n e)stin, parelqa/tw a)p’ e)mou= to\ poth/rion
tou=to: plh\n ou)x w(j e)gw\ qe/lw a)ll’ w(j su/. [“Meu Pai, se possível,
passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu
queres”] – (Mateus 26.39).
Nesse caso, o uso dos pronomes pessoais [e)gw/ e su/] sugerem que Je-
sus (e)gw) enfatiza a vontade do Pai (su/) em detrimento da sua própria.
Por fim, precisamos saber que o pronome pessoal também concorda
com o caso do antecedente. Sendo assim, o pronome pessoal declina consi-
derando o gênero, o número e o caso do antecedente. Contudo, na primeira
e na segunda pessoa, tanto do singular quanto do plural, há uma forma
comum para todos os gêneros. Somente na terceira pessoa é que o prono-
me pessoal flexiona para concordar com o gênero do antecedente. Logo, ele
precisa flexionar nos três gêneros: masculino, feminino e neutro.
Observe as tabelas abaixo:
1.1. Primeira pessoa
Singular Plural
Nominativo e)gw/ eu h(mei=j nós
Genitivo e)mou= / mou de mim, meu h(mo=n de nós, nosso
Dativo e)moi/ / moi a mim h(mi=n a nós
Acusativo e)me/ / me mim,me h(ma=n nos
Masculino
Singular Plural
Nominativo au)toj ele au)toi/ eles
Genitivo au)tou= dele au)tw=n deles
Dativo au)tw= a ele au)toi=j a eles
Acusativo au)to/n ele au)tou/j eles
Feminino
Singular Plural
Nominativo au)th/ ela au)tai/ elas
Genitivo aut)h=j dela au)tw=n delas
Dativo au)tv/ a ela au)tai=j a elas
Acusativo au)thn ela au)ta/j elas
Neutro
Singular Plural
Nominativo au)to/ ele/ela au)ta/ eles/elas
Genitivo aut)ou= dele/dela au)tw=n deles/delas
Dativo au)t%= a ele/ela au)toi=j a eles/elas
Acusativo au)to/ ele/ela au)ta/ eles/elas
2. Pronomes demonstrativos
Masculino
Singular Plural
Nominativo ou)toj este ou=toi/ estes
Genitivo tou=tou deste tou/twn destes
Dativo toutw= este tou/toij estes
Acusativo touto/n este tou/touj estes
Feminino
Singular Plural
Nominativo au)th/ esta au)tai/ estas
Genitivo tau/th=j desta tou/twn destas
Dativo tau/tv/ esta tau/tai=j estas
Acusativo tau/thn esta tau/taj estas
Neutro
Singular Plural
nominativo tou)to este/esta tau=ta estes/estas
genitivo tou/tou deste/desta tou/twn destes/destas
dativo tou/tw este/esta tou/toij estes/estas
acusativo tou=to este/esta tau/ta estes/estas
Exemplos:
Mateus 29.26: le/gw de\ u(mi=n, ou) mh\ pi/w a)p’ a)/rti e)k tou/tou tou= genh/
matoj th=j a)mpe/lou e(/wj th=j h(me/raj e)kei/nhj o(/tan au)to\ pi/nw meq’
u(mw=n kaino\n e)n tv= basilei/# tou= patro/j mou.
E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira,
até aquele dia em que o hei de beber, de novo, convosco, no reino de meu
Pai.
Atos 1.15: Kai\ e)n tai=j h(me/raij tau/taij a)nasta\j Pe/troj e)n me/s%
tw=n a)delfw=n ei)=pen h)=n te o)/xloj o)noma/twn e)pi\ to\ au)to\ w(sei\ e(kato\n
ei)/kosi:
Masculino
Singular Plural
Nominativo e)kei=noj aquele e)keinoi/ aqueles
Genitivo e)kei/nou daquele e)keinwn daqueles
Dativo e)kei/nw= Aquele e)keinoij aqueles
Acusativo e)kei/no/n Aquele e)keinouj aqueles
Feminino
Singular Plural
Nominativo e)kei=nh/ aquela e)kei=nai/ aquelas
Genitivo e)kei=nh=j daquela e)kei=nwn daquelas
Dativo e)kei=nv/ aquela e)kei=nai=j aquelas
Acusativo e)kei=nhn aquela e)kei=naj aquelas
Neutro
Singular Plural
Nominativo e)kei=no aquilo e)kei=na aquilo
Genitivo e)kei=nou daquilo e)kei=nwn daquilo
Dativo e)kei=nw aquilo e)kei=noij aquilo
Acusativo e)kei=no aquilo e)kei=na aquilo
Exemplos:
Mateus 9.31: oi( de\ e)celqo/ntej diefh/misan au)to\n e)n o(/lv tv= gv= e)kei/
nv.
Tiago 4.15: a)nti\ tou= le/gein u(ma=j, )Ea\n o( ku/rioj qelh/sv kai\ zh/somen
kai\ poih/somen tou=to h)\ e)kei=no
“Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como
também faremos isso ou aquilo”.
3. Pronomes interrogativos
De modo geral, os pronomes interrogativos são usados para fazerem
96 • GREGO
Singular
Plural
Romanos 3.1: Ti/ ou)=n to\ perisso\n tou= )Ioudai/ou h)\ ti/j h( w)fe/leia th=j
peritomh=j;
4. Pronomes indefinidos
Plural
Masc. Fem. Neutro Tradução
alguns/algumas, uns/umas,
Nominativo ti/nej ti/na
quaisquer
de alguns/algumas, uns/umas,
Genitivo ti/nwn ti/nwn
quaisquer
para alguns/algumas, uns/
Dativo ti/si(n) ti/si(n)
umas, quaisquer
a alguns/algumas, uns/umas,
Acusativo ti/naj ti/na
quaisquer
Mateus 24.23: to/te e)a/n tij u(mi=n ei)/pv, )Idou\ w(=de o( Xristo/j, h)/, (=Wde,
mh\ pisteu/shte:
“Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acredi-
teis”
5. Pronomes relativos
Segundo Black, “o pronome relativo se denomina assim, porque se ‘rela-
ciona com’ ou ‘se refere a’ um substantivo ou um pronome de outra oração”
(2009, p.6381). A forma mais comum do pronome relativo é o(/j (h(/ e o(/).
Em linhas gerais, o(/j promove a ligação entre os termos e as orações com o
objetivo de descrever ou explicar uma ideia.
Os pronomes relativos concordam com seus antecedentes em gênero,
número e caso. Portanto, é necessário estudar a declinação deles. Nas tabe-
las abaixo indicamos como ela se processa.
Mateus 5.22: e)gw\ de\ le/gw u(mi=n o(/ti pa=j o( o)rgizo/menoj t%= a)delf%=
au)tou= e)/noxoj e)/stai tv= kri/sei: o(\j d’ a)\n ei)/pv t%= a)delf%= au)tou=,
(Raka/, e)/noxoj e)/stai t%= sunedri/%: o(\j d’ a)\n ei)/pv, Mwre/, e)/noxoj
e)/stai ei)j th\n ge/ennan tou= puro/j.
“Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu
irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão
estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará
sujeito ao inferno de fogo”.
O pronome o(/j ocorre no texto para ligar as ideias das frase da oração,
relacionando a ira e os insultos ao irmão como atitudes dignas de jul-
gamento e de juízo.
6. “Pronomes possessivos”
Exemplo:
Mateus 6.9: Pa/ter h(mw=n o( e)n toi=j ou)ranoi=j, a(giasqh/tw to\ o)/noma/
sou:
“Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome...”
Mateus 5.3: Maka/ r ioi oi( ptwxoi\ t%= pneu/ m ati o( / t i au) t w= n e) s tin
h( basilei/ a tw= n ou) r anw= n .
7. Pronomes recíprocos
Os pronomes recíprocos são formados a partir do termo a(/lloj, que é
traduzido por outro.
Black nos lembra de que os pronomes recíprocos do Novo Testamento
ocorrem apenas no plural (2009, p.6474). Além disso, as ocorrências são
limitadas a três casos: genitivo, dativo e acusativo.
Genitivo a)llh/lwn Uns dos outros
Dativo a)llh/loij Uns aos outros
Acusativo a)llh/louj Uns (aos) outros
102 • GREGO
Exemplos:
Marcos 4.41: kai\ e)fobh/qhsan fo/bon me/gan kai\ e)/legon pro\j a)llh/
louj, Ti/j a)/ra ou(=to/j e)stin o(/ti kai\ o( a)/nemoj kai\ h( qa/lassa u(pakou/
ei au)t%=;
“E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é esse
que até o vento e o mar lhe obedecem?”
8. Pronomes reflexivos
Gálatas 2.18: ei) ga\r a(\ kate/lusa tau=ta pa/lin oi)kodomw=, paraba/thn
e)mauto\n sunista/nw.
RESUMO
AUTOATIVIDADE
Pessoais
Demonstrativos
Interrogativos
Indefinidos
“Possesisvos”
Relativos
Recíprocos
Reflexivos
Capítulo 5
Preposições
r( u = s ai h( m a= j a) p o\ tou = ponhrou= .
preposição objeto da preposição
2. As preposições e os casos
caso genitivo, enquanto que meta/ e dia/ regem o caso genitivo, mas podem
reger o caso acusativo).
RESUMO
AUTOATIVIDADE
1. )En a)rxv= h)=n o( lo/goj, kai\ o( lo/goj h)=n pro\j to\n qeo/n, kai\
qeo\j h)=n o( lo/goj. 2. ou(=toj h)=n e)n a)rxv= pro\j to\n qeo/n. 3. pa/nta di’
au)tou= e)ge/neto, kai\ xwri\j au)tou= e)ge/neto ou)de\ e(/n. o(\ ge/gonen 4. e)
n au)t%= zwh\ h)=n, kai\ h( zwh\ h)=n to\ fw=j tw=n a)nqrw/pwn: 5. kai\ to\ fw=j
e)n tv= skoti/# fai/nei, kai\ h( skoti/a au)to\ ou) kate/laben. 6. )Ege/
neto a)/nqrwpoj a)pestalme/noj para\ qeou=, o)/noma au)t%= )Iwa/nnhj:
7.` ou(=toj h)=lqen ei)j marturi/an, i(/na marturh/sv peri\ tou= fwto/j, i(/na
pa/ntej pisteu/swsin di’ au)tou=. 8. ou)k h)=n e)kei=noj to\ fw=j, a)ll’ i(/na
marturh/sv peri\ tou= fwto/j. 9. )=Hn to\ fw=j to\ a)lhqino/n, o(\ fwti/zei pa/
nta a)/nqrwpon, e)rxo/menon ei)j to\n ko/smon. 10. e)n t%= ko/sm% h)=n, kai\ o(
ko/smoj di’ au)tou= e)ge/neto, kai\ o( ko/smoj au)to\n ou)k e)/gnw.
Diretiva
Locativa
Ablativa
114 • GREGO
Acusativo
Dativo
Genitivo
Adjetivos: https://www.youtube.com/watch?v=aK0Wpvmo_6U&index=
4&list=PLzxJwawniYZjMcgycHvuziTU_F3mWy2jp
u NI D A D E 2 • 115
Unidade 3
Capítulo 1
1.1. Modo
Black argumenta que o modo “se refere à maneira pela qual o falante
120 • GREGO
1.2. Tempo
Na língua portuguesa, os tempos verbais são basicamente três: presen-
te, pretérito [passado] e futuro (NETO; INFANTE, 2008, p.129; BECHARA,
2009, p.263,264). A ênfase é o elemento temporal relacionado à ação (ex:
Eu faço, eu fiz, eu farei). Porém, na língua grega, essa é uma questão um
pouco mais complexa. No grego koinê, os tempos verbais expressam dois
elementos distintos: 1) o temporal e 2) o aspecto da ação do verbo. Por isso,
ter em mente apenas o elemento temporal no estudo do grego koinê é “um
u NI D A D E 3 • 121
1.3. Voz
De acordo com Daniel, “a voz é aquela propriedade do verbo que indica
como o sujeito se relaciona com a ação (ou o estado) expressa pelo verbo”
(2009, p.408). De maneira simples, as vozes verbais no grego koinê podem
ser resumidas em três: 1) ativa, 2) passiva, 3) média.
A. Ativa – A voz ativa é a mais utilizada no Novo Testamento. Ela indi-
ca que o sujeito é o autor da ação.
B. Passiva – A voz passiva é a segunda mais utilizada no Novo Testa-
mento. Ela indica que o sujeito é quem sofre a ação
C. Média – A voz passiva é a menos utilizada no Novo Testamento.
Ela indica que o sujeito é tanto o autor da ação quanto o sofredor da ação.
Segundo Daniel, a nuance a ser considerada aqui é que o verbo “enfatiza a
participação do sujeito” (2009, p.414).
Singular Plural
1ª Pessoa lu/w lu/omen
2ª Pessoa lu/eij lu/ete
3ª Pessoa lu/ei lu/osi(n)
2. Conjugação
A conjugação é o conjunto das flexões que ocorrem com uma forma
verbal. Ao conjugar um verbo, estamos desenvolvendo o seu sentido, tendo
em vista os seus elementos modificadores (i.e. modo, tempo, voz). Além
disso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração. Sendo assim, deve-
mos considerar que os verbos no grego koinê concordam com o sujeito em
número e pessoa.
No sistema verbal grego, não ocorre a flexão com base nos casos. Tais flexões
] são uma característica do sistema nominal e não tem qualquer implicação sobre
as flexões verbais. Os verbos também não flexionam quanto ao gênero.
A. Prefixos: O verbo grego pode receber dois prefixos. Eles são deno-
minados aumento e reduplicação.
O aumento ocorre apenas no indicativo, nos tempos imperfeito, aoristo
e mais-que-perfeito. No caso de haver uma reduplicação, o aumento é sem-
pre o antecedente. Veja os exemplos abaixo:
e)/-lu-sa
e)-le/-lu/-kei-men
e)-le/-lu/-kei-men
B. Sufixos: O verbo pode receber até três sufixos. São eles: sufixo
temporal, vogal auxiliar ou temática e terminação pessoal.
O sufixo temporal é inserido logo após a raiz. Ele indicará o tempo a que
o verbo se refere. Há quatro sufixos temporais:
D. A terminação pessoal
Esta terminações indica a pessoa, o número e a voz em que o verbo
está sendo conjugado. As terminações pessoais precisam ser estudadas e
conhecidas para facilitar o seu reconhecimento e a sua compreensão. Na
tabela abaixo você encontrará as formas das terminações pessoais, sem as
vogais temáticas.
Terminações Pessoais
Voz ativa
Tempos Primários Tempos secundários
1ª Pessoa --- -n
Singular 2ª Pessoa -j -j
3ª Pessoa -- -(n)/ (-san)
1ª Pessoa -men -men
Plural 2ª Pessoa te -te
3ª Pessoa -si(n) -si(n)
Voz passiva e média
Tempos Primários Tempos secundários
1ª Pessoa -mai -mhn
Singular 2ª Pessoa -sai -so
3ª Pessoa -tai -to
1ª Pessoa -meqa -meqa
Plural 2ª Pessoa -sqe -sqe
3ª Pessoa -ntai -nto
3. Grupos Verbais
Os verbos gregos são dividos em grupos, considerando a terminação.
O primeiro grupo é formado pelos verbos que possuem terminação em -w
(exemplo: lu/w, ba/llw, ka/lew) e formam o maior grupo do sistema verbal
grego. Esses verbos são chamados de verbos temáticos, porque possuem
uma vogal auxiliar ou temática (-e ou -o), sendo que na primeira pessoa
do plural essa vogal é alongada e se torna –w, funcionando como infinitivo
do verbo.
O segundo grupo é formado pelos verbos com terminação em -mi.(di/
dwmi, ei)mi/). Este grupo dispensa a vogal temática, por isso, estes verbos
são chamados de atemáticos. As formas verbais atemáticas constituem o
menor grupo verbal do grego koinê. Segundo alguns autores, eles são uma
forma verbal antiga e que caíram em desuso no grego moderno, mas que
possuem grande importância para o grego neotestamentário (SCHALKWI-
JK, 1994, p.154; BLACK, 2009, p.807-814).
Também deve-se dizer que há alguns verbos que se comportam de
maneira incomum, demonstrando algumas peculiaridades. Nesse contexto
estão os verbos contraídos e os verbos defectivos (por exemplos: file/w,
tima/w, doulo/w e didwmi). E, ainda temos o verbo ei)mi/, que é o mais
usado no Novo Testamento e que, apesar de pertencer ao grupo dos verbos
atemáticos (-mi), merece um tratamento à parte.
Sendo assim, podemos considerar que o sistema verbal é relativamente
complexo e que exige um estudo cuidadoso. Por essa razão, divideremos
o nosso estudo em duas partes. A primeira será estudada nesta unidade e
englobará os verbos temáticos (-w) e o verbo ei)mi/. A segunda parte, com-
posta pelos verbos contraído, defectivos e atemáticos (-mi) será estudada
no próximo semestre.
Bem vindo ao universo dos verbos gregos!
u NI D A D E 3 • 127
RESUMO
AUTOATIVIDADE
Presente
Futuro
Aoristo
Imperfeito
Perfeito
Mais-que-perfeito
Como dissemos, iniciaremos o estudo dos verbos gregos a partir dos ver-
bos temáticos. Neste capítulo você aprenderá o processo de conjugação dos
verbos deste grupo. Também aprenderá como reconhecer o sentido dado ao
verbo por seu modo.
Ao estudar, esteja sempre pronto a rever o capítulo anterior. Também
use um caderno à parte para exercitar a conjugação. Esse é um trabalho que
exige repetição e treino. Pode parecer difícil, mas será gratificante à medida
que você começar a reconhecer o verbos no texto bíblico.
1. Indicativo
Voz Média
1ª Pessoa lu/-o-mai Eu solto para mim
Singular 2ª Pessoa lu/-v Tu soltas para ti
3ª Pessoa lu/-e-tai Ele solta para si
1ª Pessoa lu-o/-meqa Nós soltamos para nós
Plural 2ª Pessoa lu/-e-sqe Vós soltais para vós
3ª Pessoa lu/-o-ntai Eles soltam para si
Exemplo:
lu/etai u(po/ Xristou = Ele está sendo liberto por Cristo.
Exemplo:
lu/etai lo/g% = Ele está sendo liberto pela palavra.
Voz Passiva
1ª Pessoa e)/-lu-o-mhn Eu estava sendo solto
Singular 2ª Pessoa e)/-lu-o-u Tu estavas sendo solto
3ª Pessoa e)/-lu-e-to Ele estava sendo solto
1ª Pessoa e)/-lu-o-meqa Nós estávamos sendo soltos
Plural 2ª Pessoa e)/-lu-seqe Vós estáveis sendo soltos
3ª Pessoa e)/-lu-o-nto Eles estavam sendo soltos
Voz Média
1ª Pessoa e)/-lu-o-mhn Eu estava soltando para mim
Singular 2ª Pessoa e)/-lu-o-u Tu estavas soltando para ti
3ª Pessoa e)/-lu-e-to Ele estava soltando para si
1ª Pessoa e)/-lu-o-meqa Nós estávamos soltando para nós
Plural 2ª Pessoa e)/-lu-seqe Vós estáveis soltando para vós
3ª Pessoa e)/-lu-o-nto Eles estavam soltando para si
Voz Ativa
1ª Pessoa le/-lu/-kamen Nós temos solto
Plural 2ª Pessoa le/-lu/-kate Vós tendes solto
3ª Pessoa le/-lu/-kan Eles têm solto
Voz Média
1ª Pessoa le/-lu/-mai Eu tenho solto para mim
Singular 2ª Pessoa le/-lu/-sai Tu tens solto para ti
3ª Pessoa le/-lu/-tai Ele tem solto para si
1ª Pessoa le/-lu/-meqa Nós temos solto para nós
Plural 2ª Pessoa le/-lu/-sqe Vós tendes solto para nós
3ª Pessoa e)/-lu/-sa-nto Eles soltaram para si
Como você deve ter observado, novamente a voz passiva e média pos-
suem as mesmas terminações. A regra para distinguir a voz é a mesma
usada no Presente do Indicativo: u(po com genitivo e dativo instrumental.16
Voz Passiva
1ª Pessoa e)-le/-lu/-mhi Eu tinha sido solto
Singular 2ª Pessoa e)-le/-lu/-so Tu tinhas sido solto
3ª Pessoa e)-le/-lu/-to Ele tinha sido solto
1ª Pessoa e)-le/-lu/-meqa Nós tínhamos sido soltos
Plural 2ª Pessoa e)-le/-lu/-sqe Vós tínheis sido soltos
3ª Pessoa e)-le/-lu/-nto Eles tinham sido soltos
Voz Média
1ª Pessoa e)-le/-lu/-mhi Eu tinha solto para mim
Singular 2ª Pessoa e)-le/-lu/-so Tu tinhas solto para ti
3ª Pessoa e)-le/-lu/-to Ele tinha solto para si
1ª Pessoa e)-le/-lu/-meqa Nós tínhamos solto para nós
Plural 2ª Pessoa e)-le/-lu/-sqe Vós tínheis solto para nós
3ª Pessoa e)-le/-lu/-nto Eles tinham solto para si
2. Subjuntivo
Como já estudamos, o subjuntivo é o modo da possibilidade ou da pro-
babilidade. Ele expressa o desejo quanto à ação. Ao contrário do indicativo,
17
Confira o uso da regra: Unidade III. Capítulo 2. Item 1.1. Presente do indicativo
u NI D A D E 3 • 139
Voz Ativa
1ª Pessoa lu/-w Que eu solte
Singular 2ª Pessoa lu/-v-j Que tu soltes
3ª Pessoa lu/-v Que Ele solte
1ª Pessoa lu/-w-men Que nós soltemos
Plural 2ª Pessoa lu/-h-te Que vós solteis
3ª Pessoa lu/-w-si(n) Que eles soltem
Voz Passiva
1ª Pessoa lu/-w-mai Que eu seja solto
Singular 2ª Pessoa lu/-v Que tu sejas solto
3ª Pessoa lu/-h-tai Que ele seja solto
1ª Pessoa lu-w/-meqa Que nós sejamos soltos
Plural 2ª Pessoa lu/-h-sqe Que vós sejais soltos
3ª Pessoa lu/-w-ntai Que eles sejam soltos
Voz Média
1ª Pessoa lu/-w-mai Que eu solte para mim
Singular 2ª Pessoa lu/-v Que tu soltes para ti
3ª Pessoa lu/-h-tai Que Ele solte para si
1ª Pessoa lu-w/-meqa Que nós soltemos para nós
Plural 2ª Pessoa lu/-h-sqe Que vós solteis para vós
3ª Pessoa lu/-w-ntai Que eles soltem si
140 • GREGO
Voz Passiva
1ª Pessoa lu-q-w= Que eu solte para mim
Singular 2ª Pessoa lu-q-v-=j Que tu soltes para ti
3ª Pessoa lu-q-v= Que ele solte para si
1ª Pessoa lu-q-w-=men Que nós soltemos para nós
Plural 2ª Pessoa lu-q-h-=te Que vós solteis para vós
3ª Pessoa lu-q-w=-si(n) Que eles soltem para si
Voz Média
1ª Pessoa lu/-w-mai Que eu solte para mim
Singular 2ª Pessoa lu/-v Que tu soltes para ti
3ª Pessoa lu/-h-tai Que Ele solte para si
1ª Pessoa lu-w/-meqa Que nós soltemos para nós
Plural 2ª Pessoa lu/-h-sqe Que vós solteis para vós
3ª Pessoa lu/-w-ntai Que eles soltem si
3. Imperativo
Voz Passiva
1ª Pessoa ------------ ------------
Singular 2ª Pessoa lu/-ou Sê solto
3ª Pessoa lu-e/-sqw Seja solto
1ª Pessoa ------------ ------------
Plural 2ª Pessoa lu/-e-sqe Sede soltos
3ª Pessoa lu-e/-sqwsan Sejam soltos
142 • GREGO
Voz Média
1ª Pessoa ------------ ------------
Singular 2ª Pessoa lu/-ou Solta para ti
3ª Pessoa lu-e/-sqw Solte para si
1ª Pessoa ------------ ------------
Plural 2ª Pessoa lu/-e-sqe Soltai para vós
3ª Pessoa lu-e/-sqwsan Soltem para si
Voz Passiva
1ª Pessoa ------------ ------------
Singular 2ª Pessoa lu/-qh-ti Sê solto
3ª Pessoa lu-qh-/tw Seja solto
1ª Pessoa ------------ ------------
Plural 2ª Pessoa lu/-qh-te Sede soltos
3ª Pessoa lu-qh/-twsan Sejam soltos
u NI D A D E 3 • 143
Voz Média
1ª Pessoa ------------ ------------
Singular 2ª Pessoa lu/-sa-i Solta para ti
3ª Pessoa lu-sa-/sqw Solte para si
1ª Pessoa ------------ ------------
Plural 2ª Pessoa lu/-sa-sqe Soltai para vós
3ª Pessoa lu-sa-/sqwsan Soltem para si
4. Optativo
Voz Média
1ª Pessoa lu-oi/-men Que eu solte para mim
Singular 2ª Pessoa ------------ ------------
3ª Pessoa ------------ ------------
1ª Pessoa ------------ ------------
Plural 2ª Pessoa ------------ ------------
3ª Pessoa ------------ ------------
Voz Passiva
1ª Pessoa lu-q-ei-mi Que eu seja solto
Singular 2ª Pessoa ------------ ------------
3ª Pessoa ------------ ------------
1ª Pessoa ------------ ------------
Plural 2ª Pessoa ------------ ------------
3ª Pessoa ------------ ------------
u NI D A D E 3 • 145
RESUMO
AUTOATIVIDADE
1ª S 1ª S
2ª S 2ª S
3ª S 3ª S
1ª P 1ª P
2ª P 2ª P
3ª P 3ª P
1ª S 1ª S
2ª S 2ª S
3ª S 3ª S
1ª P 1ª P
2ª P 2ª P
3ª P 3ª P
Capítulo 3
Verbo Ei)Mi/
be está para a língua inglesa. Portanto, é o contexto que dirá qual o conceito
está sendo comunicado. Veja os exemplos abaixo:
João 10.11 )Egw/ ei)mi o( poimh\n o( kalo/j [Eu sou o bom pastor]
Mateus 24.40 to/te du/o e)/sontai e)n t%= a)gr%= [Então, estarão dois
no campo]
Outra característica do verbo ei)mi/ é que ele não possui voz. Isso ocorre
porque ele descreve um estado do ser e não uma ação. Por isso não se pode
falar em voz ativa, passiva ou média (BLACK, 2009, p.978).
Além disso, as principais formas do verbo ei)mi/ são encontradas em três
modos: indicativo, subjuntivo e imperativo.
Conhecer a sua conjugação é importante, pois ajudará de maneira mui-
to significativa na leitura do texto bíblico do Novo Testamento.
2.1. Indicativo
Lembre-se: o indicativo é o modo da realidade. No caso do verbo ei)mi/,
trata-se informar o estado do sujeito no momento em que ele é descrito.
Presente do Indicativo
1ª Pessoa ei)mi/ eu sou/estou
Singular 2ª Pessoa ei)= tu és/estás
3ª Pessoa e)sti/(n) ele é/está
19
Os verbos de terminação atemática e outras formas verbais serão estudados em Grego II.
u NI D A D E 3 • 149
Presente do Indicativo
1ª Pessoa e)sme/n eu sou/estou
Plural 2ª Pessoa e)ste/ tu és/estás
3ª Pessoa ei)si/(n) ele é/está
O verbo ei)mi/ também pode ser usado com um sentido impessoal. Neste
caso, a forma verbal comunica a ideia do verbs haver. Isto ocorre em ora-
ções sem sujeito (MCLEAN, 2011, p.35; BLACK, 2009. p.1214). Observe
o exemplo:
Por fim, o verbo ei)mi/ tem como predicativo um nominativo. Craig Price
argumenta que isso ocorre porque o e)imi/ expressa um estado e não uma
ação (ao contrário dos verbos que indicam ação (2008, p.20). Um exemplo
disso é 1ª Coríntios 1.9. Veja:
pisto\j o( Qeo\j
150 • GREGO
Com um olhar atento, você perceberá que o verbo recebe o s como ele-
mento temporal do futuro. Além disso, compare as terminações pessoais.
Elas são exatamente as mesmas do presente do indicativo passivo, que você
já aprendeu.
2.2. Subjuntivo
O segundo modo no qual o verbo ei)mi/ é conjugado é o subjuntivo.
Aprendemos que o subjuntivo é o modo da possibilidade. No caso do verbo
ei)mi/, o subjuntivo expressa o desejo de que um determinado estado seja
vivenciado. Neste modo, encontraremos apenas o tempo presente.
u NI D A D E 3 • 151
2.2.2. Imperativo
Aprendemos, anteriormente, que o imperativo é o modo do apelo à von-
tade. Como ocorre no subjuntivo, o imperativo também é conjugado apenas
no presente. Um diferencial do imperativo é que ele é conjugado apenas na
segunda e na terceira pessoa, tanto do singular quanto do plural.
RESUMO
AUTOATIVIDADE
Forma Conjugação
1.
2.
u NI D A D E 3 • 155
3.
4.
5.
B. Existem, no mercado, vários programas que podem ajudá-lo no estudo das Es-
crituras e na compreensão do texto bíblico.
Acesse: http://www.bibleworks.com
BLACK, David Alan. Learn to read New Testament greek. Nashville. B&H.
2009. [Kindle Edition]
CATACH, Nina (org). Para uma teoria da língua escrita. São Paulo. Ática.
1996.
HORTA, Guida Nedda Barata Parreiras. Os gregos e seu idioma. 4 ed. Tomo
1. Rio de Janeiro. Di Giorgio. 1991.
LUFT, Celso Pedro. Moderna Gramática Brasileira. 2 ed. São Paulo. Globo.
2002.
160 • GREGO