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APONTAMENTOS DE APOIO

DISCIPLINA DE IEC (INFORMAÇÃO EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO)

10ª CLASSE

HUAMBO, 2022

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ELABORADO POR: DRª CELINA YOLANDA DA SILVA, (COORDENADORA DO ITS)
DR.AUGUSTO DA SILVA MARQUES, DR ANTONIO NGUNZA, DRª AMALIA CHISSOCA, DRª
BENEDITA LUCAMBA, DR CARLOS NHANGA DR EMANUEL KUFUMA, DR DOMINGOS
URBANO,DR FREDERICO DINIS, DR JOSÉ CANDIMBA DRª ROSA CHISSINGUI,DR LEONARDO
BONGUE..2022
UNIDADE I- IEC (INFORMAÇÃO EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO)

1.1-Conceito
1.2-Importância
1.3- Processo de Comunicação
1.4- Tipos e Funções da Comunicação

1.INTRODUÇÃO

Desde que o homem é homem a comunicação se fez necessária para o desenvolvimento


das sociedades. Desenvolver uma comunicação efectiva não é algo que sucede de forma
natural, é um processo altamente complexo que deve ser entendido. A comunicação
constitui um elemento chave nas relações humanas. A Informação, a Educação e a
Comunicação, enquanto campos separados de ação em saúde têm cada qual, sua
história peculiar.
A informação no contexto da saúde tem estado associada à organização de sistemas de
dados com o objetivo de apoiar a tomada de decisões, para intervenção em uma dada
realidade. Assim, o papel da informação em saúde tem sido entendido como subsídio
a essa intervenção; no entanto ela deve contribuir para o entendimento de que a
“realidade de saúde que traduz, deve influenciar decisões e modificar perceções.

O profissional de saúde é uma pessoa que participa do trabalho de tornar a sua


comunidade um lugar sadio de se viver.

O núcleo fundamental do serviço de saúde é o relacionamento entre o profissional de


saúde e o utente. Trata-se de um relacionamento profissional, baseado na confiança e no
respeito. Para estabelecer um relacionamento através do qual o enfermeiro e outros
profissionais de saúde possam ajudar o utente, é necessário que eles possuam
habilidades de comunicação, já que sem elas, nenhum relacionamento será possível.

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Para a resolução tanto de problemas humanos quanto os problemas de saúde é
necessário que o profissional de saúde tenha o seguinte perfil;

1-Ser Bondoso (a); uma palavra de amizade, um sorriso, ou qualquer outro gesto de
bondade significa muitas vezes mais do que qualquer outra coisa que faças. O enfermeiro
tem que tratar os outros como pessoas iguais a ele.
2-Ensinar o que sabes: um técnico de saúde deve ter a obrigação de ensinar o que
sabe. Sobretudo deve ajudar as pessoas a aprender a promover a saúde e prevenir as
doenças.
3-Respeitar as tradições e ideias dos outros: nunca se deve dizer as pessoas que
estão erradas, sem que lhe expliquemos o porquê. Ajude as pessoas como devem fazer
as coisas diferentes e a construir uma vida melhor usando o conhecimento, a sabedoria e
a habilidade que possuem.
4-Reconheça suas próprias limitações: importa que o técnico de saúde faça só o que
sabe fazer do ponto de vista técnico, para não prejudicar ou mesmo matar outras
pessoas. Não tente fazer coisas para as quais não se sente seguro. Use o bom senso.
5-Aprender continuamente: Importa que o técnico de saúde (enfermeiro, analista,
radialista) estude os livros ou busque informações que lhe possa ajudar a se tornar um
excelente profissional. Nunca deixe de escapar a oportunidade de fazer cursos ou receber
treinamento adicional.
6-Pratique o que você ensina: Como líder da equipa de serviço de saúde, um bom líder
não diz o que as pessoas devem fazer, ele dá exemplo. As pessoas normalmente
prestam mais atenção ao que você faz do que ao que você diz.
7-Mostre alegria: havendo remuneração como não nunca recuse atender alguém, use o
bom censo, atenta todas pessoas de igual forma. Atenta bem o pobre que não pode
pagar-te, só assim ganharás o amor e o respeito das pessoas (utentes). Esse gesto vale
mais que o dinheiro. Torne o teu lugar de trabalho na comunidade o mais alegre e
divertido.
8-Pense no Futuro: um bom profissional de saúde não espera que as pessoas de sua
área de jurisdição enfermem, ele está sempre atento ao curso dos estados mórbidos,
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procura prevenir as doenças antes que surjam. Estimular as pessoas a agir agora para se
protegerem a sua saúde e o bem-estar no futuro.
No campo da saúde, o relacionamento assistencial é conhecido, frequentemente, como
um relacionamento terapeutico, por quanto constitui o principal elemento para permitir que
o profissional de saúde assista o paciente. Um elemento essencial neste relacionamento
é a empatia. Uma outra característica do relacionamento assistencial é o respeito
mútuo. É necessário que o profissional de saúde respeite o utente para de igual modo ser
respeitado, caso deseje um relacionamento eficaz.
Tanto a empatia quanto o respeito mútuo contribuem para a criação de um clima de
confiança. É necessário que o paciente seja capaz de confiar no profissional como uma
pessoa encarregada principalmente e sobretudo do seu bem estar, antes que possa
aceita-la sem restrições. A confiança desenvolve-se lentamente á medida que uma
pessoa conheça a outra.
A sinceridade ou autenticidade é outra característica do relacionamento assistencial útil
na criação de um clima de confiança. A espontaniedade da resposta, a falta de defensiva
da parte do profissional e a ausência de uma atitude superior contribuem, todos para um
clima de sinceridade. Tem que haver quantidade de abertura de ambos os lados, contudo
na sua maioria os pacientes estão muito mais interessados em si mesmo ou em seus
próprios problemas, do que em qualquer outra pessoa, e isso constitui o foco real do
relacionamento.
Tanto o profissional quanto o paciente preocupam-se principalmente com as razões pelas
quais o paciente buscou ajuda. Existe então uma especificidade de propósito, para o
relacionamento. O objetivo do profissional é ajudar o paciente a preencher suas
necessidades de saúde. Ele desempenha esse papel através da utilização do processo
de enfermagem, na avaliação de suas necessidades, de forma a identificar seus
problemas imediatos e trabalhar com o paciente no sentido de solucionar esses
problemas.

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1.1-CONCEITOS
►IEC; é uma estratégia de crescimento intelectual com ações assentes no humanismo,
modificando comportamentos não desejáveis á sociedade.
A IEC Informação, Educação e Comunicação em Saúde serve para divulger e planejar
ações e informações, com o objetivo de dar início ao processo de mobilização social. A
comunicação prepara o terreno para as acções educativas e de intervenção, informa e
denuncia, faz controle social, dá visibilidade às acções, ao programa e às acções relativas
à area de saúde.
►INFORMAÇÃO; é um processo contínuo através do qual o técnico de saúde faz a
transmissão de conhecimentos aos seus assistidos.
É um conjunto organizado de dados que constitui uma mensagem sobre um determinado
assunto ou fenómeno.
Ferreira (2008) define informação como “factos conhecidos ou dados comunicados acerca
de alguém ou algo; tudo aquilo que, por ter alguma característica distinta, pode ser ou é
aprendido, assimilado ou armazenado pela percepção e pela mente humana”.
►EDUCAÇÃO: é um processo de crescimento gradual e intelectual que começa com os
reflexos naturais as reações espontâneas e automáticas aos estímulos.
Educação Segundo Freire (2013) a educação não deve ser uma mera transmissão de
conhecimento, mas criar uma possibilidade do educando construir o seu próprio
conhecimento baseado no conhecimento que ele traz de seu dia-a-dia. Nesta concepção,
educação em saúde é um processo transformador que ocorre fundamentalmente, com a
troca de saberes/ conhecimentos, com a acção reflexão. Possibilita a compreensão da
situação de saúde local e a actuação de todos na resolução dos problemas e agravos
existentes.

►COMUNICACÃO:
De acordo com Andrade & Medeiros (2001), Comunicação é uma palavra derivada do
termo latino "communicare", que significa "partilhar, participar algo, tornar comum". é um
processo de troca de informação.

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È o acto de transmitir e receber mensagens pela utilização de sinais ou de símbolos.
Comunicar é o ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens por meio de
métodos e/ou processos convencionais, que ocorre por meio da linguagem falada, escrita
e/ou sinais, símbolos; e aparelhos sonoros, eletrônicos, ou visuais.

Através da comunicação, os seres racionais e irracionais partilham diferentes informações


entre si, tornando o ato de comunicar uma atividade essencial para a vida em sociedade.

A finalidade da comunicação é pôr em comum não apenas idéias, sentimentos,


pensamentos, desejos, mas também compartilhar formas de comportamento, modos de
vida, determinados por regra de carácter social.
É importante ressaltar que a qualidade da comunicação no contexto da saúde é
fundamental para o sucesso dos seus projectos e programas de promoção da saúde e
qualidade de vida.
1.2- IMPORTÂNCIA DE IEC NA FORMAÇÃO DOS TÉCNICOS DE SAÚDE
A informação, Educação e Comunicação em saúde são processos combinados que visam
mudar comportamentos, actitudes e práticas negativas e reforço de comportamentos,
actitudes e práticas positivas tanto dos responsáveis dos serviços, como dos técnicos de
saúde e utentes. IEC é o meio para modificar condutas, efectuar mudanças e alcançar
metas.
1.3- PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
O processo de comunicação pode ser resumido em: Quem diz, o que, Com que intenção,
Como, Em que condição ou contexto, para quem e com que efeito.
O acto de comunicação ocorre por meio de um processo que envolve seis elementos.
Representado pelo seguinte esquema:
Emissor, mensagem, Código, canal, código comum, Receptor e o feedback.

1.3.1- ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

A comunicação é sempre um processo a dois. A comunicação é um processo que envolve


o envio e recepção da mensagem. Quando a mensagem não for recebida, neste caso
torna-se nula.
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Principais Elementos do Processo de Comunicação:

► Emissor. É aquele que transmite a mensagem seja ela oral, escrita, gestual,
desenhos. O emissor pode ser um indivíduo, grupo, empresa uma organização
informativa ( sites, blogs T.V. Rádio).

► Mensagem. É o conteúdo transmitido que pode ser virtual auditiva, visual e


audiovisual..

► Código Comum: (idioma), o emissor e o receptor devem falar o mesmo idioma ou a


mesma linguagem utilizada. Ao contrário é necessário que o receptor esteja conectado ao
adaptador (tradutor automático).

► Canal. É o meio utilizado para transmissão da mensagem que pode revista, jornal,
livros rádio, internet, telefone, tv.etc.

► Receptor. É o que recebe a mensagem (lê, vê, ouve). Pode ser uma pessoa ou grupo.

► Retro informação. É a informação de retorno (resposta ou feedback).

1.3.2- FACTOR QUE AFECTA A COMUNICAÇÃO

Ruído ou Interferência
Algo que interfere na comunicação, prejudicando-a. Existem quatro tipos de ruídos que
podem ser: Fisico, fisiológico, psicológico e semântico.

Físico - é de origem externa que dificulta o receptor de ouvir o que está sendo falado. Ex:
construções, transito intenso, música alta.
Fisiológico: são questões fisiológicas que bloqueiam a comunicação Ex.: dor devido
alguma doença.
Psicológico: é um ruido presente na mente da pessoa, que acaba impendindo o
entendimento da mensagem.
Semântico: ocorre quando ouvimos algo que possui um significo diferente ou quando a
mensagem que está sendo dado tem muitos significados técnicos.

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1.4- RECURSOS USADOS PARA ANULAR RUÍDOS

Redundância-. É um recurso utilizado para chamar a atenção e eliminar ruídos. Nesse


sentido, deve-se repetir frases e informações julgadas essenciais á compreensão do
receptor. é todo o elemento que não trás nenhuma informação nova.
Feedback- conjunto de sinais percetíveis que permitem conhecer o resultado da
mensagem (resposta). É o processo de dizer a uma pessoa como se sente em função do
que ele fez ou disse. Para isso, fazer perguntas e obter respostas, a fim de verificar se a
mensagem foi ou não recebida.

Aspectos que o técnico de saúde deve aprimorar na comunicação com utente:

● Passar a informação de forma coerente, clara e breve.

● Evitar falar demasiadamente rápido.

● Utilizar períodos curtos.

● Estabelecer um diálogo constante com o seu utente.

● Observar os procedimentos adequados para uma boa orientação individual, com apoio
de meios visuais.

● Evitar postula de superioridade, impaciência ou irritabilidade quando o usuário não


entende as informações transmitidas.

1.4.1-TIPOS E FUNÇÕES DE COMUNICAÇÃO


Tipos de comunicação:
Comunicação verbal, não verbal, e Mista
 Comunicação verbal
Quando a comunicação se realiza por meio de uma linguagem falada ou escrita. É uma
forma de comunicação exclusiva dos seres humanos e a mais importante nas sociedades
humanas. ex: conversas em bilhetes, cartões, emails, telefonemas.
 Comunicação não verbal: é aquela que não utiliza a palavra para estabelecer a
comunicação. É uma das facetas mais importantes da comunicação. Incorpora coisas
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como o modo com que usamos o nosso corpo, os nossos gestos e a nossa expressão
facial para transmitir uma mensagem.

Disto resulta que há maior ou menor exatidão daquilo que se quer transmitir. A exatidão
na comunicação, por outro lado, se refere ao ponto até onde o sinal básico transmitido
pelo emissor é recebido, sem distorções pelo receptor. Esta comunicação não-verbal
pode ser:

a)- Gestual - usada na comunicação com pessoas com deficiência de audição e fala.

b)- Sonora; concretizada através de sons, como toque da campainha, sirene e outros.

c)- Icónica- feita através de ícones, numa relação de semelhança. Como placas na via
pública identificando o hospital, obras, etc.

Comunicação Mista: refere-se a simultaneidade da verbal e a não-verbal, exemplo;


cartaz publicitário.

1.4.2.- DIFERENÇAS CULTURAIS NA COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL


Gestos de mão e braço, toque e contato visual (ou falta de contacto visual) são alguns
aspectos da comunicação não-verbal que podem variar significativamente dependendo do
contexto cultural de uma pessoa.
É claro, é importante lembrar que, dentro das culturas, há grande variação na
comunicação. Essa discussão pode ser usada para guiá-lo em sua comunicação, para
que você não ofenda alguém desnecessariamente.
Gestos
Alguns gestos comumente usados nos Estados Unidos podem ser ofensivos para alguém
de outra cultura. Um exemplo disso é o uso de um dedo ou mão para indicar que alguém
“venha aqui”. Em algumas culturas, esse gesto pode ser usado para chamar cachorros.
Apontar com um dedo não é feito em algumas culturas asiáticas e pode ser considerado
rude. Algumas culturas usam a mão inteira para apontar para algo.

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 Tocar
Nos Estados Unidos, é comum alguém dar um tapinha na cabeça de uma criança como
um gesto carinhoso. No entanto, em algumas culturas asiáticas, isso pode ser
considerado inadequado porque eles acreditam que a cabeça é uma parte sagrada do
corpo. Em muitas culturas muçulmanas, o contacto entre pessoas do sexo oposto que
não são relacionadas é inadequado.
 Contacto visual
Na cultura ocidental, o contato visual direto é entendido como sendo atento e honesto. Em
muitas culturas (hispânica, asiática e do Oriente Médio para exemplo), o contato visual
pode parecer desrespeitoso e rude. As mulheres em algumas culturas podem
especialmente evitar o contacto visual com os homens, uma vez que isso pode ser
considerado um sinal de interesse sexual.
- Quando você pensa em comunicação, as habilidades auditivas podem não vir
imediatamente à mente. No entanto, ouvir é um elemento fundamental em toda a
comunicação. Se você não receber a mensagem que está sendo enviada, a
comunicação não ocorreu.
Se você entende como ser um bom ouvinte, você será um trabalhador de saúde muito
melhor, cônjuge, amigo e comunicador.

 Funções da comunicação:
1-Função Informativa- É uma comunicação neutra; é uma transmissão objectiva de
factos.
Exemplos:
• Vai ser atendido às 10 horas.
• A sua factura está pronta.
• O chefe já chegou.
2-Função Emotiva- Implica admiração, tristeza, alegria, surpresa, cólera. Estes
sentimentos aparecem mal controlados. O tom de voz é determinante nesta função,
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• Lamento, mas enganou-se no dia da marcação.
• Alegro-me que esteja melhor.
3- Função Relacional- Neste tipo de comunicação estabelece-se uma relação agradável,
mas há temas que, o profissional não deve abordar, na relação com o cliente.
Exemplos:
. Futebol, telenovela, política, religião, racismo.
• Pode perguntar-se: Então essa saúde? Já se sente melhor?
4-Função Persuasiva- Esta função da comunicação é necessária quando se quer incitar
alguém à acção, fazer uma recomendação, modificar uma opinião ou agir sobre o
interlocutor.
Exemplos:
• Não se esqueça de telefonar para confirmar a hora da marcação.
• É importante que traga os documentos quando cá voltar.

1.5 NORMAS E PADRÕES DA LINGUAGEM ESCRITA E ORAL

Conceito de normas

As normas de linguagem consistem na variedade linguística de uso real dos falantes


que possuem maior contacto com a escrita.

A lingua, como objecto da linguistica, é um sistema formal composto de unidades que se


combinam entre si a partir de regras potencialmente conhecidas por todos os usuarios.
Apesar de as linguas nar]turais diferirem entre si, grade parte das leis gerais da lingua são
aplicáveis a qualquer realização linguistica adotada por um povo.

Todas as línguas descritas na actualidade possuem um sistema verbal, ou adoptam uma


sequencia sintatica para construir frases , ou ainda possuem elementos que se articulam
em dois niveis para formar enunciados inteligiveis. Ainda que algumas regras gerais
sejam comuns a todas as línguas, certos príncipios aplicam-se a umas e não a outras.

A norma linguistíca- é o conjunto de regras consensualmente estabelecidas que


organizam o conhecimento geral da língua e, particularmente, sistematizamos usos de
uma língua natural qualquer, como o portugues.

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A norma pode ser tomada como um conjunto geral de principios que servem para todas
as línguas (entre esses principios estão as categorias distintas do discurso, como os
nomes, os verbos, etc. Bem como as regras fonológicas, os padroões de ordem das
palavras, a dupla articulação, a variação e mudança, e muitos outros)

E também pode ser pensada no que diz respeito aos parâmetros de uma língua particular
( a ordem sujeito-verbo-objecto, do português, a flexão comlexa dos verbos do português,
a concordância nominal e verbal das linguas românticas.

Os primeiros etudiosos da linguística, ao observar o papel da norma, preferiram recortar


apenas aquilo que tornava semelhantes as línguas, postulando o ideal de uma norma
universal, aplicável a todos os usos, de modo a aproximar a língua do pensamento
universal humano.

A variedade linguística não é erro ou desvio. É uma forma legitima de uso de uma língua
que sofreu processos naturais de variação e mudança no seu desenvolvimento. Essas
variações podem ocorrer nos níveis fonético e fonológico (a realização efectiva de um
determinado som na língua, por exemplo o R retroflexo morfológico ( a realização de
uma concordância de numero, em que apenas um termo recebe a marca do plural, como
em as menina).

Sintático ( como a colocação pronominal, em orações do tipo me dá um cigarro) e


Semântico( encontrada na diferença lexical de diversas regiões, como os adjectivos dece
e melado)

A norma padrão da língua portuguesa é aquela que todos os falantes da língua


portuguesa entendem.

A norma padrão deve ser utilizada em concursos, redações, tribunais, entrevistas (de
emprego ou não), currículos, e em certos locais de trabalho. Sendo um conjunto de regras
e prescrições da gramática da língua.

Pode ser dividida em norma culta ou norma coloquial.

O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É


frequente em ambientes que exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em
sermões, apresentação de trabalhos científicos, em reuniões, etc. Logicamente, a escrita
também seguirá padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor científico.
O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea da língua. Independe de
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regras, apresenta gírias, restrição de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está
presente nas conversas com amigos, familiares, pessoas com quem temos intimidade. É
muito comum se ver o coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da internet,
como, no Orkut, blogs, etc.

A linguagem oral e a linguagem escritas são duas manifestações da linguagem verbal, ou


seja, da linguagem feita através de palavras. Tanto a linguagem oral como a linguagem
escrita visam estabelecer a comunicação.

Características da linguagem oral

- Há uma maior aproximação entre emissor e receptor.

- Estabelece um contacto directo com o destinatário.

- É mais espontânea e informal, usufruindo de maior liberdade.

- Há uma maior tolerância relativamente ao cumprimento da norma culta.

- É passageira e encontra-se em permanente renovação, não deixando qualquer registro.

- Não requer escolarização, sendo um processo aprendido socialmente.

- Usa recursos extralinguísticos como entonação, gestos, postura e expressões faciais


que facilitam a compreensão da mensagem.

- Não ocorre sempre linearidade de pensamento, sendo possível a existência de rupturas


e desvios no raciocínio.

- Apresenta repetições e erros que não podem ser corrigidos.

- Apresenta maioritariamente um vocabulário reduzido e construções frásicas mais


simples.

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Características de linguagem escrita

- Há um maior distanciamento entre emissor e receptor.

- Estabelece um contacto indireto com o destinatário.

- É mais formal, sendo mais pensada e planejada.

- Há um maior rigor gramatical e exigência de cumprimento da norma culta.

- Tem duração no tempo e pode ser relida inúmeras vezes porque tem registro escrito.

- Requer escolarização e uma aprendizagem formal da escrita.

- Todas as indicações necessárias para a compreensão da mensagem são feitas através


de pontuação e das próprias palavras.

- Exige linearidade, ou seja, a existência de uma sequência de pensamento clara e


estruturada.

- Possibilita a revisão do conteúdo e a correção dos erros.

- Deve apresentar um vocabulário variado e construções frásicas mais elaboradas.

Quando usar a linguagem oral e a linguagem escrita?


Essas duas formas de linguagem são usadas diariamente pelos falantes.
A linguagem oral é usada em conversas, diálogos, apresentações, telefonemas, aulas
e entrevistas.

1.5.1-TIPOS DE LINGUAGEM

Língua padrão- é constituída por um sistema de signos e regras próprias de uma


comunidade linguística, que permitem a todos os sujeitos falantes comunicarem entre si e

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compreenderem-se mutuamente, sejam eles de cultura rudimentar ou de elevada cultura.
Aproximam-se da língua padrão os textos dos manuais escolares, a linguagem do
professor e dos alunos nas aulas e todos os textos expositivos em que se vise a clareza e
a compreensão fácil.

Língua cuidada- encontramos nos discursos parlamentares, nas conferências. Usa um


vocabulário mais seleccionado e menos usual. Língua Literária e Poética apresenta as
características da língua cuidada, mas assume desvios da norma mais arrojados: figuras
de estilo e palavras estudadas para criar ambientes emotivos e poéticos.

Linguagem Científica é uma forma de linguagem caracterizada pela sua formalidade


e uso de símbolos e termos de ciência. É utilizada para a transmissão de conhecimento
especializado ou cientifico. Geralmente é transmitida atraves de mensagem escritas e
deve ser suportado por fontes confiaveis e domnstraç]oes científicas e técnicas. Afasta-se
da língua comum porque se refere a questões da Medicina, da Físico-Química, da
Biologia, etc..

Linguagem Técnica É constituída por palavras relativas a determinada profissão e se


usam nesse contexto: um mecânico de automóveis conhece o nome de todas as peças
de um motor, o que não sucede a qualquer falante.

Língua familiar A língua familiar é simples, não se afastando muito da língua padrão.
A língua padrão é constituída por um sistema de signos e regras próprias de uma
comunidade linguística, que permitem a todos os sujeitos falantes comunicarem entre si e
compreenderem-se mutuamente, sejam eles de cultura rudimentar ou de elevada cultura.
Aproximam-se da língua padrão os textos dos manuais escolares, a linguagem do
professor e dos alunos nas aulas e todos os textos expositivos em que se vise a clareza e
a compreensão fácil. Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se manifesta
nas diversas situações vividas.

A linguagem é qualquer conjunto de sinais que nos permite realizar atos de comunicação.
Dependendo dos sinais escolhidos, teremos uma comunicação verbal visual, auditiva, etc.
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A linguagem que mais utilizamos para praticar actos de comunicação é a língua,
que é um conjunto de palavras e regras para a combinação dessas palavras, utilizado
pelos membros de uma comunidade.

Dá-se o nome de fala à utilização que cada membro da comunidade faz da língua,
tanto na forma oral quanto na escrita. A forma oral se caracteriza por maior
espontaneidade do que a forma escrita. Dessa forma, em decorrência do caráter
individual da fala, pode-se observar que ela possui vários níveis, segue abaixo os mais
utilizados:

Formal (culto): é o nível de fala utilizado pelas pessoas cultas, em situações


formais. Caracteriza-se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às
regras estabelecidas. Observe o exemplo abaixo:

“Depois da campanha mais disputada e volátil dos últimos tempos, os resultados


parciais de apuração e as projeções dão a vitória ao democrata Bill Clinton nas eleições à
presidência dos Estados Unidos, realizadas ontem.”

Informal (coloquial/popular): é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu


dia-dia, sobretudo nas situações mais formais. Caracteriza-se pela espontaneidade, pois
não existe uma preocupação com as normas estabelecidas pela comunidade lingüística.
Observe o exemplo abaixo:

“Sei lá! Acho que tudo vai ficar legal. Pra que então ficar esquentando tanto? Me
parece que as coisas no fim sempre dão certo.”

Técnico (profissional): é a fala que alguns profissionais (advogados,


economistas, etc.) utilizam no exercício de suas actividades profissionais. Observe o
exemplo abaixo:

“Vamos directo ao assunto: interface gráfica ou não, muitas vezes, é preciso


trabalhar com o prompt do DOS, sendo aborrecedor esforçar-se na redigitação de
subdiretórios longos ou comandos mal digitados.”

Literário (artístico): é a utilização da língua como finalidade expressiva, como a


que é feita pelos artistas da palavra poetas e romancista. Observe o exemplo abaixo:

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“O céu jogava tinas de água sobre o noturno que me devolvia a São Paulo. O
comboio brecou, lento, para as ruas molhadas, furou a gare suntuosa e me jogou nos
óculos menineiros de um grupo negro.

“Sentaram-me num automóvel de pêsames.”

(Memórias Sentimentais de João Miramar. Oswald de Andrade)

UNIDADE II- METODOS DE COMUNICAÇÃO.


2.1- Conceito.

2.2- Tipos e formas de utilização.

2.2.1- Palestra.

2.2.2- Demostração da palestra.

2.2.3- Mesa Redonda (discussão em grupo).

2.2.4- Dramatização.

2.2.5- Entrevista.

4.2.5.1-Comunicacao Interpessoal.

Existem métodos e técnicas de ensino que o pessoal de saúde pode utilizar para a
realização das sessões de informação / educação /comunicação em saúde.
O conceito de métodos e técnicas são muitas vezes confundidos. Na elite académica não
existe consenso quanto a definição destes dois termos. As técnicas são componentes dos
métodos e várias técnicas são utilizadas dentro de alguns métodos.
Os métodos e técnicas em IEC em Saúde, são instrumentos que podem ser utilizados
para a efetivação de acções educativas.
O pessoal de saúde deve ser capaz de selecionar o método ou a técnica que mais se
adapta á realidade do grupo destinatário da mensagem, ao local, aos objectivos visados e
a sua própria capacidade de utilização.

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2.2- TIPOS E FORMAS DE UTILIZAÇÃO.
2.2.1- PALESTRA.
A palestra, consiste em reunir um grupo de pessoas com objectivo de transmitir noticia.
De caracter educativo ou aconselha-lo e modificar o ouvinte.

A palestra é composta por três pontos essenciais: introdução, desenvolviemto e


conclusão.

Ao planejar uma palestra o prestador (palestrante) deve levar em consideração não


apenas o seu propósito, como também a ocasião e o ambiente da palestra.

Esta forma de comunicação nos ajuda a transmitir conhecimentos e colher experiência


vividas pelo palestrados. É na palestra que entenderemos certas razões e os porquês da
existência, do sofrimento, das dificuldades.

Na palestra também encontramos roteiro de trabalho que pode mudar nossos passos,
radicalmente muitas vezes, da estagnação aflitiva para o trabalho vibrante que garante a
paz. A palestra nos dá a possibilidade de sentir a vibração amorosa dos espíritos
presentes no ambiente, dispostos e preocupados, com nossa condição mental,
procurando tudo fazer para que nos sintamos mais felizes e receptivos.

VANTAGENS DA PALESTRA.

1- Dá a condição de diálogo lúcido.


2- Transforma o âmbito corporativo em um espaço de maior predisposição.
3- Motivação direcionada.
4- Ampliação do rendimento de trabalho.
5- Estimula capacidades desconhecidas.
6- Autoconhecimento.
7- Apliação das próprias habilidades no trabalho.
8- Potencialização das competências.
9- Planificação de metas e objectivos.
10- Desperta a percepção para o trabalho em equipa.
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DESVANTAGENS DA PALESTRA.
1- Não trata casos particulares.
2- Os mais tímidos não participam.
3- Palestras de improviso são sempre amaçadas (desastre).
4- Quando há excesso de argumentos confunde o auditório.
5- Não se adapta ao excesso de humor, desculpas e sensacionalismo.

Palestras para grandes públicos requerem preparação continua e prática constante. Bons
palestrantes sabem como ninguem intercalar um assunto sério com alguma frase
espirituosa, sempre no contexto, dando a palestra uma sequência lógica.
MODO DE APRESENTAR A PALESTRA.

1- Lido, esboçado e decorado.


2- Criar um olhar de acção integradora na relação empresa/funcionário.
3- Viabilizar actividade de caracter colectivo.
4- Posicionamento sobre a situação global e a necessidade constante de integrar as
pessoas e as mudanças em nosso dia a dia.

Antes de terminar a palestra deve-se perguntar aos ouvintes se tem duvidas ou querem
dar algum contributo, para isso dar-lhes algum tempo para pensarem. Se tiverem tudo
compreendido fazer algumas perguntas consideradas fundamentais para que ninguém se
esqueça do que se tratou.

As últimas palavras devem deixar a mais forte impressão emocional possível para que os
ouvintes se disponham a querer crer e ouvir.

2.2.2- DEMOSTRAÇÃO NA PALESTRA.


É uma explicação que estabelece prova evidente e convincente. Pode ser uma prova
experimental.

É um método que se usa com vários ou um educando. Consiste em relatar, mostrar e


fazer.

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A demostração é muito utilizada nas sessões de educação em saúde porque acentua o
concreto ao visual. A memória visual é mais eficaz na maior parte das pessoas. Importa
sempre a ilustração visual sempre que possível.

Uma das habilidades mais uteis para os profissionais de saúde é fazer e usar figuras.
Uma figura vale (as figuras falam por si). Mas isso é válido se a figura diz o que voc~e
quer dizer, para aqueles que queres alcançar.

As figuras t~em significados diferentes para pessoas diferentes.

A expressão precisa combinar com a linguagem corporal (comunicação não verbal) e


reforçar a mensagem que se quer comunicar.

Quando usamos figuras para ensinar uma técnica, precisa haver pontos de referência que
as pessoas conhecem. É preciso ter cuidado para que as demostrações transmitam amor
e respeito. Para mostrar como se faz, algo ou como distinguir problemas de saúde, os
desenhos precisam ser reais com pormenores claros e precisos.

A demostração na comunicação é função básica da actividade na mediada em que se


reconhece que sua missão é identificar, mensurar e comunicar os eventos que afectam, a
linguagem utilizada na evidenciação contável, permite uma compreensão satisfatória dos
elementos que podem afectar as decisões de uma boa comunicação.

Vantagens da Demostração de Ilustração na palestra.


1- Estabelecer prova evidente e convincente.
2- Consiste em relatar, mostrar e fazer.
3- Desperta interesse no auditório ou nos aprendizes.
4- Valoriza a aprendizagem colectiva.

Desvantagem da demostração.
1- Quando for mal exibida cria confusão no auditório.
2- Quando o apresentador não for capaz de transmitir necessariamente a mensagem gera
monotonia.

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3- É muito delicada, requer cuidado redobrado na sua elaboração.

2.2.3 DISCUSSÃO EM GRUPO (DEBATE OU MESA REDONDA)

Definição: Mesa redonda é o exame de uma questão, no qual tomam parte algumas
pessoas de forma organizada. Destaca-se: um tema, um moderador e os participantes.

É um grupo reduzido que se reúne no intuito de estudar um problema, concretizar certos


propósitos ou atingir certos fins.

Objectivo da mesa Redonda.

1- A discussão em grupo oferece aos participantes as possibilidades de exporem os seus


receios, os seus problemas e troca de experiência sobre um determinado tema.
2- É eficaz na assimilação de reconhecimentos, modificação de atitudes.
3- É um grupo reduzido para facilitar a comunicação e a participação dos integrantes do
grupo.

Nesta forma de utilização os participantes e o orientador sentem-se respeitado como


pessoas capazes e torna-se numa forma divertida. Ao discutir determinado assunto e
comparando-o com as próprias experiencias, as pessoas tiram conclusões interessantes.

Numa mesa redonda todos aprendem uns com os outros. O jeito como algo é
apresentado é tão importante quanto aquilo que é apresentado. No jeito deeducar, o mais
importante é a atenção, o respeito e os interesses comuns. Infelizmente muitos
profissionais de saúde guardam cuidadosamente seus conhecimentos em vez de partilhar
com os outros. Muitas vezes usam seus conhecimentos em vez de partilhar com os outros
para ter poder e privilégios, ou então para cobrar caro pelos seus serviços.

O técnico de saúde precisa de ajudar a compreender que compartilhar conhecimentos e


habilidades é muito importante para melhorar a saúde das pessoas; ajuda as pessoas a
se tornar mais independentes. É um elo de melhoria da saúde, para que as pessoas
descubram os seus efeitos nocivos a saúde publica através de debates.

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Segundo a OMS a discussão em grupo deve reunir aproximadamente 5 a 12 participantes
pertencentes ao universo de interesse de pesquisa, com determinadas características de
homogeneidade. Os participantes são conduzidos a discutir determinados assuntos, sob a
orientação do moderador. O objectivo é o de processar as informações, gerar uma
conversa, com cerca de duas horas de duração, a cerca do tema pesquisado,
desenvolver habilidades de comunicação e refinar seu raciocínio.

As reuniões são realizadas em locais especialmente preparadas, livres de contacto


externos, de modo a propiciar um ambiente de concentração, sem interferências
indevidas. A discussão em grupo gera uma interação que facilita a manifestação
espontânea e livre dos participantes, sem autocensura que muitas vezes os
individualmente abordados se impõem. Há uma forte estimulação da memória, fazendo
emergir sentimentos ou estados de ânimo que raramente se manifestariam isoladamente.

A discussão em grupo introduz alguns elementos, como:

1- Tempo para pensar


2- Interações com colegas, que são importantes no aprendizado cooperativo.

Vantagens da discussão em grupo.

1- Apresente uma questão aberta ou um problema


2- Dá oportunidade de todos os participantes darem o seu contributo e compartilhar sua
resposta.
3- Dá tempo a qualquer participante mudar a sua resposta se necessário e acabar com o
medo de intervir de forma errada.
4- Através da discussão em grupo o futuro técnico vai aprendendo o seu papel como
membro da equipa de saúde.
5- As discussães em grupo são capazes de perceber e identificar as influências culturais,
sociais, económicas e psicológicas que operam sobre o universo que está sendo
investigado.

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6- Permite o entendimento das opiniões atitudes e comportamentos dos segmentos
pesquisados, desde uma ampla perspectiva.

Desvantagens da discussão em grupo.

1- O risco de informação deturpada ou errada é significativo.


2- Pode ocasionar ódio de um e outro, o que poderá criar rumor e facilmente conduzir a um
colapso total do grupo.
3- Na falta de um moderador o grupo pode cair na monotonia.
4- Facilmente o grupo se desvia do tema se o local da discussão não for apropriado.

2.2.4- DRAMATIZAÇÃO.
A dramatização é uma forma animada e relativa de participar alguma atitude habilidade
relacionada com pessoas. É um mecanismo valioso para ensinar pessoas que estão
acostumadas a aprender no dia-a-dia do que em livros. A dramatização pode ser uma
ferramenta de muito valor para incentivar uma aprendizagem participativa.

As pessoas que se reúnem com um serviço de desenvolvimento frequentemente deixam


de dizer certas coisas por medo de perder favores ou por parecer mau. Em
dramatizações, os actores podem compartilhar as mensagens sem ter que entrar em
todos detalhes. Este processo é especialmente útil, se houver discussões posteriores.

A dramatização pode criar uma situação onde as pessoas comuns se sentem livres para
compartilhar os seus verdadeiros sentimentos, criando-se condições para que as
organizações de desenvolvimento compreendam as suas motivações e preocupações.

Na dramatização os futuros profissionais representam uma situação da vida real. Eles


representam uma uma situação – problema, parecido com a situação concreta que vai
encontrar mais tarde como profissionais de saúde.

No mundo repleto de informações, a escola deve disponibilizar atrativos aos alunos de


modo que os mesmos consigam assimilar os conteúdos propostos.

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A dramatização na escola tem como finalidade buscar a participação, o estímulo, convívio
social, além do crescimento cultural e da linguagem oral e corporal. Na maioria dos casos
geram bons e satisfatórios resultados, desde que tenha um bom acompanhamento.

Vantagens da Dramatização.
1- Motiva o auditório nas diferentes formas de expressão.
2- Suscita o conhecimento dos formandos entre si.
3- Gera climas efectivos e pode conduzir a mudanças nos comportamentos. A comunicação
total, que pode desbloquear situações ou problemas.
4- O professor tem a oportunidade de avaliar a postura de cada aluno, especialmente
ligados ao comportamento desenvolvimento colectivamente ou individual.
A dramatização é útil:

Para desenvolver habilidades, prática (usar um manual, atender um doente, resolver


problemas passo a passo).

Para desenvolver habilidade social em (liderança, visita domiciliar, organização


comunitária, relacionamentos com pessoas diferentes: doentes, moribundos, orgulhosos,
etc.)

Para desenvolver consci~encia social (observar e analisar como as relações sociais e


políticas afectam a saúde e o bem-estar das pessoas; examinar como as atitudes, os
costumes e as formas de comportamento afectam a saúde, como ajudar as pessoas a
compreender melhor estes factores; analisar alternativas para cada problema;
experimentar ideias para o teatro.

Desvantagem da Dramatização
1- Cria climas muito emotivos que podem agravar as ralações interpessoais.
2- Não se deve utilizar no inicio de uma formação
3- Mudança no perfil do conteúdo
4- Dificuldade de sua execução por uma só pessoa
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5- Quando não bem explicita a mensagem não é compreendida como se prete mostrar.

Etapas da dramatização

1- Escolha do tema e sua viabilidade de inserção na modalidade de trabalho.


2- Composição do grupo.
3- Estabelecer um objectivo a ser alcançado com a apresentação da dramatização.
4- Formar e elaborar o roteiro de acordo com cada grupo tais como definição do tipo da
peca, produção dos textos, fala dos personagens, dialogo, etc.
5- Confecção do cenário, das indumentárias, instalação do som e luz e outros recursos
audiovisuais que se julgam necessários.
6- Ensaios /apresentação.
Nesta forma de utilização da comunicação é preciso refletir, usar a sensibilidade e a
capacidade de observação, analise e imaginação, (não se esquecendo da importante
tríade:
a) - quem vê.
b) - o que vê
c)- e o imaginário

2.2.5- ENTREVISTA.

Entrevista é uma conversa realizada entre duas pessoas com determinado objectivo. É
uma interação verbal de pessoas que entram em contacto, para conseguir um objectivo
comum, e também é um processo dinâmico.

Constitui um instrumento básico da comunicação que é bastante usado pelos


profissionais de saúde.

A aparência física, o arranjo ou desarranjo no vestir, a expressão facial, a forma como se


movem as mãos, a tensão ou rigidez dos músculos, as atitudes que se revelam as
pessoas, o silêncio, as reações de animosidade, podem ou não confirmar a segurança
dos dados que se obtém na entrevista.

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Uma da tarefa principal do profissional de saúde é de ganhar a confiança do entrevistado,
para que este se sinta à vontade e esteja disposto a colocar os seus problemas e a
responder as respostas que lhe são colocadas.

O entrevistador tem de saber ouvir e observar (perfil).

Em seu trabalho os profissionais de saúde podem usar a entrevista para vários


propósitos, para reunir informações ou para verifica-las; para avaliar os resultados da
assistência, no aconselhamento com pessoas acerca de questões de saúde, no
planeamento da assistência juntamente com os indivíduose como instrumento
terapêutico.

Há bastante tempo (seculos), através de escritos de filósofos, teólogos, educadores e


novelistas, já mencionaram a entrevista como uma conversa com um objectivo. Com o
andar dos tempos, o método cientifico, foi invadido as diversas profissões, o trouxe como
consequência, um grande interesse em estudar as entrevistas e elaborar método e
técnicas para sua realização.

Embora cada profissão tenha criado sistemas e características próprias de fazer a


entrevista, reconhece-se actualmente, no entanto, que há elementos comuns, no que se
refer a princípios, métodos e técnicas, conhecimentos que podem ser estudados e
transmitidos; por outro lado não podemos dizer que haja técnicas normais e regras
infalíveis, aplicáveis a todos os campos em que se utiliza a entrevista, nem tão pouco há
um campo específico. As técnicas de entrevista variam de acordo com os objectivos que
se tem em vista.

Escolha do local da entrevista

Um período adequado de tempo deve ser destinado à entrevista, cuja extenção depende
do propósito e da natureza da mesma. É necessário julgar tanto a extenção de tempo
reservado para entrevista e a hora que deve ocorrer.

Caso uma pessoa esteja gravemente enferma e passando por situações novas e difíceis,
ou caso acabe de ser admitida ao hospital e tenha que fazer muitos exames, poderá ser
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melhor adiar a entrevista, até que o período crítico termine. Além disso, se a pessoa
parece estar fatigada é conveniente interromper a entrevista e terminar a sessão outro
dia.

As entrevistas devem ser marcadas para a hora em que tanto o entrevistado quanto o
entrevistador estejam livres de compromissos, Não deve coincidir com a marcação de
exames radiológicos, laboratoriais, com os tratamentos ou horas de visitas ao paciente. O
entrevistador não deve também estar apressado por ter que fazer outras coisas. Em
resumo, é necessário uma atmostera relaxada e sem pressa.

É sempre melhor usar um ambiente quieto e privativo, para entrevistar uma pessoa, pode-
se usar o local de trabalho ou lar para a realização da entrevista.

Na realização da entrevista convém considerar os seguintes factores

1- O entrevistador deve estar bem claro com os objectivos que se tem em vista.
2- Se alguém conhece o entrevistado, será bom recolher alguns dados sobre ele.
3- Conduzir a entrevista de acordo o plano.
4- É conveniente anunciar as visitas, se possível por escrito, explicando o porque da
entrevista, quem dirige o trabalho que está a realizar e outros pontos que podem dar uma
reacção favorável.
5- Quando o entrevistador usa seus dotes de observação, pode obter muita informação sem
ter necessidade de perguntar muito, quando visita o entrevistado em sua casa.
6- O entrevistado tende a sentir-se melhor quando a entrevista se realiza em sua própria
casa, pois ai está em seus domínios.
7- A sua aparência pessoal, expressão do rosto, modo de cumprimentar, delicadeza,
contribuem de forma eficaz na colaboração do paciente.
8- Deverá haver um ambiente privado e o entrevistado deve saber que a informação que
fornece é confidencial.

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Técnicas da entrevista.

1- O entrevistador deve estar seguro de si mesmo para que se sinta bem e ajude o
entrevistado a sentr-se de igual modo.
2- Deve mostrar interesse naquilo que diz o entrevistado, ainda que se afaste do tema que
nos interessa. Se isto acontecer procura trazelo no tema inicial, dando-lhe a entender que
o assunto de que nos fala, nos interessa muitíssimo.
3- Um gesto de desaprovação ou um comentário que implique surpresa pode levar o
entrevistado a ter ideia de que criticamos a sua conduta, o que pode leva-lo a calar.
4- Colocar-se ao mesmo nível do entrevistado, usando uma linguagem adequada que ele
entenda e formulando perguntas bem claras.
5- Verificar convenientemente se este fala a mesma língua que entendemos aquilo que nos
diz e que ele entende.
6- Procurar pontos de interesses comuns, experiencias, pontos de vista, sem que
esqueçamos o nosso principal objectivo.
7- Ao fazer perguntas formula-las com franqueza, sem rodeios, evitando que pareçam
impertinentes, assegurar ao entrevistado de que se alguma pergunta lhe desagradar, tem
o direito de não responder.
8- Enfrentar as objecções que na faça, para que fique satisfeito.
9- Procurar não dar ordens, nem se mostrar autoritário.
10- Terminar a entrevista antes de cansar o entrevistado e no momento oportuno em que se
veja que esta satisfeito e bem-disposto.

Uma vez cumprida a finalidade da entrevista é necessário que o entrevistador empregue


algum tempo perguntando ao entrevistado se tem algumas perguntas a fazer ou se
existem coisas que o preocupam e que não foram discutidas.

Ao terminar a entrevista é útil, também, observar as regras de sociabilidade:

Agradecimento a pessoa, pelo seu tempo tomado dizendo que o verá novamente e
assegurando-lhe que ele poderá procura-lo se estiver preocupado acerca de qualquer

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coisa; constitui uma forma de transmitir ao entrevistadoa sensação de que ele é uma
pessoa merecedora de respeito.

2.2.5.1-Comunicação interpessoal
A comunicação interpessoal consiste em:
1. Mostrar interesse explicito pelo utente
2. Dar-lhe informação
3. Promover a sua confiança
4. Prestar atenção
5. Favorecer uma consulta aberta

A orientação individual é uma estratégia de comunicação interpessoal para melhorar o


serviço relativo ao contacto prestador-Utente, já que é o momento determinante para que
este julgue a qualidade.

Dimensões da comunicação interpessoal:

1- Interesse: o utente deve receber respeito, compreensão e sinceridade para poder falar e
confiar permitindo por sua vez que o prestador conheça seus problemas.
2- Informação: o utente deve compreender bem a informação que recebe, deve receber
informação correcta e clara mediante ilustrações ou matéria impresso.

Habilidades de comunicação interpessoal que deve utilizar todo prestador são as


seguintes:

1- As pessoas são diferentes, mas não desiguais. Isso quer dizer respeitar, valorizar os
nossos utentes como nossos semelhantes.
2- Apreciar as outras pessoas- ter sentimentos sinceros, apreciar, ser amável e amistoso, a
fim de estabelecer uma comunicação efectiva sem restrição alguma.
3- Afinidade- Colocar-se no lugar das outras pessoas e avaliar os problemas desde o seu
ponto de vista. Tratar de compreender o que a gente diz e sentir como eles.

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4- Manter uma atitude positiva e alegre- controlar as nossas emoções negativas e não a
expressas aos outros.
5- Escutar com atenção – ficar atento aos que os outros dizem e guardar a informação na
memória.
6- Criticar o menos possível- todo cometemos erros, alguns têm defeitos ao falar, ao
trabalhar ou ao comportar-se. Algumas vezes estes defeitos são importantes, devem
corrigir-se, mas quase nunca são graves. Há pessoas que gostam de criticar para
demostrar a sua superioridade. A critica nunca deve ser uma arma, se não for construtiva.
7- É preciso ter paciência – tem que se dar ao utente o tempo necessário e repetir
pacientemente a mensagem até que tenha compreendido.
8- Pensar logicamente e fomentar as relações de empatia e confiança – deixa que a
conversa tenha lógica. As relações devem basear-se na confiança mutua, dar crédito e
apreciar o que se desenvolve entre as pessoas.

MEIOS DE COMUNICAÇÃO

CONCEITO

São ferramentas que possiilitam a comunicação entre os indivíduos por meio da


transferencia de informações de forma individual ou em massa. Quando se refere a
comunicação em massa pode ser considerado sinonimo de Mídea, entretanto outros
meios de comunicação como o telefone, não são maciços mas sim individuais e
interpessoal.

São instrumentos que possibilitam a difusão da informação e a comunicação entre as


pessoas.

É um sistema que permite colocar as pessoas em contacto. Entretanto na linguagem


cotidiana a ideia de meio de comunicação é aplicada exclusivamente aos meios ou
dispositivos tecnológicos que permitem transmitir uma informação a um número elevado
de pessoas. Por exemplo a imprensa, a rádio, a televisão, ou o correio tradicional.

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MEIOS DE COMUNICAÇÃO COMO FENÓMENO SOCIAL

A vida em sociedade sem os meios de comunicação seria possível, mas difícil. Basta
imaginar como poderiamos viver sem o correio electrónico, as redes sociais, a imprensa e
a televisão.

Como o homem é um ser social, pois vive em comunidade, ele precisa se relacionar com
seus semelhantes. O elemento fundamental desse relacionamento é a comunicação. No
trabalho, no lazer, no amor, nós nos comunicamos e interagimos.

Chamamos de comunicação a transmissão de palavras, sinais, sons e imagens. Toda


comunicação implica em um sistema bipolar e o agente emissor, que envia a mensagem,
e o receptor, que a recebe. Nas relações pessoais, a comunicação do emissor atinge um
pequeno número de pessoas. Mas na atualidade, em razão da mídia, o emissor chega a
milhares e até milhões de receptores.

Os meios de Comunicação avançaram muito graças ao desenvolvimento de novas


tecnologias. Um sinal indicativo importante do desenvolvimento econômico de um país é a
existência de amplos recursos de telecomunicações.

FUNÇÃO GERAL DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

É fazer com que a sociedade disponha de informação para o seu próprio interesse para
ter uma opinião formada.

Os meios de comunicação podem ser positivos pois permitem a cidadania tenha a sua
disposição uma informação valiosa e útil para tomar suas próprias decisões.

TIPOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO


De acordo com o campo e atuação, existem dois tipos de meios de comunicação:
Individual: os meios de comunicações individuais estão pautados na comunicação
interna, interpessoal (entre as pessoas), por exemplo, a carta (correio), telefone, fax,
email.

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EM Massa: os meios de comunicação de massa são mais amplos e externos. Têm o
intuito de comunicar um grande número de pessoas, por exemplo, jornais, revistas,
internet, televisão, rádio. Caracterizam se por terem três objectivos fundamentais para seu
público: educar, informar, propiciar entretenimento.
CLASSIFICAÇÕES DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Os meios de comunicação classificam-se em:

- Escritos: Cartas, diários, jornais, livros e revistas websites.


- Sonoros: Através de sons, por exemplo, o rádio e o telefone podscasts (aplicativo
sonoro).
- Audiovisuais: Fusão de som e imagem, por exemplo, a televisão e o cinema.
- Multimídias: Reunião de diversos meios de comunicação diferentes (texto, áudio, vídeo,
etc.).
- Hipermídias: fusão de meios de comunicação por meio dos sistemas eletrônicos de
comunicação, por exemplo, CD - ROM, TV digital e internet.

IMPORTANCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM SAÚDE

A comunicação em saúde é importante para uma vida saudável, diz respeito ao estudo e
utilização de estratégias de comunicação para informar e para influenciar as decis es dos
indivíduos e das comunidades no sentido de promoverem a sua saúde. Assim, contribui
para a prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida. Como seres humanos, a
comunicação é o nosso jeito de trocar informações.

Esforços feitos pelos profissionais de saúde na tentativa de incentivar mudanças de


comportamentos (adoção de dieta mais saudável, abstenção do fumo, uso de
preservativos, prática de atividade física etc) são atos comunicativos.

As intervenções de comunicação não caem no vazio, Pelo contrário, a informação é


recebida e processada.

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A combinação estratégica da Tecnologia de Informação (TI) em saúde e processos
eficazes de comunicação em saúde, pode:

1. melhorar a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde,


2. aumentar a eficiência da prestação de serviços de saúde e de saúde pública,
3. melhorar a infra-estrutura de informação de saúde pública,
4. apoiar os cuidados de saúde na comunidade e em casa,
5. facilitar a tomada de decisão clínica e do consumidor,
6. construir habilidades e conhecimentos em saúde.

As ferramentas da TI em saúde incluem tecnologias digitais e serviços que apoiam as


pessoas em sua rotina de cuidados de saúde, previnem complicações e promovem maior
equidade em saúde. As mensagens de saúde podem ser compartilhadas por canais como
TV, rádio, materiais impressos, mídias sociais, aplicativos para smartphones, mensagens
de texto, serviços de telesaúde e conversas presenciais. Estas tecnologias ajudam os
profissionais e o público a buscarem, compreenderem e usarem informações que
impactam positivamente nas decisões e ações.

Apesar do aumento do acesso à tecnologia, outras formas de comunicação são


essenciais para garantir que todos, incluindo pessoas com baixo acesso à web, e pessoas
com baixa escolaridade possam obter, processar e entender informações de saúde. Desta
forma campanhas de massa, divulgação comunitária e comunicação interpessoal
continuarão sendo fundamentais.

Profissionais de saúde também podem se comunicar mais com seus clientes por meio de
telefone, vídeos, aplicativos para smartphones, email, redes sociais.

Aplicativos (apps) para telefones podem ajudar os próprios pacientes a controlarem


melhor a sua saúde. Os aplicativos também podem transimitr feedback automático ou
mesmo mensagens dos profissionais de saúde. O mesmo pode acontecer por mensagens
de textos. Por fim, os mesmos podem estar conectados a redes sociais para que os
usuários encontrem o apoio de seus pares.
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UNIDADE III- EDUCAÇÃO PARA SAÚDE (EPS)

3.1- CONCEITOS DE EPS.


► Educação para saúde é um conjunto de conhecimentos dos serviços de saúde nos
quais se baseia o desenvolvimento dos programas específicos de saúde com fins
educativos para as comunidades.
►EPS é um processo que visa a mudança de hábitos, de praticas, de atitudes, de
comportamento e de conhecimentos do individuo, família e da comunidade para conseguir
em conjunto uma vida melhor.
3.2- IMPORTANCIA DE EPS.
A educação é entendida como um processo gradual de crescimento intelectual que
começa com os reflexos naturais, as reações espontâneas e automáticas aos estímulos.
A EPS tem grande importância baseado nas seguintes vertentes:
1- Ajudar as pessoas a alcançar a saúde por suas próprias acções e esforços.
2- Permite melhorar as condições de vida, condições sanitárias e sociais das populações.
3- Desperta os indivíduos a desenvolverem atitudes críticas em relação aos problemas e
situações que enfrentam e sentirem-se estimuladas a atingir o máximo de perfeição
dentro das suas capacidades.

EDUCADORES PARA A SAÚDE.

► De acordo a OMS são todos trabalhadores de saúde em todas camadas (médicos,


enfermeiros, promotores de saúde) entre outros. são os primeiros a quem cabe um papel
importante de educadores de saúde, pois que estão convictos de que os cuidados básicos
de saúde não são apenas direito, mas é sua responsabilidade.

►A OMS salienta que na EPS precisam de envolver todos os sectores e aspectos


relacionados do desenvolvimento e da comunidade – educação, indústria, todas as
profissões de saúde, comunicação (radio, jornal, televisão) energia e água, obras públicas
e outros.

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As qualidades pessoais do profissional, sua compreensão das pessoas e dos problemas
são muito importantes do que idade, sexo, experiencia, escolaridade e mesmo o local de
origem.

É fundamental que o profissional de saúde se identifique com os pequenos detalhes, seja


uma pessoa sincera e tenha um forte sentimento de justiça social. Até certo ponto, essas
atitudes podem se desenvolver durante a preparação profissional.

Mas as sementes precisam existir. É mais importante fortalecer as atitudes das pessoas
do que mudá-las. O interesse do profissional pela justiça social é uma importante
qualidade a ser levada em consideração. Ele trata as pessoas como iguais. Ele se
preocupa com os mais necessitados.

O auto ajuda bem orientada deve ser o objectivo principal de qualquer programa ou
actividade no campo de saúde. O homem comum que recebe instruções claras e simples
consegue prevenir-se e tratar a maioria dos problemas quotidianos de saúde em sua
própria casa mais cedo e de forma mais económica.

Nota: as pessoas com pouca educação formal devem merecerem tanta confiança e
atenção que aquelas que são mais instruídas e são igualmente inteligentes. Certamente o
conhecimento das próprias limitações constitui parte essencial de auto ajuda bem
orientada. No contexto geral a educação para saúde não ensina só o que fazer mas
também quando procurar ajuda.

PAPEL DO EDUCADOR COMO AGENTE DE MUDANÇA.

1- O educador deve estudar profundamente o individuo e a coletividade.


2- Utilizar o nível de linguagem de acordo a seu nível académico e cultural.
3- Utilizar mensagens curtas, compostas de frases simples.
4- Aceitar as pessoas tal como são.
5- Utilizar meios auxiliares visuais em altura própria que se adequam a área e bem
selecionadas.

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PAPEL DO ENFERMEIRO NA EPS.

O papel do enfermeiro em educação em saúde consiste em ajudar aos indivíduos a se


adaptarem à doença, e a prevenir complicações, e atender à terapia prescrita e resolver
problemas quando confrontados com novas situações.
Essa é uma tarefa que depende, no caso da saúde, aos profissionais com habilidades e
competências para orientar as pessoas a: promover a saúde; evitar riscos à saúde;
prevenir doenças.

METAS DA EDUCAÇÃO PARA SAÚDE.


1- Ensinar as pessoas a viverem a vida da maneira mais saudável.
2- Lutar para atingir seu potencial de saúde máximo,
3- Avaliar a responsabilidade que cada um tem de manter e promover sua própria saúde e é
obrigação dos membros de equipe de saúde, mais especificamente dos enfermeiros de
tornar a educação nessa área consistente disponível.
Além do direito do público e do seu desejo à educação em saúde, a educação do paciente
também é uma estratégia para reduzir os custos da atenção à saúde prevenindo doenças,
evitando tratamentos médico caro, diminuindo o tempo de hospitalização e facilitando
uma alta mais cedo. Desafios de trazer o sujeito para a reaproximação da natureza e das
coisas naturais, de orientar as pessoas para a tomada de decisões em suas vidas e
conseguir, por meio da educação em saúde, a ter uma melhor qualidade de vida.
A educação do paciente também é uma estratégia para evitar custos àqueles que
acreditam que um relacionamento positivo equipe-cliente evita processo de erro no
atendimento ao cliente. Educar demanda habilidade do educador, pois nem sempre
quando se diz algo, tem-se a garantia de que ocorreu "o aprendizado". Para que isso
aconteça é necessário haver uma resposta ao estímulo oferecido. Este processo
educativo é individual que ocorre na pessoa, modificando-a e fazendo com que assimile
as experiências que vai vivendo.
A conscientização é definida como aprofundamento da tomada de consciência, pois, a
simples tomada de consciência, sem a reflexão crítica, fica no nível do senso comum.
Exemplificando: "todos" sabem que o cigarro faz mal à saúde, e nem por isso "todos"
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deixam de fumar. Está em falta, além da tomada de consciência de que o cigarro faz mal,
a reflexão crítica sobre "o que realmente o cigarro faz com a minha saúde em particular."
É neste sentido que o enfermeiro pode e deve atuar junto ao cliente, seja no hospital, na
unidade básica de saúde, na formação de grupos de convivência, ou em qualquer tempo
e lugar em que se faça necessário.
A aderência a um regime terapêutico requer que a pessoa faça uma ou mais mudanças
no seu estilo de vida para realizar atividades específicas que promovam e mantenham a
saúde. Os profissionais envolvidos na promoção à saúde do trabalhador devem ter
requisitos, estratégias e cuidados para uma maior efetividade das ações adotadas não
devem ser meros assistentes, mas necessitam ter uma visão ampla e abrangente a todos
os segmentos que definem saúde.

O ENSINO E A APRENDIZAGEM
A aprendizagem pode ser definida como: aquisição de conhecimento, atitudes ou
habilidades.
A atuação do enfermeiro, nesta estratégia, deve englobar atividades preventivas e
curativas no âmbito individual e coletivo.
O ensino é definido como a ajuda a outra pessoa a aprender.
Essas definições indicam que o processo ensino-aprendizagem é uma atividade única,
requerendo o envolvimento do educador e do aprendiz no esforço de alcançar o resultado
desejado: a mudança do comportamento.
O educador não dá simplesmente o conhecimento para o aprendiz, mas, ao contrário,
serve como um facilitador da aprendizagem. Entendemos por ações educativas as
práticas de ensino-aprendizagem desenvolvidas junto á população com a finalidade de
debater e promover a tomada de decisão em relação a atitudes e práticas de saúde,
através da reflexão crítica de ambos os atores. O fenômeno educativo, é um fenômeno
humano, histórico e multidimensional, nele, está presente, tanto a dimensão humana
quanto a técnica, a cognitiva, a emocional, a sócio-política e cultural.

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A educação é um processo constituído de relações sociais, é preciso que se construa um
processo educativo que objetive uma formação para a autonomia e cidadania.
A educação em enfermagem deve oferecer caminhos que visem à construção do saber e
que possibilitem a formação de pessoas críticas, criativas e preparadas para atuarem de
forma efetiva nas diferentes comunidades, pautando-se na busca de soluções efetivas
para os problemas de saúde da população. Além disso, deve oferecer subsídios para que
o futuro profissional possa atuar na educação permanente da equipe de enfermagem. A
educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao
longo de toda a vida, promoverá de algum modo, para cada indivíduo.
1- Aprender a conhecer
2- Aprender a fazer,
3- Aprender a viver juntos.
4- Aprender a ser.

PILARES DO CONHECIMENTO:
A prontidão para aprender; O ambiente da aprendizagem; As técnicas de ensino
empregadas.
a) Prontidão para aprender:
Nos adultos, a prontidão para aprender está baseada na cultura, valores pessoais, status
emocional e físico e nas experiências de aprendizagem passadas.
Cultura compreende valores, ideais e comportamentos. As tradições dentro de cada
cultura são o arcabouço para resolver os problemas e preocupações do dia-a-dia.
Uma vez que as pessoas com passados culturais diferentes têm diferentes valores, os
estilos de vida e escolhas sobre atenção à saúde variam.
Nota Importante: a cultura é a principal variável que influencia a prontidão para aprender,
porque ela afeta o modo como a pessoa aprende e que informação é aprendida. Antes de
começar a ensinar saúde, é necessário que o (a) enfermeiro (a) promova uma avaliação
cultural individual, em vez de simplesmente se apoiar em suposições generalizadas sobre
uma cultura em particular.

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Os padrões culturais e sociais do cliente devem estar incorporados adequadamente na
interação ensino-aprendizagem. Os valores são as percepções do indivíduo sobre o que é
um comportamento desejável e indesejável.
A enfermeira precisa saber que valor ao cliente dá na saúde e na atenção à saúde. Nas
situações clínicas, os valores são expressos através de ações realizadas e pelo nível de
conhecimento que o cliente possui.
Quando o (a) enfermeiro (a) não tem conhecimento sobre os valores culturais do cliente
que está sendo instruído, podem ocorrer mal entendidos, falta de cooperação e resultados
negativos de saúde. Cada consciência de valores e comportamento das pessoas é tanto
uma habilidade como uma deficiência para a prontidão em aprender.
Dessa forma, nenhuma quantidade de educação em saúde será aceita pelos pacientes
sem que seus valores e crenças sobre saúde e doença sejam respeitados.
b) O ambiente da aprendizagem.
A prontidão emocional tem um impacto na motivação para aprender. Exemplo: a pessoa
que não aceita uma doença existente ou o fato de que a doença é uma ameaça possível
não estará motivada a aprender.
A pessoa que não aceita um esquema terapêutico, ou vê como um conflito com seu estilo
de vida, poderá conscientemente, evitar aprender.
Até que a pessoa reconheça a necessidade de aprender e admita uma habilidade de
aprender, os esforços de ensino são inúteis, entretanto, não é sempre prudente esperar
até que o paciente se torne emocionalmente pronto para aprender, já que essa hora
nunca pode chegar sem que a enfermeira empreenda esforços para estimular a
motivação do indivíduo.
Quando os aprendizes alcançam o sucesso e a sensação de realização, eles
experimentarão mais motivações para participar das oportunidades de aprendizagem
emocionais, a verificação do progresso também serve para motivar a aprendizagem, a
prontidão experimental refere-se a experiências passadas que influenciam a capacidade
da pessoa de aprender, experiências educativas anteriores e experiências de vida em
geral são determinantes significativos do acesso do indivíduo para o aprendizado, a

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pessoa que teve pouca ou nenhuma educação formal pode não ser capaz de entender o
material instrucional apresentado, e a pessoa que experimentou dificuldade na
aprendizagem no passado, pode estar hesitante diante de novas tentativas.
Antes de iniciar o programa de ensino aprendizagem, é importante avaliar a prontidão
física e emocional do aprendiz, assim como a sua habilidade para aprender o que está
sendo ensinado, essa informação, então, torna-se básica para as metas a serem
estabelecidas, metas estas que podem motivar as pessoas a aprenderem.
c) Atmosfera do ensino:
Aprender pode ser otimizado, minimizando-se as variáveis externas que interferem com o
processo de aprendizagem, por exemplo: a temperatura do quarto, sala de aula, a luz, os
níveis de barulho e outras condições ambientais devem estar apropriada para a situação
de aprendizagem, também o tempo selecionado para o ensino deveria estar de acordo
com as necessidades do indivíduo.
"Quando há um excelente ambiente físico é que se pode dar melhor atenção as
necessidades emocionais do cliente e prevenir as doenças.
d) Técnicas de ensino:
A interação interpessoal envolvendo o aprendiz e a enfermeira que está tentando
aprender às necessidades de aprendizagem do indivíduo pode ser formal ou informal,
dependendo dos métodos e técnicas de ensinos, considerados mais apropriados,
numerosas técnicas de ensino estão disponíveis, incluindo palestras, ensino em grupo e
demonstrações, todas elas podendo ser realçadas com materiais de ensino
especialmente preparados.
FASES DO PLANEAMENTO DA EPS.
A educação para saúde compreende quatro fases ou tipos de actividade:
1- Sensibilização- é um processo mediante o qual os indivíduos e a comunidade tomam
consciência da existência de certas ocorrências anômalas a sua saúde. Exemplos;
consultas medicas, a higiene, vacinas, curso de surtos epidêmicos (cólera).

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2- Publicidade- segunda fase de EPS intimamente relacionada com o programa das
relações da organização com o público. Exemplo; Faz-se através da radio, jornal e sobre
programas dos serviços de saúde.
3- Trabalho Educativo- e a fase de EPS que exige um trabalho mais íntimo e o contacto
pessoal entre a pessoa que facilita a informação com as que recebem.

4- Motivação- é a transmissão das informações e conhecimentos.


A motivação é a forma como se sente o individuo a fazer ou expor o seu problema.
Quanto há motivação se desperta o interesse entre o educador e o educando. A
motivação depende dos estímulos internos e externos. A motivação é uma das fases
fundamentais da aprendizagem.

PROMOÇÃO DA SAÚDE:
O homem e a mulher modernos têm hábitos que causam mais danos que benefícios à
sua saúde: vida sedentária, irritação no trânsito, perigo e inalação do ar poluído,
superalimentação de carboidratos e gorduras saturadas, automedicação, componentes de
cafeína e nicotina, falta de atividades de lazer, aquisição de produtos anti-higiênicos e
nocivos à saúde, ansiedade provocada pela mídia, repleta de notícias desagradáveis e
falta de tempo para cuidar da saúde - comer, dormir e se divertir.
O hábito de fumar, o consumo de álcool e a obesidade, estes últimos por meio da
elevação dos níveis de pressão arterial, são preditores da mortalidade por todas as
causas, as pessoas vivem tensas, excessivamente preocupadas e não se sentem
motivadas a cuidar devidamente de sua própria saúde assim o ensino da saúde e a
promoção da saúde estão ligados pela mesma meta comum.
Encorajar as pessoas a alcançar o maior nível possível de bem-estar de tal forma que
elas possam viver uma vida saudável prevenindo doenças evitáveis está educação pode
ser feita por meio da visita domiciliária como o objetivo de prevenir, promover a prevenção
das doenças e melhorar a qualidade vida.

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DEFINIÇÃO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE:
Promoção da saúde pode ser definida como atividades que ajudam as pessoas a
desenvolvem os recursos que irão manter ou aumentar seu bem-estar e melhorar sua
qualidade de vida.
O principal documento, pós "Declaração de Alma-Ata" (1978), com essas
recomendações surgiu na Primeira Conferência Internacional Sobre Promoção da Saúde
realizada em novembro de 1986 em Ottawa, Canadá.
A promoção da saúde foi definida como: o processo de capacitação da comunidade
para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior
participação no controle deste processo. Para atingir um estado de completo bem-estar
físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações,
satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente.

A promoção da saúde consiste em políticas, planos e programas de saúde pública com


ações voltadas em evitar que as pessoas se exponham a fatores condicionantes e
determinantes de doenças, a exemplo dos programas de educação em saúde que se
propõem a ensinar a população a cuidar de sua saúde. Além disso, incentiva condutas
adequadas à melhoria da qualidade de vida, distinguindo-se da atenção primária ou ações
da medicina preventiva que identificam precocemente o dano e ou controlam a exposição
do hospedeiro ao agente causal em um dado meio-ambiente.
A razão da promoção da saúde é enfocar o potencial da pessoa para o bem-estar e,
encorajá-la a modificar hábitos pessoais, estilo de vida e ambiente de modo a reduzir os
riscos e aumentar a saúde e o bem-estar.
A promoção da saúde é um processo ativo, isto é, não é algo que pode ser prescrito ou
forçado, ficando a cargo do indivíduo decidir se deseja fazer ou não as mudanças que irão
ajudar a promover um alto nível de bem-estar.
Os conceitos de saúde, bem estar, promoção da saúde e prevenção da doença têm sido
extensivamente vistos na literatura leiga e na mídia, assim como nas revistas dos

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profissionais e os resultados tem sido uma demanda do público por informações de saúde
e uma resposta extraordinária dos profissionais de saúde e agências para fornecer
informações.
Os programas de promoção de saúde que eram limitados ao hospital agora se estendem
às comunidades, como: consultórios, escolas, igrejas, escritórios e indústrias, e até o local
de trabalho está se tornando rapidamente um importante local para programas de
promoção da saúde, enquanto os empregadores lutam para reduzir gastos associados
com absenteísmo, hospitalização, incapacidade, excessiva troca de pessoal e morte
prematura.
Descreve-se que, quanto a um estilo de vida saudável, o ser humano ainda está
"desinformado ou desinteressado nos efeitos a médio ou longo prazo da prática de
atividade física regular, de uma nutrição equilibrada e de outros comportamentos
relacionados à saúde.
O sedentarismo é cada vez maior na população e está associado a agravos
cardiovasculares, câncer, diabetes, hipertensão arterial e saúde mental.
O sedentarismo no lazer pode ser identificado como a não participação em atividades
físicas nos momentos de lazer. Neste sentido, destaca-se a importância da prevenção da
saúde e da qualidade, como um estímulo para a seleção de um estilo de vida. Nesta
direção, aponta que "o estilo de vida representa o conjunto de ações cotidianas que
reflete as atitudes e valores das pessoas. Estes hábitos e ações conscientes estão
associados à percepção de qualidade de vida.
Promover saúde significa capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua
qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo.
O enfermeiro pode e deve atuar através de atividades de educação para a saúde e de
práticas educativas, em diferentes espaços, mas principalmente em escolas. Portanto,
tem-se a educação para saúde como um processo que visa à promoção de saúde
escolar.

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PRINCÍPIOS DA PROMOÇÃO DA SAÚDE:
1- Auto-responsabilidade.
2- Consciência da nutrição,
3- Gerenciamento do estresse.
4- Importância de exercícios físicos.
5- Auto-responsabilidade.
Ter responsabilidade por si mesmo é a chave do sucesso da promoção da saúde, esse
conceito é baseado no entendimento de que os indivíduos controlam suas próprias vidas,
cada um de nós, podemos fazer escolhas que determinam o quanto nosso estilo de vida é
saudável, à medida que mais pessoas reconhecem o efeito significativo que o estilo de
vida e o comportamento exercem sobre a saúde, elas podem assumir responsabilidade
no sentido de evitar comportamentos de alto risco, como o uso do fumo, o uso de álcool e
drogas, um grande consumo de alimentos, o de dirigir embriagado ou intoxicado, práticas
sexuais de risco e outras práticas não saudáveis, elas também assumem a
responsabilidade de desenvolvimentos de práticas que têm influenciado positivamente a
promoção da saúde, de como aderir a exercícios regulares, bem como usar cinto de
segurança nos veículos e seguir uma dieta balanceada.

CONSCIÊNCIA DA NUTRIÇÃO.
A nutrição como um componente da promoção da saúde, tem se tornado centro de
considerável atenção e de publicidade. Numerosos livros e artigos de revistas existentes
consagram tópicos exclusivos sobre dietas especiais, alimentos naturais, alertando para o
perigo de certas substâncias, como açúcar, sal, corantes alimentares, colesterol e aditivos
nos alimentos. Uma boa nutrição tem sido sugerida como o fator mais simples e
significativo na determinação do status de saúde e longevidade. A consciência da nutrição
envolve um entendimento da importância de seguir uma dieta adequadamente
balanceada que forneça todos os nutrientes essenciais, entender a relação entre dieta e
doença é uma importante faceta do auto-cuidado da pessoa, é necessário reduzir a

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ingestão de açúcar, sal, gordura, colesterol, cafeína, álcool e aditivos e preservativos
alimentares, muitas vezes, essas mudanças são muito difíceis de se realizar.
Como profissional você deve procurar conhecer os hábitos de vida do doente e de sua
família, para incentivá-los a tomar as medidas necessárias para controlar a doença e,
consequentemente, melhorar a qualidade de vida.
Gerenciamento do estresse.
A administração do estresse e a sua redução são aspectos importantes da promoção de
saúde. O aumento do estresse interfere na qualidade de vida. O progresso das cidades
acarreta aumento competitivo no trabalho, causando ansiedade, depressão, distúrbios no
sono, consumo excessivo de drogas e álcool, acarretando diminuição da produtividade
pessoal, social e profissional.

Os livros, revistas e periódicos tem mostrado os efeitos negativos do estresse sobre a


saúde, bem como a relação causa e efeito entre o estresse e as doenças infecciosas, os
acidentes traumáticos (acidentes de carro) e algumas doenças crônicas, o estresse tem
se tornado inevitável na sociedade urbana contemporânea, na qual as demandas por
produtividade tornaram-se excessivas. Mais e mais ênfase é dada encorajando as
pessoas a lidar com seu estresse contraproducente. Técnicas como treinamento de
relaxamento, exercícios e modificações das situações estressantes em geral vem
incluídas nos programas de promoção da saúde que lidam com o estresse.

A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO.

O preparo físico é um importante componente da promoção da saúde. Os estudos que


examinam a relação existente entre saúde e o exercício físicos, concluíram que um
programa regular de exercícios pode promover a saúde melhorando o funcionamento do
sistema circulatório e dos pulmões, diminuindo o colesterol e as lipoproteínas de baixa
densidade, assim como o peso pelo aumento da queima de calorias retardando as
mudanças degenerativas, como a osteoporose, e aumentando a flexibilidade e, de forma
geral, a força muscular e a resistência.
Por outro lado, o exercício pode ser danoso, se não for iniciado aos poucos e aumentando

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gradualmente, de acordo com a resposta do indivíduo.
Um programa de exercícios deveria ser elaborado especificamente para o indivíduo,
considerando a idade, a condição física e qualquer problema cardiovascular ou outro fator
conhecido, um programa apropriado de exercício físico pode ter um efeito significativo na
capacidade de desempenho do indivíduo, na sua aparência e estado geral de saúde física
e emocional.

SAÚDE E BEM-ESTAR.

Em saúde é entendida como uma possibilidade que o indivíduo tem de aproveitar a vida
de forma positiva, no sentido do uso de recursos pessoais e sociais, além da capacidade
física, não significando, tornar-se ou manter-se saudável seja um objetivo central e único
na vida das pessoas, mais sim um recurso para se fornecer qualidade a vida cotidiana.

O fenômeno qualidade de vida tem múltiplas dimensões, como, por exemplo, saúde a
física, a psicológica e a social, cada uma comportando vários aspectos. Entre eles, a
saúde percebida e a capacidade funcional são variáveis importantes que devem ser
avaliadas, assim como o em estar sujeito, indicado por satisfação, ou seja, a qualidade de
vida envolve aspectos que se referem às condições gerais da vida individual e coletiva:
habitação, saúde, educação, cultura, lazer, alimentação e outros sendo que o conceito se
refere, principalmente, aos aspectos de bem-estar social.

Bem - estar, como reflexo da saúde, envolve uma tentativa consciente e deliberada de
maximizar a saúde de alguém, o bem- estar não é o mesmo para todas as pessoas, uma
pessoa portadora de doença crônica ou incapacidade pode ainda alcançar um nível de
bem estar desejável, a chave para o bem-estar consiste em funcionar no seu potencial
mais alto dentro das limitações sobre as quais não se têm controle.

O fortalecimento emocional e profissional, garante melhores possibilidades em sua


atuação diária. Educação em saúde nada mais é que o exercício de construção da
cidadania. As ações simples como dialogar com os pacientes tornam-se momentos de

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transformação e construção de saberes, constituindo uma troca entre o profissional e o
paciente, que "passa a conhecer um mundo que muitas vezes lhe é ocultado". O
enfermeiro (a) consegue se aproximar do outro não com um olhar superior, de quem
detém um saber, mas sim com um olhar retilíneo, pois neste processo de educação ele
não é apenas educador, ele também é aprendiz, pois aprende a realidade de cada
indivíduo, com suas características sociais e culturais.

É de suma importância saber que o enfermeiro, pertencente a uma equipe multidisciplinar


responsável por esta atividade, deve assegurar uma abordagem unificada e coerente com
as vivências do indivíduo/grupo. Para tanto estes devem se sentirem respeitados e
participativos nas ações de melhoria da sua qualidade de vida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O enfermeiro como educador necessita não apenas de formação teórica como também de
práticas que desenvolvam sua visão crítica e inovadora para que possa aplicar da melhor
forma os conhecimentos adquiridos de acordo com as dificuldades da comunidade,
agindo como agente de saúde e facilitador.

Enfim, este compromisso implica também, considerar as diferentes dimensões presentes


na educação: a técnica, a humana, a política, a histórica, a social, a cultural, a ética, a
estética, a epistemológica, a filosófica, a psicológica, a afetiva, superando visões e
concepções, lineares que tendem a alienar os sujeitos envolvidos no processo. Cumpre-
nos aproveitar, com responsabilidade, as oportunidades tão duramente conquistadas, a
fim de fazer crescer nossa participação na sociedade brasileira e usufruirmos tudo o que
temos feito por merecer.
Por fim, cabe ressaltar que a produção do conhecimento para o enfermeiro é importante,
mas se essa produção não for socializada para as demais áreas de conhecimento-saúde
e educação- não haverá ações de promoção de saúde.

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PREVENÇÃO DE DOENÇAS

A saúde pública (saúde coletiva) é definida genericamente como campo de conhecimento


e de práticas organizadas institucionalmente e orientadas à promoção da saúde das
populações.

Diferença entre Prevenção e Promoção.


O termo 'prevenir' tem o significado de preparar; chegar antes de; dispor de maneira que
evite (dano, mal); impedir que se realize.
A prevenção em saúde exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento da
história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença.
As ações preventivas definem-se como intervenções orientadas a evitar o surgimento de
doenças específicas, reduzindo sua incidência e prevalência nas populações. A base do
discurso preventivo é o c o n h e c i m e n t o ep id em io ló gico moderno; seu objetivo é o
controlo da transmissão de doenças infecciosas e a redução do risco de doenças
degenerativas ou outros agravos específicos. Os projetos de prevenção e de
educação em saúde estruturam-se mediante a divulgação de informação científica e de
recomendações normativas de mudanças de hábitos.
►PROMOVER' tem o significado de dar impulso a; fomentar; originar; gerar. Promoção
da saúde define-se, tradicionalmente, de maneira bem mais ampla que prevenção, pois
refere-se a medidas que "não se dirigem a uma determinada doença ou desordem, mas
servem para aumentar a saúde e o bem-estar gerais".
As estratégias de promoção enfatizam a transformação das condições de vida e de
trabalho que conformam a estrutura subjacente aos problemas de saúde, demandando
uma abordagem intersectorial.
A Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde, realizada em Ottawa (1986),
postula a ideia da saúde como qualidade de vida resultante de complexo processo
condicionado por diversos fatores, tais como, entre outros, alimentação, justiça social,
ecossistema, renda e educação.

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NÍVEIS DE PREVENÇÃO
É difícil estabelecer unanimidade quanto ao número de NÍVEIS DE PREVENÇÃO a
distinguir e às “fronteiras” precisas que separam cada um deles. A posição mais
abrangente reconhece cinco níveis: Prevenção primordial, primária, secundária, terciária e
quaternária.
1. PREVENÇÃO PRIMORDIAL

Tem por objectivos evitar a emergência e o estabelecimento de estilos de vida que


aumentem o risco de doença. Ao prevenir padrões de vida social, económica ou cultural
que se sabe estarem ligados a um elevado risco de doença, promove-se a saúde e o
bem-estar e diminui-se a probabilidade de ocorrência de doença no futuro.

Para tal, procura-se elaborar e aplicar políticas e programas de promoção de


“determinantes positivos de saúde”, na população em geral e em grupos selecionados.
Temos como exemplos:
Legislação para criação de espaços livres de fumo do tabaco
Plano nacional de saúde escolar.
Plano nacional para a acção ambiente e saúde.
Regulamentação para a segurança alimentar com implementação obrigatória do sistema
de análise e gestão do risco.

Através destas medidas, prevê-se e pretende-se que o impacto na saúde pública seja
notável, já que os programas e políticas têm como alvo um grande número de indivíduos
e porque um mesmo “determinante positivo” ou comportamento saudável tem efeitos
benéficos múltiplos na saúde (protecção de várias doenças). Por exemplo, a prevenção
do tabagismo contribui para a prevenção de doenças respiratórias, oncológicas e
cardiovasculares.

2. PREVENÇÃO PRIMÁRIA

Visa evitar ou remover factores de risco ou causais antes que se desenvolva o


mecanismo patológico que levará à doença. Recorre a meios dirigidos ao nível individual,

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a grupos selecionados ou à população em geral. Desta feita, espera-se a diminuição da
incidência da doença pelo controlo de factores de risco ou causas associadas, bem como
a diminuição do risco médio de doença na população.

Como exemplos deste tipo de prevenção, temos:


a)-Imunização (vacinação) contra algumas doenças infecto-contagiosas
b)-Toma de vitamina D pelas crianças para prevenir o raquitismo
c)-Uso de preservativos para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis
d)-Uso de seringas descartáveis pelos toxicodependentes, para prevenir infecções como
VIH/SIDA e hepatites.

3. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA

Corresponde à deteção precoce de problemas de saúde em indivíduos presumivelmente


doentes, mas assintomáticos para a situação em estudo. Pretende-se, ainda, que haja
uma aplicação imediata de medidas apropriadas, com vista ao rápido restabelecimento da
saúde ou, pelo menos, um condicionamento favorável da evolução da situação, com cura
e/ou redução das consequências mais importantes da doença.

Este nível de prevenção pressupõe o conhecimento da história natural da doença, a


existência de um período de deteção precoce suficientemente longo (período pré-clínico
ou assintomático) e facilmente detectável, e que seja passível de tratamento que
interrompa a evolução para estádios mais graves. Assim, espera-se que haja diminuição
da prevalência da doença, essencialmente pela diminuição da duração da mesma.

Temos como exemplos:


a) Rastreio dos cancros do colo do útero, da mama, da próstata, do cólon e recto.
b) Rastreio e vigilância da pressão arterial, glicémia ou dislipidémia
c) Realização dos testes de avaliação de acuidade auditiva e visual no âmbito da saúde
ocupacional.
d) Provas cutâneas e radiografia do tórax para o rastreio e diagnóstico precoce da
tuberculose.

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4. PREVENÇÃO TERCIÁRIA

Este tipo de prevenção tem como objetivos:

1)- Limitar a progressão da doença, circunscrevendo-a.

2)- Evitar ou diminuir as consequências ou complicações da doença como as


insuficiências, incapacidades, sequelas, sofrimento ou ansiedade, morte precoce.

3)- Promover a adaptação do doente às consequências inevitáveis (situações incuráveis).

4)- Prevenir recorrências da doença, ou seja, controla-la e estabiliza-la.

Para atingir estes objectivos, é frequente (e necessária) a intervenção associada da


medicina preventiva e da medicina curativa. Com efeito, é muitas vezes difícil
individualizar os seus papéis e sobressai, não raras vezes, a prevenção exercida
fundamentalmente através de terapêutica, controlo e reabilitação médicas. Não obstante
essa situação, há múltiplos exemplos de acções de carácter não médico e que são
fundamentais para a potenciação da capacidade funcional do indivíduo, melhoria
significativa no seu bem-estar, reintegração familiar e social e até diminuição dos custos
sociais e económicos dos “estados de doença”.
a) Realização de sessões formativas/educativas nas escolas e locais de trabalho para
eliminar atitudes fóbicas em relação a indivíduos seropositivos para o VIH.
b) Reintegração de trabalhadores na empresa que por algum tipo de incapacidade (pós-
traumática, sequelas de politraumatismos, etc.) não possam voltar a realizar o mesmo
tipo de actividades
c) Educação, formação e apetrechamento necessários à autonomia de indivíduos
invisuais.

5. PREVENÇÃO QUATERNÁRIA

Trata-se dum nível de prevenção recentemente introduzido − “o 5º nível”. Apesar de


desconhecido ou não aceite por muitos, este nível de prevenção assenta num conjunto de
evidências e argumentos de contexto muito actual e premente.

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É sabido que a população − concretamente dos países mais desenvolvidos − se encontra
em progressivo envelhecimento, e que tal facto determina o aumento de doenças crónico-
degenerativas, doenças do foro oncológico, com necessidade de cuidados assistenciais
de toda a ordem, designadamente continuados e paliativos. Nesse sentido, a alteração da
estrutura familiar e da dinâmica social também contribuem para a institucionalização dos
idosos, internamentos mais prolongados (até em fase terminal), decorrendo também uma
maior solicitação de assistência.

Como consequência de todos estes factores e realidades, resultam uma sociedade


dependente e “hipermedicalização ”, a “rotulagem” indevida e a “epidemia de riscos”,
efeitos secundários da utilização excessiva (iatrogenias), custos crescentes e desperdício
em saúde.

Perante este cenário, a prevenção quaternária tem como objectivos:


a) Evitar o excesso de intervencionismo médico e suas consequências (ou iatrogenias)
b) Detectar indivíduos em risco de sobretratamento (“hipermedicalização”), para os
proteger de novas intervenções médicas inapropriadas
c) Sugerir, subsequentemente, alternativas eticamente aceitáveis por forma a curar sem
dano
d) Capacitar os utentes, enquanto consumidores de cuidados de saúde, quanto às
implicações (individuais, sociais, económicos) do consumo inapropriado
e) Salientar a importância de “análise das decis es clínicas” no aumento da qualidade do
acto médico, no complemento e reforço do julgamento e decisão clínicos, na utilização
dos métodos de diagnósticos e tratamento, na prescrição criteriosa e adequada
técnico-cientificamente, na racionalidade económica e do acto médico.

Em suma, este nível preventivo visa, genericamente, evitar ou atenuar o excesso de


intervencionismo médico − actos desnecessários ou injustificados, “passivos” ou “activos”.

Relativamente aos utentes, há que os capacitar, enquanto consumidores de cuidados de


saúde:
Quanto às implicações (individuais, sociais, económicas) do consumo inapropriado
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Quanto à aceitação e uso de informação necessária e suficiente para poderem tomar
decisões autónomas, sem falsas expectativas
Quanto ao conhecimento das vantagens e desvantagens dos métodos de diagnósticos e
tratamento propostos
Quanto à promoção de fontes independentes de informação em saúde

CAPITULO IV- MATERIAL DE ENSINO.

Conceitos

►Material ou meio de ensino é um recurso utilizado na aplicação de método e por


intermedio do qual a mensagem é transmitida.

►Os meios de ensino ou materias de ensino são objectos ilustrados os quais têm
diferentes formas de utilização com frequência na aplicação de diferentes técnicas
educativas.

Objectivo: servem de apoio para a transmissão de conteúdos.

Classificação do material de ensino.

1- Objectos reais.
2- Meios audiovisuais.

Os objectos reais dividem-se:

- Amostras; temos (papel, areia e pauzinhos).

- Material dissecado- temos (aves, ratos e serpentes).

- Maquetas.

- Manequins.

Os meios audiovisuais directos dividem-se:

- Quadro preto.

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- Apagador.

- Flanelografos.

- Impressos--- têm; livros, conferencias, boletins, jornal, lâminas fotográficas.

- Meios sonoros— têm; televisão e radio.

- Gravadores- dispositivos que captam os sons.

- Filmes, tem projeções mudas e sonoras.

. Computadores --- internet, faecebook, youtube entre outros.

Meios visuais e gráficos.

Estes se utilizam para escrever de forma que os estudantes possam observar


determinado conteúdo.

Vantagens de meios visuais: (ex. Electro projetor)

1- Facilita a comunicação visual entre o docente e o discente.


2- Serve para sistematizar a ideia apresentada.
3- Demonstra ao aluno a vontade de participar

Desvantagem de meios visuais.

1- Requer perícia pelo empregador.


2- Tem um alto valor económico.

CARTAZES.

Cartaz é um quadro desenhado ou fixas as figuras, que se impõem para transmitir uma
mensagem ou ideia para criar uma impressão intensa e duradora.

Objectivo de empregar cartazes em saúde;

1- Para motivar o aprendizado.


2- Orientar os pacientes (utentes).

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3- Captar atenção.
4- Comunicar uma ideia ou facto.

Vantagem do uso de cartazes em saúde.

1- É de alcance amplo ou seletivo através da colocação em áreas geográficas especificas.


2- É relativamente barato.
3- Requer menos esforço por parte do público para selecionar ou sintetizar a mensagem.
Sobretudo dos analfabetos.
4- Reforça o tema ou símbolo gráfico da campanha.

Desvantagem de uso de cartazes em saúde.

1- Tempo muito curto de exposição da mensagem.


2- A mensagem pode ser curta.
3- Se se utilizar apenas palavras ou frases, a mensagem não é captada pelos analfabetos.
4- Requer tempo e esforço para a fixação.
5- Pode haver espaço limitada ou mesmo indisponível para cartazes.
6- Requer autorização das autoridades locais e dos utentes dos espaços.

Nota importante sobre a utilização dos cartazes.

Um cartaz deve atrair a atenção das pessoas e tem de transmitir uma mensagem. Por
esse facto a mensagem deve ser interessante e a sua mensagem tem que ser clara.

O tema e a imagem devem dizer a mesma coisa. Neste caso se a mensagem é


complicada talvez a banda desenhada seja a mais apropriada, tendo em consideração o
nível académico e social da comunidade alvo.

Para o público-alvo que não esta acostumado a ver este tipo de material gráfico
recomenda-se:

1- Usar desenhos completos de pessoas, não cortar partes do corpo.


2- Evitar demasiado pormenor, que eventualmente pode confundir os leitores.

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3- Ter cuidado de uso de fotografias, com má impressão, interpretação difícil longe da
realidade social, cultural, político e religioso.
4- Respeitar as suas crenças.

Flanelógrafo

São auxiliares pedagógicos dinãmicos que têm a principal vantagem de manter o auditório
interessado até ao final da demostração.

Ajudam a concentrar a atenção sobre os pontos essenciais da mensagem e são


particularmente eficazes para suscitar a participação dos espectadores.

É económico, facil de transportar,ajuda a manter atenção em palestras, na apresentação


de gráficos e como quadro de anuncios.

Album sereado

É um meio que consiste numa série de desenhos, fotografias ou cartazes ordenados que
focam um tema. As folhas do álbum estão fixados em ordem como um livro. Cada folha
ilustra um passo de cada aula.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1-MINSA-ANGOLA- Manual de Educação para saúde (2000)

2-BORDENAVE, J. D- Estratégias de ensino e aprendizagem, vozes editoras (2001)

3-WARNER, D- Onde não ha médico S. Paulo (1999)

4-WARNER E BOWER, B.- Ensinando e aprendendo a cuidar da saúde (2009)

5-SCTNEYN-Educação para saúde , manual do pessoal de saúde da zona rural (2000)

6-B. W. DU. GAS- Enfermagem prática 4º edição


7- A Qualidade da Educação: Conceitos e Definições Anexo 1 Luiz Fernandes Dourado João
Ferreira de Oliveira Catarina de Almeida Santos 2016

8-José Sérgio Marcondes – CES-comunicação -2021

9-https://www.researchgate.net › publication › 2educação 20221


10https://pt.slideshare.net › raianacansianlima educação - Carlos Rodrigues
Brandão.pdf 2022

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