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1ª AULA

HUMANIZAÇÃO

Paciente crítico: paciente com instabilidades hemodinâmicas (SSVV). Pode ter falência de um ou múltiplos
sistemas e faz uso de drogas vasoativas, por exemplo. Na Terapia Intensiva a maioria dos pacientes são
submetidos a ventilação mecânica. Os cuidadores e/ou familiares possuem voz no tratamento de pacientes
principalmente quando o cliente em questão está em coma ou impossibilitado de falar.

CONTEXTO HISTÓRICO
1. Na década de 70 começaram estudos para avaliar a qualidade do cuidado;
2. Década de 80: o serviço de saúde passa a ser judicializado para julgar a qualidade do cuidado
(julgamento das instituições) - reclamações sobre como o cuidado era prestado, a política de
humanização e a sistematização do cuidado passam a ser desenvolvidos;
3. Em 1999 foi implementada a lei 8080;
4. Em 2001 foi implementada a humanização nos serviços de saúde, mas não atendida a APS
5. A Política de Humanização só foi publicada em 2003/2004;

No mundo atual a globalização, internacionalização, velocidade no processo de comunicação e flexibilidade


modernizaram o mundo mas apresentam tanto pontos positivos quanto negativos, como a possibilidade de
atualização em tempo real das notícias que ocorrem ao redor do mundo mas também comprometem a eficácia
da comunicação;

O comprometimento da comunicação prejudica o processo de cuidar porque ficamos presos apenas em sinais
e sintomas - comunicação e escuta ampliada é essencial;

O que importava? Competência médica e higiene hospitalar


- Preocupação com infecções hospitalares
- Preocupação excessiva com a técnica e a humanização era deixada de lado

Antes: Pacientes aglomerados que facilitava a contaminação


Depois: Pacientes isolados e cuidado centrado no usuário + família

Antigamente o paciente:
- deixava de ser cidadão
- era passivo às ordens médicas e da enfermagem

Atualmente o paciente:
- é um cidadão
- reconhece seus direitos
- vai a procura de solução de seus problemas e deseja ser bem atendido

Humanização: crítica à tradicional definição do humano como bondoso, humanitário (dicionário)


Humanização: assim em sua gênese indica a potencialização da capacidade humana de ser autônomo
Transformação dos modelos de atenção e de gestão nos serviços e sistemas de saúde. Iniciativas que visam a
produção de cuidados em saúde, capazes de conciliar a melhor tecnologia disponível com promoção de
acolhimento, respeito ético e cultural do paciente, etc.

Tecnologias do cuidado
Merhy (1997):

LEVE:
Definição: A tecnologia leve refere-se a intervenções e abordagens tecnológicas que não envolvem
equipamentos ou dispositivos complexos. Em vez disso, elas geralmente se concentram em aspectos
comportamentais, educacionais e de comunicação para melhorar a prestação de cuidados de saúde.

Exemplos: Programas de educação de pacientes, aconselhamento psicológico, treinamento de habilidades de


comunicação para profissionais de saúde, aplicativos de smartphone para rastrear sintomas ou fornecer
informações de saúde, e telemedicina baseada em conversas por vídeo são exemplos de tecnologia leve na
assistência à saúde.

LEVE-DURA:
Definição: A tecnologia leve e leve refere-se a intervenções que combinam elementos de tecnologia leve (como
comunicação, educação e suporte) com elementos de tecnologia dura (como equipamentos médicos ou
dispositivos). Essa abordagem integrada visa melhorar a qualidade dos cuidados de saúde, fornecendo suporte
tecnológico e recursos de informação.

Exemplos: Um exemplo seria um aplicativo de smartphone que não apenas fornece informações sobre
gerenciamento de doenças, mas também permite que os pacientes meçam seus sinais vitais e compartilhem
essas informações com seus médicos para monitoramento remoto

DURA
Definição: A tecnologia dura envolve o uso de equipamentos médicos, dispositivos e tecnologias avançadas
para diagnóstico, tratamento e monitoramento de pacientes. Isso inclui máquinas de ressonância magnética,
aparelhos de ultrassom, equipamentos de suporte à vida, dispositivos de monitoramento contínuo e outros
dispositivos médicos complexos.

Exemplos: Equipamentos de imagem médica, como tomógrafos computadorizados e equipamentos de


radioterapia, são exemplos de tecnologia dura. Da mesma forma, marcapassos cardíacos, próteses e implantes
médicos são exemplos de dispositivos de tecnologia dura

PNH - Política Nacional de Humanização, do MS


● lançada em 2003
● busca pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde
● Valorização dos diferentes usuários, trabalhadores e gestores - incentiva a comunicação entre os
atores e essa seria a forma de provocar mudanças para a melhora da saúde
● Oportunidade de uma maior autonomia e ampliação da capacidade de transformar a realidade em
que vive, através:
1. Responsabilidade compartilhada
2. Criação de vínculos solidários (equipe-paciente)
3. Participação coletiva (paciente-família-profissionais)

DIRETRIZES: Conceitos que norteiam o trabalho da PNH


1. Acolhimento: Reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde. O
acolhimento é construído coletivamente, a partir da análise dos processos de trabalho e seu objetivo
é a construção de relações de confiança, compromisso e vínculo - escuta qualificada é essencial;
2. Gestão Participativa e cogestão: Cogestão expressa a inclusão de novos usuários nos processos de
análise e decisão e a ampliação das tarefas da gestão;
3. Ambiência: Criação de espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a privacidade,
propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de encontro entre as pessoas;
4. Clínica ampliada e compartilhada: Clínica ampliada é uma ferramenta teórica e prática com a
finalidade de contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, considerando a
singularidade do sujeito e a complexidade do processo saúde/doença;
5. Valorização do trabalhador: Dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na tomada
de decisão, apostando na sua capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho;
6. Defesa dos direitos dos usuários: Os usuários de saúde possuem direitos garantidos por lei e os
serviços de saúde devem incentivar o conhecimento desses direitos e assegurar que eles sejam
cumpridos em todas as fases do cuidado.

PRINCÍPIOS
1. Transversalidade: Reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de saúde podem conversar
com a experiência daquele que é assistido. Juntos, esses saberes podem produzir saúde de forma
mais responsável - UNIR SABERES PARA PRODUZIR SAÚDE DE FORMA CORRESPONSÁVEL;

2. Indissociabilidade entre atenção e gestão: Já que as decisões da gestão interferem diretamente na


atenção à saúde os trabalhadores e usuários devem conhecer o funcionamento dos serviços e
participar ativamente do processo de tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de
saúde coletiva. Os usuários e sua rede sociofamiliar devem se responsabilizar pelo cuidado de si nos
tratamentos - assumir o protagonismo com relação a sua saúde - PARTICIPAR ATIVAMENTE DAS
TOMADAS DE DECISÃO DAS ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE E NAS AÇÕES DE SAÚDE COLETIVA;

3. Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos: As mudanças na gestão e


atenção são mais concretas se construídas com a ampliação da autonomia e vontade das pessoas
envolvidas, que compartilham responsabilidades - mudanças ocorrem com o reconhecimento do
papel de cada um - FAVORECER A PARTICIPAÇÃO DE TODOS OS ATORES ENVOLVIDOS (DAR VOZ) E A
CORRESPONSABILIDADE NO PROCESSO DE CUIDAR.

MAIS INFORMAÇÕES:
● Oferece uma diretriz global que contempla os projetos de caráter humanizador desenvolvidos nas
diversas áreas de atendimento à saúde, estimulando a criação e a sustentação permanente de
espaços de comunicação
● Regulamentada pela lei 8080 de 1999
● Comitê técnico que em 2000 elaborou um PNHAH - necessidade de integrar os diferentes modelos de
atenção porque nem todos os modelos entraram aqui e por isso a política de 2004 foi criada. A
política de 2004 englobava todos os modelos de cuidado
● PNH - 2004: Humaniza SUS
FORMAS DE HUMANIZAR
● Saber ouvir + acolhimento aliado a classificação de risco

DIFERENÇA
● Triagem: Atendimento por ordem de chegada, onde o foco está na queixa isolada do paciente sem
considerar a história dele;
● Acolhimento: Atendimento por ordem de gravidade (individualização do cuidado de acordo com a
queixa - a gravidade é classificada através da escuta ativa)

A humanização garantiu a integralidade do cuidado, não podemos ouvir apenas a queixa principal do paciente.
Precisamos entender toda a condição dele, buscando o equilíbrio entre a técnica e a humanização.

Descentralização - Resgatar o atendimento humanizado onde a equipe conversa e decide a melhor estratégia
de atendimento ao paciente - Reunir diferentes saberes para o melhor atendimento centrado no paciente.

LINGUAGEM: Não necessariamente precisa ser verbal


● é fundamental para a humanização
● linguagem verbal, não verbal, paraverbal
● Existem diferentes tipos de linguagem
● Comunicação não verbal complementa a verbal

FALTA DE COMUNICAÇÃO
● Gera desumanização

O paciente não se resume a um diagnóstico ou número de leito, ele é um ser humano com especificidades e
merece ser visto de tal forma para que receba um atendimento de qualidade. E para entender este paciente
por completo um aliado poderoso do profissional é a comunicação. Se temos a capacidade de falar, podemos
dialogar e ouvir apropriadamente para oferecer um atendimento de qualidade.

O CUIDADO DEVE INCLUIR E VALORIZAR: Estes elementos devem estar interligados e devemos ter em mente que
o processo de escuta é fundamental para a valorização de cada um desses itens
1. Família
2. Profissional
3. Ambiente

Surgimento da UTI/PS: Necessidades de aperfeiçoar e concentrar recursos materiais e humanos para o


atendimento a pacientes graves, em estado crítico, mas todos ainda como recuperáveis. Necessidade de
observação constante, assistência médica e de enfermagem contínua, centralizado os pacientes em um núcleo
especializado. A própria dinâmica não possibilita momentos de reflexão para o seu pessoal. Além de envolver
o cuidado ao paciente, a humanização estende-se a todos aqueles que estão envolvidos no processo
saúde-doença neste contexto, que são, além do paciente, a família, a equipe multiprofissional e o ambiente.
2ª AULA

ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

DEFINIÇÃO: “área crítica destinada à internação de pacientes graves, que requerem atenção profissional
especializada de forma contínua, materiais específicos e tecnologias necessárias ao diagnóstico, monitorização
e terapia.” (RDC 7/2010)

Contexto histórico:
1. O hospital Sírio inaugurou em 1971 a primeira UTI no Brasil (sem legislação vigente)

Antigamente
● Prognósticos ruins
● Sem perspectiva de sobrevivências
● Unidades fechadas
● Enfrentamento ao processo de doença sem auxílio da família

Quem precisa estar em uma UTI? Pacientes graves e instáveis hemodinamicamente


Central de regulação coordena a liberação dos leitos - os pacientes ficam em uma fila até surgir uma vaga e
serem direcionados para assumirem a vaga (cada hospital possui a própria divisão de unidades de terapia
intensiva)

Admissão na UTI
● A escassez de leitos especializados em cuidados intensivos para atender a demanda é um dos
principais limitantes para admissões em UTI
● Devido aos elevados custos despendidos com recursos de alta tecnologia, deve-se atentar para a
necessidade de se ocupar tais leitos com pacientes em reais probabilidades de recuperação
● SCCM elaborou critérios para a admissão na UTI com a finalidade de priorizar pacientes

Segundo a resolução CFM 2.156/2016 as admissões em UTI devem ser baseadas em:
1. diagnóstico e necessidade do paciente
2. serviços médicos disponíveis na instituição
3. priorização de acordo com a condição do paciente
4. disponibilidade de leitos
5. potencial benéfico para o paciente com as intervenções terapêuticas e prognóstico

Portaria 895 de 31 de março de 2017: Institui o cuidado progressivo ao paciente crítico ou grave com os critérios
de elegibilidade para admissão e alta, de classificação e de habilitação de leitos de terapia intensiva adulto,
pediátrico, UCO, queimados e cuidados intermediários adulto e pediátrico no âmbito do SUS

O paciente para ter prioridade n.1 para conseguir um leito precisa ter um bom prognóstico

O que ocorre na admissão?


● Recebimento do caso do paciente
● Organização da equipe
● Preparo do leito
● Recebimento do paciente pela equipe multidisciplinar: médico, enfermeiro, técnico, fisioterapeuta,
nutricionista - depois todos os pacientes participam da visita como a fono e o farmacêutico
● Avaliação do paciente pela equipe
● Realização das rotinas de admissão da unidade: cada hospital tem uma rotina, por exemplo coleta de
sinais vitais, sangue para exames laboratoriais, etc
● Orientações aos familiares: horário de visita, quantidade de visitantes, produtos de uso pessoal que o
paciente vai precisar

Legislações
Portaria 3.432/GM, de 12 de agosto de 1998: diferentes tipos de UTI
● Estabelece critérios de classificação entre as UTI, de acordo com a incorporação de tecnologia, a
especialização dos recursos humanos e a área física disponível
● Três tipos:
1. Unidades cadastradas pelo SUS são classificadas como tipo I
2. As unidades que comprovem o cumprimento das especificações do anexo desta portaria
poderão ser credenciadas pelo gestor nos tipos II ou III, de acordo com a necessidade de
assistência da localizada onde estão inseridas
3. A partir da data de publicação desta portaria, serão cadastradas somente unidades do tipo II
ou III. De 1998 em diante não houveram mais cadastros na unidade do tipo I

● UTI: unidades hospitalares destinadas ao atendimento de pacientes graves ou de risco, que dispõem
de assistência médica e de enfermagem ininterruptas, com equipamentos específicos próprios,
recursos humanos especializados e que tenham acesso a outras tecnologias destinadas a
diagnosticos e terapeutica
● Estas unidades podem atender os grupos etários:
I. Neonatal: 0-28 dias
II. Pediátrico: 28 dias a 14 ou 18 anos, de acordo com as rotinas hospitalares internas
III. Adulto: maiores de 14 ou 18 anos de acordo com as rotinas hospitalares internas
IV. Especializada: voltada para pacientes atendidos por determinada especialidade ou
pertencentes a grupo específico de doenças

● UTI especializada é destinada a assistência a pacientes selecionados por tipo de intervenção, como
cardiopatas, neurológicos, cirúrgicos, entre outras;
● Saída de água tratada para conectar a máquina de diálise - apenas assim podemos ter um leito
dialítico

UTI tipo II
Equipe Básica composta por:
● Um responsável técnico com título de especialista em medicina intensiva, um médico diarista com
título de especialista em medicina intensiva e um médico plantonista exclusivo para até 10 leitos, por
turno de trabalho
● Um enfermeiro coordenador, exclusivo da unidade, responsável pela área de enfermagem; 1
enfermeiro exclusivo da unidade, para cada 10 leitos, por turno de trabalho
● Um fisio para cada 10 leitos no turno da manhã e da tarde
● Um auxiliar ou técnico de enfermagem para cada dois leitos, por turno de trabalho
● Um funcionário exclusivo responsável pelo serviço de limpeza
● Acesso a cirurgião geral ( ou pediátrico), torácico, cardiovascular, neurocirurgião ou ortopedista

O hospital deve contar com:


● laboratórios de análises clínicas disponível 24 horas por dia
● agência transfusional disponível 24 horas por dia
● gasômetro
● ultra-sonógrafo
● eco-doppler-cardiǵafo
● laboratório de microbiologia
● terapia renal substitutiva
● aparelho de raio-x móvel
● serviço de nutrição parenteral (acesso central exclusivo) e enteral (sonda naso)
● serviço social
● serviço de psicologia

O hospital deve contar com acesso a:


● estudo hemodinâmico
● angiografia seletiva
● endoscopia digestiva
● fibrobroncoscopia
● eletroencefalografia

Materiais e equipamentos necessários


● cama, monitor, ventilador pulmonar, oxímetro de pulso, bomba de infusão, conjunto de NBZ
● conjunto padronizado de beira leito, contendo termômetro, esfigmo, estetoscópio, ambu com máscara
(ressuscitador manual), um para cada leito
● bandejas para procedimentos de: diálise peritoneal, drenagem torácica, toracotomia, punção
pericárdica, curativos, acesso venoso profundo, punção lombar, sondagem vesical e traqueostomia
● monitor de pressão invasiva
● marcapasso cardíaco externo, eletrodos e gerador na unidade
● maca de transporte com cilindro de oxigênio, ventilador pulmonar de transporte
● máscara de venturi, aspirador portátil, negatoscópio, oftalmoscópio, otoscópio
● pontos de oxigênio e ar comprimido medicinal com válvulas reguladoras de pressão e pontos de
vácuo para cada leito

Humanização:
● climatização
● iluminação natural
● divisórias entre os leitos
● relógio visível para todos os leitos
● garantia de visitas diárias dos familiares, à beira leito
● garantia de informações da evolução diária dos pacientes aos familiares por meio dos boletins

UTI TIPO III


Além dos requisitos da UTI tipo II, devem contar com:
● Espaço mínimo individual por leito de 9m2
● Avaliação através do APACHE II se for UTI adulto
● Além da equipe básica (exigida pelo tipo II) deve conter: um médico plantonista para cada 10
pacientes (especialista em medicina intensiva reconhecido pela AMIB), enfermeiro exclusivo da
unidade, fisioterapeuta exclusivo da UTI)
● Acesso a serviço de reabilitação

APACHE II: sistema de classificação que determina índices de gravidade de um paciente internado em uma UTI

Além dos requisitos exigidos para a UTI tipo II, o hospital deve possuir condições de realizar exames de:
● tomografia computadorizada
● anatomia patológica
● estudos hemodinâmicos
● angiografia seletiva
● fibrobroncoscopia
● ultrassonografia portátil

Materiais
● monitor de pressão invasiva, equipamentos de ventilação não-invasiva, capnógrafo, equipamentos
para fototerapia (UTI neonatal) e marcapasso transcutâneo

(Toda UTI especializada é a UTI tipo III)

Resolução - RDC 50 de 21 de fevereiro de 2002: estrutura física dos estabelecimentos de saúde


Localização:
● Deve ter uma área geográfica distinta dentro do hospital
● Deve permitir fácil acesso aos elevadores, centro cirúrgico, pronto socorro e serviços de laboratório e
radiologia
● tabela de requisitos estabelecidos pela RDC

Distância entre os leitos


● mínimo de 3m de largura, 1m em cada lateral mais 1m para a cama
● entre os leitos: mínimo de 2m com separação móvel entre eles
● pé da cama: 1,2m
● entre leitos e parede: mínimo 1 m

Lavatórios
● 1 lavatório a cada 5 leitos de não isolamento
● torneiras de comando que dispense o contato com as mãos para fechar ou abrir a torneira
● sabão degermante e papeleira para secagem das mãos
● provisão de antisséptico junto às torneiras de lavagem das mãos

Tomadas e iluminação
● 11 tomadas (desejável 16) para equipamentos por leito
● acesso para aparelho transportável de raio x distante no máximo 15m de cada leito
● deve-se levar em conta o fato de assistência de ambas as voltagens, 110v e 220v
● nível de ruído: dia 45 dB / noite: 40dB /madrugada 20dB

Instalação de gases
● oxigênio: 2 para cada leito
● vácuo: 2 por leito
● ar comprimido: 1 (?)

Ambientes de apoio
● sala de utilidades
● sala de espera para acompanhantes e visitantes
● secretaria
● rouparia
● depósito de material de limpeza
● depósito de equipamentos e materiais
● área de estar para a equipe de saúde
● sanitários e vestiários masculino e femino para funcionários
● sanitário e lavatório para pacientes (geral)
● sanitário público (junto sala de utilidades, sala de espera para acompanhantes e visitantes)
● quarto de plantão
● copa
● banheiro para quarto de plantão

Resolução 7 de 24 de fevereiro de 2010: requisitos mínimos para funcionamento da UTI. Foi modificado pela
RDC 26 de maio de 2012

Art. 13:
● deve ser formalmente designado um responsável técnico médico, um enfermeiro coordenador da
equipe de enfermagem e um fisioterapeuta coordenador da equipe de fisio, assim como seus
respectivos substitutos
● o responsável técnico deve ter título de especialista em medicina intensiva para responder por UTI
(adulto; pediátrica ou neonatal)
● os coordenadores de enfermagem e de fisioterapia devem ser especialistas em terapia intensiva
(adulto, pediátrica ou neonatal) - resolução 137 de 2017

Recursos humanos
● designada uma equipe multiprofissional, legalmente habilitada, a qual deve ser dimensionada,
quantitativa e qualitativamente, de acordo com o perfil assistencial:
I. Médico diarista/rotineiro: 1 para cada 10 leitos ou fração, nos turnos matutino e vespertino
II. Médico plantonista: mínimo 1 para cada 10 leitos ou fração, em cada turno
III. Enfermeiro assistencial: mínimo 1 para cada 10 leitos ou fração, em cada turno (Resolução
RDC 26, 11 de maio de 2012)
IV. Fisioterapeuta: mínimo de 1 para cada 10 leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e
noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação
V. Técnico de enfermagem: mínimo de 1 para cada 2 leitos em cada turno, além de 1 técnico por
UTI para serviços de apoio assistencial em cada turno (Resolução - RDC 26, 11 de maio de
2012)
VI. Auxiliares administrativos: mínimo de 1 exclusivo da unidade
VII. Funcionários exclusivos: para serviço de limpeza da unidade, em cada turno

Art. 15: Médicos plantonistas, enfermeiros assistenciais, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem devem estar
disponíveis em tempo integral para a assistência aos pacientes internados na UTI, durante o horário em que
estão escalados. Todos os profissionais devem estar imunizados contra tétano, difteria, hepatite B e outros
imunobiológicos, de acordo com a NR 32 - Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde estabelecida
pela portaria 485, de 11 de novembro de 2005

Educação continuada
● A equipe deve participar de um programa de educação continuada, contemplando, no mínimo:
normas e rotinas técnicas desenvolvidas na unidade; incorporação de novas tecnologias;
gerenciamento dos riscos inerentes às atividades desenvolvidas na unidade e segurança de pacientes
e profissionais, e prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde
● Ao serem admitidos à UTI, os profissionais devem receber capacitação para atuar na unidade

Recursos de apoio
● o hospital em que a UTI está inserida deve dispor, na própria estrutura hospitalar, as seguintes
estruturas à beira do leito
1. assistência nutricional
2. terapia nutricional (enteral e parenteral)
3. farmacêutica
4. fonoaudiológica
5. psicológica
6. odontológica: pneumonia e infecção
7. assistência social
8. clínica vascular
9. assistência de terapia ocupacional
10. clínica cardiovascular
11. neurológica
12. ortopédica
13. urológica

Outros recursos de apoio:


● gastroenterologia, nefrologia (inclui hemodiálise), hematologia e hemoterapia, oftalmológica,
otorrinolaringológica, infectologia, clínica ginecológica;
● cirurgia geral, serviço de laboratório clínico (inclui microbiologia e hemogasometria), serviço de
radiografia móvel, serviço de ultrassonografia portátil
● serviço de endoscopia digestiva alta e baixa, serviço de fibrobroncoscopia
● serviço de diagnóstico clínico e notificação compulsória de morte encefálica

Art.20: Deve ser garantido acesso aos seguintes serviços diagnósticos e terapêuticos, no hospital onde a UTI
está inserida ou em outro estabelecimento, por meio de acesso formalizado
● cirurgia cardiovascular, vascular, neurológica, ortopédica, urológica, buco-maxilo-facial
● radiologia intervencionista
● ressonância magnética
● tomografia computadorizada
● anatomia patológica: exame comprobatório de fluxo sanguńeo encefálico

Recursos materiais
● A UTI deve dispor de materiais e equipamentos de acordo com a complexidade do serviço e
necessários ao atendimento de sua demanda
● Os materiais e equipamentos devem estar íntegros, limpos e prontos para uso
● Devem ser realizadas manutenções preventivas e corretivas nos equipamentos em uso e em reserva
operacional, de acordo com a periodicidade estabelecida pelo fabricante ou pelo serviço de
engenharia clínica da instituição
● devem ser mantidas na unidade cópias do calendário de manutenções preventivas e o registro das
manutenções realizadas

Recursos materiais:
● cada leito adulto: bomba de infusão, fita métrica, etc
● outros: gerador de marcapasso, aparelho de ECG, estetoscópio, carrinho de emergência , ventilador
mecÂnico, laringoscópio, aspirador portátil, máscara de venturi, umidificador, cilindro de O2,
geladeira, otoscópio, aparelho de glicemia
● uso de roupa privativa em cumprimento pela norma reguladora 32
PROCESSOS DE TRABALHO
● todo paciente internado deve receber assistência integral e interdisciplinar
● a evolução do estado clínico, as intercorrências e os cuidados prestados devem ser registrados pela
equipe médica, de enf e de fisioterapia no prontuário, em cada turno, e atendendo a regulamentação
dos respectivos conselhos de classe profissional e normas institucionais
● as assistências farmacêutica, psicológica, fonoaudióloga, social, odontológica, nutricional, de terapia
nutricional e ocupacional devem estar integradas às demais atividades assistenciais prestadas ao
paciente, sendo discutida conjuntamente pela equipe multiprofissional
● Avaliação da unidade: monitoramento e registro de avaliação do desempenho e do padrão de
funcionamento global da uti, assim como de eventos que possam indicar necessidade de melhoria da
qualidade da assistência, com o objetivo de estabelecer medidas de controle ou redução dos
mesmos. Deve ser calculado o índice de gravidade, índice de prognóstico dos pacientes internados na
UTI, por meio de um sistema de classificação de severidade de doença recomendado por literatura
científica especializada

Art. 49: Os pacientes internados devem ser avaliados por meio de um sistema de classificação de necessidades
de cuidados de enfermagem recomendado por literatura científica especializada. Inciso 1º: o enfermeiro
coordenador da UTI deve correlacionar as necessidades de cuidados de enfermagem com o quantitativo do
pessoal disponível, de acordo com um instrumento de medida utilizado

Gerenciamento de riscos e notificação de eventos adversos (exemplo de instrumento que pode ser utilizado) +
livro de relatório + evolução de enfermagem

Prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde


● devem ser cumpridas medidas de prevenção e controle de IRAS definida pelo programa de controle de
infecção do hospital
● A CCIH deve estruturar uma metodologia de busca ativa das infecções relacionadas a dispositivos
invasivos, microrganismos multirresistentes e outros de importância clínico-epidemiológica, além de
identificação precoce de surtos
● divulgar os resultados da vigilância das infecções e perfil de sensibilidade dos microrganismos à
equipe multi da UTI, visando a avaliação periódica das medidas de prevenção e controle
● as ações de prevenção e controle de IRAS devem ser baseadas na avaliação dos indicadores da
unidade
● a equipe da uti deve aderir às medidas de precaução padrão, e às medidas de precaução baseadas na
transmissão (contato, gotícula e aerossóis)
● a equipe da UTI deve proceder ao uso racional de antimicrobianos
● devem ser disponibilizados os insumos, produtos, equipamentos e instalações necessários para as
práticas de higienização das mãos
● adotar medidas de precaução de contato após a identificação de pacientes colonizados: medida mais
importante para prevenção da disseminação destes agentes

Indicadores
● visam medir a eficiência dos processos assistenciais
● a avaliação da qualidade dos procedimentos com uso de indicadores é importante e necessária
porque os seus resultados fornecem dados que possibilitam a elaboração de diretrizes e parâmetros
sobre o cuidado prestado, com foco na melhoria dos processos e procedimentos
● pesquisas na UTI

Transporte de paciente grave - Protocolos


● a decisão de transportar um paciente dentro do hospital deve se basear na avaliação dos riscos e
benefícios associados ao transporte
● comunicação/equipe preparada e treinada: recomendável um número mínimo de dois profissionais no
transporte
● pacientes graves, quando transportados, apresentam maior morbidade e mortalidade, que podem ser
minimizadas se o transporte for planejado de forma consciente, se os recursos humanos forem bem
preparados e se os equipamentos forem adequados
● equipe/equipamentos: ventilador de transporte, oxigênio, equipamento para manuseio de vias aéreas,
maleta de transporte
● a monitorização mínima composta por: monitor cardíaco, de pressão arterial, de frequência
respiratória e oximetria de pulso
● paciente que está fazendo uso de droga: médico acompanha/ sem uso de drogas: o enfermeiro

Art. 24: devem ser assegurados, por todos os profissionais que atuam na UTI, os seguintes itens:
● preservação da identidade e da privacidade do paciente, assegurando um ambiente de respeito e
dignidade
● fornecimento de orientações aos familiares e aos pacientes, quando couber, em linguagem clara,
sobre o estado de saúde a assistência a ser prestada desde a admissão até a alta
● ações de humanização da atenção à saúde
● promoção de ambiência acolhedora
● incentivo à participação da famĺlia na atenção ao paciente, quando pertinente
● visita diaria
● a equipe deve orientar visitantes e acompanhantes quanto às ações que visam a prevenção e o
controle de infecções, baseadas nas recomendações da CCIH

Visitas na UTI
● orientações sobre o funcionamento da unidade, horário e número de visitantes por períodos
● a equipe deve orientar visitantes e acompanhantes quanto às ações que visam a prevenção e o
controle de infecções, baseadas nas recomendações da CCIH
● visita estendida: condições especiais (idosos, pessoas entrando em delírio, etc)
● acompanhamento contínuo: condições especiais

Perfil do enfermeiro
● estar capacitado a exercer atividades de maior complexidade com conhecimento técnico e científico
consolidado
● poder de decisões rápidas e concretas
● capacidade de liderança
● iniciativa
● habilidade de ensino
● estabilidade emocional
● capacidade de avaliar, sistematizar e decidir sobre o uso apropriado de recursos humanos, físicos,
materiais e de informação no cuidado ao paciente, visando o trabalho em equipe, a eficácia e
custo-efetividade
● compromisso com desenvolvimento profissional: capacitações, especializações, etc
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO PS
O paciente do PS precisa de atendimento imediato e nem sempre vai correr risco de morte;
Existem PS de porta aberta ou fechada, a UTI sempre é de porta fechada;
PS de porta fechada: parecido com UTI.

Paciente instável hemodinamicamente, hipotenso, realizou laparotomia (exsudato seroso), dreno.


Resposta: Passar as informações para a equipe (incluindo médico, técnico e fisio). O técnico prepara o leito e
devemos deixar à disposição um ventilador e suporte de dreno. Solicitar uma bomba de infusão e já deixar
tudo encaixado para quando o paciente chegar.
O doente chegou? Monitorização dos sinais vitais
Está ok? Dar continuidade aos cuidados

PS porta aberta: Não conseguimos organizar o cuidado porque não sabemos quem pode chegar
O paciente chega - toda a equipe entra - depois de estabilizado, tudo ok

Desconexão do dreno torácico: Risco de pneumotórax (por isso precisamos do suporte)

Definição: Estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência a doentes, com ou sem risco de morte,
cujos agravos à saúde necessitam de atendimento imediato. Funciona durante às 24 horas do dia

Tipos:
1. Porta aberta: demanda espontânea e referenciada
2. Porta fechada: exclusivamente por regulação ou referenciado

Urgência e Emergência
● Emergência: atendimento imediato porque existe risco iminente de morte (ex.: fratura de osso longo).
Constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco
iminente de morte, exigindo portanto, tratamento médico imediato - risco iminente de morte
● Urgência: Ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de morte, o portador
precisa de assistência médica imediata - sem risco iminente de morte

Equipe
● médico: responsável técnico (apenas um por serviço de urgência e emergência)
● equipe médica (24h)
● especialidades de acordo com o perfil da unidade
● enfermeiro coordenador
● equipe de enfermagem (24h)

Unidades de emergência
● são próprias de hospitais de grande porte: capacidade de 151 a 500 leitos
● podem ser previstas para hospitais de pequeno e médio porte: até 50 leitos e de 51 a 150 leitos
● para permanência do paciente por até 48 horas
● possuir um conjunto de elementos que atendam às exigências do atendimento imediato: sempre ter
especialistas que possam atender em possível intercorrẽncias, por exemplo, uma queda do leito de
madrugada (avaliação do neurologista)
Localização
● devem ser localizadas em pavimento térreo, com ampla entrada, independente e coberta, com via de
acesso sinalizada e espaço suficiente para a livre circulação de ambulância

Acesso
● devem possuir fácil acesso aos serviços complementares de diagnóstico e tratamento
● representa a “porta de entrada” única para as internações: área de grande movimentação, causa
desconforto em grande parte dos familiares e pacientes levando-os a desgastes físicos e emocionais -
angústia

Infraestrutura
● sala de recepção e espera, com banheiros para usuários
● sala para arquivo de prontuários ou fichas de atendimento do paciente
● sala de classificação de risco
● área para higienização
● consultórios
● sala para assistente social
● sala de procedimentos (sutura, recuperação, administração de medicamentos)
● área para nebulização
● sala para reanimação e estabilização: alguns não tem porque a sala para reanimação é o próprio box
do paciente
● salas para observação e isolamento
● posto de enfermagem
● banheiro completo
● depósito para resíduos sólidos
● depósito para material de limpeza
● vestiários e banheiros para profissionais
● farmácia
● almoxarifado
● sala para redução de fraturas e colocação de gesso (serviço traumatológico)
● energia elétrica de emergência (gerador)
● circuitos de iluminação distintos
● sistema de abastecimento de gás medicinal: saída dos seguintes gases - oxigênio (2), ar comprimido
(2) e vácuo (1 ou 2). Quem consome ar comprimido? Ventilador - Ventilar manualmente quando a
máquina apresenta defeitos
● corredores e portas dimensionadas para o acesso de macas e cadeiras de rodas

Materiais e equipamentos
● estetoscópio adulto e infantil
● esfigmo adulto e infantil
● otoscópio adulto e infantil
● oftalmoscópio
● BVM adulto e infantil
● desfibrilador
● marcapasso externo
● monitor cardíaco
● oxímetro de pulso
● eletrocardiógrafo
● glicosímetro

Outros recursos materiais: cilindro, pranchas, colar cervical ventilador, aspirador, carrinho de parada,
marcapasso, ECG, estetoscópio, esfigmo, otoscópio, oftalmoscópio, etc

Recursos assistenciais
● cirurgia geral
● obstétrica e ginecológica
● clínica e cirurgia vascular
● clínica e cirurgia neurológica
● ortopédica e traumatológica
● oftalmológica
● urológica
● odontológica e bucomaxilofacial
● gastroenterológica
● nefrológica e dialítica
● psiquiátrica
● clínica para queimados
● terapia intensiva (UTI)
● radiologia: rx, us, ecodoppler, tc, RNM
● nutrição
● hemoterapia
● laboratório clínico, microbiologia e hemogasometria

Classificação de risco
● Considerar o grau de necessidade do paciente e a ordem de atendimento deve dar-se de acordo com
os protocolos clínicos do serviço
● basear-se em:
1. critérios uniformes ao longo do tempo e com diferentes equipes
2. fundamentação científica
3. profissional de nível superior
4. rapidez

a. Emergência: atendimento imediato


b. Muito urgente
c. Urgente
d. Pouco urgente
e. Não urgente

Protocolos de transporte
● Comunicação
● Equipe interdisciplinar: é recomendável um número mínimo de pois profissionais no transporte de
pacientes graves (ideal -> grave = enf, fisio e médico)
● Equipamentos: ventilador de transporte, oxigênio, equipamentos para manuseio de vias aéreas,
maleta de transporte
● Monitorização: monitorização mínima composta por monitor cardíaco, de pressão arterial, frequência
respiratória e oximetria de pulso

Atividades assistenciais do enfermeiro


● presta o cuidado ao paciente juntamente com o médico
● prepara medicamentos
● viabiliza a execução de exames especiais procedendo a coleta
● instala sondas
● realiza punção venosa com cateter periférico e PICC
● efetua curativos de maior complexidade
● prepara material para intubação, aspiração, monitoramento cardíaco e desfibrilação, auxiliando a
equipe médica na execução dos procedimentos diversos
● realiza o controle dos sinais vitais
● executa a evolução dos pacientes e anota no prontuário

Atividades administrativas do enfermeiro


● realiza a estatística dos atendimentos ocorridos na unidade
● lidera a equipe de enfermagem no atendimento dos pacientes críticos e não críticos
● coordena as atividades do pessoal de recepção, limpeza e portaria
● soluciona problemas decorrentes com o atendimento médico-laboratorial
● aloca pessoal e recursos materiais
● realiza a escala diária e mensal da equipe
● controla o estoque de material
● verifica a necessidade de manutenção dos equipamentos

Missão do enfermeiro
● possuir conhecimento científico, prático e técnico, a fim de que possa tomar decisões rápidas e
concretas, transmitindo segurança à toda a equipe e principalmente diminuindo os riscos que
ameaçam a vida do paciente

Caso
Paciente, 89 anos, sinais de choque séptico, necessidade de intubação de emergência. Realizaram hemocultura
e urocultura, não realizaram gasometria. Na troca de plantão, iniciaram antibioticoterapia e realizaram o
encaminhamento para a UTI. No transporte, o paciente apresentou hipotensão grave e iniciou uma parada
cardiopulmonar, imediatamente o técnico iniciou as manobras de reanimação no corredor. Quais condutas
assumir?
1. Instabilidade hemodinâmica: Não pode ir acompanhado de apenas um profissional
2. O técnico precisaria chamar ajuda - Chamar ajuda na UTI (ideal)
3. Continuar indo para a UTI

Medicamento citado: atropina (bradicardia)


Estudar gasometria e diferença entre a arterial e a venosa
PAM = PS + 2xPD / 3 = Resultado ideal entre 60-75 mmHg
flutter atrial: possui três ondas P
fibrilação atrial: não possui onda P

Sempre precisamos nos perguntar se o ritmo cardíaco está provocando repercussão hemodinâmica e a partir
dela escolher a conduta
FA estável quando o ritmo cardíaco não altera os SSVV - nesse caso o tratamento é amiodarona
Quando temos repercussão hemodinâmica: chocar
3º AULA

MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA

INTRODUÇÃO
No século XIX, pacientes críticos eram avaliados por um exame clínico. Esse exame fornece dados importantes
para o tratamento do paciente, mas nem sempre refletia o que de fato acontecia na perfusão tecidual. Com o
passar dos anos e graças a revolução tecnológica tivemos avanços no diagnóstico, monitorização e tratamento
do paciente crítico.

O que é monitorização hemodinâmica invasiva?


● recurso tecnológico que auxilia no diagnóstico;
● direciona o tratamento;
● conhecimento científico para interpretar dados e usar esses corretamente no diagnóstico e
tratamento.

O Enfermeiro:
● participação fundamental na monitorização;
● escolhe o cateter e o local de punção (com o médico);
● prepara materiais e o paciente para o procedimento;
● auxilia na passagem do cateter, realiza sua manutenção;
● registra, interpreta os dados hemodinâmicos;
● atua na retirada do cateter.

ANATOMIA E FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR


● Para melhor compreensão e estudo:
1. Coração direito
- bombeia o sangue pela artéria pulmonar, para a circulação pulmonar ou uma
pequena circulação;
- o sangue é oxigenado e retorna pelas quatro veias pulmonares para o coração
esquerdo

2. Coração esquerdo
- este precisa vencer a resistência sistêmica para levar o sangue oxigenado e os
nutrientes para todo o corpo

● As bombas D/E funcionam sincronicamente e apresentam diferenças estruturais;


● Momentos do ciclo cardíaco: sístole (contração) e diástole (relaxamento)

Sístole: possui três fases


=> 1ª fase: Contração isovolumétrica
- No ECG acontece após o complexo QRS (gerado com a despolarização ventricular)
- Aumento gradativo da pressão intraventricular, essa pressão não é forte o suficiente para abrir as
valvas pulmonares e aórtica - nessa fase, 80% do O2 miocárdico é consumido
=> 2ª fase: Ejeção ventricular rápida
- acontece quando a pressão ventricular é grande o suficiente para abrir as valvas, isso permite uma
rápida ejeção (até 85% do volume ventricular)
- no ECG: segmento ST

=> 3ª fase: Ejeção ventricular lenta


- no ecg: onda T
- É uma ejeção lenta no restante do sangue até que as valvas se fechem, o que ocorre quando as
pressões pulmonares e sistêmicas superam as pressões de ejeção ventricular.

Na transição de sístole para diástole, ocorre progressiva mudança de volumes e pressões nas cavidades
cardíacas. Após a repolarização, as fibras cardíacas dão origem a diástole. A diástole também possui 3 fases:

=> 1ª fase: Período de relaxamento isovolumétrico


- caracterizado pelo fechamento das valvas;
- gradiente pressórico entre átrios e ventrículos não são grandes o suficiente para abrir as valvas
- o ECG: onda T

=> 2ª fase: Enchimento ventricular rápido


- átrio atinge seu enchimento máximo e as valvas atrioventriculares se abrem, a abertura permite o
enchimento de ⅔ do volume ventricular, de forma passiva e rápida
- pressões atriais e ventriculares se equalizam, caracteriza o enchimento ventricular lento

=> 3ª fase: Sístole atrial


- volume final dos ventrículos
- no ecg: após o traçado da onda P, gera a onda “a” na curva de pressão atrial
- no fim da diástole, as valvas atrioventriculares se fecham

O desempenho cardíaco depende de 4 componentes: Afetados ou alterados em doenças cardíacas e alterações


no sistema circulatório
1. FC
2. Pré-carga
3. Pós-carga
4. Contratilidade

DC: determinado pelo produto do volume sistólico com a FC durante 1 minuto, em que o volume sistólico é
produto de três fatores (pré e pós-carga e contratilidade);
FC: capaz de produzir grandes variações no débito
- coração saudável: é tolerado variações de 40-170bpm, é um mecanismo compensatório comum;
- até certo limite, o aumento da FC determina um aumento proporcional do DC;
- em taquicardias extremas, o tempo de enchimento e o volume sistólico são menores;
- em bradicardias: no início podemos ter aumento do DC que tende a diminuir com o decorrer do
evento

Volume sistólico: volume de sangue ejetado na sístole ventricular


- diferença entre o volume diastólico final e o volume ventricular ao final da sístole
- volume sistólico normal: 60-100 ml/batimento. Esse volume pode ser expresso em porcentagem e
quando assim expresso recebe o nome de fração de ejeção - o valor normal seria de 65%
- influenciado pela pré e pós-carga e a contratilidade

Lei de Frank-Starling: estabelece correlação entre o estiramento miocárdico e o desempenho cardíaco até um
limite fisiológico, que leva a deterioração ventricular quando ultrapassado

Pré-carga: grau de estiramento da fibra miocárdica no final da diástole


- melhor forma de aferir: com a medida do volume diastólico final dos ventrículos (difícil de realizar a
beira leito)
- melhor forma de aferir na prática clínica: medida da pressão diastólica final dos ventrículos como
estimativa
- A relação entre o volume diastólico e a pressão diastólica depende da complacência da parede
muscular - representado por uma curva linear.
1. Complacência normal: variação relativa de volume que ocasiona pequenos aumentos de
pressão;
2. Baixa complacência ventricular: grande pressão é gerada com uma pequena variação de
volume
3. Complacência alta: grandes variações de volume geram pequenos aumentos de pressão

Pós-carga: resistência oferecida ao esvaziamento ventricular, ou seja, a força que o ventrículo precisa vencer
para que a ejeção do sangue do coração aconteça
- determinada por: volume e massa do sangue ejetado, massa e espessura da parede ventricular e
características anatômicas e funcionais da circulação;
- prática clínica: variáveis que melhor representam a pós
1. resistência vascular sistêmica: ventrículo esquerdo
2. resistência vascular pulmonar: ventrículo direito

Contratilidade: estado inotrópico do miocárdio - capacidade inerente de encurtamento das fibras miocárdicas
independentemente das variações da pré-carga
- influenciado por: efeitos do sistema nervoso simpático no coração, mudanças metabólicas
(principalmente acidoses) e drogas inotrópicas
TIPOS DE MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA INVASIVA
● Monitorização necessária porque precisamos que seja contínua, isso permite um diagnóstico correto,
otimização e norteamento do tratamento;
● Conselho Brasileio de Monitorização e Suporte Hemodinâmico recomenda a monitorização básica dos
seguintes parâmetros:
1. FC
2. FR
3. Diurese
4. ECG contínuo
5. Saturação arterial de O2
6. Pressão arterial não invasiva
7. Temperatura
8. Pressão venosa central (PVC)
9. Pressão arterial invasiva (PAI)

● Cateter de artéria pulmonar (CAP): Depende da indicação


- monitorização de pressões na circulação pulmonar, do fluxo sanguíneo e da saturação
venosa mista
- fornece também dados para estimar desempenho cardíaco e avaliar a adequação do sistema
cardiocirculatório

● Métodos minimamente invasivos: obtenção de dados com a mesma exatidão que o CAP mas é menos
invasivo

● Na monitorização invasiva obtemos os parâmetros através da inserção de um cateter em determinado


vaso. Os cateteres mais comuns:
CAP
tamanhos:
1. neonatal: 3F
2. pediátrico: 5F
3. adulto: 7,5F

material: poliuretano e/ou látex - pode ser revestido com substância antitrombótica
possui 4 vias:
1. Via proximal (azul): injeção de líquidos para a medida do DC por termodiluição, para medir a PVC e
para coleta de sangue e infusão de soluções
2. Via distal (amarela): medir pressões de artéria pulmonar (PAP), pressão de oclusão da artéria
pulmonar (POAP) quando o balonete está insuflado e coleta de amostra do sangue venoso misto na
artéria pulmonar - não usar para infundir soluções por causa do seu posicionamento na artéria
pulmonar
3. Via do balão (vermelha): medição da pressão capilar pulmonar (PCP)
4. Via do termistor: mede a temperatura sanguínea na artéria pulmonar e cálculo do DC pela curva da
variação térmica

indicação: avaliar a função cardiovascular e sua resposta a manobras terapêuticas em pacientes


o que os pacientes podem ter: IAM complicado, ICC, rotura do septo interventricular, disfunção do músculo
papilar, infarto de ventrículo direito, ICC grave, disfunção valvar aguda, tamponamento cardíaco, monitorização
intra e pós-operatória em cirurgia de revascularização do miocárdio, cirurgias de grande porte em pacientes
com cardiopatia importante, distinção entre quadros de edema pulmonar cardiogênico e não cardiogênico,
choques, traumas severos e queimaduras graves

locais de inserção: veia subclávia, jugular interna, jugular externa e femoral


técnica: asséptica, à beira leito, com monitorização de ECG e curvas pressóricas - técnica percutânea (Seldinger)
variáveis monitoradas:
1. PVC ou pressão do átrio direito (PAD): pressão nas grandes veias torácicas e a pressão de enchimento,
ou seja, a pré-carga do ventrículo direito
2. PAP: indica as pressões sistólica e diastólica na artéria pulmonar
3. POAP: quando oclui o ramo da artéria pulmonar reflete a pressão do átrio esquerdo / não obstrução
entre AE e VE, relaciona-se com a pressão diastólica final do ventrículo esquerdo

complicações:
1. inserção do introdutor: pneumotórax, hemotórax, hematoma, embolia gasosa, etc;
2. inserção e posicionamento do cateter: arritmias, lesões estruturais e mau posicionamento;
3. permanência do cateter: arritmias, infecção, trombose e embolias, etc;
4. retirada do CAP e introdutor: arritmias, lesões estruturais, formação de nós, embolia gasosa e quebra
do cateter.

Cateter de pressão arterial invasiva


tamanho: menor que 10 cm
mono lúmen
posição: femoral (pós-reanimação cardiorrespiratória e alterações de perfusão sistêmica) e radial (mais
comum)
teste de allen: certificar-se que o fluxo da artéria ulnar supre o fluxo da radial para a região palmar em casos
de isquemia da artéria radial
indicações:
● alterações de complacência, fluxo e instabilidade hemodinâmica
● hipotensão ou hipertensão arterial
● instabilidade hemodinâmica ou colapso circulatório
● hemorragias
● pós-reanimação cardiopulmonar
● choques
● infusão de medicamentos vasoativos
● medidas frequentes dos gases sanguíneos arteriais
● balão intra-aórtico
● lesões neurológicas
● procedimentos com intervenção coronária
● grandes cirurgias
● politrauma
● instabilidades respiratórias graves
● sepse
● emergências obstétricas
complicações: relacionadas a canulação arterial
● dor
● vasoespasmo
● hematomas
● hemorragias
● infecção
● comprometimento neurovascular
● isquemia

Cateter venoso central


material: poliuretano
tamanho: 20 cm
pode ser revestido com antimicrobianos
a escolha do tipo de cateter depende da necessidade de monitorização e complexidade terapêutica
(quantidade de vias - máximo 3)
indicações:
● monitorização hemodinâmica
● nutrição parenteral
● administração de medicamentos
● reposição hídrica
● colocação de cabo de marca-passo
● inacessibilidade de veias periféricas
● hemodiálise

locais de inserção:
● veia jugular
● veia subclávia

o que pode ser monitorado:


● PVC
● saturação venosa de oxigênio contínua (cateter Presep)

complicações relacionadas a erros técnicos:


● múltiplas tentativas de punção
● posicionamento inadequado do paciente
● realização de punções em situações de emergência

complicações imediatas (após a punção): complicações mecânicas que exigem diagnóstico precoce e rápida
intervenção

complicações pela punção:


● pneumotórax
● hemotórax
● hidrotórax
● perfuração vascular ou cardíaca
● arritmias
● infecção
● lesão de nervos
● lesão do ducto torácico
● embolia gasosa
● trombose venosa
● oclusão de cateter

complicações raras:
● osteomielite de clavícula
● fístulas arteriovenosas
● perfuração traqueal ou esofágica
● lesão arterial com formação de pseudoaneurisma
● punção aórtica
● enfisema de subcutâneo
● infarto pulmonar

Educação do paciente e família - para todos os cateteres:


● orientações sobre o procedimento
● indicação do uso do cateter
● benefícios e riscos
● autorização por escrito

Curativos
● técnica asséptica
● oclusão da inserção: gaze e esparadrapo ou película transparente
● CAP: fixação auxiliar na porção distal do cateter - objetivo: prevenir o tracionamento pelo peso gerado
pelos cabos e sistemas de pressão

Gasometria venosa
● pode ser coletada pelo CAP ou cateter venoso central
● CAP: via distal (amarela) e para evitar coleta de sangue oxigenado todo o procedimento deve ocorrer
em até um minuto
● lavagem dos sistemas de monitorização das vias do cateter deve ser realizada com sistema flush,
nunca com pressão positiva
● Gaso - técnica:
- heparina: solução mais ácida - lavar com heparina o corpo da seringa - desprezar a heparina:
se deixar provoca acidose no paciente
- radial: 45º: fica mais exposta, é mais fácil de perceber hematomas, garante melhor
supervisão
- femoral: 90º: risco de infecção, próximo às fezes

Retirada de cateteres
● CAP: permanência de até 96 horas
● cateteres arterial e venoso central devem ser avaliados diariamente quanto a sua permanência -
retirar quando não houver mais indicação de uso ou estabilização do quadro
● cuidados antes da retirada:
- CAP: raio x de tórax
- verificar coagulograma, avaliar fatores de coagulação e plaquetas e uso de terapias
anticoagulantes antes da retirada; suspender anticoagulantes conforme meia-vida e
prescrição médica
- necessidade de encaminhamento da ponta para a cultura?
- observar a curta da artéria pulmonar
- fechar vias e desconectar o CAP do sistema de monitorização, protegendo as vias
- decúbito dorsal, com leve trendelenburg para prevenir embolia gasosa nos cateteres venosos
- curativo oclusivo com gaze e película transparente por 24h
- retornar ao decúbito elevado após o curativo

PAI - Pressão arterial invasiva


● Recurso essencial muito usado em pacientes críticos em UTI para monitorizar a PAM;
● Cateter de teflon ou PVC (cateter venoso periférico n. 18 ou 20);

Contraindicações:
● coagulopatias: tempo de protrombina
● doença vascular periférica - sangramento

Vias de acesso
● artéria radial: mais comumente usada - é de fácil visualização então facilita a supervisão
● artéria braquial, femoral (maiores riscos - risco de infecção) ou dorsal do pé
● Observação: realizar teste de allen quando a via de acesso usada for a artéria radial

● Lembrete: Avaliar rede venosa antes de instalar o cateter - o teste realizado é o teste de allen
(compressão é feita em ambas as artérias, ulnar e radial). Paciente precisa estar acordado

(Nitroprussiato de sódio para diminuir a pressão refratária sem repercussão cardíaca)

Resolução 390/2011:
● Permite que enfermeiros instalem o catéter de manutenção da PAI

(Posição: cochim em baixo do pulso para expor as artérias radial e femoral)

Monitorização hemodinâmica - local de inserção dos cateteres para monitorar PAS


● vaso de escolha: radial, femoral ou pediosa
● diminuir complicaçẽs

Cateter arterial periférico - PAI


● recurso essencial muito usado em pacientes críticos em UTI para monitorar a PAM
● usamos cateter de teflon ou PVC (cateter venoso periférico 18 ou 20)
● material para instalar o cateter de PAI: EPI para quem for instalar, suporte do transdutor (altura da
língua axilar média), régua de nível (a mesma da PVC), transdutor de pressão, monitor, módulo de PA,
cabo de PA, soro, lidocaína sem vasoconstritor (com vaso tem adrenalina), luva estéril
Mensuração:
● a mensuração da PAM deve ser feita por meio de um monitor de pressão e é colocado em um
transdutor de pressão que transforma a pressão de pulso em impulsos elétricos que são traduzidas
pelo monitor em valores digitais e/ou curvas de pressão

Complicações - PAM:
● isquemia radial, embolia, trombose, oclusão vascular, hemorragia maciça, equimoses, hematomas,
dor, infecção local, necrose tecidual

Troca do cateter - PAM


● a cada 96h ou conforme protocolo institucional

Cateter de PAI - cuidados de Enfermagem


● higiene das mãos quando for inserir e quando for manipular
● EPI: máscara, capote e luva estéril
● se o médico realizar o procedimento: enfermeiro oferece os EPI’s
● preparar o equipamento, calibrar o sistema, conectar ao equipamento após obter acesso a artéria
● obter curvas de pressão
● curativo oclusivo estéril
● manipular o cateter: luva de procedimento
● monitorar tempo de permanência do cateter: 96h
● monitorar extremidades perifericamente: sinais de edema, hematoma, sangramento (a cada 4h)
● manter conexões bem adaptadas
● vigília no sítio de inserção do cateter
● manter bolsa de pressurização com pressão mínima de 300 mmHg
● trocar solução salinizada a cada 24h (SF 0,9% 250ml)
● verificar as curvas e valores numéricos
● paciente agitado: sedação para preservar a segurança do próprio paciente

Procedimento de retirada do cateter arterial


● higienizar as mãos
● usar capote, óculos, máscara, luva estéril
● outros materiais: gaze, solução antisséptica, fita adesiva, tesoura estéril ou lâmina de bisturi
● suspender os alarmes do monitor
● retirar o curativo com luva de procedimento
● retirar o ponto de fixação no local de inserção quando presente
● deslocar vagarosamente o cateter até visualizar a sua extremidade (ponta)
● retirar e comprimir o local da inserção continuamente por 5 minutos
● aplicar o curativo estéril
● descartar os materiais em local apropriado
● lavar as mãos
● anotar todo o procedimento, descrever o local

Diferenças na monitorização da pressão arterial sistêmica


● não invasiva: baixo custo, fácil aplicação, fácil manutenção, aferição lenta, movimentação provoca
interferência, perfusão baixa, posicionamento do manguito
● invasiva: alto custo, riscos, especialização pessoal do profissional, manutenção, precisão e rapidez

Monitorização hemodinâmica avançada


● cateter de artéria pulmonar Swan-Ganz
● ainda é usada em pacientes muito graves, para medir a pressão da artéria pulmonar
● alto risco de infecção
● avalia LE e LD do coração
● possui 4 vias ao menos
● indicações: não existem indicações válidas precisas e as publicações nesse sentido se limitam a
opinião dos autores
- diagnóstico para diferentes tipos de choque
- diferenciação de edema pulmonar
- diagnóstico de Hp

● contraindicações:
- prótese mecânica pulmonar e tricúspide
- massas no coração direito (tumor ou trombos)
- endocardite nas câmaras direitas ou valvas pulmonar e tricúspide

● medidas diretas
- PAD ou PVC
- PAP
- PoAP (ou capilar)
- DC - Cálculo do IC
- SvO2

● medidas indiretas
- resistências vasculares
- trabalho ventricular

- (a seringa própria de 3ml, tem uma resistência em 1,5 ml)


- a pressão reflete as pressões do lado esquerdo do coração
- a medida que o médico vai introduzindo o cateter, vai aparecendo uma curva no monitor, ao
chegar no átrio e no ventrículo
- só insuflar o balonete na hora de medir a capilar pulmonar (a seringa sempre fica adaptada),
as outras são contínuas
- em uso de ganz é necessário medir pressões e utilizar o transdutor de pressão na via azul e
via amarela

Configurações do cateter
- azul proximal: PVC, coleta de sangue e administrar medicamentos
- amarela distal (artéria pulmonar): coleta de sangue e mede a PAP
- vermelha (via do balão) (seringa conectada): mede a PCP e auxilia na migração do cateter
durante sua passagem (mede a pressão de oclusão da artéria pulmonar)
- termistor: mede temperatura sanguínea na artéria pulmonar (filamentos de cobre)

- amarela com conexão diferente (filamentos de cobre): capta temperatura basal do paciente e
faz uma diferença entre a temperatura e a solução que está sendo injetada gerando a curva e
valor do DC
- precisa de um transdutor para conectar as vias no monitor, após salinizar

Alterações nos valores das pressões: O que significa?


● PAP S: 20-30 mmHg
● PAP D: 8 - 12 mmHg
● PAPM: 10 a 18 mmHg

● PAP elevada: hipervolemia, doenças do parênquima pulmonar, embolia pulmonar


● PAP diminuída: hipovolemia

Pressão de capilar pulmonar ou pressão de oclusão da artéria pulmonar: reflete pressões do lado esquerdo do
coração (PoaP)
normalidade: 8-12 mmHg

Débito cardíaco: é a quantidade de sangue bombeada pelo coração durante um determinado intervalo de
tempo (DC = FC x VS)
referência: 4 a 8 l/min
aumento do DC é preocupante, processo inflamatório ou infeccioso
quando o DC reduz indica disfunção, e tem que aumentar a força do coração através de volume ou inotrópico
positivo

Índice cardíaco
IC = DC/ASC + peso (kg) - 60/100
ASC = a 9cm
referência: 2,2 a 4,2 l/min/m2
é melhor que o DC porque é ajustável para o tamanho corporal de cada paciente/medida refinada do DC
1 = DC diminuído
alterado/superior ao valor de ref.: processo inflamatório

Medida do DC
técnica de termodiluição: usa a diferença de temperatura entre fluido injetado e temperatura basal do paciente
usa o cateter swan-ganz
injetar 3 vezes, gerando 3 curvas. O resultado final é uma média das 3 curvas geradas, promovendo a média da
DC
DC = 5 l/min-1
VS: 72 ml

curva baixa: DC ruim


curva muito alta: DC elevado - processo inflamatório
curva apiculada: DC alto
curva achatada: DC baixo

PRESSÃO DE ÁTRIO DIREITO


PVC
representa a estimativa da pressão do AD, através de um catéter na veia cava superior, paciente deve estar em
decúbito dorsal

monitorar PVC por coluna d'água (intermitente)


ou transdutor eletrônico (método contínuo)

indicação de pré carga


indicação de volemia
indicação de função cardíaca direita

PVC é medida continuamente


● apenas quando há pedido em UTI geral, UTI cardio é a cada 2 horas
● inserção em jugular ou subclávia (ponta na veia cava superior)

cateter de duplo lúmen:


● posição: veia cava
● administrar volume, drogas, medir PVC, instalar nutrição parenteral
● NPT: não infundir em periferia porque pode provocar flebite (glicose 50%)
- sempre iniciar por nutrição enteral, caso não possa ligar (ex.: cirurgia abdominal) iniciar a nutrição
parenteral
- NPT: infundida em temperatura ambiente: apresenta risco de hemólise em infusão fria
- depois de passar o acesso, a infusão só pode ser iniciada após o RX

Fatores que interferem no valor real da PVC:


Cateter e sistema de conexão:
● mau posicionamento
● coágulo do cateter
● cateteres excessivamente finos ou de alta complacência
● presença de bolhas de ar no sistema
● cateteres dobrada ou com pontos de estrangulamento
● cateteres e conexões com vazamento

Sistema de mensuração:
● zero de referência inadequadamente posicionado
● alteração na membrana do transdutor
● transdutor mal calibrado

PVC baixa:
● hipovolemia (taquicardia)
● vasodilatação venosa (causada por sepse)

PVC alta
● hipervolemia (sobrecarga de volume hídrico)
● insuficiência de VD
● tamponamento cardíaco
● hipertensão pulmonar

AssistÊncia de enfermagem na monitorização da PVC


● utilizar técnica asséptica para manuseio
● checar radiologicamente a posição do cateter
● checar bolsa de ar
● checar sítio de inserção

Gradiente veno arterial de CO2 (delta de CO2)


● avalia o DC, se está suficiente para remover o CO2 produzido nos tecidos
● nível > 6 mmHg sugerem que o DC pode estar baixo
● coleta a gasometria arterial e venosa simultaneamente
● PCO2 venoso - PCO2 arterial = níveis > 6
● avalia-se o paciente deve receber volume ou inotrópico positivo (dobutamina, levosimendan)

Delta PP
● variação de pressão de pulso
● pressão de pulso = diferença entre a pressão sistólica e a pressão diastólica
● avalia volume
● referência: Se > 13% sugere boa resposta a volume
● limitação: pacientes em VM controlada e volume corrente de 8 a 10 ml/kg
● quando se eleva as pernas (elevação passiva de membros inferiores), a pressão melhora de 10 a 15%
● para fazer delta PP o paciente precisa estar com PAI
● cálculo:
delta PP (%): PPmax - PPmin x 100 / PPmax + PP min/2

Monitorização avançada Vigileo: 4 vias


Finalidade:
● verifica o DC
● verifica oximetria
● verifica saturação venosa
● não é possível medir a pressão da artéria pulmonar (pressões do lado esquerdo do coração)

Volume view system (EV1000) - plataforma


● duplo ou triplo lúmen
● não tem a medida do lado esquerdo do coração
● calcula o DC
Funções do EV
● fração de ejeção global
● pré-carga/volemia
● medida do edema pulmonar
● índice de permeabilidade vascular pulmonar para estimativa se o edema é inflamatório ou
cardiogênico

Cuidados de enfermagem
● tempo máximo de 72 a 96h
● cuidados na passagem: montagem e calibração do sistema e auxílio durante a punção
● curativo diário na inserção - SF 0,9% e clorexidina
● avaliar inserção: sinais de inflamação

Intervenção: depende do parâmetro alterado


● volemia
● 2
● 3

Pressão intracraniana (PIC)


● é encontrada no interior da caixa craniana
● reflete a relação entre o conteúdo da caixa craniana (líquor 10%, cérebro 80%, sangue 10%) -
aspiração de líquor para igualar as pressões
● PIC: resultante dos 3 componentes (líquor, cérebro, sangue)
● valor de referência: 5-15 mmHg (maior que 20 - alerta)
● valores:
- PPC: PAM-PIC = aproximadamente 50 mmHg
- > 50 mmHg: isquemia
- < 50 mmHg: baixa perfusão

● se medir 3 vezes e der maior ou igual a 20, há uma hipertensão intracraniana


● PPC = pressão de perfusão cerebral
● técnica estéril
● 3 formas de avaliar a PPC:
- intraparenquimatoso
- ventrículo do paciente: melhor aferição
- subdural

Vantagens:
● detectar precocemente a elevação da PIC
● permitir a drenagem de líquor
● avaliar a eficácia no tratamento

Complicações
● infecção
● hemorragia
● mau funcionamento
Cuidados de enfermagem
● manter alinhamento céfalo-caudal
● manter cabeceira elevada a 30º (trendelemburg contraindicada por aumentar o retorno venoso para o
coração)
● manter temperatura corporal menor que 37,5C
● evitar hipotensão
● manter PIC < 20 mmHg
● PPC > 70 mmHg (se muito alta provoca vasoconstrição)
● promover oferta de oxigênio a 100% durante as aspirações
● fixação do cateter no couro cabeludo
● atentar para não tracionar ou deslocar o cateter
● realizar curativo diariamente
● monitorar e assegurar a presença de extravasamento de LCR

O paciente deve ter seu choque reconhecido de maneira precoce para otimizar as intervenções terapêuticas
com o objetivo de reduzir a morbimortalidade. O julgamento clínico é essencial aliado ao uso racional da
monitorização hemodinâmica: reconhecer a variável, acurácia e limitações.
MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA NÃO INVASIVA
● Objetivo do suporte hemodinâmico neste paciente: Manutenção adequada da perfusão e da
oxigenação tecidual;
● Esse tipo de monitorização apresenta resultados de faćil reprodutibilidade e com boa relação
custo-benefício;
● Serve para diagnóstico e realização de prognósticos com os dados obtidos;
● Variáveis fisiológicas monitoradas: FC, PA, FR e temperatura (mais comuns);
● Outros métodos para investigação não invasiva: ECG e o ecocardiograma, saturação parcial de O2 e
capnometria.
● Ferramentas para monitorização não-invasiva
- oximetria de pulso
- temperatura
- FR
- ECG contínuo
- PANI
- BIS: descrever alterações no EEG que se relacionam com os níveis de sedação, anestesia e
perda de consciência

FREQUÊNCIA CARDÍACA
● ciclo cardíaco: combinação de períodos de estimulação (despolarização) e recuperação elétrica
(repolarização);
● cada batimento cardíaco normal é o resultado de um impulso elétrico que se origina em uma área
especializada dentro da parede do átrio direito, o nódulo sinoatrial - essa área de tecido controla a
frequência cardíaca e, por isso, é chamada de marca-passo cardíaco;
● O impulso elétrico original é transmitido aos ventrículos através de um conjunto de fibras
denominado sistema de condução. Quando o impulso alcança os músculos ventriculares, ocorre a
contração;
● sequência de estímulos para que ocorra a contração ventricular:
1. nódulo sinoatrial origina o impulso
2. esse impulso se espalha por meio dos músculos atriais ao longo de 3 feixes de tecido, os
tratos internodais, produzindo a contração atrial
3. alcança o nódulo atrioventricular, em que sofre um retardo momentâneo, antes de passar
para o feixe de His
4. desde pelo feixe e alcança os ramos direito e esquerdo
5. ao alcançar as fibras terminais de purkinje, o impulso estimula as células miocárdicas
ventriculares no nível da junção miocárdica-Purkinje
6. ocorre a contração ventricular

● aferição da FC: palpação da artéria radial


● Ao verificar a FC, analisar o ritmo dos batimentos cardíacos.

ECG
● é o registro da atividade elétrica cardíaca na superfície do tórax
● procedimento mais usado para auxiliar o diagnóstico de doenças cardíacas
● método simples, seguro, reprodutível e de baixo custo
● padrão-ouro para diagnóstico não invasivo das arritmias e dos distúrbios de condução e é muito
importante em quadros isquêmicos coronários - é um marcador de doença do coração
● possui maior sensibilidade e especificidade para diagnóstico das arritmias e dos distúrbios de
condução
● propósito do monitor: captar sinais elétricos gerados pelo coração e reproduzi-los em uma tela sob
forma de ECG contínuo - a análise dos formatos das ondas permite identificar distúrbios na
frequência, ritmo ou condução cardíaca
● Como funciona? as forças elétricas do coração são transmitidas para a superfície do corpo, onde
podem ser detectadas através de eletrodos fixados nas extremidades - dessa forma temos uma
“imagem” contínua da atividade elétrica de um ciclo cardíaco completo
● Monitorização eletrocardiográfica contínua: Manobra padrão em UTI, sendo também frequentemente
usada nas unidades intermediárias e gerais de enfermagem para detecção de arritmias

● Cálculo da FC baseado no ECG


- Ritmo irregular
- Ritmo regular

ELETRODOS
● para o ECG funcionar corretamente os eletrodos precisam estar instalados na posição correta;
● a pele deve ser preparada - peles úmidas ou oleosas devem estar limpas e secas, devemos remover
pelos
● os eletrodos servem para captar os sinais elétricos provenientes do coração na superfície cutânea
● o gel do eletrodo: se estiver seco ou ausente causa traços instáveis
● acondicionamento dos eletrodos deve ser feito de forma adequada
Cuidados de enfermagem acerca da colocação dos eletrodos irão assegurar boa condução e um
traçado claro do ritmo do paciente no monitor

DÉBITO CARDÍACO
● é a quantidade de sangue bombeada pelo coração durante um determinado intervalo de tempo
● essa medida é um dos melhores parâmetros para aferir a atividade cardíaca global
● informações fornecidas:
1. pressões intravasculares
2. fluxo sanguíneo
3. volume intravascular
4. saturação de oxigênio
5. débito cardíaco

● pode ser verificado pela técnica do ecodopplercardiograma: vias de acesso, supraesternal e


transesofágica
● ecocardiografia: método de avaliação não invasiva da função cardíaca à beira leito. Possui 3 técnicas:
1. Modo-M: visão unidimensional do coração
2. Tempo real ou varredura por setor: visão dinâmica e bidimensional do coração
3. ecocardiografia com doppler: quantifica a velocidade do fluxo sanguíneo e estima as
pressões intravasculares

- diagnostica uma variedade de distúrbios valvulares, miocárdicos e pericárdicos


- possui limitações no paciente obeso ou com doença pulmonar obstrutiva
- deformidades da parede torácica, vestimentas e curativos oclusivos podem impedir
o posicionamento ideal do transdutor

PRESSÃO ARTERIAL
● é a pressão exercida pelo sangue dentro das artérias, refletindo a situação geral da circulação
● também pode ser definida como a pressão resultante dos batimentos cardíacos e da resistência da
parede do vaso ao fluxo sanguíneo
● é produto do débito cardíaco e da resistência dos vasos periféricos
● elemento fundamental da dinâmica sanguínea
● Para garantir a nutrição tecidual, é necessário que a tensão na parede arterial atinja níveis específicos
● PA é controlada independentemente do controle do fluxo sanguíneo local ou do controle do DC
● o sistema circulatório possui um mecanismo muito extenso para controlar a PA, se a pressão diminuir
muito, vários reflexos nervosos provocarão uma série de alterações circulatórias para elevar a PA de
volta ao normal
● PA depende da força de contração do ventrículo e da quantidade de sangue lançada pelo coração em
cada contração
- a força de contração depende da capacidade cardíaca de bombear o sangue. Quanto maior a
capacidade, maior a quantidade de sangue ejetada
- o rendimento cardíaco também é afetado pelo volume de sangue circulante, quando esse
volume diminui, a PA também diminui
- alterações na elasticidade da camada muscular das paredes dos vasos sanguíneos também
interfere na PA

● PAS: pressão que o sangue exerce sobre a parede das artérias durante a sístole e diástole ventricular
● depende do DC, RVP e volume sanguíneo
● PA = DC x RVP
● indicação:
1. graves com instabilidade hemodinâmica
2. choque de qualquer causa
3. cirurgia de grande porte
4. crise de HAS (refratária a droga)
5. infusão contínua de drogas vasoativas
6. balão intra-aórtico (BIA)
7. trauma neurológico ou politrauma
8. coleta seriada de gasometria em pacientes portadores de insuficiência respiratória
(quantidade coletada 0,5 ml - no livro: 2ml)

PAS: pressão ao final da sístole, é determinada pelo volume sistólico ventricular esquerdo, pela velocidade de
ejeção do sangue e pela elasticidade da parede aórtica
PAD: relaxamento ventricular, é estabelecido pela resistência periférica e pela FC
PAM: influenciada pelo volume intravascular e pela capacitância vascular (função do tônus vascular). Ela
aumenta em condições de hipervolemia e insuficiência cardíaca congestiva direita e diminui durante uma
vasodilatação abrupta, septicemia, hemorragia e diurese

Cálculo:
PAM = PS + 2 PD / 3

Desvantagens:
● apresenta grande variação
● não é totalmente exato
● variação do examinador
● necessidade de calibração frequente do aparelho
● medidas não fidedignas em pacientes com choque e severa vasoconstrição
● método descontínuo

Vantagens:
● equipamentos de fácil manuseio
● mais barato

Fatores que podem influenciar o valor da PA


● aparelho utilizado
● inexperiência do profissional
● falta de preparo e conhecimento
● tamanho do manguito e posição do membro
● atividade física
● estresse prolongado
● idade (elevado em idosos / baixo em crianças)

No choque todos os sons de korotkoff podem aparecer

FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
● adquirida por movimentos de inspiração e expiração, correspondentes ao processo metabólico de
troca de gases com o ambiente;
● quando avaliamos essa frequência levamos em consideração:
1. Frequência
2. Profundidade: superficial, normal ou profunda
3. Ritmo: avaliado pelos movimentos do tórax e ausculta pulmonar
4. Características da respiração: avaliado pelos movimentos do tórax e ausculta pulmonar

OXIMETRIA DE PULSO
● método seguro, de baixo custo e não invasivo
● usado em pacientes que precisam de monitorização contínua da saturação de oxigênio
● método não-invasivo para monitorização contínua da saturação de oxigênio (SpO2)
● consiste na avaliação da percentagem de saturação da hemoglobina pelo oxigênio
● cardiopatia congênita = oximetria baixa (esperado 87-89)
● os valores normais de spO2 dão 95-100, valores inferiores a 85 indicam déficit de oxigenação tecidual
● os valores obtidos pela oximetria capilar não são confiáveis nas situações de PCR, choque, uso de
medicações vasoconstritoras, anemia grave e elevados níveis de monóxido de carbono
● minimiza o potencial de episódios de hipóxia
● recomendada para qualquer paciente que tenha risco de hipoxemia já que é um método que detecta
precocemente dessaturação
● boa precisão
● fácil utilização
● determina a saturação periférica de oxigênio pela hemoglobina
● rodízio de posicionamento: evita lesões causadas por pressão ou excesso de contato com a pele
● alterações devem ser avaliadas
● interferências:
1. luz do ambiente
2. posicionamento e localização do sensor
3. movimentação do paciente
4. pigmentação da pele
5. onicomicose
6. baixa perfusão periférica
7. calafrios
8. baixa perfusão
9. esmalte
10. edema

CAPNOMETRIA
● capnometria: medida
● capnografia: registro
● medida e registro do gás carbônico no final da expiração constituem a essência da monitorização da
função respiratória
● é útil porque pode monitorar a concentração de CO2 do ar expirado no final da expiração a cada ciclo
respiratório
● a capnometria é a própria dinâmica do balanço de CO2 sujeita à produção e ao transporte do gás, às
variações regionais de ventilação, às modificações de ventilação alveolar e aos problemas do circuito
do respirador artificial em pacientes intubados
● é a representação gráfica da curva de pressão parcial de CO2 na mistura gasosa expirada e inspirada
em relação ao tempo
● o padrão normal depende do tempo, circulação e ventilação alveolar
● é usada como um parâmetro indicativo de acidose respiratória incipiente e como uma ferramenta de
auxílio ao desmame do respirador
● capnógrafos analisam e registram a pressão parcial de CO2 durante o ciclo respiratório, por um sensor
aplicado nas vias aéreas do paciente
● concentração de CO2 no final da expiração (ETCO2)
● dispositivos: sensor acoplado ao tubo traqueal na ventilação mecânica
● CO2 = igual ou menor que 10 por 20 minutos (desistir)
● ideal: 35-45
● capnograma:
1. apresenta uma PaCO2 de zero na fase inspiratória
2. ascensão rápida após o início da expiração
3. platô alveolar
4. durante a respiração momentânea: reduz diminuição brusca para o CO2 inspirado de zero

TEMPERATURA
● centro regulador da temperatura é o hipotálamo
● acima de 37,5C: estado febril
● maior ou igual a 38C: estado de febre
● temperatura de um indivíduo pode sofrer variações durante as 24h por diversas razões
● vias: oral, axilar, método timpânico

BIS
● avalia a profundidade da sedação do paciente
● remover gordura e suor da testa para que os eletrodos do BIS consigam aderir na testa
● monitor multiparamétrico substitui o BIS se tiver a função
● a monitorização do índice bispectral (BIS) processa dados de EEG e estima a profundidade da sedação
através do estado de atividade cerebral
● 100 = acordado
● 0 = sem atividade cerebral
● o índice adequado para anestesia geral situa-se em torno de 40 a 60 e fora deste intervalo
encontram-se situações que revelam estados de consciência ou inconsciência profundos

Ultrassom
Permite informações sobre:
● pré-carga: diâmetro da veia cava inferior e variação respiratória (menor que 12 milímetros significa
que o paciente responderá bem a volume)
● contratilidade: avalia a função sistólica do VE diretamente e ainda é capaz de estimar o DC
● congestão pulmonar: o US pulmonar vem se consagrando como método para avaliar a congestão
pulmonar

Clear-sight
● indicado para pacientes críticos não tão graves (controlados)
● obtém a pressão arterial de forma não invasiva
● caso não apareça a curva pode haver acotovelamento do cateter, pode não estar inserido no local
correto, ou a membrana pode estar com defeito
AULA:

● A monitorização guia as estratégias terapêuticas e com ela conseguimos individualizar o tratamento;


● Invasiva e não-invasiva - Os benefícios superam os riscos?
● Com a monitorização também conseguimos avaliar a resposta à terapia

Hipertermia
● Diminuir os lençóis
● Compressa fria: está deixando de ser recomendado, meio facilitador de infecção
● Dipirona: melhor opção
● Colchão de gelo quando a hipertermia é refratária e as outras condutas não foram suficientes

Clinicamente, existem muitas situações que afetam as variáveis hemodinâmicas que justificam uma
monitorização e mensuração do DC. Indicado para:
● depressão miocárdica relativa à anestesia
● hipovolemia (relativa e absoluta)
● perdas sanguíneas
● ventilação mecânica
● comorbidades: diabetes, cardiopatia, insuficiência renal, etc
● idade acima de 65 anos
● SIRS

O que é? Observação metódica de parâmetros clínico-laboratoriais mensuráveis de forma objetiva, que


permitirão a vigilância contínua de um sistema do organismo, fornecendo dados para orientação diagnóstica e
terapêutica . Visa a medição frequente e repetida de variáveis fisiológicas

O enfermeiro tem a responsabilidade de monitorar, avaliar e interpretar os dados hemodinâmicos de forma


qualificada e eficiente

Caso
Marcelo, cardiopata, diabético, 65 anos. Admitido no PS com queixa de dor no ombro de intensidade
progressiva. Sudoreico e ansioso.
Parâmetros essenciais: ECG (D2 longo), pulso, FC, saturação, FR, PA

CASO:
Carlos, 47 anos, 70 kg. Submetido a uma laparotomia exploratória evolui em choque séptico. Instalado SNG e
mantida aberta com débito bilioso de aproximadamente 1500 ml/24h. Ao monitorizar: PA = 83 x 35 mmHg, FC =
120 bpm, SpO2 = 88%. Volume urinário: 4,7 ml/kg/6 horas.

Abordagem:
- Noradrenalina para elevar a hipotensão
- Elevação da cabeceira
- Cânula nasal (máscara é contraindicada - aumenta a distensão abdominal)
- Intubação orotraqueal se a cânula não melhorar sua saturação
- Aferir a PVC
- Gasometria venosa para saturação já que a periferia do paciente está ruim (saturação venosa menor
que 50% está péssima - ideal: 65-70%)
- lactato (valor: 18 ou 2 - unidade de referência diferente para cada um desses valores de referência)

Como fecharia o balanço hídrico do paciente: negativo - perda maior de 3 mil


- 1500/70 = 21,4
- 4,7 x 70 = resultado multiplica por 6 - juntar o resultado com 1500 de perda
- Paciente hipovolêmico - para confirmar: PVC

Débito alterando os padrões hemodinâmicos

Adultos devem urinar: 0,5ml/Kg/h (KDIGO)


Carlos está em poliúria
Albumina para reter líquido no vaso (talvez)

CASO
Miriam, 26 anos, negra, 45kg, 150 cm. Procura a emergência queixando-se de palpitações/”batedeira” de início
súbito, intensa falta de ar e tosse. Relata vários episódios de palpitações ano passado, com duração de 1 ou 2
dias. Teve febre reumática na infância. é internada (PAM 45 mmHg). Ao monitorizar o médico residente opta por
cardioversão elétrica. Você concorda com a conduta? Qual material é necessário para CVE?

febre reumática = doença inflamatória que ocorre após um episódio de amigdalite provocada por
streptococcus, tratada inadequadamente
PAM = hipotensa - periferia ruim, DC ruim
Cardioversão elétrica = interrompe taquiarritmias - devemos realizar quando o paciente tem fibrilação atrial
que provoca instabilidade hemodinâmica. Se não tenho instabilidade: amiodarona. Ela relata que acontece
com frequência então temos suspeita de FA crônica, isso significaria que o átrio não faz sístole e diástole - ela
teria um ritmo desorganizado - então seriam formados microtrombos formados, o sangue fica retido no lado
direito do coração já que não faz sístole e diástole. A cardioversão é contraindicada porque os trombos podem
se deslocar para o cérebro. Para confirmar se é crônico: eco transesofágico
Materiais para cardioversão: cardioversor ou desfibrilador, carrinho de urgência, luvas de procedimento,
eletrodos, gel, sedação (acesso), BVM ( fisio), painel para acompanhar SSVV

Superficializar o nível de consciência - ficamos até o paciente ficar consciente e responsivo. Nesse período
acompanhamos os SSVV, após a estabilização do paciente organizar o cenário
Sedação: propofol ou midazolam

CASO
Marcela, insuficiência coronária, FE: 20% (40-50% ideal). Internada na UTI há 4 dias por síndrome da resposta
urinária de foco urinário. Sinal de cacifo +/++++, nora 15 ml/h
PSmax: 100 mmHg
PSmin: 75 mmHg
PDmax: 61 mmHg
PDmin: 54 mmHg
Calcular delta PP

PPmax = PSmax - PDmax = 39


PP min = PSmin - PD min = 21
Delta PP = 60% (paciente responsivo)

O resultado foi superior a 13% então é tolerável a volume. Devemos começar com 250 ml de soro fisiológico

.
4ª AULA

VENTILAÇÃO MECÂNICA

● oximetria: abaixo de 88%


● quadro de insuficiência respiratória aguda por congestão, obstrução, cardiopatia congênita
● saturação baixa = oxigenação ruim (troca gasosa está acontecendo?)
● Inspiração e expiração compõem o ciclo respiratório (troca gasosa)
● Insuficiência respiratória aguda: aumenta a FC e o paciente hiperventila (taquidispneia), pode
apresentar tiragem intercostal, cianose labial. Tendência a alcalose. Outras maneiras de avaliar: medir
a saturação, coletar gasometria arterial, pedir raio x. Com isso conseguimos identificar se o paciente
precisa de ventilação invasiva ou não invasiva
● IRpA pode ser hipoxêmica ou hipercápnica;
● Cateteres não invasivos: interfaces

Oxigênio
● fundamental para o organismo
● sua falta provoca lesão irreversível nas células e sua morte (também ocorre no músculo cardíaco)
● Hb pelo menos de 10 (são elas que transportam o oxigẽnio)
● bloqueio no suprimento de O2 no coração = lesão do músculo cardíaco => cessação de bombeamento
do sangue aos tecidos - TROMBOLÍTICO OU STENT OU REVASCULARIZACAO DO MIOCARDIO
● dependendo do nível da queda da oxigenação o paciente pode evoluir para uma IRpA

CASO
José, IAM Killip II, FR = 30 ipm, FC = 150 bpm, ritmo de FA, SpO2 = 87%. Quais os cuidados iniciais?
- hiperventilando: alcalose respiratória
- consciente? investigação do nível da dor (para decidir a terapia medicamentosa)
- administrar diurético
- melhora da saturação (cateter nasal de oxigênio 6L/min) - se não der certo: médico para decidir
(venturi - não invasiva - IOT)
- amiodarona: DA 150 mg ou 300 mg diluído em SF 0,9% 100 ml - revertendo o ritmo, manter nas
primeiras 24h a dose de manutenção: 900mg em 6 ampolas - Sf 0,9% 240ml - Bomba de infusão)
- cuidados iniciais: monitorizar, avaliar, amiodarona, instalar suporte de oxigênio
- ele tem congestão pulmonar, o diurético é administrado por isso

Função dos pulmões


● a principal é promover a troca gasosa contínua entre o ar inspirado e o sangue da circulação
pulmonar, fornecendo oxigênio e removendo CO2
● a vida depende da realização contínua e eficiente desse processo, mesmo em condições alteradas por
doenças ou por ambiente desfavorável
Insuficiência respiratória
1. hipoxêmica: síndrome multicausal caracterizada pela redução da oferta de oxigênio, caracterizada por
taquidispneia, uso de musculatura acessória, cianose labial e periférica. Confirmação da troca gasosa
comprometida: gasometria arterial
2. hipercápnica: caracterizada pela retenção de CO2, decorrente da hipoventilação alveolar. Ex: DPOC,
enfisematosa e fibrose cística.

● para abrir vias aéreas em situações de emergência: broncodilatador, salbutamol 2 a 4, ou corticoide,


para broncoespasmo

Gasometria
● aumento de CO2: pH: alcalose, > 7,45
● diminuição de CO2: pH: acidose < 7,35

Para atender as necessidades de oxigênio, é necessário:


● ventilação: troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares - consiste na inspiração e
expiração

Apneia
● FR: 0
● SpO2: 0%

Fisiologia básica
● nervo frênico: estimula o movimento respiratório - a contração do diafragma
● em cirurgias: risco de lesionar o nervo frênico
● nervo frênico: entre C3 e C5, passa entre o coração e o pulmão para alcançar o diafragma
● paciente com lesão acima de C4: insuficiência respiratória instalada que só é resolvida com intubação
até que a lesão seja solucionada - pode ficar dependente de ventilador durante toda a vida
● lesão acima de C6: tetraplegia

Pneumotórax
● causas: perfurações acidentais
- pleura parietal e visceral (costelas, objetos)

● perfurações: pressão negativa - o ar ocupa espaço a partir de uma perfuração . Para tirar o ar da
cavidade: dreno
● drenagem: beira leito
● uso terapêutico: descansar o pulmão

Caminho do ar:
1. VAS (boca, nariz) (vias aéreas superiores)
2. faringe (vias aéreas superiores)
3. laringe (vias aéreas superiores)
4. traquéia (VA de condução)
- pressão: 25-35 em H20 - temos que ofertar: 20-30 cm/H2O ou 14-22 mmHg para não gerar
isquemia
- IOT: tubo fica na altura da traquéia
5. brônquios B/E (VA de condução)
6. alvéolos (troca gasosa)

● alvéolo precisa ficar aberto para que a troca gasosa ocorra


● todo alvéolo tem uma pressão positiva para fornecer uma troca gasosa, quando ele tá fechado é
necessário uma pressão positiva
● PEEP: pressão positiva no final da expiração. Para estar aberto, o PEEP basal é 5. Quanto maior, maior
o risco de barotrauma
● Recrutamento alvéolo capilar: PEEP de 20 segundos por dia
● quanto mais insuflado o alvéolo, mais fina a sua membrana então até sua mudança de decúbito
oferece risco (barotrauma) - a PEEP a partir de 15 cmH2O já oferece risco

Via aérea superior:


- umidifica, filtra os gases inalados
- não copiei tudo

Posição prona
● permanência de 6-20h
● gasometria seriada para avaliar a melhora ou piora do estado clínico
● contraindicado raio-x
● cochin preparado para a região do tórax, nível de quadril e para a face do paciente (tem que ser meia
lua facilita a circulação sanguínea e gera menos isquemia)
● preparar o ambiente e paciente para colocar nessa posição
● síndrome do desconforto respiratório agudo: congestão alvéolo capilar - troca gasosa prejudicada -
acúmulo de secreção - peso do coração e órgãos abdominais - quando muda a posição: melhora a
hora de perfusão e reduz o peso, a secreção é drenada com maior facilidade

Difusão de gases entre os alvéolos


● oxigênio deve passar dos alvéolos através da membrana celular, pelo líquido intersticial, atravessando
as células que formam as paredes dos capilares e chegar ao sangue

transporte de oxigênio desde os capilares pulmonares….

Regulação do suprimento de O2
Controle neurológico
● cérebro
● sistema nervoso

Controle químico
● eritropoietina: secretado pelos rins, que estimula a medula óssea a elevar a produção de células
vermelhas do sangue - renal crônico não produz então tem anemia e precisa tomar ferro
● epinefrina
● surfactante pulmonar: produzido pelo pneumócito tipo 2, facilita deslizamento entre pleuras
Princípios da ventilação mecânica
● método de suporte
● é um dos principais recursos de suporte à vida utilizados em UTI
● máquina que substitui total ou parcialmente, a atividade respiratória do paciente, com o objetivo de
restabelecer o balanço entre a oferta e a demanda de O2

Relação PO2/FiO2
é importante calcular essa relação
FiO2 = 40% (no ventilador mostra o valor programado)
PaCo2 da gasometria = 60

cálculo: 60/0,4 = relação PO2/FiO2

● leve: 200<PaO2/FiO2<300
● moderada: 100 <PaO2/FiO2 < 200
● grave: PaO2/FiO2 < 100 (síndrome do desconforto respiratório agudo)

CASO
JJM, 85 anos, diabético e hipertenso. Está internado na UTI com diagnóstico de tumor no lobo direito do
pulmão. Intubado no ventilador com PEEP: 10cmH2O, FIO2 = 30%. A gaso arterial que acabou de ser dosada: pH
= 7,28, PO2 = 55 mmHg, PaCO2 60 mmHg, SatO2 = 88%. Calcular a relação PO2/FiO2

insuficiência respiratória mista


55/0,3 = 183 => a relação PO2/FiO2 é moderada

(atelectasia = colabamento de alvéolo)

MMC, 60 anos internado com quadro de dispneia. Instalado cânula nasal de oxigênio em 4 L/min. Qual a
concentração de oxigênio administrado?
FiO2 = 4 x L/min + 21% (fórmula)
FiO2 = 4 x 4 + 21% = 37% (como chegou em 37 senhor?)

ACABOU AQUI 20 de SETEMBRO


Eritropoietina
- rim estimula a produção de eritropoetina
- relação com a produção de hemoglobinas
- hemoglobinas transportam O2
- paciente renal: deficiência de eritropoietina (anemia crônica)
- administração de eritropoietina para manter níveis de hemoglobina aceitáveis

Insuficiência respiratória
- paO2 por volta de 60
- o que resolveria? IOT
- para avaliar: oximetria, FR, perfusão periférica (?)
- exames: capnografia, gasometria arterial seriada
- capnografia abaixo de 10 por 20 minutos: morte celular

Diafragma estimula a respiração, na ventilação controlada ele não é usado e fica relaxado (ponto negativo
porque ele fica adormecido, pode prolongar o tempo de internação porque demora para voltar a trabalhar
normalmente) - quanto mais precocemente deixar no modo assistido, melhor para o paciente
modo assistido - paciente ainda faz alguns inspirações sozinho

Ventilação Mecânica
● processo que promove constante renovação do ar alveolar, permitindo a hematose ou a troca de
gases;
● epidemiologia: 70% dos pacientes de UTI são mantidos na ventilação aérea artificial (VAA);
● epidemio: 2% dos pacientes dependentes de ventilação artificial e volume com necessidade de VM
prolongada ou desmame ventilatório difícil
● 7-14, depois disso realizar a traqueostomia = paciente muito dependente do ventilador

Princípios da VM (objetivos)
● manutenção das trocas gasosas
● correção da hipoxemia e acidose respiratória associada à hipercapnia
● reverter ou evitar fadiga da musculatura respiratória
● diminuir o consumo de oxigênio
● reduzir o desconforto respiratório

(PEEP maior que 15 risco de barotrauma)

Classificação da VM: exerce pressão positiva para estimular a respiração


● ventilação mecânica invasiva: tubo orotraqueal (posicionado na carina) e ventilador mecânico. Cânula
introduzida na via aérea
● VM não invasiva: máscaras (full face, capacete)

Cânula de intubação
● para ventilação mecânica: pacientes intubados por via naso ou orotraqueal
● dispositivo: tubo flexível dotado de balonete ou cuff (deve ter o diâmetro compatível com a traqueia)
● cuff funciona como sistema de vedação da traquéia impedindo broncoaspiração porque a secreção da
boca não vai para a traqueia (pressão do cuff menor que a pressão da traquéia)
● se o cuff não estiver insuflado totalmente e não tivermos um cufômetro, realizar a ausculta
● pressão de perfusão da traqueia varia de 25-35 cmH2O ou 14 a 22 mmHg
● a ponta fica na carina
● quando o paciente está em desmame, passamos para a metálica
● cuff: deve ser insuflado até não ocorrer vazamento de ar durante as inspirações, formando um
sistema fechado /não sai nenhum barulho quando o cuff estão totalmente insuflado

(máscara laríngea - entrada da glote na região hipofaringe e sua ponta fica no esôfago (risco de aspiração)
máscara boca-nariz para que o ar que entra por pressão positiva vá para a via aérea inferior. Máscaras que
ficam só no nariz, se o paciente abrir a boca, o ar não desce e prejudica o ciclo respiratório
placas de hidrocolóide ao redor da máscara para prevenir lesão por pressão
ventilação não invasiva = paciente deglute o ar então quando foram realizados procedimentos no abdome é
contraindicado / preferível invasiva porque o ar entra diretamente para as aéreas (tubo orotraqueal)
não invasiva = paciente consciente e colaborativo
invasiva = paciente sedado

CASO
Mario, 60 anos internado na UTI por insuficiência respiratória aguda. Acordado e responsivo. Abdome
distendido, RHA -, em VNI há 6 horas, FiO2 - 40%. Recebe dieta parenteral por cateter duplo lúmen. Rx com
atelectasias, SpO2 = 89%, PAM = 50 mmHg. Evolui com agitação psicomotora. Gasometria arterial: ph = 7,25; pO2
78; pCO2 28; sat 89%; BE -2; BIC 22; K 3,2. Como interpretar a situação? Qual seria a melhor estratégia

Ele está com a troca gasosa prejudicada em decorrência do alvéolo colabado - alvéolo precisa abrir
Hemodinamicamente instável
Para melhorar a pressão: droga (volume seria uma opção se o abdômen não estivesse distendido)
acidose respiratória
hiperventilando (pCO2): descobrir a causa

Retirar ele da VNI porque o abdômen está distendido e realizar IOT


Antes de intubar, realizar sedação
Potássio baixo: repor para evitar distúrbios cardio (infundir em bomba de infusão) - está favorecendo a
ocorrência da acidose
DE: Troca de gases prejudicado
Fim do caso

A VM: realizada através da utilização de aparelhos que intermitentemente insuflam as vias respiratórias com
volumes de ar (volume corrente)
Volume corrente reduz: o ar não está entrando como deveria (avaliar possível acotovelamento, chamar
profissional)

Indicação
● insuficiencia respiratoria
● apneia
● parada respiratória
● ventilação inadequada
● insuficiencia cardiaca
● disfunção neurológica

IOT será realizada


O que o enfermeiro deve fazer:
1. Preparar o material
2. Sedar/coralizar
3. Puncionar acesso venoso quando ausente
4. Auxiliar no procedimento
5. Ausculta epigástrico e pulmonar
6. Raio-x para avaliar

Traqueostomia
● plástico ou metal

Cânula de guedel
● serve para proteger a via aérea

Via aérea avançada


● não tem sistema de vedação, fica acima do esôfago e é um dispositivo de resgate
● o enfermeiro pode passar se tiver protocolo na unidade

Ventilação não invasiva


● não pode estar sedado (rebaixamento do nível de consciência), e ele tem que estar calmo e
colaborativo
● não pode ser realizado em pacientes com vômito, pois pode broncoaspirar
● máscara total (full face), capacete, máscara nariz (pouco eficaz)

Volume corrente é calculado de acordo com o peso do paciente

Classificação dos ventiladores


● Primeira geração: não é mais usado - sem possibilidade de monitorização direta e sem alarmes
● Segunda geração: caindo em desuso - monitorização direta, dotados de alarmes
● Terceira geração: microgeração - mais usado

Modo A/C (assistido controlado) é o mais usado


Paciente às vezes faz um movimento respiratório, e quando ele se cansa, entra em apneia. O VM faz toda a
respiração por ele (desmame respiratório). O fisio controla isso através da gasometria

Parâmetros do ventilador:
● modo ventilatório
● Fração inspirada de O2 (FiO2): concentração inspirada de oxigênio fornecida pelo ventilador. Deixa até
50% (30-40%) programado. > 50% gera hiperóxia
● frequência respiratória inicial: costuma ser de 12 devendo ser ajustada de acordo com os dados
gasométricos
● volume corrente: 6-8ml do peso predito
Homens: 50 + 0,91 (altura - 152,4)
mulheres: 45,5 + 0,91 (altura - 152,4)
depois do cálculo, multiplicar por 6 para obter o volume corrente

● volume minuto

● PEEP: fisiológica: 5 cmH2O. Em pacientes com SDRA são necessários valores maiores para assegurar a
troca

● Fluxo inspiratório: é a velocidade com que a mistura gasosa é administrada pelo ventilador durante a
inspiração

● Relação inspiração/expiração (I:E): usualmente estabelecida no início da ventilação mecânica é de 1:2


(expiração mais prolongada que a inspiração)

● Sensibilidade: inicialmente costuma ser de 2cmH2O - é o nível de esforço necessário do paciente para
deflagrar uma nova inspiração assistida pelo ventilador

Ciclo ventilatório
● fase inspiratória: corresponde a fase do ciclo em que o ventilador realiza a insuflação pulmonar,
conforme as propriedades elásticas e revisitadas do sistema respiratório
● ciclagem: transição entre a fase inspiratória e a fase expiratória
● fase expiratória: momento seguinte ao fechamento da válvula inspiratória e abertura da válvula
expiratória
● disparo: mudança da fase expiratória para a fase inspiratória / início da inspiração

Motilidade dos ventiladores


● espontânea: paciente faz inspiração e expiração
● controlada (CVM)
● assistida/controlada: A/C
● ventilação mandatória sincronizada intermitente (SIMV): desuso

1. Controlada:
● nenhuma participação do paciente
● nesta modalidade é recomendável que o paciente esteja sedado e/ou curarizado
● se curar, obrigatório sedar primeiro

disparo: início da inspiração


ciclagem: final da expiração

2. Assistida/controlada: dependerá do paciente já ter uma participação no início da fase inspiratória


determinando o início do ciclo respiratório através de um ligeiro esforço inspiratório. Nesse modo vai
ser assistida ou controlada, nunca os dois - se o paciente esquecer de respirar entra em controlado
sozinho
3. Espontânea/assistida (PSV): o paciente participa durante a fase inspiratória e expiratória, tendo total
controle sobre FR, volume e fluxo - é programada para não fadiga da musculatura

CASO
João, 67 anos, portador de DPOC com lesão traumática acima de C3. Mantém-se em VMI, PEEP 8, sedado com
fentanil 5 e midazolam 7. Recebe nora 1. Apresenta FC40, PAM 55. Diurese nas últimas 24h de 100ml.
Interpretação da situação e descrever o modo ventilatório

paciente com lesão a nível bulbar


anúria
modo ventilatório controlado

1.atropina / 2. marca passo (para resolver bradicardia - prof perguntou - sempre tentar a droga primeiro)

PROVA NA PRÓXIMA AULA


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)

Sociedade Americana de Cardiologia - Diretrizes que seguimos para o manejo do paciente (última 2020);
Durante a pandemia da COVID-19 fizeram atualizações também;
Se atentar a atualização dos tratamentos;

PARADA CARDIOPULMONAR: ausência de atividade mecânica cardíaca, confirmada pela ausência de pulso
central detectável, paciente não reativo e apnéia ou respiração agônica (gasping)

PULSO CENTRAL
Localização: carótida e femoral (adulto)
Mais fácil: carotídeo (não massagear a região porque se existir placas na região elas podem se soltar)
Aferir por 10 segundos: resposta, pulso central e avaliação de respiração/ventilação
O tórax precisa ser exposto: 1. resposta; 2. respiração; 3. pulso
Se ficar na dúvida da presença de pulso: pensar que ele não tem - chamar ajuda (samu/equipe de
enfermagem) - iniciar manobra

ECG
Ritmos chocáveis
- atividade elétrica desorganizada
- interromper focos ectópicos para que o nó sinusal recupere o controle da atividade elétrica
- choque rápido com carga controlada (J)
- ventilação
- compressão do tórax

a. Fibrilação ventricular
b. Taquicardia ventricular sem pulso: 3 ou mais complexos ventriculares prematuros, foco ectópico
ventricular, sucessivos FC maior que 120 bpm, sem pulso. Complexo QRS alargado e regular. Dois tipos:
monomórfica ou polimórfica.

Causas da FV/TVSP
- síndrome coronariana aguda
- desequilíbrio eletrolítico
- eletrocussão
- hipertrofia
- aumento da atividade do sistema nervoso simpático
- estímulo vagal
- efeito pró-arrítmico de antiarrítmicos e outros fármacos
- insuficiência cardíaca grave

Cuidados de enfermagem que aumentam o estímulo vagal


- Aspiração de vias aéreas
- Sonda nasogástrica e nasoentérica
Posso tratar alguma das causas durante a reanimação: Se o paciente não responder ao choque pensar na
possibilidade de tratar alguma causa para ele responder ao choque - paciente refratário
- Desequilíbrio eletrolítico: entendo por hipercalemia, alteração de sódio por desidratação, alteração do
pH de paciente diabético (cetoacidose)
- síndrome coronariana aguda

Ritmos não chocáveis


- sem atividade elétrica
- terapia medicamentosa
- ventilação
- compressão do tórax

a. Atividade elétrica sem pulso: atividade elétrica organizada mas ausência de pulso central (exceto TV) -
não tem foco ectópico
- complexo QRS estreito: problema mecânico (tamponamento cardíaco, pneumotórax, embolia
pulmonar)
- QRS alargado: problema metabólico (hipercalemia grave com ou sem acidose metabólica,
toxicidade por bloqueador dos canais de sódio)
- ultrassonografia à beira leito
- tratar as causas para reverter a AESP
- insuficiência cardíaca grave e cardiomegalia: não tem resposta

b. Assistolia: ausência de atividade elétrica ventricular

Causas reversíveis - 5H
Hipovolemia
Hipóxia: ventilação e oxigenação
Hipotermia/hipertermia: termômetro esofágico/swan ganz
Hidrogênio, íon (acidose): bicarbonato de sódio 8,4% / 1mEq/Kg = 1ml/Kg
Hipocalemia: Cloreto de potássio: 10 a 20 mEq /KCL 19,1%: 1 ml = 2,5 mEq
Hipercalemia:
- Gluconato de cálcio a 10%: 10-20 ml em bolus - cada 2-5 minutos
- glicose (50g) + insulina (10U)
- bicarbonato de sódio 8,4% (1mEq)

5T
tamponamento cardíaco
tensão do tórax (pneumotórax hipertensivo)
toxinas/comprimidos (overdose)
trombose miocárdica (síndrome coronariana aguda)
trombose pulmonar (embolia pulmonar maciça): trombólise - heparina

PCR x injúria cerebral

RCP = conjunto de procedimentos destinados a manter a circulação de sangue oxigenado para o cérebro e
outros órgãos. suporte básico de vida, suporte avançado de vida e cuidados pós-RCP
DESFIBRILAÇÃO: 120-200 J = seguir o que o fabricante recomenda, se não tiver recomendação vai direto em 200 J

Resolução COFEN 723/2023


- descompressão tórax - APH móvel
- USG - identificação pneumotórax

Cadeia de sobrevivência: Duas cadeias, uma para atendimento intra hospitalar e pré-hospitalar

Suporte básico de vida: DEA


Suporte avançado de vida é o 4º elo: Bombeiro (liga para o SAMU)
Ao chegar no hospital precisa ficar na UTI

Quebra dos elos prejudica a saúde do paciente


Na cadeia intra temos o histórico do paciente

PRIORIDADES NA RCP: Com muitos profissionais, isso é feito de forma simultânea


Circulação: compressão
Airway: Via aérea
Breathing: Ventilação
Desfibrilação

Componentes de um RCP de alta qualidade


- segurança do local
- reconhecimento de PCR: verificar se a vítima responde, ausência de respiração ou apenas gasping,
nenhum pulso definido em 10 segundos (verificar simultaneamente)
- acionar o serviço médico de emergência: sozinho e sem acesso ao celular, deixar a vítima e acionar o
serviço médico de emergência e obter um DEA, antes de iniciar a RCP. Do contrário, peça que alguém
acione o serviço e inicia a RCP imediatamente, use o DEA assim que ele estiver disponível
- relação compressão-ventilação sem via aérea avançada: 1 ou 2 socorristas / 30:2
- relação compressão-ventilação com via aérea avançada: compressões contínuas a uma frequência de
100 a 120/min - administre 10 ventilações por minuto
- frequência de compressão: 100-120/min
- profundidade da compressão: mínimo 5 cm e máximo 6 cm
- posicionamento das mãos: 2 mãos sobre a metade inferior do esterno (2 cm acima do processo
xifóide)
- retorno do tórax: espere o retorno total do tórax após cada compressão, não se apoiar sobre o tórax
após cada compressão
- minimizar interrupções: limite as interrupções nas compressões torácicas a menos de 5 segundos,
podendo no máximo de 10 segundos

Ventilação não invasiva: BVM e máscara


Se for ventilar: 30 compressões x 2 ventilações - 5 ciclos: a cada 5 ciclos verificar o paciente (a cada 5 minutos)
- avaliar respiração, pulso e resposta
Se não for ventilar: 100 a 120 compressões/min (avaliar a cada 2 minutos) - avaliar respiração, pulso e resposta

Via aérea avançada: comprimir 100 a 120/min e ventilar 10 vezes/min - ventilação 1 a cada 6 segundos

Se o paciente estiver com monitor também checamos também o ritmo cardíaco e pulso
TV: verificar a existência de pulso

a ventilação efetiva: precisa movimentar o tórax


compressões efetivas: paciente em superfície rígida
localização da compressão: região central do esterno

Dispositivos mecânicos de compressão torácica: autopulse, lucas, life-stat

posicionamento adequado das vias aéreas para que a ventilação ocorra


cânula - BVM - guedel - etc

DEA - desfibrilador externo automático


- avalia o ritmo cardíaco e indica choque ou não
- quando uso? Assim que o DEA chegar ao meu alcance e enquanto isso realizamos compressões

qualquer pessoa treinada pode usar


teoria e prática simulada
TERAPIA ELÉTRICA
Desfibrilação: aplicação de corrente elétrica através do músculo cardíaco durante período breve

Cuidados:
- impedância transtorácica: resistência natural da parede torácica ao fluxo da corrente elétrica
- fatores que interferem: gordura, osso, pelos, aderência das pás e eletrodos, gel condutor, posição e
pressão das pás e eletrodos, energia selecionada, afastar fonte de oxigênio pelo menos 1 metro,
equipe afastar do paciente e maca, paciente com marcapasso colocar pás ou eletrodos a 10 cm

DEA pode ser monofásico (360 J) ou bifásico (120-200 J)


NALOXONA
indicação: quando o paciente fez uso de opióides
posologia:
- intranasal: 2 mg
- IV ou IM: 0,4 mg

Respiração normal?
Sim: Avaliar nível de consciência, abrir vias aéreas, mesmo assim considerar o uso de naloxona e avaliação
contínua de respiração e consciência
Não: Avaliar pulso - manobras de reanimação - administrar naloxona
Respiração irregular + sem pulso: posicionar via aérea e naloxona

Suporte avançado de vida


Compressões torácicas, acesso venoso ou intra-ósseo: determinação do ritmo, avaliar PA, drogas, fluídos
A via aérea avançada: máscara laríngea, combitube, tubo orotraqueal, cricotireoidostomia
B: ventilação com pressão positiva + oxigênio 100%
D: diagnóstico diferencial - quando ele não responde as manobras, avaliar se existe causa que eu consigo
tratar

Equipe
Precisa estar treinada
Comunicação efetiva - circuito fechado: sempre falar em voz alta o que foi feito porque todos os profissionais
precisam ter noção clara do que foi feito
necessário líder: quem tiver mais conhecimento e estiver mais tranquilo. O líder está olhando mas não faz o
atendimento
Via aérea - compressões torácicas - monitorização com ECG e desfibrilação - acesso vascular e administração
de fármacos
Enfermeiro: fica na administração de medicamentos
Técnico: compressão
Médico: desfibrilador
Fisioterapeuta: via aérea/ventilação mecânica

15 minutos e ritmo não chocável: conversa sobre parar ou não


15 minutos e ritmo chocável: manobras continuam
não inicio a reanimação: separação do tronco e cabeça ou histórico do paciente que tem contraindicação de
reanimação

Carrinho de emergência
Monitor/desfibrilador/tábua
gaveta 1: medicamentos
gaveta 2: material para acesso venoso
gaveta 3: material para via aérea
compartimento inferior: diversos
CONTINUAÇÃO DA AULA DO DIA 18 DE OUTUBRO

SUPORTE AVANÇADO
carrinho de emergência é de responsabilidade do enfermeiro: carrinho precisa ficar lacrado
todo plantão conferir DEA, laringoscópio, oxigênio, etc
1x ao mês conferir: materiais, funcionamento e qualidade de materiais que ficam dentro do carrinho

BVM: ventilação com pressão positiva + O2 100%

Usar capnógrafo em pacientes que estão em via aérea avançada


- menor que 10 mmHg: avaliar RCP (morte celular ou manobra de reanimação ineficaz): uma das
medidas objetivas para encerrar as manobras de reanimação
- maior/igual 40 mmHg: RCE

Até 5 minutos seria o tempo ideal para o paciente voltar de uma parada - menores riscos de lesão

C - compressões torácicas, acesso venoso ou intra-ósseo, determinar ritmo, drogas, avaliação da pressão
arterial, fluídos

VIAS E ADMINISTRAÇÃO DE DROGAS


por acesso venoso
via intra-óssea
via endotraqueal
COFEN 689/2022: normatiza a atuação da equipe de enfermagem no cumprimento de prescrições a distância,
através de meios eletrônicos
FLUXOGRAMA

FV/TVSP
- RCP 2 minutos
- acesso IV/IO
- ritmo chocável
- RCP 2 minutos
- epinefrina 1mg (intervalo entre adrenalinas 3-5 minutos)
- considerar via aérea avançada e capnografia (menor que 10 mmHg)
- ritmo chocável
- RCP 2 minutos
- amiodarona (1. 300 mg; 2. 150 mg) ou lidocaína (1. 1-1,5 mg/kg ; 2. 0,5-0,75 mg/Kg)
- trate causas reversíveis
- ritmo chocável

não existe diferença de eficácia entre amiodarona e lidocaína mas a lidocaína é mais difícil porque precisamos
do peso
todos os medicamentos são administrados em bolus
intervalo entre a primeira e segunda dose é 2 minutos: tempo de avaliação do estado geral do paciente
se o paciente não voltar depois da segunda dose de amiodarona, administrar novamente epinefrina

ASSISTOLIA/AESP
- epinefrina imediatamente
- RCP 2 minutos
- acesso IV/IO
- epinefrina a cada 3-5 minutos
- considerar via aérea avançada, capnografia

Da assistolia/AESP entrou em ritmo chocável? Não


- RCP 2 minutos
- tratar causas reversíveis
- ritmo chocável? Não
a. sem sinais de retorno da circulação espontânea (RCE): repetir RCP 2min, IV/IO, epinefrina, via
aérea + capnografia
b. se houver RCE: ir para cuidados pós-PCR
c. considerar se é adequado continuar com a ressuscitação

- ritmo chocável? sim


a. choque
b. adrenalina

Da assistolia/AESP entrou em ritmo chocável? Sim


- choque
- adrenalina

Mantemos até o retorno do pulso central e usamos o capnógrafo de aliado


MEDICAÇÃO
vasopressor: adrenalina/epinefrina
administrar em bolus: administrar 20 ml de soro e elevar membro por 20 segundos
dose: 1 mg a cada 3 a 5 minutos
não administrar com solução alcalina: bicarbonato de sódio

amiodarona
antiarrítmico: deprime a automaticidade dos nós SA e AV; lentifica a condução através do nó SA; inibe
receptores alfa e beta; vasodilatador coronária e periférico
dose: só fazer em bolus quando o paciente está parado

Lidocaína
reduz a condução no tecido cardíaco isquêmico

Durante a RCP - circulação extracorpórea (ecmo)


- quando o paciente não responde a RCP
PACIENTE TEVE RETORNO DA CIRCULAÇÃO ESPONTÂNEA - FLUXOGRAMA DE CUIDADOS PÓS PARADA

Paciente tem pulso central


O que fazer?
- avaliar via aérea: tubo corretamente posicionado e fixado
- avaliar a saturação de oxigênio do paciente - 92% - 98%
- CO2 exalado entre 35-45 mmHg
- na rua: capnógrafo
- hospital: gasometria arterial
- se não estiver com o CO2 e saturação dentro da normalidade discutir com a equipe estratégias para
que ele retorne ao parâmetro aceitável
- monitorização hemodinâmica invasiva
- PAM maior que 65 ou PS maior que 90
- ECG 12 derivações

indicativo de IAM com supra ou choque cardiogênico instável


- providenciar suporte circulatório
- tratamento

avaliação neurológica
- escala glasgow: sem sedação por 24 h
- escala de haas

Controle de temperatura também é importante porque a febre aumenta a atividade metabólica e isso prejudica
a reação de reperfusão neurológica - exacerbar reação inflamatória

Precisamos entender o que provocou a parada cardiopulmonar e tratar para não correr o risco dele parar de
novo. Se for alguma das causas reversíveis avaliar se é necessário medidas complementares para tratamento
mais efetivo

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