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Educação em Saúde

A estratégia da Educação em Saúde visa integrar vários saberes científicos e do senso


comum, permitindo aos envolvidos uma visão crítica, participativa e autônoma (Reis,
2006).

Com isso, a prática de educação em saúde pode permitir o vínculo com ideias de
reflexão crítica sobre realidade, empoderamento comunitário e transformação do status
quo, na perspectiva de criação e ampliação das condições de vidas saudáveis (Lopes,
2009). Desta forma, possibilita a construção da cidadania, em razão da relação que é
criada entre indivíduo e seu ambiente (Fernandes e Backes, 2010).

É sabido que cidadão é todo indivíduo que goza de direitos constitucionais e respeita as
liberdades democráticas, cumprindo deveres que lhe são atribuídos como participante
ativo da sociedade. Por meio da educação, desenvolvemse indivíduos com consciência
crítica para que possam ser criativos, livres e agentes transformadores da realidade e não
simplesmente reprodutores de uma mentalidade equivocada. É somente por meio da
educação que o indivíduo se desenvolve e se torna cidadão com autonomia (São Paulo,
2009).

É sabido que cidadão é todo indivíduo que goza de direitos constitucionais e respeita as
liberdades democráticas, cumprindo deveres que lhe são atribuídos como participante
activo da sociedade. Por meio da educação, desenvolvem-se indivíduos com
consciência crítica para que possam ser criativos, livres e agentes transformadores
da realidade e não simplesmente reprodutores de uma mentalidade equivocada. É
somente por meio da educação que o indivíduo se desenvolve e se torna cidadão com
autonomia (São Paulo, 2009).

Freire (2011b) enfatiza que a prática educativa deve ser realizada com alegria,
esperança, convicção de que a mudança é possível, curiosidade, comprometimento,
tomada de decisões e disponibilidade ao diálogo, sabendo escutar o outro e querendo
bem ao educando (Freire, 2011b). Ainda para Freire (2011a), a educação deve ser uma
prática da liberdade do ser humano, na qual os conhecimentos são compartilhados entre
os sujeitos que desvelam a realidade, conhecemna criticamente e a recriam.

A educação em saúde possibilita a emancipação do sujeito, fortalecendo o vínculo entre


democracia e educação. É necessário conhecer o outro e adentrar as práticas cotidianas
para desenvolver habilidades que possibilitem trocas efetivas a fim de buscar uma
inserção da pessoa na coletividade. Além disso, deve ser vista como direito social,
constituindose historicamente um prérequisito para a expansão dos demais direitos. A
educação de sujeitos, voltada para a saúde, na perspectiva crítica, requer a compreensão
de que a educação ocorre na forma de processo, em que aprender implica construir e
não adquirir conhecimentos; significa desenvolver habilidades pessoais e sociais, e não
adaptar ou reproduzir comportamentos (Lopes e Tocantins, 2012).

O objetivo da educação é o de oportunizar momentos de reflexões e ações capazes de


possibilitar às pessoas um aprendizado consciente, sem a intenção de controlar suas
vidas. A educação em saúde, vista neste contexto, pode ser compreendida no sentido de
propiciar encontros entre profissionais e usuários do serviço de saúde. Essa relação face
a face representa um modo de fomentar o diálogo e a troca de experiências.

O objetivo da educação é o de oportunizar momentos de reflexões e ações capazes de


possibilitar às pessoas um aprendizado consciente, sem a intenção de controlar suas
vidas. A educação em saúde, vista neste contexto, pode ser compreendida no sentido de
propiciar encontros entre profissionais e usuários do serviço de saúde. Essa relação face
a face representa um modo de fomentar o diálogo e a troca de experiências.

As práticas de saúde decorrem de experiências contínuas de ensino-aprendizagem e


acabam influenciando as decisões a serem tomadas ao longo da existência dos
indivíduos, podendo contribuir para diminuir, manter ou elevar o seu nível de saúde.
Dessa maneira, a educação em saúde pode ser definida como qualquer combinação de
experiência de aprendizagem, delineada para facilitar ações voluntárias conducentes à
saúde.

A priori, a educação em saúde é uma construção em movimento; por esta razão tornase
fundamental trabalhar situações conforme a realidade das pessoas, valorizando aspectos
culturais, as relações de gênero e os diferentes níveis socioeconômicos e políticos.

Os profissionais de saúde devem utilizar a educação em saúde como instrumento de


trabalho à medida que o setor perpassa todos os aspectos do viver humano e requer, para
a transformação dos sujeitos, uma profunda interação entre o profissional desta área e a
população, visando permeabilizar as condutas que gerem saberes (Santos et al., 2011).
A comunicação em saúde

A comunicação em saúde é a utilização de estratégias para informar e influenciar


decisões dos indivíduos, comunidades ou instituições, no sentido de promover a saúde
através da adopção de comportamentos informados.

Os processos de informação e comunicação têm importância crítica e estratégica nos


serviços de saúde, porque influenciam a avaliação dos utentes à qualidade dos cuidados
e são veículo de adaptação à doença, adesão à terapêutica e adoção de comportamentos
protetores.

Comunicação com o doente

Os utentes avaliam a qualidade dos cuidados a partir da experiência direta com os


prestadores e técnicos de saúde. É essencial dotar as equipas de competências
comunicacionais, para fomentar a interação multidirecional do utente com a equipa
hospitalar no seu todo. Neste contexto, é primordial promover a relação médico-doente,
mas também a relação instituição-doente. A satisfação dos utentes é um critério que
joga fortemente para a qualidade de uma instituição de saúde.
Nesta área, é essencial dar resposta às necessidades da população e às reclamações que
são feitas. É preciso receber, registar, responder e implementar processos de melhoria
contínua para evitar novas queixas. As sugestões dos utilizadores dos serviços de saúde
devem ser tidas em conta, porque são um importante veículo de desenvolvimento para
uma instituição. Ignorar os doentes ou protelar soluções são estratégias ineficazes que
tornam as organizações mais opacas, menos confiáveis e preteríveis.
Por outro lado, cabe à instituição promover a relação com o utente, com vista a uma
melhor gestão de recursos. Para isso, é fundamental criar pontes de comunicação interna
e externa, para evitar afluências inesperadas aos serviços, esperas prolongadas,
desperdício de recursos e insatisfação de profissionais e utentes.
Entre equipas e profissionais

A comunicação entre profissionais numa instituição de saúde deve ser apoiada por
sistemas de registo e monitorização. É essencial haver passagem de informação e
controlo interno para que se evitem falhas de comunicação, utilização excessiva de
recursos e, no limite, erro clínico. A falta de comunicação entre profissionais,
independentemente da sua formação, prejudica a qualidade do atendimento, a
efetividade dos cuidados, ao mesmo tempo que contribui para estruturas ineficientes e
gastos inúteis.
Prestar cuidados de saúde é trabalhar em equipa, o que implica reconhecer o papel de
cada um e de todos. A colaboração entre serviços, profissionais e utente só é eficaz
quando se aposta na comunicação multidirecional.
Relação com os meios de comunicação

A comunicação em saúde abrange mensagens que podem ter finalidades muito


diferentes, tais como promover a saúde, prevenir a doença, evitar comportamentos de
risco, lidar com ameaças ou gerir recursos, entre outras.
A comunicação social desempenha uma função preponderante na promoção da saúde.
Um dos novos desafios das organizações neste setor passa pelo estreitamento de
relações com os meios de comunicação. Os jornalistas têm uma natural aptidão para
passar mensagens de forma simples, sem ser simplista. Cabe também às instituições de
saúde adotar um papel ativo nessa difusão de informação. A aproximação das
instituições aos órgãos de comunicação é umaestratégia poderosa com vista à prevenção
da doença.
A evolução dos meios de informação disseminou o acesso à informação em saúde, o
que tem despertado interesse às instituições. As novas formas de comunicação vieram
alterar a forma como se consome informação. Apesar de haver informação abundante,
isso não significa que os cidadãos saibam assimilar e utilizar esses dados. A saúde
abarca complexidades, especificidades e peculiaridades de difícil interpretação. Por
outro lado, a literacia em saúde é baixa em Portugal, assim como em outros países
desenvolvidos. Desta forma, é crucial o contributo e relação das instituições de saúde
com que os profissionais de comunicação para tornar a informação em saúde clara,
compreensível, credível e baseada na melhor evidência.

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