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Responsabilidade Social na Saúde

Minorias e Desigualdade Social na Saúde

Cuiabá
Junho 2023
Ademar Jose de Campos
Aneliz Pereira Castrillon Gomes
Eryka Fernanda Santa
Evelyn da Silva Ferreira
Guilherme Ferreira de Moraes
Nathalia Pereira Dias
Robson Vilhalva de Arruda

Responsabilidade Social na Saúde.


Minorias e Desigualdade Social na Saúde

Trabalho da disciplina de DIREITO E CIDADANIA entrega à


(Faculdade EDUCARE MT), como requisito parcial para a
obtenção da aprovação na disciplina (BIOMEDICINA,
ENFERMAGEM, FISIOTERAPIA E NUTRIÇÃO).
Orientador: Maria Sandra Marquioto

Junho/2023
Resumo
A estratégia da Responsabilidade Social conduz ao desenvolvimento de novas e mais
saudáveis responsabilidade social em saúde com relações e parcerias, coesão social e
económica, melhorias na promoção da saúde e proteção do ambiente. Na prática a
responsabilidade social na saúde os profissionais devem reger-se por conhecimentos éticos
que proporcionem reflexões sobre a melhor forma de agir para melhorar a saúde e a qualidade
de vida dos indivíduos. Os profissionais devem assumir a responsabilidade das suas opções e
ações, procurando conhecer o que os indivíduos e a comunidade científica esperam deles e
analisar a quem competem as responsabilidades. No que tange aos direitos à saúde, no Brasil,
é de responsabilidade do Estado a atenção à saúde dessa população, reconhecendo o contexto
vulnerável em que se encontra, e com vistas a reduzir as lacunas no atendimento a esse
segmento populacional. A responsabilidade social requer também uma gestão da mudança de
forma socialmente responsável, procurando compromissos equilibrados e aceitáveis entre as
exigências e as necessidades das partes envolvidas. Este trabalho teve por objetivo
fundamental conscientizar as pessoas a respeito da responsabilidade social em saúde diante
das minorias populacional.
1. Introdução
A responsabilidade social começa a adquirir significado para a sociedade em geral, que
as organizações têm deveres e devem tender a tomar consciência das responsabilidades para
com a sociedade, podendo assumir responsabilidades sociais quando o Estado e o governo
fracassam na sua prossecução contudo, porém, nem sempre o significado é o mesmo para
todos os indivíduos.
A definição parece situar-se entre a responsabilidade e as obrigações legalmente
impostas. Ao longo da evolução do conceito foi, em 1990, proposta a tese de que a empresa
socialmente responsável era a que produzia lucros, cumpria a lei, era ética e tinha
comportamentos de boa cidadã
A estratégia da Responsabilidade Social conduz ao desenvolvimento de novas e mais
saudáveis responsabilidade social em saúde com relações e parcerias, coesão social e
económica, melhorias na promoção da saúde e proteção do ambiente.
O sistema de saúde brasileiro possui características opostas que diminuem ou mantêm
a pobreza e a desigualdade. Transformam-se em desigualdades e, com muita frequência, em
iniquidades, na medida em que por relações essencialmente de poder, o acesso e a posse aos
bens, serviços e riqueza, fruto do trabalho coletivo e acumulado através de gerações, são
desigualmente distribuídos
O modelo de atenção à saúde consiste em um conjunto de saberes e combinações de
recursos (financeiros, tecnológicos, humanos etc.) para atender a necessidades de saúde
individuais e coletivas em geral e de suas minorias populacional.
Ao falarmos de minorias, estamos falando de vários grupos diferentes que estão sub-
representados ou em desvantagem no poder, seja esse poder econômico ou político. Essa
característica envolve grupos minoritários étnicos, nacionais, sociais e de gênero, como
negros, indígenas e pessoas com baixa renda.
As minorias em geral são categorias que ainda ocupam um espaço muito restrito na
agenda de investigação sobre desigualdade e saúde no Brasil, em particular e na América
Latina, em geral. Entre as razões para tal, pode-se mencionar a tendência de, refletindo certas
ideologias nacionais (por exemplo, o mito da democracia racial), não considerar raça/etnia
como variáveis de importância na construção de modelos sobre desigualdades, além da
constante referência às dificuldades encontradas para operacionalizar tais conceitos.
A minoria étnicas e raciais no Brasil vivenciam situações de exclusão, marginalidade e
discriminação que, em última instância, as colocam em posição de maior vulnerabilidade
frente a uma série de agravos. Coeficientes de morbi-mortalidade mais altos do que os
registrados em nível nacional; fome e desnutrição, riscos ocupacionais e violência social são
apenas alguns dos múltiplos reflexos sobre a saúde decorrentes da persistência de
desigualdades.
É preciso capacitar os funcionários da saúde de forma a valorizar a educação, a
redução de desigualdades, a melhoria da saúde mental e estimular a inclusão, o engajamento
dos funcionários, a relação com as comunidades e a proteção de dados, aliada à
responsabilidade social e ao cuidado com a saúde, estas Instituições devem estimular às
práticas de compliance capazes de promover o mecanismo de prevenção, controle e
monitoramento, em prol transparência, ética e segurança do paciente.
Este trabalho tem por objetivo fundamental conscientizar as pessoas a respeito do tema.
2. Desenvolvimento
2.1 Responsabilidade Social na Saúde
A responsabilidade social é um estágio mais avançado no exercício da cidadania
corporativa, que possui sua origem na prática de ações filantrópicas”. Empresários, bem
sucedidos em seus negócios, decidiram retribuir à sociedade parte dos ganhos que obtiveram
em suas empresas. Tal comportamento reflete uma vocação para a benevolência, um ato de
caridade para com o próximo. Foi assim que surgiram as entidades filantrópicas em busca de
recursos desses empresários filantropos.
A filantropia é praticada através de ações e atitudes individuais dos empresários, sendo
assim a responsabilidade social tem a ver com a consciência social e o dever cívico.
É um processo transdisciplinar que possibilita a melhor compreensão e aplicabilidade
de constructos essenciais para análise do dinamismo dos indivíduos, sobretudo, no contexto
social. A justiça e a igualdade são premissas da Responsabilidade Social que também
alcançam temáticas como meio ambiente e sustentabilidade (Silva & Gomes, 2020)
A responsabilidade social na saúde é uma função da gestão das organizações no
âmbito da vida pública. Estas Instituições devem estimular às práticas de compliance capazes
de promover o mecanismo de prevenção, controle e monitoramento, em prol transparência,
ética e segurança do paciente, propiciando maior credibilidade da empresa. Compliance é o
direcionador para combater práticas antiéticas e inidôneas por meio do reforço da cultura
organizacional da empresa.
Epistemologicamente, a responsabilidade social em saúde são direcionadas para o
bem-estar social embasadas por três eixos de sustentabilidade: social, cultural e ambiental
com a pretensão de favorecer o desenvolvimento individual e coletivo e que traz à tona a
Declaração Universal sobre Bioética e Seres Humanos que dispõe sobre a responsabilidade
social e saúde como um dos princípios que “a promoção da saúde e do desenvolvimento
social para a sua população é objetivo central dos governos, partilhado por todos os setores da
sociedade” ratificando a responsabilidade estatal de promulgar ações equânimes de
responsabilidade social ao setor saúde observando ao máximo os determinantes sociais de
saúde, envolvidos neste processo e favorecendo a atuação compartilhada com os usuários de
participarem no desenvolvimento e aplicação das ações voltadas para o acesso à saúde
(UNESCO, 2005; Silva & Gomes, 2020; Carrapato, Correia, Garcia, 2017).
Todos os cidadãos capazes devem ter Responsabilidade Social, uma vez que, uma
atitude ou omissão individual poderá trazer consequências ao coletivo, minimizando o
respeito aos demais direitos humanos além do direito à saúde com consequentes disparidades
que poderão se tornar ainda mais nocivas, sobretudo, aos indivíduos que são ou estão em
situação de vulnerabilidade.
O prisma biopsicossocial que conceitua a saúde não somente como ausência de
doenças corrobora com a importância da dizimação dos princípios doutrinários do SUS, desde
o controle social, passando pelos profissionais de saúde até a gestão, que também são
representantes, além de outros setores da sociedade, do cumprimento da reponsabilidade
social e saúde. Todas as políticas públicas de saúde em seus conteúdos referem-se à
responsabilidade de cada uma das três esferas de governo diante daquela problemática de
saúde, desde a atenção à saúde da criança e do adolescente, perpassando pela saúde do
homem, da mulher, do idoso, dentre outras, ratificando legalmente a atribuição constitucional
do governo em prover condições de acesso à saúde e de manutenção da mesma.
Na prática a responsabilidade social na saúde os profissionais devem reger-se por
conhecimentos éticos que proporcionem reflexões sobre a melhor forma de agir para melhorar
a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos. Os profissionais devem assumir a
responsabilidade das suas opções e ações, procurando conhecer o que os indivíduos e a
comunidade científica esperam deles e analisar a quem competem as responsabilidades.
Tendo em consideração que a responsabilidade social é como um contributo
voluntário, das empresas públicas ou privadas, para uma sociedade mais justa e a preservação
do ambiente, estas práticas parecem poder ser eficazes quando o objetivo da ação se centra na
prossecução de valores de interesse comum como é o caso da saúde. De acordo com o
conhecimento dos principais determinantes de saúde os profissionais de saúde pública
desenvolvem ações que visam empoderar os indivíduos para que sejam participantes ativos
nas decisões em saúde.
Desta forma, Responsabilidade Social em Saúde Pública é a integração de
preocupações sociais, pelas empresas do sector público ou privado, com ou sem ligação à área
da saúde, no sentido de contribuir para a melhoria do bem intangível na saúde. Para tal,
podem ser desenvolvidas, pelas empresas, diversas atividades com objetivos em saúde ou
efetuados donativos a instituições que promovam essas mesmas atividades. Importante é
também, que estas ações sejam tendencialmente gratuitas e dirigidas à comunidade e não
especificamente ao indivíduo singular.

2.2 Minorias e Desigualdade Social na Saúde


Historicamente, os grupos minoritários são aqueles que, por algum motivo, geralmente
ligado ao preconceito de cor, classe social ou gênero, ficaram excluídos da sociedade,
marginalizados, e não tiveram a plenitude de seus direitos básicos garantidos.
O termo minoria refere-se, na sociologia, a grupos sociais historicamente excluídos do
processo de garantia dos direitos básicos por questões étnicas, de origem, por questões
financeiras e por questões de gênero e sexualidade. Também podem entrar no conceito
pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social, como idosos e portadores de
necessidades especiais.
Nesse sentido, podemos colocar a população negra, por exemplo, na condição de minoria,
pois, durante o colonialismo europeu, os africanos foram capturados e vendidos como
escravos, eles permaneceram em situação de penúria, muitos sendo libertos repentinamente,
mas sem qualquer tipo de assistência, profissionalização, educação, moradia, alimentação e
acesso à saúde. A população negra ainda sofreu e sofre com o racismo, o que impede qualquer
efetividade de tratamento igual e de pleno acesso aos direitos básicos.
Quanto às questões relacionadas à sexualidade, no caso de homossexuais e bissexuais, e
quanto à identidade de gênero, no caso de transexuais, ambas dizem respeito a pessoas que
sofreram (e sofrem) perseguições durante toda a história a partir do momento em que a moral
judaico-cristã se tornou hegemônica. A população LGBTQIA+ sofre diariamente agressões
físicas, verbais, psicológicas, e ainda sofre com o estigma de sua condição, que muitas vezes a
faz viver sob autorrepressão ou ser excluída de muitos espaços.
Em relação ao gênero, a sociedade, ainda muito patriarcal, exclui as mulheres e trata-as de
maneira desigual em relação aos homens. Em determinados lugares e épocas, o tratamento
dado às mulheres foi ainda pior, retirando delas até direitos políticos, como o direito ao voto.
Não é diferente com quem vive em condições de pobreza. As pessoas em situação de rua,
as pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza e até mesmo as pessoas que não passam
fome, mas vivem em condições de baixo poder aquisitivo, não tendo, muitas vezes, o direito à
moradia digna respeitado, também são consideradas minorias.
Ainda que pouco enfatizada, a discrepância verificada na distribuição de renda na
população da grande maioria dos países latino-americanos atrela-se à questão étnico-racial.
Isto é, via de regra, os brancos encontram-se entre os mais ricos e são maioria dentre as
classes média e alta, estando os negros e índios relegados aos extratos sociais onde há mais
pobreza.
Há ainda que se considerar a segregação espacial, levando à formação de guetos, encraves
e favelas em determinados bairros ou setores situados nas periferias dos centros urbanos. Tais
espaços, via de regra, situam-se em regiões menos valorizadas do ponto de vista urbanístico,
caracterizadas por insuficiência de serviços, tais como transportes, lazer, saneamento,
policiamento e saúde.
A relação entre saúde/enfermidade e minorias pode ser abordada sob a vertente que, saúde
e enfermidade como resultante de desigualdades sociais e/ou discriminação étnico-racial. A
discriminação étnico-racial e de gênero experimentada por membros de minorias pode ter
grande impacto sobre o indivíduo e/ou grupo, gerando estresse e enfermidades relacionadas. É
patente a persistência de desigualdades raciais nas estatísticas de mortalidade.
A Constituição Federal de 1988 consagrou, o princípio do acesso universal à saúde,
garantindo que o Sistema Único de Saúde/SUS fosse orientado mais para ações integrais,
gerais e horizontais Subsídios para o debate sobre a voltadas para a população como um todo.
Contudo, numa sociedade profundamente desigual como a brasileira, a conquista da
universalidade dos serviços tem se mostrado insuficiente para assegurar a equidade pois, ao
subestimar as necessidades de grupos populacionais específicos, contribui para agravar
quadro das condições sanitárias.
O sistema de saúde brasileiro, regulamentado em 1990 e denominado Sistema Único de
Saúde (SUS), é majoritariamente composto por serviços públicos e gratuitos de saúde, com a
complementação de alguns serviços da rede privada financiados pelo Estado. Além disso, o
SUS é constituído por princípios doutrinários (universalidade, equidade e integralidade), aos
quais o modelo de atenção à saúde, expresso em políticas, programas, organização dos
serviços e oferta de cuidados, deve voltar-se, para reconhecer os determinantes sociais do
processo saúde-doença e das iniquidades em saúde. Baseando-se especialmente no princípio
da equidade, as práticas de atenção à saúde devem ser realizadas de maneira mais profícua
para atender as pessoas mais vulneráveis.
Contudo, os resultados de uma pesquisa global que revelou uma diminuição da confiança
de grupos minorizados (comunidades negras e de minorias étnicas, mulheres, pessoas com
deficiência e comunidade LGBTQIAP+) com relação aos sistemas de saúde – além dos
profissionais que atuam na área.
No Brasil, pessoas negras e de outros grupos raciais têm mais probabilidade de sentirem-
se ‘indesejadas’ por um prestador de saúde ou pelo sistema de saúde no geral (23% contra
18% das pessoas brancas), já as pessoas do sexo feminino dizem ter mais dificuldade em
receber orientações adequadas e serem ouvidas em comparação aos pares do sexo masculino
(38% contra 30%).
De acordo com a pesquisa, 87% das pessoas com alguma deficiência no Brasil disseram
ter experiências que prejudicaram sua confiança na área de saúde, contra 77% das pessoas
sem deficiência. Para os membros da comunidade LGBTQIAP+ essa diferença foi semelhante
(86% contra 77% de seus pares que não fazem parte da comunidade). O mesmo aconteceu
com 80% das pessoas de etnias minorizadas, grupo que no Brasil é predominantemente
formado pela população negra, contra 77% da população branca.
O estudo apontou que essa lacuna de confiança é maior para pessoas que pertencem a
mais de um desses grupos. Por exemplo, 90% das pessoas com alguma deficiência e que se
identificam como LGBTQIAP+ afirmam que tiveram uma experiência prejudicial à sua em
confiança em relação ao sistema de saúde em geral versus 76% das pessoas sem esses
antecedentes; os dados se repetem no caso de pessoas de algum grupo étnico minorizado e
que se identificam como LGBTQIAP+.

2.3 Responsabilidade social em saúde diante das minorias e desigualdade social


No que tange aos direitos à saúde, no Brasil, é de responsabilidade do Estado a atenção à
saúde dessa população, reconhecendo o contexto vulnerável em que se encontra, e com vistas
a reduzir as lacunas no atendimento a esse segmento populacional.
Em todos os casos apresentados e em outros, acompanhados da exclusão pelo fato de
serem grupos marginalizados, há a luta pela igualdade de direitos. Em um país ainda muito
desigual e com imensos problemas sociais, como o Brasil, os movimentos negros, os
movimentos feministas, o movimento LGBTQIA+ e tantas outras entidades surgiram por
meio da luta coletiva de grupos minoritários excluídos.
Em 1994 foi iniciado o Programa Saúde da Família (PSF), focalizado no atendimento
primário, especialmente na prevenção, difusão e recuperação da saúde. Os profissionais de
Saúde da Família, ao atenderem o paciente na própria unidade, e também na casa dele,
conhecendo seu contexto social, cultural e econômico, permitindo que o paciente discuta sua
enfermidade e entenda as ações propostas para promover, proteger e recuperar sua saúde,
devolvem a cidadania desse indivíduo.
Comunicar-se com um indivíduo, frequentemente com outro nível de escolaridade e
conhecimento, despir-se da sua posição, ainda que reconhecendo a grande assimetria da
informação que de tem em relação a esse paciente, é tarefa das mais difíceis, que dignifica e
enriquece a experiência de vida de toda a equipe de saúde.
Da mesma forma que admitimos que o sistema de saúde centrado no conceito passivo de
assistência é socialmente irresponsável, pois assume como responsabilidade atender apenas a
quem o procura, a educação centrada no professor também pode ser considerada socialmente
irresponsável, uma vez que o professor restringe sua missão a ensinar e deixa de ir além e de
se comprometer, de fato, com o aprendizado do aluno
No Brasil, semelhante à realidade de outros países, os grupos minoritários são mais
vulneráveis. Diante dessa realidade, a atenção à saúde não deve configurar-se somente em
assistência aos problemas de saúde dessa população, mas também em ações amplas e
concretas para melhor acolher-los.
As empresas devem ser inovadoras e criar abordagens adequadas à situação em que se
encontram. Podem da mesma forma utilizar princípios e orientações das autoridades públicas
para aferir as suas próprias políticas e desempenhos e também para promover maior equidade
na concorrência.
Devem ser as próprias empresas a desenvolver a sua responsabilidade social, as
autoridades públicas devem desempenhar um papel de suporte e regulamentação
complementar, com intuito de promover a transparência, criar incentivos de mercado e
garantir a responsabilização.
3. Conclusão
No Brasil, as pesquisas sobre os efeitos de desigualdades sociais em saúde tendem, em sua
maioria, a privilegiar a análise da composição socioeconômica como um dos elementos
centrais de seus modelos explicativos. Não há uma produção sistemática acerca do peso da
dimensão étnico-racial na expressão diferenciada dos agravos à saúde.
É imprescindível que os estudos sobre desigualdades socioeconômicas, e aqueles
concernentes ao processo saúde-doença em particular, incorporem cada vez mais
intensamente raça/etnia como dimensões analíticas.
Por fim, faz-se necessário reforçar a importância e relevância do tema de investigação. A
busca por condições de vida digna deve ser central em todas as políticas públicas, de maneira
a garantir saúde aos cidadãos, baseada nos pilares da responsabilidade social que giram em
torno do desenvolvimento e apoio social, econômico e ambiental. Esses elementos são
fundamentos que baseiam a maioria das ações com intuito de contribuir para a sociedade.
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