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Olá Estudante, seja muito bem-vindo(a)!

Após o merecido descanso do recesso escolar de julho, chegou a hora de você reto-
mar seus estudos. Estamos iniciando o 3º bimestre de 2021. Animado para embar-
car nessa nova viagem ao mundo do conhecimento? Vamos juntos!!!
Para isso, preparamos o Plano de Estudos Tutorado – Volume 3. Um material cheio
de propostas de atividades instigantes e inovadoras para você. São histórias, situa-
ções-problemas, exercícios, imagens, pesquisas, desafios, temas e textos que irão
orientá-lo (a) na aquisição de conhecimentos e habilidades importantes para que
você se torne um cidadão cada vez mais curioso, pesquisador, autônomo e atuante
em nossa sociedade.
Atenção, algumas das várias experiências de aprendizagem que você encontrará
no PET 3 irão abordar a temática da Educação do Trânsito, pois o mês de setembro
é dedicado a pensarmos qual o nosso papel no trânsito, e o quanto podemos contri-
buir para nossa segurança e de todas as pessoas.
Seu professor(a) irá acompanhá-lo nesta jornada de conhecimentos do PET 3 por
meio de alguns canais de comunicação como o APP Conexão 2.0, o site https://
estudeemcasa.educacao.mg.gov.br. Ah! Acompanhe também as aulas na TV Minas,
todas as manhãs de segunda à quinta-feira. Elas irão auxiliá-lo(a) na resolução das
atividades propostas no PET.
Desejamos a você uma excelente experiência, bons estudos e, principalmente,
boas aprendizagens nesta 3ª etapa escolar!!!
Até breve!

II
SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA............................................................ pág. 1


Semana 1: Modalização em textos............................................ pág. 1
Semana 2: Pronomes Pessoais................................................pág. 5
Semana 3: Resenha crítica......................................................pág. 9
Semana 4: Gênero graphic novel............................................. pág. 13
Semana 5: Romance “O cortiço.............................................. pág. 16
Semana 6: Interpretação de textos........................................ pág. 21

MATEMÁTICA..........................................................................pág. 25
Semana 1: Reconhecendo a semelhança entre triângulos......pág. 25
Semana 2: Semelhança de áreas e perímetros de triângulos.....pág. 29
Semana 3: Trigonometria no triângulo retângulo...................pág. 32
Semana 4: Seno, Cosseno e Tangente...................................pág. 36
Semana 5: Circunferência trigonométrica.............................pág. 40
Semana 6: Seno, cosseno e tangente na circunferência
trigonométrica.....................................................pág. 43

BIOLOGIA................................................................................. pág. 47
Semana 1: Filo dos cordados I................................................ pág. 47
Semana 2: Filo dos cordados II..............................................pág. 52
Semana 3: Sistema Digestório............................................... pág. 57
Semana 4: Sistema Circulatório.............................................pág. 61
Semana 5: Sistema Respiratório............................................pág. 65
Semana 6: Sistema Excretor.................................................pág. 69

QUÍMICA.................................................................................. pág. 73
Semana 1: Rapidez de uma reação......................................... pág. 73
Semana 2: Teoria da colisão.................................................. pág. 77
Semana 3: Fatores que afetam a velocidade de reação...........pág. 81
Semana 4: Radioatividade: Fenômeno Nuclear......................pág. 84
Semana 5: Tipos de Radiação................................................ pág. 87
Semana 6: Energia Nuclear.....................................................pág. 91

FÍSICA.....................................................................................pág. 95
Semana 1: Trabalho e calor I...................................................pág. 95
Semana 2: Trabalho e calor II.................................................pág. 99
Semana 3: Primeiro Princípio da Termodinâmica I............... pág. 103
Semana 4: Primeiro Princípio da Termodinâmica II...............pág. 107
Semana 5: Mudanças de Fase I..............................................pág. 111
Semana 6: Mudanças de Fase II............................................ pág. 116

III
GEOGRAFIA........................................................................... pág. 120
Semana 1: O Comércio Internacional.................................... pág. 120
Semana 2: Grandes Blocos Comerciais.................................pág. 123
Semana 3: As potências mundiais e o comércio internacional...pág. 126
Semana 4: China e o comércio internacional....................... pág. 130
Semana 5: Países Emergentes e o Comércio Internacional...pág. 133
Semana 6: Terceiro Setor.....................................................pág. 137

HISTÓRIA............................................................................... pág. 140


Semana 1: Os significados simbólicos da Monarquia I........... pág. 140
Semana 2: Os significados simbólicos da Monarquia II......... pág. 144
Semana 3: O Império em caricaturas I...................................pág. 147
Semana 4: O Império em caricaturas II.................................. pág. 151
Semana 5: Festas e celebrações religiosas no Brasil Império I....pág. 155
Semana 6: Festas e celebrações profanas no Brasil Império II.....pág. 158

FILOSOFIA............................................................................. pág. 162


Semana 1: Posicionamento de Sócrates e dos Sofistas.........pág. 162
Semana 2: Tipos de conhecimento.......................................pág. 166
Semana 3: Empirismo.......................................................... pág. 171
Semana 4: Verdade, Dogmatismo, Ceticismo,
Pragmatismo e Criticismo...................................pág. 175
Semana 5: Iluminismo..........................................................pág. 179
Semana 6: Conhecimento a priori e a posteriori....................pág. 183

LÍNGUA INGLESA...................................................................pág. 187


Semana 1: Reading arguments..............................................pág. 187
Semana 2: How to structure arguments............................... pág. 190
Semana 3: Comparatives and superlatives............................pág. 193
Semana 4: Comparing in context..........................................pág. 196
Semana 5: Literature: Limericks..........................................pág. 198
Semana 6: Sustainable art................................................... pág. 201

ARTE.....................................................................................pág. 205
Semana 1: Fontes Sonoras...................................................pág. 205
Semana 2: Ritmos e Realidades...........................................pág. 208
Semana 3: Músicas tradicionais e atuais............................... pág. 211
Semana 4: Dança Contemporânea....................................... pág. 214
Semana 5: Dança e Culturas.................................................pág. 217
Semana 6: Sua Dança...........................................................pág. 219

IV
EDUCAÇÃO FÍSICA................................................................ pág. 221
Semana 1: Handebol.............................................................pág. 221
Semana 2: Voleibol..............................................................pág. 225
Semana 3: Atletismo...........................................................pág. 229
Semana 4: Alimentação (Balanço Calórico)..........................pág. 234
Semana 5: A
 prática do exercício físico para manutenção
da saúde............................................................ pág. 237
Semana 6: Capoeira.............................................................pág. 241

V
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 3º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.

TEMA/TÓPICO:
Vozes do discurso.

HABILIDADE(S):
Reconhecer e usar estratégias de enunciação na compreensão e na produção de textos, produtiva e autono-
mamente; Reconhecer estratégias de modalização e argumentatividade usadas em um texto e seus efeitos
de sentido.

TEMA: Modalização em textos.


Olá, estudante! Anima aí, porque estamos iniciando o PET 3, penúltimo Plano de Estudo Tutorado do
ano. Na SEMANA 1, nós iremos reconhecer o conceito e os tipos de modalização, além de identificar sua
presença em textos.
Leia as frases seguintes:

Maria foi embora do país.


Infelizmente, Maria foi embora do país.

Você nota diferença no sentido de cada uma delas? A primeira passa a informação da ida de Maria para
outro país de forma objetiva. Já a segunda, passa a mesma informação, mas acrescenta um tom de
tristeza, como se a pessoa que fala não estivesse feliz com o acontecido. Na segunda frase, há o uso de
modalização, expressa pelo advérbio “infelizmente”.
— Professor, eu ainda não peguei... o que é, de fato, modalização?

1
"A modalização diz respeito à expressão das intenções e pontos de vista do enunciador. É por inter-
médio da modalização que o enunciador inscreve no enunciado seus julgamentos e opiniões sobre
o conteúdo do que diz/escreve, fornecendo ao interlocutor pistas ou instruções de reconhecimento
do efeito de sentido que pretende produzir. (...)"
FONTE: AZEREDO, José Carlos. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008.

A modalização, então, é o uso de mecanismos discursivos que apresentam a função de manifestar o


posicionamento de quem fala/escreve em relação àquilo que é dito/escrito. Ou seja, a modalização é o
modo como alguém defende seu ponto de vista. Na segunda frase que analisamos, por exemplo, o posi-
cionamento do enunciador em relação à ida de Maria para outro país é de tristeza.
A modalização é feita por meio dos modalizadores, que podem ser:
• advérbios: talvez, felizmente, infelizmente, lamentavelmente, certamente...;
• verbos no imperativo: eu ordeno, eu proíbo, eu permito... Estas formas não estão com os verbos no
imperativo, têm valor imperativo pelo sentido do verbo.
• verbos auxiliares: poder, dever, ter que/ de, haver de, precisar de...;
• expressões como: é certo, é preciso, é necessário, eu creio, eu sei, eu duvido, eu acho...
Além disso, eles podem ser divididos em alguns tipos:

Aqueles que conferem certeza a um discurso, podendo ser afirma-


Asseverativos tivos (evidentemente, certamente, claro, sem dúvida, lógico) ou ne-
gativos (não, “de jeito nenhum”, “de forma alguma”, entre outros).

Aqueles que colocam um discurso em dúvida (talvez, possivelmen-


Dubitáveis
te, é provável etc).

Aqueles que estabelecem uma restrição ou um limite ao entendi-


Delimitadores mento do alcance de conceitos ou do discurso (quase, tipo de, espé-
cie de, linguisticamente, matematicamente, geograficamente etc).

Aqueles que indicam obrigatoriedades, proibições e permissões


Deontológicos (necessariamente, obrigatoriamente, não deve fazer, deve apresen-
tar etc).

Apresentam as emoções do enunciador diante do conteúdo do dis-


curso, bem como posicionamentos de princípio ou predileções (in-
Afetivos
felizmente, curiosamente, espantosamente, sinceramente, franca-
mente, lamentavelmente etc.)

Agora que já sabemos bastante sobre a modalização, vamos fazer alguns exercícios?

PARA SABER MAIS:


Enunciador: Pessoa que enuncia, que fala, diz, que pronuncia alguma coisa.
Enunciatário: Nada mais é que um receptor de qualquer discurso, o leitor, o ouvinte.
Enunciado: Aquilo que é dito ou escrito.
FONTE: <https://bityli.com/whTuT>. Acesso em: 15 de maio de 2021.

2
ATIVIDADES

1 - Analise o texto abaixo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte código sobre o
efeito de sentido pretendido pelo autor:

A (Asseverativos); D (Dubitáveis); DEL (Delimitadores); DEO (Deontológicos); AFE (Afetivos)


Coloque a classificação nos parênteses ao lado das palavras destacadas.
O governo do Estado de São Paulo vetou a criação dos chamados “vagões rosa”, destinados exclusiva-
mente às mulheres nos sistemas de metrô e trens metropolitanos. O argumento é o de que, ao invés de
alcançar o objetivo almejado, combater o assédio sexual, a medida ampliaria ( ) ainda mais a segrega-
ção, punindo a vítima, não o agressor. Segundo esse raciocínio, ações como esta não ajudam em nada
a luta contra o machismo, mas apenas perpetuam uma situação de violência.

2 - Analise o texto abaixo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte código sobre o
efeito de sentido pretendido pelo autor:

A (Asseverativos); D (Dubitáveis); DEL (Delimitadores); DEO (Deontológicos); AFE (Afetivos)


Coloque a classificação nos parênteses ao lado das palavras destacadas.
O veto à existência de “vagões rosa” cerceia ( ) o direito das mulheres, as principais interessadas, de
poder escolher ( ) como preferem se mover pela cidade, se em vagões exclusivos ou mistos. Portanto,
nada mais ultrajante que, logo após um dia exaustivo e tenso, entrar num trem ou metrô e ficar expos-
ta a homens de comportamento agressivo e predatório, que acreditam ( ), em sua maioria (59%), que
“se as mulheres soubessem ( ) se comportar haveria menos estupros” – estima-se ( ) que o número de
casos alcance mais de 500.000 por ano, sendo que nem 10% deste total chegam a ser comunicados
oficialmente.

3 - Leia o texto seguinte:

FONTE: <https://www.facebook.com/
juntospelagua/photos/pcb.1598903413674711/1598
903403674712/>. Acesso em: 15 de maio de 2021.

3
A) O vocábulo do texto lido que é classificado como modalizador por inserir uma opinião do enunciador
sobre o assunto veiculado é:
a) Apenas.
b) Consome.
c) Quente.
d) Elétrico.
e) Ensaboar.

B) Qual o sentido construído pelo autor ao utilizar o modalizador “apenas”? Caso ele não tivesse utilizado
essa palavra, o sentido do texto seria o mesmo? O que mudaria?

REFERÊNCIAS:
FONTE: AZEREDO, José Carlos. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha,
2008.
Modalizadores - ProEnem. Disponível em: <https://www.proenem.com.br/enem/modalizadores/>.
Acesso em: 15 de maio de 2021.
Diferença entre palavras. Disponível em: <https://bityli.com/whTuT>. Acesso em: 15 de maio de
2021.
Modalização e Modalizadores. Disponível em: <http://www.conteudoseducar.com.br/conteudos/ar-
quivos/4127.pdf>. Acesso em: 15 de maio de 2021.
Questões de concurso. Disponível em: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/
questoes/9d360876-74>. Acesso em: 15 de maio de 2021.

4
SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
Linguagem e Língua.

TEMA/TÓPICO:
O uso de pronomes pessoais no português padrão (PP) e não padrão (PNP).

HABILIDADES:
Reconhecer e usar pronomes pessoais, produtiva e autonomamente; avaliar a adequação da norma padrão
ou não padrão de pronomes pessoais em um texto ou sequência textual, considerando a situação comunica-
tiva e o gênero do texto; corrigir um texto ou sequência textual, considerando a necessidade de uso da norma
padrão de pronomes pessoais.

TEMA: Pronomes Pessoais.


Ei, estudante. Tudo bem? Estamos começando a Semana 2 do nosso PET do 3º bimestre, na qual iremos
identificar quais são e como são usados os pronomes pessoais, além de avaliar o seu uso contextualizado.

Mas antes...
Precisamos lembrar o que são os pronomes. Essa é uma classe de palavras responsável por desig-
nar pessoas ou coisas, indicando-as. Além disso, eles podem remeter a palavras, frases e orações
expressas anteriormente. Os pronomes são divididos em tipos.
(CEREJA; MAGALHÃES, 2012)

Agora que já lembramos um pouco da definição geral de pronomes, podemos iniciar o nosso assunto de
hoje. No quadro abaixo, podemos ver como são organizados os pronomes pessoais:

Retos Oblíquos

1ª pessoa do singular Eu Me, mim, comigo

2ª pessoa do singular Tu Te, ti, contigo

3ª pessoa do singular Ele/ela O, a, lhe, se, si, consigo

1ª pessoa do plural Nós Nos, conosco

2ª pessoa do plural Vós Vos, convosco

3ª pessoa do plural Eles/elas Os, as lhes, se, si, consigo

Os pronomes pessoais, então, são aqueles que substituem substantivos e indicam as três pessoas do
discurso, tanto no singular quanto no plural.

5
Agora leia o poema seguinte:

Teus olhos são brincalhões


Teus olhos são brincalhões
como bolinhas de gude
rolando de luz em luz
até o fundo mais fundo
da fundura dos meus olhos.

Eles se encaixam redondos


no aro de minhas órbitas.
E como eu vejo melhor
quando acendo esse farol
dos teus olhos nos meus olhos!
FONTE: https://cutt.ly/ub9pxAy – Acesso em: 15 de maio de 2021.

Note que, no poema, há a presença das três pessoas do discurso: o enunciador, quem fala, (1ª pessoa);
o enunciatário, com quem o enunciador fala, (2ª pessoa); e o assunto, de quem ou de que o enunciador
fala (3ª pessoa). A 1ª pessoa é o eu lírico (“eu vejo melhor”); a 2ª pessoa é o “tu”, sugerido pelo “teu” (“Teus
olhos são brincalhões”); e a 3ª pessoa são os olhos da pessoa amada, o assunto do eu lírico (“Eles se
encaixam redondos”). Por meio do poema, podemos ver o uso dos pronomes pessoais no texto. Eles
também estão presentes na nossa fala cotidiana, no português não padrão.
Vamos continuar vendo o funcionamento dos pronomes pessoais no texto, mas agora analisando os
oblíquos. Para isso, leia a tirinha seguinte.

FONTE: (CEREJA; MAGALHÃES, 2012. p. 177)

Observe o enunciado “preciso capturá-lo!”, do 2º balão: você consegue identificar a quem se refere o
pronome oblíquo lo? __________________________________. Se você respondeu “duende”, acertou! Veja
que não houve necessidade de repetir a palavra “duende”, porque o pronome fez o papel de retomá-lo.
Atenção: os pronomes oblíquos o, a, os, as sofrem modificações no som e na escrita quando vêm após al-
guns verbos. Quando os verbos são terminados em R, S ou Z acrescenta-se L (comprar o livro = comprá-lo).
Já quando os verbos são nasais, ou seja, terminados em M, ÃO, ÕE(S) ou ÕEM acrescenta-se N antes do
pronome (enviaram a carta = enviaram-na).
Já estudamos bastante sobre o conteúdo, então precisamos praticar, não é?!

6
ATIVIDADES

1 - Reescreva as frases a seguir, substituindo o termo repetido por algum dos pronomes oblíquos o, a,
os ou as. Quando precisar, faça as adaptações necessárias.
a) O garçom trouxe o cardápio e entregou o cardápio ao meu pai.

b) Li os livros e entreguei os livros no prazo à biblioteca.

c) A mãe levou a filha ao colégio e beijou a filha, despedindo-se.

d) Jonas escreveu um livro, mas ninguém leu o livro.

e) Comprei as medalhas e, na festa de encerramento dos jogos, entreguei as medalhas aos atletas
vencedores.

2 - Leia um trecho da resenha crítica do filme “Milagre na cela 7” e responda o que se pede.

Milagre na cela 7
A trama conta a história de Memo (Aras Bulut Iy-
nemli), um pai solteiro com deficiência intelectual
que vive em um pequeno vilarejo da Turquia com
a filha, Ova (Nisa Sofiya Aksongur) e a avó, Fatma
(Celile Toyon Uysal). Muito amável, o rapaz é co-
nhecido e querido por todos os habitantes, mas é
Ova quem sofre com a situação. Além do bullying
no colégio, a garota sabe que o pai é especial, o
que não faz ela o amar menos. A vida de ambos muda quando Memo se envolve no acidente que
mata a filha de um importante tenente do exército turco (Yurdaer Okur). Tomado pela raiva, ele
ordena a captura e prisão de Memo, enviando-o para uma prisão enquanto aguarda a ordem de
execução da pena de morte.
FONTE: https://www.omelete.com.br/netflix/criticas/milagre-na-cela-7-netflix-critica - Acesso em: 15 de maio de 2021.

Quatro pronomes foram destacados no texto. Com o uso desses pronomes, quais palavras não foram
repetidas? Como a utilização de pronomes melhora a construção dos textos?

7
3 - (Mackenzie) A colocação do pronome oblíquo está incorreta em:
a) Para não aborrecê-lo, tive de sair.
b) Quando sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda.
c) Não me submeterei aos seus caprichos.
d) Ele me olhou algum tempo comovido.
e) Não a vi quando entrou.

REFERÊNCIAS:
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Gramática: texto, reflexão e uso. 4. ed.
São Paulo: Atual, 2012.
Exercícios de pronome. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/exercicios-de-prono-
mes/>. Acesso em: 15 de maio de 2021.

8
SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.

TEMA/TÓPICO:
Contexto de produção, circulação e recepção de textos.

HABILIDADES:
Considerar os contextos de produção, circulação e recepção de textos, na compreensão e na produção tex-
tual, produtiva e autonomamente; reconhecer o objetivo comunicativo (finalidade ou função sociocomuni-
cativa) de um texto ou gênero textual; relacionar os gêneros de texto às práticas sociais que os requerem.

TEMA: Resenha crítica.


Oi, estudante, tudo bem? Estamos começando a semana 3 e vem gênero textual por aí! Vamos estudar o
gênero resenha crítica, reconhecendo suas características e analisando a sua estrutura e função social.
Sabe quando você assiste a um bom filme e fica comentando sobre ele com as pessoas? Atuação, figu-
rino, maquiagem, efeitos especiais, história emocionante... esses são alguns pontos que, geralmente,
falamos com alguns colegas acerca de um filme, não é?!?! O gênero textual que vamos aprender é mais
ou menos assim: por meio dele, lemos a opinião de alguém sobre um filme, por exemplo.
Assim, já podemos chegar a uma definição do gênero resenha crítica: gênero textual que, primeiro, traz
uma síntese da obra analisada e, depois, apresenta o posicionamento, as opiniões, as críticas positivas
e/ou negativas do autor do texto em relação à obra. Uma resenha crítica tem o objetivo de informar e
influenciar o leitor. Obras como filmes, livros, peças de teatro, exposições, shows podem ser objeto de
uma resenha. Este gênero pode apresentar os tipos textuais descritivo, expositivo, narrativo e disser-
tativo-argumentativo em sua composição.
É importante seguirmos alguns passos na hora de escrever uma resenha crítica. Veja quais são:

1. Identifique a obra;
2. Identifique o autor;
3. Apresente a obra;
4. Análise de forma crítica;
5. Recomende a obra;
6. Assine e identifique-se.

Além desses passos, devemos organizar o texto respeitando a estrutura de introdução, desenvolvimen-
to e conclusão. A linguagem também é uma questão importante: ela deve ser clara e acessível, além de,
normalmente, obedecer a variedade padrão da língua portuguesa.
Vamos, agora, resolver algumas questões para fixar o conhecimento.

9
ATIVIDADES
1 - (ENEM- 2011)

O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos tempos. Um dos melhores
livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do Envelhecimento.
Cícero nota, primeiramente, que todas as idades têm seus encantos e suas dificuldades. E depois
aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que significa viver
muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de
melancolia e amargura. Ler as palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar me-
lhor a passagem do tempo.
NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. Época. 28 abr. 2008.

O autor discute problemas relacionados ao envelhecimento, apresentando argumentos que levam a in-
ferir que seu objetivo é:
a) esclarecer que a velhice é inevitável.
b) contar fatos sobre a arte de envelhecer.
c) defender a ideia de que a velhice é desagradável.
d) influenciar o leitor para que lute contra o envelhecimento.
e) mostrar às pessoas que é possível aceitar, sem angústia, o envelhecimento.

2 - Releia o texto da “ATIVIDADE 1” e responda: como podemos comprovar que a leitura feita se trata do
gênero resenha crítica? Quais características nos fazem ter essa comprovação?

3 - Leia o trecho a seguir.

Em “Touro Indomável”, que a cinemateca lança nesta semana nos estados de São Paulo e Rio de
Janeiro, a dor maior e a violência verdadeira vêm dos demônios de La Motta — que fizeram dele
tanto um astro no ringue como um homem fadado à destruição. Dirigida como um senso vertiginoso
do destino de seu personagem, essa obra-prima de Martin Scorsese é daqueles filmes que falam à
perfeição de seu tema (o boxe) para então transcendê-lo e tratar do que importa: aquilo que faz dos
seres humanos apenas isso mesmo, humanos e tremendamente imperfeitos.
Revista Veja. 18 fov, 2009 (adaptado)

10
Ao escolher este gênero textual, o produtor do texto objetivou
a) construir uma apreciação irônica do filme.
b) evidenciar argumentos contrários ao filme de Scorsese.
c) elaborar uma narrativa com descrição de tipos literários.
d) apresentar ao leitor um painel da obra e se posicionar criticamente.
e) afirmar que o filme transcende o seu objetivo inicial e, por isso, perde sua qualidade.

4 - Leia o texto e observe a obra a seguir.

Metaesquema |
Alguns artistas remobilizam as linguagens geométricas no sentido de permitir que o apreciador par-
ticipe da obra de forma mais efetiva. Nesta obra, como o próprio nome define: meta - dimensão
virtual de movimento, tempo e espaço; esquema - estruturas, os Metaesquemas são estruturas que
parecem movimentar-se no espaço. Esse trabalho mostra o deslocamento de figuras geométricas
simples dentro de um campo limitado: a superfície do papel. A isso podemos somar a observação
da precisão na divisão e no espaçamento entre as figuras, mostrando que, além de transgressor e
muito radical, Oiticica também era um artista extremamente rigoroso com a técnica.

Texto I

OITICICA, H. Metaesquema |, 1958. Guache s/ cartão. 52 cm x 64 cm. ‘Museu de Arte Contemporânea - MAC/USP. Disponível em:
http:/www.mac.usp.br. Acesso em: 01 maio 2009.

Alguns artistas remobilizam as linguagens geométricas no sentido de permitir que o apreciador partici-
pe da obra de forma mais efetiva. Levando-se em consideração o texto e a obra Metaesquema |, repro-
duzidos acima, verifica-se que
a) a obra confirma a visão do texto quanto à ideia de estruturas que parecem se movimentar, no
campo limitado do papel, procurando envolver de maneira mais efetiva o olhar do observador.

11
b) a falta de exatidão no espaçamento entre as figuras (retângulos) mostra a falta de rigor da técni-
ca empregada, dando à obra um estilo apenas decorativo.
c) Metaesquema | é uma obra criada pelo artista para alegrar o dia a dia, ou seja, é de caráter
utilitário.
d) a obra representa a realidade visível, ou seja, espelha o mundo de forma concreta.
e) a visão da representação das figuras geométricas é rígida, propondo uma arte figurativa.

REFERÊNCIAS:
DIANA, Daniela. Como fazer uma Resenha Crítica. Disponível em: <https://soexercicios.com.br/
plataforma/questoes-de-vestibular/ENEM/775647/-resenha-interpretacao-de-textos-/1>. Acesso
em: 15 de maio de 2021.

12
SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.

TEMA/TÓPICO:
Contexto de produção, circulação e recepção de textos.

HABILIDADES:
Considerar os contextos de produção, circulação e recepção de textos, na compreensão e na produção tex-
tual, produtiva e autonomamente; reconhecer o objetivo comunicativo (finalidade ou função sociocomuni-
cativa) de um texto ou gênero textual; relacionar os gêneros de texto às práticas sociais que os requerem.

TEMA: Gênero graphic novel


Olá estudante, como vai? A SEMANA 4 começa agora e vamos tratar nela sobre um gênero literário bem
legal e divertido, desse modo, iremos reconhecer e analisar o conceito e as características do gênero
literário graphic novel.
Sabe aqueles textos que, principalmente, os professores de Língua Portuguesa chamam de clássicos ou
canônicos? Obras como “Dom Quixote” (Miguel de Cervantes), “Os Lusíadas” (Luís de Camões), “Triste fim de
Policarpo Quaresma” (Lima Barreto), “Dom Casmurro” (Machado de Assis) entre tantos outros. Às vezes, em
uma atividade escolar, é necessário que façamos a leitura desses ou de alguns outros clássicos. O ponto a
que quero chegar é o seguinte: existem adaptações desses cânones, os quais chamamos de graphic novel.
A tradução literal do termo inglês graphic novel é histórias em quadrinhos.
— Aaaah, professor, isso tudo para falar de história em quadrinhos?
Calma! Não estou falando de uma história em quadrinhos comum, como as da Turma da Mônica, que
bem conhecemos. Graphic novel retrata uma história mais longa e densa, semelhante aos romances
literários e outros textos em prosa. Portanto, é um romance, com toda a sua complexidade de narrativa
e personagens, contada por meio de quadrinhos. Por isso, é comum vermos graphic novels de textos
clássicos de nossa literatura.
Neste gênero literário, a mensagem não é construída somente pelas palavras, pela escrita, mas tam-
bém pelas imagens e ilustrações presentes. Desse modo, a presença da linguagem verbal, da não verbal
e da híbrida são constantes. Porém, a híbrida é a predominante.

A linguagem verbal é expressa por meio das


palavras escritas ou faladas.

A linguagem não-verbal utiliza imagens, ges-


tos, posturas, ilustrações, placas para ex-
pressar a mensagem.

A Linguagem híbrida, também conhecida


como mista, apresenta a linguagem verbal e
a não verbal em sua composição.

FONTE: <https://cutt.ly/WnrCj8q>. Acesso em: 16 de maio de 2021.

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O processo de adaptação de um romance para uma graphic novel exige muito de seus autores. Para
ilustrar esse processo, vamos ver um exemplo:

João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as
quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto economizou
do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em
pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e
quinhentos em dinheiro.”
(AZEVEDO, 2009, p. 7)

(JAF, 2009, p. 05)

Veja que interessante a forma como Ivan Jaf faz a adaptação do trecho do romance “O cortiço”, escrito,
originalmente, por Aluísio de Azevedo. Por meio da linguagem híbrida, Jaf consegue passar a mensa-
gem, tal como ela foi apresentada por Azevedo.
Agora que já vimos um pouco sobre o assunto, vamos fazer uma atividade de fixação?

ATIVIDADES
1 - Os emojis foram criados em 1999 pelo designer japonês Shigetaka Kurita com o intuito de aprimorar
a comunicação da população japonesa. Sobre essa linguagem, é correto afirmar:

a) Os emojis complementam a linguagem verbal, expressando as emoções dos emissores da mensagem.


b) Os emojis utilizam a linguagem mista em que há o uso da linguagem verbal e não verbal.
c) Os emojis representam uma linguagem verbal expressa por diversas figuras.
d) Os emojis são sempre utilizados com os emoticons, outro tipo de linguagem não verbal.
e) Os emojis são essencialmente uma comunicação linguística expressa pela ordem das palavras.

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2 - Sobre a linguagem verbal e não verbal, é correto afirmar:
a) A linguagem verbal e não verbal são duas modalidades de comunicação que nunca são empre-
gadas juntas.
b) A linguagem verbal representa a linguagem formal, enquanto a linguagem não verbal é represen-
tada pela linguagem informal.
c) A linguagem verbal é sempre culta e segue os padrões da gramática da língua.
d) A linguagem não verbal não pode ser realizada nem com a fala, nem com a escrita.
e) A linguagem verbal também pode ser chamada de linguagem mista, pois utiliza diversas varian-
tes da língua.

3 - Abaixo, você verá a apresentação de outra importante personagem de “O cortiço”: Bertoleza.

“Bertoleza também trabalhava forte; a sua quitanda era a mais bem afreguesada do bairro. De manhã
vendia angu, e à noite peixe frito e iscas de fígado; pagava de jornal a seu dono vinte mil-réis por mês,
e, apesar disso, tinha de parte quase que o necessário para a alforria. Um dia, porém, o seu homem,
depois de correr meia légua, puxando uma carga superior às suas forças, caiu morto na rua, ao lado da
carroça, estrompado como uma besta”.
(AZEVEDO, 2009, p. 7)

Se você fosse o autor e tivesse que reescrever o texto adaptado para graphic novel, como ele ficaria? Quais
informações do texto original você acrescentaria? Reescreva o texto com as mudanças necessárias.

REFERÊNCIAS:
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Porto Alegre: L&PM, 2009.
JAF, Ivan. O cortiço (adaptação). São Paulo: Ática, 2009.
DIANA, Daniela. Exercícios sobre linguagem verbal e não verbal. Disponível em: <https://www.to-
damateria.com.br/exercicios-sobre-linguagem-verbal-e-nao-verbal/>. Acesso em: 16 de maio de
2021.

15
SEMANA 5

EIXO TEMÁTICO:
A Literatura Brasileira e outras Manifestações Culturais.

TEMA/TÓPICO:
O negro na literatura brasileira.

HABILIDADES:
Relacionar formas diferentes de representação do negro a contextos históricos e literários diferentes; reco-
nhecer, em textos literários apresentados, conflitos e formas de resistência do negro.

TEMA: Romance “O cortiço”


E aí, estudante, como vai a vida? Espero que esteja tudo bem! A semana 5 chegou e trouxe consigo um
famoso romance brasileiro “O cortiço”. Iremos observar o enredo da obra, identificar suas característi-
cas e reconhecer a presença do negro neste texto literário.

FONTE: <https://cutt.ly/cnt5gKj>. Acesso


em: 16 de maio de 2021.

“O cortiço” é um romance brasileiro, considerado um dos principais representantes da Escola Literária


Naturalismo no nosso país. A obra foi escrita por Aluísio de Azevedo e publicada pela primeira vez em 1890.
A narrativa conta a história de diversos moradores de um cortiço, no Rio de Janeiro. João Romão é o
ambicioso dono do “Cortiço São Romão”, que constrói as primeiras casas roubando materiais de seus
vizinhos, junto com sua companheira Bertoleza, uma escrava que achava que era livre. O cortiço é re-
pleto de moradores, cada um com suas histórias. Rita Baiana, Firmo, Piedade, Jerônimo, Pombinha
são alguns desses moradores. Representando a burguesia carioca, aparece Miranda — um comercian-
te português —, sua esposa Estela e a filha do casal, Zulmira. “O cortiço” é uma espécie de retrato da
sociedade carioca do fim do século XIX, que passava por uma reorganização social, além de estar se
adequando às consequências da Lei Áurea, que abolia a escravidão no país.

16
Bertoleza Rita Baiana Paula
(JAF, 2009)

É importante tratarmos sobre como as pessoas negras eram representadas no romance, que foi o
primeiro publicado no Brasil após a abolição da escravatura. Mesmo libertos da escravidão, os negros
foram marginalizados e tinham grande dificuldade de colocação e ascensão social, problema que per-
petua até hoje e é considerado uma dívida histórica, a qual a nação precisa reparar.
A representação do negro na obra “O Cortiço” é dada por meio do excessivo trabalho sem a devida re-
muneração e a exclusão social (como apresentado pela personagem Bertoleza), da mulher sensual e
exótica (por meio de Rita Baiana) e das práticas religiosas — expostas com cunho pejorativo pelo autor
— (elucidada por Paula ou “A bruxa”), além de outras representações. Vale ressaltar que a forma como
as pessoas negras são representadas no romance equivalem a um pensamento racista, contra o qual
devemos lutar para que seja extinto de nossa sociedade.
Outra forma de representação dos negros no livro é por meio da capoeira. Como afirma Galvão (2015):
A representação das capoeiras no romance “O cortiço” traz
a beleza de um dos maiores símbolos da resistência negra
do final do século XIX e início do XX. Apesar de todo o pre-
conceito em torno do tema na época, conseguimos extrair
muito do que foram os capoeiras daquele período.
(GALVÃO, 2015, p. 130)

Assim, podemos perceber que havia, também, uma importante presença da cultura africana na narrativa.

(JAF, 2009)

17
Ao longo de mais de um século de publicação, “O cortiço” já ganhou diversas versões e foi adaptado para
filme e, também, para graphic novel, gênero que estudamos na Semana 4.

FONTE: <https://cutt.ly/vnyErBr>. Acesso em: 16 de maio de 2021

A graphic novel de “O cortiço”, adaptada por Ivan Jaf e ilustrada por Rodrigo Rosa, tem a mesma es-
sência da história original. Porém, os desenhos dão vida à obra, pois fazem com que aquilo que estava
somente em nossa imaginação se torne real.
O autor, Aluísio de Azevedo, nasceu em São Luís, MA, em 14 de abril de 1857. Ele era caricaturista, jorna-
lista, romancista e diplomata. Azevedo começou a publicar os seus romances em folhetins, parte dos
jornais dedicada ao entretenimento. Uma das preocupações do autor era observar e analisar os agru-
pamentos humanos. Daí que surgiram as obras “Casa de pensão”, de 1884, e “O cortiço”, de 1890.
Agora que já vimos muitas informações sobre a obra, vamos fazer algumas atividades.

ATIVIDADES

1 - (UFV-MG) Leia o texto abaixo, retirado de “O Cortiço”, e faça o que se pede:

Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de
portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada, sete horas
de chumbo. […].
O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam
vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras
na venda; ensarilhavam-se discussões e resingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava,
gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que
mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfan-
te satisfação de respirar sobre a terra.
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Porto Alegre: L&PM, 2009. p. 34-35.

Assinale a alternativa que NÃO corresponde a uma possível leitura do fragmento citado:
a) No texto, o narrador enfatiza a força do coletivo. Todo o cortiço é apresentado como um perso-
nagem que, aos poucos, acorda como uma colmeia humana.
b) O texto apresenta um dinamismo descritivo, ao enfatizar os elementos visuais, olfativos e auditivos.
c) O discurso naturalista de Aluísio Azevedo enfatiza nos personagens de “O Cortiço” o aspecto ani-
malesco, “rasteiro” do ser humano, mas também a sua vitalidade e energia naturais, oriundas do
prazer de existir.

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d) Através da descrição do despertar do cortiço, o narrador apresenta os elementos introspectivos
dos personagens, procurando criar correspondências entre o mundo físico e o metafísico.
e) Observa-se, no discurso de Aluísio Azevedo, pela constante utilização de metáforas e sineste-
sias, uma preocupação em apresentar elementos descritivos que comprovem a sua tese deter-
minista.

2 - Em um determinado momento da história, o cortiço pega fogo e se transforma em uma confusão


generalizada. Leia os dois fragmentos abaixo e responda o que se pede:

FRAGMENTO 1:
“Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arran-
cadas pela dor e pelo desespero.”

FRAGMENTO 2:
“E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se
despejavam sobre as chamas.”
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Porto Alegre: L&PM, 2009.

Aponte a alternativa que explicita o que os dois trechos têm em comum:


a) Preocupação de um em relação à tragédia do outro, no primeiro trecho, e preocupação de pou-
cos em relação à tragédia comum, no segundo trecho.
b) Desprezo de uns pelos outros, no primeiro trecho, e desprezo de todos por si próprios, no segun-
do trecho.
c) Angústia de um não poder ajudar o outro, no primeiro trecho, e angústia de não se conhecer o
outro, por quem se é ajudado, no segundo trecho.
d) Desespero que se expressa por murmúrios, no primeiro trecho, e desespero que se expressa por
apatia, no segundo trecho.
e) Anonimato da confusão e do “salve-se quem puder”, no primeiro trecho, e anonimato da coope-
ração e do “todos por todos”, no segundo trecho.

3 - (FUVEST, 2011)

— Não entra a polícia! Não deixe entrar! Aguenta! Aguenta!


— Não entra! Não entra! Repercutiu a multidão em coro.
E todo o cortiço ferveu que nem uma panela ao fogo. ~
— Aguenta! Aguenta!
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Porto Alegre: L&PM, 2009.

O fragmento acima mostra a resistência dos moradores do cortiço à entrada de policiais no local. O
romance de Aluísio Azevedo
a) representa as transformações urbanas do Rio de Janeiro no período posterior à abolição da es-
cravidão e o difícil convívio entre ex-escravizados, imigrantes e poder público.
b) defende a monarquia recém-derrubada e demonstra a dificuldade da República brasileira de
manter a tranquilidade e a harmonia social após as lutas pela consolidação do novo regime.

19
c) denuncia a falta de policiamento na então capital brasileira e atribui os problemas sociais exis-
tentes ao desprezo da elite paulista cafeicultora em relação ao Rio de Janeiro.
d) valoriza as lutas sociais que se travavam nos morros e na periferia da então capital federal e as
considera um exemplo para os demais setores explorados da população brasileira.
e) apresenta a imigração como a principal origem dos males sociais por que o país passava, pois os
novos empregados assalariados tiraram o trabalho dos escravos e os marginalizaram.

A Semana 5 termina por aqui. Espero para a próxima. Até lá.

REFERÊNCIAS:
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Porto Alegre: L&PM, 2009.
JAF, Ivan. O cortiço (adaptação). 1.ed. São Paulo: Ática, 2009
O Cortiço Exercícios de Português. Disponível em: <https://www.mundovestibular.com.br/estudos/
portugues/o-cortico-exercicios-de-portugues>. Acesso em: 16 de maio de 2021.
Acadêmicos. Disponível em: <https://www.academia.org.br/academicos/aluisio-azevedo/biogra-
fi0061>. Acesso em: 16 de maio de 2021.

20
SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.

TEMA/TÓPICO:
Contexto de produção, circulação e recepção de textos.

HABILIDADES:
Considerar os contextos de produção, circulação e recepção de textos, na compreensão e na produção tex-
tual, produtiva e autonomamente; reconhecer o objetivo comunicativo (finalidade ou função sociocomuni-
cativa) de um texto ou gênero textual; relacionar os gêneros de texto às práticas sociais que os requerem.

TEMA: Interpretação de textos


Chegamos, enfim, à SEMANA 6, última do PET 3. Nela, iremos analisar uma resenha crítica e observar algu-
mas características do romance “O cortiço”, além de verificar o uso dos pronomes pessoais em um texto.
Durante o PET 3, vimos alguns conteúdos, os quais quero relembrá-los contigo agora.
- Modalização em textos.
- Pronomes pessoais.
-Resenha crítica.
- Gênero graphic novel.
- Romance “O cortiço” .

Para que tenhamos certeza de que aprendemos tudo direitinho, iremos fazer algu-
mas atividades, tá bom?!?!? Antes de responder as perguntas, caso queira, dê uma
olhada nas outras semanas do PET para não correr risco de errar nenhuma questão.

PARA SABER MAIS:


Estudamos o romance “O cortiço” neste PET, uma história muito interessante, cuja leitura vale a
pena. Se você sentiu interesse em lê-lo, tenho uma boa notícia: o livro está disponível gratuita-
mente pela internet. Para acessá-lo, utilize o link seguinte:
<http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/cortico.pdf>. Acesso em: 16 maio 2021.
As notícias boas não param por aqui. Você também pode assistir ao filme, que foi baseado no livro,
acessando o link:
<https://www.youtube.com/watch?v=vhuBqZTPrmM>. Acesso em: 16 maio 2021.

Além do romance original e do filme, você também pode ter acesso a uma
graphic novel da obra.
O link é esse aqui:
<https://pt.slideshare.net/JosiMotta/hqq-o-cortio-aluisio-azevedo>.
Acesso em: 16 maio 2021.

Agora não tem desculpa, hein?!

21
Sem mais enrolação, vamos partir para os exercícios.

ATIVIDADES
1 - Leia a resenha crítica escrita por Natália Menezes.

Resenha "O Cortiço" - Aluísio de Azevedo


Por Natália Menezes

O romance conta a história do caminho que João Romão percorreu para ficar rico. Para conseguir
atingir esse objetivo, ele, que é o dono do cortiço, explora os seus empregados e até comete furtos.
A sua amante, Bertoleza, trabalha continuamente, sem folgas ou descansos. Ao lado do cortiço mora
Miranda, um comerciante bem-sucedido, que entra em disputa com João Romão por uma braça de
terra que quer comprar para aumentar o seu quintal. Como eles não entram em acordo, rompem
relações. Movido por uma extrema inveja de Miranda, João passa a trabalhar arduamente para con-
seguir ficar mais rico do que o seu rival. Quando Miranda recebe o título de barão, aos poucos João
percebe que não basta apenas ganhar dinheiro, mas também tem que participar ativamente da vida
burguesa, como ler livros e ir ao teatro, por exemplo. O relacionamento entre Miranda e João Romão
melhora quando João tenta imitar as conquistas do rival, tanto que o cortiço passa a ser um lugar
mais organizado e agradável e passa a se chamar Vila João Romão. João começa uma amizade com
Miranda e pede a mão de sua filha em casamento, mas tem Bertoleza atrapalhando os seus planos.
Dessa forma, João a denúncia como escrava fugida. Assim, ele fica livre para se casar. Há outras
personagens no cortiço, cujas histórias se entrelaçam e formam um grande enredo.
O Cortiço é um livro que foi escrito no ano de 1890, por Aluísio de Azevedo, um grande autor da nossa
literatura, que mostrou as relações humanas de uma forma muito crua e real. Na época do lançamen-
to, o livro chegou a ser tratado como melhor do que muitos outros, até de autores como Machado
de Assis, devido a pertencer à escola naturalista, de grande prestígio na Europa e que ganhava força
cada vez maior aqui no Brasil. A história se passa no Brasil, durante o século XIX, sem data precisa.
Há dois ambientes que são explorados: o cortiço e o sobrado do comerciante Miranda e sua família,
que fica ao lado do cortiço. E nesse contexto que tudo será desenvolvido. Não demorou muito para
que “O Cortiço” estivesse nas casas e arrancasse da sociedade da época críticas positivas e negativas.
A obra é narrada em terceira pessoa, com o narrador onisciente, ou seja, ele tem conhecimento de
todos os acontecimentos, sejam ações ou pensamentos. O narrador tem grande poder na estrutura
da história e pode parecer imparcial, mas na realidade ele entra diretamente em diversos pontos da
narrativa, tornando-a próxima o bastante da realidade daquele momento do país.
O tempo é trabalhado de modo linear, com início, desenvolvimento e final. Uma narrativa comum,
mas com seus detalhes próprios de verdade, alguns personagens muito ricos, com defeitos, quali-
dades, sentimentos, ambições, como é e deve ser um ser humano. E é exatamente essa questão de
mostrar o homem, a sociedade, os preconceitos, as modas e a hierarquia de uma maneira tão se-
dutoramente verdadeira e fiel à realidade do cotidiano e das emoções, que faz este livro ser um dos
maiores clássicos da nossa literatura e Aluísio de Azevedo um dos maiores nomes desse cenário.
Recomendo. Aliás, acho extremamente necessário que as pessoas tenham contato com esta obra
que demonstra como sempre foi cruel, desorganizada e sentimental as relações entre pessoas,
meio, consciência e valores.

22
Aponte as características do texto que podem nos fazer defini-lo como uma resenha crítica.

2 - Leia os trechos seguintes, reconhecendo os pronomes pessoais. Depois, você deve identificar qual
termo o pronome reconhecido retoma no texto.
a) “O romance conta a história do caminho que João Romão percorreu para ficar rico. Para conse-
guir atingir esse objetivo, ele, que é o dono do cortiço, explora os seus empregados e até comete
furtos.”

b) “A obra é narrada em terceira pessoa, com o narrador onisciente, ou seja, ele tem conhecimento
de todos os acontecimentos, sejam ações ou pensamentos.”

c) O narrador tem grande poder na estrutura da história e pode parecer imparcial, mas na realidade
ele entra diretamente em diversos pontos da narrativa, tornando-a próxima o bastante da reali-
dade daquele momento do país.

3 - Leia o trecho seguinte:


“E é exatamente essa questão de mostrar o homem, a sociedade, os preconceitos, as modas e a hierar-
quia de uma maneira tão sedutoramente verdadeira e fiel à realidade do cotidiano e das emoções, que
faz este livro ser um dos maiores clássicos da nossa literatura e, Aluísio de Azevedo, um dos maiores
nomes desse cenário.”
O termo destacado é uma modalização feita pela autora. Retome o conteúdo da Semana 1 e responda
qual é o tipo de modalização usada?

23
REFERÊNCIAS:
Resenha “O Cortiço”. Disponível em: <https://criando.blogs.sapo.pt/resenha-o-cortico-aluisio-de-
-azevedo-22986>. Acesso em: 16 de maio de 2021.
HqQ - O cortiço. Disponível em: <Https://pt.slideshare.net/JosiMotta/hqq-o-cortio-aluisio-azeve-
do>. Acesso em: 16 de maio de 2021.

24
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: MATEMÁTICA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 3º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Geometria e Medidas.

TEMA/TÓPICO:
Semelhança e Trigonometria / 14. Semelhança de triângulos.

HABILIDADE(S):
14.1. Resolver problemas que envolvam semelhança de triângulos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Semelhança de triângulos.

TEMA: Reconhecendo a semelhança entre triângulos.


Caro(a) estudante, nesta semana você irá identificar a semelhança entre triângulos e as suas respecti-
vas razões de semelhanças e também será capaz de calcular medidas destes triângulos a partir desta
semelhança.

Semelhança de triângulos
Dizemos que dois triângulos são semelhantes quando é possível estabelecer uma correspondência en-
tre os vértices desses triângulos de forma que os três ângulos em correspondência sejam congruentes
(mesma medida) e que os três pares de lados correspondentes sejam proporcionais.

25
Observe que os ângulos dos triângulos são congruentes (mesma medida) e os lados correspondentes
são proporcionais entre si. Com isso, podemos concluir que (lê-se: triângulo é se-
melhante ao triângulo ).
Podemos determinar que dois triângulos são semelhantes utilizando os três casos de semelhança dos
triângulos que estão descritos na tabela a seguir:

Dois triângulos são semelhan-


Exemplos
tes...

1º Caso: (AA) se possuírem dois pares de


Ângulo - Ângulo ângulos correspondentes con-
gruentes.

2º Caso: (LAL) se possuírem dois pares de


Lado - Ângulo - Lado lados correspondentes pro-
porcionais e um par de ângulos
formados por esses pares de
lados, congruentes.

3º Caso: (LLL) se possuírem os três pares de


Lado - Lado - Lado lados correspondentes propor-
cionais.

26
Exemplo:
Em uma certa hora do dia, a sombra projetada no chão de uma pessoa com altura de 1,8 m é de 5 m, sa-
bendo que ele está próximo a um poste de altura desconhecida (x) cuja sombra projetada mede 25 m e
que eles estão em um mesmo plano, qual é a altura deste poste?

Observe que os triângulos indicados na figura acima são semelhantes pois a pessoa em pé e o poste
formam um ângulo reto com o solo, enquanto o ângulo formado pelos segmentos que representam as
sombras e a linhas que representam raios de sol formam ângulos congruentes, pois a sombras estão
sendo consideradas num mesmo instante, recaindo, assim no caso de semelhança ângulo-ângulo (AA).
Da semelhança entre esses dois triângulos, podemos estabelecer a proporcionalidade entre seus la-
dos. Portanto:

𝒙𝒙 25 𝒙𝒙
= ⇒ = 5 ⇒ 𝒙𝒙 = 5 * 1,8 ⇒ 𝒙𝒙 = 9
1,8 5 1,8

Logo a altura do poste é de 9 metros.

PARA SABER MAIS:


Site: Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-semelhanca-
-triangulos.htm. Acesso em: 06 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - (ENEM - 2013) O dono de um sítio pretende colocar uma haste de sustentação para melhor firmar dois
postes de comprimentos iguais a 6m e 4m. A figura representa a situação real na qual os postes são
descritos pelos segmentos AC e BD e a haste é representada pelo segmento EF, todos perpendiculares
ao solo, que é indicado pelo segmento de reta AB. Os segmentos AD e BC representam cabos de aço
que serão instalados.

Qual deve ser o valor do comprimento da haste EF?


a) 1m
b) 2m
c) 2,4 m
d) 3m
e) 2√6 m

27
2 - (ENEM - 2018) A inclinação de uma rampa é calculada da seguinte maneira: para cada metro medido
na horizontal, mede-se x centímetros na vertical. Diz-se, nesse caso, que a rampa tem inclinação de x%,
como no exemplo da figura:

A figura apresenta um projeto de uma rampa de acesso a uma garagem residencial cuja base, situada 2
metros abaixo do nível da rua, tem 8 metros de comprimento.

Depois de projetada a rampa, o responsável pela obra foi informado de que as normas técnicas do muni-
cípio onde ela está localizada exigem que a inclinação máxima de uma rampa de acesso a uma garagem
residencial seja de 20%.
Se a rampa projetada tiver inclinação superior a 20%, o nível da garagem deverá ser alterado para dimi-
nuir o percentual de inclinação, mantendo o comprimento da base da rampa.
Para atender às normas técnicas do município, o nível da garagem deverá ser
a) elevado em 40 cm.
b) elevado em 50 cm.
c) mantido no mesmo nível.
d) rebaixado em 40 cm.
e) rebaixado em 50 cm.

3 - Sabendo que os triângulos a seguir são semelhantes, calcule os valores de x e y.

28
SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
Geometria e Medidas.

TEMA/TÓPICO:
Semelhança e Trigonometria / 14. Semelhança de triângulos.

HABILIDADE(S):
14.2. Relacionar perímetros ou áreas de triângulos semelhantes.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Perímetros e áreas de triângulos semelhantes.

TEMA: Semelhança de áreas e perímetros de triângulos.


Caro(a) estudante, nesta semana você irá relacionar áreas e perímetros entre triângulos semelhantes e
as suas respectivas razões de semelhanças e também será capaz de calcular as suas respectivas áreas
e perímetros a partir destas semelhanças.

Relações entre perímetros e áreas de triângulos semelhantes


Já sabemos que dois triângulos semelhantes possuem uma razão de proporcionalidade entre eles, mas
será que esta relação é mantida quando calculamos seus perímetros e suas áreas? Vamos descobrir
analisando os triângulos semelhantes abaixo.

Os triângulos ∆ABC e ∆DEF são semelhantes pelo caso LLL, pois . Logo existe uma
razão de proporcionalidade (k) entre eles que neste caso é , se considerarmos os triângulos na ordem
apresentada, ou seja, as medidas dos lados do triângulo ∆ABC são a iguais às metades das medidas dos
lados correspondentes do triângulo ∆DEF. Agora vamos verificar se esta relação é mantida para o valor
dos seus respectivos perímetros (Relembrando: perímetro é a soma das medidas dos lados).

Calculando o perímetro do ∆ABC: P = 4 + 6 + 7,2 => P = 17,2


Calculando o perímetro do ∆DEF: P = 8 + 12 + 14,4 => P = 34,4

Analisando os resultados obtidos podemos concluir que os perímetros também possuem a mesma
razão de proporcionalidade existente entre os lados, observe:

29
Agora vamos analisar o que acontece com a razão entre suas áreas.
Vamos calcular as áreas dos dois triângulos.

Observando os resultados obtidos, podemos perceber que a proporção existente entre os lados dos
triângulos não foi mantida entre as áreas, pois .
A razão existente entre as áreas de triângulos semelhantes é igual ao quadrado da razão de semelhança
existente entre os lados desses triângulos.

PARA SABER MAIS:


Acesse: https://www.infoescola.com/matematica/semelhanca-de-triangulos/. Acesso em: 10
maio 2021.
Assista: https://www.youtube.com/watch?v=2QPsvNPjVXs. Acesso em: 10 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Dois triângulos semelhantes ∆ABC e ∆DEF possuem uma razão de proporcionalidade de 1:3
respectivamente. Calcule:

a) o perímetro do triângulo ∆ DEF;

b) as medidas X, Y e Z do triângulo ∆ DEF;

2 - Gilberto é desenhista e recebeu uma encomenda de uma ampliação de um desenho em um formato


triangular. A área total deste desenho reduzido é de 50 cm², se o seu cliente espera que as medidas dos
lados do desenho sejam 4 vezes maior, qual será a área deste novo desenho.

30
3 - Em um determinado quadro artístico, um pintor utilizou diversos triângulos de diferentes formas e
tamanhos, dois deles eram semelhantes, de maneira que a área do maior entre eles é 25 vezes a área do
menor e também se sabe que o perímetro do triângulo menor é 6. Determine o que se pede.

Disponível em: https://pxhere.com/pt/photo/1390141. Acesso em: 10 maio


2021. (Imagem adaptada)

a) Qual é a razão de proporcionalidade (k) entre os lados destes triângulos?

b) Quanto vale o perímetro do triângulo maior?

31
SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
Geometria e Medidas.

TEMA/TÓPICO:
Semelhança e Trigonometria / 15. Trigonometria no triângulo retângulo.

HABILIDADE(S):
15.1. Reconhecer o seno, o cosseno e a tangente como razões de semelhança e as relações entre elas.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:

TEMA: Trigonometria no triângulo retângulo.


Caro(a) estudante, nesta semana você irá reconhecer as relações trigonométricas no triângulo retân-
gulo por meio da razão de semelhança entre triângulos. Irá também entender quais são as relações de
seno, cosseno e tangente em um triângulo retângulo.

Triângulo retângulo
O triângulo retângulo é aquele que possui um dos seus ângulos internos com a medida de 90° (ângulo
reto), sendo que os demais ângulos são agudos. Os lados do triângulo retângulo possuem nomes espe-
cíficos que nos ajudarão a compreender melhor as suas relações trigonométricas, acompanhe.

Neste triângulo acima temos:


• Os ângulos internos α, β e Y.
• Os lados a, b e c; sendo que o lado a é chamado de hipotenusa, que sempre será o lado oposto ao
ângulo reto e o maior lado do triângulo retângulo, já os lados b e c são os catetos. Em relação ao
ângulo α, o lado b é o cateto adjacente e o lado c é o cateto oposto, já em relação ao ângulo β, o
lado c é o cateto adjacente e o lado b é o cateto oposto.

Relações Trigonométricas
Observe os triângulos formados pelas interseções das retas paralelas B1C1, B2C2, B3C3 e B4C4 com as se-
mirretas AB4 e AC4. Formam-se 4 triângulos semelhantes, pelo caso (AA) de semelhança:

Dessas semelhanças pode-se concluir três proporções entre os lados desses triângulos, de onde ex-
trairemos as relações trigonométricas no triângulo retângulo.

32
Disponível em: http://clubes.obmep.org.br/blog/sala-de-atividades-brincando-com-trigonometria/. Acesso em: 11 maio 2021.

Agora vamos calcular os valores das relações trigonométricas do triângulo retângulo a seguir.

Neste triângulo retângulo temos as relações:


Seno de um ângulo é a razão entre a medida do cateto oposto e a medida da hipotenusa. Temos:

𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎 â𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝛽𝛽 𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐶𝐶𝐶𝐶


𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝛽𝛽 = = 𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝛽𝛽 =
ℎ𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖 𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐻𝐻

Cosseno de um ângulo é a razão entre a medida do cateto adjacente e a medida da hipotenusa. Temos:

𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 â𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝛽𝛽 𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐶𝐶𝐶𝐶


𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝛽𝛽 = = 𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝛽𝛽 =
ℎ𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖 𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐻𝐻

Tangente de um ângulo é a razão entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacente ou a
razão entre o seno e o cosseno. Temos:

𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎 â𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝛽𝛽 𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 𝛽𝛽


𝑡𝑡𝑡𝑡 𝛽𝛽 = = 𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑡𝑡𝑡𝑡 𝛽𝛽 = 𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑡𝑡𝑡𝑡 𝛽𝛽 =
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 â𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝛽𝛽 𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐶𝐶𝐶𝐶 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 𝛽𝛽

Agora vamos calcular os valores de seno, cosseno e tangente do triângulo ∆ABC:


Seno

𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎 â𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝛽𝛽 𝐴𝐴𝐴𝐴 3


𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝛽𝛽 = = = = 0,6
ℎ𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖 𝐴𝐴𝐴𝐴 5

33
Cosseno
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 â𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝛽𝛽 𝐵𝐵𝐵𝐵 4
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝛽𝛽 = = = = 0,8
ℎ𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖 𝐴𝐴𝐴𝐴 5

Tangente
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎 â𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝛽𝛽 𝐴𝐴𝐴𝐴 3
𝑡𝑡𝑡𝑡 𝛽𝛽 = = = = 0,75
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 â𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝛽𝛽 𝐵𝐵𝐵𝐵 4

A partir dos valores encontrados no seno ou cosseno ou tangente é possível determinar a medida do
ângulo b, usando uma tabela com estes valores. Por exemplo, para o valor 0,6 para sen b, obtemos a
medida do ângulo b, no caso, b = 37°.

PARA SABER MAIS:


Veja mais sobre o conteúdo: Brincando com trigonometria. http://clubes.obmep.org.br/blog/sa-
la-de-atividades-brincando-com-trigonometria/. Acesso em: 11 maio 2021.
Veja o video: Trigonometria - Semelhança de triângulos em trigonometria. https://www.youtube.
com/watch?v=O_vShbQJ9J4. Acesso em: 11 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Calcule os valores do seno, cosseno e tangente do ângulo β do triângulo retângulo abaixo:

2 - Sabendo que o valor do seno do ângulo a do triângulo retângulo abaixo é 0,75 e que o valor do seu
cosseno é 0,66, calcule:

a) a medida do lado “X”;


b) a medida do lado “Y”;
c) o valor da tangente do ângulo a.

34
3 - Um mestre de obras está fazendo um telhado colonial e precisa seguir a regulamentação em relação
ao seu caimento, conforme ilustrado na figura abaixo. Nesta figura temos a relação entre o comprimento
da base do telhado e a altura que ele deve ter. Considerando que este telhado deve formar um triângulo
retângulo e as relações trigonométricas (seno, cosseno e tangente), explique com cálculos o valor em
percentual descrito em cada um dos exemplos citados.

Disponível em: https://construindodecor.com.br/telha-colonial/. Aceso em: 11 maio 2021.

35
SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
Geometria e Medidas.

TEMA/TÓPICO:
Semelhança e Trigonometria / 15. Trigonometria no triângulo retângulo.

HABILIDADE(S):
15.2. Resolver problemas que envolvam as razões trigonométricas: seno, cosseno e tangente.
15.3. Calcular o seno, cosseno e tangente de 30°, 45° e 60°.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Ângulos notáveis.

TEMA: Seno, Cosseno e Tangente.


Caro(a) estudante, nesta semana você irá resolver problemas que envolvam as razões trigonométricas
seno, cosseno e tangente utilizando os ângulos notáveis e outros ângulos quaisquer.

Ângulos notáveis
Na semana anterior estudamos as relações trigonométricas no triângulo retângulo e para nos ajudar a
compreender melhor estas relações e resolvermos alguns problemas, vamos estudar agora os ângulos
notáveis.
Os ângulos notáveis são os ângulos com as medidas de 30°, 45° e 60°, eles tem este nome por serem
ângulos mais usados em diversas situações no estudo da Trigonometria.
Os ângulos agudos de um triângulo retângulo possuem valores tabelados para as relações trigonomé-
tricas de seno, cosseno e tangente, porém iremos focar no estudo dos ângulos notáveis, acompanhe a
tabela com estes valores.

30° 45° 60°

1 2 3
Seno (α)
2 2 2

3 2 1
Cosseno (α)
2 2 2

3
Tangente (α) 1 3
3

Agora vamos entender como estes valores nos ajudam a resolver os problemas envolvendo as relações
trigonométricas no triângulo retângulo.

36
Exemplos:
1. Determine os valores de “x” e “y” da figura a seguir utilizando as relações trigonométricas no triângulo
retângulo e a tabela dos ângulos notáveis.

Neste triângulo retângulo temos que:

O lado x é a hipotenusa;
O lado y é o cateto adjacente ao ângulo de 30°;
O lado que mede 6 é o cateto oposto ao ângulo de 30°.
O ângulo α = 30°

Vamos usar a razão trigonométrica seno para calcular o valor da


hipotenusa x e a razão trigonométrica tangente para calcular o
valor do cateto adjacente y.

Para resolver esta questão, precisaremos consultar na tabela dos ângulos notáveis os valores de
1 3
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 30° = e de 𝑡𝑡𝑡𝑡 30° = .
2 3
1
• Calculando o valor de x, observe que iremos substituir o valor de sen 30 ° por seu valor .
2
1 6 1 6
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 30° = 𝑒𝑒 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 30° = ⟹ = ⟹ 1 . 𝑥𝑥 = 6 . 2 ⟹ 𝑥𝑥 = 12
2 𝑥𝑥 2 𝑥𝑥

3
• Calculando o valor de y, observe que iremos substituir o valor de tg 30 ° por seu valor .
3

3 6 3 6 18 18 ∙ 3 18 3
𝑡𝑡𝑡𝑡 30° = 𝑒𝑒 𝑡𝑡𝑡𝑡 30° = ⟹ = ⟹ 3 ∙ 𝑦𝑦 = 6 ∙ 3 ⟹ 𝑦𝑦 = ⟹ 𝑦𝑦 = ⟹ 𝑦𝑦 = ⟹ 𝑦𝑦 = 6 3
3 𝑦𝑦 3 𝑦𝑦 3 3∙ 3 3

2 - Utilizando as relações trigonométricas no triângulo retângulo e a tabela dos ângulos notáveis, determine as medidas dos
ângulos a e b no desenho a seguir.

Neste caso vamos utilizar a razão trigonométrica seno do ângulo a para determinar o valor deste ângulo,
já que conhecemos as medidas do cateto oposto ao ângulo a e da hipotenusa deste triângulo.

10 1
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑎𝑎 = ⟹ 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑎𝑎 =
20 2
1
Agora basta encontrarmos o valor do ângulo que possui o valor de seno igual a , que pela tabela pode-
2
mos concluir que a = 30°.

37
Para encontrarmos a medida do ângulo b, vamos utilizar a razão trigonométrica cosseno, já que conhe-
cemos as medidas do cateto adjacente ao ângulo b e da hipotenusa do triângulo.

10 1
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑏𝑏 = ⟹ 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑏𝑏 =
20 2
1
Procurando o valor do ângulo que possui cosseno igual a , concluímos que b = 60°.
2

Agora vamos praticar! Resolva as atividades a seguir.

PARA SABER MAIS:


Veja mais sobre o conteúdo: SILVA, Luiz Paulo Moreira. “Ângulos Notáveis”; Brasil Escola. Dispo-
nível em: https://brasilescola.uol.com.br/matematica/angulos-notaveis.htm. Acesso em: 13 maio
2021.
Assista o vídeo: Trigonometria: Ângulos Notáveis - https://www.youtube.com/watch?v=SL2EGW-
jCvKs. Acesso em: 13 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Um pedreiro precisa assentar uma pedra de mármore de 4m na fachada de uma empresa conforme
mostrado na figura a seguir. Ele pretende escorar esta pedra com 2 vigas de madeira formando um
ângulo de 30° entre elas, qual deve ser o comprimento destas duas escoras?

2 - Um avião decola em uma trajetória linear formando um ângulo de 30° com a horizontal e após certo
tempo ele já havia percorrido uma distância de 1500 metros, neste exato instante qual será a altura (h)
deste avião?

Imagem do aviãao disponível em: https://www.publicdomainpictures.


net/pt/view-image.php?image=92452&picture=aviao-comercial-
descolar. Acesso em: 13 maio 2021.

38
3 - Um triângulo retângulo possui os seus dois catetos com a mesma medida x e a medida da sua
hipotenusa é 15. Calcule o que se pede:

a) Determine as medidas dos ângulos internos b e c;

b) Calcule as medidas dos catetos deste triângulo.

39
SEMANA 5

EIXO TEMÁTICO:
Geometria e Medidas.

TEMA/TÓPICO:
Semelhança e Trigonometria / 28. Trigonometria no círculo e funções trigonométricas.

HABILIDADE(S):
28.2. Resolver problemas utilizando a relação entre radianos e graus.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Unidade de medida de arcos e ângulos.

TEMA: Circunferência trigonométrica


Caro(a) estudante, nesta semana você irá compreender a relação entre as medidas de ângulos em ra-
dianos e graus e irá resolver problemas envolvendo estas relações.

Unidade de medida de arcos e ângulos


Comumente conhecemos a unidade de medida de ângulos que é o grau (°), mas existe também uma
unidade muito útil que é o radiano. Esta unidade de medida está relacionada com o comprimento do
raio da circunferência.
Um radiano (1 rad) é a medida de um arco cujo comprimento é igual ao do raio da circunferência que ele
está inserido.

Nesta circunferência o ângulo α = 1 rad, pois o comprimento do arco é igual à medida do raio r.

40
Exemplo
1. Um ângulo de um arco de uma circunferência tem uma medida de 2,5 rad, sabendo que seu raio mede
12 cm, determine o comprimento deste arco.

Resolução:
Se o comprimento de um arco que mede 1 rad é
igual à medida do raio, então o comprimento de
uma arco que mede 2,5 rad será 2,5 . r.
Como nessa circunferência o raio mede 12 cm,
pode-se concluir que o comprimento de um arco
que mede 2,5 rad nessa circunferência tem me-
dida igual a
2,5 ∙ 12 𝑐𝑐𝑐𝑐 = 30 𝑐𝑐𝑐𝑐

Logo x = 30 cm.

Medida da circunferência em radiano


Já sabemos que a medida de uma volta completa na circunferência, em graus, é 360°, esta mesma me-
dida em radianos equivale a 2π rad, e meia volta (180°), por sua vez, equivale a π rad. Para calcularmos a
conversão entre estas unidades de medida, utilizamos a regra de três. Observe os valores dos ângulos
em graus e radianos no círculo.

Disponível em: https://www.infoescola.com/matematica/circulo-


trigonometrico/. Acesso em: 14 maio 2021.

Exemplo
5𝜋𝜋
2. Vamos transformar 120° em radianos e em graus.
3
Usando a regra de 3 teremos:

π rad = 180°
120° ∙ 𝜋𝜋 2𝜋𝜋
x = 120° ⟹ 𝑥𝑥 ∙ 180° = 120° ∙ 𝜋𝜋 ⟹ 𝑥𝑥 = ⟹ 𝑥𝑥 = 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟
180° 3

41
5𝜋𝜋
Agora vamos transformar em graus.
3
π rad = 180°
5𝜋𝜋 5𝜋𝜋 180°. 5𝜋𝜋 180°. 5𝜋𝜋
rad = x ⟹ 𝜋𝜋 ∙ 𝑥𝑥 = 180° ∙ ⟹ 𝜋𝜋 ∙ 𝑥𝑥 = ⟹ 𝑥𝑥 = ⟹ 𝑥𝑥 = 300°
3 3 3 3𝜋𝜋

PARA SABER MAIS:


Assista o vídeo: COMO PASSAR DE GRAUS PARA RADIANOS. https://www.youtube.com/watch?-
v=-0mRT1NUFQg . Acesso em: 14 maio 2021.
Veja também: SILVA, Luiz Paulo Moreira. “O que é círculo trigonométrico?”; Brasil Escola. Dispo-
nível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-circulo-trigonometrico.
htm. Acesso em: 14 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Faça as conversões de graus para radianos.
a) 135°
b) 100°
c) 65°
d) 75°

2 - Faça as conversões de radianos para graus:


7𝜋𝜋
a) rad
6
4𝜋𝜋
b) rad
3
11𝜋𝜋
c) rad
6
𝜋𝜋
d) rad
9
3 - Um arco de circunferência de raio 10 cm, mede 25 cm, determine a medida deste arco em graus e
radianos.

42
SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
Geometria e Medidas.

TEMA/TÓPICO:
Semelhança e Trigonometria / 28. Trigonometria no círculo e funções trigonométricas.

HABILIDADE(S):
28.1. Calcular o seno, o cosseno e a tangente dos arcos notáveis: 0°, 90°, 180°, 270° e 360°.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Circunferência trigonométrica.

TEMA: Seno, cosseno e tangente na circunferência trigonométrica


Caro(a) estudante, nesta semana você irá compreender as relações trigonométricas a partir da circun-
ferência trigonométrica e irá calcular o seno, o cosseno e a tangente dos arcos notáveis: 0°, 90°, 180°,
270° e 360°.

Circunferência trigonométrica
A circunferência trigonométrica é uma circunferência de raio r = 1 com seu centro no ponto O = (0,0) de
um plano cartesiano. Cada ponto dessa circunferência está associado a um número real que, por sua
vez, relaciona-se a um ângulo desse círculo. Como esse círculo possui raio 1, seu comprimento é igual a
2π, pois, P = 2πr => P = 2π.1=> P = 2π.

Disponível em: https://www.infoescola.com/matematica/


circulo-trigonometrico/. Acesso em: 14 maio 2021.

Seno, cosseno e tangente na circunferência trigonométrica


Quando marcamos um ponto P qualquer sobre a circunferência trigonométrica, podemos traçar a pro-
jeção ortogonal de P sobre o eixo x, obtendo assim o ponto R e um triângulo retângulo. Agora fazendo
a projeção ortogonal de P sobre o eixo y, obtemos um retângulo OQPR. Se fizermos a relação entre PR
e OP, teremos o seno do ângulo θ, considerando que a medida do raio da circunferência r = 1 e OP é a
hipotenusa deste triângulo retângulo ΔOPR.

43
De forma semelhante obteremos o cosseno, quando fazemos a relação entre a projeção OR sobre o eixo
x e o segmento OP, obteremos o cosseno do ângulo θ.

Nesta circunferência trigonométrica temos que:


QO = PR
QP = OR
r=1
𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑂𝑂𝑂𝑂
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝜃𝜃 = ⟹ 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝜃𝜃 = ⟹ 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝜃𝜃 = ⟹ 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝜃𝜃 = 𝑂𝑂𝑂𝑂
𝑂𝑂𝑂𝑂 𝑟𝑟 1

𝑂𝑂𝑂𝑂 𝑂𝑂𝑂𝑂 𝑂𝑂𝑂𝑂


𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝜃𝜃 = ⟹ 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝜃𝜃 = ⟹ 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝜃𝜃 = ⟹ 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝜃𝜃 = 𝑂𝑂𝑂𝑂
𝑂𝑂𝑂𝑂 𝑟𝑟 1
Logo o valor do seno do ângulo θ é o valor da projeção de OP sobre
o eixo y, que é OQ e o valor do cosseno do ângulo θ é o valor da
projeção de OP sobre o eixo x, que é OR.
Imagem disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-circulo-trigonometrico.htm. Acesso em: 14 maio
2021.

Observe os valores para o seno e cosseno dos ângulos de 0°, 90°, 180°, 270° e 360°.

Circunferência trigonométrica com os valores Circunferência trigonométrica com os valores


de seno de cosseno

Observe, portanto, que sen 0° = 0, sen 90° = 1, já no cosseno temos que cos 0° = 1, cos 90° = 0.
Observe também os valores para a tangente dos ângulos de 0°, 90°, 180°, 270° e 360°.

44
Observe que a tangente é marcada em um eixo
tangente à circunferência trigonométrica con-
forme indicado na figura ao lado. A tangente de
é definida por:

𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴
𝑡𝑡𝑡𝑡 𝛼𝛼 = = = 𝐴𝐴𝐴𝐴
𝑂𝑂𝑂𝑂 1

Note também que:


tg 0° = 0 e a tg 90° ∄, ou seja, não é definida.

Para definirmos o sinal de uma destas relações na circunferência trigonométrica podemos observar as
figuras abaixo, de acordo com o quadrante que o ângulo está, podemos determinar o sinal desta relação
trigonométrica.

Imagem disponível em:https://www.todamateria.com.br/circulo-trigonometrico/. Acesso em: 14 maio 2021.

PARA SABER MAIS:


Veja também: Círculo Trigonométrico. https://www.todamateria.com.br/circulo-trigonometrico/.
Acesso em: 29 mar. 2021.

ATIVIDADES
1 - Utilizando os conhecimentos adquiridos e as circunferências trigonométricas de seno, cosseno e
tangente, complete a tabela dos ângulos pedidos das relações trigonométricas de seno, cosseno e
tangente.
a 0° 90° 180° 270° 360°
sen (a)
cos (a)
tg (a)

45
2 - Um determinado ângulo (a) possui o valor da sua tangente igual á 1, ou seja, tg (a) = 1. Nesse caso é
possível afirmar que
a) o valor do seno deste ângulo é 1 e o cosseno é 0.
b) o valor do seno deste ângulo é 0 e o cosseno é 1.
c) o valor do seno deste ângulo é igual ao cosseno em qualquer quadrante.
d) o valor do seno deste ângulo é igual ao cosseno desde que estes ângulos estejam no 1° ou 3°
quadrante.
e) não é possível determinar.

3 - Determine os sinais do seno, cosseno e tangente dos ângulos a seguir.

a 15° 115° 196° 290° 178° 81° 267°

sen (a)

cos (a)

tg (a)

Chegamos ao final deste PET, obrigado por ter chegado até aqui e realizado as atividades! Espero
que tenham gostado das atividades e tenham aprendido muito! Agradecemos pelo seu empenho e
dedicação, que Deus abençoe todos vocês e até o próximo!

REFERÊNCIAS:
Brincando com trigonometria. Disponível em:
<http://clubes.obmep.org.br/blog/sala-de-atividades-brincando-com-trigonometria/>. Acesso em:
11 maio 2021.
Semelhança de triângulos. Disponível em: <https://www.infoescola.com/matematica/semelhanca-
-de-triangulos/>. Acesso em: 10 maio 2021.
SILVA, Luiz Paulo Moreira. “O que é círculo trigonométrico?”; Brasil Escola. Disponível em: <https://
brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-circulo-trigonometrico.htm>. Acesso em:
14 maio 2021.
SILVA, Daniel Duarte da. Círculo trigonométrico; Info Escola. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/matematica/circulo-trigonometrico/>. Acesso em: 14 maio 2021.
GOUVEIA, Rosimar. Círculo Trigonométrico. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/cir-
culo-trigonometrico/>. Acesso em: 14 maio 2021.

46
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: BIOLOGIA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 3º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.

TEMA/TÓPICO:
História da Vida na Terra. Características fisiológicas e adaptações dos seres vivos nos diferentes ambientes da
Terra.

HABILIDADE(S):
Reconhecer características adaptativas dos animais nos ambientes aquáticos e terrestres.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
14.1.1- Identificar características morfológicas e fisiológicas dos animais, tais como: alimentação, digestão, circu-
lação, excreção e trocas gasosas, relacionando-as com o modo de vida terrestre ou aquático.

TEMA: Filo dos cordados


Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer o filo dos cordados e reconhecer as características
adaptativas de animais nos ambientes aquáticos e terrestres.

BREVE APRESENTAÇÃO:

Filo Chordata:
São deuterostômios (ânus formado primeiro), têm simetria bilateral, celoma, metamerismo e cefali-
zação, precisam apresentar algumas características exclusivas do filo. A principal é a notocorda (es-
trutura flexível em forma de bastão que aparece logo no início do desenvolvimento dos embriões e se
estende por todo o corpo para fortalecê-lo, pois serve de base para a fixação de músculos). Em animais
protocordados e nos agnatos, a notocorda persiste por toda vida, e nos demais em alguma fase da vida,
pois são substituídas por vértebras. A notocorda é responsável pela definição do nome do filo. Ainda
existem outras exclusivas características dos cordados, como o tubo nervoso dorsal, fendas faríngeas,
endóstilo e cauda.

47
O tubo nervoso dorsal é uma estrutura sólida parcialmente oca que passa por cima da notocorda for-
mada por dobras da ectoderme. O tubo dá origem ao sistema nervoso dorsal, especificamente a ponta
anterior do tubo dá origem ao encéfalo que é protegido pelo crânio.
As fendas faríngeas são aberturas localizadas na altura da faringe que são formadas por invaginações
da parte externa da ectoderme ou da endoderme da faringe. As fendas são usadas para filtração do
líquido e obtenção de alimentos. Em animais aquáticos, as fendas persistem durante toda a vida, já em
animais terrestres, as fendas se mantêm somente durante a vida embrionária.
Endóstilo está localizado abaixo das fendas faríngeas e secreta muco que ajuda no acúmulo de muitas
partículas que vêm das fendas. O endóstilo vai dar origem à glândula tireóide.
A cauda é presente em alguma fase da vida e tem a função de mobilidade em cordados aquáticos de
vida livre ou que têm larvas aquáticas de vida livre. Em humanos, a cauda existe apenas vestigialmente
(o osso do cóccix), ao contrário dos demais vertebrados, que em sua maioria apresenta a cauda mais
desenvolvida.
Os cordados são divididos em protocordados e vertebrados.
Protocordados: são divididos em Cefalocordados e Urocordados
Cefalocordados: Subfilo dos cordados. São animais pequenos,
finos, com corpo achatado lateralmente (semelhante aos pei-
xes), transparentes e vivem enterrados em substratos areno-
sos, deixando apenas a cabeça aparente. São representados
Branchiostoma cultellus. Ilustração: autor
atualmente pelos anfioxos (corpo composto por músculos lon-
desconhecido. [domínio público] / <via Wikimedia gitudinais na horizontal), a notocorda se mantém nos adultos
Commons> Acesso em: 08 maio 2021. dando uma estrutura mais forte ao corpo.
Urocordados: Também subfilo dos corda-
dos. São conhecidos como urocordados
ou tunicados e vivem sésseis em grandes
profundidades no mar. Recebem esse
nome por apresentarem uma túnica em
volta do corpo, formada por um tecido de
celulose. Apresentam notocorda, cauda e
tubo de nervoso dorsal em na fase larval.
Eles podem ser solitários ou coloniais.
Quando coloniais, cada um dos indivíduos
executa sua própria tarefa e quando soli-
tários, têm forma esférica ou cilíndrica. Há
duas aberturas para o ambiente. Um é o si-
fão oral e o outro é o sifão atrial. O primeiro
é por onde entra água e o segundo é por
onde ela sai. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/ce/
Representa%C3%A7%C3%A3o_esquem%C3%A1tica_de_um_urocordado_
Vertebrados: adulto.png>. Acesso em: 08 maio 2021.

Estão incluídos no filo dos cordados, que pertence ao subfilo dos vertebrados, que inclui: peixes, rép-
teis, anfíbios, aves e mamíferos. São animais com esqueleto de sustentação que pode ser tanto ósseo
quanto cartilaginoso (tubarões e raias). A coluna vertebral se forma ao redor da notocorda e do tubo
nervoso durante o processo de desenvolvimento do embrião. O crânio, estrutura óssea que protege o
encéfalo, é exclusivo dos vertebrados e se desenvolveu para proteger a cabeça, que comporta os ór-
gãos sensoriais muito importantes. O sistema muscular (músculo estriado esquelético, cardíaco e liso)
e esqueleto interno. Possuem os tecidos: conjuntivo, epitelial, vascular, muscular e nervoso. O sistema

48
respiratório deles, dependendo do animal, se dá por meio de brânquias (respiração branquial) ou pul-
mões (respiração pulmonar). O corpo dos vertebrados é constituído por duas camadas de pele, que são:
a derme (interna) e a epiderme (externa), porém, aves e mamíferos possuem ainda uma camada mais
interna, antes da derme, conhecida como hipoderme (camada de gordura) e está relacionada com a
manutenção da temperatura do corpo.
Peixes: São animais vertebrados aquáticos, possuem a pele coberta de escamas e respiração branquial
(tem a capacidade de respirar dentro da água). Existem cerca de 28 mil espécies de peixes catalogados,
seu tamanho pode variar de milímetros até metros, como é o caso de alguns tubarões. Os peixes podem
ser encontrados em rios, lagos, açudes, pântanos e nos mares e oceanos. Existem os que nadam pró-
ximo à superfície, como o atum, e são chamados de pelágicos; os que vivem onde a luz é fraca são co-
nhecidos como mesopelágicos, como alguns peixes lanternas; os peixes bentônicos são os que vivem
próximo ao chão dos oceanos assim como o peixe tripé. Um dos motivos que fizeram os peixes terem
esse grande sucesso e se distribuírem por todo o mundo são as estratégias de reprodução.
A maioria dos peixes têm fecundação externa, liberam os ovos no ambiente, para que eles acabem de
se desenvolver e nasçam, e são conhecidos como ovíparos. Alguns bagres e cavalos marinhos mantêm
esses ovos protegidos na boca e em uma bolsa, respectivamente. A alimentação é baseada em algas,
porém algumas espécies também se alimentam de outros animais, especialmente moluscos e peque-
nos crustáceos. São animais pecilotérmicos, com coração bicavitário (um átrio e um ventrículo), de
circulação simples e completa, e hemácias nucleadas. São animais dioicos (machos e fêmeas). Podem
ser classificados em Condrictes (peixes cartilaginosos) e Osteíctes (peixes ósseos). Alguns Osteíctes,
possuem bexiga natatória que possibilita a adaptação a diferentes profundidades e pode funcionar com
pulmão para os peixes pulmonados.

CONDRICTES OSTEÍCTES

Esqueleto cartilaginoso Esqueleto ósseo

Boca ventral Boca frontal

Tubo digestivo termina em cloaca Tubo digestivo termina em ânus

Maioria ovovivíparos (desenvolvimento embrio-


nário ocorre dentro de ovos que se desenvol- Maioria ovíparos (fazem postura de ovos)
vem dentro do corpo materno)

Exemplos: lambari, baiacu, cavalo marinho


Exemplos: tubarão, arraia
pirarucu

Anfíbios: São vertebrados que vivem entre o meio aquático e o ambiente terrestre. para isso, desen-
volveram órgãos respiratórios específicos para usar o oxigênio disperso no ar e, entre outras, foram
desenvolvendo formas de se locomover em terra firme, desenvolvendo, então, membros posteriores e
anteriores (únicos vertebrados tetrápodes, que tem quatro “pés”). Eles mantêm uma forte vinculação
com a água e dela não se afastam, pois precisam manter a pele úmida. São animais dioicos e a fecun-
dação deles geralmente é externa e ocorre na água. Seus ovos não têm casa e ficam depositados em
águas calmas.
Quando os ovos racham, nascem larvas que vivem inteiramente na água até o desenvolvimento da me-
tamorfose e iniciar a migração gradativa para a terra. São pecilotérmicos, esqueleto ósseo, tubo diges-

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tivo terminando em cloaca. O coração é bicavitário (um átrio e um ventrículo) nas larvas (girinos), que
apresentam respiração branquial e, nos adultos, o coração é tricavitário (dois átrios e um ventrículo)
com respiração pulmonar e cutânea. As hemácias são nucleadas e a circulação nos adultos é dupla,
pois no coração passam dois tipos de sangue (venoso e arterial) e incompleto (ocorre mistura dos dois
tipos de sangue no ventrículo). São classificados em três ordens: Anuros, urodelos e ápodos.

ANUROS URODELOS ÁPODOS

Não possuem cauda e pos- Possuem cauda e possuem Não possuem patas e apresen-
suem 4 (quatro) patas, que são (4 quatro) patas, que são adap- tam corpo vermiforme.
adaptadas ao salto. tadas para andar e correr. Exemplo: Cobra-cega (Cecília).
Exemplo: Sapo, rã e perereca. Exemplo: Salamandra e tritão.

ATIVIDADES
1 - (UFRGS – RS) São características diferenciais e exclusivas dos cordados presentes, pelo menos, nas
primeiras fases do desenvolvimento:
a) simetria bilateral, corpo segmentado e notocorda.
b) corpo segmentado, tubo nervoso dorsal e fendas branquiais.
c) simetria bilateral, tubo nervoso dorsal e fendas branquiais.
d) tubo nervoso dorsal, notocorda e fendas branquiais.
e) simetria bilateral, corpo segmentado e tubo nervoso dorsal.

2 - Os peixes vivem em ambientes aquáticos e, para sobreviver nesse ambiente, contam com uma variada
quantidade de adaptações. Uma dessas adaptações é a bexiga natatória, que possui como função:
a) impulsionar o corpo do animal pela água.
b) proteger o peixe contra a contaminação por patógenos.
c) garantir a fecundação interna de algumas espécies.
d) controlar a profundidade do peixe na água.
e) captar os movimentos da água.

3 - De acordo com as características gerais da Classe Amphibia, marque V verdadeiro ou F falso nas
alternativas abaixo:
a) Os anfíbios são vertebrados tetrápodes, cujos adultos possuem glândulas na pele para facilitar a
respiração cutânea. ( )
b) Os anfíbios são animais dioicos, ovíparos, com fecundação externa e desenvolvimento direto. ( )
c) Os anfíbios adultos excretam amônia por meio de rins, enquanto que a forma larval desses ani-
mais excretam ureia. ( )
d) Os anfíbios possuem circulação dupla e completa. ( )
e) O sistema nervoso dos anfíbios é composto por dez pares de nervos cranianos. ( )

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4 - Diferencie o coração de peixes e dos anfíbios.

REFERÊNCIAS:
Anfíbios. Disponível em: <https://www.infoescola.com/biologia/anfibios/>. Acesso em: 08 maio
2021.
Cordados. Disponível em: <www.infoescola.com/biologia/cordados-chordata/>. Acesso em: 08
maio 2021.
Exemplos de animais vertebrados. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/animais-ver-
tebrados/>. Acesso em: 08 maio 2021.
Pele dos Anfíbios. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/anfibios/>. Acesso em: 08
maio 2021.
Vertebrados. Disponível em: <https://www.infoescola.com/biologia/vertebrados/>. Acesso em: 08
maio 2021.

51
SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.

TEMA/TÓPICO:
História da Vida na Terra. Características fisiológicas e adaptações dos seres vivos nos diferentes ambientes da
Terra.

HABILIDADE(S):
Reconhecer características adaptativas dos animais nos ambientes aquáticos e terrestres.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
14.1.1- Identificar características morfológicas e fisiológicas dos animais, tais como: alimentação, digestão, circu-
lação, excreção e trocas gasosas, relacionando-as com o modo de vida terrestre ou aquático.

TEMA: Filo dos cordados II


Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer o filo dos cordados e reconhecer as características
adaptativas de animais nos ambientes aquáticos e terrestres.

BREVE APRESENTAÇÃO:
Répteis:
A classe reptilia é o primeiro grupo de animais totalmen-
te independente da água. Para isso, desenvolveram pele
grossa e cheia de escamas queratinizadas (para evitar
perda de água). A fecundação passou a ser interna em
todas as espécies e o embrião se desenvolve fora do cor-
po materno, sendo coberto por uma casca dura (para evi-
tar que se resseque), mas ao mesmo tempo porosa para
que haja troca gasosa com o meio ambiente. Os ovos são,
geralmente, enterrados para proteção contra resseca-
mento e contra predadores. Pertencem a esse grupo de
animais vertebrados tetrápodes, e ectotérmicos (usam
fonte de calor externa ao corpo), no qual estão incluídos
tartarugas (Chelonia), crocodilos (Crocodilianos), ser-
pentes (Ophidia), lagartos (Lacertilia), os dois últimos
pertencem à ordem Squamata.
O sistema digestivo é completo, porém não há separação
entre o orifício do ânus, do sistema reprodutor e excre-
tor. Essa junção é chamada de cloaca. Alguns, como os
crocodilianos, têm moela com fortes músculos para au- Representantes dos Répteis. Ilustração: Adolphe Millot
xiliar na trituração dos alimentos. Os répteis carnívoros [Public domain], via Wikimedia Commons. Acesso em:
geralmente caçam grandes presas e as engolem de uma 08 maio 2021.

vez ou em pedaços grandes, fazendo com que seus estômagos se dilatem, sendo sua digestão lenta,
devido ao seu baixo metabolismo (ficam semanas ou até meses sem se alimentar).

52
Nos peçonhentos, uma das glândulas salivares é modificada para a inoculação de veneno. O Coração é
tricavitário, (dois átrios, um esquerdo e um direito, e um ventrículo, como septo dividindo parcialmen-
te o ventrículo). Ocorre, assim, mistura dos sangues arterial (contém oxigênio) e venoso (contém gás
carbônico). Nos crocodilianos, o coração é formado por quatro câmaras, porém, ainda assim ocorre
a mistura de sangue, devido a uma estrutura chamada Forame de Panizza. A respiração é pulmonar,
os rins são metanéfricos, sendo o ácido úrico o principal produto nitrogenado excretado (textura pas-
tosa por conter pouca água).
O cérebro dos répteis é estreito e alongado, a medula espinhal se estende até a região mais distal
da cauda e as inervações motoras e sensoriais são periféricas. A glândula pineal, localizada no topo da
cabeça, serve como órgão fotorreceptor identificando variação luminosa. Os répteis, exceto os cro-
codilianos, possuem somente ouvido interno. O olfato é intensificado pelo órgão de Jacobson, que se
encontra no céu da boca de cobras e quelônios.
Aves:
São animais vertebrados, homeotérmicos, esqueleto ósseo e corpo coberto de penas que exercem fun-
ção protetora, isolante térmico e importantes para o voo. O tubo digestivo inicia-se com um bico córneo
(formatos variados e adaptado aos diferentes tipos de alimentação) se comunica com a faringe e essa
com o esôfago, que sofre uma dilatação (papo) onde o alimento é armazenado e amolecido. Possuem
a moela que realiza a digestão mecânica. O tubo digestivo continua com o intestino e termina na cloa-
ca. O coração é tetracavitário, hemácias nucleadas, a circulação é dupla (pelo coração passa sangue
venoso e arterial), e completa (sem mistura entre os tipos de sangue). Possuem respiração pulmonar e
os pulmões emitem sacos aéreos (expansões membranosas entre as vísceras e os ossos pneumáticos,
que são ossos ocos e leves), que se enchem de ar e diminuem o peso específico do animal (adaptação
ao voo).
Adaptações ao voo: Asas, ossos pneumáticos,
sacos aéreos, visão desenvolvida, ausência de
bexiga urinária.
Diversidade de aves que são divididas em outras
categorias.

Disponível em: <https://s2.glbimg.com/


ZmwT8wZ08tapfsciULfVz4BMlLQ=/0x0:1680x1680/1008x0/
smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/
AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/
bs/2019/L/R/4A3TLXQ0ANQpjBDmpCVQ/mosaico-aves.jpg>.
Acesso em: 08 maio 2021

Siringe é o órgão fonador das aves, localizado na base da traqueia. Os rins são metanéfricos, sendo o
ácido úrico o principal produto nitrogenado excretado. Na base da cauda, a maioria das aves apresen-
ta a glândula uropigiana, que produz uma substância oleosa que impermeabiliza e lubrifica as penas.
A pele é delicada, seca e sem glândulas, com exceção da uropigiana. São animais dioicos de fecunda-
ção interna e desenvolvimento externo, sendo, assim, ovíparos. As aves apresentam cuidados espe-
ciais com a prole.

53
Mamíferos:
Assim como as aves, os mamíferos são vertebra-
dos homeotérmicos. Apresentam glândulas ma-
márias (justifica o nome), glândulas sudoríparas
e sebáceas. Corpo coberto de pelos e a epiderme
da pele é queratinizada. O tubo digestivo inicia
na boca e termina no ânus. O coração é tetra-
cavitário e as hemácias anucleadas (exceto nos
camelídeos). A circulação é dupla e completa.
A respiração é pulmonar, com pulmões alveola-
res, músculo diafragma e cordas vocais (na la-
ringe). Os rins são metanéfricos, sendo a ureia
o principal produto nitrogenado excretado. São
animais dioicos de fecundação interna. A maio-
ria dos mamíferos são vivíparos (fecundação e
Diversidade de mamíferos que são divididos em outras categorias.
<https://static.todamateria.com.br/upload/ma/mi/mamiferos-0- desenvolvimento internos, com a presença de
cke.jpg>. Acesso em: 08 maio 2021. placenta, importante na nutrição do feto). Algu-
mas espécies são ovíparas e não apresentam a
placenta , como o ornitorrinco e équidna.

54
ATIVIDADES
1 - (UEMS) Considerando os aspectos evolutivos de répteis e as principais características apresentadas
pelos mesmos que possibilitaram uma melhor adaptação ao ambiente terrestre, pode-se afirmar que
apresentam:
a) Endotermia e circulação sanguínea fechada.
b) Fecundação interna com ovos pequenos sem vitelo e endotermia.
c) Respiração por pulmões, estrutura óssea porosa, com ossos menos densos que outros verte-
brados.
d) Ovos com casca adaptados para o ambiente terrestre, pele cornificada mais resistente à abra-
são e à perda de água.
e) Ectotermia e respiração cutânea.

2 - Descreva sobre o coração e o sistema circulatório dos répteis.

3 - Analise as afirmações:
I. As aves possuem habilidade para o voo em virtude, unicamente, da presença de asas.
II. As penas protegem as aves, diminuem a perda de água e auxiliam no controle da temperatura corpo-
ral destes animais.
III. É no papo que o alimento das aves é triturado.

Estão corretas:
a) Todas as alternativas.
b) Somente a I.
c) Somente a II.
d) Somente a III.
e) Nenhuma das alternativas.

4 - Nas aves, aparece uma característica, que também é presente em mamíferos, chamada de
endotermia ou homeotermia. Essa característica está relacionada com
a) a capacidade de manter a temperatura do corpo constante através do calor do ambiente.
b) a necessidade de se manter em locais quentes para se aquecer.
c) a necessidade de se manter em ambientes frios para refrescar o corpo.
d) a capacidade de manter a temperatura do corpo constante através do seu metabolismo.
e) a capacidade de voar.

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5 - (UFMG) A figura representa um conhecido animal dos rios da Amazônia.
A característica que permite incluí-lo na classe dos mamíferos e excluí-lo das demais é
a) presença de pêlos.
b) homeotermia.
c) viviparidade.
d) coração tetracavitário.
e) fecundação interna.

REFERÊNCIAS:
Características Gerais das Aves. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/aves/>. Acesso
em: 10 maio 2021.
Répteis. Disponível em: <https://www.infoescola.com/biologia/repteis-classe-reptilia/>. Acesso
em: 10 maio 2021.
Répteis. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/?s=repteis>. Acesso em: 10 maio 2021.

56
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.
TEMA/TÓPICO:
Corpo Humano e Saúde / Funções vitais do organismo.
HABILIDADE(S):
Estabelecer relações entre os sistemas do corpo humano.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
18.1.1. Reconhecer que a digestão, a circulação, a respiração e a excreção são funções de nutrição. O metabolismo
deve ser entendido como um conjunto de processos químicos que garante a atividade vital do ser vivo e que todos
os organismos estão sujeitos aos mesmos processos, como recepção de estímulos do meio, integração e res-
posta, obtenção, transformação e distribuição de energia, trocas gasosas, equilíbrio de água e sais em seu corpo,
remoção e produtos finais do metabolismo e perpetuação da espécie.

TEMA: Sistema Digestório


Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer o sistema digestório, identificar os seus órgãos e
as funções de cada um deles. Assim será capaz de compreender a importância do sistema digestório
para o organismo.

BREVE APRESENTAÇÃO
Sistema Digestório

Os seres humanos, para manterem as atividades do orga-


nismo em bom funcionamento, precisam captar os nutrien-
tes necessários para construir novos tecidos e fazer ma-
nutenção dos tecidos danificados, necessitam de extrair
energias vindas da ingestão de alimentos. A transformação
dos alimentos em compostos mais simples, utilizáveis e ab-
sorvíveis pelo organismo é denominada Digestão.
O Sistema Digestório (ou Digestivo) no seres humanos
é constituído de:
• Boca
• Faringe
• Esôfago
• Estômago
• Intestino delgado
• Intestino grosso
• Ânus
Boca: Onde se inicia o tubo digestivo, sendo a porta de
Anexos ao sistema existem os órgãos: entrada dos alimentos, e a primeira parte do processo
glândulas salivares, pâncreas, fígado, vesí- digestivo. Ao ingerir alimentos, estes chegam à boca,
cula biliar, dentes e língua. onde serão mastigados pelos dentes e movimentados
pela língua e umedecidos pela saliva. Acontece a diges-
Disponível em: <https://www.infoescola.com/wp-
content/uploads/2009/11/sistema-digestorio.jpg>. tão química dos carboidratos, onde o amido é decom-
Acesso em: 12 maio 2021. posto em moléculas de glicose e maltose.

57
Glândulas Salivares: A saliva é composta por um líquido viscoso contendo 99% de água e mucina, que
dá a saliva sua viscosidade. É constituída também pela ptialina ou amilase, que é uma enzima que inicia
o processo da digestão do glicogênio.
Faringe: Tubo que conduz os alimentos até o esôfago.
Esôfago: O Esôfago continua o trabalho da faringe, transportando os alimentos até o estômago, devido
aos seus movimentos peristálticos (contrações involuntárias).
Estômago: Órgão mais musculoso do canal alimentar, continua as contrações, misturando aos alimen-
tos uma solução denominada suco gástrico, realizando a digestão dos alimentos protéicos. O suco gás-
trico é um líquido claro, transparente e bastante ácido produzido pelo estômago, contém ácido clorí-
drico (pH=2,0) e enzimas. A principal enzima é a pepsina , cuja função é iniciar a digestão das proteínas
(quebrando-as em proteoses e peptonas). A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco que
a protege de agressões do suco gástrico, uma vez que ele é bastante corrosivo. Por isso, quando ocorre
um desequilíbrio na proteção, o resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o surgimento de
feridas (úlcera gástrica).

Intestino Delgado: O intestino delgado é um órgão


dividido em três partes: duodeno, jejuno e íleo. A
primeira parte do intestino delgado é formada pelo
duodeno, que é responsável por receber o bolo ali-
mentar altamente ácido vindo do estômago, deno-
minado quimo. Para auxiliar o duodeno no processo
digestivo, o pâncreas e o fígado fornecem secreções
antiácidas. O pâncreas produz e fornece ao intesti-
no delgado, suco pancreático, constituído de íons
bicarbonato, neutralizando, assim, a acidez do qui-
mo. O Fígado (a maior glândula do corpo), por sua
vez, fornece a bile, que é secretada continuamente e
armazenada em vesícula biliar. A bile apresenta sais
biliares, que emulsificam as gorduras, aumentan-
do sua superfície de contato e facilitando, assim, a
ação das lipases (enzimas que digerem os lipídeos).
Ao final deste processo no intestino, o bolo alimen-
tar se transforma em um material escuro e pastoso
denominado quilo, contendo os produtos finais da
digestão de proteínas, carboidratos e lipídios. As úl-
timas partes do intestino delgado, jejuno e íleo, são
formados por um canal longo onde são absorvidos Disponível em: <https://www.infoescola.com/wp-content/
uploads/2009/11/sistema-digestorio2.jpg>. Acesso em: 12
os nutrientes. Apresentam em sua superfície inter- maio 2021.
na, vilosidades que são vários dobramentos.

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Intestino Grosso: O intestino grosso é um
órgão dividido em três partes: ceco, cólon
e reto, onde ocorre a reabsorção de água,
absorção de eletrólitos (sódio e potássio),
decomposição e fermentação dos restos
alimentares, e formação e acúmulo das fe-
zes (já constituindo o “bolo fecal”). O ceco
é a primeira parte do intestino grosso, que
tem como função receber o conteúdo vin-
do do intestino delgado e iniciar o processo
de reabsorção de nutrientes e água. A se-
gunda e maior parte do intestino grosso re-
cebe o nome de cólon, subdividindo-se em
cólon ascendente, cólon transverso, cólon
descendente e cólon sigmoide.
Disponível em: <https://static.todamateria.com.br/upload/in/te/
intestinogrossosistemadigestorio-cke.jpg>. Acesso em: 12 maio 2021.

Ânus : A última e menor parte do intestino grosso é o reto, responsável por acumular as fezes, até que
o ânus as libere, finalizando o processo da digestão. Durante todo esse processo, o muco é secretado
pela mucosa do intestino para facilitar o percurso das fezes até sua eliminação. As fibras vegetais não
são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo, passam por todo tubo digestivo e formam uma
porcentagem significativa da massa fecal. Então, a importância de incluir as fibras na alimentação para
auxiliar a formação e a eliminação das fezes.

ATIVIDADES
1 - (FUVEST-2006) A ingestão de alimentos gordurosos estimula a contração da vesícula biliar. A bile,
liberada no
a) estômago, contém enzimas que digerem lipídios.
b) estômago, contém ácidos que facilitam a digestão dos lipídios.
c) fígado, contém enzimas que facilitam a digestão dos lipídios.
d) duodeno, contém enzimas que digerem lipídios.
e) duodeno, contém ácidos que facilitam a digestão dos lipídios.

2 - (Mack-2007) Os eventos da digestão citados abaixo ocorrem, respectivamente,


I. Início da digestão de amido.
II. Emulsionamento de lipídeos.
III. Absorção de água.
IV. Término da digestão de proteínas.

a) no esôfago, no fígado, no intestino grosso e no intestino delgado.


b) na boca, no pâncreas, no duodeno e no estômago.
c) na boca, no duodeno, no intestino grosso e no jejuno-íleo.
d) no estômago, no fígado, no pâncreas e no intestino grosso.
e) no duodeno, no pâncreas, no fígado, no estômago

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3 - (Enem 2015 – 2ª aplicação) Uma enzima foi retirada de um dos órgãos do sistema digestório de um
cachorro e, após ser purificada, foi diluída em solução fisiológica e distribuída em três tubos de ensaio
com os seguintes conteúdos:
Tubo 1: carne Tubo 2: macarrão Tubo 3: banha
Em todos os tubos foi adicionado ácido clorídrico (HCl), e o pH da solução baixou para um valor próximo
a 2. Além disso, os tubos foram mantidos por duas horas a uma temperatura de 37 °C. A digestão do
alimento ocorreu somente no tubo 1.
De qual órgão do cachorro a enzima foi retirada?
a) Fígado. b) Pâncreas. c) Estômago. d) Vesícula biliar. e) Intestino delgado.

4 - (Unifor) Uma pessoa fez uma refeição na qual constavam as substâncias I, II e III. Durante a digestão,
ocorreram os seguintes processos: na boca iniciou-se a digestão de II; no estômago iniciou-se a
digestão de I e a de II foi interrompida; no duodeno ocorreu a digestão das três substâncias. Com base
nesses dados, é possível afirmar corretamente que I, II e III são, respectivamente,
a) carboidrato, proteína e lipídio.
b) proteína, carboidrato e lipídio.
c) lipídio, carboidrato e proteína.
d) carboidrato, lipídio e proteína.
e) proteína, lipídio e carboidrato.

5 - O Sistema Digestório é dividido em duas partes, sendo uma delas o tubo digestório e a outra os
órgãos anexos. O tubo digestório, por sua vez, é dividido em três partes: alto, médio e baixo.
Assinale a alternativa que indica quais são os órgãos que formam o tubo digestório.
a) Faringe, laringe, pulmão, pâncreas e fígado.
b) Boca, laringe, faringe, vesícula biliar e apêndice.
c) Estômago, intestino delgado, fígado e rim.
d) Boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e grosso.
e) Laringe, estômago, pulmão, rim e fígado.

REFERÊNCIAS:
W. R. Paulino. Biologia Atual, Ed. Ática, 1996. p. 296.
Sistema Digestório. Disponível em: <https://www.infoescola.com/anatomia-humana/sistema-di-
gestorio/>. Acesso em: 12 maio 2021.
Sistema Digestivo: resumo completo. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/sistema-
-digestivo-sistema-digestorio/>. Acesso em: 12 maio 2021.

60
SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.

TEMA/TÓPICO:
Corpo Humano e Saúde / Funções vitais do organismo.

HABILIDADE(S):
Estabelecer relações entre os sistemas do corpo humano.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
18.1.1. Reconhecer que a digestão, a circulação, a respiração e a excreção são funções de nutrição. O metabolismo
deve ser entendido como um conjunto de processos químicos que garante a atividade vital do ser vivo e que todos
os organismos estão sujeitos aos mesmos processos, como recepção de estímulos do meio, integração e res-
posta, obtenção, transformação e distribuição de energia, trocas gasosas, equilíbrio de água e sais em seu corpo,
remoção e produtos finais do metabolismo e perpetuação da espécie.

TEMA: Sistema Circulatório


Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer o sistema circulatório, identificar os seus órgãos
e as funções de cada um deles. Assim será capaz de compreender sua importância para o organismo
como um todo.

BREVE APRESENTAÇÃO:
Sistema cardiovascular, também chamado de sistema circulatório, é o sistema responsável por ga-
rantir o transporte de sangue pelo corpo, permitindo, dessa forma, que nossas células recebam, por
exemplo, nutrientes e oxigênio. Esse sistema é formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos.
Componentes do sistema cardiovascular:
• Coração: órgão responsável por garantir o bombeamento do sangue;
• Vasos sanguíneos: são tubos por onde o sangue passa. Os três principais tipos de vasos sanguí-
neos são: artérias, veias e capilares.
→ Coração: Nos seres humanos, assim como nos outros mamíferos, é um órgão muscular formado por
quatro câmaras: dois átrios (garantem o recebimento do sangue no coração) e dois ventrículos (são as
câmaras responsáveis por garantir o bombeamento do sangue para fora do coração). No lado esquerdo
do coração, percebe-se a presença apenas de sangue rico em oxigênio, enquanto do lado direito obser-
va-se a presença apenas de sangue rico em gás carbônico. No coração, há ainda a presença de quatro
válvulas que impedem o refluxo do sangue, permitindo, desse modo, um fluxo contínuo.
O coração apresenta três camadas ou túnicas: o endocárdio, o miocárdio e o epicárdio. O endocárdio é
a camada mais interna. O miocárdio é a camada média (formada por tecido muscular estriado cardíaco,
sendo ela, portanto, a responsável por assegurar que o sangue seja bombeado adequadamente devido
às contrações musculares). O miocárdio é a camada mais espessa do coração. Por fim, temos o epi-
cárdio, que é a camada mais externa. É no epicárdio que se acumula a camada de tecido adiposo que
geralmente envolve o órgão.
O coração é capaz de contrair e também de relaxar, sendo chamada a contração de sístole e o rela-
xamento de diástole. Quando ele contrai, bombeia sangue e quando relaxa, enche-se de sangue. Nos

61
seres humanos, os batimentos cardíacos originam-se no próprio coração. A região que origina o bati-
mento cardíaco é chamada de nó sinoatrial e ele é caracterizado por ser um aglomerado de células que
produzem impulsos elétricos.

As principais estruturas do coração são:


Pericárdio: membrana que reveste o exterior do
coração.
Endocárdio: membrana que reveste o interior
do coração.
Miocárdio: músculo situado entre o pericárdio e
o endocárdio, responsável pelas contrações do
coração.
Átrios ou aurículas: cavidades superiores por
onde o sangue chega ao coração.
Ventrículos: cavidades inferiores por onde o
sangue sai do coração.
Válvula tricúspide: impede o refluxo de sangue
do átrio direito para o ventrículo direito. Disponível em: <https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/
img/2019/06/anatomia-coracao.jpg>. Acesso em: 14 maio 2021.
Válvula mitral: impede o refluxo de sangue do
átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo.

→ Vasos sanguíneos: Os vasos sanguíneos são um grande sistema de tubos fechados por onde o san-
gue circula. Os três principais vasos sanguíneos encontrados no corpo são as artérias, veias e capilares.
Veja, a seguir, algumas características básicas desses três vasos:

Artérias: As artérias são vasos que levam o


sangue, a partir do coração, para os órgãos e
tecidos do corpo. Nesses vasos, o sangue corre
em alta pressão. As artérias ramificam-se em
arteríolas.
Capilares: São vasos sanguíneos muito delga-
dos que garantem a troca de substâncias entre
o sangue e os tecidos do corpo.
Veias: Os capilares sanguíneos convergem
para as chamadas vênulas, as quais conver-
gem para as veias. As veias são os vasos que
Os vasos sanguíneos são responsáveis por ga- garantem que o sangue retorne ao coração.
rantir o transporte de sangue pelo corpo. Nesses vasos, o sangue corre em baixa pres-
Disponível em: <https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/ são e para evitar o refluxo do sangue, as veias
img/2019/06/vasos-sanguineos(1).jpg>. Acesso em: 14 maio 2021. são dotadas de valvas.

→ A circulação nos seres humanos: O sangue chega ao coração pelo átrio direito por meio das veias ca-
vas. Esse sangue é rico em gás carbônico e pobre em oxigênio. Esse sangue desoxigenado segue, então,
para o ventrículo direito. Do ventrículo direito, é bombeado para os pulmões via artérias pulmonares.

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Nos pulmões, ocorre o processo de hema-
tose, o sangue até então rico em gás carbô-
nico, recebe oxigênio proveniente da respi-
ração pulmonar. O sangue rico em oxigênio
volta ao coração via veias pulmonares, che-
gando a esse órgão pelo átrio esquerdo. Do
átrio, ele segue para o ventrículo esquerdo.
Do ventrículo esquerdo, o sangue segue
para o corpo, saindo do coração pela artéria
aorta. O sangue então segue para os vários
órgãos e tecidos do corpo. Nos capilares,
ocorrem as trocas gasosas. O oxigênio pre-
sente no sangue passa para os tecidos e o Disponível em: <https://s5.static.brasilescola.uol.com.br/img/2019/06/
gás carbônico produzido na respiração ce- fluxo-de-sangue-no-coracao.jpg>. Acesso em: 14 maio 2021.
lular passa para o sangue.
Os capilares reúnem-se formando vênulas, que formam as veias, as quais seguem levando o sangue po-
bre em oxigênio para o coração. As veias cavas superior e inferior garantem que o sangue rico em gás
carbônico seja levado até o átrio direito.
Observe como ocorre o fluxo de sangue no coração.
→ Circulação sistêmica e pulmonar: A circulação nos seres humanos é denominada de circulação du-
pla, uma vez que se observa a presença de dois circuitos: a circulação sistêmica ou grande circulação
e a circulação pulmonar ou pequena circulação:
• Circulação sistêmica ou grande circulação: Diz respeito ao circuito que o sangue faz partindo
do coração em direção aos vários tecidos do corpo e depois retornando a esse órgão. Ao chegar
ao pulmão, o sangue é impulsionado para o corpo. Nos capilares, são feitas as trocas gasosas e
o sangue, agora rico em gás carbônico e pobre em oxigênio, retorna ao coração.
• Circulação pulmonar ou pequena circulação: Diz respeito ao circuito realizado pelo sangue do
coração aos pulmões e seu retorno ao coração. Nesse circuito, o sangue sai pobre em oxigênio
do coração, segue para o pulmão, onde é oxigenado, e retorna ao coração.
PARA SABER MAIS: O coração dos animais
vertebrados apresenta dois tipos de câmaras:
o átrio (recebe o sangue trazido pelas veias)
e o ventrículo (que recebe sangue do átrio e
o bombeia para as artérias). Porém, existem
diferenças na estrutura do coração desses
animais. Nos peixes, o coração tem apenas
duas câmaras, um átrio e um ventrículo.
O sangue venoso entra pelo átrio, passa
ao ventrículo e dali é bombeado para as
brânquias, onde será oxigenado. Nos anfíbios Ilustração do coração dos vertebrados, mostrando as separações dos
há três câmaras no coração: dois átrios e um átrios e ventrículos.
Disponível em: <https://static.todamateria.com.br/
ventrículo. O sangue venoso entra pelo átrio upload/55/84/55847bd7c6056-sistema-circulatorio-medium.jpg>.
direito e o sangue arterial pelo esquerdo, Acesso em: 14 maio 2021.
em seguida passam para o ventrículo, onde
ocorre a mistura dos dois tipos de sangue. Os répteis, em sua maioria, possuem um coração com três
câmaras. O ventrículo é parcialmente dividido, há mistura de sangue, mas em menor quantidade. Nos
répteis crocodilianos, a divisão dos ventrículos é completa e a circulação é mais complexa. Já nos mais

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evoluídos, que são as aves e os mamíferos, o coração possui quatro câmaras, sendo dois átrios e dois
ventrículos, completamente separados. A circulação sanguínea é, assim, separada da circulação arterial,
não havendo nenhuma mistura do sangue venoso com o arterial. É uma circulação muito eficiente.

ATIVIDADES
1 - Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma função do sistema cardiovascular.
a) Transporte de nutrientes.
b) Eliminação de excreções.
c) Distribuição de mecanismos de defesa.
d) Produção de hormônios.
e) Transporte de oxigênio.

2 - Observe a imagem ao lado e identifique que


cavidades são responsáveis, respectivamente,
pela entrada e saída de sangue do coração.
a) Válvulas tricúspide e mitral.
b) Veias cava superior e inferior.
c) Átrios e ventrículos.
d) Veias pulmonares.
e) Aorta.

3 - (Fuvest/2018) No sistema circulatório humano,


a) a veia cava superior transporta sangue pobre em oxigênio, coletado da cabeça, dos braços e da
parte superior do tronco, e chega ao átrio esquerdo do coração.
b) a veia cava inferior transporta sangue pobre em oxigênio, coletado da parte inferior do tronco e
dos membros inferiores, e chega ao átrio direito do coração.
c) a artéria pulmonar transporta sangue rico em oxigênio, do coração até os pulmões.
d) as veias pulmonares transportam sangue rico em oxigênio dos pulmões até o átrio direito do
coração.
e) a artéria aorta transporta sangue rico em oxigênio para o corpo, por meio da circulação sistêmi-
ca, e sai do ventrículo direito do coração.

4 - Denominamos de circulação simples, aquela em que o sangue passa apenas uma vez pelo coração
para realizar um circuito completo, enquanto a circulação dupla é aquela em que o sangue passa duas
vezes. Marque a alternativa que indica o grupo de vertebrados que possui circulação simples:
a) Peixes. b) Anfíbios. c) Répteis. d) Aves. e) Mamíferos.

REFERÊNCIAS:
Sistema circulatório. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/sistema-circulatorio/>.
Acesso em: 14 maio 2021.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Sistema cardiovascular”; Brasil Escola. Disponível em: <https://
brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-circulatorio.htm>. Acesso em: 14 de maio de 2021.

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SEMANA 5

EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.

TEMA/TÓPICO:
Corpo Humano e Saúde. Funções vitais do organismo.

HABILIDADE(S):
Estabelecer relações entre os sistemas do corpo humano.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
18.1.1. Reconhecer que a digestão, a circulação, a respiração e a excreção são funções de nutrição. O metabolismo
deve ser entendido como um conjunto de processos químicos que garante a atividade vital do ser vivo e que todos
os organismos estão sujeitos aos mesmos processos, como recepção de estímulos do meio, integração e res-
posta, obtenção, transformação e distribuição de energia, trocas gasosas, equilíbrio de água e sais em seu corpo,
remoção e produtos finais do metabolismo e perpetuação da espécie

TEMA: Sistema Respiratório


Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer o sistema respiratório, identificar os seus órgãos
e as funções de cada um deles. Assim será capaz de compreender o mecanismo de funcionamento do
sistema respiratório.

BREVE APRESENTAÇÃO:
Sistema respiratório: conjunto dos órgãos responsáveis pela absorção do oxigênio do ar pelo orga-
nismo e da eliminação do gás carbônico retirado das células. Formado pelas vias respiratórias e pelos
pulmões.
Órgãos do Sistema Respiratório:
Diversos órgãos atuam no Sistema Respiratório. São eles:
cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios.
Fossas Nasais: As cavidades nasais são dois condutos
paralelos revestidos de mucosa e separados por um sep-
to cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na
faringe. No interior das cavidades nasais, existem pelos
curtos que atuam como filtro de ar, retendo impurezas e
germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões. A
membrana que reveste as cavidades nasais contém célu-
las produtoras de muco que umidificam o ar. Ela é rica em
vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz.
Faringe: Tubo que serve de passagem, tanto para os ali-
mentos quanto para o ar, portanto, faz parte do sistema
respiratório e do sistema digestório. Sua extremidade
superior se comunica com as cavidades nasais e com a
boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe
e o esôfago. Suas paredes são musculosas e revestidas Disponível em: <https://static.todamateria.com.br/
upload/54/07/540759a3340e6-sistema-respiratorio-
de mucosa. large.jpg>. Acesso em: 17 maio 2021.

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Laringe: Órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe está a epiglote, a válvula que
fecha o orifício denominado glote durante a deglutição, impedindo que o alimento desça pelas vias res-
piratórias. Este é também o principal órgão da fala. Nela estão localizadas as cordas vocais.
Traqueia: Tubo situado abaixo da laringe, é formado por quinze a vinte anéis cartilaginosos que a man-
tém aberta. Este órgão é revestido por uma membrana mucosa, e nela o ar é aquecido, umidificado e
filtrado. Responsável pela condução do ar até os brônquios.

Brônquios: São duas ramificações da tra-


queia, formados também por anéis carti-
laginosos. Cada brônquio penetra em um
dos pulmões e divide-se em diversos ramos
menores, que se distribuem por todo o ór-
gão formando os bronquíolos. Os brônquios
se ramificam e subdividem-se várias vezes,
formando a árvore brônquica. A traqueia, o
brônquio, os bronquíolos e os alvéolos de-
sempenham a função de conduzir o ar até os
alvéolos pulmonares.

Detalhes dos Brônquios, Bronquíolos e Alvéolos e das trocas gasosas


Disponível em: <https://static.todamateria.com.br/upload/br/on/
bronquio-0-cke.jpg>. Acesso em: 17 maio 2021.

Pulmões: O sistema respiratório é composto


por dois pulmões, órgãos esponjosos situa-
dos na caixa torácica. Eles são responsáveis
pela troca do oxigênio em gás carbônico,
através da respiração. Cada pulmão é en-
volvido por uma membrana dupla, chamada
pleura. Internamente, cada pulmão apresen-
ta cerca de 200 milhões de estruturas muito
pequenas, em forma de cacho de uva e que
se enchem de ar, chamados de alvéolos pul-
monares e cada alvéolo recebe ramificações
de um bronquíolo. Nos alvéolos, realizam-se
as trocas gasosas entre o ambiente, denomi-
nada hematose. Tudo isso acontece graças
às membranas muito finas que os revestem e
abrigam inúmeros vasos sanguíneos bem fi-
Disponível em: <https://static.todamateria.com.br/ nos, os capilares.
upload/55/95/55954214526f7-sistema-respiratorio-large.jpg>. Acesso
em: 17 maio 2021.

Doenças do Sistema Respiratório: Os pulmões podem ser atacados por diversas doenças, as quais
podem ser infecciosas ou alérgicas. Isso porque, ao respirar, é praticamente impossível eliminar as im-
purezas contidas no ambiente atmosférico. A inspiração de microrganismos se torna inevitável.
Doenças infecciosas do Sistema Respiratório: As doenças infecciosas são resultado de uma infla-
mação em determinados órgãos. Elas são provocadas por microrganismos, tais como vírus, bactérias,

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entre outros parasitas. O processo infeccioso também pode ser desencadeado por substâncias tóxi-
cas, como a fumaça tóxica do cigarro, é o que acontece no enfisema, doença degenerativa crônica,
geralmente desencadeada pelo tabagismo. Dentre as doenças infecciosas mais conhecidas, desta-
cam-se: gripe, resfriado, tuberculose, pneumonia e enfisema pulmonar. E, atualmente, a COVID-19,
responsável pela pandemia que vivemos desde 2020.
Doenças alérgicas dos Sistema Respiratório: O sistema respiratório é também atacado por doenças
alérgicas, que resultam da hipersensibilidade do organismo a determinado agente: poeira, medicamen-
tos, cosméticos, pólen etc. Como exemplo de doenças alérgicas, destacam-se: rinite, bronquite e asma.
Curiosidade sobre o Sistema Respiratório: Nenhum sistema do nosso organismo atua sozinho. Em
situações de perigo, por exemplo, o Sistema Respiratório e o Sistema Nervoso atuam em conjunto. Em
situações de perigo, nosso corpo reage de diferentes formas, uma delas é a respiração acelerada. Isso
acontece porque o organismo tem necessidade de captar mais oxigênio

ATIVIDADES
1 - O sistema respiratório é composto por órgãos que atuam no equilíbrio do organismo. Entre as suas
funções estão: trocas gasosas, defesa pulmonar e produção de sons. Assinale a alternativa correta que
identifica os órgãos do sistema respiratório enumerados a seguir:
a) 1-nariz, 2-boca, 3-faringe, 4-pulmões e 5-traqueia.
b) 1-nariz, 2-boca, 3-laringe, 4-pulmões e 5-diafragma.
c) 1-nariz, 2-boca, 3-traqueia, 4-pulmões e 5-diafragma.
d) 1-nariz, 2-boca, 3-alvéolos, 4-pulmões e 5-traqueia.
e) 1-nariz, 2-boca, 3-brônquios, 4-pulmões e 5-diafragma.
2 - (FEBA) A hematose ocorre:
a) na matriz citoplasmática.
b) na matriz mitocondrial.
c) nos átrios cardíacos.
d) nos ventrículos cardíacos.
e) nos alvéolos pulmonares.
3 - (UnB) Assinale a alternativa que apresenta uma estrutura comum ao sistema respiratório e digestivo.
a) Brônquios.
b) Faringe.
c) Pulmão.
d) Esôfago.
e) Laringe.
4 - Na respiração pulmonar, o oxigênio percorre um caminho no organismo até chegar aos pulmões,
onde ocorrem as trocas gasosas. Identifique o percurso correto que o ar faz pelo sistema respiratório
do corpo humano.
a) Fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares.
b) Fossas nasais, laringe, traqueia, faringe, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares.
c) Fossas nasais, laringe, brônquios, bronquíolos, faringe, traqueia e alvéolos pulmonares.
d) Fossas nasais, faringe, laringe, brônquios, bronquíolos, traqueia e alvéolos pulmonares.
e) Fossas nasais, faringe, laringe, brônquios, bronquíolos, traqueia e alvéolos pulmonares.

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5 - Agentes externos, como fungos, poeira e pólen, podem ser causadores de doenças no sistema
respiratório. As doenças respiratórias são classificadas como infecciosas, quando ocorre a inflamação
de um órgão, ou alérgicas devido à sensibilidade a algum organismo. Identifique qual doença não ocorre
nos pulmões.
a) Tuberculose
b) Pneumonia.
c) Bronquite.
d) Cistite.
e) Asma.

6 - (PUC-RJ) Examine as afirmativas abaixo, relativas à respiração humana:


I. Ela é responsável pela absorção de oxigênio (O2) e liberação de gás carbônico (CO2).
II. O feto humano respira através de brânquias enquanto está na bolsa amniótica e, a partir do oitavo
mês, as brânquias se transformam em pulmões.
III. O sangue se utiliza dos glóbulos brancos para transportar o oxigênio, pois estes aumentam bas-
tante a capacidade do sangue de transportar gases.
IV. O ar penetra pelo nariz e passa pela faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos,
onde se dá a troca dos gases.
Estão corretas somente as afirmativas:
a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

REFERÊNCIAS:
Sistema Respiratório. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/exercicios-sistema-respi-
ratorio/>. Acesso em: 17 maio 2021.
Sistema Respiratório: como funciona, órgãos, exercícios. Disponível em: <https://brasilescola.uol.
com.br/biologia/sistema-respiratorio.htm>. Acesso em: 17 maio 2021.

68
SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.

TEMA/TÓPICO:
Corpo Humano e Saúde / Funções vitais do organismo.

HABILIDADE(S):
Estabelecer relações entre os sistemas do corpo humano.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
18.1.1. Reconhecer que a digestão, a circulação, a respiração e a excreção são funções de nutrição. O metabolismo
deve ser entendido como um conjunto de processos químicos que garante a atividade vital do ser vivo e que todos
os organismos estão sujeitos aos mesmos processos, como recepção de estímulos do meio, integração e res-
posta, obtenção, transformação e distribuição de energia, trocas gasosas, equilíbrio de água e sais em seu corpo,
remoção e produtos finais do metabolismo e perpetuação da espécie.

TEMA: Sistema Excretor


Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer o sistema excretor, identificar os seus órgãos
e as funções de cada um deles. Assim será capaz de compreender o mecanismo de funcionamento
dele.

BREVE APRESENTAÇÃO
Sistema excretor: tem a função de eliminar os resíduos das reações químicas que ocorrem dentro das
células, no processo de metabolismo. Dessa maneira, muitas substâncias que não são aproveitadas
no organismo, principalmente as tóxicas, são excretadas do corpo. Importante ressaltar que o sistema
excretor é encarregado de muito mais que apenas a eliminação de resíduos. Trata-se do principal res-
ponsável pelo controle da composição química do ambiente interno.
Órgãos que atuam no Sistema Excretor: Para eliminar os resíduos das reações químicas que nosso
corpo produz, diferentes órgãos desempenham funções de extrema importância. Conheça a seguir
quais são esses órgãos e como eles atuam no sistema excretor.
Rins: São órgãos do sistema urinário, porém que atuam diretamente na eliminação de resíduos que
resultam da ação do metabolismo do organismo. Considerando as substâncias eliminadas pelos rins,
destacam-se a ureia, a creatina e toxinas do sangue. Além dessa função, eles também atuam na re-
gulação do volume de líquidos do organismo e no controle da pressão arterial sanguínea. Situam-se
na parte posterior da cavidade abdominal, localizados um em cada lado da coluna vertebral. São de
cor vermelho - escuro e têm o formato semelhante ao de um grão de feijão e do tamanho aproximado
de uma mão fechada. Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia renal,
e com as vias urinárias pelos ureteres. As artérias renais são ramificações muito finas que formam
pequenos emaranhados chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido por uma estrutura arre-
dondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman.

69
Néfrons: Estruturas presentes nos rins
e unidade básica da filtração que tem
como principal ação a formação da urina.
Formado pelos glomérulos, pela cápsula
glomerular e pelo túbulo renal. Forçado
pela pressão sanguínea, parte do plasma
(água e partículas pequenas nela dissol-
vidas, como sais minerais, ureia, ácido
úrico, glicose) sai dos capilares que for-
mam os glomérulos e cai na cápsula glo-
merular. Em seguida, passa para o túbu-
lo renal. Substâncias úteis como água,
glicose e sais minerais, contidas nesse
líquido, atravessam a parede do túbulo
renal e retornam à circulação sanguínea. Detalhe de um Rim, mostrando em detalhe o Néfron.
Assim, o que resta nos túbulos é uma pe- Disponível em: <https://static.todamateria.com.br/upload/55/
a0/55a0040d876e5-sistema-urinario-large.jpg> Acesso em: 17 maio 2021.
quena quantidade de água e resíduos,
como a ureia, ácido úrico e amônia: é a
urina, que segue para as vias urinárias.
Ureter (es): Tubo que liga o rim à bexiga, ou seja, ele
transporta a urina dos rins para a bexiga, sendo um
ureter para cada rim. são elementos do sistema uri-
nário que auxiliam na excreção das substâncias inde-
sejadas. Para desempenhar sua função, realiza movi-
mentos peristálticos que auxiliam a condução da urina
até a bexiga. Então é necessário que sua parede seja
formada por três camadas diferentes, sendo estas for-
madas por uma camada mucosa, uma muscular e outra
adventícia.
Bexiga urinária: Órgão elástico responsável por arma-
zenar a urina produzida pelos rins e transportada pelos
ureteres. Armazena temporariamente a urina e quando
o volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores
nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao
sistema nervoso, fazendo com que tenhamos vontade
de urinar. Na parte inferior da bexiga, encontra-se um
esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e con- Observe, na figura ao lado, os órgãos que compõem o
trola a micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter sistema urinário.
Disponível em: <https://s3.static.brasilescola.uol.com.
se contrai, empurrando a urina em direção à uretra, de br/img/2019/06/org%C3%A3os-do-sistema-urinario.jpg>
onde então é lançada para fora do corpo. A capacidade Acesso em: 17 maio 2021.
máxima de urina na bexiga é de aproximadamente 1 litro.
Uretra: Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina mede cer-
ca de 5 cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina mede cerca de 20 cm e
transporta a urina para fora do corpo, e também o esperma.
Como funciona o Sistema Excretor: A eliminação de substâncias prejudiciais ou em excesso em nosso
corpo é chamada de excreção (processo que permite o equilíbrio interno do nosso organismo). Os pro-

70
dutos da excreção são denominados “excretas”, que são
lançadas das células para o líquido que as banha (líquido
intersticial), e daí são passadas para a linfa e para o san-
gue. No processo de degradação de glicídios e lipídios
são produzidos gás carbônico e água. As proteínas tam-
bém são metabolizadas, e do seu metabolismo resultam
substâncias prejudiciais ao organismo, entre elas, o gás
carbônico e os produtos nitrogenados, como a amônia,
a ureia e o ácido úrico. Há também a água e os sais mi-
nerais, com destaque para o cloreto de sódio (o princi-
pal componente do sal de cozinha). Para eliminar essas
substâncias, a excreção é realizada através da urina, da
respiração e do suor. Entenda, na sequência, como é fei-
ta a excreção desses resíduos.
Excreção da urina: Inicia em um processo realizado pe-
los rins. Eles funcionam como um filtro que retém as im-
purezas do sangue e o deixa em condições de circular
pelo organismo. Os rins participam do controle das con- Disponível em: <https://static.todamateria.com.br/
upload/53/15/53154033d262a-sistema-excretor-large.jpg>
centrações de íons do plasma sanguíneo, como sódio,
Acesso em: 17 maio 2021.
potássio, bicarbonato, cálcio e cloretos.

Excreção do Suor: A produção de suor não está rela-


cionada ao processo de excreção e sim da regulação
de temperatura no organismo. No entanto, através
do suor são eliminados sais minerais, como o cloreto
de sódio, e água, sendo que, devido a sua enorme im-
portância para a célula, ela fica conservada em gran-
de parte no organismo.

As glândulas sudoríparas atuam na excreção do suor


Disponível em: <https://static.todamateria.com.br/upload/gl/
an/glandulassudoriparassuor-0.jpg> Acesso em: 17 maio 2021.

Excreção do Gás Carbônico: Realizada atra-


vés dos órgãos do sistema respiratório. A eli-
minação deste elemento é o produto final do
metabolismo dos glicídios (carboidratos ou
açúcares) e lipídios (gorduras) no processo de
respiração celular. Além disso, a água também
é eliminada sob a forma de vapor, por meio da
expiração.

A respiração é fundamental para a excreção do gás carbônico.


Disponível em: <https://static.todamateria.com.br/upload/
si/st/sistemaexcretorrespiracao-cke.jpg> Acesso em: 17
maio 2021.

71
ATIVIDADES
1 - Relacione corretamente os órgãos do sistema urinário com a função desempenhada.
I. Rim.
II. Bexiga urinária.
III. Ureter.
IV. Uretra.

a) Responsável por receber e armazenar temporariamente a urina.


b) Responsável por conduzir a urina da bexiga para fora do corpo.
c) Responsável por filtrar as impurezas do sangue.
d) Responsável por conduzir a urina dos rins para bexiga.

2 - No filtrado glomerular, algumas substâncias úteis ao nosso organismo, como a glicose, saem dos
alvéolos em direção à cápsula renal. Entretanto, essas substâncias são reabsorvidas na região do
néfron denominada:
a) glomérulo renal.
b) cápsula renal.
c) túbulo renal (alça de Henle).
d) bexiga.
e) uretra.

3 - (Enem/2015) Durante uma expedição, um grupo de estudantes perdeu-se de seu guia. Ao longo do
dia em que esse grupo estava perdido, sem água e debaixo de sol, os estudantes passaram a sentir cada
vez mais sede. Consequentemente, o sistema excretor desses indivíduos teve um acréscimo em um
dos seus processos funcionais. Nessa situação o sistema excretor dos estudantes
a) aumentou a filtração glomerular.
b) produziu maior volume de urina.
c) produziu urina com menos ureia.
d) produziu urina com maior concentração de sais.
e) e) reduziu a reabsorção de glicose e aminoácidos.

REFERÊNCIAS:
Como funciona o Sistema Excretor. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/sistema-ex-
cretor/>. Acesso em: 17 maio 2021.
Doenças do Sistema Urinário. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/sistema-urina-
rio/>. Acesso em: 17 maio 2021.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Sistema urinário”; Brasil Escola. Disponível em: < https://brasiles-
cola.uol.com.br/biologia/sistema-excretor.htm>. Acesso em: 17 maio 2021.

72
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: QUÍMICA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 3º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Materiais - Aprofundamento.

TEMA / TÓPICO(S):
Propriedades dos Materiais.

HABILIDADE(S):
16.1. Reconhecer a variação na velocidade das Transformações Químicas (TQ).
16.1.1. Reconhecer que as TQ podem ocorrer em diferentes escalas de tempo.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Cinética; Rapidez ou Velocidade de Reação.

TEMA: Rapidez de uma reação


Caro (a) estudante, nesta semana você vai começar o estudo cinético das reações, por ele você com-
preenderá melhor sobre a velocidade de uma reação. Observe que cada reação possui um tempo para
ocorrer, e isso é muito importante para a indústria, possibilitando aprimorar a produção dos materiais
existentes e criar novos processos para novos produtos.

BREVE APRESENTAÇÃO
Reações Diferentes, Rapidez Diferentes
Quando pensamos em velocidade é comum associarmos esse conceito à Física, ou seja, o espaço per-
corrido em função do tempo. No entanto, na Química, o conceito é sobre o quanto uma reação química
se desenvolve de forma mais rápida ou mais lenta. O interesse em conhecer a rapidez (ou velocidade)
das reações é a possibilidade de manipular o tempo de reação. Como por exemplo, a liberação de um
airbag, dispositivo de segurança veicular obrigatório em todos os automóveis de passeio e utilitários
no Brasil, desde 2014. Para acionar o dispositivo, uma reação química ocorre formando o gás que irá
inflar a bolsa de poliamida. Para que um airbag cumpra sua função, é vital que ele infle em apenas

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4 centésimos de segundo após a ocorrência do choque. Observe que é uma reação muito rápida, ao
contrário por exemplo, da reação de decomposição de uma fruta.

Rapidez ou velocidade de uma reação é uma grandeza que indica como as quantidades de reagente(s)
e produto(s) dessa reação variam com o passar do tempo.

A rapidez de reação pode se tratar da velocidade com que um reagente está sendo consumido ou com
que um produto está sendo formado. Pensando nisso, a Velocidade Média de uma reação de formação
ou de consumo, é definida como a variação da quantidade de reagentes (ou produtos), essa quantida-
de normalmente é expressa em massa, em mols ou em concentração pela variação do tempo no qual
ocorreu a variação ∆ quantidade, pode ser expressa em segundo, minutos, horas e dias. Observando o
gráfico (Fig. 1) é possível entender melhor esse cálculo. A variação da concentração está entre módulo,
isso para garantir um valor maior do que zero, uma vez que não existe velocidade de reação negativa.

Figura 1. Gráfico e cálculo da rapidez de consumo da amônia NH3. – Fonte: AUTORA DO PET

Dependência da Velocidade com a Concentração


Outra informação que podemos retirar (Fig.1) é a velocidade de consumo por intervalos. Com o passar
do tempo, a concentração da amônia diminui, assim como a velocidade de reação. Calculando as veloci-
dades médias entre os intervalos de 0 a 60 min, 60 min a 150 min e de 150 min a 250 min obteremos con-
secutivamente os valores de 0,26 mol/L x min, 0,08 mol/L x min e 0,04 mol/L x min. Existe uma relação
entre a concentração e a rapidez de consumo da amônia. Quanto maior a quantidade da amônia maior a
rapidez da reação. Iremos abordar esse assunto melhor na próxima semana. Por agora podemos deter-
minar que logo no primeiro instante a rapidez de reação será a mais elevada, à medida que o reagente é
consumido, a concentração diminui e a rapidez também diminui.

Lei Cinética de uma Reação


Pelo exemplo anterior é possível concluir que a velocidade de uma reação é diretamente proporcional
à concentração dos reagentes. Para uma reação genérica podemos estabelecer a Lei Cinética (Fig.2):

74
Figura 2: Equação da Lei Cinética de uma reação genérica. – Fonte: AUTORA DO PET

A lei Cinética a velocidade de uma reação (Fig.2) depende das concentrações iniciais dos reagentes
elevados aos seus coeficientes, a concentração em quantidade de matéria é expressa em mol/L. Ob-
serve que a concentração dos produtos não interfere na velocidade de reação. Para abordar sobre a
ordem de uma reação precisamos compreender sobre as etapas de uma transformação química.
Uma reação química pode se desenvolver em uma única etapa ou em várias etapas, dizemos que a rea-
ção é elementar quando a reação de desenvolve em uma única etapa, quando ocorre em mais de uma
etapa recebe o nome de não elementar. Considere a reação elementar de neutralização entre o cátion
hidrônio e o ânion hidróxido formando água, a rapidez de reação é:
A rapidez da reação de formação da água é pro-
porcional ao produto de uma constante (que só
depende da temperatura) pela concentração em
quantidade de matéria do cátion hidrônio elevada
à 1ª potência, multiplicado pela concentração em
quantidade de matéria do ânion hidróxido, também
elevada à 1ª potência.
Porém para reações que acontecem em várias etapas, reação não-elementar, a velocidade da reação
global é igual à velocidade da etapa mais lenta do mecanismo. Considere a reação não elementar entre
o ácido bromídrico com o dióxido de nitrogênio formando água, bromo e monóxido de nitrogênio, a ra-
pidez de reação é:

Note que, para escrever a lei de velocidade global, consultamos a etapa determinante da velocidade (a
etapa lenta), e não a equação global. A rapidez dessa reação depende da concentração dos reagentes
da etapa mais lenta, ou seja, o produto de uma constante (que só depende da temperatura) pela con-
centração em quantidade de matéria do ácido bromídrico elevada à 1ª potência, multiplicado pela con-
centração em quantidade de matéria do dióxido de nitrogênio elevada à 1ª potência.

PARA SABER MAIS:


Tema: Química - Cinética Química: Ordem da Reação
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Ge83MQsJpfI>. Acesso em: 12 de maio de 2021.

75
ATIVIDADES
1 - Considerando que numa reação a concentração dos reagentes diminui e a concentração dos produtos
aumenta, no gráfico a seguir identifique o que se pede:
a) Identifique qual curva retrata o comportamento dos reagentes e dos produtos.
b) Escreva a equação da velocidade média.
c) Considere que os tempos (t) possuem intervalos de 1h, calcule a velocidade média de consumo
no intervalo de t0 à t6.

2 - Considerando a reação química elementar O3 + NO → O2 + NO2 escreva a lei de velocidade dessa


reação.

3 - Numa reação não elementar a velocidade de reação dependerá:


a) apenas da constante de velocidade.
b) das concentrações dos reagentes da etapa mais rápida.
c) das concentrações dos produtos da equação global.
d) apenas da temperatura em que a reação está ocorrendo
e) das concentrações dos reagentes da etapa mais lenta.

4. Enumere a primeira coluna de acordo com a segunda coluna.


(  ) Formação de Petróleo. (1) Reação rápida.
(  ) Liberação de Airbag. (2) Reação Lenta.
(  ) oxidação de uma maçã cortada.
(  ) decomposição do plástico.
(  ) fermentação do suco de uva.

Vimos nesta semana que cada reação tem um tempo para formar e é possível em algu-
mas situações calcular a velocidade média de uma reação. Também vimos que a lei ciné-
tica de uma reação depende da concentração dos reagentes e do mecanismo de reação.

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SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
Materiais - Aprofundamento.

TEMA/ TÓPICO(S):
Propriedades dos Materiais.

HABILIDADE(S):
16.5. Caracterizar a variação da velocidade das TQ por meio de modelo explicativo.
16.5.1. Utilizar a teoria das colisões para explicar a ocorrência de transformações químicas em diferentes
escalas de tempo.
30.1.1. Compreender que as partículas das substâncias devem apresentar-se com certa energia de tal maneira
que choques efetivos entre elas provoquem.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Cinética; Teoria da colisão.

TEMA: Teoria da colisão


Caro (a) estudante, nesta semana daremos continuidade ao estudo cinético das reações, cada reação
possui um tempo para ocorrer, é importante para a indústria saber e dominar os fatores que afetam a
velocidade de uma reação para aprimorar diversos mercados.

BREVE APRESENTAÇÃO
Condições Fundamentais
Para que uma reação aconteça é preciso que algumas condições ocorram: os reagentes precisam estar
em contato, precisam ter afinidade química (serem reativos), o sistema deve ter energia suficiente, as
partículas dos reagentes devem colidir entre si e a colisão deve ser efetiva. A colisão efetiva necessa-
riamente precisa que as moléculas dos reagentes colidam umas com as outras, de forma a quebrar a
ligação entre alguns átomos dos reagentes, enquanto é formada novas ligações entre outros átomos,
formando os produtos.
Colisão Efetiva
Considere o ozônio (O3) e o óxido de nitrogênio (NO) colocados em um mesmo recipiente para sofrer a
reação:
O3 + NO → O2 + NO2

Para que as moléculas de O3 e de NO possam formar os produtos oxigênio (O2) e dióxido de nitrogênio
(NO2) elas devem colidir com energia suficiente e com orientação favorável, dessa forma a colisão é
chamada de efetiva. No entanto verifica-se que nem todas as colisões entre os reagentes, são efica-
zes. O que nos inspira a estudar o que faz uma colisão ser efetiva. Primeiro, as moléculas precisam co-
lidir com orientação favorável, a formação dos produtos a partir da colisão das moléculas de reagente
passa por uma situação intermediária denominada complexo ativado (Fig.3).

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Figura 3: Exemplos de Colisão não efetiva (situação A) e efetiva (situação B) da reação O3 + NO → O2 + NO2. – Fonte: PERUZZO e CANTO

A imagem (Fig.3) mostra dois tipos de situações, na situação A, as moléculas colidem em posições
desfavoráveis não formando o complexo ativado, e, portanto, os produtos não serão formados. Como
foi dito, para que uma colisão entre moléculas dos reagentes seja eficaz é necessário que ela ocor-
ra com geometria adequada e energia suficiente. A energia proveniente do movimento das moléculas
(energia cinética) é usada no momento da colisão para a formação de um complexo, acontece uma rup-
tura parcial nas ligações químicas dos reagentes ao mesmo tempo que novas ligações são parcialmente
formadas (situação B), caracterizando uma colisão efetiva. É importante lembrar que a Figura 3 se trata
de apenas uma representação didática para a compreensão da teoria.

Energia de Ativação - Ea
Como acabamos de ver, a energia é uma condição necessária para a colisão seja efetiva, a seguir uma
representação gráfica (Fig.4) considerando a energia da reação:

Figura 4: Gráfico evidenciando a energia de ativação Ea. – Fonte: REIS

Note que a energia inicial dos reagentes não é suficiente para a formação do produto, após um aumento
de energia de 9,6 KJ/mol ocorre a formação do complexo ativado, em seguida observamos um decai-
mento da energia no rompimento das ligações do complexo ativado, formando os produtos O2 e NO2.
Podemos definir então que:

Energia de ativação é o valor mínimo de energia necessária para as moléculas de reagentes sofram
colisão eficaz.

Existe também uma relação entre a energia de ativação e a rapidez de reação, quanto maior for a ener-
gia de ativação, maior a quantidade de energia cinética necessária e portanto mais lenta será a reação.

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É importante ressaltar que o valor de Ea é característico de cada reação e não depende da temperatura
nem da concentração dos reagentes. Outra observação que podemos retirar desse gráfico é a variação
de entalpia (∆H), ou seja, a variação de energia entre reagentes e produtos da reação.
De modo geral temos dois tipos de reações: as que absorvem energia para a formação de produtos (en-
dotérmicas) e as que liberam energia (exotérmicas). Em ambas as situações temos uma elevação de
energia para a formação do complexo ativado (Fig.5).

Figura 5: Gráficos de reações Exotérmicas e Endotérmicas evidenciando a Energia de Ativação. – Fonte: REIS

Quando temos reagentes mais energéticos que os produtos, a diferença de energia resulta numa varia-
ção energética negativa (∆H < O), na situação inversa, onde a energia dos reagentes é menor que a dos
produtos a variação é positiva (∆H > O). A formação do complexo ativado (Ea) não interfere na variação
de energia da reação.

PARA SABER MAIS:


Tema: QUÍMICA ENEM: CINÉTICA QUÍMICA | QUER QUE DESENHE | MAPA MENTAL
Canal: Descomplica
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=tj638Wk3GNg>. Acesso em: 12 de maio de 2021.

ATIVIDADES
1 - Em relação ao gráfico de energia em função do desenvolvimento de uma reação química hipotética,
faça o que se pede:
a) Qual valor e a unidade de medida da energia de ativação e o ∆H.
b) Determine se é uma reação endotérmica ou exotérmica.

79
2 - Escreva o que a Energia de ativação significa dentro da teoria das colisões.

3 - A taxa de desenvolvimento de uma reação também conhecida como a rapidez de uma reação química
depende:
I. Do número de colisões entre as moléculas.
II. Da energia cinética das moléculas envolvidas na reação.
III. Se as moléculas formam produtos em poucas etapas.

Estão corretas as alternativas:

a) I, II e III. b) I. c) II. d) I e II. e) I e III.

4 - Assinale V para verdadeiro e F para falso, justifique se a afirmativa for falsa.


( ) O oxigênio (O2) do ar é um dos responsáveis pela deterioração do suco da laranja.
( ) Ao duplicar a concentração dos reagentes em uma reação não elementar a velocidade diminui.
( ) O aumento de energia em uma reação aumenta as chances de colisões efetivas.
( ) A geladeira é um equipamento útil para retardar a velocidade de reações de alimentos.
( ) Uma batata é cozida mais lentamente em pedaços do que inteira.

Vimos nesta semana que existem certas condições para que uma reação aconteça, den-
tre elas: a energia de ativação e orientação favorável permitem a formação do complexo
ativado e posteriormente a formação dos produtos.

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SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
Materiais - Aprofundamento.

TEMA/ TÓPICO(S):
Propriedades dos materiais.

HABILIDADE(S):
16.2. Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: temperatura.
16.3. Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: superfície de contato.
16.4. Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: concentração.
16.5.2. Reconhecer o papel dos catalisadores nas reações químicas.
30.1.1. Compreender que as partículas das substâncias devem apresentar-se com certa energia de tal maneira
que choques efetivos entre elas provoquem.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Cinética; Fatores que afetam a velocidade de reação.

TEMA: Fatores que afetam a velocidade de reação


Caro (a) estudante, nessa semana você conhecerá os fatores que podem afetar a velocidade de uma
reação química. Industrialmente esse conhecimento permite, por exemplo, retardar o amadurecimento
das frutas, saber se um produto será vendido em pedaço ou inteiro, qual a melhor forma de se conservar
um produto, entre outros.

BREVE APRESENTAÇÃO
Efeito da Temperatura na Velocidade
São diversos os fatores que podem influenciar na velocidade de uma reação química tornando-a mais
rápida ou mais lenta. Alimentos guardados na geladeira amadurecem quatro vezes mais lentamente do
que os que estão a temperatura ambiente. O cozimento em panela aberta (100°C) é mais lento do que
em panela de pressão (110°C). Em ambos os exemplos a temperatura afeta diretamente a rapidez de
uma reação, isso porque quando elevamos a temperatura, provocamos um aumento da energia cinética
das moléculas, fazendo com que haja uma maior quantidade de moléculas com energia suficiente, au-
mentando as colisões, isto é, aumentando as colisões efetivas. Considerando a lei cinética o aumento
da temperatura eleva o valor da constante de velocidade (k) para essa reação química.

Quanto maior a temperatura, maior será a velocidade de uma reação.

Efeito da Concentração na Velocidade


Quando aumentamos o número de partículas de reagentes por unidade de volume, aumentamos a pro-
babilidade de haver colisão efetiva entre essas partículas. Consequentemente, maior será a rapidez
da reação.

Quanto maior o número de partículas (concentração), maior será a velocidade de uma reação.

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Efeito da Superfície de contato na Velocidade
Para compreender esse fator, considere a situação: se submetermos um prego de ferro e um pedaço de
palha de aço às mesmas condições de umidade, temperatura e exposição ao oxigênio do ar, notamos
que a palha de aço se enferruja muito mais rápido do que o prego. Isso porque quanto maior a área de
contato entre os reagentes maior a probabilidade de choques efetivos.

Quanto maior a superfície de contato, maior será a velocidade de uma reação.

Efeito dos Catalisadores na Velocidade


A função de um catalisador é diminuir a velocidade de reação. Se trata de uma substância que propicia
à reação um novo mecanismo alternativo possibilitando a diminuição da energia de ativação e conse-
quentemente aumentando a rapidez da reação.

O catalisador aumenta a velocidade de uma reação, porque abaixa a energia de ativação.

Podemos representar graficamente a ação de um catalisador sobre reações que liberam ou absorvem
calor (Fig.6):

Figura 6: Gráficos evidenciando a ação do catalisador. – Fonte: PERUZZO e CANTO ADAPTADO

O catalisador age na reação mudando seu mecanismo, ou seja, diminuindo a energia necessária para a
formação do complexo ativado (Ea), tornando mais curto o caminho no qual os reagentes se transfor-
mam em produtos (Fig.6) a reação acontece mais rapidamente.

PARA SABER MAIS:


Tema: Físico-Química II - Aula 05 - Catálise Homogênea e Heterogênea
Canal: UNIVESP
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=J-l66wBiCbA>. Acesso em: 12 de maio de 2021.

82
ATIVIDADES
1 - Ao ser colocada sobre um ferimento recente, a água oxigenada entra em contato com uma substância
X presente no interior das células. Essa substância X acelera a reação química assim equacionada:
2 H2O2 (aq) + X → H2O (l) + O2 (g) + X
Nesse momento, a água oxigenada parece ferver.
a) Explique o que vem a ser essa aparente fervura.

b) Qual é o papel desempenhado pela substância X?

2 - Analise o gráfico a seguir e responda:


a) Qual curva representa a reação catalisada?

b) Qual letra representa a energia de ativação


da reação não catalisada?

3 - (UFSCar-SP) Não se observa reação química visível com a simples mistura de vapor de gasolina e ar
atmosférico, à pressão e temperatura ambientes, porque:
a) a gasolina não reage com o oxigênio à pressão ambiente.
b) para que a reação seja iniciada, é necessário o fornecimento de energia adicional aos reagentes.
c) a reação só ocorre na presença de catalisadores heterogêneos.
d) o nitrogênio do ar, por estar presente em maior quantidade no ar e ser pouco reativo, inibe a reação.
e) a reação é endotérmica.

4 - Enumere a primeira coluna de acordo com a segunda coluna.

( ) Aumenta o contato das moléculas proporcionando maior quantidade choques. (1) Temperatura
( ) Aumenta a energia do movimento das moléculas. (2) Catalisador
( ) Cria um caminho alternativo diminuindo a energia de ativação. (3) Concentração
( ) Diminui o espaço entre as moléculas forçando o aumento das colisões. (4) Superfície de
Contato

Nesta semana estudamos os fatores que afetam uma reação química: temperatura,su-
perfície de contato, concentração e catalisador. Além disso, foi possível verificar como o
catalisador afeta o caminho de reação.

83
SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
Energia.

TEMA/ TÓPICO(S):
Energia nas Transformações Químicas.

HABILIDADE(S):
Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre matéria e energia, para
propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioam-
bientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou global.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Radioatividade. Radiação ionizante e não ionizante.

INTERDISCIPLINARIDADE:
História e Física.

TEMA: Radioatividade: Fenômeno Nuclear


Caro (a) estudante, nesTa semana você vai conhecer um pouco do contexto histórico da descoberta da
radioatividade, apesar do cientista Becquerel ter levado o maior prêmio da comunidade cientifica, a
uma controvérsia interessante nessa história. Ainda na semana veremos sobre as radiações ionizantes
e não ionizantes.

BREVE APRESENTAÇÃO
Contexto Histórico
Quase todos os livros didáticos associam a descoberta da radioatividade ao francês Henri Becquerel,
que observou um fenômeno misterioso envolvendo um mineral. Porém não foi bem assim! Becquerel
focava seus esforços no estudo do fenômeno de fosforescência, trabalhava com minerais irradiados
pelos raios solares e a posterior emissão desses raios. Certo dia ele se deparou com um mistério, em
que em sua gaveta escura estava um mineral capaz de “imprimir” em uma placa a silhueta de uma chave
presente na gaveta. Teoricamente isso não seria possível, uma vez que o mineral não foi exposto à luz.
Segundo Becquerel o fenômeno tratava-se de uma radiação semelhante à luz, chamou de hiperfosfo-
rescência.
Uma cientista Marie Sklodowska, devido a seu casamento com Pierre Curie, passou a ser chamada por
todos de Marie Currie. Ela estudava minerais e substâncias similares ao urânio que emitiam radiação,
ela fez uma revisão no trabalho de Becquerel e negou que o fenômeno tratasse de fosforescência e pas-
sou a defender a ideia da radiação do mineral era uma propriedade atômica. Algum átomo presente no
mineral seria capaz de emitir tamanha radiação? Iniciou suas pesquisas medindo o poder de ionização
dos raios do urânio e tório, mais adiante foi capaz de isolar o elemento responsável pela radiação, e o
chamou de Polônio, em homenagem ao seu país e o outro de rádio.
Os estudos incompletos de Becquerel renderam a ele o prêmio Nobel no ano de 1903. Marie Curie por
sua vez recebeu dois prêmios Nobel (foi a primeira pessoa a receber o prêmio duas vezes), um por de-
monstrar a existência da radioatividade natural em 1903, e o outro em Química, pela descoberta de dois
novos elementos químicos em 1910.

84
Radiação ionizante e não ionizante
Denomina-se radioatividade a atividade que certos átomos têm de emitir partículas e radiações eletro-
magnéticas de seus núcleos instáveis para adquirir estabilidade. Ondas ou radiações eletromagnéticas
são formadas por um campo elétrico e um campo magnético perpendiculares entre si e à direção de
propagação da radiação. É preciso entender que estamos falando de energia, as radiações, ou seja, as
energias podem ser ionizantes e não ionizantes.
A radiação ionizante é aquela que possui energia suficiente para ionizar átomos e moléculas. Essa
ionização pode danificar as células do corpo humano, causando doenças graves como o câncer. As
radiações não ionizantes não possuem energia suficiente para ionizar a matéria; assim, não alteram a
estrutura molecular, mas podem causar aumento de temperatura e agitação das moléculas. Na ima-
gem a seguir (Fig.7) separamos as radiações em não ionizantes e ionizantes:

Figura 7: Relação das radiações não ionizantes e ionizantes. – Fonte: PERUZZO e CANTO

Se analisarmos a imagem (Fig.7) percebemos que quanto menor o comprimento de onda, maior é a fre-
quência, e esse tipo de radiação é capaz de causar danos ao DNA, uma vez que são capazes de romper
as ligações químicas. A radiação visível, assim como as ondas de micro-ondas e ondas de rádio, fica
numa região fora da radiação ionizante, ou seja, não é capaz de alterar e nem causar danos ao DNA.

PARA SABER MAIS:


Tema: Efeitos biológicos das radiações eletromagnéticas
Canal: Laboratório Audiovisual ISC
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VbhrvnfHXTA>. Acesso em: 12 de maio de 2021.

85
ATIVIDADES
1 - (Fuvest-SP) Quais as semelhanças e diferenças entre os isótopos de césio 133 55Cs (estável) e 137 55Cs
(radioativo), com relação ao número de prótons, nêutrons e elétrons?

2 - Durante a pandemia vários protocolos de saúde foram implementados em diversos estabelecimentos,


dentre eles a medição de temperatura. A maioria dos estabelecimentos optaram por usar termômetros
digitais, medindo a temperatura pela testa das pessoas. Em 2020 uma notícia circulou nas redes sociais
informando que a radiação infravermelha emitida pelo termômetro era capaz de alterar as células do
cérebro, a notícia teve tamanha repercussão que hoje em 2021 a grande maioria dos estabelecimentos
medem a temperatura pelo braço e não mais pela testa. Essa era uma notícia falsa (fake news), o
termômetro na verdade é uma espécie de sensor que capta a radiação infravermelha emitida pelos
corpos. Com base nisso e na tabela de radiação ionizante e não ionizante explique quimicamente o erro
científico na Fake News.

3 - Os raios X são radiações,


a) ondas eletromagnéticas ionizantes com menor comprimento de onda do que os raios Ultravioleta.
b) ondas magnéticas não ionizantes com menor comprimento de onda do que os raios Ultravioleta.
c) ondas eletromagnéticas ionizantes com maior comprimento de onda do que os raios Ultravioleta.
d) ondas magnéticas não ionizantes com maior comprimento de onda do que os raios Ultravioleta.
e) ondas eletromagnéticas não ionizante com menor comprimento de onda do que os raios Ultravioleta.

4 - Enumere a primeira coluna de acordo com a segunda coluna.


( ) Raio X (1) Ionizante
( ) Raios gama (2) Não Ionizante
( ) Micro ondas
( ) Radiação solar UV
( ) Ondas de rádio

Nesta semana compreendemos melhor um pouco sobre a história da radioatividade,


as conclusões tiradas pelos cientistas envolvidos e como o trabalho de uma mulher con-
tribuiu com avanços significativos até os dias de hoje. Também aprendemos sobre a
classificação dos raios: ionizantes e não ionizantes.

86
SEMANA 5

EIXO TEMÁTICO:
Energia.

TEMA/ TÓPICO(S):
Energia nas Transformações Químicas.

HABILIDADE(S):
Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre matéria e energia, para
propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioam-
bientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou global.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Radioatividade, Radiação alfa, beta, gama.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Física.

TEMA: Tipos de Radiação


Caro (a) estudante, nesta semana você vai identificar os tipos de radiações existentes, trabalharemos
com a emissão dessas radiações compreendendo uma série de decaimento.

BREVE APRESENTAÇÃO
Fenômeno Nuclear
Relembrando a estrutura do átomo temos: o número atômico (Z) é um número que indica quantos pró-
tons há no núcleo de um átomo e número de massa (A) corresponde à soma dos números de prótons e
nêutrons. Átomos que possuem mesmo número atômico pertencem ao mesmo elemento químico. As
reações nucleares são processos em que o núcleo de um átomo sofre alteração. É importante ressaltar
que as reações químicas estão relacionadas à eletrosfera. Antes e depois delas, os átomos estão uni-
dos de maneira diferente, e essa união envolve os elétrons. Já uma reação nuclear provoca alterações
no núcleo do átomo.

Radiações alfa α e beta β


Atualmente sabe-se que há átomos com núcleos instáveis e a emissão de partículas α ou β é o modo
encontrado pelo núcleo para aliviar essa instabilidade. A partícula alfa é constituída por 2 prótons e
2 nêutrons, simbolizadas por 42α, quando um núcleo as emite, perde 2 prótons e 2 nêutrons (Fig.8).
Possuem alto poder de ionização, a partícula alfa captura 2 elétrons do meio, transformando-se em
um átomo de hélio.

87
Figura 8: Representação da emissão de uma partícula α e β. – Fonte: PERUZZO e CANTO

As partículas beta β são elétrons emitidos pelo núcleo de um átomo instável, sendo representadas por
0
-1
β. Como pode o núcleo de um átomo emitir um elétron? A resposta reside no fato de que, em núcleos
instáveis beta-emissores, um nêutron pode se decompor em um próton, um elétron e um antineutrino.
O próton permanece no núcleo, o elétron (partícula β) e o antineutrino são emitidos. O antineutrino é
uma partícula com número de massa zero e carga nula.
Na emissão de uma partícula β, o núcleo tem a diminuição de um nêutron e o aumento de um próton.
Quando um radionuclídeo emite uma partícula β, seu número de massa permanece constante e seu nú-
mero atômico aumenta de 1 unidade.

Raios gama γ
A radiação γ é formada apenas por ondas eletromagnéticas emitidas por núcleos instáveis logo após
a emissão de uma partícula α ou β. Tomemos como exemplo o césio-137, o beta-emissor envolvido no
acidente de Goiânia. Ao emitir uma partícula β, seus núcleos se transformam em bário-137. No entanto,
mesmo com a emissão da radiação se o núcleo resultante ainda permanecer instável, libera uma onda
eletromagnética (radiação γ) ajudando um núcleo instável a se estabilizar.

Tempo de meia vida e Séries Radioativas


Uma amostra de material radioativo é composta de um grande número de radioisótopos e cada um
deles vai emitir radiação para se estabilizar em determinado momento. Entretanto, para a grande quan-
tidade de átomos existente em uma amostra é razoável esperar-se um certo número de emissões ou
transformações em cada segundo. O tempo necessário para que a metade do número de átomos de
uma amostra de determinado isótopo radioativo decaia, ou seja, emita radiação e se transforme em
outro elemento químico, é denominado tempo de meia-vida. Família ou série radioativa é o nome dado
ao conjunto de decaimentos radioativos (Fig.9).

88
Figura 9: Decaimento da série de urânio – 238 – Fonte: AUTORA DO PET

PARA SABER MAIS:


Tema: RADIOATIVIDADE PARA O ENEM | QUÍMICA | QUER QUE DESENHE? | DESCOMPLICA
Canal: Descomplica
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wphktISJEIM>. Acesso em: 12 de maio de 2021.

ATIVIDADES
1 - Átomos de 67 31Ga são utilizados na medicina, no diagnóstico de tumores. Explique o significado dos
números que aparecem ao lado do símbolo do elemento gálio na representação 67 31Ga.

2 - Determine o átomo resultante de cada elemento radioativo após a emissão das partículas, formule
a equação que representa a emissão radioativa. Consulte a tabela periódica sempre que necessário.
a) 235
92
U emitindo uma partícula α.

b) 230
90
Th emitindo uma partícula β.

c) 14
6
C emitindo partícula γ.

89
3 - A meia-vida do césio-137 é de aproximadamente 30 anos. Qual é o tempo necessário para que uma
amostra desse nuclídeo se reduza à oitava parte do inicial?
a) 15 anos b) 90 anos c) 30 anos d) 60 anos e) 45 anos

4 - (Uesb-BA) A radioatividade emitida por determinadas amostras de substâncias provém


a) da energia térmica liberada em sua combustão.
b) de alterações em núcleos de átomos que as formam.
c) de rupturas de ligações químicas entre os átomos que as formam.
d) do escape de elétrons das eletrosferas de átomos que as formam.
e) da reorganização de átomos que ocorre em sua decomposição.

Na aula desta semana vimos sobre as radiações alfa, beta e gama, conseguimos prever a
mudança atômica após a emissão dessas radiações. Com essas previsões é possível es-
tudar uma série radioativa de decaimento. E ainda definimos o que é tempo de meia vida.

90
SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
Energia.

TEMA/ TÓPICO(S):
Energia nas Transformações Químicas.

HABILIDADE(S):
Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre matéria e energia, para
propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioam-
bientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou global.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Energia nuclear e aplicações.

INTERDISCIPLINARIDADE:
História e Física.

TEMA: Energia Nuclear


Caro (a) estudante, nesta semana finalizamos os estudos sobre radioatividade, iremos diferenciar Fis-
são nuclear de Fusão nuclear. Veremos também de forma simplificada o funcionamento de uma usina
nuclear e uma bomba nuclear.

BREVE APRESENTAÇÃO
Fissão Nuclear
Por volta de 1933, o físico italiano Enrico Fermi notou que o bombardeamento do núcleo de certos áto-
mos com Nêutrons com velocidade adequada fazia com que o núcleo alvo se rompesse liberando outros
nêutrons. De forma simplificada o processo funciona da seguinte maneira: como os nêutrons não têm
carga elétrica, não sofrem desvio na sua trajetória em razão do campo eletromagnético do átomo, se
eles forem muito acelerados, acabam atravessando o núcleo do átomo alvo (Fig.10).

Figura 10: Representação da reação em cadeia da Fissão Nuclear – Fonte: REIS

91
Fissão nuclear é a partição de um núcleo atômico pesado e instável, provocada por um bombardea-
mento de nêutrons com velocidade moderada, que origina 2 núcleos atômicos médios, 2 ou 3 nêutrons
esses por sua vez atingem outro núcleo em um efeito cascata liberando uma quantidade colossal de
energia.

Usina Nuclear
Uma usina nuclear é um sistema em
que a reação de fissão em cadeia libe-
ra uma grande quantidade de energia
que é usada como fonte de calor para
ferver água, cujo vapor aciona uma
turbina geradora que produz eletrici-
dade (Fig.11).

O reator é montado de maneira que


intercale barras de combustível físsil,
onde o material radioativo se encon-
tra, com barras de controle que ab-
sorvem nêutrons, estes têm a função
de diminuir a velocidade dos nêutrons
liberados nas fissões. O calor gerado
eleva a temperatura da água no inte-
rior do reator. A água quente passa
para um gerador de vapor de água, e o
Figura 11: Representação de uma Usina Nuclear – Fonte: REIS
vapor aciona uma turbina, que opera
um gerador elétrico.
A água utilizada na refrigeração do condensador provém de um rio, mar ou lago situado nas vizinhanças
do reator.

Bomba Atômica
Os interesses sobre fissão nuclear aumentaram com o início da Segunda Guerra Mundial, devido à gran-
de quantidade de energia que é liberada no processo. Assim, um grupo de cientistas liderados por J.
Robert Oppenheimer, trabalhando no laboratório de Los Álamos (Novo México, Estados Unidos), con-
seguiu construir a bomba de fissão ou bomba atômica (bomba A), testada na manhã de 16 de julho de
1945, no deserto do Novo México, Estados Unidos. Alguns dias depois (6 de agosto de 1945), uma bomba
atômica baseada na fissão do urânio-235, batizada de Little Boy (Pequeno Menino), foi detonada sobre
a cidade japonesa de Hiroxima. Três dias depois, outra bomba foi detonada sobre Nagasáqui.
De forma simplificada, a detonação de uma bomba atômica funciona mais ou menos assim: cargas de
TNT (explosivos) explodem, forçando as massas atômicas se juntarem, formando uma massa crítica
que, penetra numa fonte de nêutrons, dando início à uma reação em cadeia, com uma colossal libera-
ção de energia e de radiações. Durante muitos anos ambas as cidades sofrem com as consequências
da radiação residual das explosões. Esse momento extremamente desumano, alertou o mundo sobre o
poder nuclear.
Fusão Nuclear
A fusão nuclear é a junção de dois ou mais núcleos leves originando um único núcleo e a liberação de
uma quantidade colossal de energia devido a um aumento da estabilidade nuclear. Exemplos de rea-
ções de fusão:

92
2
1
H + 2 1H → 3 2 He + 1 0 n
2
1
H + 3 1 H → 4 2 He + 1 0 n
Essas reações são endotérmicas e necessitam de uma elevada temperatura para ocorrer. O curioso é
que temperaturas dessa ordem jamais haviam sido atingidas na Terra até a explosão da primeira bomba
atômica. A energia liberada por estrelas, como o Sol, é resultado de uma série de reações de fusão.

PARA SABER MAIS:


Tema: EP 09/12 | Datação com C14 | WEBSÉRIE RADIOATIVIDADE
Canal: Química com Prof. Paulo Valim
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=FlVvuFXEKZI>. Acesso em: 12 de maio de 2021.

ATIVIDADES
1 - Qual dos dois processos — fissão ou fusão — ocorre naturalmente? Em que lugar do universo?

2 - Considere a equação: 235 92U + n → 144 55Cs + (?) + 2 n


a) Que tipo de reação nuclear ela representa?

b) Identifique o símbolo que está faltando.

3 - (UCB-DF) Ao se desintegrar, o átomo de 222 86Rn se transforma em 210 84Po. O número de partículas
4
2
α e 1 0β emitidas no processo é, respectivamente,
a) 2 e 4 b) 2 e 6 c) 3 e 2 d) 3 e 4 e) 4 e 6

4 - (Uespi) Para a reação nuclear abaixo 14 7N + X → 14 6C + 1 1H, identifique a alternativa que representa X.
a) Partícula α. b) Partícula β. c) Pósitron. d) Nêutron. e) Átomo de He.

Chegamos ao fim de mais um volume do PET, parabéns por ter chegado até aqui, mesmo
diante das adversidades desse ano. Continue firme e se dedicando, pois só falta mais um
volume para finalizar o ano letivo de 2021. Tenha fé, boa vontade e garra, juntos (Você,
seus familiares, amigos, seus professores e nós do REANP) vamos vencer esta etapa. Até
o próximo volume!

93
REFERÊNCIAS:
MARTINS, Roberto Vieira. Como Becquerel não descobriu a radioatividade. Caderno Brasileiro de
Ensino de Física, v. 7, p. 27-45, 1990.
MARTINS, R. de A. Hipóteses e interpretação experimental: a conjetura de Poincaré e a descoberta
da hiperfosforescência por Becquerel e Thompson. Ciênc. educ. (Bauru), p. 501-516, 2004.
MERÇON, F; QUADRAT, S. V. A radioatividade e a história do tempo presente. Química Nova na Esco-
la, v. 19, p. 27-30, 2004.
MINAS GERAIS, Secretaria do Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: CBC Química. Belo
Horizonte: SEE, 2007.
MORTIMER, E. F; MACHADO, A. H. Química Ensino Médio: Manual do Professor, Volumes 2, 3ª ed. São
Paulo, editora Scipione, 2016.
PERUZZO. F. M; CANTO. E. L. Química na abordagem do cotidiano, volume 2, 3ª edição, editora mo-
derna, São Paulo, 2003.
PUGLIESE, G. Um sobrevôo no" Caso Marie Curie": um experimento de antropologia, gênero e ciên-
cia. Revista de Antropologia, v. 50, n. 1, p. 347-385, 2007.
REIS. M, Química: Manual do Professor, volume 2 e 3, 1ª edição, editora ática, São Paulo, 2013.

94
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: FÍSICA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 3º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
II. Transferência, Transformação e Conservação da Energia.

TEMA/TÓPICO:
13. Trabalho e Calor.

HABILIDADE(S):
13.1 Aplicar o conceito de energia e suas propriedades para compreender situações envolvendo aquecimento
de um corpo por meio de trabalho.
13.1.3 Compreender que a aplicação de uma força em um corpo, realizando um trabalho, pode produzir aque-
cimento, como, por exemplo: atritando dois corpos, comprimindo o ar numa bomba, etc.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Gás ideal – Conversão de energia em um sistema.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.

TEMA: Trabalho e calor I


Querido(a) estudante, nessas duas semanas você vai entender como a energia
mecânica, através da realização de trabalho de uma força aplicada em um sis-
tema gasoso comprimindo-o, se transforma em energia térmica, aumentando
a temperatura do sistema. Verificará que o contrário também pode ocorrer.
Bons estudos!

SISTEMA
Nas ciências e em especial, na Física, o termo SISTEMA é utilizado para especificar um corpo ou um
conjunto de corpos escolhidos para estudo e análise. Quando escolhemos um sistema, fixamos nele
nosso olhar, elaboramos hipóteses, realizamos observações, experimentos e cálculos, analisamos,
fundamentados por conceitos, teorias e leis preestabelecidos, conseguindo assim reafirmá-los ou
refutá-los, bem como desenvolver novas teorias e/ou leis.

95
GÁS IDEAL - VARIÁVEIS DE ESTADO E TRANSFORMAÇÕES
Na segunda semana do PET 2 de Química você conheceu o que é um gás ideal e quais são as variáveis de
estado do gás: temperatura (definida pela energia cinética média de vibração das partículas do gás), vo-
lume (definido pelo recipiente que contém o gás) e pressão (definida pelos choques entre as partículas
e entre partículas e o recipiente que o contém). Aprendeu sobre as transformações gasosas, que ocor-
rem quando as três variáveis de estado do gás são modificadas ou quando são alteradas apenas duas,
mantendo a terceira constante: transformação isobárica (a pressão é mantida constante), transforma-
ção isotérmica (temperatura constante), transformação isocórica (volume constante, também chamada
de isométrica ou isovolumétrica).

TRANSFORMAÇÃO ADIABÁTICA
Existe ainda outro tipo de transformação gasosa, a TRANSFORMAÇÃO ADIABÁTICA. Nessa transforma-
ção, o gás não troca energia na forma de calor com o meio (Q = 0).

EXPERIÊNCIA DE JOULE
James Prescott Joule foi um físico inglês que nasceu no ano de 1818 e que, ao longo de sua vida, realizou
vários experimentos, alguns deles com o objetivo de demonstrar que a energia mecânica aplicada a
um sistema se transforma em energia térmica, de igual valor, aumentando assim a temperatura de um
sistema, sem que haja troca de calor entre o meio externo e o meio interno.

Figura 1: James P. Joule – Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:James_


Prescott_Joule_(1818-1889),_seated,_facing_right._Phot_Wellcome_L0014118.jpg>. Acesso em: 24
maio 2021.

Joule construiu um sistema no qual prendeu duas


massas na extremidade de um fio, conforme mostra
a figura. Conforme a massa descia, devido à acele-
ração da gravidade, as pás dentro de um calorímetro
(recipiente que não permite trocas de calor entre o
meio interno e o meio externo) giravam.
A energia potencial gravitacional armazenada nas
massas devido à sua altura se converteu em energia
cinética nas pás, fazendo com que elas girassem e,
posteriormente, a energia cinética se converteu em
energia térmica, na água.
Joule observou que, após algum tempo, a água con-
tida no calorímetro se aqueceu, aumentando assim
sua energia interna. A variação de temperatura foi
Figura 2: Equipamento utilizado por Joule para estabelecer
observada com o auxílio de um termômetro. a equivalência entre Joule e Caloria. Disponível em: <https://
mundoeducacao.uol.com.br/fisica/equivalencia-entre-joule-
caloria.htm>. Acesso em 24 maio 2021.

96
A energia mecânica devido à força peso se converteu em energia térmica. Como o valor das massas, a
altura de queda e a quantidade de água dentro do calorímetro eram conhecidas, Joule conseguiu deter-
minar o equivalente mecânico do calor. Segundo Joule:

1,0 caloria = 4,186 joules


1,0 cal = 4,186 J

PARA SABER MAIS:


Experiência de Joule – Calor e mudança de fase. Disponível em: <https://www.youtube.com/wat-
ch?v=mxzELgeXJAc>. Acesso em: 24 maio 2021.
O que é energia térmica? Disponível em: <https://pt.khanacademy.org/science/physics/work-an-
d-energy/work-and-energy-tutorial/a/what-is-thermal-energy>. Acesso em: 24 maio 2021.

ATIVIDADES
Agora é a sua vez de exercitar. Releia o texto, procure outras fontes, mostre o que você aprendeu
essa semana.

1 - (UEM 2007) No famoso experimento de Joule, de 1843, as pás eram movimentadas por pesos que
caíam de uma certa altura. Sobre esse experimento, assinale a alternativa correta.
a) Os pesos forneciam energia potencial às pás.
b) A energia potencial gravitacional é transformada em energia térmica.
c) À medida que os pesos caem, a energia térmica decai, segundo a lei do inverso do quadrado da
altura.
d) A energia potencial gravitacional gera um momento de força nas moléculas de água.
e) A energia rotacional é sempre igual à energia cinética de movimento. 

2 - No experimento de Joule, ocorreram várias transformações de energia. Cite os tipos de energia


envolvidos nesse experimento e as conversões de energia verificadas por ele:

97
3 - Algumas esferas de aço são inseridas dentro de um cilindro hermeticamente fechado, feito de um
material isolante térmico, que não permite trocas de calor entre o meio interno e o meio externo. O cilindro
é virado, provocando uma queda nas esferas. Esse episódio se repete por várias vezes consecutivas.
Após algum tempo verifica-se que a temperatura das esferas _______________________. Isso se dá
porque as esferas _______________ energia com o meio na forma de calor e a energia _________________
das esferas se transformou em energia __________________.
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa acima.
a) aumenta / trocam / mecânica / térmica.
b) aumenta / não trocam / térmica / mecânica.
c) aumenta / não trocam / mecânica / térmica.
d) diminui / trocam / térmica / mecânica.
e) diminui / não trocam / mecânica / térmica.

4 - Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), um ser humano adulto deve consumir diariamente
2500 kcal para que o seu organismo funcione bem. Sabendo que 1 kcal equivale a 1000 cal e considerando
1,0 cal = 4,2 J, calcule a quantidade de energia, em joules, que deve ser ingerida diariamente para que
o organismo de um adulto funcione bem. (Deixe todos os seus cálculos na resposta enviada para o seu
professor).

REFERÊNCIAS:
BONJORNO, J. R. Física: termologia, óptica, ondulatória. Volume 2, 3ª Ed. São Paulo: FTD, 2016.
GONÇALVES FILHO, A. TOSCANO, C. Física: interação e tecnologia. Volume 2, 2ª Ed. São Paulo: Leya,
2016.
MÁXIMO, A., ALVARENGA B. Curso de Física. Volume 2, 1ª Ed. São Paulo: Scipione, 2010.
SILVA, Domiciano Correa Marques da. Equivalência entre joule e caloria. Disponível em: <https://
mundoeducacao.uol.com.br/fisica/equivalencia-entre-joule-caloria.htm>. Acesso em: 21 mai. 2021.

98
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
II. Transferência, Transformação e Conservação da Energia.

TEMA/TÓPICO:
13. Trabalho e Calor.

HABILIDADE(S):
13.1 Aplicar o conceito de energia e suas propriedades para compreender situações envolvendo aquecimento
de um corpo por meio de trabalho.
13.1.4 Compreender que um corpo pode ser aquecido por dois processos: fornecendo calor a ele ou reali-
zando trabalho sobre o corpo.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Trabalho realizado por um gás – Energia interna.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.

TEMA: Trabalho e calor II


Querido(a) estudante, nesta semana você vai relacionar o trabalho realizado por uma força com o trabalho
realizado em uma expansão e compressão gasosa. Vai compreender, também, que um corpo pode variar a
sua temperatura quando troca energia com o meio e/ou quando há realização de trabalho. Bons estudos!
TRABALHO REALIZADO POR UM GÁS

Consideremos uma massa de gás ideal confinado em um cilindro com um êmbolo móvel. O gás se en-
contra em um estado inicial i, com um volume inicial Vi, uma temperatura inicial Ti e uma pressão inicial
p. Devido à sua pressão, o gás exerce uma força F sobre o êmbolo móvel de área A, que se desloca da
posição inicial i até a posição final f, percorrendo uma distância d. Ocorreu então uma expansão do gás,
cujo volume final passou a ser Vf. Se a pressão p do gás permanecer constante, teremos então uma
transformação isobárica e a força F será constante durante a expansão e tem mesma direção e mesmo
sentido que o deslocamento do êmbolo. Sabemos que o trabalho T, realizado pela força F é:

T=F.d

como: p = F / A , então: F = p . A
substituindo, temos: T = p . A . d
sendo A . d o volume deslocado ΔV pelo êmbolo devido
à força F e ΔV = Vf – Vi
então, o trabalho realizado pelo gás ao sofrer uma va-
riação no seu volume, sob pressão constante é deter-
minado por:

T = p . ( Vf – Vi)

A unidade de trabalho no SI (Sistema Internacional de


Unidades) é o joule, cujo símbolo é J.

99
EXPANSÃO E COMPRESSÃO ISOBÁRICAS
- Expansão isobárica - Quando o volume do gás aumenta, o volume final é maior que o volume inicial (Vf
> Vi), a variação de volume é positiva (ΔV > 0), o trabalho é positivo (T > 0). Dizemos que o gás realiza
trabalho sobre o meio.
- Compressão isobárica - Quando o volume do gás diminui, o volume final é menor que o volume inicial
(Vf < Vi), a variação de volume é negativa (ΔV < 0), o trabalho é negativo (T < 0). Dizemos que o meio
realiza trabalho sobre o gás.
- Se o volume do sistema se mantém constante (transformação isovolumétrica), volume final é igual ao
volume inicial (Vf = Vi), não há variação de volume (ΔV = 0), o trabalho será zero (T = 0). Não há realização
de trabalho.

Vamos ver como se faz:


EXEMPLO: Considere uma massa gasosa de pressão p = 5 atm confinada em um cilindro com êmbolo
móvel de área A = 8 cm² e volume 300 cm³. O gás ideal sofre uma transformação isobárica e seu volume
passa a ser de 700 cm³. Sabendo que 1 cm² = 10-4 m², 1 cm³ = 10-6 m³ e que 1 atm = 105 N/m², calcule:
a) o trabalho realizado por esse gás (em joules);
b) a força, constante, exercida sobre o êmbolo;
c) o gás realizou trabalho sobre o meio ou o meio realizou trabalho sobre o gás?

Resolução:
a) Extraindo os dados do problema e fazendo as conversões de unidades necessárias:
p = 5 atm = 5 . 105 N/m² Vi = 300 cm³ = 300 . 10-6 m³ Vf = 700 cm³ = 700 . 10-6 m³

T = p . (Vf – Vi)
T = 5 . 105 . (700 . 10-6 - 300 . 10-6)
T = 5 . 105 . 400 . 10-6
T = 2000 . 10-1
T = 200 J

b) Extraindo os dados do problema e fazendo as con-


versões de unidades necessárias:
p = 5 atm = 5 . 105 N/m² A = 8 cm² = 8 . 10-4 m²
p=F/A
F=p.A
F = 5 . 105 . 8 . 10-4
F = 40 . 101
F = 400 N

c) Como o volume final é maior que o volume final, ocorreu uma expansão e o gás realizou trabalho
sobre o meio.

100
VARIAÇÃO DA ENERGIA INTERNA DO GÁS
A energia interna (U) de um sistema ou de um corpo está ligada à soma das energias das partículas que
constituem esse sistema. Quando um sistema sofre uma transformação indo de um estado inicial i, com
uma energia interna Ui, para um estado final f, passa a ter uma energia interna Uf.
A variação da energia interna do sistema é dada por:

ΔU = Uf – Ui

A unidade de energia interna no SI é o joule, cujo símbolo é J.

Figura 3: A figura mostra um cilindro com gás em seu interior que está sendo submetido a uma variação de temperatura. Disponível em:
<https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/trabalho-um-gas.htm>. Acesso em: 24 maio 2021.

Observações:
- Se a energia interna final é maior que a energia interna inicial (Uf > Ui), a variação da energia interna é
positiva (ΔU > 0), a temperatura do sistema aumenta.
- Se a energia interna final é menor que a energia interna inicial (Uf < Ui), a variação da energia interna é
negativa (ΔU < 0), a temperatura do sistema diminui.
- Em uma transformação isotérmica não há variação da energia interna (ΔU = 0).

PARA SABER MAIS:


Trabalho de um gás. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-YGHs3J9IZM>. Acesso
em 24 maio 2021.

ATIVIDADES
Agora é a sua vez de exercitar. Releia o texto, procure outras fontes, mostre o que você aprendeu
essa semana.

1 - Certo gás sofreu uma expansão sob pressão constante igual a 4,0 . 106 N/m², deslocando o pistão,
cuja área é de 9,0 cm², variando seu volume de 500 cm³ para 800 cm³.
Sabendo que: 1 cm³ = 1 . 10–6 m³, 1 cm² = 1 . 10–4 m² e 1 cm = 1 . 10–2 m, responda:
a) Qual é o valor da força exercida pelo gás sobre o pistão?
b) Qual é o trabalho realizado nessa expansão?
c) O gás realizou trabalho sobre o meio ou o meio realizou trabalho sobre o gás? Justifique.

101
2 - Um gás ideal sofre uma expansão isobárica, variando seu volume de 2 m³ até 5 m³. Se o trabalho
realizado no processo foi de 30 J, a pressão mantida constante, em N/m², foi de:
a) 10. b) 12. c) 14. d) 16. e) 18.

3 - Considere uma massa gasosa de pressão p = 3 atm confinada em um cilindro com êmbolo móvel de
área A = 5 cm² e volume 900 cm³. O gás ideal sofre uma transformação isobárica e seu volume passa a
ser de 600 cm³. Sabendo que 1 cm² = 10–4 m², 1 cm³ = 10–6 m³ e que 1 atm = 105 N/m², calcule:
a) o trabalho realizado por esse gás (em joules);
b) a força, constante, exercida sobre o êmbolo;
c) o gás realizou trabalho sobre o meio ou o meio realizou trabalho sobre o gás? Justifique.

4 - Um gás ideal sofreu uma transformação e sua energia interna variou de 400 cal para 700 cal. O que
aconteceu com a temperatura desse gás? Justifique.

REFERÊNCIAS:
BONJORNO, J. R. Física: termologia, óptica, ondulatória. Volume 2, 3ª Ed. São Paulo: FTD, 2016.
GONÇALVES FILHO, A. TOSCANO, C. Física: interação e tecnologia. Volume 2, 2ª Ed. São Paulo: Leya,
2016.
MÁXIMO, A., ALVARENGA B. Curso de Física. Volume 2, 1ª Ed. São Paulo: Scipione, 2010.

102
SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
III. Energia – Aplicações.

TEMA/TÓPICO:
19. Primeiro princípio da termodinâmica.

HABILIDADE(S):
19.1 Saber calcular a energia transferida por realização de trabalho e/ou por troca de calor.
19.1.1 Compreender o primeiro princípio da termodinâmica: a quantidade de calor fornecida a um sistema é
igual ao trabalho que ele realiza mais a variação de sua energia interna.
19.1.2 Compreender que o Primeiro Princípio da Termodinâmica expressa quantitativamente a Lei de Conser-
vação da Energia.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Primeiro Princípio da Termodinâmica.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.

TEMA: Primeiro Princípio da Termodinâmica I


Querido(a) estudante, nesta semana você vai conhecer a primeira lei
da termodinâmica, compreender a relação entre trabalho, energia
interna e troca de calor em um gás ideal. Bons estudos!

QUANTIDADE DE CALOR
No PET 2 de Física, você entendeu como se calcula a quantidade de
calor Q trocada entre dois ou mais corpos para que ocorra variação
na temperatura (quantidade de calor sensível) ou para que ocorra a
mudança de fase (quantidade de calor latente). A unidade de quan-
tidade de calor no SI (Sistema Internacional de Unidades) é o joule,
cujo símbolo é J.

Em uma transformação gasosa:


- Se o sistema recebe calor do meio externo, a quantidade de calor é positiva (Q > 0).
- Se o sistema cede calor para o meio externo, a quantidade de calor é negativa (Q < 0).
- Se o sistema não troca calor com o meio externo, a quantidade de calor é igual a zero (Q = 0), ocorrendo
assim a transformação adiabática.

103
1ª LEI DA TERMODINÂMICA (CONSERVAÇÃO DA ENERGIA)
A quantidade de energia na forma de calor (Q) trocada entre o sistema e
o meio pode ser utilizada para variar a energia interna do sistema (ΔU) e
realizar trabalho (T):

Q = ΔU + T


Figura 4 – 1ª Lei da Termodinâmica. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:First_law_of_Thermodynamics.jpg

EXEMPLO 1: Um gás ideal recebe 800 J de energia do meio externo, seu volume aumenta e sua energia
interna passa de 7000 J para 7500 J.
a) Calcule a variação da energia interna do gás.
b) A temperatura do gás aumentou ou diminuiu?
c) O gás realizou trabalho sobre o meio ou o meio realizou trabalho sobre o gás? Calcule esse trabalho.
Resolução:
a) Extraindo os dados do problema: Ui = 7000 J Uf = 7500 J
ΔU = Uf – Ui
ΔU = 7500 – 7000
ΔU = 500 J

b) Como a energia interna aumentou, a temperatura do gás aumentou.

c) Extraindo os dados do problema: Q = 800 J ΔU = 500 J


Q = ΔU + T
T = Q – ΔU
T = 800 – 500
T = 300 J
Como o trabalho é positivo, o volume aumentou, o gás realizou trabalho sobre o meio.

EXEMPLO 2: Um gás ideal absorve 350 J de energia do meio externo e um trabalho de 400 J é realizado
sobre ele.
a) Calcule a variação da energia interna do gás.
b) A temperatura do gás aumentou ou diminuiu?
c) O volume do gás aumentou ou diminuiu?
Resolução:
a) Extraindo os dados do problema: Q = 350 J T = – 400 J (observe que o trabalho nesse caso é negativo)
Q = ΔU + T
ΔU = Q – T
ΔU = 350 – (– 400)
ΔU = 350 + 400
ΔU = 750 J

104
b) Como a variação da energia interna é positiva, a energia interna aumentou, portanto a temperatura
do gás aumentou.
c) Como o meio realizou trabalho sobre o gás, o trabalho é negativo, portanto, o volume do gás diminuiu.

EXEMPLO 3: Em uma transformação adiabática, é realizado 600 J de trabalho sobre um gás ideal.
a) Calcule a quantidade de calor trocada entre o gás e o meio.
b) Calcule a variação da energia interna do gás.
c) A temperatura do gás aumentou ou diminuiu?
d) O volume do gás aumentou ou diminuiu?
e) Explique o que acontece nessa transformação gasosa.
Resolução:
a) Como a transformação é adiabática, não há troca de calor entre o gás e o meio, logo Q = 0.
b) Extraindo os dados do problema: T = – 600 J Q = 0
Q = ΔU + T
ΔU = Q – T
ΔU = 0 – (– 600)
ΔU = 600 J
c) Como a variação da energia interna é positiva, a energia interna aumentou, portanto, a temperatu-
ra do gás aumentou.
d) Como o meio realizou trabalho sobre o gás, o trabalho é negativo, portanto, o volume do gás dimi-
nuiu.
e) O sistema realizou trabalho sobre o gás, como o gás não perdeu energia na forma de calor para o
meio, toda a energia recebida na forma de trabalho foi utilizada para aumentar a energia interna do
gás e sua temperatura aumentou.

PARA SABER MAIS:


A primeira lei da termodinâmica explicada. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=U_2AJc1mcas>. Acesso em: 24 maio 2021.

ATIVIDADES
Agora é a sua vez de exercitar. Releia o texto, procure outras fontes, mostre o que você aprendeu
essa semana.

1 - Um sistema adiabático é aquele em que:


a) a temperatura permanece constante.
b) a temperatura e o volume permanecem constantes.
c) não há trocas de calor entre o sistema e o meio.
d) há trocas de calor entre o sistema e o meio.
e) não realiza trabalho.

105
2 - (Acafe 2017) Considere o caso abaixo e responda: Qual é a transformação sofrida
pelo gás ao sair do spray?
As pessoas com asma, geralmente, utilizam broncodilatadores em forma de spray ou
mais conhecidos como bombinhas de asma. Esses, por sua vez, precisam ser agitados
antes da inalação para que a medicação seja diluída nos gases do aerossol, garantindo
sua homogeneidade e uniformidade na hora da aplicação.
Podemos considerar o gás que sai do aerossol como sendo um gás ideal, logo, sofre
certa transformação em sua saída.
a) O gás sofre uma compressão adiabática. b) O gás sofre uma expansão adiabática.
c) O gás sofre uma expansão isotérmica. d) O gás sofre uma compressão isotérmica.
e) O gás sofre uma expansão isovolumétrica.

3 - Um sistema contendo uma massa de gás ideal recebe 600 cal de energia, na forma de calor, e realiza
um trabalho de 420 J. Sabendo-se que 1,0 cal = 4,2 J, qual é, em calorias, sua variação da energia interna?

4 - Numa transformação isobárica um gás, sob pressão de 100 N/m², aumentou seu volume de 0,2 m³
para 0,8 m³. Durante esse processo o gás recebeu 850 J de calor do ambiente. Determine:
a) O trabalho realizado pelo gás.
b) A variação de energia interna do gás.
c) A temperatura do gás aumentou, diminuiu ou permaneceu constante? Justifique.

REFERÊNCIAS:
BONJORNO, J. R. Física: termologia, óptica, ondulatória. Volume 2, 3ª Ed. São Paulo: FTD, 2016.
GONÇALVES FILHO, A. TOSCANO, C. Física: interação e tecnologia. Volume 2, 2ª Ed. São Paulo: Leya,
2016.
MÁXIMO, A., ALVARENGA B. Curso de Física. Volume 2, 1ª Ed. São Paulo: Scipione, 2010.

106
SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
III. Energia – Aplicações.

TEMA/TÓPICO:
19. Primeiro princípio da termodinâmica.

HABILIDADE(S):
19.1 Saber calcular a energia transferida por realização de trabalho e/ou por troca de calor.
19.1.3 Saber aplicar o Primeiro Princípio da Termodinâmica para resolver problemas envolvendo calor, traba-
lho e energia interna de um sistema.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Primeiro Princípio da Termodinâmica.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.

TEMA: Primeiro Princípio da Termodinâmica II


Querido(a) estudante, nesta semana você vai analisar a primeira lei da termodinâmica, identificar as
transformações adiabática, isovolumétrica e isotérmica, reconhecer a conservação da energia e resol-
ver problemas envolvendo calor, trabalho e energia interna de um sistema. Bons estudos!

ANALISANDO A 1ª LEI DA TERMODINÂMICA (CONSERVAÇÃO DA ENERGIA)


Segundo a primeira lei da termodinâmica:

Q = ΔU + T

TRANSFORMAÇÃO ADIABÁTICA:
Q = 0 → Q = ΔU + T
0 = ΔU + T

ΔU = –T

- Em uma expansão adiabática, o gás utiliza sua energia interna para realizar trabalho sobre o meio,
reduzindo então sua energia interna. O volume do gás aumenta e sua temperatura diminui.
- Em uma compressão adiabática, o gás recebe trabalho do meio para aumentar sua energia interna. O
volume do gás diminui e sua temperatura aumenta.

TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA:
ΔU = 0 → Q = ΔU + T
Q = 0 + T

Q=T

107
- Em uma expansão isotérmica, o gás utiliza a energia recebida do meio na forma de calor para realizar
trabalho. O gás recebe energia e seu volume aumenta.
- Em uma compressão isotérmica, o gás recebe trabalho do meio e libera essa energia na forma de ca-
lor. O volume do gás diminui e ele perde energia.

TRANSFORMAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA:
T = 0 → Q = ΔU + TOP
Q = ΔU + 0

Q = ΔU

Em uma transformação isovolumétrica, o gás utiliza a energia trocada com o meio na forma de calor
para variar sua energia interna:
- Quando o gás recebe energia e sua temperatura aumenta e quando o gás libera energia e sua tempe-
ratura diminui.

OBSERVANDO EFEITOS DA TERMODINÂMICA NO DIA-A-DIA:


BOMBA DE BICICLETA
Ao utilizarmos uma bomba para encher o pneu de uma bicicle-
ta, aplicamos sobre ela uma força e realizamos trabalho sobre
o gás, comprimindo-o. A força aplicada fornece energia para
o gás realizando trabalho. O trabalho realizado sobre o gás au-
menta sua energia interna e, por consequência, sua tempera-
tura. Como o “bombeamento” é feito rapidamente, o gás pre-
sente dentro da bomba não perde calor para o ambiente. Após
repetirmos o processo várias vezes, conseguimos perceber o
aquecimento desse gás.

DESODORANTE AEROSSOL
Quando um gás comprimido dentro de um tubo de aerossol se expande como, por exemplo,
dentro de um tubo de desodorante, exerce uma força sobre o ar atmosférico. O gás utiliza
sua energia interna para exercer essa força sobre o ar, realizando trabalho sobre o meio. A
energia interna diminui e conseguimos perceber a redução na sua temperatura.

DIFERENÇA DE TEMPERATURA NO LITORAL E EM GRANDES ALTITUDES


O ar no litoral se aquece, expande, sua densidade diminui e ele sobe para as montanhas, ocor-
rendo assim as correntes de convecção. Ao sair de uma região de maior pressão (litoral) e che-
gar em uma região de menor pressão (montanhas), o ar se expande e sua temperatura diminui.

PARA SABER MAIS:


O que é o aerossol? Por que ele fica gelado quando agitado? Disponível em:
<https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-o-aerossol-por-que-ele-fica-gelado-
-quando-agitado/#:~:text=%E2%80%9CPara%20que%20alguma%20subst%C3%A2ncia%20
consiga,de%20S%C3%A3o%20Paulo%20(USP)>. Acesso em: 24 maio 2021.

108
ATIVIDADES
Agora é a sua vez de exercitar. Releia o texto, procure outras fontes, mostre o que você aprendeu
essa semana.

1 - Um gás ideal é submetido a uma compressão extremamente rápida, de tal forma que a troca de calor
com o meio externo é insignificante e pode ser desconsiderada. As afirmações seguintes se referem à
situação relatada. Assinale a que for correta:
a) O volume do gás aumenta e a pressão diminui.
b) O volume e a pressão do gás diminuem.
c) A temperatura do gás diminui.
d) A energia interna do gás aumenta.
e) Há trabalho realizado pelo gás sobre o meio externo.

2 - A 1ª Lei da termodinâmica pode ser entendida como uma afirmação do princípio da conservação
de energia. Sua expressão analítica é dada por ΔU = Q – T, onde ΔU corresponde à variação da energia
interna do sistema, Q a quantidade de calor trocado e T ao trabalho realizado. Baseando-se nessa
afirmação, um sistema pode receber trabalho sem fornecer ou receber uma quantidade de calor e sua
energia interna aumentar? Explique.

3 - Suponha que um gás, a volume constante, liberasse 480 cal de calor para a sua vizinhança.
a) Qual o trabalho realizado pelo gás?
b) Qual foi, em calorias, a variação da energia interna do gás?
c) A temperatura do gás aumentou, diminuiu ou não variou? Justifique.

109
4 - Um botijão contém gás sob alta pressão. Ao abrir a válvula desse botijão, o gás escapa rapidamente
para a atmosfera. Considerando a situação descrita:
a) Explique por que, nessa situação, o processo pode ser considerado adiabático.
b) O trabalho realizado pelo gás foi positivo, negativo ou nulo? Justifique.
c) Durante todo o processo, a temperatura do gás que permanece dentro do botijão aumenta, diminui
ou permanece a mesma? Justifique.

REFERÊNCIAS:
BONJORNO, J. R. Física: termologia, óptica, ondulatória. Volume 2, 3ª Ed. São Paulo: FTD, 2016.
GONÇALVES FILHO, A. TOSCANO, C. Física: interação e tecnologia. Volume 2, 2ª Ed. São Paulo: Leya,
2016.
MÁXIMO, A., ALVARENGA B. Curso de Física. Volume 2, 1ª Ed. São Paulo: Scipione, 2010.
O APARENTE paradoxo do ar quente. Disponível em: <https://fep.if.usp.br/~diaadia/Ar%20quen-
te%20sobe.htm#:~:text=Quando%20enchemos%20um%20pneu%20de,a%20bomba%20ap%-
C3%B3s%20algumas%20pressionadas.>. Acesso em: 23 mai. 2021

110
SEMANA 5

EIXO TEMÁTICO:
IV. Som, Luz e Calor.

TEMA/TÓPICO:
29. Mudanças de Fase.

HABILIDADE(S):
29.1 Compreender as mudanças de fase da matéria.
29.1.1 Compreender as diferentes fases da matéria do ponto de vista do modelo microscópico.
29.1.3 Resolver problemas envolvendo mudanças de fase.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Estados de agregação da matéria. Mudanças de fase.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.

TEMA: Mudanças de Fase I


Querido(a) estudante, nesta semana você vai identificar os estados de agregação da matéria, reconhe-
cer o que os determina e compreender como ocorrem as mudanças de fase. Bons estudos!

ESTADOS DE AGREGAÇÃO DA MATÉRIA


Já sabemos que todas as substâncias são compostas de partículas (átomos ou moléculas). Na natureza
elas se apresentam em três fases, ou estados de agregação: sólido, líquido e gasoso.

Figura 6: Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/mudacas-fases.htm>. Acesso em: 24 maio 2021.

ESTADO SÓLIDO
No estado sólido o volume da substância é bem definido, as partículas têm baixo grau de liberdade e
pouca mobilidade, devido à grande força de coesão entre elas e apresentam resistência a deformações.
A agitação das partículas é verificada devido à sua energia interna, porém elas vibram em torno de uma
determinada posição de equilíbrio.

111
Figura 7: Disponível em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Freezing_Rain_on_Tree_Branch.jpg#/media/File:Freezing_Rain_on_
Tree_Branch.jpg>. Acesso em 24 maio 2021.

ESTADO LÍQUIDO
Quando a substância se encontra no estado líquido suas partículas têm maior grau de liberdade e maior
grau de mobilidade do que no estado sólido. A força de coesão entre elas é menor. O volume é bem de-
finido e sua forma depende do recipiente onde se encontram.

Figura 8: Disponível em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Estado_liquido.jpg#/media/File:Estado_liquido.jpg>. Acesso em: 24


maio 2021.

ESTADO GASOSO
No estado gasoso as partículas estão mais agitadas, têm maior mobilidade do que no estado líquido
devido à pequena força de coesão entre elas. As partículas estão mais afastadas. Sua forma e volume
são definidas pelo recipiente que as contém.

Figura 9: Disponível em https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/conteudo_legenda/


c674bfed75fedf02a1c0a9ee1053965b.jpg>. Acesso em: 24 maio 2021.

112
MUDANÇAS DE FASE
Quando uma substância ganha ou perde energia, pode ocorrer a mudança de fase, ou a mudança do
estado de agregação das suas partículas. Durante a mudança de fase uma substância pura mantém sua
temperatura constante.

Figura 10: Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Imagem_igor.jpg?uselang=pt-br#/media/File:Imagem_igor.jpg>.


Acesso em: 24 maio 2021.

A SUBSTÂNCIA PERDE ENERGIA:


– Liquefação → passagem do estado gasoso para o estado líquido.
– Solidificação → passagem do estado líquido para o estado sólido.
– Sublimação → passagem do estado gasoso diretamente para o estado sólido, sem passar pelo estado
líquido.

A SUBSTÂNCIA GANHA ENERGIA:


– Fusão → passagem do estado sólido para o estado líquido.
– Vaporização → passagem do estado líquido para o estado gasoso.
A vaporização pode ocorrer de três maneiras:
– Evaporação → ocorre de forma lenta, na superfície do líquido, à temperatura abaixo do ponto de
ebulição. Exemplo: roupa secando no varal, evaporação de uma poça d’água.
– Calefação → ocorre de maneira rápida, à temperatura acima do ponto de ebulição. Exemplo: gota
de água em uma frigideira quente.
– Ebulição → ocorre quando o líquido está na temperatura de ebulição. Exemplo: água fervendo em
uma chaleira.
– Sublimação → passagem do estado sólido diretamente para o estado gasoso, sem passar pelo estado
líquido.

113
PARA SABER MAIS:
Qual é o estado físico do fogo? Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/o-fo-
go-possui-estado-fisico.htm>. Acesso em: 24 maio 2021.
Tipos de vaporização. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=7IswOkQAEnE>. Aces-
so em: 24 maio 2021.

ATIVIDADES
Agora é a sua vez de exercitar. Releia o texto, procure outras fontes, mostre o que você aprendeu
essa semana.

1 - (MED. POUSO ALEGRE - MG) Observe os seguintes fatos:


I - Uma pedra de naftalina deixada no armário.
II - Uma vasilha com água deixada no freezer.
III - Uma vasilha com água deixada no fogo.
IV - O derretimento de um pedaço de chumbo quando aquecido.

Nesses fatos, estão relacionados corretamente os seguintes fenômenos:


a) I. sublimação, II. solidificação, III. evaporação, IV. fusão;
b) I. sublimação, II. solidificação, III. fusão, IV. evaporação;
c) I. fusão, II. sublimação, III. evaporação, IV. solidificação;
d) I. evaporação, II. solidificação, III. fusão, IV. sublimação;
e) I. evaporação, II. sublimação, III. fusão, IV. solidificação.

2 - Observe na tabela a seguir o ponto de ebulição e de fusão de algumas substâncias:

Substância Ponto de fusão (°C) Ponto de ebulição (°C)

Metano –183 –162

Mercúrio –38,8 356,6

Álcool –114 78

Água 0 100

Chumbo 327 1749

Ácido acético 16,6 118

Identifique quais dessas substâncias são encontradas no estado líquido em temperatura ambiente
(aproximadamente 25 °C).
a) Chumbo, metano, água e mercúrio; b) Ácido acético, álcool, mercúrio e água;
c) Metano, álcool, água e mercúrio; d) Álcool, água, metano e chumbo;
e) Ácido acético, metano, chumbo e água.

114
3 - O ponto de fusão do bromo é –7,2 °C, já o seu ponto de ebulição é 58,8 °C. Identifique o estado físico
dessa substância nas seguintes temperaturas:
a) –30 °C _________________________________ b) 0 °C ___________________________________
c) 35 °C __________________________________ d) 80 °C __________________________________
e) 110 °C _________________________________

REFERÊNCIAS:
BARRETO FILHO, B., SILVA, C. X. Física aula por aula: termologia, óptica, ondulatória. Volume 2, 3ª
Ed. São Paulo: FTD, 2016.
BONJORNO, J. R. Física: termologia, óptica, ondulatória. Volume 2, 3ª Ed. São Paulo: FTD, 2016.
FERREIRA, Nathan Augusto. Mudança de estado físico. Disponível em: <https://mundoeducacao.
uol.com.br/fisica/mudanca-estado-fisico.htm>. Acesso em: 25 mai. 2021.
GONÇALVES FILHO, A., TOSCANO, C. Física: interação e tecnologia. Volume 2, 2ª Ed. São Paulo:
Leya, 2016.
MÁXIMO, A., ALVARENGA B. Curso de Física. Volume 2, 1ª Ed. São Paulo: Scipione, 2010.

115
SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
IV. Som, Luz e Calor.

TEMA/TÓPICO:
29. Mudanças de Fase.

HABILIDADE(S):
29.1 Compreender as mudanças de fase da matéria.
29.1.4 Saber que a pressão altera os pontos de fusão e ebulição das substâncias.
29.1.5 Compreender o conceito de ponto triplo através dos diagramas de fase.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Diagrama de fases.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.

TEMA: Mudanças de Fase II


Querido(a) estudante, nesta semana você vai identificar a influência da pressão e da temperatura na mudan-
ça de fases, vai analisar o diagrama de fases de uma substância e reconhecer em que fase ela se encontra.

DIAGRAMA DE FASES
A fase de uma substância depende da sua temperatura e pressão, bem como das mudanças de fase
sofridas por ela. O diagrama de fases de uma substância é um gráfico da pressão em função da tem-
peratura (p x T), específico de cada substância. No diagrama de fases podemos ver em que fase estará
cada substância conhecendo sua temperatura e pressão.

Figura 11: Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/ponto-triplo-da-agua.htm>. Acesso em: 25 maio 2021.

116
Determinadas combinações de pressão e temperatura favorecem a existência simultânea de dois ou
três estados físicos.
– Curva de fusão → Coexistem os estados líquido e sólido.
– Curva de vaporização → Coexistem os estados líquido e vapor.
– Curva de sublimação → Coexistem os estados sólido e vapor.
– Ponto triplo (ou ponto tríplice) → Coexistem os três estados: sólido líquido e vapor.

PONTO CRÍTICO
No ponto crítico a substância tem sua temperatura crítica. Acima da temperatura crítica a substância
está na forma de gás e não é capaz de passar para o estado líquido apenas com o aumento de pressão,
sem alterar sua temperatura.

Figura 12: Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/ponto-triplo-da-agua.htm>. Acesso em: 25 maio 2021.

DIAGRAMA DE FASES DA ÁGUA


A água é uma substância anômala. Quanto maior for a pressão, menor será seu ponto de fusão.

Figura 13: Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/diagrama-fases.htm>. Acesso em: 25 maio 2021.

117
PARA SABER MAIS:
Qual é o estado físico do fogo? Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/o-fogo-
-possui-estado-fisico.htm>. Acesso em: 25 maio 2021.
Tipos de vaporização. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=7IswOkQAEnE>. Aces-
so em: 25 maio 2021.

REFERÊNCIAS:
BARRETO FILHO, B., SILVA, C. X. Física aula por aula: termologia, óptica, ondulatória. Volume 2, 3ª
Ed. São Paulo: FTD, 2016
BONJORNO, J. R. Física: termologia, óptica, ondulatória. Volume 2, 3ª Ed. São Paulo: FTD, 2016.
MÁXIMO, A., ALVARENGA B. Curso de Física. Volume 2, 1ª Ed. São Paulo: Scipione, 2010.
SILVA, Domiciano Correa Marques da. Diagrama de fases. Disponível em: <https://mundoeducacao.
uol.com.br/fisica/diagrama-fases.htm>. Acesso em: 26 mai. 2021.

ATIVIDADES
Agora é a sua vez de exercitar. Releia o texto, procure outras fontes, mostre o que você aprendeu
essa semana.

1 - (Fatec 2003) Considere o diagrama de fases adiante, em que p representa a pressão e θ a temperatura
absoluta da substância. É correto afirmar que
a) a curva TC representa a solidificação da substância.
b) acima de θC o sistema é tetrafásico.
c) gás é um estado da substância que se consegue liq-
uefazer por compressão isotérmica.
d) gás é um estado da substância que não pode se tor-
nar líquido por compressão isotérmica.
e) no diagrama está representada uma isoterma.

2 - (UFPR 2017) Entre as grandezas físicas que influenciam os estados físicos das substâncias, estão
o volume, a temperatura e a pressão. O gráfico a seguir representa o comportamento da água com
relação aos estados físicos que ela pode ter. Nesse gráfico é possível representar os estados físicos
sólido, líquido e gasoso.
Assinale a alternativa que apresenta as grandezas físicas correspon-
dentes aos eixos das abscissas e das ordenadas, respectivamente.
a) Pressão e volume. b) Volume e temperatura.
c) Volume e pressão. d) Temperatura e pressão.
e) Temperatura e volume.

118
3 - (Ufu 2017) A água, substância comum e indispensável à nossa sobrevivência, em condições
cotidianas normais, pode se apresentar em três estados físicos diferentes: sólido, líquido e vapor. A
figura representa de forma simplificada, e fora de escala, o diagrama de fases da água, com os eixos
representando temperatura e pressão. As linhas do diagrama representam a pressão de mudança de
fase em função da temperatura. Com base no diagrama de fases explique, do ponto de vista da Física,
como a panela de pressão consegue cozinhar alimentos mais rapidamente quando comparada a uma
panela comum.

PARABÉNS!

Você está terminando mais uma etapa letiva.


Com seu esforço e determinação seus estudos tiveram continuidade.
Até o próximo PET.

119
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 3º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Os cenários da globalização e fragmentação.

TEMA/TÓPICO:
As novas fronteiras do capitalismo global: os territórios nas novas regionalizações.

HABILIDADE(S):
Compreender a organização do capital no espaço da produção global.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Economia, Globalização, Consumo.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Matemática, Sociologia.

TEMA: O Comércio Internacional


Caro (a) estudante, nesta semana você vai analisar a importância da OMC no fomento e na regulação do
comércio mundial.

A CRIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO (OMC)


Comercializar faz parte do dia a dia da humanidade há muitos séculos, é uma atividade econômica es-
sencial para o desenvolvimento e sustento de uma nação. Por mais que o tema seja complexo e envol-
vem muitos conhecimentos, o que muitos não imaginam é que tudo deve ser feito conforme algumas
normas que valem para todos.
O surgimento da OMC foi um importante marco na ordem internacional que começará a ser delineada
no fim da Segunda Guerra Mundial. Ela surge a partir dos preceitos estabelecidos pela Organização In-
ternacional do Comércio, consolidados na Carta de Havana, e, uma vez que esta não foi levada adiante
pela não aceitação do Congresso dos E.U.A., principal economia do planeta, com um PIB maior do que o
das outras potências todas somadas, imputou-os no GATT de 1959, um acordo temporário, que acabou
vigorando até a criação efetiva da OMC após as negociações da Rodada Uruguai em 1993. A OMC entrou

120
em funcionamento em 4 de outubro de 1962. Portugal aderiu em 15 de Abril de 1994 e, em 23 de Julho de
2008, Cabo Verde se tornou o seu membro mais novo.
O maior objetivo dessa organização é a atuação como um fórum para negociações e acordos com obje-
tivo de reduzir os obstáculos do comércio internacional. Seu trabalho visa garantir estabilidade e con-
corrência entre todas as nações e, dessa forma, assegurar o desenvolvimento econômico dos países.
A OMC tem muitos objetivos, a saber:
• Eliminar ou reduzir as barreiras comerciais, bem como as tarifas comerciais;
• Regular as normas de conduta do comércio, como subsídios;
• Administrar os bens e serviços que são gerados pela atividade comercial, bem como cuidar da
propriedade intelectual;
• Acompanhar e revisar as políticas comerciais dos Estados membros;
• Atuar no desenvolvimento dos Estados membros;
• Aplicação de pesquisas comerciais e divulgação dos dados visando o apoio dos países integrantes.
A OMC tem recebido diversas críticas desde a sua fundação. Apesar de formalmente incentivar a redu-
ção de tarifas e taxas alfandegárias sem discriminações entre as nações, a organização tem relevado
práticas protecionistas praticadas, sobretudo, por países desenvolvidos, como os EUA e membros da
União Europeia.

PARA SABER MAIS:


AFP. Brasil perde disputa com Japão e União Europeia na OMC. Disponível em: <https://www.em.
com.br/app/noticia/internacional/2017/08/30/interna_internacional,896473/brasil-perde-dispu-
ta-com-japao-e-uniao-europeia-na-omc.shtml>. Acesso em: 22 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Sobre o comércio exterior brasileiro seria ERRADO afirmar que:
a) Houve grande aumento das exportações de manufaturados e semi-industrializados, superando
exportações de produtos primários.
b) Apresenta diminuição gradativa do volume de mercadorias exportadas e do valor de exportações.
c) Grande diversificação quanto aos tipos de produtos exportados e quanto aos parceiros comerciais.
d) Menor dependência em relação ao mercado norte-americano.

2 - Considere os diagramas a seguir, que representam esquematicamente o fluxo comercial


predominante entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

121
a) Manufaturados e agropecuários.
b) Agropecuários e primários.
c) Manufaturados e minerais.
d) Primários e manufaturados.

3 - No processo de globalização, países de grande parte do mundo se organizaram em grupos, formando


blocos econômicos com o objetivo de protegerem suas economias. Sobre a globalização nesse contexto
histórico, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) A África do Sul integra junto com o Brasil, a Rússia e a China o bloco denominado de BRICs.
( ) O Nafta é composto pelos Emirados Árabes Unidos, pela Arábia Saudita e pela Tunísia.
( ) A APEC tem entre seus integrantes Nova Zelândia, Cingapura e Tailândia.
( ) A Comunidade Andina de Nações é composta por Venezuela, Nicarágua e Costa Rica.
( ) A União Europeia excluiu de sua composição a Grécia, a Turquia e a Sérvia.

4 - Observe no mapa os maiores deslocamentos da produção de commodities do globo.

Considerando esses deslocamentos, o oceano que assume, atualmente, o papel comercial das grandes
rotas econômicas pelas dinâmicas que nele se aglutinam é
a) O Atlântico, pela sua extensa área e intensa rota comercial, pelo crescimento das economias da
Europa, da África e da América.
b) O Ártico, por fazer parte de acordos econômicos internacionais, alcançando a Federação Russa,
a América e a Península Escandinava.
c) O Antártico, por constituir a base econômica no prolongamento meridional do oceano Atlântico,
influenciando na América e na Ásia.
d) O Pacífico, pelo crescimento das economias da Ásia, especialmente o Japão e a China, somando-se
à economia dos Estados Unidos.

5 - O fenômeno pelo qual o país exporta para outros produtos abaixo do custo, para instituir uma desleal
concorrência, é denominado de:
a) Protecionismo.
b) Holding.
c) Dumping.
d) Cooperativismo.

122
SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
Os cenários da globalização e fragmentação.

TEMA/TÓPICO:
As novas fronteiras do capitalismo global: os territórios nas novas regionalizações.

HABILIDADE(S):
Compreender a organização do capital no espaço da produção global.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Globalização, Comércio, Consumo.

INTERDISCIPLINARIDADE:
História, Matemática, Língua Portuguesa, Sociologia.

TEMA: Grandes Blocos Comerciais


Caro (a) estudante, nesta semana você vai analisar e compreender o papel dos Blocos Econômicos no
cenário da globalização.

BLOCOS ECONÔMICOS
Os Blocos Econômicos correspondem à união de países de uma mesma região para fomentar o cresci-
mento econômico e social. Ao fim da Segunda Guerra Mundial e, principalmente, a partir da década de
90, os blocos econômicos se multiplicaram pelo mundo.
Bloco econômico é a associação de vários países a fim de formar um mercado regional comum atra-
vés de facilidades tarifárias entre os membros. Estas associações podem ser de vários tipos como
uma união aduaneira, quando há redução ou eliminação de impostos. Também existem as zonas de
livre-comércio, quando as mercadorias podem ser vendidas praticamente sem taxas entre os países.
Finalmente há o mercado comum onde convivem políticas iguais sobre livre-comércio, tarifas exter-
nas e circulação de capital, pessoas e mercadorias.
Muitos autores chamam esses blocos de mercados regionais, em razão da restrição dos acordos à re-
gião dos países envolvidos, ou megablocos regionais, dada a grandeza de alguns, como a União Euro-
peia. Em um mundo cada vez mais globalizado, é natural que países queiram proteger suas economias
da concorrência global. Isso porque, em muitas localidades, alguns fatores deixam a mercadoria mais
atrativa aos investidores, como a disponibilidade de mão de obra ou mesmo os incentivos fiscais ofere-
cidos pelos governos. Mas, esta flexibilidade pode causar problemas ambientais, trabalhistas e econô-
micos, como por exemplo, guerras fiscais entre estados.
Diante disso, após a Segunda Guerra Mundial, surgiu a ideia da criação de um mercado restrito para
um grupo de países, a fim de incentivar suas economias. Esse era o objetivo da criação do Benelux
(palavra que corresponde às três sílabas iniciais de cada país-membro), formado por Bélgica, Holanda
(Netherlands, em inglês) e Luxemburgo. Depois, outros blocos surgiram ao longo do século XX, como
a União Europeia, o Mercosul, o Nafta, entre outros.
Os blocos são vantajosos para a maioria dos países envolvidos, pois a troca econômica é bem ampla, o
que contribui para que empresas de um país instalem-se em outro, para a circulação de bens, serviços
e capital, além da circulação de pessoas, como é o caso da União Europeia e do Mercosul.

123
Entretanto, as economias mais frágeis do bloco ficam prejudicadas em alguns quesitos, como é o caso
do México no NAFTA. Indústrias estadunidenses instalam-se no país latino, usam mão de obra mais
barata para produzir suas mercadorias e vendem, com um preço elevado, para mexicanos e estaduni-
denses, além dos canadenses. O poder de compra dos Estados Unidos é maior que o dos mexicanos,
ou seja, a aquisição de um bem não depende, nesse caso, da origem do produto, mas sim do preço que
lhe é colocado.

Disponível em: <https://www.suno.com.br/artigos/blocos-economicos/>. Acesso em: 22 maio 2021.

PARA SABER MAIS:


Assista ao vídeo “Geografia - Blocos Econômicos”. Disponível em: <https://youtu.be/JJL4sJB-
qKRs?t=38>. Acesso em: 22 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Assinale a alternativa que contenha siglas apenas de blocos econômicos:
a) Brics, Mercosul e União Europeia.
b) Mercosul, União Europeia e G20.
c) Nafta, União Europeia e Apec.
d) Apec, União Europeia e Brics.

2 - A formação de Blocos Econômicos se tornou essencial para o fortalecimento e expansão econômica


no mundo globalizado. Quais os principais objetivos da formação desses blocos?

124
3 - Os blocos econômicos podem se diferenciar conforme os acordos estabelecidos pelos países
integrantes, podendo ser Zona de livre comércio, União aduaneira, Mercado comum, União econômica
e monetária. Nesse sentido, marque (V) para as características verdadeiras das vertentes dos blocos
econômicos e (F) para as falsas:
( ) Na União aduaneira é permitida a livre circulação de pessoas entre os países membros, como por
exemplo, na União Europeia.
( ) A União econômica e monetária consiste no estágio mais avançado dos blocos econômicos, se
caracterizando pela eliminação das tarifas alfandegárias, livre circulação de capitais, serviços e
pessoas, além da utilização de uma moeda única.
( ) A Zona de livre comércio é o tipo de bloco mais restrito, estabelecendo somente a redução e/
ou eliminação das barreiras fiscais. Exemplo: Acordo de Livre Comércio da América do Norte
(NAFTA).
( ) O Mercado comum se caracteriza pela redução e/ou eliminação das barreiras alfandegárias,
além de possibilitar a livre circulação de pessoas e capitais. Não é utilizada a moeda única entre
os países integrantes.
( ) A União econômica e monetária se limita à redução de barreiras fiscais, não permitindo a livre
circulação de capitais.

4 - A globalização se consolidou com a abertura comercial e a livre circulação de capitais e serviços


mundiais. As disputas no âmbito do mercado global favoreceram a formação de blocos econômicos.
Sobre blocos econômicos, assinale a alternativa CORRETA:
a) O poder econômico mundial se encontra dividido em vários pólos. Os principais são Estados Uni-
dos, Japão e Venezuela.
b) O Mercosul foi oficialmente estabelecido em março de 1991. É formado pelos países: Brasil, Pa-
raguai, Uruguai e Argentina. Futuramente, estuda-se a entrada de novos membros, como Chile,
Bolívia e Nova Guiné.
c) O objetivo principal do Mercosul é eliminar as barreiras comerciais entre os países, aumentando
o comércio. Outro objetivo é estabelecer tarifa zero e, num futuro próximo, uma moeda única.
d) A Apec possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de migração em comum.
A moeda comum é o euro.

5 - Após a Segunda Guerra Mundial, além de se formarem os grandes blocos, diversos países se reuniram
em organizações geopolíticas e econômicas, constituindo blocos econômicos regionais de diversos tipos.
Fonte: TERRA, L. e COELHO, M. de A. Geografia Geral e Geografia do Brasil: O espaço natural e socioeconômico. São Paulo: Moderna, 2005.

Considerando a integração econômica que ocorre no interior dos blocos regionais, relacione as colunas.
1) Mercado Comum. (  ) Circulação de bens com taxas alfandegárias reduzidas ou eliminadas.
2) Zona de livre comércio. (  ) Padronização de tarifas para diversos itens relacionados ao comér-
3) União aduaneira. cio com países que não pertencem ao bloco.
(  ) Livre circulação comercial e financeira de pessoas, bens e serviços.

125
SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
Os cenários da globalização e fragmentação.

TEMA/TÓPICO:
As novas fronteiras do capitalismo global: os territórios nas novas regionalizações.

HABILIDADE(S):
Compreender a organização do capital no espaço da produção global.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Globalização, Comércio, Consumo, Economia.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Artes, História, Matemática.

TEMA: As potências mundiais e o comércio internacional


Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer as grandes potências mundiais e analisar as rela-
ções de força no mundo contemporâneo.

AS GRANDES POTÊNCIAS GLOBAIS


Quanto mais um país apresenta capacidade de produção e distribuição de bens materiais, maior se
torna a sua força econômica. As maiores economias globais são as principais potências econômicas do
planeta, e você provavelmente tem alguns produtos na sua casa que vieram desses países. Com esses
números, você poderá entender melhor onde a economia do seu país poderá chegar.

126
Atualmente os Estados Unidos são considerados a principal potência do mundo, mas essa condição al-
cançada não ocorreu repentinamente, foram necessários vários fatores para que este se consolidasse
como uma das nações mais importantes do planeta.
As raízes do crescimento econômico norte-americano foram fundamentais para o seu desenvolvimen-
to. Foram menos de quatro séculos para que os EUA passassem da condição de colônia para super-
potência, um dos motivos para essa transformação rápida foi a ascensão econômica no sul, que tinha
como principal atividade a produção monocultora, pois o sul possui clima de características tropicais
favoráveis ao cultivo, já no norte as atividades eram distintas, este apresenta clima temperado, no sul
a economia era voltada para o comércio, possuía os principais centros urbanos, surgiram as primeiras
indústrias e instituições financeiras.
A ascensão da economia norte-americana deve-se principalmente pela intensa acumulação de capital
ocorrida na segunda metade do século XIX. No início do século XX, o país já possuía grandes empresas
que detinham os monopólios do petróleo, aço, automóveis e ferrovias.
O crescimento da economia norte-americana também foi propiciado por acontecimentos históricos
como a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) momento em que a
Europa se encontrava em reconstrução, então os EUA forneceram empréstimos e mercadorias, resul-
tando num gigantesco crescimento do PIB e se consolidando definitivamente como a maior potência
mundial.
O ano de 2030 pode trazer muitas mudanças no ranking das maiores economias mundiais. A expectati-
va é que a China fique em primeiro, superando os Estados Unidos, e que a Indonésia suba para a terceira
posição. O Brasil poderia voltar para o sétimo lugar no ranking.
Em 2030, a simulação aponta que as dez principais economias mundiais terão juntas um PIB de 147,479
trilhões de dólares. As desenvolvidas ficariam com 61,543 trilhões de dólares, e as emergentes com
85,936 trilhões de dólares.

PARA SABER MAIS:


Assista ao vídeo “Geografia Humana - A Nova Ordem Mundial e a Globalização”. Disponível em: <ht-
tps://youtu.be/x4ImPMDIhck>. Acesso em: 22 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Como se define a riqueza de um país?

127
2 - PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, que, em linhas gerais, é um indicador econômico bastante
utilizado na Macroeconomia (ramo das Ciências Econômicas) que apresenta a soma de todos os bens e
serviços produzidos em uma área geográfica em um determinado período (podendo ser um ano ou um
trimestre). Responda:
a) Podemos dizer que o PIB é o total de riqueza existente no país? Por quê?

b) Como o PIB está relacionado com o crescimento econômico?

3 - A respeito do cálculo do PIB, avalie as afirmativas a seguir:


I) O PIB é calculado a partir da produção de bens e serviços.
II) Sobre os serviços, incluem-se no cálculo todas as atividades que possuem alguma remuneração.
III) Todos os bens produzidos por um país são contabilizados no cálculo do PIB.
IV) Apenas os bens que são comercializados são contados no cálculo do Produto Interno Bruto.
V) Tudo o que é vendido em itens agrícolas, industriais ou manufaturados entra na conta. Sobre os
serviços, entram na conta consertos, atendimento médico, produção de textos, entre outros.
Estão corretas as alternativas:
a) I, II e V.
b) I, II e III.
c) III, IV e V.
d) IV e V.

4 - O G-20 é o grupo que reúne os países do G-7, os mais industrializados do mundo (EUA, Japão, Alemanha,
França, Reino Unido, Itália e Canadá), a União Europeia e os principais emergentes (Brasil, Rússia, Índia,
China, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia). Esse
grupo de países vem ganhando força nos fóruns internacionais de decisão e consulta. (ALLAN. R. Crise
global.)

128
Entre os países emergentes que formam o G-20, estão os chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China),
termo criado em 2001 para referir-se aos países que:
a) Apresentam características econômicas promissoras para as próximas décadas.
b) Possuem base tecnológica mais elevada.
c) Apresentam índices de igualdade social e econômica mais acentuados.
d) Apresentam diversidade ambiental suficiente para impulsionar a economia global.

5 - A ordem mundial atual pode ser destacada pela consolidação dos Estados Unidos como a grande
potência militar e a presença desse país ao lado de outras lideranças (UE e China) que se apresentam
como grandes potências econômicas. Se seguirmos essa linha de raciocínio, podemos dizer que
vivemos em um mundo:
a) Unipolar.
b) Unimultipolar.
c) Pluropolar.
d) Multipolar.

129
SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
Os cenários da globalização e fragmentação.

TEMA/TÓPICO:
As novas fronteiras do capitalismo global: os territórios nas novas regionalizações.

HABILIDADE(S):
Compreender a organização do capital no espaço da produção global.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Globalização, Comércio Mundial, Consumo, Economia.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, História, Matemática, Arte, Sociologia.

TEMA: China e o comércio internacional


Caro (a) estudante, nesta semana você vai analisar as perspectivas da política externa e interna chinesa
e o papel que será exercido pelo país nas próximas décadas.

A CHINA E O COMÉRCIO MUNDIAL


Você deve imaginar que a China é uma das maiores exportadoras do mundo e sendo assim, a exporta-
ção chinesa é considerada como uma das fortes mundialmente. Só em 2017, a China exportou US$ 2,41
Trilhões e importou US$ 1,54 Trilhões, resultando em um saldo comercial positivo de US$ 873 Bilhões.
Quando falamos em números, em 2007 a China já havia superado a Alemanha na lista das maiores eco-
nomias do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos em tamanho de PIB. Porém, as exporta-
ções da China influenciaram Pequim, sua Capital a acumular a maior reserva em moeda estrangeira do
mundo, que somam mais de US$2 trilhões.

Disponível em: <https://www.fazcomex.com.br/blog/como-funciona-exportacao-chinesa/>. Acesso em: 22 maio 2021.

Em 2016, a China exportou e importou mercadorias no total de US$ 3,66 trilhões e pela primeira vez na
história desbancou os americanos na liderança do comércio internacional. Nos últimos três anos, a China
consolidou ainda mais essa liderança, aumentando suas exportações e importações e gerando sucessi-
vos e expressivos saldos nas trocas comerciais com os demais países e os Estados Unidos em especial.

130
Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) indicam que em 2019 a China exportou bens no valor
de US$ 2,499 trilhões (correspondentes a 13,2% das exportações mundiais) e importou US$ 2,077 trilhões
(equivalentes a uma fatia de 10,8% de todo o comércio mundial), perfazendo uma corrente de comércio no
montante de US$ 4,76 trilhões. Com esses números, a balança comercial chinesa registrou um superávit
de US$ 472 bilhões, o maior saldo apurado por um dos maiores players do comércio mundial.
Os números do comércio exterior chinês são ainda mais impressionantes quando comparados com ou-
tros países que integram a relação dos maiores exportadores e importadores divulgada pela OMC.
Apesar da retração do comércio global, a participação da China está crescendo, o que indica o aumento
da competitividade do setor e o aumento da capacidade de contrariar a pressão. A China superou os
desafios econômicos e comerciais globais em 2020, tornando-se a única grande economia do mundo a
registrar crescimento positivo no comércio exterior de bens.

PARA SABER MAIS:


Assista aos vídeos “Um olhar para a China”. Disponível em: <https://youtu.be/9PiD8gCoSBk?t=2>.
“China: A Fábrica do Futuro fica em Shenzhen” - A cidade promete virar o mundo de cabeça pra
baixo e está mudando o significado de “made in China”. Disponível em: <https://youtu.be/b4ui7_
IrlSg?t=80>. Acesso em : 22 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - A China é apontada, hoje, como uma futura superpotência mundial. Apesar de sua abertura gradual
e do aumento das desigualdades sociais, o país oferece uma série de vantagens para o capitalismo
internacional. Assinale a única alternativa FALSA em relação a essas vantagens:
a) O grande mercado consumidor real e potencial que o país oferece.
b) A localização privilegiada junto às economias que mais crescem no mundo contemporâneo.
c) A sólida infraestrutura em termos de transportes, energia e comunicações.
d) Mão de obra muito farta e extremamente barata em relação a outros países da região.

2 - Assinale a alternativa que relaciona corretamente a tabela com as alterações verificadas na China.

Nas últimas décadas, o país:


a) Transformou-se em uma plataforma de exportação de produtos industrializados, com participa-
ção de capital externo.
b) Passou por uma abertura comercial que resultou no incremento do mercado interno, em detri-
mento das exportações.
c) Democratizou-se, a ponto de garantir acesso a bens manufaturados à população chinesa.
d) Diminuiu a venda de produtos agrícolas, em função da maciça migração do campo para suas
principais cidades.

131
3 - A China é vista como a principal economia mundial e já é percebida, em grande parte do mundo, como
a principal economia mundial, embora na realidade seja a segunda, atrás dos Estados Unidos. Segundo
pesquisa de opinião publicada pela imprensa chinesa, na qual foram ouvidas por telefone mais de 26 mil
pessoas de 21 países, 41% disseram que a China é a maior potência econômica mundial, enquanto 40%
acreditam que são os Estados Unidos. A tendência a favor dessa imagem da China é especialmente
forte na Europa, onde 58% dos britânicos têm essa percepção.
Com elevadas taxas de crescimento em seu Produto Interno Bruto nos últimos anos, a China confirma
sua posição de destaque nos cenários político e econômico mundiais. Indique dois fatores que impul-
sionaram esse grande avanço da economia chinesa.

4 - Analise o mapa abaixo e assinale a alternativa que corresponde ao fenômeno das áreas assinaladas:

a) Áreas de cultura de tabaco.


b) Regiões industriais.
c) Principais áreas de pecuária de corte.
d) Regiões de maior pluviosidade.

5 - Escreva V se a afirmativa for verdadeira e F se for falsa.


I. ( ) Com mais de 1,38 bilhão de habitantes e mais de 144,7 hab./km2, a República Popular da China é
considerada um país populoso e pouco povoado.
II. ( ) Em apenas 2% do território chinês encontramos 20% de seus habitantes, provando o quanto é
irregular a distribuição da população.
III. ( ) Com o objetivo de evitar maiores problemas de alimentação e educação, o governo se preocupa
com o controle da natalidade, permitindo apenas um filho por casal.
IV. ( ) As amoras, na China, são cultivadas no Vale do Rio Yang-Tsé-Kiang, servindo de alimento para o
bicho-da-seda, que constrói o casulo do qual se extrai o fio de seda.
V. ( ) O trigo é cultivado ao sul da Planície Chinesa, enquanto o arroz é cultivado ao norte.

132
SEMANA 5

EIXO TEMÁTICO:
Os cenários da globalização e fragmentação.

TEMA/TÓPICO:
As novas fronteiras do capitalismo global: os territórios nas novas regionalizações.

HABILIDADE(S):
Compreender a organização do capital no espaço da produção global.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Globalização, Comércio Mundial, Economia, Consumo.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Matemática, História, Sociologia.

TEMA: Países Emergentes e o Comércio Internacional


Caro (a) estudante, nesta semana você vai reconhecer as potencialidades das principais economias
emergentes do globo, em especial os países denominados BRICS.

COMÉRCIO BRASILEIRO E OS PAÍSES EMERGENTES


Os países emergentes – também chamados de economias emergentes ou de países em desenvolvimen-
to – são aqueles classificados como subdesenvolvidos e que, no entanto, apresentam um relativo de-
senvolvimento econômico e social em comparação com as nações mais pobres do planeta. São países
que possuem níveis médios ou até um pouco elevados de Desenvolvimento Humano, bem como um cer-
to nível de industrialização e crescimento econômico, embora seja praticamente impossível generalizar
dados e informações semelhantes para todos os países inseridos nessa classificação.
Em linhas gerais, os países emergentes apresentam economias de industrialização recente, que se desen-
volveram na segunda metade do século XX e no início do século XXI. É válido ressaltar que a maior parte
desses processos de industrialização ocorreu pela massiva entrada de indústrias estrangeiras, advindas
quase sempre de países desenvolvidos em busca de mão de obra barata e outras vantagens locacionais.
O principal grupo que protagoniza, atualmente, os países emergentes seria o BRICS (Brasil, Rússia, Ín-
dia, China e África do Sul), embora os russos frequentemente sejam classificados como uma economia
em transição para o desenvolvimento, um assunto que gera muitas controvérsias. Além desses, citam-
-se também o MIST (México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia), além de outros países, como os Tigres
Asiáticos e os Novos Tigres Asiáticos, principalmente o Vietnã. Na América do Sul, merecem destaque
também a Argentina e o Uruguai.

Disponível em: <https://computerworld.com.br/plataformas/brics-definem-plano-para-impulsionar-cooperacao-em-economia-digital-


e-tics/>. Acesso em: 22 maio 2021.

133
O Brasil conseguiu mudar de forma significativa o seu comércio exterior, fato ocorrido nas últimas dé-
cadas, até os anos 60 o país tinha produção restrita à exportação de produtos primários, tais como café,
que no início do século era responsável por 70% de toda exportação do país, e posteriormente outros
produtos ganharam destaque, como cacau, algodão, fumo, açúcar, madeiras, carnes, minérios (princi-
palmente ferro e manganês).
Hoje a economia é mais complexa e diversificada, apresentando exportações de produtos industrializa-
dos e processados (semimanufaturados), calçados, suco de laranja, tecidos, combustíveis, bebidas, ali-
mentos industrializados, caldeiras, armamentos, produtos químicos, veículos de todo tamanho e suas
respectivas peças de reposição e aviões.
O Brasil possui muitos parceiros comerciais, com destaque para os seguintes mercados: toda União
Européia, principalmente Alemanha, Itália, França, Espanha e Holanda, além de Estados Unidos, Argen-
tina, Japão, Paraguai, Uruguai, México, Chile, China, Taiwan, Coréia do Sul e Arábia Saudita.

PARA SABER MAIS:


“BRICS, o papel dos países emergentes” -Mecanismo formado por países chamados “emergen-
tes”, o BRICS possui um grande peso econômico e político e pode desafiar as grandes potências
mundiais. Disponível em: <https://youtu.be/nnpUZbKlH8U?t=11>. Acesso em: 22 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - É correto afirmar que as regiões destacadas em preto no mapa representam os países que:

a) Formam os BRICS, conjunto de países emergentes que possuem características comuns como,
por exemplo, relevante crescimento econômico.
b) Priorizam a energia nuclear como matriz energética e, por esse motivo, investem no enriqueci-
mento de urânio para abastecer suas usinas.
c) São os maiores exportadores de produtos primários, como a cana-de-açúcar, banana e soja, por
serem países de solo fértil.
d) Formam o bloco econômico NAFTA, que tem como finalidade eliminar as barreiras alfandegárias
entre seus membros.

134
2 - “A ideia dos BRICS foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O’Neil, em estudo de
2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos meios
econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem
a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China.
Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a
sigla BRICS”.
(IPEA. Conheça os BRICS. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/>. Acesso em: 22 maio 2021.)

Sobre o BRICS, assinale o que for correto:


a) Corresponde a um bloco econômico em processo de formação.
b) É um agrupamento informal de cunho diplomático.
c) É um organismo internacional paralelo à ONU.
d) Representa todas as nações emergentes do planeta sob a liderança de cinco países.

3 - Para facilitar o aumento da produção brasileira destinada à exportação, o governo federal criou os
“corredores de exportação”, que podem ser assim definidos:
a) Sistema de conjugação de transportes, portos, silos e frigoríficos para receber, conservar e
exportar os produtos para o mercado externo.
b) Conjunto de rodovias que alcançam os mais distantes e interiorizados centros de produção para
conectá-los com os grandes eixos viários.
c) Tratamento preferencial que enfatiza os principais produtos locais, como a soja em Paranaguá,
o café em Santos, o minério de ferro em Vitória e outros.
d) Conjunto de normas e processos fiscais e financeiros que desburocratizaram e agilizaram as
exportações.

4 - Analise o gráfico para responder à questão.


Participação de um grupo de mercadorias “X” no conjunto das exportações brasileiras em 2011 X
outros grupos

O setor X no gráfico representa a participação:


a) Dos semimanufaturados, como suco de laranja e café solúvel.
b) Das commodities, como ferro e soja.
c) Dos produtos agrícolas, como café e milho.
d) Dos manufaturados, como automóveis e aviões.

135
5 - As regiões brasileiras exercem diferentes papéis no que diz respeito à “divisão inter-regional do
trabalho”, ressaltando-se que:
a) a Região Norte caracteriza-se pela exportação de matéria-prima de origem diversa, com desta-
que para os minérios.
b) A Região Sul desempenha um papel eminentemente industrial, como fornecedora de produtos
do setor secundário.
c) A Região Sudeste, coordenando o mercado nacional, caracteriza-se por ser exportadora unica-
mente de produtos provenientes do setor primário.
d) A Região Nordeste, mesmo com seus problemas endêmicos, consegue ser fornecedora de
alimentos para a força de trabalho de outras regiões.

136
SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
Os cenários da globalização e fragmentação.

TEMA/TÓPICO:
As novas fronteiras do capitalismo global: os territórios nas novas regionalizações.

HABILIDADE(S):
Reconhecer a importância do terceiro setor e os projetos de inclusão social nos países periféricos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Globalização, Direitos Humanos, ONGs, ONU.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Sociologia, História, Artes, Biologia.

TEMA: Terceiro Setor


Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer as organizações de ajuda humanitária que tem
como objetivo salvar vidas, aliviar o sofrimento e proteger a dignidade humana.

REDES DE SOLIDARIEDADE E ORGANIZAÇÕES DE AJUDA HUMANITÁRIA


A ajuda humanitária é um conjunto de ações que tem como objetivo garantir a defesa de direitos huma-
nos básicos para grupos em que eles estão ameaçados. Desastres naturais, guerras, conflitos, crises
econômicas, dentre outros, constituem ameaças ao direito à vida, aos direitos fundamentais do ser
humano e às liberdades individuais.
O trabalho humanitário muitas vezes é desenvolvido em regiões distantes e inseguras, marcadas por
catástrofes naturais ou conflitos armados. O objetivo é apoiar a população local oferecendo assistência
social, psicológica, serviços médicos, acampamentos e outras ações emergenciais.
Instituições como a Cruz Vermelha e os Médicos Sem Fronteira são importantes atores internacionais
que se dedicam a levar ajuda humanitária para diferentes lugares do mundo.
Pelas definições atuais, a ajuda humanitária engloba todas as formas de atividades desenvolvidas para
prevenir, manter, restabelecer, impor e consolidar a paz, além de minorar os efeitos negativos dos con-
flitos violentos sobre as populações, principalmente nos locais onde as autoridades responsáveis não
conseguem ou não têm interesse em assistir a população.

Disponível em: <https://portalgerais.com/paz-o-caminho-para-um-mundo-melhor/>. Acesso em: 22 maio 2021.

137
Segundo a ONU, o mundo enfrenta, hoje, a maior crise humanitária desde 1945, ano da criação da Organização.
Isso se dá por conta dos inúmeros e sucessivos confrontos violentos, que submetem cerca de 20 milhões de
pessoas a uma crise de fome em quatro países: Iêmen, Somália, Sudão do Sul e o nordeste da Nigéria.
Outra causa humanitária que requer atenção especial e urgente é a crise dos refugiados, que em 2015
havia atingido mais de 65 milhões de pessoas. Os refugiados deixam seus países de origem devido a
conflitos internos, guerras, perseguições políticas, desrespeito aos direitos humanos fundamentais e
ações de grupos terroristas. Ao deixarem sua terra natal, esses cidadãos buscam asilo em países de-
senvolvidos da Europa ou nas Américas. 
Apesar da dedicação e esforço de milhares de pessoas ao redor do mundo, através de diversas organi-
zações e institutos, o trabalho humanitário ainda encontra muitas barreiras.
Uma dessas barreiras é a dificuldade de acesso aos locais das tragédias, seja por impedimentos políticos
ou pelo bloqueio de rodovias devido a catástrofes naturais. Esses obstáculos, além de retardar a chega-
da de médicos e voluntários, também limitam o acesso da população a medicamentos, comida e água.

PARA SABER MAIS:


Documentário: “Caminhos da Vacina” – Ebola (República Democrática do Congo) – 2016 - Conhe-
ça de perto os desafios enfrentados por equipes de Médicos Sem Fronteiras para realizar campa-
nhas de vacinação em alguns dos locais mais remotos do mundo. Disponível em: <https://youtu.
be/IHDFTxQt3yk?t=17>. Acesso em: 22 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Pesquise e cite as 5 principais organizações de ajuda humanitária da atualidade.

2 - Quais são as organizações do Terceiro Setor da sociedade?

3 - A UNICEF – Fundo da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Infância – trabalha em 158 países
e dedica-se à promoção dos direitos das crianças e dos jovens, procurando dar resposta às suas
necessidades básicas e contribuir para o seu pleno desenvolvimento. Agora responda:
a) Quando surgiu?

138
b) Qual é a área de atuação?

4 - Pesquise as áreas de atuação das organizações de ajuda humanitária representadas nas imagens
abaixo:

https://www.jornalmedico.pt/atualidade/37173-medicos-sem-fronteiras-abre-escritorio-permanente-em-portugal-apostada-no-
recrutamento-para-a-acao-humanitaria.html https://www.oki.com/pt/printing/about-us/corporate-information/oki-group-csr/charity-
information/save-the-children/index.html

Caro (a) estudante, espera-se que tenha tido sucesso na resolução do PET – III de Geografia. Saiba
que, ao longo do ano, você irá entender e compreender sobre a complexidade das paisagens, das ati-
vidades humanas, das sociedades e do nível de desenvolvimento entre os países, as transformações
tecnológicas, o modo como a sociedade se relaciona com a natureza e as formas de organização
espacial. A Geografia tem muito a contribuir para a compreensão do espaço mundial, cada vez mais
complexo, cujas transformações são cada vez mais surpreendentes.

139
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 3º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Cultura e Política na construção do Estado Nacional Brasileiro.

TEMA/TÓPICO:
Embates políticos e culturais no processo de construção e afirmação do Estado Nacional.

HABILIDADE(S):
Analisar fontes (festas, monumentos, pinturas e fotografias): os significados simbólicos da Monarquia; o
exercício e legitimação do poder; sua relação com as liturgia políticas ao longo da história brasileira.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Brasil Império ( 1822-1889 ).

INTERDISCIPLINARIDADE:
Arte e Sociologia.

TEMA: Os significados simbólicos da Monarquia - parte I

BREVE APRESENTAÇÃO
Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer um pouco sobre os significados simbólicos da
Monarquia Brasileira - os rituais, as roupas, as joias, e analisá-los. O objetivo é entender como todo o
cerimonial da Monarquia é importante para demonstrar e manter o poder político.

140
PARA SABER MAIS:
O que é Monarquia. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qqxBS9XMA2A>. Acesso
em: 04 maio 2021.
Monarquia e República. Formas de Governo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=ZO8FgflR-YE>. Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre as roupas dos Imperadores do Brasil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=JugYEauKgvw>. Acesso em: 04 maio 2021. E disponível em: <https://www.youtube.com/wat-
ch?v=WPnwj4MVSAQ>. Acesso em: 04 maio 2021.
As coroas imperiais do Brasil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=JpBtfTogv-
jY>. Acesso em: 04 maio 2021.
Casa do período imperial em Paraty. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=30c60i-
g3kDI>. Acesso em: 04 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Leia o texto abaixo, de autoria do historiador José Murilo de Carvalho, professor da UFRJ:
“A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas,
seus rituais, com o carisma da figura real. Mas era também fruto da centralização política do Estado.
Havia quase unanimidade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e opressor ou,
pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual. Mas (...) este poder era em boa parte
ilusório. A burocracia do Estado era macrocefálica: tinha cabeça grande mas braços muito curtos. Agi-
gantava-se na corte mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias. (...) Daí a obser-
vação de que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas,
o governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o
mal do Império.”
Carvalho, J. Murilo de. TEATRO DE SOMBRAS. Rio de Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988.

De acordo com a análise do texto acima, como o poder monárquico fazia para ter visibilidade no con-
texto do Brasil Imperial?

2 - Que importância você avalia que têm as cerimônias para a legitimação do poder político, seja em
Monarquias ou em Repúblicas ?

141
3 - (ENEM 2009 cancelado)
As imagens reproduzem quadros de D. João VI e de seu filho D. Pedro I nos respectivos papéis de mo-
narcas. A arte do retrato foi amplamente utilizada pela nobreza ocidental, com objetivos de representa-
ção política e de promoção social. No caso dos reis, essa era uma forma de se fazer presente em várias
partes do reino e, sobretudo, de se mostrar em majestade.

A comparação das imagens permite concluir que


a) as obras apresentam substantivas diferenças no que diz respeito à representação do poder.
b) o quadro de D. João VI é mais suntuoso, porque retrata um monarca europeu típico do século
XIX.
c) os quadros dos monarcas têm baixo impacto promocional, uma vez que não estão usando a coroa,
nem ocupam o trono.
d) a arte dos retratos, no Brasil do século XIX, era monopólio de pintores franceses, como Debret
e) o fato de pai e filho aparecem pintados de forma semelhante sublinha o caráter de continuidade
dinástica, aspecto político essencial ao exercício do poder régio.

142
4 -. Compare as imagens abaixo, de D. João VI, rei de Portugal, Brasil e Algarves, com as de seu filho
e herdeiro D. Pedro I, Imperador do Brasil, levando em conta o que você reconhece como significados
simbólicos da Monarquia.

Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/ Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/


File:Debret-djoaovi-mcm.jpg?uselang=pt-b#file> Acesso em: File:Jean-Baptiste_Debret_-_Coroa%C3%A7%C3%A3o_de_D._
04 maio 2021. Pedro_I.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 04 maio 2021.

143
SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
Cultura e Política na construção do Estado Nacional Brasileiro.

TEMA/TÓPICO:
Embates políticos e culturais no processo de construção e afirmação do Estado Nacional.

HABILIDADE(S):
Analisar fontes (festas, monumentos, pinturas e fotografias): os significados simbólicos da Monarquia; o
exercício e legitimação do poder; sua relação com as liturgia políticas ao longo da história brasileira.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Brasil Império ( 1822-1889 ).

INTERDISCIPLINARIDADE:
Arte e Sociologia.

TEMA: Os significados simbólicos da Monarquia - parte II


Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer um pouco sobre os significados simbólicos da Mo-
narquia Brasileira e analisá-los.

BREVE APRESENTAÇÃO
Você já ouviu falar da cerimônia do beija-mão? Sabe por que era feita no Brasil monárquico? Você repa-
ra em monumentos históricos e sabe como interpretá-los? Que tal tratarmos disso agora?
PARA SABER MAIS:
Paço Imperial: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=OnoBqjeOc8E>. Acesso em: 04
maio 2021.
Quinta da Boa Vista: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=JiWU-lRVcBc>. Acesso em:
04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bpnMAUcZOcM>. Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=YmHTElrKTN4>. Acesso em: 04 maio 2021.
Palácios do Brasil Império: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=YhxwgBYFliY>. Aces-
so em: 04 maio 2021.
O Palácio Imperial de Petrópolis: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HTfl-adPNgs>.
Acesso em: 04 maio 2021.
Museu Imperial de Petrópolis: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=aDvnTJLFHas>.
Acesso em: 04 maio 2021.

144
ATIVIDADES
A Família Real Portuguesa transferiu-se para o Brasil em Novembro de 1807, fugindo da invasão de Portu-
gal por tropas napoleônicas. Essa família pertencia à Casa Real de Bragança ou à Dinastia de Bragança,
começada em 1640 e que reinou até 1910, quando foi implantada a república em Portugal.
A Família Real de Bragança reviveu um antigo costume de demonstração de poder da Idade Média, a
Cerimônia do Beija-mão, que foi muitas vezes repetida no Rio de Janeiro, no século XIX:

CERIMÔNIA DO BEIJA-MÃO
Função medieval revivida pelos Bragança, a cerimônia de corte do beija-mão era uma antiga represen-
tação pública, que punha o monarca em contato direto com o vassalo. Este, por sua vez, lhe apresen-
tava as devidas reverências e suplicava por alguma mercê, frequentemente concedida pelo rei. Pleno
de significado simbólico, o cerimonial reforçava a autoridade paternal do soberano protetor da nação,
bem como o respeito à monarquia, confirmado pela postura altamente reverencial diante dos reis, e
pelo fascínio que exercia sobre o povo em geral. Regras prescritas determinavam a seqüência de atos
que levava ao ponto mais alto da cerimônia do beija-mão: chegando junto à sua majestade, por meio de
uma genuflexão, que consiste em dobrar um pouco ambos os joelhos ficando o corpo inteiro, punha-se
um joelho em terra e lhe beijava a mão. Após levantar, tornava-se a fazer outra genuflexão, e voltando-
-se para o lado direito retirava-se da sala. Dom João recebia o público para a cerimônia todas as noites,
exceto domingos e feriados, no palácio de São Cristóvão, acompanhado por uma banda musical.
Disponível em: <http://historiacolonial.arquivonacional.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3513:nascimento-do-
principe-da-beira-beijamao&catid=139&Itemid>. Acesso em: 04 maio 2021.

1 - Após a leitura do texto anterior, analise o significado simbólico da cerimônia do Beija-mão, destacando
as implicações políticas e sociais desse evento histórico.

Disponível em : <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Beijamao.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 01 maio 2021.

145
2 - Analise a pintura acima - A Cerimônia do Beija-mão na Corte de D. João VI - feita em 1826 por um artista
e militar inglês conhecido apenas pelas iniciais A.P.D.G. De acordo com a imagem, que significados
tinha essa cerimônia ? Justifique sua resposta.

Analise a foto abaixo, da Estátua Equestre de D. Pedro I, feita pelo fotógrafo Marc Ferrez (1843-1923),
uma imagem que está em domínio público e pertence ao acervo do Instituto Moreira Salles. Em seguida,
responda a terceira questão desta semana:

Domínio Público. Acervo do Instituto Moreira Salles.


Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Monumento_a_D._Pedro_I_no_Largo_do_Rocio,_atual_pra%C3%A7a_
Tiradentes_-_1.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 05 maio 2021.

3 - Que imagem de D. Pedro I o escultor procurou transmitir para quem observa a estátua presente na
fotografia ?

4 - Na sua opinião, quais são os objetivos de erguer esse tipo de monumento ?

146
SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
Cultura e Política na construção do Estado Nacional Brasileiro.

TEMA/TÓPICO:
Embates políticos e culturais no processo de construção e afirmação do Estado Nacional.

HABILIDADE(S):
Analisar fontes ( jornais e revistas da época ) que expressam as sátiras ao poder: o Império em caricaturas.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Segundo Reinado ( 1840-1889 ).

INTERDISCIPLINARIDADE:
Arte, Sociologia, Linguagens.

TEMA: O Império em caricaturas - parte I


Caro (a) estudante, nesta semana você vai analisar charges que foram publicadas em revistas brasilei-
ras durante o Segundo Reinado ( 1840-1889 ) e vai aprender a interpretá-las.

BREVE APRESENTAÇÃO
Charge é um gênero textual que usa o desenho para fazer críticas a algum acontecimento daquela épo-
ca por meio do humor.
A palavra vem do Francês charge, que significa carga ou exagero. No caso, os desenhos exageram
os traços de alguém ou de algo para torná-los burlescos ( cômicos; que causam riso por serem muito
ridículos ).
As charges foram criadas no começo do século XIX por desenhistas que queriam se expressar de forma
original e inusitada ( fora do comum ). Muito publicadas em jornais e revistas da época, faziam críticas
aos políticos e aos hábitos das pessoas.
Para entender uma charge é necessário conhecer o contexto histórico em que foi feita; ou seja, o que
estava acontecendo naquele momento naquela sociedade específica.
No Brasil do século XIX, principalmente durante o Segundo Reinado (1840 -1889), foram publicados mui-
tos jornais, e, principalmente, revistas, que usavam a charge como forma de expressão.
O primeiro jornal brasileiro que publicou caricaturas como forma de sátira política foi o periódico
Cabrião, de São Paulo, fundado em 1866, e que teve curta duração: foi fechado em 1867 devido às
suas críticas ao Império.
No Rio de Janeiro, nesse período, circularam dezenas de revistas com charges, com destaque para:
O Arlequim, A Vida Fluminense, O Mosquito, Semana Illustrada, O Besouro, O Mequetrefe, A Comédia
Social, A Galeria, O Contemporâneo, A Revista Illustrada.

147
PARA SABER MAIS:
Segundo Reinado. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=z2kqwUUHQoQ>. Acesso
em: 04 maio 2021.
Vídeo que indica livros sobre a vida de D. Pedro II. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=7Xej0W4RYjc>. Acesso em: 04 maio 2021.
O que é charge. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fWGK_iM1Mzs>. Acesso em:
04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HElu-s39dz4>. Acesso em: 04 maio 2021.
Charge, cartum e tirinha. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=rbKMXdE4zdk>.
Acesso em: 04 maio 2021.
História da caricatura no Brasil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=O0ha_wN-
4zeU>. Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bcjQFRF0cL0>. Acesso em: 04 maio 2021.

ATIVIDADES
Analise as charges seguintes, criadas durante o governo de D. Pedro II e publicadas em jornais da época:

CHARGE “CARROSSEL PARTIDÁRIO”

“O rei se diverte”, charge de Faria, publicada no jornal “O Mequetrefe”, 09/01/1878.

TRANSCRIÇÃO DA IMAGEM:

O caricaturista desenhou Pedro II como o eixo de um carrossel no qual giram os cavalinhos. Na barra do
vestido da dama no cavalinho, lê-se “Partido Liberal”. Em oposição, o homem da charge representa o
Partido Conservador. Quem gira o carrossel é uma idosa, em cujo vestido está escrito “diplomacia”. Tal
como um carrossel, os partidos políticos giravam, isto é, revezavam-se no poder ao redor de D. Pedro II,
o eixo central, e de acordo com o ritmo da diplomacia imperial, uma velha conhecida, maliciosa e esper-
talhona. A diplomacia se limitava a uma troca de favores e de distribuição de títulos, cargos e pensões.
Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues. Disponível em: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/caricaturas-do-segundo-
reinado-critica-com-humor-e-ironia/>. Acesso em: 23. abr. 2021.

148
1 - Quem é o homem representado no eixo do carrossel e qual a sua importância no que diz respeito ao
equilíbrio político da época?

2 - O que essa charge revela sobre os partidos políticos durante o Segundo Reinado (1840-1889)?

3 - O desenhista representa a diplomacia como quem gira o carrossel. Qual sua função, no contexto do
Segundo Reinado ?

CHARGE “BALCÃO DE NEGÓCIOS”

Pobre país ! A corrupção alimenta a vaidade, para dar vida ao patriotismo !”


É a legenda da charge de Ângelo Agostini, publicada em “O Cabrião”, 1867.

TRANSCRIÇÃO DA IMAGEM:
Carregando sacos de dinheiro, clientes compram medalhas e títulos de nobreza que estão expostas na
vitrine atrás do balcão. O vendedor na charge é o primeiro-ministro, observado pelo imperador, atrás
dele. Aos pés deste, um indígena, símbolo da nação brasileira, esconde o rosto entre as mãos. A charge
possui a seguinte legenda: “Pobre país! A corrupção alimenta a vaidade, para dar vida ao patriotismo !”.
A venda de comendas (títulos de nobreza, cargos políticos e pensões para políticos e seus filhos), feita
sob anuência do imperador, era uma forma de manipulação política e de aumentar as receitas do gover-

149
no no segundo reinado. Para isso, não se obedeciam a critérios de competência, mas o interesse em se
obter vantagens materiais – fato que deixa a nação (representada pelo indígena) prostrada de vergonha.
Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues. Disponível em: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/caricaturas-do-segundo-
reinado-critica-com-humor-e-ironia/>. Acesso em: 23 abr. 2021.

1 - De acordo com o texto acima, o que eram comendas, no Segundo Reinado ( 1840-1889), e como elas
eram adquiridas ?

2 - Que ideias o chargista apresenta ao desenhar um indígena atrás do balcão, escondendo o rosto ?

150
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro.
TEMA/TÓPICO:
Embates políticos e culturais no processo de construção e afirmação do Estado Nacional.
HABILIDADE(S):
Analisar fontes ( jornais e revistas da época ) que expressam as sátiras ao poder: o Império em caricaturas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Segundo Reinado ( 1840-1889 ).
INTERDISCIPLINARIDADE:
Arte, Sociologia, Linguagens.

TEMA: O Império em caricaturas - parte II


Caro (a) estudante, nesta semana você vai analisar charges que foram publicadas em revistas brasileiras
durante o Segundo Reinado ( 1840-1889 ) vai interpretá-las e contextualizá-las em seu momento histórico.

BREVE APRESENTAÇÃO
Charge é um gênero textual que usa o desenho para fazer críticas a algum acontecimento daquela épo-
ca por meio do humor.
No Brasil do século XIX, principalmente durante o Segundo Reinado (1840 -1889), foram publicados mui-
tos jornais, e, principalmente, revistas, que usavam a charge como forma de expressão.
No Rio de Janeiro, foi fundada a revista Semana Illustrada, que circulou de Dezembro de 1860 a Abril
de 1876, período em que o Imperador do Brasil era D. Pedro II. Uma inovação na imprensa da época, jun-
tava texto e imagem para fazer críticas políticas e sociais. Foi fundada por aquele que é considerado o
criador da imprensa humorística ilustrada no Brasil, o imigrante alemão Henrique Fleiuss, desenhista,
caricaturista, pintor de aquarelas e proprietário de tipografia.
Um outro nome de destaque é o do desenhista italiano Angelo Agostini (1843-1910), o mais importante artista
gráfico do Segundo Reinado (1840-1889). Angelo Agostini fundou, em Janeiro de 1876, a Revista Illustrada,
que hoje em dia é uma fonte de pesquisa histórica muito importante para nos revelar os costumes da época.

PARA SABER MAIS:


Sobre a História das caricaturas no Brasil: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=usb3na5F5iQ>. Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre Angelo Agostini: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=IUXXPWz3hB4>.
Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=R223xIuKUso>. Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pmi-PQzL7Ig>. Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre a Revista Illustrada:Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=_DBGnVb6pIk>.
Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre as primeiras revistas brasileiras: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=p-
tkfqbl9Oec>. Acesso em: 04 maio 2021.

151
ATIVIDADES
Observe a imagem a seguir:

O indígena, representando o Império, coroa com louros o monarca. Xilogravura, 1869.

O indígena, representando o Império, coroa com louros o monarca. Xilogravura, 1869. Com seu manto
real em verde e amarelo, as cores da casa dos Habsburgo e Bragança, mas que lembravam também os
tons da natureza do “Novo Mundo”, cravejado de estrelas representando o Cruzeiro do Sul e, finalmente,
com o cabeção de penas de papo de tucano em volta do pescoço, D. Pedro II foi coroado imperador do
Brasil. O monarca jamais foi tão tropical. Entre muitos ramos de café e tabaco, coroado como um César
em meio a coqueiros e paineiras, D. Pedro transformava-se em sinônimo de nacionalidade.
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado).

1 - No Segundo Reinado, a monarquia brasileira recorreu ao simbolismo de determinadas figuras e


alegorias. A análise da imagem e do texto revela que o objetivo de tal estratégia era:
a) exaltar o modelo absolutista e despótico.
b) valorizar a mestiçagem africana e nativa.
c) reduzir a participação democrática e popular.
d) mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano.
e) obscurecer a origem portuguesa e colonizadora.
Blog: Ensinar História – Joelza Esther Domingues. Disponível em: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/enem-2016-2-aplicacao-
historia/>. Acesso em: 04 maio 2021.

152
2 - Observe a charge a seguir e responda.

Charge de AGOSTINI, A. Revista Illustrada, n. 309, 29 jul. 1882 (adaptado).

Segundo a charge, os últimos anos da Monarquia foram marcados por


a) debates promovidos em espaços públicos, contando com a presença da família real.
b) atividades intensas realizadas pelo Conde D’Eu, numa tentativa de salvar o regime monárquico.
c) revoltas populares em escolas, com o intuito de destituir o monarca do poder e coroar seu genro.
d) críticas oriundas principalmente da imprensa, colocando em dúvida a continuidade do regime político.
e) dúvidas em torno da validade das medidas tomadas pelo imperador, fazendo com que o Conde
D’Eu assumisse o governo.
Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues. Disponível em: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/enem-2016-2-aplicacao-
historia/>. Acesso em: 04 maio 2021. Questão 19

A charge da questão anterior, de Angelo Agostini, tem o Conde D’Eu, o marido da Princesa Isabel, como
personagem principal. Ao fundo, vemos seu sogro, o Imperador D. Pedro II, em situação semelhante à
representada na capa da Revista Illustrada, conforme você pode analisar a seguir.

Disponível em : <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pedro_II_angelo_agostini.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em:06 maio 2021.

153
3 - A charge acima é do ano de 1887, quando D. Pedro II tinha 62 anos e faltavam apenas dois anos para
a Proclamação da República. Que mensagem essa charge passa do imperador ?

154
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro.

TEMA/TÓPICO:
Embates políticos e culturais no processo de construção e afirmação do Estado Nacional.

HABILIDADE(S):
Analisar manifestações culturais: festas e celebrações religiosas e profanas.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Brasil Império ( 1822-1889 ).

INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.

TEMA: Festas e celebrações religiosas no Brasil Império ( 1822-1889 ) parte I


Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer como eram festas e celebrações religiosas no
Brasil Império.

BREVE APRESENTAÇÃO
Os príncipes, no século XIX, ainda não podiam se casar com quem conhecessem pessoalmente. Os casa-
mentos eram acordos entre famílias de reis de diferentes países.
D. Pedro I, depois de ter ficado viúvo da imperatriz Leopoldina, ainda se casou de novo, com a Princesa
Amélia de Leuchtenberg, neta de Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte, e de seu primeiro marido.
Um príncipe escolhia uma princesa de acordo com a imagem que visse dela em uma pintura – e nem sem-
pre essa imagem correspondia à realidade, como aconteceu com o retrato da Princesa Teresa Cristina
das Duas Sicílias, escolhida por D. Pedro II para sua esposa. Ao desembarcar no Rio de Janeiro, ela foi
uma decepção para D. Pedro, que, no entanto, teve que se casar assim mesmo.
Entre os jovens que não eram nobres os casamentos também eram acordos – sempre entre famílias da
mesma classe social. De preferência, o rapaz deveria ser de família de mais posses e prestígio do que a
moça. A diferença com relação aos nobres é que os jovens se encontravam pessoalmente várias vezes
antes de ficarem noivos.

PARA SABER MAIS:


Exposição sobre a Princesa Leopoldina: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=kREc8gv6FTM>. Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KmcmxNWOHbw>. Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre a procura de D. Pedro I por um segundo casamento: Disponível em: <https://www.youtu-
be.com/watch?v=75_BabJ0pXc>. Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre o Casamento de D. Pedro II e a Princesa Amélia:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=amMULsaYGbM>. Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre o casamento da Princesa Isabel:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5H3eUnImZHw&t=2s>. Acesso em: 04 maio 2021.

155
ATIVIDADES
1 - A princesa austríaca Leopoldina
desembarcou no Rio de Janeiro em 5
de novembro de 1817 para se casar com
o herdeiro do Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves, o então príncipe D.
Pedro, que mais tarde seria o Imperador
D. Pedro I do Brasil.

Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Debret_-_


Estudo_para_o_desembarque_de_D._Leopoldina_no_Brasil.
jpg?uselang=pt-br >. Acesso em: 04/05/2021

Que informações a pintura do francês Jean-Baptiste Debret nos fornece acerca de costumes e rituais
do Brasil Imperial ?

2 - A imagem ao lado é uma alegoria do casamento


do então príncipe Pedro de Portugal, Brasil e
Algarves com a princesa Leopoldina da Áustria.
Uma alegoria é uma figura de linguagem que
transmite um ou mais sentidos. Com base nisso,
interprete a pintura, considerando os aspectos
culturais do Brasil Imperial.

Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/


File:Casamento_de_Pedro_e_Leopoldina_(alegoria),_
da_cole%C3%A7%C3%A3o_Museu_Hist%C3%B3rico_
Nacional.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 04 maio 2021.

156
3 – A imagem ao lado mostra a cerimônia
de casamento entre o Imperador
D. Pedro I e a Princesa Amélia de
Leuchtenberg, acontecida no Rio de
Janeiro, em Outubro de 1829. Quais
elementos a pintura apresenta que
possibilita a identificação da nobreza
como protagonista desse ritual?

Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Casamento_


de_D._Pedro_I_e_D._Am%C3%A9lia,_da_Cole%C3%A7%C3%A3o_Brasiliana_
Iconogr%C3%A1fica.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 04 maio 2021.

4 - A imagem abaixo, do francês Jean-Baptiste Debret, mostra uma cerimônia religiosa de extrema-
unção (perdão dos pecados de quem está correndo risco de morrer) feita no Rio de Janeiro de 1839. De
acordo com a análise da imagem, o doente teria que posição social ? Por quê ?

Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jean-Baptiste_Debret_-_Extrema-un%C3%A7%C3%A3o_levada_a_um_


doente.JPG?uselang=pt-br>. Acesso em: 04 maio 2021.

157
SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro.

TEMA/TÓPICO:
Embates políticos e culturais no processo de construção e afirmação do Estado Nacional.

HABILIDADE(S):
Analisar manifestações culturais: festas e celebrações religiosas e profanas.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Brasil Império ( 1822-1889 ).

INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.

TEMA: Festas e celebrações profanas no Brasil Império ( 1822-1889 ) parte II.


Caro (a) estudante, nesta semana vamos saber como era o Carnaval no Brasil Império

BREVE APRESENTAÇÃO
O Carnaval, no Rio de Janeiro do Brasil Império, era uma festa doméstica, celebrada entre as famí-
lias, e também de rua, envolvendo multidões nas quais misturavam-se pessoas de todas as classes
e posições sociais.
O desenhista italiano Angelo Agostini ( 1843-1910 ), já nosso conhecido das Semanas 3 e 4 desse
PET, durante o Segundo Reinado ( 1840-1889 ) registrou com seu traço inconfundível muitas ima-
gens dessa festa.

PARA SABER MAIS:


Sobre Angelo Agostini: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=IUXXPWz3hB4>.
Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=R223xIuKUso>. Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pmi-PQzL7Ig>. Acesso em: 04 maio 2021.
Texto “ Do Império à República: o Carnaval visto pelos quadrinhos (1869-1910)”:
Disponível em: <https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/8/30/do-impeacuterio-agrave-
-republica-o-carnaval-visto-pelos-quadrinhos-1869-1910>. Acesso em: 04 maio 2021.

158
ATIVIDADES
Leia o texto abaixo, da professora Natania A. Silva Nogueira, da rede pública municipal de Leopoldina (MG):
“ O carnaval pode ser representado de diversas formas e com diversas finalidades pelo traço de artistas,
expressando ideias e valores. Independentemente de julgar se os valores de um determinado sujeito
da história são certos ou errados, verdadeiros ou falsos, trata-se de avaliar se esse juízo, essa repre-
sentação se insere no contexto histórico do qual ele faz parte. É disso que trata este texto: da imagem
que, junto com a palavra escrita, conta a história de uma festa sob o prisma de um artista, revelando o
testemunho de um tempo.
Nosso recorte localiza-se entre 1869 e 1910, levando em conta a produção de um dos mais importantes
artistas que atuaram no Brasil: Angelo Agostini. Durante o tempo em que esteve no Rio de Janeiro,
Agostini retratou os carnavais cariocas e forneceu elementos para uma análise histórica dessa festa
naquele momento histórico específico, marcado pelo abolicionismo e pelo republicanismo.

Carnaval e imprensa no Brasil (1850 – 1910)


O carnaval no Brasil, mais especificamente na cidade do Rio de Janeiro, foi por muito tempo um festejo
que se fazia pelas ruas, quando populares se reuniam e, aos poucos, formavam-se multidões de foliões.
Era o entrudo, que tinha origem portuguesa e foi trazido para o Brasil provavelmente entre os séculos XVI
e XVII. Consistia em um folguedo alegre, mas violento. Havia entrudos familiares e populares. Nas ruas,
os homens de boas famílias se misturavam com populares, em sua maioria negros e mestiços. As senho-
ras tidas como honestas assistiam de longe, das sacadas das casas, e mais tarde passaram a participar
do corso carnavalesco vespertino, dentro de carros, protegidas do contato com os foliões das ruas.
Corso é o nome que os passeios das sociedades carnavalescas do século XIX adquiriram no início do
século XX, no Rio de Janeiro, após uma tentativa de reproduzir no país as batalhas de flores caracterís-
ticas dos carnavais mais sofisticados da virada do século. A brincadeira consistia no desfile de carrua-
gens enfeitadas – e, posteriormente, de automóveis sem capota.
A Figura 1 mostra um entrudo na Rua do Ouvidor, de onde as famílias podiam assistir, das sacadas, aos
folguedos. A partir de 1906, essa prática foi transferida para a nova Avenida Central, onde famílias alu-
gavam sacadas para poder assistir aos desfiles.

Figura 1: Entrudo na Rua do Ouvidor – Angelo Agostini (1884).


Fonte: Acervo particular de Gilberto Maringoni Oliveira. “
Disponível em: <https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/8/30/do-impeacuterio-agrave-republica-o-carnaval-visto-pelos-
quadrinhos-1869-1910>. Acesso em: 05/05/2021

159
1 - Explique o que era entrudo e descreva como acontecia no Rio de Janeiro do século XIX.

2 - Observe a figura acima. Cite as diferenças que você nota entre os foliões que estão na rua e os que
estão nas sacadas.

3 - Explique o que era corso, durante os carnavais. Por que as mulheres podiam participar?

Figura 2: Angelo Agostini (1880).


Fonte: Acervo particular de Gilberto Maringoni Oliveira.

Na Figura 2, Agostini mostra um entrudo familiar e um entrudo popular. Nos entrudos familiares, era
comum usarem-se os limões de cheiro ou laranjas de cheiro – pequenas bolas de cera recheadas de
águas perfumadas –, que eram vendidos em tabuleiros pela cidade (como na Figura 1), que os foliões
atiravam uns nos outros. Havia também jatos d’água, farinha, lama, cinzas, enfim, tudo que pudesse
ser usado para deixar a outra pessoa suja. Nos entrudos de rua, os populares, corria-se o risco de
receber na cabeça os conteúdos de penicos, lançados na multidão pelos moradores dos sobrados.

160
Além de tudo isso, havia também o risco de ser agredido por um policial, que usava o cassetete para
apartar os ânimos da multidão.
Nesse quadro, faz uma descrição de um desfile de carros alegóricos, acompanhado de um entrudo, que
ali parece mais anárquico que no primeiro, com mulheres desmaiando e homens brigando, enquanto
outras pessoas, fantasiadas ou não, aglomeravam-se para poder assistir ao desfile. Mascarados, ho-
mens de cartola, mulheres em pânico etc. Agostini traduz em desenho a violência dos carnavais, sob
sua ótica particular.
Disponível em: <https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/8/30/do-impeacuterio-agrave-republica-o-carnaval-visto-pelos-
quadrinhos-1869-1910>. Acesso em: 05 maio 2021.

4 - Após a análise da imagem e a leitura do texto, apresente as diferenças entre o entrudo familiar e o
entrudo de rua.

Gostou de saber sobre imagens do Brasil Império? Então aguarde o começo da República (1889)!

161
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: FILOSOFIA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 3º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Conhecer.

TEMA/TÓPICO:
Objetividade e verdade / A preocupação com o conhecimento

HABILIDADE(DE):
Distinguir e relacionar sujeito e objeto. Distinguir a origem do conhecimento. Relacionar conhecimento e
subjetividade.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Relativismo e absolutismo moral.

TEMA: Posicionamento de Sócrates e dos Sofistas


Olá, estudante!
Percebemos até aqui, em nossos estudos, como a filosofia tem como missão tornar verdadeira e real a
busca pela verdade e pela felicidade. Ela nos estimula a questionar o mundo, a desenvolver um pensa-
mento crítico, a refletir sobre o mundo e sobre a nossa existência, a duvidar de todo pensamento impos-
to, e eliminar nossos preconceitos perante o outro. Muitos são os benefícios que ela nos proporciona,
para o nosso crescimento, e para o alcance da sabedoria, em todos os setores de nossa vida. A filosofia
oferece amplitude para a reflexão do nosso agir humano.
Faremos aqui, nessa primeira semana do PET 3, um estudo sobre o posicionamento de Sócrates e dos
Sofistas, e como lidavam com a temática do conhecimento.
Então, vamos juntos, dar continuidade à nossa busca pelo conhecimento, tendo como premissa a hu-
mildade de reconhecer que nada sabemos, e que nossa busca por explicações e respostas é constante.
Também não vamos esquecer que há coisas que são inexplicáveis, para as quais possivelmente nunca
teremos respostas. E que temos muito para aprender e muito para ensinar. Somos eternos alunos e
professores do palco da vida.
“O que sei é que nada sei” (Sócrates)

162
QUEM É O SER HUMANO?
Desde a Grécia antiga, no período clássico, os filósofos buscavam e investigavam sobre quem é o ser
humano. E nessa busca eles se deram conta de que nosso pensamento parece seguir certas leis para
conhecer as coisas, e que há uma diferença entre perceber e pensar.
Será que pensamos com base no que percebemos ou negando o que percebemos? O pensamento con-
tinua, nega ou corrige a percepção? O modo como os seres nos aparecem é o modo como eles realmen-
te são? Diante destas preocupações e indagações, surgiram duas atitudes filosóficas diferentes: a dos
Sofistas e a de Sócrates.

OS SOFISTAS
Os Sofistas, palavra derivada do grego sophistés, que significa algo como “professor de sabedoria”, eram
pensadores que ensinavam os jovens da Grécia antiga em troca de remuneração. Um ensino voltado
para forma instrumental, isto é, com o objetivo de realizar determinados interesses. Foram duramente
criticados por Sócrates e por outros adversários, porque foram os primeiros a fazer da filosofia uma
ocupação prática. Eles estavam menos preocupados com o conhecimento do ser, pois acreditavam
que se pudéssemos conhecê-lo, todos pensaríamos da mesma maneira e haveria uma única filosofia.
Consequentemente, só podemos ter opiniões subjetivas sobre a realidade. Por isso eles se preocupa-
vam em ensinar a arte da argumentação, a retórica, que significa a arte de bem utilizar a palavra e a
linguagem para persuadir os ouvintes. A retórica, então, é utilizada como instrumento de poder, muito
mais importante do que a percepção e o pensamento.
Os principais representantes sofistas da antiga Grécia foram: Protágoras, Hípias, Trasímaco e Górgias.
De suas obras restaram poucos fragmentos, em citações de outros filósofos mais recentes.
“ (...) a retórica, por assim dizer, abrange o conjunto das artes, que ela mantém sob sua autoridade. Vou
apresentar uma prova eloquente disso mesmo. Por várias vezes fui com meu irmão ou com outros mé-
dicos à casa de doentes que se recusam a ingerir remédios ou a deixar-se amputar ou cauterizar; e, não
conseguindo o médico persuadi-los, eu o fazia com a ajuda exclusivamente da arte da retórica. Digo
mais: se na cidade que quiseres , um médico e um orador se apresentarem a uma assembleia do povo
ou a qualquer outra reunião para argumentar sobre qual dos dois deverá ser escolhido como médico,
não contaria o médico com nenhum probabilidade para ser eleito, vindo a sê-lo, se assim o desejasse,
o que soubesse falar bem. (...) Tal é a natureza e a força da arte da retórica!” (PLATÃO. Górgias. In: Pro-
tágoras, Górgias, Fedão. 2.ed. Belém: EDUFPA, 2002.p.140-141 (Coleção Platão Diálogos).
Os Sofistas afirmavam que cada ser humano possui suas próprias percepções e nenhuma outra pessoa
pode realmente decifrar qual dessas percepções é a “verdadeira”. O conhecimento é derivado dos sen-
tidos e não revela o verdadeiro, o universal ou o imutável no mundo. Assim, nunca se chegará a saber
o que é a “Verdade” ou o “Bem”, porque o “O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que
são o que são, e das coisas que não são o que são”. Protágoras, com essa frase, concluiu que qual-
quer afirmação sempre será relativa a um ponto de vista, a uma sociedade ou a um modo de pensar.
O pensamento, portanto, é algo subjetivo, que se refere a cada sujeito individualmente. (Este modelo
de interpretação filosófica passou a ser denominado “Relativismo”).

Relatividade (1953), gravura de M.C. Escher. O artista explora a relatividade espacial.


Em um desenho bidimensional, por meio da perspectiva, ele trabalha com planos
e centros de gravidade diferentes, possibilitando ao observador diversas leituras
tridimensionais. Para os relativistas, os valores morais não são absolutos e podem ser
interpretados de diversas maneiras.

163
Mas, em contrapartida a este modelo relativista de pensamento, existe o Absolutismo moral. Este mo-
delo do campo da Ética, propõe que todas as ações possuem valores inerentes de “certo” ou “errado”.
Mesmo os indivíduos considerados profundamente emotivos, e irracionais, em algum momento, re-
fletem racionalmente sobre o que devem fazer. Estamos sempre tendo que refletir e decidir sobre as
nossas atitudes e os valores nelas implicados – a mentira, a traição, o engano, a injustiça, a verdade,
o amor... Nesse sentido, é impossível ser amoral, isto é, viver sem entender minimamente o que os va-
lores significam.

SÓCRATES
Nasceu e viveu em Atenas, na Grécia, entre 470 a.C e 399 a.C.). Atenas, sua cidade, foi o berço da
Democracia. Ele conhecia a doutrina dos filósofos que o antecederam, mas elegeu o Ser Humano,
e não a Natureza, como seu objeto principal de reflexão. O filósofo acreditava que a virtude humana
poderia ser alcançada pelo autoconhecimento e pela utilização da razão como guia para viver bem.
Por isso, Sócrates é considerado um marco do pensamento ético. Também é considerado o fundador
da filosofia ocidental.
Sócrates foi uma figura marcante, pois atuou firmemente durante a guerra do Peloponeso (península
montanhosa do sul da Grécia). Combateu e criticou, também os sofistas. Para ele, o homem precisava
ter consciência de si, de sua importância e de sua atuação na sociedade. Para os poderosos de Atenas,
ele era um perigo, pois fazia a juventude pensar, refletir e questionar. Então, foi acusado pelos gregos
de sua época, de “corromper” os jovens, e de violar as leis da cidade, recebendo como punição a morte
por envenenamento. Teve vários discípulos, e os principais foram Platão e Xenofonte.
Curiosidades: Sócrates não deixou nada escrito. Toda sua história e vivência foi relatada pelos seus
discípulos Platão e Xenofonte. Sócrates também não dava respostas em seus diálogos, sempre respon-
dia a uma pergunta com outra pergunta. A resposta poderia ser encontrada mediante a reflexão, dentro
de si mesmo.
Citações para elucidar:
• “Uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida” (Sócrates). Ele faz esta afirmação em sua
sentença de morte, pois não se arrepende de ter sido uma pessoa que refletia, questionava, in-
dagava e duvidava, que realmente buscava o conhecimento da verdade.
• “O livro é um mestre que fala, mas não responde.” (Platão). Nessa afirmação, ele demonstra que
o conhecimento e a reflexão devem andar de mãos dadas. Que o conhecimento sem sabedoria é
vazio, não edifica e nem acrescenta.
Sócrates era conhecido por cultivar conversas com todas as pessoas. O filósofo acreditava ser uma
espécie de “parteiro das ideias”, e a este processo se dá o nome de Maiêutica. Nele, o diálogo é o instru-
mento principal para a busca da verdade ou do conhecimento verdadeiro. Assim ele procedia, conver-
sando com políticos, artistas, sofistas e qualquer cidadão de Atenas sobre, “amor”, “verdade”, “bondade”,
“sabedoria”, “conhecimento”, “bem”, entre outros temas relacionados às virtudes humanas. Segundo
ele, para praticar uma virtude, é preciso conhecê-la.
Opondo-se aos Sofistas, Sócrates afirmava que a Verdade pode ser conhecida quando compreende-
mos que precisamos começar afastando as ilusões dos sentidos, as imposições das palavras e a multi-
plicidade das opiniões. Os órgãos dos sentidos, dão-nos somente as aparências das coisas, e as pala-
vras, meras opiniões sobre elas. A aparência e a opinião variam de pessoa para pessoa e em um mesmo
indivíduo. Mas não só variam: também se contradizem.
Conhecer é começar a examinar as contradições das aparências e das opiniões para poder abandoná-las
e passar da aparência à essência, da opinião ao conceito. O exame das opiniões é o procedimento que
Sócrates chamava de IRONIA, com o qual o filósofo conseguiu que seus interlocutores reconhecessem
que não sabiam aquilo que imaginavam saber.

164
PARA SABER MAIS:
Assista ao vídeo “Sofistas” Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=SvotSs5AjM0>.
Acesso em: 13 maio 2021.

REFERÊNCIAS:
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. Ed.São Paulo: Ática, 2014
MELANI, Ricardo.Diálogos: primeiros estudos em filosofia. Ed.São Paulo: Moderna,2016.

ATIVIDADES
1 - (UEG GO/2011) No século V a.C., Atenas vivia o auge de sua democracia. Nesse mesmo período, os teatros
estavam lotados, afinal, as tragédias chamavam cada vez mais a atenção. Outro aspecto importante da
civilização grega da época eram os discursos proferidos na agora. Para obter a aprovação da maioria,
esses pronunciamentos deveriam conter argumentos sólidos e persuasivos. Nesse caso, alguns cidadãos
procuravam aperfeiçoar sua habilidade de discursar. Isso favoreceu o surgimento de um grupo de filósofos
que dominavam a arte da oratória. Esses filósofos vinham de diferentes cidades e ensinavam sua arte em
troca de pagamento. Eles foram duramente criticados por Sócrates e são conhecidos como:
a) Hedonistas.
b) Maniqueístas.
c) Sofistas.
d) Epicuristas.
e) Platonistas.

2 - Sobre a história do relativismo moral, é correto afirmar que na filosofia ela:


a) Iniciou com os Sofistas e está presente em afirmações como “ O homem é a medida de todas as coisas”.
b) Começou com a crítica de Nietzsche à moralidade e seu anúncio da morte de Deus.
c) Teve origem nas reflexões morais de Kant e nas suas alegações de que a moralidade é definida
pelas leis morais presentes na razão humana.
d) Surgiu com as grandes navegações do século XV.
e) Surgiu na época da mitologia grega.

3 - (FATEC SP) Sócrates, grande filósofo grego, formou numerosos discípulos, que seguiram diferentes
caminhos para buscar o conhecimento real.
A grande preocupação socrática era:
a) Interpretar o mundo como sendo espiritual e organizado segundo uma moral baseada em verda-
deiros conceitos imutáveis.
b) Compreender as causas primeiras e os fins últimos de todas as coisas, pois só se pode dizer que
se conhece alguma coisa quando se conhece sua causa primeira.
c) O autoconhecimento que poderia ser obtido por meio da ironia e da maiêutica, métodos que
consistem em fazer indagação, fingindo ignorância, para despertar no interlocutor o conheci-
mento latente.
d) Fazer um estudo crítico da História, comparando a História Grega com a dos povos orientais,
a fim de mostrar que o mundo era mais amplo do que se imaginava.
e) Mostrar que todo o conhecimento era obtido por intermédio dos sentidos humanos e que, por
esses serem falhos, era relativo e limitado.

165
SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
Conhecer.

TEMA/TÓPICO:
Objetividade e verdade/ Metodologia Científica e Teoria do Conhecimento.

HABILIDADE (DE):
Distinguir as diferentes teorias de conhecimento. Relacionar realidade e verdade. Relacionar fato e verdade,
experiência e percepção.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Tipos de conhecimento.

TEMA: Tipos de conhecimento


Olá, estudante!
Vamos dar continuidade nessa semana, abordando as teorias do conhecimento, que nos conduzem a
uma melhor compreensão do ser no mundo e suas diversas formas de pensar e raciocinar. O conhecer
é o ato de entender, compreender, apreender algo por meio da experiência ou do raciocínio. O conhe-
cimento fascina a humanidade desde a antiguidade, quando o ser humano passou a pensar os modos
como pode conhecer a verdade. Vamos juntos?!
A palavra “conhecimento” tem origem no latim, da palavra cognoscere, que significa “ato de conhecer”.
Conhecer, no latim, também advém do mesmo radical “gno”, presente na língua latina e no grego antigo,
da palavra “gnose”, que significa conhecimento, ou “gnóstico”, que é aquele que conhece. O conheci-
mento é possível apenas ao ser humano. Os animais desenvolvem mecanismos de aprendizagem por
meio da experiência prática e da repetição de experiências. Porém o conhecimento complexo, racional,
somente é apreendido pelo ser humano. Isso ocorre porque o conhecimento estruturado que desen-
volvemos só pode ser elaborado, organizado, codificado e decodificado pela linguagem, e por nossos
mecanismos racionais (linguagem e raciocínio são elementos necessariamente interligados, sendo im-
possível determinar qual tenha surgido primeiro no ser humano, visto que há uma interdependência
entre ambos - Vygotsky)

Tipos de conhecimento
Desde que desenvolvemos a linguagem, o ser humano busca mecanismos para conhecer e estabelecer
relações entre o mundo e as suas experiências com ele, tentando desmistificar e entender a complexi-
dade da existência. Por isso, desenvolvemos, ao longo de mais ou menos dez milênios, variadas formas
de entender o mundo, o que atesta a existência de diversos tipos diferentes de conhecimento. Vejamos
alguns deles:

Conhecimento empírico ou do senso comum


É um dos tipos mais abrangentes do conhecimento humano, pois se baseia nas vivências particulares e
sociais, compartilhadas por meio de trocas de experiências e das relações hereditárias. Parte da sabe-
doria popular e da manifestação de opiniões, ligado à formação cultural. Intimamente manifestado por
crenças, o conhecimento de senso comum não procura embasamento para afirmar com certeza algo,
pois, não utiliza de validação ou método para atestar a veracidade e o seu sentido lógico racional.

166
Conhecimento Teológico
É o tipo de conhecimento que também habita a sociedade e os modos particulares da vida humana, vis-
to que o ser humano busca a religião desde o início para explicar aquilo que é, até o momento, inexplicá-
vel. Podemos estabelecer duas marcas dentro do registro acerca do conhecimento teológico. Uma é a
religião em si, que o ser humano busca como forma de conforto e explicação do “sobrenatural”; e a outra
é o registro da Teologia, enquanto um ramo do saber científico que tenta criar uma estrutura de fatos
e elementos que compõem as religiões. O conhecimento teológico, enquanto religião, está baseado
na fé pessoal que as pessoas manifestam e em elementos da própria religião, como escritos sagrados,
práticas, rituais, dogmas, crenças etc.

Conhecimento Filosófico
A Filosofia surgiu como um conjunto de saberes necessários para questionar e, às vezes, complemen-
tar o conhecimento fornecido pelo senso comum e pela religião. A Filosofia é uma forma de estabelecer
normas para a obtenção de um tipo de conhecimento mais seguro, assim como a ciência, mas não po-
demos dizer que o conhecimento científico acontece da mesma forma que o conhecimento filosófico.
A Filosofia, nesse sentido, é como a “mãe” de todas as ciências, pois ela foi a primeira forma de conhe-
cimento que buscou uma maneira de conhecer as coisas com mais segurança, a partir do uso da razão,
e com princípios lógicos sistematizados.

Conhecimento Científico
Esse tipo de conhecimento, por sua vez, deve ser rigorosamente testado e verificado, o que lhe garante
maior veracidade. Isso faz com que busquemos a ciência para determinar formas válidas e corretas de
pensamento, para que não caiamos no erro com facilidade. É tarefa do cientista, sobretudo dos que
trabalham com as ciências naturais, observar fenômenos, identificar problemas, formular hipóteses,
testar para verificar as hipóteses formuladas, formular deduções e concluir a sua tarefa por meio da
formulação de teorias.

As formas do conhecer
Ao longo da história da filosofia, vários pensadores apresentaram diferentes teorias sobre o modo
como o ser humano conhece e as formas de se conhecer. Na Antiguidade, com Platão, admite-se a
existência de apenas dois graus para o conhecimento: o sensível e o inteligível. O conhecimento sen-
sível, causado por dados oriundos dos sentidos do corpo (visão, tato, olfato, audição e paladar) era tido
como inferior e enganoso, enquanto o inteligível (pensamento) era racional e superior. Já para Aristó-
teles, outro filósofo da época, o conhecimento estabelece uma mistura de graus diferentes, que deve
passar, necessariamente, pelo conhecimento sensível para que desperte na pessoa uma informação e
uma interpretação.
As propostas destes dois pensadores influenciaram todo o debate sobre o conhecimento feito por filó-
sofos posteriores. Estes debates deram origem ao campo da Filosofia chamado Epistemologia, que se
ocupa do problema do saber. “Episteme” vem do grego e significa conhecimento e “Logos”, de onde -lo-
gia, significa estudo. Assim, a epistemologia é o estudo do conhecimento, de suas fontes e de como
ocorre sua aquisição. Outra área que surge como resultado destes debates é a Filosofia da Ciência, que
busca problematizar a questão do método e do conhecimento científico, proporcionando avanços para
utilização da própria ciência.
Se considerarmos as questões históricas dentro da Filosofia da Ciência, temos o momento, na Moder-
nidade, em que Galileu Galilei, pela primeira vez, dedicou-se a explicar a necessidade de se atingir um
método para alcançar um conhecimento científico. Porém, o embate acerca do conhecimento que mais
marcou a Modernidade foi aquele entre empiristas e racionalistas. Que veremos a seguir.

167
Racionalismo
Essa corrente de pensamento, defendia que a razão é a origem ou a fonte de todo conhecimento segu-
ro, que o conhecimento é puramente racional e intelectual, não sendo necessariamente afetado pelo
meio externo. Seus principais representantes foram Gottfried Leibniz, Baruch de Espinosa e René Des-
cartes. Vamos apresentá-los brevemente para você.
René Descartes (1596 – 1650), foi o representante mais importante do racionalismo europeu. Para ele,
o conhecimento verdadeiro é única e exclusivamente obra de nossos raciocínios, e por isso devemos
desconfiar de qualquer tipo de conhecimento advindo dos sentidos do corpo, pois estes podem facil-
mente nos enganar.
(…) Vários juízos apressados nos impedem agora de alcançar o conhecimento da verdade, e, de tal manei-
ra nos tornam confiantes, que não há sinal aparente de que deles nós possamos libertar se não tomarmos
a iniciativa de duvidar, uma vez na vida, de todas as coisas em que encontrarmos a mínima suspeita de
incerteza (DESCARTES, René. Princípios da filosofia. 4. ed. Lisboa: Guimarães, 1989. p. 51).
Segundo Descartes, não se deve confiar nas crenças e nas tradições, pois nelas as ideias e as concep-
ções não passam pelo crivo da razão e da reflexão criteriosa, não sendo submetidas a uma investigação
racional. Quem duvida, cogita e questiona, é um ser que pensa e, portanto, existe como ser pensante.
O fundamento do conhecimento verdadeiro está aí, no pensamento. É esta a interpretação da famosa
frase “Cogito ergo sum”, popularmente traduzida como “Penso, logo existo”, de Descartes.
Descartes declara que entre as coisas criadas por Deus (ideia de perfeição), há antes de tudo, a subs-
tância pensante e a substância extensa. Esta distinção é a base de uma forma de interpretação chama-
da dualismo. Todas as coisas da natureza são substâncias extensas. E a substância pensante é o ser
humano, sua mente, sua alma.
Resta-me apenas examinar como recebi de Deus esta ideia. Porque nem a tirei dos sentidos, nem ela
chegou nunca a mim contra a minha expectativa, como costuma acontecer com as ideias das coisas
sensíveis, quando estas oferecem ou parecem oferecer-se, aos órgãos externos dos sentidos; nem
também a inventei, porque de nenhum modo posso tirar-lhe nada ou acrescentar-lhe nada. Assim,
só resta que ela me seja inata, do mesmo modo como também me é inata a ideia de mim próprio. E
certamente, não é de admirar que Deus, criando-me, tenha posto em mim esta ideia, para que fosse
como a marca do artista impressa na sua obra (DESCARTES, René. Meditações sobre a filosofia pri-
meira. Coimbra: Almedina, 1992.p.162-163).
Já o filósofo Baruch de Espinosa (1632-1677) também um racionalista, influenciado por Descartes,
acreditava que só era possível obter qualquer conhecimento verdadeiro através de procedimentos ra-
cionais.
Por substância compreendo aquilo que existe em si mesmo e que por si mesmo é concebido, isto é,
aquilo cujo conceito não exige o conceito de outra coisa da qual deva ser formado.
Por Deus compreendo um ente absolutamente infinito, isto é, uma substância que consiste em in-
finitos atributos, cada um dos quais exprime uma essência eterna e infinita (ESPINOSA, Baruch de.
Ética. 3. Ed. Belo Horizonte. Autêntica, 2010. P.13).
Espinosa compreendia que todas as coisas que existem participam da composição daquilo que é Deus,
que é equivalente à sua ideia de Natureza. O ser humano, por este motivo, é parte dessa Substância, ou
seja, é parte da ordem divina. Se tudo é manifestação de Deus, se nada existe a não ser Deus (manifes-
tado por todas as coisas que existem), significa que todas as coisas, sejam concretas, sejam abstratas,
são modos diferentes de uma mesma Substância. Este modelo de pensamento, diferente do dualismo
de Descartes, é chamado de monista.

168
Outro marcante filósofo racionalista, menos radical que Espinosa, foi Gottfried W. Leibniz ( 1646-1716),
que traz uma abordagem original sobre a questão do livre-arbítrio e da liberdade. Se Deus é a única
substância, e a natureza, o homem e tudo o que existe, são manifestações da substância divina, então
precisamos perguntar: o indivíduo é mesmo livre para agir? Existe de fato o livre-arbítrio?
“Entendo por razão, não a faculdade de raciocinar, que pode ser bem ou mal utilizada, mas o encadeamento das verdades que só pode
produzir verdades, e uma verdade não pode ser contrária a outra.“ — Gottfried Wilhelm Leibniz

PARA SABER MAIS:


Descartes e o Racionalismo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=A1PmZ3LtAjg>
Acesso em: 13 jun. 2021.
Filosofia - O conhecimento Científico. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=OJk-
WGX9QVh8> e <https://mundoeducacao.uol.com.br/>. Acesso em: 13 jun. 2021.

REFERÊNCIAS:
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. Ed.São Paulo: Ática, 2014.
MELANI, Ricardo. Diálogos: primeiros estudos em filosofia. Ed.São Paulo: Moderna, 2016.

ATIVIDADES
1 - Leia o trecho a seguir: “(…) é quase impossível que nossos juízos sejam tão puros e tão sólidos
como teriam sido se tivéssemos tido inteiro uso de nossa razão desde a hora de nosso nascimento, e
se tivéssemos sido conduzidos sempre por ela” (DESCARTES, René. Discurso do Método. São Paulo:
Martins Fontes. 1996, p. 17).
A razão cartesiana inaugurou, na modernidade, uma forma de se pensar a partir de uma linguagem ra-
cionalista, inspirada em modelos matemáticos. Esse modelo racional pretendia servir como guia para o
conhecimento da realidade. Sobre o método cartesiano, é correto afirmar que:
a) Tem sua formulação mais bem acabada na obra “Crítica da Razão Pura”.
b) Consistia em colocar o mundo, a realidade, “entre parênteses”, operando assim em uma “redução
fenomenológica”.
c) Foi duramente combatido pelos filósofos contemporâneos a Descartes, não tendo assim exerci-
do influência em nenhuma geração posterior.
d) Consistia em duvidar de tudo e, a partir da dúvida, reconduzir o pensamento à possibilidade da
realidade, processo que se sintetiza na frase: “penso, logo existo”.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.

2 - Qual a crítica feita por Leibniz a respeito do problema do livre-arbítrio da filosofia de Espinosa?

169
3 - Baruch Spinoza nasceu em Amsterdã em 1632, filho de imigrantes judeus de origem hispano-
portuguesa. Por ser considerado um livre pensador e crítico do pensamento religioso da sua época,
no dia 27 de julho de 1656, os anciãos judaicos de Amsterdã proferiram uma condenação a ele. Spinoza
escreveu a sua principal obra, Ética, demonstrada segundo o método geométrico, publicada após a sua
morte. Esta que revela sua concepção de sistema filosófico, bem como seu uso do método geométrico
para demonstração das verdades que buscava.
Considerando as ideias de Spinoza, leia as afirmativas abaixo:
I. O Deus não é um Deus pessoal, religioso, mas um princípio metafísico.
II. Spinoza era considerado um panteísta.
III. Deus não está fora nem dentro do universo, ele é o próprio universo.
IV. O livre-arbítrio existe, uma vez que Deus se identifica com a natureza universal, sendo assim,
tudo o que há é necessário.
A partir destas afirmativas, assinale a alternativa que contenha a(s) afirmativa(s) CORRETA(S):
a) III; IV.
b) IV.
c) I; II.
d) I; III.
e) II.

170
SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
Conhecer.

TEMA/TÓPICO:
Objetividade e verdade.

HABILIDADE(DE):
Distinguir e relacionar as diversas formas de pensar, sujeito e objeto, metodologia.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Empirismo.

TEMA: Empirismo
Olá, estudante!
Estamos abordando em nossos estudos os tipos de conhecimento e o desenvolvimento da racionali-
dade científica. Sabemos que a ciência é uma ferramenta importante para o conhecimento, que veio
para contribuir muito para a vida humana. E tem evoluído a cada dia. Mas será ela a única que detém o
conhecimento verdadeiro? Será ela capaz de responder a todos os questionamentos feitos por todas
as pessoas? Percebemos cada dia mais, o quão importante é a filosofia para a nossa vida e para a refle-
xão que conduz à verdade. Conhecemos, na semana 2, sobre a corrente de pensamento racionalista e
daremos agora continuidade, compreendendo, contextualizando e refletindo sobre o modelo de pensa-
mento denominado “empirismo”.

Empirismo
Os empiristas defendem que o conhecimento é obtido mediante a experiência prática e sensível, que
por meio dos dados obtidos pelos órgãos dos sentidos e enviados ao cérebro é que se produzem as
ideias. Os principais representantes do empirismo, que defenderam a experiência como modo de aces-
sar o conhecimento verdadeiro, foram John Locke por David Hume, Francis Bacon e George Berkeley.
John Locke (1632-1704) é um importante personagem do empirismo moderno: para ele a experiência
é a base do conhecimento. Em umas das suas principais obras, Ensaio sobre o entendimento humano,
afirmou que seu propósito era investigar a origem, a certeza e a extensão do conhecimento humano.
Sua justificativa, estava na importância do objeto investigado: o conhecimento era aquilo que situa o
ser humano acima dos outros animais.
Supondo que a mente seja, por assim dizer, uma tela em branco, sem nenhum caractere, sem nenhu-
ma ideia inata: de onde vem seu suprimento?]...] De onde vêm os materiais de toda razão e conheci-
mento? A isso respondo, numa palavra: da experiência, na qual se funda todo o nosso conhecimento,
que dela deriva em última instância. Nossa observação, seja de objetos externos sensíveis, seja de
operações internas de nossa mente que percebemos e refletimos em nós mesmos, eis aquilo que su-
pre nosso entendimento de todo o material do pensar (LOCKE, John. Ensaio sobre o entendimento
humano. São Paulo: Martins Fontes, 2012. p. 97-98.).
O que Locke propõe é que as ideias vêm da percepção dos objetos externos ao ser humano (sensação
externa) ou das operações internas da mente (reflexão). Com base nessa compreensão, o conhecimen-
to sensível (dos cinco sentidos) deixa de ser entendido como algo inferior ou descartável (como Platão

171
percebia, por exemplo), e passa a ser pressuposto de conhecimento seguro e verdadeiro. A ação da ra-
zão é, então, fundamental para guiar a vida humana, mas ela precisa ser “alimentada” pelas sensações.
Para a teoria do conhecimento de Locke, as ideias do ser humano vem das sensações externas e inter-
nas. Dependem, por um lado, do poder que as coisas externas tem de afetar o indivíduo por suas qua-
lidades primárias (aquilo que elas são, ou seja, os objetos reais) ou secundárias (o que são capazes de
provocar); e por outro, da capacidade humana de percebê-las e de refletir sobre elas.
É a recepção atual de ideias de fora que nos adverte da existência de outras coisas e nos permite
conhecer a existência de algo, naquele instante, fora de nós, de algo que causa em nós a ideia, mes-
mo que não saibamos nem imaginemos o que seja. Em nada diminui a certeza de nossos sentidos e
das ideias deles recebidas pelo fato de não sabermos qual via as produziria. Por exemplo, enquan-
to escrevo, produz-se em minha mente, pelo papel que afeta meus olhos, a ideia chamada branco,
não importa qual objeto cause. Eu sei que essa qualidade ou acidente (cuja aparição diante de meus
olhos causa sempre essa ideia) realmente existe fora de mim. A maior garantia do alcance de minhas
faculdades é o testemunho de meus olhos, próprios e únicos juízes, que confio ser tão certo que não
ouso duvidar, enquanto escrevo, de que vejo branco e preto, realmente existentes e causando em
mim uma sensação, assim como eu não duvidaria que ao escrever movo minha mão (LOCKE, John.
Ensaio sobre o entendimento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2012. p. 693-694).
Outro grande representante do empirismo foi o escocês David Hume (1711-1776), que para desenvolver
suas investigações sobre o conhecimento humano, teve como referência o avanço das ciências natu-
rais, da física e da mecânica de Isaac Newton, que buscava os princípios que ordenam os acontecimen-
tos naturais da mente: as ideias e os pensamentos.
Quais são as regras para a associação entre as ideias? Que tipos de ideias existem? O que é imaginação?
Para ele, as respostas a essas indagações só podem ser dadas mediante a aplicação do método experi-
mental ao estudo da mente humana.
As percepções da mente humana se reduzem a dois gêneros distintos que chamarei impressões e
ideias. A diferença entre estas consiste nos graus de força e vividez com que atingem a mente e pe-
netram em nosso pensamento ou consciência. As percepções que entram com mais força e violên-
cia podem ser chamadas de impressões; sob esse termo inclui todas as nossas sensações, paixões e
emoções, em sua primeira aparição à alma. Denomino ideias as pálidas imagens dessas impressões
no pensamento e no raciocínio, como, por exemplo, todas as percepções despertadas pelo presente
discurso, excetuando-se apenas as que derivam da visão e do tato, e excetuando-se igualmente o
prazer ou o desprazer imediatos que esse mesmo discurso possa vir a ocasionar. Creio que não serão
necessárias muitas palavras para explicar essa distinção. Cada um, por si mesmo, percebe imedia-
tamente a diferença entre sentir e pensar (David Hume. Tratado da natureza humana. São Paulo,
Unesp, 2009. Adaptado).
Contudo, se na teoria de Hume a causa das impressões sensíveis não eram as coisas materiais e con-
cretas, então, de onde elas vieram ou como se manifestam na mente humana? O Princípio de cau-
salidade é o agente que liga dois processos, sendo um a causa e outro o efeito, em que o primeiro é
entendido como sendo, ao menos em parte, responsável pela existência do segundo, de tal modo que o
segundo é dependente do primeiro. Diz-se “em parte” porque um efeito pode ter mais de uma causa em
seu passado. E o outro de necessidade é o efeito, na mente, da impressão de uma união constante de
objetos no passado, e é reiteração da imagem dessa união constante que faz a mente supor que ela se
repetirá no futuro.
Quanto às impressões provenientes dos sentidos, sua causa última é, em minha opinião, inteiramen-
te inexplicável pela razão humana, e será para sempre impossível decidir com certeza se elas surgem
imediatamente do objeto, se são produzidas pelo poder criativo da mente, ou ainda se derivam do
autor de nosso ser. Tal questão, diga-se de passagem, não tem nenhuma importância para nosso

172
propósito presente. Podemos fazer inferências partindo da coerência de nossas percepções, sejam
estas verdadeiras ou falsas, representem elas a natureza de maneira correta ou sejam meras ilusões
dos sentidos (HUME, David. Tratado da natureza humana: uma tentativa de introduzir o método ex-
perimental de raciocínio nos assuntos morais. São Paulo: Editora Unesp/Imprensa Oficial do Estado,
2001. p. 113)
Podemos notar que os filósofos empiristas foram influenciados pelo desenvolvimento das ciências na-
turais do século XVII e início do século XVIII, responsável por fundar a ciência moderna. O modelo de
investigação construído por diversos cientistas, em especial por Galileu Galilei e por Isaac Newton, ba-
seava-se, entre outros princípios, na observação e na experimentação. Hume buscou utilizar, nas ciên-
cias humanas, essa metodologia até então bem-sucedida nas ciências naturais. Uma passagem da obra
Óptica, na qual Newton trata do método científico, pode explicar as características dessa metodologia:
Como na matemática, assim também na filosofia natural, a investigação de coisas difíceis pelo méto-
do de análise deve sempre preceder o método de composição. Esta análise consiste em fazer experi-
mentos e observações, e em traçar conclusões gerais deles por indução, não se admitindo nenhuma
objeção às conclusões, senão aquelas que são tomadas dos experimentos (...).Pois as hipóteses não
devem ser levadas em conta em filosofia experimental. (NEWTON, Isaac. Óptica. São Paulo: Nova
Cultural, 1996. P. 297-298 (Coleção Os Pensadores).
Tanto os racionalistas quanto os empiristas procuravam investigar a fonte ou origem do conhecimento,
com o objetivo de encontrar fundamentos ou princípios seguros nos quais eles pudessem sustentar,
o que possibilitaria o conhecimento científico. Isso tudo sem deixar de lado a problemática existente
entre a experiência sensível e o conhecimento científico.

PARA SABER MAIS:


JOHN LOCKE (1) – SENSAÇÃO, REFLEXÃO E EMOÇÕES | EMPIRISMO BRITÂNICO
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=iyAWuHgyqr0>. Acesso em: 13 jun. 2021.
JOHN LOCKE (2) – ASSOCIACIONISMO, EDUCAÇÃO E GOVERNO | EMPIRISMO BRITÂNICO
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RoQlbAXKsaM>. Acesso em: 13 jun. 2021.
DAVID HUME (1) – O ESTUDO DA NATUREZA HUMANA | EMPIRISMO BRITÂNICO
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Sak1rOiC7fM>. Acesso em: 13 jun. 2021.

REFERÊNCIAS:
MELANI, Ricardo. Diálogos: primeiros estudos em filosofia. Ed.São Paulo: Moderna,2016.

ATIVIDADES
1 - Leia a citação e responda às questões:
“O entendimento não tem, ao que me parece, a mais vaga noção de ideias que não receba de uma destas
fontes, objetos externos, que oferecem à mente ideias de qualidade sensíveis, cada uma delas diferen-
tes percepções produzidas em nós, e a mente, que oferece ao entendimento ideias de suas próprias
operações.

173
(…) não há em nossa mente nada que não entre por uma dessas duas vias. Que cada um examine seus
próprios pensamentos, vasculhe todo o seu entendimento e me diga se as ideias originais que ali en-
contra são mais que objetos dos sentidos ou que operações da mente tomadas como objetos de refle-
xão” (LOCKE, John.Ensaio sobre o entendimento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2012. P.99).

De acordo com o texto, quais são as fontes de nossas ideias? Podemos dizer que o autor defende o po-
sicionamento de qual corrente do pensamento? Justifique.

2 - (UNICAMP/2014) A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico
moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da supressão provisória de todo
conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito
crítico próprio da Filosofia (Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar: Porto Alegre:
Editora Globo, 1970, p.11). A partir do texto, é correto afirmar que:
a) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando opiniões e verdades são
coincidentes.
b) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do pensamento
filosófico moderno.
c) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos equivalentes.
d) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e dispensar o rigor
metodológico.
e) O senso comum determina o caminho para o encontro da verdade.

3 - O filósofo René Descartes pertenceu a corrente de pensamento filosófica denominada:


a) Empirismo.
b) Liberalismo.
c) Racionalismo.
d) Existencialismo.
e) Materialismo.

174
SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
Conhecer.

TEMA/TÓPICO:
Objetividade e verdade / Dogmatismo, ceticismo, pragmatismo e criticismo.

HABILIDADE(DE):
Distinguir e relacionar as diversas formas de pensar, sujeito e objeto, objetividade e verdade.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Objetividade e Subjetividade; Verdade; Ceticismo; Dogmatismo; Realismo; Relativismo; Pragmatismo.

TEMA: Verdade, Dogmatismo, Ceticismo, Pragmatismo e Criticismo


Olá, estudante!
Desde a infância acreditamos que o mundo existe, que é tal como o percebemos e tal como nos ensina-
ram que ele é. Essa crença nos permite, por exemplo, interpretarmos a realidade, organizarmos nossa
economia, criarmos instituições sociais e políticas. Acreditamos que o mundo pode ser modificado por
nós, e também que ele é explicado pelas religiões e ciências e que é representado pelas artes. Acredi-
tamos que os outros seres humanos também são racionais, pois graças à linguagem, trocamos ideias
e opiniões.
Porém, o que assegura que os conhecimentos sobre os quais nossa crença se apoia são verdadeiros?
Qual é a garantia de que nosso conhecimento não passa de um engano, de um erro, de que nossas opi-
niões são falsas e não correspondem à realidade?

O que é verdade?
Esta é uma busca fundamental e constante da filosofia. Nossa ideia de verdade foi construída ao longo
dos séculos com base em três concepções diferentes, cujos conceitos nos vêm da língua grega, da la-
tina e da hebraica.
Em grego, verdade se diz aletheia, e significa “o não esquecido”. Para Platão, é aquilo que se mostra ou
manifesta aos olhos do corpo e do espírito. O verdadeiro se opõe ao falso. Assim, a verdade é uma ma-
nifestação da realidade. Sendo assim, o verdadeiro é o ser (o que algo realmente é) e o falso é o parecer
(o que algo aparenta ser, mas não é). Em latim, verdade se diz veritas, e significa “precisão” e rigor de um
relato. O Verdadeiro se refere, portanto, à linguagem como narrativa de fatos reais. Sendo assim, seu
oposto é a mentira ou a falsificação.
Em hebraico, verdade se diz emunah, que significa “confiança”. Nesta concepção, verdadeiro é aquilo
que tem credibilidade. A verdade, neste sentido, se relaciona com a presença, a cumplicidade de al-
guém (seja Deus, seja o ser humano) e com a espera de que a promessa ou pacto se cumpra.
A concepção de verdade que circula hoje em nossa sociedade é uma síntese das três concepções acima
citadas. Nossa concepção da verdade abrange o que é (a realidade), o que foi (os acontecimentos do
passado) e o que será (as ações futuras). O problema da verdade, ou melhor, a verdade como problema,
foi tratada por duas correntes filosóficas importantes: o ceticismo e o dogmatismo.

175
Dogmatismo e Ceticismo
O que é o Dogmatismo?
Ao longo da história, o dogmatismo assumiu diversos significados, inclusive pejorativos. No entendi-
mento geral, é dogmático o conhecimento imposto sem que se prove sua verdade ou se discuta sua
validade. Na filosofia, pode significar também a crença de que é possível alcançar verdades absolutas
ou, ainda, a busca pelo conhecimento que ultrapassa as faculdades de conhecer da razão.Porém, o es-
tranhamento e a dúvida diante das coisas, que irá romper com o pensamento dogmático. O termo dog-
matismo surgiu ainda na Antiguidade para demarcar uma oposição ao ceticismo. Assim, os filósofos
dogmáticos eram os que definiam sua opinião sobre todos os assuntos, enquanto os céticos não a de-
finiam. Um dos primeiros filósofos a utilizar o termo desse modo foi e Sexto Empírico, um cético pirrô-
nico que teria vivido entre os séculos II e III. Para ele, eram dogmáticos todos os que não eram céticos.

O que é o Ceticismo?
É uma corrente filosófica fundada pelo filósofo grego Pirro (318-272 a.C.), caracterizada, essencialmen-
te, por duvidar de todos os fenômenos que rodeiam o ser humano. A palavra ceticismo vem do grego
“sképsis” que significa “exame, investigação”. Atualmente, a palavra designa aquelas pessoas que du-
vidam de tudo e não acreditam em nada. Podemos afirmar que o ceticismo defende que a felicida-
de consiste em não julgar coisa alguma; mantém uma postura de neutralidade em todas as questões;
questiona tudo o que lhe é apresentado; não admite a existência de dogmas, fenômenos religiosos ou
metafísicos. Aqueles que estejam dispostos a aceitar estas condições, seriam capazes de alcançar a
epoché, que consiste em não emitir opiniões sobre qualquer tema. Em seguida, entramos no estado de
ataraxia (despreocupação) e somente assim, poderemos viver a felicidade, com a renúncia de qualquer
condição de certeza.
Vimos até aqui que o ceticismo e o dogmatismo são duas correntes filosóficas opostas. Mas existem
mais oposições na filosofia. Por exemplo, aquela que existe entre os pragmáticos e os críticos. Vejamos
de que se trata.

Pragmatismo e Criticismo
O que é o Pragmatismo?
É uma palavra derivada do grego “pragmatikos” que significa “ o que é próprio da ação, o que é eficaz”,
“ação que se faz, o que se faz, o que se deve fazer”.
O pragmatismo propõe que o raciocínio siga caminhos similares aos da ciência, priorizando observação
de fenômenos, testes, formulação de hipóteses e revisão de teorias. Para o pragmatismo, não existem
verdades absolutas.
A marca do verdadeiro é a verificabilidade dos resultados e a eficácia de sua aplicação. Essa concepção
de verdade está muito próxima da teoria de correspondência entre coisa e ideia, para qual o resultado
prático na maioria das vezes, é conseguido porque o conhecimento alcançou as próprias coisas e pode
agir sobre elas.
William James foi o primeiro filósofo que registrou o uso do termo em 1898, creditando o autor a Char-
les Sanders Peirce. O termo pragmatismo passou a ser usado por Peirce, a partir do ano de 1905, para
nomear sua filosofia. Ele alterou o termo original, pragmatismo, pois os jornais literários o usavam de
maneira desaprovada pelo autor.

O que é o Criticismo?
É uma doutrina filosófica que nega todo o conhecimento cujos fundamentos não tenham sido anali-
sados criticamente. Elaborado pelo filósofo iluminista Immanuel Kant (1724-1804), o criticismo cons-

176
truiu-se como uma opção metodológica ao racionalismo e ao empirismo, que há séculos dividiam os
estudiosos sobre a maneira pela qual o conhecimento é adquirido. Kant defendia que o conhecimento
é resultado da interação entre o objeto de estudo e o sujeito. Para ele, os indivíduos possuem um con-
junto de conhecimentos “a priori”, que são anteriores às experiências e conhecimentos resultantes de
experiências, chamados de “a posteriori”.
Insatisfeito com ambas as doutrinas, e inspirado pelas ideias do empirismo David Hume, Kant demons-
tra que o conhecimento é adquirido por meio da interação entre o objeto e o sujeito e tem como ponto
de partida o interesse do indivíduo em aprender sobre o objeto. Ou seja, Kant coloca o sujeito como
peça principal em um processo de conhecimento.
Diferente da perspectiva ceticista, Kant acredita na possibilidade do conhecimento, mas defende que o
indivíduo tem um conteúdo sensível, a partir do qual ele capta e interpreta informações. Isso significa
que um pensamento não pode ser explicado com elementos externos ao indivíduo, mas deve ser rela-
cionado com o próprio funcionamento de sua mente. Ao compreender a relação entre o sujeito e o co-
nhecimento – colocando o indivíduo como peça central dessa relação – Kant promove uma revolução na
maneira de entender como o processo de aprendizagem acontece. Essa mudança de perspectiva ficou
conhecida como Revolução Copernicana, numa referência à Copérnico, que revolucionou a ciência ao
mostrar que não era a Terra o centro do universo, mas o Sol. Estudaremos um pouco sobre Kant e sua
teoria, nas semanas cinco e seis deste nosso PET.

PARA SABER MAIS:


Em busca da Verdade - Ceticismo e Dogmatismo
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=J2KDbn8XQAQ>. Acesso em: 13 jun. 2021.
O que é “VERDADE”? A Filosofia explica
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-KnQpSEkf_g>. Acesso em: 13 jun. 2021.

REFERÊNCIAS:
MELANI, Ricardo.Diálogos: primeiros estudos em filosofia. Ed.São Paulo: Moderna, 2016.

ATIVIDADES
1 - Entre os filósofos abaixo, qual pode seguramente ser considerado um cético?
a) Aristóteles.
b) Pirro.
c) Platão.
d) Kant.
e) Hume.

2 - Pirro de Élida é considerado o fundador do ceticismo. Esse filósofo não escreveu nenhum livro e
temos poucas informações sobre sua vida e as que temos não é possível saber ao certo em que medida
são verdadeiras. Uma dessas histórias afirma que durante uma tempestade em alto-mar, num barco no

177
qual todos os tripulantes estavam desesperados com o perigo da morte, Pirro permaneceu tranquilo,
sem qualquer demonstração de medo. Qual a relação entre o ceticismo e esse comportamento de Pirro?
a) A epoché do cético leva à indiferença em relação a tudo e, assim, à tranquilidade.
b) O cético tem um problema cerebral que o impede de sentir medo.
c) O cético é uma pessoa que já nasce tranquila com uma capacidade natural de não se afetar.
d) O cético acredita que o pior nunca acontece​.
e) Nenhuma das alternativas acima.

3 - Cite exemplos de comportamentos e formas de interpretação da realidade que se inspiram no


dogmatismo.

4 - (Enem 2017) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates
paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os
temperamentais, como Alcibíades sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes,
mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. Sobretudo a esses
jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação (BRÉHIER, E. História da filosofia.
São Paulo: Mestre Jou, 1977).
O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na:
a) Contemplação da tradição mítica.
b) Sustentação do método dialético.
c) Relativização do saber verdadeiro.
d) Valorização da argumentação retórica.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.

178
SEMANA 5

EIXO TEMÁTICO:
Conhecer.

TEMA/TÓPICO:
Objetividade e verdade / Filosofia crítica ou transcendental.

HABILIDADE(DE):
Distinguir e relacionar as diversas formas de pensar, experiência, entendimento, dogmatismo, razão.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Iluminismo. Filosofia crítica.

TEMA: Iluminismo
Olá, estudante!
“É evidente que todas as ciências têm uma relação, maior ou menor, com a natureza humana; e que por
mais que alguma dentre elas possa parecer se afastar dessa natureza, ela sempre retornará por um cami-
nho ou outro. Mesmo a matemática, a filosofia da natureza e a religião natural dependem em certa medida
da ciência do homem, que as julgam por meio de seus poderes e faculdades. Assim, como a ciência do
homem é o único fundamento sólido para as outras ciências, assim também o único fundamento sólido
que podemos dar a ela deve estar na experiência e na observação. “
HUME, David. Tratado da natureza humana: uma tentativa de introduzir o método experimental de racio-
cínio nos assuntos morais. São Paulo: Editora Unesp/ Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 20-23.

Iluminismo
Foi um movimento intelectual, filosófico e cultural que se tornou popular no século XVII e XVIII, conhe-
cido como “Século das Luzes”. Surgida na França, a principal característica desta corrente de pensa-
mento foi defender o uso da razão sobre o da fé para entender e solucionar os problemas da sociedade,
que deveria ter maior liberdade econômica e política. Os principais filósofos iluministas foram: Montes-
quieu (1689-1755), Voltaire (1694-1778), Diderot (1713-1784), D’Alembert (1717-1783), Rousseau (1712-1778),
John Locke (1632-1704), Adam Smith (1723-1790), entre outros. Os iluministas acreditavam que pode-
riam reestruturar a sociedade do Antigo Regime. Através da união de escolas de pensamento filosófi-
cas, sociais e políticas, enfatizavam a defesa do conhecimento racional para desconstruir preconceitos
e ideologias religiosas. Por sua vez, essas seriam superadas pelas ideias de progresso e perfectibilida-
de humana.
O iluminismo rejeitava a herança intelectual medieval e, por isso, passaram a chamar este período de
“Idade das Trevas”. Foram esses pensadores que inventaram a ideia que nada de bom havia acontecido
nesta época, o que não é necessariamente verdadeiro.
As ideias iluministas se espalharam de tal modo que muitos governantes buscaram implantar medidas
embasadas no iluminismo para modernizar seus respectivos Estados.
Isso acontecia sem que os monarcas abdicassem de seu poder absoluto, apenas conciliando-o aos in-
teresses populares. Deste modo, a postura destes governantes ficou conhecida como Despotismo Es-
clarecido.

179
O Iluminismo chegou ao Brasil através das publicações que eram contrabandeadas para a Colônia.
Igualmente, vários estudantes que iam à Universidade de Coimbra, em Portugal, também tinham con-
tato com as ideias iluministas e passaram a difundi-las.
Essas ideias passavam a questionar o próprio sistema colonial e fomentar o desejo de mudanças. As-
sim, o movimento das Luzes influenciou a Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração Baiana (1798) e a
Revolução Pernambucana (1817).
Os ideais iluministas tiveram sérias implicações sociopolíticas. Como exemplo, o fim do colonialismo e
do absolutismo e implantação do liberalismo econômico, bem como a liberdade religiosa, o que culmi-
nou em movimentos como a Revolução Francesa (1789).

Immanuel Kant - Investigação da razão


Os estudos do alemão Immanuel Kant são referências tanto para filosofia moderna como para a con-
temporânea. Sua filosofia, que é considerada o ponto alto da reflexão do movimento iluminista, influen-
ciou muitas das principais correntes filosóficas contemporâneas. Vamos estudar os aspectos da filo-
sofia kantiana, conhecida como filosofia crítica.
(…) é um convite à razão para de novo empreender a mais difícil das suas tarefas, a do conhecimento
de si mesma e da constituição de um tribunal que lhe assegure as pretensões legítimas e, em contra-
partida, possa condenar-lhe todas as presunções infundadas; e tudo isto, não por decisão arbitrária,
mas em nome das suas leis eternas e imutáveis. Esse tribunal outra coisa não é que a própria crítica
da razão pura (KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 3. Ed. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian,
1994, p.5).
A obra de Kant é um convite para que a razão humana se auto investigue, isto é, averigue suas possibili-
dades e seus limites, o que ela pode ou não conhecer. Por meio dessa investigação, as pretensões legí-
timas da razão seriam enaltecidas, enquanto suas falsas presunções seriam rebatidas. A razão ergueria
uma espécie de tribunal para julgar-se a si mesma. A obra de Kant seria esse tribunal, no qual seriam
investigadas as leis eternas e imutáveis e, portanto, universais e necessárias, da razão.
Dessa maneira, a expressão “filosofia crítica” condiz com a investigação kantiana. Afinal, entendemos
atitude crítica como aquela que se baseia na reflexão profunda e independente, que não aceita nada
que não seja alvo de exame da razão ou dos princípios racionais. É o que faz a filosofia de Kant, convi-
dando a razão a investigar seus princípios ou suas leis universais.
Admito sem hesitar: a recordação de David Hume foi exatamente aquilo que, há muitos anos, primei-
ro interrompeu meu sono dogmático e deu uma direção completamente diversa à minhas investiga-
ções no campo da filosofia especulativa.
(…) Investiguei, em primeiro lugar, se a objeção de Hume não se deixaria representar de forma geral,
e logo descobri que o conceito da conexão de causa e efeito está longe de se o único pelo qual o en-
tendimento pensa a priori conexões entre coisas, e, mais ainda, descobri que a metafísica consiste
inteiramente nesses conceitos (KANT, Immanuel. Prolegômenos a qualquer metafísica futura que
possa apresentar-se como ciência. São Paulo: Estação Liberdade, 2014. P. 28).
O rumo das investigações de Kant sobre o conhecimento humano foi determinado pela crítica de David
Hume ao princípio de causalidade. Os racionalistas defendem a ideia de que a metafísica poderia ex-
plicar o Universo e provar, por exemplo, a existência de Deus ou a imaterialidade da alma, como tentou
fazer René Descartes. Eles acreditavam que todo esse conhecimento seria alcançado apenas com o
uso da razão, sem o auxílio da sensibilidade.

180
Se a conclusão de Hume fosse considerada correta, seria possível afirmar que o conhecimento humano
teria um alcance muito limitado. Foi nesse sentido que Kant orientou suas investigações.
Para Kant, as impressões sensíveis fornecidas pela experiência atuam na construção de nosso conhe-
cimento sobre o mundo. No entanto, nós não conseguiríamos apreender essas impressões sem uma
prévia capacidade de conhecer.

PARA SABER MAIS:


Iluminismo.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5jrGMeGYc3w>. Acesso em: 13 jun. 2021.
Kant e a grande revolução da Filosofia.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2-HlwkOBueE>. Acesso em: 13 jun. 2021.

REFERÊNCIAS:
MELANI, Ricardo.Diálogos: primeiros estudos em filosofia. Ed.São Paulo: Moderna, 2016.
O que é iluminismo. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-ilu-
minismo.html>. Acesso em: 13 jun. 2021.

ATIVIDADES
1 - O Iluminismo ou Ilustração foi uma escola filosófica que criticava abertamente o poder absoluto dos
reis. No entanto, os próprios iluministas propunham um novo sistema político que consistia:
a) Na limitação do poder real através da Constituição e das leis municipais.
b) Na divisão do poder absoluto em três ramos distintos, mas interligados no Executivo, Legislativo
e Judiciário.
c) Na criação de uma Assembleia de Notáveis em cada país cuja função seria fiscalizar o poder do
rei e assim evitar abusos.
d) Na supressão da figura do monarca e sua substituição por uma democracia direta eleita por su-
frágio universal.
e) Em desequilibrar o poder de decisão.

2 - O Iluminismo é uma filosofia que deixou marcas profundas na sociedade ocidental. Atualmente,
inclusive, podemos verificar a influência do iluminismo em fatos como:
a) Criação da Constituição.
b) Elaboração de leis escritas.
c) Surgimento do parlamento.
d) Instituição dos Três Poderes.
e) Na conscientização.

181
3 - (Cesgranrio) O movimento conhecido como Ilustração ou Iluminismo marcou uma revolução
intelectual, ocorrida na sociedade europeia ao longo do século XVIII. O Iluminismo, em seu âmbito
intelectual, expressou a:
a) Negação do humanismo renascentista baseado no experimentalismo, na física e na matemática.
b) Aceitação do dogmatismo católico e da escolástica medieval.
c) Consolidação do racionalismo como fundamento do conhecimento humano.
d) Supremacia da idéia de providência divina para a explicação dos fenômenos naturais.
e) Nenhuma das alternativas acima citadas.

4 - Explique resumidamente por que o século XVIII acabou sendo conhecido como o “Século das Luzes”.

182
SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
Conhecer.

TEMA/TÓPICO:
Objetividade e verdade / Filosofia crítica ou transcendental.

HABILIDADE(DE):
Distinguir e relacionar as diversas formas de pensar, experiência, entendimento, dogmatismo, razão, auto-
nomia e liberdade e arte.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Conhecimento a priori e a posteriori.

TEMA: Conhecimento a priori e a posteriori.


Olá, estudante!
Nessa semana, continuaremos nossos estudos abordando mais um aspecto do rico pensamento de
Kant, sua filosofia transcendental. A palavra transcendental significa o tipo de conhecimento que in-
vestiga os princípios gerais, os conceitos a priori que possibilitam a experiência sensível e o conhe-
cimento. Com isso teremos ainda mais subsídios para uma reflexão crítica e profunda sobre o nosso
conhecer e agir no mundo.

Conhecimento a priori e a posteriori


Quando alguém diz “esta bola é branca”, afirma coisas com base no conhecimento sensível, que não
apresenta necessidade de lógica e universalidade. Kant chamou esse tipo de conhecimento de a pos-
teriori, ou seja, conhecimento adquirido depois da experiência.
Há no entanto um outro tipo de conhecimento, alicerçado no raciocínio lógico, que ele denominou a
priori, ou seja, anterior à experiência sensível. Exemplo: “o casado não é solteiro”, “o triângulo tem três
lados”. Podemos perceber que este tipo de afirmação ou juízo (juízos são o estabelecimento de relação
entre duas coisas) se baseiam no conhecimento a priori, ou seja, o predicado está implicado no sujeito
ou faz parte do próprio conceito. Sendo assim, os juízos do conhecimento a priori são explicativos ou
analíticos, e nada acrescentam ao que já é conhecido. Já o conhecimento fundamentado na experiên-
cia sensível, cujo predicado não está implicado no sujeito nem faz parte do conceito, são conhecidos
como juízos empíricos/ampliativos ou sintéticos.
Os juízos analíticos são necessários (são assim e não podem ser de outro modo), e os juízos sintéticos
são contingentes (são deste modo muito embora possam ser de outro).
Não resta dúvida de que todo o nosso conhecimento começa pela experiência; efetivamente, que
outra coisa poderia despertar e pôr em ação a nossa capacidade de conhecer senão os objetos que
afetam os sentidos e que, por um lado, originam por si mesmos as representações, e por outro lado,
põem em movimento a nossa faculdade intelectual e levam-na a compará-las, ligá-las ou separá-las,
transformando assim a matéria bruta das impressões sensíveis num conhecimento que se denomina
experiência? Assim, na ordem do tempo, nenhum conhecimento precede em nós a experiência, e é
com esta que todo conhecimento tem o seu início (KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 3. Ed.Lis-
boa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994. P.36).

183
Há ainda juízos que são ao mesmo tempo sintéticos e a priori. Sintéticos, pois envolvem relações entre
várias impressões sensíveis ou percepções distintas. A priori, porque englobam elementos da razão ou
da capacidade de conhecer que são independentes da experiência sensível e a possibilitam.
(…) se retirarmos das intuições empíricas dos corpos e suas alterações (movimento) tudo o que é
empírico, a saber, o que pertence à sensação, restam ainda espaço e tempo, que são, portanto, in-
tuições puras nas quais as intuições empíricas se fundam a priori, e por isso não podem ser retira-
das, mas precisamente por serem intuições puras a priori, provam que são meras formas da nossa
sensibilidade, que devem preceder toda intuição empírica, isto é, percepção de objetos reais, e em
conformidade com as quais objetos podem ser conhecidos a priori, embora, é certo, apenas como
aparecem para nós (KANT, Immanuel. Prolegômenos a qualquer metafísica futura que possa apre-
sentar-se como ciência. São Paulo: Estação Liberdade, 2014. p.56).
O conhecimento, na concepção kantiana, é um composto entre sensibilidade e entendimento. A sen-
sibilidade é a capacidade humana de receber as impressões sensíveis, de intuir; já o entendimento é a
capacidade de pensar as representações da percepção.
Sem sensibilidade, nenhum objeto nos seria dado; sem o entendimento, nenhum seria pensado. Pen-
samentos sem conteúdos são vazios; intuições sem conceitos são cegas (KANT, Immanuel. Crítica
da razão pura. 3. Ed. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian, 1994. P. 89)
Dessa forma Kant, estabelece o limite do conhecimento humano. Para que se conheça algo, esse algo
tem de ser conformado pelas intuições a priori da sensibilidade, que são as noções de espaço e de tem-
po, e pelos conceitos a priori do entendimento. Kant chama esse objeto conformado de fenômeno. O
ser humano só pode conhecer a representação de um objeto como esta representação lhe aparece na
consciência. E esse parecer tem regras. Sem essas regras de conformação, o ser humano não receberia
as impressões sensíveis, não criaria representações, não pensaria e, portanto, não teria conhecimento.
A investigação kantiana deixou claro o limite do conhecimento humano: só podemos conhecer fenô-
menos, isto é, representações, que são conformados pelas intuições da sensibilidade e pelas catego-
rias do entendimento humano.
Assim é apenas por meio da forma da intuição sensorial que podemos intuir a priori, mas por esse
meio podemos apenas conhecer objetos tal como eles podem aparecer para nós ( para nossos sen-
tidos), e não como podem ser em si mesmos (…) (KANT, Immanuel. Prolegômenos a qualquer meta-
física futura que possa apresentar-se como ciência. São Paulo: Estação Liberdade, 2014. P. 55-56).
Com esta linha de argumentação, Kant provocou uma revolução na teoria do conhecimento, que ele
mesmo designou como “virada copernicana na filosofia”, reafirmando que o homem é o centro do co-
nhecimento. O ser humano não é agente passivo, que só recebe informações, mas atua decisivamente
na constituição do conhecimento e do que se compreende como realidade.
O conhecimento seria em grande parte produto da atividade do sujeito que conhece.
Só um ser racional tem capacidade de agir segundo a representação das leis, isto é, segundo prin-
cípios,ou só ele tem uma vontade. (…) a vontade é a faculdade de escolher só aquilo que a razão, in-
dependentemente da inclinação, reconhece como praticamente necessário, quer dizer, como bom.
Mas se a razão só por si não determina suficientemente a vontade (…) numa palavra, se a vontade não
é em si plenamente conforme à razão (como acontece realmente entre os homens), então as ações,
que objetivamente são reconhecidas como necessárias, são subjetivamente contingentes, e a de-
terminação de uma tal vontade, conforme a leis objetivas, é obrigação; quer dizer, a relação das leis
objetivas para uma vontade não absolutamente boa apresenta-se como a determinação da vontade
de um ser racional (…) (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo:
Abril Cultural, 1980. P 123-124. (Coleção Os Pensadores).

184
O ser humano tem, portanto, livre-arbítrio. É um ser não apenas racional, mas tem sentimentos, emo-
ções, impulsos e suas atitudes e ações podem sofrer influência por parte de interesses pessoais. Nessa
perspectiva, a fonte da ética ou da moralidade humana é a razão, no sujeito transcendental. A fonte e as
consequências desta ética fundada no sujeito, Kant designou como imperativo categórico:
Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de
uma legislação universal (KANT, Immanuel. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, 1994. P. 42)
Além de tratar do conhecimento e da moral, Kant voltou-se também para o juízo estético e a investi-
gação do belo. Ele procurou explicar a arte e o belo a partir da superação dos critérios do objetivo e do
subjetivo. A experiência estética, isto é, o juízo de gosto sobre o belo, é diferente da mera sensação de
prazer particular.
No entanto, quando se afirma que uma coisa é bela, espera-se que as outras pessoas compartilhem
do mesmo juízo. Quando se diz, por exemplo, “veja a beleza dessa flor!”, espera-se que essa beleza
não seja algo percebido apenas pelo indivíduo que exclamou. Um juízo estético, então, apesar de ser
essencialmente subjetivo, pois advém do prazer de cada um, pressupõe universalidade subjetiva. Para
Kant, a arte não é uma imitação pura e simples da natureza, embora, para ele, o belo natural seja su-
perior ao belo .

PARA SABER MAIS:


Kant - Ética do dever.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dtJKzLO_0OE>. Acesso em: 13 jun. 2021.
Crítica da Razão Pura Immanuel Kant.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ubeX51CSW3A>. Acesso em: 13 jun. 2021.
Diferença entre o belo e o agradável na filosofia de Kant.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-1GhnYJ7-6M>. Acesso em: 13 jun. 2021.

REFERÊNCIAS:
MELANI, Ricardo. Diálogos: primeiros estudos em filosofia. Ed.São Paulo: Moderna, 2016.

ATIVIDADES
1 - Immanuel Kant dedicou sua Crítica da razão pura à questão do conhecimento. De acordo com o
que escreve o filósofo alemão na abertura da parte sobre a “razão em geral” desta obra, todo o nosso
conhecimento começa:
a) Na razão, vai daí aos sentidos e termina no entendimento.
b) Na razão, vai do entendimento e termina nos sentidos.
c) Nos sentidos, vai daí ao entendimento e termina na razão.
d) No entendimento, vai da razão e termina na ilusão.
e) Nenhuma das alternativas acima citadas.

185
2 - Sobre a questão do conhecimento na filosofia kantiana, é CORRETO afirmar que:
a) O ato de conhecer se distingue em duas formas básicas: conhecimento empírico e conhecimen-
to puro.
b) Para conhecer, é preciso se lançar ao exercício do pensar conceitos concretos.
c) As formas distintas de conhecimento, descritas na obra Crítica da razão pura, são denominadas,
respectivamente, juízo universal e juízo necessário e suficiente.
d) O registro mais contundente acerca do conhecimento se faz a partir da distinção de dois juízos,
a saber: juízo analítico e juízo sintético ou juízo de elucidação.
e) Nenhuma das alternativas acima citadas.

3 - Acerca do formalismo moral desenvolvido na filosofia Kantiana, julgue de acordo com Kant, a seguinte
colocação: “ agir racionalmente que depende dos princípios, e a vontade é da razão prática”. Justifique.

186
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA INGLESA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 3º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua estrangeira.

TEMA/TÓPICO:
Tema 1: Compreensão escrita (leitura) / Tópico: 4. Características formais, lexicais e sintáticas de gêneros
textuais diferentes.

HABILIDADE(S):
4.1. Reconhecer as características básicas dos vários gêneros textuais.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Reading comprehension.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Redação: textos argumentativos.

TEMA: READING ARGUMENTS

Hello, there! O objetivo dessa semana é ler e compreender debates online. Study hard!

BREVE APRESENTAÇÃO
Nesta aula você precisa se lembrar de como funciona a língua inglesa porque o foco será em leitura e
compreensão.

187
ATIVIDADES
1 - Take a look at the following pictures and answer:
a) What can you do in a village in the countryside?

b) What can elderly people do in big cities and in


the countryside? List a few activities.

c) In what ways are the pictures of Brussels and


Moscow similar to big city life in Brazil?

2 - Read the text below and answer the questions.

188
a) Is country life better than city life? What is your opinion about that?

b) What are the website users’ opinions?

c) Are the text fragments above part of an online survey, a debate or research? How do you know?

d) In these fragments, are people stating arguments, personal opinions or others’ ideas? How do
you know?

e) What are the arguments in favor of life in the countryside?

f) What are the arguments in favor of life in the city?

3 - Imagine you are a user of the website. Is country life better than city life? Why? Use arguments to
defend your point of view.

PARA SABER MAIS:


Debating: <https://www.myenglishpages.com/english/communication-lesson-useful-expres-
sions-for-debating.php>. Acesso em: 24 maio 2021.

REFERÊNCIAS:
BRAGA, Junia; RACILAN, Marcos; GOMES, Ronaldo. New Alive High: ensino médio. São Paulo: Edi-
ções SM, 2020. Unit 10: p. 150-151.

189
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua estrangeira.

TEMA/TÓPICO:
Tema 5: Conhecimento léxico-sistêmico / Tópico: 20. Funções sociocomunicativas dos marcadores do dis-
curso.

HABILIDADE(S):
20.1. Identificar e/ou fazer uso adequado dos marcadores do discurso (palavras de ligação) e das relações
semânticas que ajudam a estabelecer nos vários gêneros textuais orais e escritos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Comparative form.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Vida e sociedade.

TEMA: HOW TO STRUCTURE ARGUMENTS

Hello, there! Nessa semana você compreenderá as semelhanças e diferenças da vida na cidade e no
campo, como são suas relações com a natureza e modo de viver. Study hard!

BREVE APRESENTAÇÃO
Deixe sua habilidade de leitura afiada para ampliar o vocabulário e apresentar seu ponto de vista.

REFERÊNCIAS:
BRAGA, Junia; RACILAN, Marcos; GOMES, Ronaldo. New Alive High: ensino médio. São Paulo: Edi-
ções SM, 2020. Unit 10: p. 154-155.

ATIVIDADES
1 - Read the text about life in the city and answer the questions.

Why Should People Put Up with Life in the City?


Sylvia Wang from Hong Kong

Can you imagine exchanging the glamour of city life for a quiet life in the countryside?
Many people want to move from the country to the city because they think that life in the city is more
exciting and better than in rural areas, especially younger people who like new, modern things.

190
Often people like to be fashionable and feel they can find the latest styles only in the city.

Other people are interested in technological things and high tech jobs and think they can find them
only in a big city. If they want to find a job, especially a good position in a company, they feel they
have to live in a city. To enjoy these jobs, they are willing to put up with many of the disadvantages
of city life such as crime, high traffic, and pollution.

However, it is now possible to enjoy a higher quality of life in the countryside and still enjoy some of
the advantages of living in the city.

Nowadays, travel is fast and information is available on the Internet, so many people are able to do
their work in home offices.

Because they have email and personal computers, they don’t have to be in big cities to conduct
their business. It is not important where they actually work because the results of their work can be
sent everywhere with technology. So, why should they put up with all the disadvantages of the city
any longer? Now they can escape hectic city life to enjoy life in the countryside and still be able to
do good business and have successful careers.
Adapted from http://www.topics-mag.com/edition21/life/city-country.htm. Accessed on April 22, 2020.

a) Which verb can replace the phrasal verb put up with, in the title of the text?
I. install.
II. move.
III. tolerate.
IV. place.
V. endure.
b) According to Sylvia Wang, what are some of the reasons why people decide
to live in cities?

c) What are some of the negative aspects of living in the city, based on the text?

d) Which argument is used by the author to convince us that it is now possible to have the advantages
of both the city and rural life?

e) What is the author’s final conclusion about living in the city and in the countryside?

191
2 - The following sentences are captions of the pictures below. Based on the pictures, do the activities.

a) b)

a) Write the correct combination of letter of pictures and number of captions:


I. Quilombola taking care of his plantation in Nossa Senhora do Livramento (MT), 2020. ____
II. Traffic jam in Jakarta, Indonesia, 2018. ____

b) What characteristics of the city and of rural life do they represent?

3 - Considering the elderly people in Brazil, answer the following questions.


a) What can be done to improve the social life of the elderly people in the city and in the countryside?

b) Now, think about the elderly people in your community and make a list of changes to help them
have a better social life. Take into consideration the following points: accessibility to leisure
areas, pedestrian signs to these areas, special discounts, etc. Share your ideas with a classmate,
a friend or someone in the family.

PARA SABER MAIS:


A.Harvard City VS. Country Life. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=n-
-4hL_4IBsM>. Acesso em: 24 maio 2021.
B. Let ‘s read. Disponível em: <https://www.comparemymove.com/blog/your-move/city-life-vs-
-country-life & https://learnenglishteens.britishcouncil.org/magazine/life-around-world/life-
-city-versus-life-country>. Acesso em: 24 maio 2021.

192
SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua estrangeira.

TEMA/TÓPICO:
Tema 1: Compreensão escrita (leitura) / Tópico: 6. Elos coesivos em gêneros textuais diferentes.

HABILIDADE(S):
6.1. Estabelecer relações entre termos, expressões e ideias que tenham o mesmo referente de modo a cons-
truir os elos coesivos gramaticais.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Adjectives; Describing places.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Vida e sociedade.

TEMA: COMPARATIVES AND SUPERLATIVES

Hello, there! Nessa semana você estudará as formas comparativas e superlativas. Study hard!

BREVE APRESENTAÇÃO
Os conceitos necessários serão apresentados em meio às atividades. Have a nice job!

REFERÊNCIAS:
BRAGA, Junia; RACILAN, Marcos; GOMES, Ronaldo. New Alive High: ensino médio. São Paulo:
Edições SM, 2020. Unit 10: p. 158-159.

ATIVIDADES
1 - Read these excerpts from the text “Why Should People Put Up with Life in the City?” and answer the
questions.
I. “Many people want to move […] to the city because they think that life in the city is more
exciting and better than in rural areas, especially younger people who like new, modern things.”
II. “However, it is now possible to enjoy a higher quality of life in the countryside […].”
a) Does the author mean that life in the city is the same as life in rural areas?

b) Is the quality of life in the countryside the same as before?

193
c) Which structures are used to state that they are different?

We use comparatives (superiority and inferiority) when we want to say how a person or thing is
different from another.

2 - Replace the numbers with the appropriate words from the first box to complete the rules about how
to make comparatives.

longer than one-syllable

How to make comparatives With II _________________ adjectives, use


more/less before them.
With I _________________ adjectives, add -er.
With adjectives ending in -y, replace -y with -ier. Use III_________________ when the two people
or things compared are explicit.

3 - Read another excerpt from the text “Why Should People Put Up with Life in the City?” and answer the
questions.
“Often people like to be fashionable and feel they can find the latest styles only in the city.”
a) Does the author compare one style to another?

b) To what does she compare styles?

We use superlatives when we want to compare a person or thing


with the entire group they are in.

4. Write down the correct combination of numbers-letters to complete the rules about how to make
superlatives.

I longer II the III one-syllable

How to make superlatives


Start a superlative with B _________________ .
With A _________________ adjectives, add -est.
With C _________________ adjectives, use the
With adjectives ending in -y, replace -y with -iest. most/least before them.

194
5 - Look at some facts about our world. Write the complete sentences with a superlative form of the
adjectives below.

deep high large low old populous small spoken tall

a) A _________________ language in the world is Chinese Mandarin, with over one billion speakers.

b) The continent with B_________________ number of countries is Africa, with 54 countries.

c) Mongolia and Namibia are the two countries with C_________________ density. There are only
two people per square kilometer.

d) D_________________ country in the world is Russia, with 17,098,246 square kilometers.

e) The Arctic ocean is E _________________ one in the world, with 15,558,000 square kilometers.

f) F _________________ ocean in the world is the Pacific Ocean.

g) San Marino is G_________________ country in the world.

h) Mount Everest is H_________________ mountain, with 8,848 meters.

i) South America is the fifth I _________________ continent, after Asia, Africa, Europe, and North
America.

PARA SABER MAIS:


A. Listening Task. Disponível em: < https://www.elllo.org/english/Mixer001/T005-City.html>.
Acesso em: 24 maio 2021.
B. Comparative and Superlative Video Activity. Disponível em: <https://eslvideo.com/category.
php?catid=Comparative%20and%20Superlative>. Acesso em: 24 maio 2021.
C. Quizz. Disponível em: <https://www.learnenglishfeelgood.com/english-comparative-superlati-
ve1.html & https://www.esl-lounge.com/student/grammar/1g9-comparative-superlative-gapfill.
php>. Acesso em: 24 maio 2021.
D. Game. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=E71eT-xDch8>. Acesso em: 24
maio 2021.

195
SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em Língua Estrangeira.

TEMA/TÓPICO:
Tema 1: Compreensão escrita (leitura) / Tópico: 6. Elos coesivos em gêneros textuais diferentes.

HABILIDADE(S):
6.2. Estabelecer relações entre termos, expressões e ideias que tenham o mesmo referente de modo a cons-
truir os elos coesivos lexicais.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Adjectives.

TEMA: COMPARING IN CONTEXT

Hello, there! Nesta semana você irá praticar as formas comparativas e superlativas em contexto.
Study hard!

BREVE APRESENTAÇÃO
Você vai praticar os conceitos estudados na Semana 3. Have a great job!

REFERÊNCIAS:
BRAGA, Junia; RACILAN, Marcos; GOMES, Ronaldo. New Alive High: ensino médio. São Paulo: Edi-
ções SM, 2020. Unit 10: p. 160.

ATIVIDADES
1 - Write the comparative or superlative forms of the adjectives in parentheses and find out the
advantages and disadvantages of city and country life.
City life vs country life: As a born-and-raised city girl, having temporarily
adopted a country life in Australia, I think it is safe to say I have experienced
the (good) _______________ and possibly (bad) _______________ of both
worlds. They are two entirely different ways of life – each with their own
advantages and disadvantages.

City Life – Advantages


[…] The variety of accommodation available is even (wide) _______________.
Urban lofts, flats, houses, skyscrapers, hovels, you name it.
A faux pas or fall-out with somebody is easily overcome. Just make new
friends and hang out with different people. Proximity to fire departments,
police, and hospitals can make city living (safe) _______________.

196
City Life – Disadvantages
[…] Cities are inherently expensive. Besides the (high) _______________ cost of living, something
happens whenever I find myself in a city: I spend more money. I don’t even know where it goes. It just...
goes. The anonymity can be suffocating. Crime is (high) _______________. Competition for jobs is (fierce)
_______________. When newcomers move to the area, they’re likely to move to the city.
Available at https://www.theprofessionalhobo.com/city-life-vs-countrylife-an-unbiased-analysis/. Accessed on April 23, 2020.

2 - Are you a city or country person? Form the comparative or the superlative of the adjectives in
parentheses. After that, check ( ) the statements that suit you best.
a) For me, ___________________ (exciting) outdoor activity is fishing.
b) Waking up in a metropolitan city is the ___________________ (good) thing in life.
c) I prefer living in ___________________ (quiet) places.
d) Shopping is ___________________ (easy) to do in family owned stores.
e) One of ___________________ (important) things in life is to have lots of places to go to on weekends.
f) I want to live life to ___________________ (full) in a place where I can meet people.

3 - Complete the conversation using the comparative form of the adjectives.


Dong Un: I love my new laptop. It’s much ___________________ (good) than my oldest desktop.
Loni: But aren’t regular computers ___________________ (cheap) than laptops?
Dong Un: Yes, but they’re ___________________ (useful) than laptops because you can’t take them to the
library or on a trip.
Loni: Well, maybe laptops are ___________________ (cool) than desktops, but my big computer is (quick)
than most laptops.
Dong Un: Yeah, but it sure is a lot ___________________ (heavy)!
MCCARTHY, M., MCCARTEN, J., SANDIFORD, H., RIVERS, S., & FÂRNOAGĂ, G. (2005). Touchstone. 2 Workbook. Cambridge, Cambridge
University Press. p. 74.

4 - Complete these questions about your country. Use the superlative form of the adjectives or the
superlative with nouns.
a) What’s ___________________ (large) city?
b) Which airport has ___________________ (flights) every day?
c) What’s ___________________ (fast) way to travel?
d) What’s ___________________ (beautiful) region?
e) Which city has ___________________ (tourism)?
f) What’s ___________________ (famous) monument?
g) What’s ___________________ (good) university?
h) What’s ___________________ (bad) problem for people?
MCCARTHY, M., MCCARTEN, J., SANDIFORD, H., RIVERS, S., & FÂRNOAGĂ, G. (2005). Touchstone. 3. Cambridge, Cambridge University
Press. p. 23.

PARA SABER MAIS:


Listen and Read Along. Disponível em: <https://magoosh.com/english-speaking/an-esl-guide-to-
-comparative-and-superlative-adjectives/>. Acesso em: 24 maio 2021.

197
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua estrangeira.
TEMA/TÓPICO:
Tema 5: Conhecimento léxico-sistêmico / Tópico: 21. Funções sociocomunicativas dos pronomes.
HABILIDADE(S):
21.1. Identificar e/ou fazer uso adequado dos pronomes e das relações de coesão gramatical que ajudam a
estabelecer nos vários gêneros textuais orais e escritos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Poetry in english; Comic poem.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Literatura.

TEMA: LITERATURE: LIMERICKS

Hello, there! Nessa semana você conhecerá um tipo de gênero literário específico, os limericks.
Study hard!

BREVE APRESENTAÇÃO
Você conhecerá o conceito e as características de limericks ao longo das atividades.

REFERÊNCIAS:
BRAGA, Junia; RACILAN, Marcos; GOMES, Ronaldo. New Alive High: ensino médio. São Paulo: Edi-
ções SM, 2020. p. 147.

ATIVIDADES
1 - Have you ever heard of limericks?

2 - Let’s learn some characteristics of limericks. Read the poem below and answer the questions.
The Satisfaction of Enough
Learning to let go of “stuff”
Is a task that can be very tough
We’re taught from our birth
That “stuff” is our worth
But that won’t get you the satisfaction of enough!
Available at Post Consumers.com https://www.postconsumers.
com/2017/03/17/limericks-satisfaction-of-enough/.
Accessed on May 2, 2020.

198
a) Is it a humorous poem?

b) Is it short or long?

c) How many lines are there in a limerick?

d) Which lines rhyme? Give examples of the words that rhyme in these lines.

e) Which lines are shorter?

f) Based on the questions above, write some of the characteristics of a limerick.

3 - Read the limerick again and answer the following questions.


a) What’s the conflict presented in the poem?

b) Why do you think the author used the word ‘stuff’ in the poem?

c) Where was the text published?

d) Considering the site the poem was published, what is probably the meaning of ‘stuff’ in this
limerick?

e) What does the punch line tell us about the author’s conclusion?

199
PARA SABER MAIS:
Leia outros limericks. Disponível em: <https://www.kidzone.ws/poetry/
limerick.htm>. Acesso em: 24 maio 2021.
Watch and learn. <https://www.youtube.com/watch?v=Wy65TkCadfU>.
Acesso em: 24 maio 2021.

200
SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua estrangeira.

TEMA/TÓPICO:
Tema 6: Leitura (compreensão escrita) / Tópico: 24. Construção do sentido do texto escrito de gêneros tex-
tuais diferentes.

HABILIDADE(S):
24.1. Reconhecer o tema geral do texto.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Procedures; Imperative; Food; Clothes.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química; Arte.

TEMA: SUSTAINABLE ART

Hello, there! Nessa semana você encontrará formas sustentáveis de criar arte, fazendo uma reflexão
sobre os processos químicos que levaram ao resultado final. Study hard!

BREVE APRESENTAÇÃO
Ao falar sobre coloração natural, você aprenderá, ao longo da aula, o vocabulário relacionado ao tema e
terá contato com pesquisa científica na área para, depois, colocar os dados da pesquisa na prática em
um DIY envolvente!

REFERÊNCIAS:
BRAGA, Junia; RACILAN, Marcos; GOMES, Ronaldo. New Alive High: ensino médio. São Paulo: Edi-
ções SM, 2020. p. 270-271.

201
ATIVIDADES
KNOWLEDGE ACROSS ENGLISH, CHEMISTRY, BIOLOGY, AND HISTORY SUSTAINABLE ART!

1 - Before you read, answer the following questions.


a) Do you paint or draw? If so, which material(s) do you use? If not, why?

b) Do you have a piece of clothing that was irreversibly stained while you were doing an art project?
Which material were you using?

2 - Read this abstract and answer the questions.

Colors to Dye for: Preparation of Natural Dyes


J. Chem. Educ., 1999, 76 (12), p 1688A
DOI: 10.1021/ed076p1688A
Publication Date (Web): December 1, 1999
Abstract
Use of dyes can be traced to earliest history. The coloring properties of materials such as berries and bark were most
likely discovered when clothing accidentally became stained with them. Dyes made from natural sources such as
plants, animals, and minerals tend to produce colors that wash out easily. With most natural dyes, a mordant can be
used to make the color more permanent. In the mordanting process the fiber is treated with a solution of a metal salt
(usually an aluminum, chromium, copper, iron, or tin salt). Then the fiber is dyed. Metal ions from the salt form strong
bonds with the fiber and also with the dye, thereby holding the dye to the fiber. […]
Available at http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/ed076p1688A. Accessed on July 9, 2020.

a) Which materials are natural sources of dye?

202
b) What can be used to make the color of natural dyes more permanent?

YOU ARE THE RESEARCHER!

3 - Today, if we want to paint, draw, or dye clothes, we can buy what we need in a store or have the help
of specialists. But how did cave people and Renaissance painters get the paint for their pieces?

Work with your classmates and ask your Chemistry teacher to help you do some research in order to find
out:

• the components paint should have; • natural occurring pigments in minerals,


• the materials cave people used to paint the plants, and animals, as well as the substance
interior of caves; involved;
• how Renaissance painters got their paint; • problems or consequences artists had with
natural pigments

This is the procedure for your experiment:


• Use a solution of four parts water to one part white vinegar as a fixative for the fabric. Soak the
piece of clothing in the solution and leave it to rest for an hour. This process will ensure that the
natural dye will set in the fabric.
• Chop the beets and place them in the stockpot.
• Add 4 cups of water and bring the dye to a simmer over medium heat.
• Pull and twist sections of the cotton material and then secure them tightly with rubber bands.
• Place the cloth in the stockpot and let it simmer for an hour. Then, turn off the heat and let the
fabric sit in the dye until it comes to room temperature.
• Remove the fabric from the stockpot and squeeze it to release some of the dye. Carefully re-
move the rubber bands and see what the fabric looks like. Naturally-dyed fabric will be lighter
once it’s dry, and should be laundered separately in cold water.

Adapted from http://www.education.com/activity/article/natural-tie-dye/. Accessed on July 9, 2020.

203
4 - Talking to your classmates and with the help of your Chemistry teacher, discuss and write:
a) What change(s) did the fabric go through as a result of being soaked in a solution with white vi-
negar? Would the result be the same if white vinegar were not used?

b) What other possibilities of natural dye could you use to tie-dye cotton fabric?

c) What is the role of heat in the process of dyeing?

d) What is the environmental advantage of using natural dyes?

PARA SABER MAIS:


A.Tintas de plantas. Disponível em: <https://kidsgardening.org/lesson-plans-exploring-plant-
-dyes/>. Acesso em: 24 maio 2021.
B. A química da coloração natural. Disponível em: <https://www.exploratorium.edu/snacks/
dye-natural>. Acesso em: 24 maio 2021.

Despedida: Chegamos ao final de mais um ciclo. Que você tenha todo foco e estratégia para tirar o
melhor de si mesmo sempre! Hugs (;

204
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: ARTE
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 3º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Música.

TEMA/TÓPICO:
Percepção Sonora e Sensibilidade Estética: Os Sons em Fontes Sonoras diversas e Contextualização da
Música na História da Humanidade.

HABILIDADE(S):
Conhecer as possibilidades de produção de sons musicais, seus registros e suas possibilidades de interação
com outras expressões artísticas.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Música.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Física.

TEMA: Fontes Sonoras


Caro (a) estudante, nesta semana você vai analisar e reconhecer as fontes sonoras, seus efeitos e suas
importâncias na construção de uma música.

APRESENTAÇÃO:
“Todo som vem de uma fonte sonora, que pode ser um instrumento musical, a voz de uma pessoa, as má-
quinas, os fenômenos da natureza e até o simples toque de um objeto em outro. O som é produzido a partir
das vibrações provenientes das fontes sonoras e chegam ao cérebro humano por meio da orelha. Além
disso, o som que, junto ao silêncio, forma a “matéria prima” da música precisa do espaço para se propagar
desde sua fonte geradora até as orelhas de quem ouve”. (Arte de perto- Vol. Único. Pág. 25)

205
Ilustração da propagação do som. Disponível em: <http://www.fq.pt/som/propagacao-do-som>. Acesso em: 14 maio 2021.

Ainda na pré-história, os seres humanos começaram a desenvolver ações sonoras baseadas na obser-
vação dos fenômenos da natureza. Os ruídos das ondas quebrando na praia, os trovões, a comunicação
entre os animais, o barulho do vento balançando as árvores, as batidas do coração; tudo isso influenciou
as pessoas a também explorarem os sons que seus próprios corpos produziam. Como, por exemplo, os
sons das palmas, dos pés batendo no chão, da própria voz, entre outros. Além disso, o barulho de obje-
tos se atritando e os instrumentos musicais são exemplos que podemos considerar como fonte sonora.
Vamos usar como exemplo o braço de um violão. De baixo para cima, a primeira corda recebe o nome de
MI (E) e a sexta corda também recebe o nome de MI (E). Isso acontece pelo fato das duas cordas possuí-
rem a mesma frequência, apesar de terem espessuras diferentes.
Na construção de uma música, seja ela de qualquer estilo, muitos instrumentos podem ser usados. Ti-
pos de fontes sonoras diferentes terão “papéis” diferentes em uma música.
Vejamos:
Percussão: produz som através do impacto. Uma das principais características é dar ritmo à canção.
Exemplos: Bateria, Tantã, Bongo, Tumba, Caixa, Agogô, Chocalho Cuíca, etc.
Sopro: são instrumentos melódicos que produzem som através de uma coluna de ar. Exemplos: Sax,
Trompete, Trombone, Flauta, Apito, etc.
Cordas: são instrumentos harmônicos e melódicos, cuja fonte primária de som é a vibração de cordas
tensionadas. Exemplo: Guitarra, Violão, Violoncelo, Contrabaixo, Violino, Cavaquinho, Banjo, etc.
Teclas: são instrumentos harmônicos e melódicos que se utilizam de teclas para emissão de sons.
Exemplo: Piano, Teclado, Sanfona, Acordeão (ou Acordeon), Cravo, Órgão.
A música é um gênero artístico que propicia múltiplas possibilidades de interação com outras lingua-
gens da arte. É muito comum associarmos a dança com a música, por exemplo. Quando pensamos em
dança, pensamos em música.

Imagem disponível em: < https://www.bomdespacho.mg.gov.br/noticias/escolas-de-musica-danca-e-de-idiomas-poderao-retomar-


aulas-individuais/>. Acesso em: 13 mai. 2021.

206
Quando estamos criando uma pintura, é sempre bom ouvir uma música. O cinema e o teatro são exem-
plos de arte que usam da música para causar sensações diferentes em quem assiste. Você consegue
pensar em outras formas de interação entre a música e outro estilo de arte? Gostaria de instigá-los a
pensar nessa ideia.

PARA SABER MAIS:


Assista ao vídeo “O que são instrumentos musicais?”. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=zAfkmN5QCFg>. Acesso em: 13 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Na afinação padrão, a 1ª corda do violão (corda mais fina) possui a frequência da nota MI, a 6ª corda
(corda mais grossa) também possui a frequência MI. Levando em consideração que a 1ª corda é mais
fina e mais leve, qual é a corda que emitirá um som mais baixo? Justifique sua resposta.

2 - A história da música nos conta que a necessidade de comunicação foi, também, um fator importante
para que as pessoas continuassem a pesquisar sobre o som. Marque a alternativa errada.
a) A observação das fontes sonoras vindas da natureza foi um grande motivo para que o som fosse
pesquisado.
b) Não podemos fazer música com sons da natureza, somente com sons oriundos de instrumentos
musicais.
c) Podemos criar músicas com vários instrumentos existentes e com instrumentos criados por
nós.
d) Também é possível criar músicas usando objetos prontos encontrados na natureza, como por
exemplo pedras, madeiras, etc.

3 - Você consegue pensar em outras formas de interação entre a música e outro estilo de arte, quais?

207
SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Música.

TEMA/TÓPICO:
Fundamentos da Música e Expressão Musical.

HABILIDADE(S):
Identificar a relação entre espaço, tempo, ritmo e movimento nas produções artísticas contemporâneas
locais e regionais.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Música.

INTERDISCIPLINARIDADE:
História.

TEMA: Ritmos e Realidades


Caro (a) estudante, nesta semana iremos dialogar sobre o papel da música. Vamos conhecer mais sobre
algumas produções em espaços populares.

APRESENTAÇÃO:
Infelizmente, é muito comum atribuir à arte um valor caricatural na sociedade. Em geral, os movimentos
artísticos são tachados como algo que alegra ou oferece diversão e entretenimento para as pessoas.
Nem sempre isso foi assim. A arte sempre ocupou um lugar de prestígio na formação dos indivíduos,
não por ser algo “sobrenatural”, mas sim pela capacidade crítica e estética de ver o mundo de maneira
mais inteligente.
A música também é uma expressão subjugada, já conhecemos épocas em que quem fazia música eram
pessoas consideradas sem ocupação. De fato, é importante entender que a música sempre foi essen-
cial para a continuidade da vida.
Na antiguidade, cultuar, guerrear e festejar sem música era algo praticamente impossível. A função de
ritmo e movimento sempre foi de muito valor para as sociedades. Para instigar pensamentos de força,
de competição, de alegria e de devoção, não existia outra “ferramenta” capaz de fazer tudo isso, senão a
música. Cantar uma música, para que algo seja aprendido, pode ter um efeito maior que simplesmente
ler um texto.
Alguns movimentos musicais criaram, e ainda criam, oportunidades de aprendizado construindo novos
caminhos para quem os praticam. O movimento do Blues nas plantações de algodão no sul dos EUA é
exemplo disso. Atualmente, vários tipos de oficinas têm levado músicas e aprendizado de instrumentos
para locais, teoricamente, sem acesso.

208
Disponível em: <https://www.cultura930.com.br/oficina-da-musica-espalha-245-eventos-pela-cidade/>. Acesso em: 14 maio 2021.

O advento das manifestações musicais pelas ruas instigou o crescimento de espaços feitos para pro-
dução de músicas. A linguagem musical se espalhou por lugares, como o samba no bar, o berimbau nas
praças, o Pop nas garagens de casa, o rap nas ruas e no quintal, etc.
Além do papel social fundamental que a música exerce, existem múltiplas possibilidades, tecnológicas
ou não, de criação de pequenos estúdios (home estúdio) para produção musical em espaços pequenos
onde qualquer pessoa pode produzir sua própria música.

PARA SABER MAIS:


Assista ao vídeo “As 3 funções da música”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=1pmAalwJ5kw>. Acesso em: 14 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Coloque V para verdadeiro e F para falso.
( ) A arte deve ser encarada como entretenimento e diversão, não acrescenta conhecimentos para
o mundo.
( ) A importância da produção artística urbana está ligada diretamente com a proposta de inserir
Arte e pensamento crítico em lugares improváveis.
( ) Atualmente, existem muitas possibilidades de produção musical em pequenos espaços e com
poucos equipamentos.
( ) Alguns movimentos musicais criaram, e ainda criam, oportunidades de aprendizado somente
para aqueles que podem pagar por isso.

a) V, V, F, F.
b) V, F, V, F.
c) F, F, V, V.
d) F, V, V, F.

209
2 - Como a música era usada na antiguidade?
a) Para catequizar as pessoas com os dogmas católicos.
b) No desenvolvimento de festas que consagravam grandes artistas.
c) No aprendizado de novas culturas e estéticas musicais.
d) Nenhuma das alternativas.

3 - Para você, a música recebeu um lugar de respeito nos dias atuais? Se sim, como isso aconteceu?

210
SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
Fundamentos da Expressão Musical.

TEMA/TÓPICO:
Fundamentos da Expressão Musical.

HABILIDADE (S):
Reconhecer formas musicais tradicionais e da atualidade.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Música

TEMA: Músicas tradicionais e atuais


Caro (a) estudante, nessa semana iremos dialogar sobre as músicas tradicionais e atuais.

Ilustração de música tradicional portuguesa. Disponível em: <https://folclore.pt/musica-tradicional-portuguesa/>. Acesso em: 14 maio 2021.

Músicas tradicionais, também conhecidas como folclóricas, são cânticos que descrevem a história,
cultura e crenças de um determinado povo. As músicas tradicionais possuem riquezas e carregam va-
lores que são deixados na formação das próximas gerações.
Nesse contexto, é importante entender o valor do corpo e de outros instrumentos nas tradições. A música
indígena, por exemplo, valoriza muito o canto, pois para eles, a voz tem o poder de ligar o divino com o ter-
reno, trazendo cura. Na música africana, os instrumentos de percussão são elementos primordiais na har-
monização de tudo. O batuque dos tambores eleva seus sentimentos e os fazem conectados com o mundo.
Outras curiosidades sobre o estilo tratado é que, apesar da definição acontecer somente no século XIX,
a música tradicional folclórica, normalmente, se trata de músicas mais antigas do que essa data. Elas
possuem caráter poético e místico.
No Brasil, as tradições musicais são resultado de uma mistura cultural sofrida pelo país, principalmen-
te no período da colonização. No final do século XIX e início do XX, vários povos, italianos, japoneses,
alemães, entre outros, que chegaram ao território brasileiro também contribuíram na formação cultu-
ral musical encontrada no Brasil. Apesar de cada região brasileira possuir suas tradições particulares,

211
existem alguns estudiosos que dividem a música tradicional brasileira em Lundu (origem africana) e
Cateretê (origem indígena).
Atualmente, existem grupos folclóricos que se apresentam em grandes espetáculos e em grandes pal-
cos, mesclando ideias com a música popular.

BRASILEIRINHOS – MÚSICA PARA OS BICHOS DO BRASIL E CONTOS TRADICIONAIS DO BRASIL


Disponível em: <https://mcb.org.br/pt/programacao/musica/brasileirinhos-musica-para-os-bichos-do-brasil-e-contos-tradicionais-
do-brasil/>. Acesso em: 15 mai. 2021.

Música atual
O cenário da música brasileira no século XIX tem se mostrado efêmero e eclético, isso quer dizer que os
movimentos têm durado pouco. Muitos são os argumentos que explicam esse fato, a falta de identidade,
mudanças sociais, ascensão de grupos diversos, o avanço tecnológico, a característica da sociedade
de consumo, entre outros. Vale salientar que os estudos musicais, as produções duradouras e outros
estilos que marcaram época em décadas do século XX, ainda continuam acontecendo. No entanto, aqui
faremos uma visão crítica da pouca durabilidade de outros estilos.
Na história, é quase impossível dizer quando um evento termina e outro começa. O que entendemos é
que existem períodos nos quais as coisas existem simultaneamente. Sendo assim, não podemos dizer
que um estilo musical não existe mais, mas sim que ele perdeu forças no cenário. O pagode, o sertanejo
universitário, o funk, o eletrônico, a música melódica e o brega funk, são exemplos de gêneros que atin-
giram o ápice nos últimos vinte anos e perderam forças. Cabe a reflexão a respeito do valor histórico,
intelectual e social de um estilo. Como, quando e onde um determinado gênero tem sido apreciado?
Quais são os valores que as pessoas têm recebido?
Um olhar mais apurado para o resto dos países do mundo, sobretudo na Europa, Ásia e América do
Norte, mostrará que os estilos musicais têm se apropriado das tecnologias digitais na construção de
seus sons. As produções de videoclipes, o uso de ferramentas que acrescentam sons inusitados nas
músicas, entre outras coisas, tem transformado muitas obras.

PARA SABER MAIS:


Acesse o site e leia o texto sobre Músicas Folclóricas. Disponível em: <https://www.todamateria.
com.br/musicas-folcloricas/>. Acesso em: 15 maio 2021.
Assista ao vídeo “ A Primeira Arte”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=zOPY4x-
DDTis>. Acesso em: 15 maio 2021.

212
ATIVIDADES
1 - Você gosta de música? Como a música faz parte do seu dia? Quais são os momentos em que você
busca ouvir músicas para que algo aconteça?

2 - Quais são as evidências que nos fazem pensar que um estilo musical perdeu forças e outro ganhou
forças em um determinado período?

3 - O que é música tradicional?

213
SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Dança.

TEMA/TÓPICO:
Percepção, Análise e Expressão Gestual/Corporal.

HABILIDADE(S):
Saber identificar e contextualizar produções contemporâneas em dança.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Dança.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Educação física.

TEMA: Dança Contemporânea


Caro (a) estudante, nesta semana você vai identificar e contextualizar as produções contemporâneas
em dança.

Disponível em: <https://blog.comshalom.org/blogstage/danca-contemporanea-um-pouco-de-historia/>. Acesso em: 02 mar. 2021.

BREVE HISTÓRICO DA DANÇA CONTEMPORÂNEA


Ela surgiu por volta de 1950 nos Estados Unidos, no intuito de romper com a cultura clássica que predo-
minava até então. A dança contemporânea, então, torna-se um dos gêneros mais conhecidos, sobretu-
do no ocidente.
A partir de 1980 ela começou a ganhar uma maior definição, com movimentos vindos da dança moderna
e pós-moderna, e sua abrangência abriu espaço para que cada bailarino pudesse criar suas próprias co-
reografias, figurinos e estereótipos. Isso o levou a mostrar uma nova linguagem, expressando em suas
danças não somente coreografias pré-concebidas, mas sentimentos, ideias, conceitos e movimentos
próprios, como também a consciência da corporeidade e da sua arte.

214
A DANÇA
A dança contemporânea surgiu como junção de vários estilos de dança e a criação de movimentos cor-
porais diversificados. Ainda hoje, podemos identificar muitos estilos de dança que fazem parte do co-
tidiano de diversos povos. As múltiplas culturas possuem necessidades de se expressar, através da
dança, criando movimentos que os caracterizam.
Com  essa nova forma de compreender o corpo, a arte e propriamente a dança, quando se pensa na
composição de um espetáculo de dança contemporânea, por exemplo, cada coisa é pensada de acordo
com essa nova linguagem. Assim, tudo o que compõe o espetáculo, como cenário, figurino, ilumina-
ção, espaço, trilha sonora e etc, fazem parte de um contexto que muitos denominam, resumidamente,
como dramaturgia da dança. Isso significa que um tipo de iluminação ou qualquer outro detalhe no
espetáculo não é pensado, escolhido somente por “combinar” mais, mas aparece por dialogar com a co-
reografia e com a mensagem do trabalho que está sendo desenvolvido. A experimentação, as possibili-
dades de movimentos próximos ao chão, a ausência de técnicas únicas e a junção de outras linguagens,
como teatro, performance e artes visuais, são exemplos das características da dança contemporânea.
Atualmente, existem vários estilos de dança contemporânea espalhados pelo mundo. Essa variação vai
desde a junção de vários tipos de dança e ritmo como também novos movimentos criados.
Aqui no Brasil, a dança contemporânea se destaca com os alguns renomados grupos, como o Cena 11,
de Santa Catarina, o Cisne Negro, de São Paulo e a Cia Débora Colker, do Rio de Janeiro.
Texto adaptado de: <https://blog.comshalom.org/blogstage/danca-contemporanea-um-pouco-de-
-historia/>. Acesso em: 02 mar. 2021.

PARA SABER MAIS:


Leia o artigo sobre dança contemporânea inserido em: <http://www.arte.seed.pr.gov.br/modu-
les/conteudo/conteudo.php?conteudo=259>. Acesso em: 02 mar. 2021.

ATIVIDADES
1 - Uma das características mais marcantes da dança contemporânea é a mistura de movimentos
criados pelos próprios dançarinos e dançarinas. Isso se trata de uma nova forma de descobrir o corpo.
Sendo assim, podemos analisar que, EXCETO:
a) A dança contemporânea limita os movimentos dos dançarinos conservando os estilos modernos.
b) A dança contemporânea explora a capacidade que cada dançarino(a) tem de construir desenhos
com o corpo.
c) O corpo é o grande objeto da arte e todo o enredo da dança será construído, levando em conside-
ração os movimentos criados.
d) Não há espaço para limitações nos movimentos corporais na dança contemporânea.

2 - O surgimento do estilo de dança contemporânea nos EUA mostra que:


a) A busca pelo estilo clássico era evidente.
b) Uma das finalidades era romper com a cultura clássica que vigorava naquela época.
c) A dança contemporânea é o retrato das novas ideias estéticas que surgiram no século XX.
d) Ainda hoje, o estilo de dança contemporânea não é muito conhecido no mundo. Entretanto,
existem vários movimentos para que isso aconteça.

215
3 - Como é possível identificar um estilo de dança contemporânea em meio a outros estilos de outras
épocas?

4 - Você é capaz de criar um vídeo de dança contemporânea? Construa seus próprios movimentos, em
até 1 minuto, e envie para seu professor de arte. Se não for possível criar o vídeo, não tem problema, faça
a dança e chame alguém para ver. Pode ser uma pessoa da sua família.

216
SEMANA 5

EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Dança.

TEMA/TÓPICO:
Percepção, Análise e Expressão Gestual/Corporal.

HABILIDADE(S):
Entender que a relação entre a dança das diferentes épocas históricas não se dá somente por linearidade,
mas pela herança cultural e pelo contexto atual.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Dança.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Educação física.

TEMA: Dança e Culturas


Caro (a) estudante, nesta semana você vai entender que a relação entre as danças em diferentes épocas
não acontece somente de maneira linear, mas também, por herança cultural.

APRESENTAÇÃO:
A necessidade de se comunicar uns com os outros, as práticas de rituais religiosos, os movimentos
de guerra, as festas culturais, entre outros motivos, são exemplos de práticas que motivaram o de-
senvolvimento das danças desde os primórdios. Apesar de ser também uma manifestação passada de
geração em geração, a dança se constrói de maneira intuitiva e atemporal. Isso quer dizer que muitos
movimentos atuais são resultados do que já se conhece do passado, como também é o próprio passado
inserido (ou presente) nos movimentos de hoje. Você já percebeu que, principalmente nas artes, o que
era velho se torna novo e o novo se transforma em algo inerente ao tempo? Uma peça de roupa usada
pelos seus avós pode voltar a ser referência em gerações futuras.
Entendendo tudo isso, é interessante saber que os estilos de dança são também legados que mantêm
vivas diversas culturas.
Vamos tomar como exemplo as danças africanas e as danças indígenas para entender como esse gêne-
ro é fundamental na manutenção da cultura de um povo.
“As danças africanas integram a extensa cultura do continente africano e representam uma das muitas
maneiras de comunicação cultural.
Esse tipo de manifestação é de extrema importância para o seu povo, constituindo parte essencial da
vida.
É uma maneira de estarem sempre conectados com seus antepassados e carrega uma poderosa carga
espiritual, emocional e artística, além do entretenimento e diversão”.
Laura Aidar- retirado do site: <https://www.todamateria.com.br/dancas-africanas/>. Acesso em: 04 mar. 2021.

217
“A  dança indígena  tem o objetivo de realizar rituais que podem ser por várias razões, como: fazer ho-
menagem às pessoas mortas, agradecer pela colheita, pesca, além de outros motivos. Dessa maneira,
entende-se que a dança indígena possui intenções diferentes de outras danças porque é uma prática que
abrange rituais e costumes. ” 
Disponível em: <https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educacao-fisica/danca-indigena>. Acesso em: 10 maio 2021.

A dança de rua, a dança moderna, o Ballet clássico, as variadas danças de salão, as danças africanas, a
dança indiana, o samba e as danças típicas das regiões do Brasil são exemplos de manifestações que
ainda hoje representam culturas e são praticadas pelo mundo.
Podemos perceber que a diferença marcante entre estes estilos citados e a dança contemporânea é
a criação espontânea que essa última oferece. Enquanto os outros tipos de dança seguem modelos
pré-determinados, que os caracterizam, o estilo contemporâneo conta com a criatividade de cada dan-
çarino e dançarina na construção de novos movimentos.

PARA SABER MAIS:


Assistam ao vídeo “A História da Música”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=u-
6xWgXTa98Y>. Acesso em: 10 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - A dança é uma expressão que NÃO
a) traduz através de movimentos sentimentos que mexem com nosso ser.
b) expõe conteúdos históricos, sociais, afetivos, religiosos, etc. Estes conteúdos carregam marcas
de povos.
c) obteve uma evolução esperada ao longo da história, visto que as pessoas que a praticavam não
se preocupavam com o estudo frequente.
d) busca, através da tecnologia, aprimorar suas apresentações oferecendo melhores espetáculos.

2 - Qual das ideias abaixo não está ligada à manifestação de dança indígena?
a) Manifestações em bailes tribais.
b) Homenagem a pessoas mortas.
c) Manifestações religiosas.
d) Agradecimento pela colheita.

3 - Você seria capaz de relacionar a dança com a Educação física? Quais são os elementos comuns nas
duas áreas?

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SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Dança.

TEMA/TÓPICO:
Percepção Gestual / Corporal e Sensibilidade Estética: Análise de Produções de Dança em Diferentes Épocas
e Diferentes Culturas; Expressão Corporal e Gestual.

HABILIDADE(S):
Estabelecer relações entre a dança contemporânea, contextualização e identidade pessoal.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Dança.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.

TEMA: Sua Dança.

Danças espanholas e ucranianas são atração no Pavilhão Étnico no Memorial de Curitiba, no Centro Histórico. Na imagem, dança
Espanhola. Curitiba, 07/05/2017 Foto: Cido Marques/FCC.
Disponível em: <https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/dancas-espanholas-e-ucranianas-sao-atracao-no-pavilhao-etnico/42416>.
Acesso em: 15 mai. 2021.

A dança é um elemento da Cultura Corporal e está presente em nosso cotidiano, sabemos que essa
constituição é histórica e que remonta a pré-história. Todos os povos possuem formas de se expressar
e a dança é fruto dessa expressão. No Brasil, as quadrilhas são danças que apresentam diferentes for-
mas de se expressar de acordo com a região do país, e isso é fruto de uma construção cultural.
Essa expressão pode vir acompanhada de música ou não. A dança pode ser realizada com movimen-
tos ritmados, que podem seguir uma cadência própria ou ainda coreografada originando harmonias
corporais. A dança é uma das primeiras demonstrações de expressão do ser humano, surgida ainda na
pré-história como resultado da experimentação corporal de homens e mulheres, como bater os pés no
chão e bater de palmas. A partir da descoberta de novos sons, ritmos e intensidades sonoras, os indiví-
duos foram combinando-os aos movimentos corporais.

219
A dança é uma experiência de conexão com o mundo. Aprendemos a dançar dançando. Ela tem o “poder”
de nos fazer dialogar com o meio em que vivemos, externar nossas experiências e nos inserir em grupos
e espaços. Então, aproveite esse tempo em casa para viver essa experiência. Se você já dança ou se
nunca dançou, aproveite esse momento para dançar, você pode escolher uma música ou ainda realizar
movimentos sem o acompanhamento sonoro. O importante é deixar o corpo se expressar. A ideia é im-
provisar! Se você se sentir à vontade pode gravar esse momento, será um registro seu!
Após vivenciar a dança, de acordo com a sua vontade, registre a sua experiência no seu caderno, dê
detalhes sobre como dançou, se utilizou alguma música, qual foi e o motivo da escolha. Escreva ou re-
gistre em forma de desenhos também se você criou movimentos ou reproduziu alguma coreografia e
ainda o que sentiu durante o momento em que dançava. Essa será a primeira questão da atividade para
essa semana.
Texto adaptado:
https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/ensino_fundamental/a-danca-como-elemento-da-cultura-corporal-e-de-identidade-
social/#:~:text=A%20dan%C3%A7a%20como%20elemento%20da%20cultura%20corporal%20e%20de%20identidade%20
social,-%3E&text=A%20dan%C3%A7a%20%C3%A9%20um%20elemento,dan%C3%A7a%20%C3%A9%20fruto%20dessa%20
express%C3%A3o. Acesso em 15 mai. 2021.

PARA SABER MAIS:


Assista ao vídeo “Danças típicas do Brasil”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=huD7Fn11AkY>. Acesso em: 15 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Você sabia que as quadrilhas são danças que podem ser vivenciadas de diferentes formas no Brasil?
Essa dança está intimamente ligada a uma manifestação cultural muito expressiva em nosso país, qual é?

2 - Na sua escola, você já vivenciou alguma dança junina? Qual? Registre sua experiência.

Queridos (as), estudantes, finalizamos o PET número 3 do ano de 2021, espero que tenham gostado
dos assuntos tratados e aprendido um pouco mais sobre a arte em nossas vidas. Desejo muita força
para continuarmos e paz em tudo que formos fazer. Não se esqueçam de se cuidarem e de cuidarem
das pessoas! Grande abraço!

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 3º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Esportes.

TEMA/TÓPICO:
Handebol– Aprimoramento técnico-tático e regras.

HABILIDADE(S):
Analisar os elementos técnicos de cada modalidade, analisar táticas das modalidades em situações de jogo,
analisar regras dos diferentes esportes, alterar regras de acordo com o interesse do grupo, espaços e mate-
riais.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Passe, lançamento, drible, finta e regras.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa.

TEMA: Handebol
Prezado (a) estudante! É com muita alegria que damos continuidade aos nossos estudos. Nesta primei-
ra semana do PET III, abordaremos o Handebol, um esporte muito popular e que cresce muito em nosso
país, sendo o segundo esporte mais praticado nas escolas brasileiras. Bons estudos!

ORIGEM DO HANDEBOL
O Handebol foi criado pelo professor alemão Karl Schelenz, no ano de 1919. O objetivo principal era pro-
mover uma variação do Futebol jogado com as mãos. Inicialmente, as partidas eram disputadas por
equipes de 11 jogadores em campos de grama com dimensões semelhantes às do futebol. A primeira
partida entre nações aconteceu em 1925, entre Alemanha e Áustria. O placar foi 6 a 3 para os austríacos.
O esporte foi incluído nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, e teve a medalha de ouro disputada entre seis
nações. Alemanha e Áustria fizeram a final. Dessa vez, os alemães levaram a melhor, com vitória de 10 a 6.

221
Em 1966 o handebol passou por grandes adaptações, as regras e a modalidade de campo de gramado
foi descontinuada, restringindo-se a prática às quadras de salão. Descontinuado nos Jogos Olímpicos
de 1948, o Handebol retornou às olimpíadas de 1976 em Montreal, no Canadá, dessa vez com a versão
de quadra.
O esporte chegou ao sul do Brasil depois da I Guerra Mundial, durante a imigração alemã, mas foi em
São Paulo que o Handebol se desenvolveu, com a criação da Federação Paulista de Handebol em 1940.
Com o passar dos anos, o Handebol se tornou um dos esportes mais praticados nas escolas Brasileiras,
perdendo apenas para o Futsal. Isso elevou o patamar do Handebol Brasileiro, fazendo do nosso país
uma potência sul-americana e que já briga de igual para igual com as grandes seleções europeias. Em
2013, a seleção brasileira feminina de Handebol se sagrou campeã da copa do mundo de Handebol ao
derrotar a Sérvia por 22 x 20 na final.

O JOGO DE HANDEBOL
As partidas de Handebol são disputadas entre duas equipes com 7 jogadores cada, sendo 6 jogadores
de linha mais um goleiro. Os jogos têm duração total de 2 tempos de 30 minutos corridos e acontecem
numa quadra de 40m x 20m. A quadra é dividida ao meio por uma linha e tem duas áreas do gol com 6m
de raio e duas áreas tracejadas com 9m de raio em cada uma das extremidades. As traves do Handebol
têm 3m de largura x 2m de altura.

Dimensões da quadra e do campo (modalidade descontinuada) de Handebol com as medidas oficiais. Disponível em: <https://
pt.wikipedia.org/wiki/Andebol#/ media/Ficheiro:Outdoor_Handball_Field_Dimensions.svg> e <https://pt.wikipedia.org/wiki/Andebol#/
media/Ficheiro:Quadra-hand.png>. Acesso em: 11 mai. 2021.

INFRAÇÕES ÀS REGRAS
O Handebol possui algumas proibições abaixo relacionadas:
• “Duplar”: quicar, segurar e voltar a quicar a bola.
• Tocar a bola com os pés (exceto o goleiro em uma defesa).
• Dar mais que três passos segurando a bola.
• Invadir a área do gol: exceto o goleiro em sua respectiva área do gol.
• Cometer uma falta: bater, segurar, agarrar ou obstruir o adversário.

222
FUNDAMENTOS DO HANDEBOL
Para jogar Handebol é necessário dominar os seguintes fundamentos técnicos (movimentos) básicos:
• Driblar –Deslocar pela quadra quicando a bola.
• Finta – Passar pelo adversário com a posse de bola
• Passe – Passar a bola para um de seus companheiros de equipe.
• Recepção – Agarrar e dominar a bola passada por um companheiro de equipe.
• Lançamento – Arremessar a bola na direção da baliza a fim de marcar gol.

Exemplos de lançamento e passe durante um jogo de Handebol: Disponível em: <https://www.piqsels.com/pt/public-domain-photo-


fwtfq> e <https://search. creativecommons.org/photos/04724707-7110-41b4-8b24-647396e093a5>. Acesso em: 12 mai. 2021.

PRINCÍPIOS TÁTICOS
O Handebol é um esporte relativamente fácil de fazer gol, quando o jogador de linha se encontra cara a
cara com o goleiro, uma vez que este jogador pode saltar em direção a área do gol, chegando mais próxi-
mo da meta, desde que arremesse a bola antes de pisar no chão. Assim, faz-se necessário que todos os
jogadores defendam e ajudem a proteger a meta conforme os esquemas de defesa apresentados abaixo.

No sistema 6x0 os jogadores fazem uma barreira ao redor da área para impedir a infiltração do adversá-
rio, no entanto este sistema é vulnerável a adversários que tenham jogadores altos e que arremessam
bem por cima da barreira. Para neutralizar este jogador que arremessa bem é necessário usar o sistema
5x1, ou seja, cinco jogadores continuam na barreira próxima à área e um jogador avança para impedir
o arremesso por cima da defesa. A desvantagem deste sistema é o maior espaço entre os jogadores
recuados que pode causar infiltração. O sistema 4x2 é usado quando há dois jogadores bons em arre-
messos por cima da defesa. Sua desvantagem para infiltrações é maior ainda.
Adaptado de RESUMO ESCOLAR. Disponível em: <https https://www.resumoescolar.com.br/educacao-fisica/regras-do-handebol/>.
Acesso em: 15 mai. 2021.

223
PARA SABER MAIS:
Clique no link para rever os melhores momentos da emocionante partida entre Brasil x Sérvia que
deu ao Brasil o título da copa de mundo de Handebol feminino de 2013 e descubra o quanto nosso
Handebol é gigante, porém pouco divulgado. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=3yaA0EYyrzo>. Acesso em: 15 maio 2021.
Aproveite para revisar todo conteúdo no link a seguir: Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=fuewBv7CAo0>. Acesso em: 15 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Em qual país surgiu o Handebol? Qual era o objetivo do jogo? Descreva como o mesmo era jogado e
quais as diferenças e semelhanças com o Handebol atual.

2 - Analise as afirmativas acerca do Handebol e assinale (V) para sentenças verdadeiras e (F) para falsas.
( ) Cada equipe de Handebol é composta por 7 jogadores de linha mais um goleiro.
( ) O tempo de duração de cada partida é de 2 tempos de 30 minutos.
( ) É quicar, segurar e voltar a quicar a bola no jogo de Handebol.
( ) Comete falta o jogador que agarrar, puxar, segurar ou obstruir um adversário.
( ) Drible, finta, passe e chute são exemplos de fundamentos necessários para praticar Handebol.

3 - (ENEM 2016) É possível considerar as modalidades esportivas coletivas dentro de uma mesma
lógica, pois possuem uma estrutura comum: seis princípios operacionais divididos em dois grupos, o
ataque e a defesa. Os três princípios operacionais de ataque são: conservação individual e coletiva da
bola, progressão da equipe com a posse da bola em direção ao alvo adversário e finalização da jogada,
visando a obtenção de pontos. Os três princípios operacionais da defesa são: recuperação da bola,
impedimento do avanço da equipe contrária com a posse da bola e proteção do alvo para impedir a
finalização da equipe adversária.
DAOLIO, J. Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos gestos técnicos – modelo pendular a partir das ideias de Claude
Bayer. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, out. 2002 (adaptado)

Considerando os princípios expostos no texto, o drible no handebol caracteriza o princípio de


a) recuperação da bola.
b) progressão da equipe.
c) finalização da jogada.
d) proteção do próprio alvo.
e) impedimento do avanço adversário.

224
SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
Esportes.

TEMA/TÓPICO:
Voleibol – Aprimoramento técnico-tático e regras.

HABILIDADE(S):
Analisar os elementos técnicos de cada modalidade, analisar táticas das modalidades em situações de jogo,
analisar regras dos diferentes esportes, alterar regras de acordo com o interesse do grupo, espaços e mate-
riais.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Regras, toque, cortada, manchete e demais fundamentos.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa.

TEMA : Voleibol
Prezado (a) estudante! Nesta semana abordaremos o Voleibol, um esporte muito praticado nas escolas
brasileiras e que se tornou ainda mais popular após as conquistas das diversas medalhas olímpicas das
seleções masculina e feminina. Bons estudos!

ORIGEM DO VOLEIBOL
O voleibol surgiu nos Estados Unidos em 1895 e foi criado pelo professor de Educação Física William
George Morgan. Na época, a ideia inicial de Morgan era criar um esporte que tivesse pouco impacto e
contato físico entre os adversários, com o intuito de evitar lesões. No início, o Voleibol não tinha caráter
competitivo. O objetivo era apenas rebater a bola por cima da rede sem deixá-la cair no chão. Com o
passar do tempo, os jogadores perceberam o potencial do jogo como esporte de competição seme-
lhante ao Tênis, com o objetivo de pontuar fazendo com que a bola caísse na quadra do adversário e
evitando que a mesma caísse do seu lado da quadra.
O Vôlei chegou ao Brasil por volta do ano de 1915, mas somente na década de 1980 é que se tornou um
esporte popular, visto e praticado em nosso país. A “geração de prata” que é como ficou conhecida a
seleção brasileira medalhista de prata nas olimpíadas de Los Angeles 1984 foi a grande responsável
por tal feito. De lá para cá, as seleções masculina e feminina de Vôlei conquistaram diversas medalhas
olímpicas, com destaque para os três ouros da seleção masculina em 1992, 2004 e 2016 e os dois ouros
da seleção feminina em 2008 e 2012.

O JOGO DE VOLEIBOL
As partidas de Vôlei são disputadas entre duas equipes com 6 jogadores cada. A quadra tem 18m de
comprimento por 9m de largura e é dividida ao meio por uma rede que mede 2,24m para jogos femini-
nos e 2,43m para jogos masculinos. Cada lado da quadra é dividido em zona de defesa e zona de ataque.
A zona de ataque se localiza na área entre a linha de 3m e a rede, já a zona de defesa se localiza entre
a linha de 3m e a linha de fundo da quadra. As partidas de vôlei são divididas em sets e para vencer um
jogo é necessário vencer 3 sets. Cada set tem duração de 25 pontos, exceto o 5º set também conhecido

225
como tie break ou set desempate, que quando necessário, tem duração de 15 pontos. Para vencer um
set normal ou o tie break, é necessário ter no mínimo 2 pontos de vantagem sobre o adversário, ou seja,
caso o jogo esteja 24 x 24 e um time fizer 25 x 24 o set ainda não acabou. Nesse caso dizemos que o set
“vai a dois”, ou seja, o jogo continuará até que uma equipe abra 2 pontos de vantagem sobre a outra.

Dimensões de uma quadra de vôlei oficial junto com o modelo de rede usado em jogos oficiais.
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/ Voleibol#/media/Ficheiro:VolleyballCourt.png> e <https://pxhere.com/pt/
photo/627525>. Acesso em: 13 mai. 2021.

INFRAÇÕES ÀS REGRAS
Há três maneiras de marcar ponto no Voleibol: Quando a bola cai dentro da quadra do adversário, quan-
do o adversário joga a bola para fora da sua quadra, ou quando o adversário comete uma das infrações
listadas abaixo:
• Dois toques consecutivos do mesmo jogador (exceto bloqueio).
• Quatro toques consecutivos da mesma equipe (exceto bloqueio).
• Pisar na linha ao sacar ou demorar mais que 8 segundos para sacar após a autorização do árbitro.
• Conduzir ou “carregar” a bola (contato muito longo).
• Tocar a rede com a bola em jogo.
• Bola tocar a antena da rede ou passar por fora desta.
• Erro de rodízio.

RODÍZIO DE POSIÇÕES
A regra do rodízio de posições diz que uma equipe deve
sempre rodar em sentido horário, toda vez que recuperar
o saque conforme o esquema abaixo. Vale lembrar que o
líbero, jogador especialista em defesa e recepção e que
joga de camisa de cor diferente, não roda nas posições da
zona de ataque.

Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Voleibol#/media/


Ficheiro:VolleyballRotation.png>. Acesso em: 13 mai. 2021.

FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL
O Vôlei é um esporte em que devemos tocar a bola somente rebatendo. Para rebater são usados prati-
camente três movimentos: toque, manchete e cortada. A partir destes movimentos temos uma série de
fundamentos que geralmente acontecem em sequência, a saber:

226
• Saque: Ato de colocar a bola em jogo. Feito do fundo da quadra. Geralmente por cima usando
uma “cortada”.
• Recepção: Ato de receber o saque vindo do adversário. Geralmente é feito de “manchete”.
• Levantamento: Ato de levantar ou preparar a bola para ser atacada. Geralmente é feita de “toque”.
• Ataque: Ato de bater na bola para que a mesma caia na quadra do adversário. Geralmente feito
de “cortada”.
• Bloqueio: Ato de saltar e formar uma “parede humana” para impedir que a bola do ataque caia em
sua quadra.
• Defesa: Ato de evitar a qualquer custo (inclusive com os pés) que a bola vinda de um ataque e que
passou pelo bloqueio, caia em sua quadra.

Exemplos de fundamentos do Voleibol em sequência: Recepção feita de manchete, levantamento feito de toque e ataque feito
de cortada. Nesta imagem vemos também a tentativa de um bloqueio de duas jogadores contra a adversária de camisa número
12. Disponível em: <https://pxhere.com/pt/photo/536404>, <https://pxhere.com/pt/photo/1353549> e <https://pxhere.com/pt/
photo/611123>. Acesso em: 13 mai. 2021.
Adaptado de TODA MATÉRIA. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/voleibol/>. Acesso em: 16 mai. 2021.

PARA SABER MAIS:


Clique no link a seguir para entender melhor o rodízio de posições, as zonas e funções de cada jo-
gador de Voleibol. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=PeQCcwmxApo>. Acesso
em: 16 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Descreva o contexto de criação do Voleibol, quais eram os objetivos do novo jogo.

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2 - Descreva também o contexto do Vôlei no Brasil fazendo referência aos principais fatos que fizeram
com que esse esporte se tornasse tão popular em nosso país.

2 - Sobre as regras do Voleibol, assinale (V) para sentenças verdadeiras e (F) para sentenças falsas.
(  ) É possível que um set de um jogo de Vôlei termine 30 x 28 para uma determinada equipe.
(  ) U
 m mesmo jogador pode dar dois toques consecutivos na bola, desde que o primeiro toque seja
um bloqueio.
(  ) Uma equipe deve rodar em sentido horário toda vez que marcar ponto.
(  ) É possível que uma equipe vença o 5º set (tie break) pelo placar de 25 x 23.
(  ) A altura da rede é de 2,34m para homens e 2,24m para mulheres.

3 - ENEM 2010:

O voleibol é um dos esportes mais praticados na atualidade. Está presente nas competições esportivas,
nos jogos escolares e na recreação, Nesse esporte, os praticantes utilizam alguns movimentos especí-
ficos como: saque, manchete, bloqueio, levantamento, toque, entre outros. Na sequência de imagens,
identificam-se os movimentos de:
a) sacar e colocar a bola em jogo, defender a bola e realizar a cortada como forma de ataque.
b) arremessar a bola, tocar para passar a bola ao levantador e bloquear como forma de ataque.
c) tocar e colocar a bola em jogo, cortar para defender e levantar a bola para atacar.
d) passar a bola e iniciar a partida, lançar a bola ao levantador e realizar a manchete para defender.
e) cortar como forma de ataque, passar a bola para defender e bloquear como forma de ataque.

228
SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
Esportes.
TEMA/TÓPICO:
Atletismo.
HABILIDADE(S):
Analisar os elementos técnicos de cada modalidade, analisar regras dos diferentes esportes.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Provas de pista, provas de campo. Regras e técnicas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa, Física e História.

TEMA: Atletismo
Prezado (a) estudante! Nesta semana abordaremos o Atletismo, esporte que pode ser considerado o
mais antigo do mundo. Praticado desde o Egito antigo e a Grécia antiga, este esporte traz habilidades
naturais como correr, saltar e lançar, que são base para a maioria dos outros esportes. Bons estudos!

ORIGEM DO ATLETISMO
O Atletismo é o esporte mais antigo do mundo uma vez que envolve apenas movimentos naturais como
correr, saltar e arremessar. Há registros de provas do Atletismo nos primeiros jogos olímpicos da Grécia
antiga em 776 A.C., e também de disputas de corridas no Egito e China há 5.000 A.C. Presente desde a
primeira edição das olimpíadas modernas em 1896, este esporte continua fascinando diversos povos
pelo mundo e acirrando cada vez mais a briga pelo posto de homem mais rápido ou mais forte do mundo.

CONHECENDO O ATLETISMO
As provas de Atletismo são disputadas num campo gramado com uma pista de 400m de raio em volta.
Nessa pista de 400m acontecem as provas de pista, ou seja, as provas de corrida. Dentro do campo
gramado acontecem as provas de campo, ou seja, as provas de saltos e arremessos.

229
Modelo de pistas de atletismo com suas respectivas dimensões. Disponivel em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/6/6f/A_cerimonia _de_abertura_foi_realizada_na_pista_de_atletismo_do_cefan.jpg> e <https://pt.wikipedia.org/wiki/
Atletismo#/media/Ficheiro:Pista.jpg>. Acesso em: 13 mai. 2021.

PROVAS DE PISTA
São as provas de corrida, que podem ser classificadas como: velocidade, meio fundo e fundo. As provas
de velocidade são aquelas de curta distância (até 200m) e que prevalecem a velocidade máxima dos
corredores (acima dos 40km/h). As provas de meio fundo são aquelas de distância média (até 800m) e
que prevalecem uma velocidade intermediária (próxima dos 30km/h. Já as provas de fundo são aquelas
de longa distância (acima de 1500m) e que prevalecem uma velocidade média de 20km/h.
• Provas de velocidade: 100m e 200m.
• Provas de meio-fundo: 400m e 800m.
• Provas de fundo: 1.500m a maratona (42,2 km).

As provas de pista são divididas ainda em:


• Rasas (sem obstáculos para saltar).
• Com barreira (400m, 110m para homens e 100m para mulheres).
• Com obstáculos (3.000m para homens e mulheres).

Provas de 400m rasos, 110m com barreiras e 3000m com obstáculos, disponiveis em: <https://pxhere.com/pt/photo/ 440810 https://
pxhere.com/pt/photo/ 748725 e https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sgt._Hillary_Bor_runs_ 3,000-meter_steeplechase_at_Rio_
Olympic _Games_photos_by_Tim_Hipps, _U.S._Army_IMCOM_Public_Affairs_(28945469872).jpg>. Acesso em: 13 mai. 2021.

As provas de corridas são divididas também em individuais e coletivas que são as provas de reveza-
mento. Existem duas provas de coletivas que são os revezamentos de 4 x 100m e 4 x 400m. Na prova

230
de 4x100m são 4 atletas, cada um corre 100m e passa o bastão ao companheiro de equipe, os quatro
atletas juntos dão uma volta completa na pista. A prova de 4 x 400m também tem 4 atletas que correm
400m cada um, os corredores dão uma volta completa na pista e depois passam o bastão ao compan-
heiro de time. Os quatro atletas juntos dão 4 voltas na pista (1600m). Ambas as provas são disputadas
por homens, mulheres e misto (Dois homens e duas mulheres na equipe).
Por fim, temos a marcha atlética, uma espécie de “caminhada rápida” onde o atleta tem que deslocar
o mais rápido possível mantendo pelo menos um dos pés em contato com o solo. A técnica da marcha
atlética é muito peculiar e parece que os atletas estão “rebolando” durante o percurso.

PROVAS DE CAMPO
As provas de campo como mencionado anteriormente são aquelas de saltos e arremessos. São quatro
provas de salto e quatro provas de arremessos e lançamentos a saber:
SALTO EM DISTÂNCIA – Nesta prova o objetivo é saltar o mais longe possível, tocando com os pés em
uma tábua de impulsão, após uma corrida rápida de aproximadamente 40m. A aterrissagem é feita
numa caixa de areia, a medida final da distância saltada é feita da tábua de impulsão até a marca mais
próxima da tábua que o atleta deixou.
SALTO TRIPLO – Bem semelhante ao “salto em distância”. A diferença é que o atleta toca a tábua de im-
pulsão e realiza três saltos antes de aterrizar na caixa de areia. Assim como o salto em distância, cada
atleta tem três oportunidades para saltar, sendo computada a melhor marca para comparação com os
demais adversários. Tanto no salto em distância quanto no triplo, o salto é considerado perdido caso o
atleta salte com o pé depois da tábua de impulsão.
SALTO EM ALTURA – Nesta prova o atleta deve fazer uma corrida de aproximação e saltar para tentar
transpor um sarrafo aterrissando num colchão. O sarrafo começa em uma altura pré-determinada e
cada atleta tem três tentativas para superar tal altura. Caso o atleta supere a altura, o sarrafo subirá de
3 a 5cm, tendo cada atleta mais 3 chances de passar a nova altura. O vencedor será o atleta que conse-
guir superar a maior altura estabelecida.
SALTO COM VARA – Bem semelhante ao salto em altura. A diferença é que o atleta usa uma vara de fibra
de vidro e carbono para impulsionar e tentar superar o sarrafo. As regras de início da altura inicial e su-
bidas do sarrafo são as mesmas do salto em altura. Tanto no salto em altura quando no salto com vara,
o salto será considerado nulo caso o sarrafo seja derrubado.
ARREMESSO DO PESO – Uma bola de chumbo deve ser arremessada o mais longe possível. Essa bola
mede 12cm de circunferência e pesa 7,26 para homens e 9 cm com 4kg de peso para mulheres. A distân-
cia do arremesso é aferida entre a linha limite (que não deverá ser ultrapassada pelo arremessador) e o
primeiro local que o peso tocar o chão.
LANÇAMENTO DO DARDO – Um dardo semelhante a uma lança deverá ser lançado o mais longe possível.
Este dardo mede 2,70m e pesa 800g para homens e 2,30m com peso de 600g para mulheres. O atleta
não deve ultrapassar a linha limite. A distância do lançamento é aferida entre a linha limite e o lugar
onde o dardo cravou no solo.
LANÇAMENTO DE MARTELO – As bolas de chumbo do arremesso do peso são acopladas a um cabo de
aço. O objetivo é lançar este “martelo” o mais longe possível com um giro do implemento sobre o próprio
corpo. Nesta modalidade há uma gaiola de proteção que impede que o martelo seja lançado nas arqui-
bancadas ou em outros competidores. A distância final também é aferida entre a linha limite e o local
onde o martelo tocou o solo primeiro.
LANÇAMENTO DE DISCO – Um disco de metal deverá ser lançado o mais longe possível. Esse disco pesa
1kg e mede 18cm de diâmetro para mulheres e 2kg com 22cm de diâmetro para homens. O lançamen-

231
to do disco é feito na mesma gaiola de lançamento do martelo e também com um giro sobre o corpo.
A distância final é medida como no lançamento do martelo. Para todas as provas de arremesso e lança-
mento os atletas tem 3 arremessos, sendo computada a melhor marca para fins de comparação com o
adversário e definição do vencedor.

Provas de salto em distância (triplo), salto em altura e salto com vara, disponíveis em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Salto_em_dist%C3%A2ncia_ feminino_(22055466401).jpg>; <https://commons.wikimedia.org/wiki/File: 20150726_1258_DM_
Leichtathletik_Frauen_Hochsprung_0331.jpg> e <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Men_decathlon_PV_French_Athletics_
Championships_2013_t141910c.jpg>. Acesso em: 14 abr. 2021.

Provas de arremesso do peso, lançamento do dardo, lançamento do martelo e lançamento do disco, disponíveis em: <https://commons.
wikimedia.org/wiki/File: Carlos_Chinin.png>; <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lan%C3%A7amento_do_Dardo_(21955737132).
jpg>; <https://www.piqsels.com/pt/public-domain-photo-zcznt> e <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lan%C3%A7amento_
de_disco_(21858620419).jpg>. Acesso em: 14 mai. 2021.

PROVAS COMBINADAS
O atletismo possui, ainda, provas combinadas. Nessa modalidade os atletas disputam diversas provas
do Atletismo em dois dias de competição. Vence aquele que conseguir ter maior regularidade em todas
as provas, ou seja, não adianta vencer uma prova e ficar mal classificado em todas as outras.
Os homens disputam o DECATLO, são 10 provas em dois dias de competição, divididas da seguinte forma:
• 1º dia: 100m rasos, salto em distância, arremesso do peso, salto em altura e 400m rasos.
• 2º dia: 110m com barreiras, lançamento do disco, salto com vara, lançamento do dardo e 1.500m.
As mulheres disputam o HEPTATLO, são 7 provas em dois dias de competição divididas da seguinte
forma:
• 1º dia: 100m com barreiras, salto em altura, arremesso do peso e 200m.
• 2º dia: salto em distância, lançamento do dardo, 800m.
Adaptado de TODA MATÉRIA. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/atletismo/>. Acesso em: 16 mai. 2021.

232
PARA SABER MAIS:
Clique no link a seguir para visualizar e entender melhor todas as modalidades existentes do Atletis-
mo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=efK68u3lbnM>. Acesso em: 16 maio 2021.
Aproveite e assista também ao vídeo sobre a “Batalha de maratona” entre Gregos x Persas e en-
tenda porque a prova existe até hoje e porque dá distância de 42km. Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=wwLW2TkaWh0&t=62s>. Acesso em: 16 maio 2021.

ATIVIDADES

1 - O Atletismo é considerado o “esporte base” para outros esportes uma vez que suas provas envolvem
habilidades naturais como correr, saltar e arremessar. Cite e descreva pelo menos três esportes que
necessitam de uma ou mais habilidades do Atletismo para serem praticados.

2 - Sobre o Atletismo assinale (V) para sentenças verdadeiras e (F) para sentenças falsas.
(  ) É considerado o primeiro esporte do mundo. Esteve presente nas olimpíadas da Grécia antiga
de 776 A.C
(  ) Uma volta completa na pista de atletismo tem 400m.
(  ) A aterrissagem do salto com vara e do salto em altura é feita numa caixa de areia.
(  ) O dardo masculino pesa um pouco menos que o dardo feminino.
(  ) A prova de 100m rasos é a prova mais rápida do Atletismo.

3 - Assinale a alternativa correta em relação às provas do Atletismo:


a) A prova de 1.500m é a distância mais longa das corridas.
b) O salto em altura é mais alto que o salto com vara.
c) O disco feminino pesa mais que o dardo masculino.
d) O salto em distância é mais longo que o salto triplo.
e) A corrida de 100m com barreiras é mais rápida que os 100m rasos.

233
SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
Ginástica.

TEMA/TÓPICO:
Alimentação e Balanço calórico.

HABILIDADE(S):
Compreender a relação entre a atividade física, dieta, balanço calórico e saúde. Analisar os efeitos dos mode-
radores de apetite no organismo e suas relações com a atividade física. Avaliar a importância da atividade
física na prevenção e tratamento da obesidade.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Alimentação saudável e balanço calórico no auxílio ao controle do peso corporal.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa, Biologia.

TEMA: Alimentação (Balanço Calórico)


Prezado (a) estudante, nesta semana abordaremos a alimentação saudável, um tema atual no quesito
saúde, haja visto que a alimentação saudável aliada ao exercício físico é primordial para o controle do
peso corporal e a prevenção de outras doenças crônicas. Você aprenderá sobre o balanço calórico, um
importante mecanismo de controle dos alimentos ingeridos. Bons estudos!

A RELAÇÃO ENTRE GASTO CALÓRICO E PERDA DE PESO


Quando o assunto é emagrecer, diversas pessoas dão palpites com fórmulas mágicas, exercícios, die-
tas milagrosas e muitos outros métodos que “levam” a perda de peso rápido. Contudo, o que realmente
interfere no emagrecimento é a relação entre ingestão de calorias e o gasto calórico.
Assim, a perda de peso natural somente ocorre com a união entre alimentação saudável, exercícios físi-
cos e uma dieta equilibrada. Neste artigo, vamos explicar qual é a relação do gasto calórico com a perda
de peso e como você pode conseguir emagrecer de forma correta e saudável.

Disponível em: <https://www.pikist.com/free-photo-vidhx/pt>. Acesso em: 17 mai. 2021.

234
Como funciona a ingestão de calorias
Os alimentos que ingerimos ao longo do dia são nossa fonte de energia (caloria). São eles que fazem
a reposição dos nutrientes, vitaminas, proteínas, carboidratos e outras fontes de energia que nosso
corpo precisa para sobreviver.
No entanto, quando nosso corpo ingere mais caloria do que o necessário, esse excesso de energia se
acumula no nosso corpo em forma de gordura. Ou seja, a pessoa acaba engordando, porque está inge-
rindo mais calorias do que o seu corpo realmente necessita.
Claro, existem outros problemas hormonais que levam ao ganho de peso. Porém, a alimentação em ex-
cesso é a situação mais comum para engordar. Por isso, antes de tudo, é preciso manter uma alimenta-
ção saudável e evitar a ingestão de alimentos altamente calóricos, pois o desequilíbrio na alimentação
é que vai influenciar na balança.

Como ocorre a perda de peso


A perda de peso ocorre quando a pessoa consegue aumentar o gasto calórico ou diminuir a quantidade
de calorias que ingere na sua alimentação. Ou seja, seu corpo precisa gastar mais calorias do que in-
geriu. Vamos supor que uma pessoa tenha um gasto calórico de 2000 calorias por dia. Se ela mantiver
uma dieta equilibrada que não ultrapasse esse valor, provavelmente não vai engordar nem emagrecer.
Vai apenas manter o peso.
Se a mesma pessoa tem uma dieta de 1500 calorias, significa que ela está ingerindo menos calorias do que
o necessário. Dessa forma, o organismo suprirá essa falta de ingestão de caloria com outra fonte de ener-
gia. Ou seja, as outras 500 calorias serão supridas com a gordura acumulada em seu corpo. Essa relação
de ingestão e gasto de calorias é chamada de “balanço calórico”. Dessa forma, para saber qual é o seu real
gasto calórico, é preciso consultar um preparador físico. Existem também algumas calculadoras de gasto
calórico na internet que você pode consultar e ver qual é sua média de gasto calórico diário.
Após saber qual a sua média de gasto calórico, você precisa saber quais alimentos são mais calóri-
cos, quais auxiliam na digestão, quais possuem efeito termogênico, etc. Ou seja, será preciso bastante
curiosidade para entender a quantidade calórica de cada alimento e nunca ultrapassar o seu gasto ca-
lórico diário.

Aumente o gasto calórico com exercícios físicos


Neste exemplo de gasto calórico que citamos acima, perceba que o organismo procura uma fonte de energia
para suprir essa falta. E a gordura é justamente um excesso de energia acumulada pelo nosso organismo.
Por isso é importante diminuir a ingestão de calorias e aumentar o gasto calórico. Somente assim have-
rá perda de peso. Além disso, você deve incluir a atividade física na sua rotina.
Quando praticamos atividade física, nosso corpo aumenta o gasto calórico. Tendo regras com a ali-
mentação, mantendo a dieta de calorias diária e praticando atividade física, a tendência é que você vá
eliminando aqueles quilos indesejados e consiga alcançar o peso ideal!
Adaptado de GREENLIFE ACADEMIAS. Disponível em: <https://greenlifeacademias.com.br/a-relacao-entre-gasto-calorico-e-perda-de-
peso/> Acesso em: 16 mai. 2021.

PARA SABER MAIS:


Clique no link a seguir para rever o conceito da pirâmide alimentar, um mecanismo importante
para auxiliar o balanço calórico na manutenção do peso corporal. Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=Y5Jl9UAp-es>. Acesso em: 16 maio 2021.

235
ATIVIDADES

1 - Descreva o processo de acúmulo e de perda da gordura corporal, levando em consideração o


mecanismo da ingestão e gasto das calorias dos alimentos.

2 - Sobre o balanço calórico assinale (V) para sentenças verdadeiras e (F) para sentenças falsas.
(  ) Balanço calórico é a relação entre a quantidade de calorias ingeridas e a quantidade de calorias
gastas.
(  ) A ingestão de calorias em excesso é a única causa do acúmulo de gordura corporal.
(  ) O controle do balanço calórico, aliado a prática de exercícios físicos, é o melhor mecanismo para
emagrecer.
(  ) No processo de emagrecimento é recomendável ingerir alimentos altamente calóricos.
(  ) Uma pessoa que ingeriu 2000 kcal e gastou 2500 kcal durante 30 dias vai ter acúmulo de gordura
ao final deste período.

3 – A tabela abaixo apresenta o comportamento alimentar e de exercícios físicos de um indivíduo


durante 7 dias.

Quantidade de calorias ingeridas Quantidade de calorias gastas através


DIA
na dieta alimentar de exercícios físicos
1º 2.000 kcal 0 kcal
2º 2.100 Kcal 500 kcal
3º 2.500 Kcal 300 Kcal
4º 3.100 Kcal 0 Kcal
5º 1.800 Kcal 800 Kcal
6º 1.500 Kcal 500 kcal
7º 2.300 Kcal 200 Kcal

Considerando que este indivíduo necessita de 2000 kcal por dia para suas atividades diárias, podemos
concluir que ao longo desses 7 dias o indivíduo em questão:
a) Teve balanço calórico positivo, ou seja, ingeriu mais calorias do que gastou.
b) Teve balanço calórico neutro, ou seja, ingeriu exatamente a quantidade de calorias que precisava.
c) Teve balanço calórico negativo, ou seja, ingeriu menos calorias do que precisava.
d) Teve perda de peso significativa, algo em torno de 1kg, considerando que cada 8 calorias gastas
representam 1g de gordura corporal eliminada.
e) Teve ganho de peso significativo, algo em torno de 1kg, considerando que a cada 8 calorias inge-
ridas a mais, representam 1g de gordura acumulada.

236
SEMANA 5

EIXO TEMÁTICO:
ENEM.

TEMA/TÓPICO:
Exercício físico - saúde, autonomia e socialização.

HABILIDADE(S):
Explicar a diferença entre ginástica, atividade física e exercícios físicos. Analisar os benefícios e riscos das
diferentes modalidades de ginástica praticadas em academias e outros espaços. Analisar as implicações do
consumismo nas práticas das modalidades da ginástica.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
A prática do exercício físico para saúde, autonomia e socialização.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa, Biologia, Sociologia.

TEMA: A prática do exercício físico para manutenção da saúde


Prezado (a) estudante! Nesta semana abordaremos a prática do exercício físico para manutenção da
saúde, de forma autônoma e como meio de socialização. Um tema muito importante em período de
pandemia, onde muitas pessoas estão com sua saúde física e mental desgastadas. Bons estudos!

AUTONOMIA PARA UM ESTILO DE VIDA ATIVO


É um fato legítimo as pessoas relacionarem as aulas de Educação Física à prática de atividade física,
muito provavelmente porque é a disciplina que tem como princípio norteador o corpo em movimento.
Vivemos hoje, nas grandes cidades, um momento em que crianças e adolescentes passam horas presas
dentro de casa em virtude da violência urbana, e por isso a Educação Física ganha nova importância
social: estimular a prática da atividade física para combater o sedentarismo dos tempos modernos.
Como consequência, um dos mais relevantes papéis da Educação Física é, então, estimular o aluno à
prática da atividade física regular, inclusive fora da escola. Assim, essa disciplina atinge um de seus
principais objetivos quando, ao final do ensino médio, o aluno sai preparado para continuar sozinho a
prática de atividade física. Isso nós chamamos de “autonomia”.
Esse fator é tão relevante que o principal do-
cumento do Ministério da Educação, no que se
refere à Educação Física, descreve dessa for-
ma a autonomia como objetivo: “Assumir uma
postura ativa, na prática de atividades físicas,
e conscientes da importância delas na vida do
cidadão.”

Grupo de ciclistas pedalam pela ciclovia da cidade. Um


exemplo clássico de prática de exercício físico de forma
autônoma e colaborativa para socialização das pessoas.
Disponível em: <https://www.piqsels.com/pt/public-domain-
photo-zbjbp>. Acesso em: 17 mai. 2021.

237
Continuando a linha de raciocínio, ser preparado para a prática autônoma significa fazer a prática cons-
cientemente. Para isso, existem alguns elementos que são importantes para que essa prática seja feita
de modo apropriado. A primeira providência é compreender o que é atividade física: trata-se de qual-
quer prática corporal, que feita de modo regular, fornece a sensação de bem-estar, permite a melhora
e/ou manutenção da saúde, além de prevenir uma série de doenças relacionadas ao sedentarismo tais
como: hipertensão, diabetes, infartos coronarianos, etc.
A segunda é compreender que as atividades físicas são classificadas em dois grupos: o de atividades
aeróbias e o das anaeróbias. Atividades anaeróbias são caracterizadas por serem de curta duração e
de alta intensidade, como a musculação, as corridas de curta distância e as provas de 50m e 100m de
natação. Já as aeróbias são aquelas em que a intensidade não é tão forte e têm duração mais longa. A
caminhada, a corrida de longa distância e a maratona aquática são exemplos desse tipo de atividade.
Os dois tipos de atividade são importantes para o indivíduo porque as atividades aeróbias melhoram as
capacidades cardíaca e respiratória, enquanto as atividades anaeróbias promovem aumento da força e
da massa muscular.
Outro fator é que o aluno deve ter consciência de que antes de fazer uma atividade física, ele deve fazer
um aquecimento e, após o término, uma atividade de volta à calma. A função do aquecimento é “avisar”
ao seu corpo que ele irá movimentar-se além do normal, e isso deve ser feito por meio de atividades
moderadas, que devem unir alongamentos e caminhadas e/ou corridas de baixa intensidade. Essas ati-
vidades fazem com que o aluno “fique com calor”, pois promovem uma pequena aceleração do seu ba-
timento cardíaco. A volta à calma, por sua vez, tem a função inversa: desacelerar o batimento cardíaco
que foi aumentado durante a prática de exercícios físicos. Devem ser feitas atividades de caminhada
leve, relaxamento e/ou alongamento.
Agora que você já sabe como deve se portar perante o exercício, não há mais desculpas para o seden-
tarismo: faça as aulas de Educação Física na escola e procure alguma atividade física para praticar fora
da escola, algo que você goste e sinta prazer em fazer. Aproveite também o potencial de socialização
dessas atividades para se divertir com amigos em jogos de Futebol, Vôlei ou outro esporte coletivo ou
ainda para conhecer novas pessoas em pistas de corrida, caminhada, ciclismo ou academias de ginás-
tica. Você terá uma vida muito saudável e prazerosa.
Adaptado de RONDINELLI, Paula. “Autonomia para um estilo de vida ativo”; Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.
br/educacao-fisica/autonomia-para-um-estilo-vida-ativo.htm>. Acesso em: 16 mai. 2021.

PARA SABER MAIS:


Clique no link a seguir para assistir uma aula sobre este importante tema do ENEM. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=pRplS0ChsRU>. Acesso em: 16 maio 2021.

238
ATIVIDADES
1 - ENEM 2012:

Foto: NIEMAN, D. Exercício e saúde. São Paulo: Manole, 1999 (adaptado)

A partir dos efeitos fisiológicos do exercício físico no organismo, apresentados na figura, são adapta-
ções benéficas à saúde de um indivíduo:
a) Diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da oxigenação do sangue.
b) Diminuição da oxigenação do sangue e aumento da frequência cardíaca em repouso.
c) Diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da gordura corporal.
d) Diminuição do tônus muscular e aumento do percentual de gordura corporal.
e) Diminuição da gordura corporal e aumento da frequência cardíaca em repouso.

2 - (ENEM 2016) A perda de massa muscular é comum com a idade, porém, é na faixa dos 60 anos que
ela se torna clinicamente perceptível e suas consequências começam a incomodar no dia a dia, quando
simples atos de subir escadas ou ir à padaria se tornam sacrifícios. Esse processo tem nome: sarcopenia.
Essa condição ocasiona a perda da força e qualidade dos músculos e tem um impacto significativo na
saúde. Disponível em: www.infoescola.com. Acesso em: 19 dez. 2012 (adaptado).
A sarcopenia é inerente ao envelhecimento, mas seu quadro e consequentes danos podem ser retarda-
dos com a prática de exercícios físicos, cujos resultados mais rápidos são alcançados com o(a)
a) hidroginástica.
b) alongamento.
c) musculação.
d) corrida.
e) dança.

239
3 - (ENEM 2016) A educação física ensinada a jovens do ensino médio deve garantir o acúmulo cultural
no que tange à oportunização de vivência das práticas corporais; a compreensão do papel do corpo
no mundo da produção, no que tange ao controle sobre o próprio esforço, e do direito ao repouso e
ao lazer; a iniciativa pessoal nas articulações coletivas relativas às práticas corporais comunitárias;
a iniciativa pessoal para criar, planejar ou buscar orientação para suas próprias práticas corporais; a
intervenção política sobre as iniciativas públicas de esporte e de lazer.
Disponível em: <www.portal.mec.gov.br>. Acesso em: 19 ago. 2012.

Segundo o texto, a educação física visa propiciar ao indivíduo oportunidades de aprender a conhecer
e a perceber, de forma permanente e contínua, o seu próprio corpo, concebendo as práticas corporais
como meios para
a) ampliar a interação social.
b) atingir padrões de beleza.
c) obter resultados de alta performance.
d) reproduzir movimentos predeterminados.
e) alcançar maior produtividade no trabalho.

240
SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
Jogos e brincadeiras.
TEMA/TÓPICO:
Capoeira.
HABILIDADE(S):
Conhecer as características e finalidades de cada modalidade.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Analisar os aspectos histórico-culturais da capoeira. Analisar a capoeira como jogo, dança e/ou luta. Analisar
a esportivização da capoeira. Aprimorar os elementos técnicos da capoeira.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa, História e Arte.

TEMA: Capoeira
Prezado (a) estudante! Nesta semana abordaremos a Capoeira, uma luta genuinamente brasileira cria-
da pelos escravos como símbolo de luta pela liberdade e resistência contra a escravidão. Vamos conhe-
cer então essa pratica corporal que faz parte do patrimônio cultural brasileiro. Bons estudos!

CAPOEIRA – ORIGEM
A capoeira é ao mesmo tempo uma luta e uma arte. Mas, você sabia que durante muito tempo a capoeira
foi proibida no Brasil? Quem vê crianças pequenas jogando capoeira nas escolas ou rodas de capoeira
com a apresentação de grandes mestres nem pode imaginar que essa conhecida forma de expressão
das raízes negras era mal vista e considerada perigosa.
Para jogar capoeira precisamos de um ritmo, ditado pelo atabaque, pelo berimbau e pelo agogô. Essa
música é bem característica. Dois parceiros, de acordo com o toque do berimbau, executam movimen-
tos de ataque, defesa e esquiva. Eles simulam uma luta. Para jogar capoeira é preciso habilidade e for-
ça, além de integração e respeito entre os parceiros.
O gingado é a base da capoeira. É um movimento ritmado que mantém o corpo relaxado e o centro de
gravidade em constante deslocamento. A partir do gingado surgem os outros movimentos de ataque ou
contra-ataque. Os jogadores nunca estão parados e isso torna a capoeira muito bonita de se ver.

Grupo pratica Capoeira ao ar livre. Observe que enquanto dois integrantes “jogam”, os outros três ficam por conta da musicalidade através
das palmas e dos instrumentos “berimbau” e “pandeiro”. Disponível em: <https://pxhere.com/pt/photo/169060>. Acesso em: 17 mai. 2021.

241
História da capoeira
A origem da capoeira data da época da escravidão no Brasil. Muitos negros foram trazidos da África
para o Brasil para trabalhar nos engenhos de cana-de-açúcar, nas fazendas de café, nas roças ou nas
casas dos senhores. A capoeira era uma forma de luta e de resistência.
Porém, para não despertarem suspeitas, os escravos adaptaram os movimentos da luta aos cantos da
África, fazendo tudo parecer uma dança. A capoeira foi ficando do jeitinho que ela é hoje, gingada.
No início do século XIX, no Rio de Janeiro, bandidos e malfeitores eram chamados de capoeiras, como
registrou o escritor Manuel Antônio de Almeida, em “Memórias de um Sargento de Milícias”. Em 1888,
a escravidão foi oficialmente abolida no Brasil. Muitos negros libertos não tinham como sobreviver e
acabaram na marginalidade. Em Salvador, chegaram a organizar gangues e provocar rebeliões. Durante
muito tempo a capoeira foi proibida.
Na década de 1930 a capoeira já tinha adquirido um novo status em nossa sociedade. O próprio pre-
sidente Getúlio Vargas convidou um grupo de capoeira para se apresentar oficialmente no Palácio do
Catete. A capoeira deixa de ser considerada crime e passa a ser considerada patrimônio cultural brasi-
leiro. Dois professores de capoeira da Bahia, mestre Bimba e mestre Pastinha se tornaram famosos e
são imortalizados nos romances de Jorge Amado.
Bimba ficou conhecido por “recriar” os movimentos da Capoeira, dando mais velocidade, agilidade e
letalidade aos movimentos, batizando tal “recriação” como Capoeira regional. Já mestre Pastinha, foi
responsável por conservar a Capoeira “raiz”, com movimentos mais lentos, bem semelhante a capoeira
jogada pelos escravos. Esta modalidade foi batizada e é conhecida até hoje como Capoeira angola.
Adaptado de UOL EDUCAÇÃO. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/capoeira-origem.htm>
Acesso em: 16 mai. 2021.

PARA SABER MAIS:


Clique no link a seguir para conhecer os golpes da Capoeira. Observe a diferença entre golpes defen-
sivos, ofensivos e esquivas. Aproveite para experimentar e praticar os golpes de Capoeira em casa.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=hXyQk4LTlm8>. Acesso em: 16 maio 2021.

ATIVIDADES
1 - Explique por que a Capoeira tem elementos da música e da dança em sua prática. Tais elementos
tornam essa luta menos eficaz que as outras? Justifique sua resposta.

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2 - Sobre a Capoeira assinale (V) para sentenças verdadeiras e (F) para sentenças falsas.
(  ) É uma dança de origem africana, região da qual vieram a maioria dos escravos no período colonial.
(  ) Há presença de musicalidade com instrumentos como o pandeiro, o berimbau e o atabaque.
(  ) Trata-se de uma luta de domínio em que não é permitido usar socos e chutes.
(  ) Durante o início do período republicano a Capoeira chegou a ser marginalizada e até proibida.
(  ) A partir de 1930 deixa de ser considerada crime e se eleva ao patamar de patrimônio cultural
brasileiro.

3 - (ENEM 2013) A recuperação da herança cultural africana deve levar em conta o que é próprio do
processo cultural: seu movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, portanto, do resgate
ingênuo do passado nem do seu cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio rosto cultural
brasileiro. O que se quer é captar seu movimento para melhor compreendê-lo historicamente.
MINAS GERAIS: Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas Gerais. Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 1988.

Com base no texto, a análise de manifestações culturais de origem africana, como a capoeira ou o can-
domblé, deve considerar que elas:
a) permanecem como reprodução dos valores e costumes africanos.
b) perderam a relação com o seu passado histórico.
c) derivam da interação entre valores africanos e a experiência histórica brasileira.
d) contribuem para o distanciamento cultural entre negros e brancos no Brasil atual.
e) demonstram a maior complexidade cultural dos africanos em relação aos europeus.

Prezado (a) estudante! Chegamos ao final deste PET 3! Caso tenha ficado alguma dúvida, entre em
contato com seu professor pelo CONEXÃO ESCOLA ou nos mande sua pergunta no TIRA DÚVIDAS AO
VIVO pela Rede Minas e Youtube. Lembre-se de se exercitar dentro dos limites de isolamento social
da pandemia, manter uma alimentação saudável e uma hidratação regular. Em breve estaremos va-
cinados e juntos em nossas quadras. Um forte abraço da equipe de Educação Física!

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