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UNIVERSIDADE PAULISTA

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

NILCIMARA DE ARAUJO LOPES – RA 0549928


RAYANE FELBERG DO NASCIMENTO – RA 0420816
SHIRLEI FREIRE BATISTA FERREIRA – RA 2147274

EDUCAÇÃO INCLUSIVA:
ACESSO E QUALIDADE DE EDUCAÇÃO PARA TODOS

SERRA-ES
2023
NILCIMARA DE ARAUJO LOPES – RA 0549928
RAYANE FELBERG DO NASCIMENTO – RA 0420816
SHIRLEI FREIRE BATISTA FERREIRA – RA 2147274

EDUCAÇÃO INCLUSIVA:
ACESSO E QUALIDADE DE EDUCAÇÃO PARA TODOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como


requisito parcial para a obtenção do título de Licenciatura
em Pedagogia na Universidade Paulista – UNIP – Pólo
Serra.
Orientação: Prof. Sueli Aparecida Martins Barberio

SERRA-ES
2023
2

FICHA CATALOGRÁFICA

Lopes, Nilcimara de Araújo Cajá.


....Educação Inclusiva : Acesso e Qualidade de Educação para To-
dos / Nilcimara de Araújo Cajá Lopes, Shirlei Freire Batista Fer-
reira, Rayane Felberg do Nascimento. - 2023.
....14 f.

....Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao


curso de Pedagogia da Universidade Paulista, Serra, 2023.

....Orientador: Profª Sueli Aparecida Martins Barbério .

....1. A educação como direito do ser humano. 2. A educação na


Declaração de Salamanca. I. Ferreira, Shirlei Freire Batista. II.
Nascimento, Rayane Felberg do. III. Barbério, Sueli Aparecida
Martins (orientador). IV. Título.

Elaborada de forma automática pelo sistema da UNIP com as informações fornecidas pelas autoras.
3

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente à Deus por nos dar condições de chegar ao final


do curso e concluirmos mais uma etapa de ensino, adquirindo conhecimentos mesmo
diante das dificuldades impostas ao longo da jornada.
Somos gratas também à equipe pedagógica e administrativa do campus, que
estiveram sempre dispostos a nos orientar ao longo da caminhada.
Gratidão também à equipe docente, que ao longo da jornada de formação nos
acompanhou e nos orientou, compartilhando saberes e experiências que nos serão
válidas no cotidiano escolar.
Aos demais colegas, com quem partilhamos momentos incríveis que marcaram
nossa memória e serão sempre lembrados.
4

RESUMO

Apresentação sucinta sobre a educação inclusiva: acesso e qualidade da educação


para todos. Também é abordado sobre a importância da formação do professor para
atuar na inclusão de crianças portadoras de deficiência no Ensino Regular. Essa
proposta faz-se necessária porque um aluno com deficiência requer um atendimento
diferenciado que venha atender suas necessidades. O objetivo geral deste trabalho
busca analisar a importância da educação inclusiva, analisando alguns aspectos que
envolvem a qualidade do ensino ofertado nas escolas públicas do Espírito Santo.
Como justificativa foi levado em consideração a história da Educação Especial e os
desafios enfrentados pelo professor. A fundamentação teórica tem como referências
pesquisas bibliográficas, de autores que tratam sobre o assunto, buscando analisar,
principalmente, conceitos, história, legislação e políticas públicas de inclusão.
Pretende-se que esses conhecimentos contribuam para um olhar mais atento ao
processo de inclusão através da educação.

Palavras-chave: Educação. Inclusão. Professor. Crianças. Escolas.


5

ABSTRACT

Brief presentation on inclusive education: access and quality of education for all. The
importance of teacher training to work on the inclusion of children with disabilities in
regular education is also discussed. This proposal is necessary because a student with
a disability requires differentiated assistance that meets their needs. The general ob-
jective of this work seeks to analyze the importance of inclusive education, analyzing
some aspects that involve the quality of teaching offered in public schools in Espírito
Santo. As justification, the history of Special Education and the challenges faced by
teachers were taken into consideration. The theoretical foundation is based on biblio-
graphical research, from authors who deal with the subject, seeking to analyze, mainly,
concepts, history, legislation, and public inclusion policies. It is intended that this
knowledge contributes to a closer look at the process of inclusion through education.

Keywords: Education. Inclusion. Teacher. Children. Schools


6

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 7
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 9
1.1 A Educação como Direito do Cidadão....................................................9
1.2 A Educação na Declaração de Salamanca...........................................10
1.3 Educação Especial.................................................................................11
1.4 Trajetória da Pesoa com Deficiência....................................................11
1.5 Inclusão Escolar.....................................................................................13
1.6 Legislação sobre Inclusão....................................................................15
1.7 Formação do Professor para atuar na Inclusão de Portadores de
Deficiência............................................................................................. 16
1.8 Atuação do Professor no Processo de Inclusão .............................. 19
1.9 Aprendizado para Alunos Portadores de Deficiência ...................... 20
1.9.1 Deficientes Visuais ............................................................................. 20
1.9.2 Transtorno do Espectro Autista – TEA ............................................... 20
1.9.3 Surdos................................................................................................. 21
2 MÉTODO ................................................................................................... 23
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO ......................................................................... 24
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 27
7

1 INTRODUÇÃO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso traz a temática educação inclu-


siva: acesso e qualidade da educação para todos e, também, aborda a importância
da formação do professor para atuar na inclusão de crianças portadoras de deficiência
no Ensino Regular, em virtude de eles requererem um atendimento diferenciado.
Ainda, é abordado sobre a educação especial, conceitos de educação inclusiva,
legislação, educação para todos, além da formação do professor e sua importância
no processo de inclusão desses alunos no ensino regular.
A Educação Inclusiva é um princípio fundamental que visa garantir que todas
as pessoas, independentemente das suas origens, capacidades, ou condições, te-
nham igualdade de acesso a uma educação de qualidade. Este tema é de extrema
relevância atualmente, pois a busca por uma sociedade mais justa e igualitária impul-
sionou a discussão sobre como melhorar o acesso e a qualidade da educação para
todos os indivíduos.
As primeiras informações sobre a Educação Especial, no Brasil, concernem à
época do Império (Januzzi, 2004) com a criação, no Estado do Rio de Janeiro, em
1954, do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, atual Benjamin Constant (IBC), e em
1957, do Instituto dos Surdos (INES). Segundo Sassaki (2003, p.111) “a história da
atenção educacional perpassa as fases de exclusão, segregação, integração e inclu-
são”.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) em seu
artigo 58, capítulo V define educação especial, como modalidade de educação esco-
lar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educandos com ne-
cessidades educativas especiais (BRASIL, 2001).
Ainda de acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na
Educação Básica criada pelo Parecer nº 17/2001, descreve que toda criança, sempre
que possível, possa aprender junta, independente de suas dificuldades e diferenças
(BRASIL, 2001).
A presença crescente de alunos com necessidades especiais de aprendizagem
na rede regular de ensino no Brasil pode ser observada através dos resultados do
Censo de 2022. De acordo com as informações do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas (INEP) no ano de 2022, o número de alunos, com baixa visão ou cegos,
matriculados no ensino regular, no Brasil, eram cerca de aproximadamente 90.000
8

(noventa mil). Esta crescente, também, se identifica com crianças portadoras de ou-
tras deficiências.
Diante desses dados, se levanta a seguinte questão: qual a importância de pro-
fessores, com conhecimentos específicos, para atuarem junto a alunos portadores de
deficiência que conseguem acesso ao ensino regular?
Segundo Nóvoa (2009), a formação e o desenvolvimento profissional docente
passam pela valorização desse profissional.
[...] atenção aos primeiros anos de exercício profissional, e à inserção dos
jovens professores nas escolas; valorização do professor reflexivo, e de uma
formação de professores buscada na investigação; importância de culturas
colaborativas, do trabalho em equipa, do acompanhamento, da supervisão e
da avaliação dos professores (NÓVOA, 2009, p. 4-5).

O objetivo geral deste trabalho busca analisar a importância da educação in-


clusiva, analisando alguns aspectos que envolvem a qualidade do ensino ofertado nas
escolas públicas do Espírito Santo. Como resultados deste trabalho é possível afirmar
que a qualidade do ensino e a inclusão, para alunos portadores de deficiência, de-
pende muito da formação e conhecimento do educador para auxiliar nesses proces-
sos, levando em consideração as particularidades de cada aluno e escola, buscando
alcançar o objetivo pedagógico e social.
Pretende-se que os conhecimentos adquiridos e apresentados neste trabalho,
através de pesquisas bibliográficas, de autores que tratam sobre os assuntos, contri-
buam para um olhar mais atento ao processo de inclusão através da educação.
Este Trabalho de Conclusão traz o primeiro capítulo como Fundamentação
Teórica, destacando a educação como direito do cidadão, educação especial, inclusão
escolar, legislação sobre inclusão, atuação do processo no processo de inclusão, en-
tre outros assuntos. Seu segundo capítulo traz sobre métodos utilizados na elabora-
ção deste Trabalho de Conclusão. O terceiro capítulo abordou sobre análise e discus-
são. As considerações finais destacam que ainda há muito a ser feito para que o pro-
cesso de Inclusão de pessoas com deficiência seja feito de acordo com o que se tem
discutido em diversas Conferências e Fóruns realizados no Brasil e no mundo. Em
seguida, apresenta as referências que serviram de consulta para a elaboração deste
Trabalho de Conclusão.
9

1 Fundamentação Teórica

É de suma importância que os estudantes de educação especial sejam


contemplados com um ensino de qualidade de acordo com suas capacidades motoras
e intelectuais, visto que a educação é direito fundamental de todos os cidadãos,
independente de suas condições.
Para fundamentar este Trabalho de Conclusão, foram feitas pesquisas biblio-
gráficas com base em autores e fontes seguras de livros físicos e artigos de internet
que relatam a importância desta temática, visto o grande aumento de alunos com de-
ficiência, matriculados no ensino regular. Segundo Severino (2002) a internet “tornou-
se uma indispensável fonte de pesquisa para os diversos campos de conhecimento”.
Dentre os autores e fontes consultados estão: Gil (2000), Sá; Campos Silva
(2007), Nóvoa (2009), Gaspareto (2007), De Massi (2002), Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, Constituição Federal do Brasil (1988), nova Base Nacional
Comum Curricular – BNCC. Também pesquisas feitas nos textos de Claudius Ceccon,
em seu livro "Educação Inclusiva: Cultura e Cotidiano Escolar", que aborda sobre a
cultura escolar e práticas pedagógicas relacionadas à educação inclusiva, com ênfase
no contexto brasileiro e da autora Maria Teresa Eglér Mantoan, com sua publicação
literária intitulada "Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer?", onde explora
os conceitos fundamentais da inclusão escolar e fornece orientações práticas sobre
como implementá-la nas escolas, permitiu analisar o ensino em escolas de modo ge-
ral.

1.1 A educação como direito do cidadão

Os direitos educacionais são fundamentais e estão embasados na Declaração


Universal dos Direitos Humanos (DUDH), um documento adotado pela Assembleia
Geral das Nações Unidas em 1948. A DUDH reconhece a importância da educação
como um direito humano básico. No decorrer do documento, alguns dos principais
pontos em relação aos direitos humanos são abordados, como: a) Acesso Universal
à Educação; b) Educação de Qualidade; c) Igualdade e Oportunidade, entre outros.
Em relação ao “Acesso Universal à Educação”, a DUDH afirma que “toda pes-
soa tem direito à educação”, enfatizando que a educação deve estar disponível,
10

acessível e gratuita para todos, independentemente de raça, gênero, origem, tradi-


ções, religião, ou qualquer outra característica.
No que tange à “Educação de Qualidade”, a declaração afirma que a educação
deve ser orientada para o desenvolvimento pleno da personalidade humana, respei-
tando os direitos humanos e as liberdades fundamentais. Isso implica a necessidade
de uma educação de qualidade que promova o pensamento crítico, a cidadania ativa
e o respeito à diversidade.
Sobre a “Igualdade de Oportunidades”, a Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos reforça a importância da igualdade de oportunidades na educação, destacando
que a educação não deve discriminar e deve estar disponível para todos, incluindo
grupos marginalizados, pessoas com deficiência e outras minorias.
Em suma, a Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece que a edu-
cação é um direito fundamental e inalienável de todos os seres humanos. Ela deve
ser acessível, de qualidade e livre de discriminação, e desempenha um papel vital na
promoção de muitos direitos humanos e no desenvolvimento de sociedades justas e
inclusivas.

1.2 A educação na Declaração de Salamanca

A Declaração de Salamanca é um documento-chave no campo da educação


inclusiva, adotado em 1994 durante a Conferência Mundial sobre Necessidades Edu-
cacionais Especiais. Ela estabelece princípios fundamentais para a promoção de uma
educação inclusiva e equitativa a nível global. Ela foi realizada em Salamanca, Espa-
nha, em 1994. O documento ressalta os direitos educacionais de todas as pessoas,
independentemente de suas diferenças e necessidades. Alguns dos principais pontos
da Declaração de Salamanca são: a) Princípio da Educação Inclusiva; b) Valorização
da Diversidade; c) Colaboração e Participação, entre outros.
Sobre o “Princípio da Educação Inclusiva”, a Declaração de Salamanca reforça
a importância da Educação Inclusiva como um princípio fundamental. Ela destaca que
todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais, linguísticas ou outras, têm o direito fundamental de receber uma educa-
ção de qualidade no sistema regular de ensino.
Na abordagem da temática “Valorização da Diversidade”, o documento enfatiza
a valorização da diversidade como um elemento enriquecedor para a sociedade.
11

Reconhecemos a importância de criar ambientes educacionais que celebrem a dife-


rença e promovam o respeito mútuo entre todos os alunos.
Em relação à “Colaboração e Participação”, a Declaração destaca a necessi-
dade de colaboração entre todos os setores da comunidade educacional, incluindo
pais, professores, alunos, autoridades educacionais e a sociedade em geral. Encoraja
a participação ativa de todas as partes interessadas na tomada de decisões relacio-
nadas à educação inclusiva.
O documento ainda aborda outras questões relacionadas à educação, como a
Adaptação do Sistema Educacional; o Acesso à Educação de Qualidade; a Formação
de Professores Especializados; a Avaliação e Monitoramento, etc.
Em resumo, a Declaração de Salamanca promove os direitos educacionais de
todas as pessoas, especialmente aquelas com necessidades especiais, ao reconhe-
cer a importância da inclusão, da valorização da diversidade e da colaboração para
criar sistemas educacionais mais justos e igualitários. Essa declaração desempenhou
um papel fundamental na promoção da educação inclusiva em todo o mundo.

1.3 Educação Especial

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a educação espe-


cial é “a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades ou superdotação”.

1.4 Trajetória da Pessoa com Deficiência

A expressão “pessoa com deficiência” passou a ser usada após a criação do


Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015). Nele está
assim conceituado:

“Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de


longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pes-
soas.”
12

De acordo com a análise dos dados sobre a Carga Global de Doenças (2004)
da Organização das Nações Unidas - ONU, cerca de 15% (quinze por cento), da po-
pulação mundial possui algum tipo de deficiência. Porém, destacam também, que
ainda existe muito preconceito e intolerância com estas pessoas que sofrem ainda
com opressão de algumas pessoas que usam termos pejorativos ao se referir a eles.
Conforme Figueira (2008) a história relata, através de documentos, que há mui-
tos anos já havia intolerância com as pessoas com deficiência. Entre a população
indígena, na época, era comum a prática da eliminação sumária de crianças com de-
ficiência ou a exclusão daquelas que viessem a adquirir algum tipo de limitação física
ou sensorial. Tais práticas também eram observadas em povos da História Antiga e
Medieval que entendiam como mau sinal, castigo de deuses ou forças superiores.
Quanto aos negros escravos, estudiosos acreditam que os castigos físicos sofridos
por eles, na época, contribuíram para a deficiência física ou sensorial deles.
Ainda Figueira (2008), destaca que as expressões “incapacitados” ou “indiví-
duos sem capacidade” foram muito usadas após o término das duas Grandes Guer-
ras. Com o passar do tempo, esses termos foram sendo esquecidos e trocados por
outros como: inválidos, minorados, descapacitados, excepcionais, entre outros. Esses
termos continuaram a ser modificados e, no ano de 1962, surgiu nos Estados Unidos
um movimento pelo direito das pessoas com deficiência. No Brasil, esse movimento
ganhou sentido através da Emenda Constitucional 1/69 da Constituição de 1967, onde
passou a ser incluído o termo “deficiente”.
Apesar do assunto, na época, ser tratado na Constituição do Brasil era neces-
sário a implementação de outras ações. Assim, através da Emenda Constitucional
12/1978, as pessoas com deficiência passaram a ter o direito de acesso aos espaços
públicos e, ainda, passaram a ser resguardadas contra preconceitos e discriminações.
(FREEDOM, acesso em 14 abr.2021).
Já a partir da Constituição Federal de 1988, através de suas Emendas Consti-
tucionais, o termo “deficiente” anteriormente aprovado, deixou de existir e, começou a
ser usado no Brasil a expressão “pessoa com deficiência.
É ainda, possível afirmar que o Brasil, ao longo de sua história, sofreu de forma
positiva influência de várias Convenções internacionais que abordaram o assunto so-
bre a pessoa com deficiência. Dentre elas é possível citar:
- Convenção Internacional, em Nova York, sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, Assembleia Geral das Nações Unidas (2006);
13

- Convenção Interamericana, na Guatemala, para eliminação de todas as for-


mas de discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência (1999) e,
- Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, em Nova York (1975).
Na área da medicina relatos mostram que as condições de tratamento, inicial-
mente, eram muito difíceis devido a falta de informação e as precariedades do sistema
de saúde. Porém, com o avanço da medicina, principalmente a partir do Século XX
vieram a criação dos chamados Hospitais-Escolas, como o Hospital das Clínicas de
São Paulo que passou a trabalhar melhor no campo da reabilitação. Assim, desde
esse período até os dias atuais é explícita a relação entre doença e deficiência. Para-
lelo a esse contexto, existe a luta pelo chamado “modelo social”, iniciado em 1981,
para ajudar a tratar dessa questão. Assim, ao longo de nossa história, verifica-se que
a deficiência foi tratada em ambientes hospitalares e assistenciais, muitas vezes de
forma errada por profissionais que não tinham conhecimento sobre as muitas defici-
ências e suas potencialidades e acabavam diagnosticando sem precisão, principal-
mente as pessoas com deficiência mental que acabavam sendo internadas em clíni-
cas e retiradas do convívio social e familiar. (BENGALA LEGAL, acesso em 10 abr.
2021)
A trajetória das pessoas com deficiência, antes da existência de clínicas espe-
cializadas era definida, principalmente pela família que, também, por falta de conhe-
cimento foram, por muitos anos, “ignoradas” em muitos aspectos. Esse quadro co-
meça a ser mudado no ano de 1981, quando é declarado pela ONU – Organização
das Nações Unidas o Ano Internacional da Pessoa com Deficiência (AIPD). A palavra
principal deste encontro foi “conscientização”, pois a partir deste ano as pessoas com
deficiência passaram a mudar de atitude, tomando consciência de seu potencial, se
organizando politicamente e, com isso, passando a ser notada pela sociedade. (BEN-
GALA LEGAL.COM, acesso em 10 abr. 2021)

1.5 Inclusão Escolar

Segundo o dicionário Aurélio (1986), inclusão refere-se a “ato ou efeito de in-


cluir”, compreender, inserir. Associada ao adjetivo “social” (da sociedade ou relativa a
ela), significa processos que levariam pessoas ou grupos postos ou deixados ao largo
de dinâmicas societárias, a serem “incluídos” em tais dinâmicas.
14

De acordo com artigo publicado no site neuroconetca.com.br a educação inclu-


siva pode ser definida como um sistema educacional híbrido, ou seja, alia a educação
regular com a educação especial, permitindo, assim uma convivência das crianças no
mesmo ambiente escolar.
Melero (2002) descreve que entre as décadas de 40 e 90, iniciou no mundo
alguns movimentos sociais de luta pelos direitos humanos. Segundo este autor, no
Brasil, o início se deu na década de 90 onde temas ligados a educação sofreram al-
gumas mudanças que passaram a deixar de lado uma educação excludente.
Em virtude das legislações vigentes a educação passou a ser inclusiva. Porém,
ainda, surge algumas dúvidas entre a integração escolar (surgida com o fim da edu-
cação excludente) e a inclusão escolar (vivenciada nas escolas atualmente). Apesar
de manter a metodologia, são termos diferentes. Carvalho (1997, p.19) define como:

Em termos gerais, a educação integrativo-escolar diz respeito a um processo


de educar-ensinar crianças ditas normais com crianças portadoras de defici-
ência, juntas, durante uma parte ou na totalidade do tempo de permanência
na escola.

Para Bruno (2006):

A inclusão está fundamentada na dimensão humana e sociocultural que pro-


cura enfatizar formas de interações positivas e possibilidades, apoio às difi-
culdades e acolhimento das necessidades dessas pessoas, tendo como alvo
a escuta de alunos, pais e comunidade escolar.

Baseado em informações cientificas e observações no ambiente escolar, é pos-


sível afirmar que a criança deficiente visual precisa passar por estimulação dos outros
sentidos (tato, audição, olfato, paladar), para que sua percepção de si mesma e do
ambiente que a cerca lhe permita experienciar a vida de maneira que seus aprendiza-
dos a emancipem para a convivência produtiva em sociedade.

A alfabetização requer da criança maior atenção concentrada e motivação


para a aprendizagem formal da leitura e da escrita, facilitada pelos estímulos
visuais e sonoros do ambiente familiar, da escola e dos meios de comunica-
ção. O desenvolvimento da criança cega sofre interferência da perda visual,
acarretando dificuldades para a compreensão e organização do meio. Ob-
serva-se a necessidade de estimulação permanente, dentro das possibilida-
des da faixa etária, a fim de que alcance progresso em todas suas potencia-
lidades. Crianças com perda visual severa podem apresentar ainda atraso no
desenvolvimento global. Isto se deve em grande parte à dificuldade de inte-
ração, apreensão, exploração e domínio do meio físico (BRASIL, 2001b, p.
25).
Segundo Malero (2002):
15

A escola inclusiva é aquela onde o modelo educativo estabelece ligações


cognitivas entre os alunos e o currículo, para que adquiram e desenvolvam
estratégias que lhe permitam resolver problemas da vida cotidiana e que lhes
preparem para aproveitar as oportunidades que a vida lhes ofereça.

A educação inclusiva é tema constante de políticas educacionais, podendo-se


evidenciar tal situação nas propostas e ações governamentais, nos discursos políticos
e nos projetos pedagógicos (BUENO, 2008).

1.6 Legislação sobre Inclusão

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – LBI (Lei nº 13.146, de


6 de julho de 2015) também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência é
um conjunto de normas destinadas a assegurar e a promover, em igualdade de con-
dições, o exercício dos direitos e liberdades fundamentais por pessoas com deficiên-
cia, visando à sua inclusão social e a cidadania. (Brasil, 2015).
Além dessa Lei, existem no Brasil, outras legislações sobre o assunto. Dentre
elas:
• Constituição de 1988 (artigo 208);
• Lei 7.853, de 1989 que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de defi-
ciência, sua integração social;
• Estatuto da Criança e do adolescente, de 1990;
• Declaração de Salamanca, de 10 de junho de 1994, que aborda sobre princí-
pios, políticas e práticas na área das necessidades educacionais especiais;
• Capítulo da LDB, de 1996, sobre a Educação Especial;
• Decreto nº. 3.298, de 1999, que regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de outu-
bro de 1989 que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Porta-
dora de Deficiência;
• Lei 10.172, de 2001, que aprova o Plano Nacional de Educação que estabe-
lece vinte e oito objetivos e metas para a educação das pessoas com necessidades
educacionais especiais;
• Resolução nº 2, de 11 de setembro de 2001 que institui Diretrizes Nacionais
para a Educação Especial na Educação Básica;
16

• Íntegra do Decreto nº 3.956, de outubro de 2001, que promulga a Conven-


ção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra
as Pessoas Portadoras de Deficiência (Convenção da Guatemala);
• Resolução do Conselho Nacional de Educação nº1/2002, que define que as
universidades devem prever em sua organização curricular formação dos professores
voltada para a atenção à diversidade e que contemple conhecimentos sobre as espe-
cificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais;
• A lei nº 10.436/02 que reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio
legal de comunicação e expressão;
• Decreto nº. 5.626/05, que dispõe sobre a inclusão da Libras como disciplina
curricular, a formação e a certificação de professor, instrutor e tradutor/intérprete de
Libras;
• Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre o atendi-
mento educacional especializado;
• A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclu-
siva.

1.7 Formação do Professor para atuar na Inclusão de Portadores de Deficiência

A formação de professores, no Brasil, ganha destaque com a promulgação da


Lei nº 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN). Na edu-
cação especial, modificações têm sido implantadas para formar professores.
Em relação à formação de professores que atuarão junto a alunos com deman-
das educativas especiais, a LDBEN, em seu Artigo nº 59, destaca: “[...] III professores
com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especi-
alizado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração des-
ses educandos nas classes comuns” (BRASIL, 1996).
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) destaca
ainda que a educação à distância é essencial para a formação docente. Influenciado
por esses órgãos, o governo brasileiro apresentou então um projeto de formação para
professores (MICHELS, 2002).
A Resolução CNE nº 02/2001, prevê que professores que trabalham com alu-
nos com necessidades educacionais especiais podem ser capacitados ou especiali-
zados.
17

O art. 18 da Lei 9394/96 diz o seguinte:


§ 1º São considerados professores capacitados para atuar em classes co-
muns com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais
aqueles que comprovem que em sua formação, de nível médio ou superior,
foram incluídos conteúdos sobre educação especial adequados ao desenvol-
vimento de competências e valores para:
I – Perceber as necessidades educativas especiais dos alunos e valorizar a
educação inclusiva;
II – Flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimento de
modo adequado as necessidades especiais de aprendizagem;
III – avaliar continuamente a eficácia do processo educativo para o atendi-
mento de necessidades educacionais especiais;
IV – Atuar em equipe, inclusive com professores especializados em educação
especial.

A formação inicial de professores no Brasil, no contexto da Educação Especial


e Inclusiva, traz alguns movimentos e ações de ordem legal que visam qualificar esse
processo com o objetivo de que esses profissionais tenham condições de atuar em
salas de aula.
De acordo com Soares e Carvalho (2012, p. 28) a formação de professores
para a Educação Especial tomou proporções de nível nacional com a instauração do
Plano Nacional de Educação Especial, pelo Centro Nacional de Educação Especial
(CENESP), órgão do Ministério da Educação, criado, em 1973, tendo como um dos
seus objetivos a capacitação de recursos humanos para atuar junto aos alunos com
deficiência.
Ainda, segundo os autores, o mesmo Centro também implementou o projeto de
Reformulação de Currículos para Educação Especial, "destinado à orientação do tra-
balho pedagógico específico para as deficiências intelectual, visual, auditiva e para os
superdotados."
O artigo 13, parágrafo segundo das Diretrizes Curriculares Nacionais para a
formação inicial em nível superior e para a formação continuada”, observa-se o se-
guinte em relação aos cursos de formação inicial de professores no Brasil:

§ 2º Os cursos de formação deverão garantir nos currículos conteúdos espe-


cíficos da respectiva área de conhecimento ou interdisciplinares, seus funda-
mentos e metodologias, bem como conteúdos relacionados aos fundamentos
da educação, formação na área de políticas públicas e gestão da educação,
seus fundamentos e metodologias, direitos humanos, diversidades étnico-ra-
cial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional, Língua Brasileira de
Sinais (Libras), educação especial e direitos educacionais de adolescentes e
jovens em cumprimento de medidas socioeducativas (BRASIL, 2015a, p. 11).

Os cursos de graduação, no Brasil, não possuem uma matriz curricular especí-


fica para preparar professores, em uma perspectiva prática e teórica, para ministrarem
18

conteúdos curriculares para alunos deficientes visuais ou em qualquer área da Edu-


cação Especial.
O professor que pretenda trabalhar na Educação Especial, no Brasil, precisa
possuir alguns requisitos específicos, como ser graduado em curso que o habilite para
a docência - formação inicial - e ter formação específica para a Educação Especial -
formação continuada - (BRASIL, 2009b).
Esse professor, ainda, após está devidamente habilitado, deverá continuar sua
formação docente para atuação na Educação Especial, como a Deficiência Visual
De acordo com Fleuri (2009), a formação docente inicial e continuada não é o
único aspecto a ser considerado em relação aos professores que atuam na Educação
Especial e que trabalhem para a inclusão.
A formação continuada de professores que pretendem atuar com crianças de-
ficientes visuais, deve propiciar a esses profissionais, além do conhecimento educa-
cional voltado a esses educandos, uma formação com caráter socializador, possibili-
tando assim o processo de inclusão.
Na educação especial as ações são direcionadas para o atendimento especí-
fico dos alunos no processo educacional e, no âmbito de uma atuação mais ampla na
escola, orientando, ainda, a formação continuada e o desenvolvimento de práticas
colaborativas. (BRASIL, 2008, p.15).
Acerca da formação docente, Nóvoa (2002 p.64), demonstra que “é preciso
trabalhar no sentido da diversificação dos modelos e das práticas de formação contí-
nua, instituindo novas relações de professores ao saber pedagógico e científico”.
Rozek (2010) destaca que o processo de formação de professores de Educa-
ção Especial, voltado para inclusão, requer movimentos de pensar criticamente acerca
de suas intenções e ações pedagógicas.
A Lei nº 13.416/2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência),
faz uma exposição geral dos direitos das pessoas com deficiência. O capítulo IV apre-
senta as disposições acerca da educação que deve ser ofertada às pessoas com de-
ficiência. Seu Art. 28 relata:
[...] adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação
inicial e continuada de professores e oferta de formação continuada para o
atendimento educacional especializado; [...] formação e disponibilização de
professores para o atendimento educacional especializado (BRASIL, 2015b).

“Os professores especialistas bem formados e capacitados, na perspectiva da


inclusão são peças fundamentais no elo da escola inclusiva” (LINO, 2006, p. 36).
19

1.8 Atuação do Professor no Processo de Inclusão

Segundo Freire (2001, p. 47) “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar
as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.
Segundo Freire (2002) o espaço pedagógico é um texto para ser constante-
mente ‘lido’, interpretado, ‘escrito’ e ‘rescrito’. Assim, quanto maior for a solidariedade
existente entre o professor e alunos, quanto a este espaço, surgirão mais possibilida-
des de aprendizagem.
O sucesso do processo ensino-aprendizagem do aluno portador de deficiência
está ligado ao funcionamento de três fatores: mediação docente - acompanhamento
da família/responsáveis legais - socialização/interatividade (BRASIL, 2001b).
Nesse sentido, acerca da ação do professor no processo de escolarização do
aluno portador de deficiência, compreende-se que cabe ao professor a análise, orga-
nização e sistematização de atividades pedagógicas específicas, necessárias ao de-
senvolvimento integral do aluno, propondo e adaptando atividades lúdicas, e situações
de interação, socialização e participação coletiva com outros alunos (BRASIL, 2001b).
Segundo Minetto (2008, p. 19) “a educação é responsável pela socialização,
que é a possibilidade de convívio, com qualidade de vida, de uma pessoa na socie-
dade; viabiliza, portanto, com um caráter cultural acentuado, a integração do indivíduo
com o meio”.
Mosquera (2012) relatar como dificuldade no processo de ensino-aprendiza-
gem dos alunos deficientes visuais, a adaptação de conteúdos, materiais e métodos
para que esses educandos possam ser inseridos no ambiente escolar, viabilizando
assim sua melhor inclusão escolar e social.
Desse modo, para que os alunos portadores de deficiência se sintam incluídos
no ambiente escolar, é necessário que os professores saibam respeitar as particulari-
dades e especificidades de cada aluno, possibilitando novas formas de conhecimento.
1.9 Aprendizado para alunos Portadores de Deficiência

1.9.1. Deficientes Visuais


20

Para Santos (2006) o professor precisa superar procedimentos como “dar” aula,
que pressupõe um papel passivo ao aluno; estabelecer respostas prontas e instruções
em demasia, pois estas precisam ser construídas pelos alunos.
A utilização de estratégias inovadoras em sala de aula, deve partir do professor,
fazendo assim com que os alunos tenham uma participação mais ativa.
Bruno (2006, p. 18) afirma que:

[...] a sala de aula inclusiva propõe um novo arranjo pedagógico: diferentes


dinâmicas e estratégias de ensino para todos, e complementação, adaptação
e suplementação curricular quando necessários. A escola, a sala de aula e as
estratégias de ensino é que devem ser modificadas para que o aluno possa
se desenvolver e aprender.

Para os alunos deficientes visuais, segundo Brasil (2001b, p. 75) os recursos


didáticos, são muito importantes no processo ensino-aprendizagem, considerando-se
que:

[...] um dos problemas básicos do aluno com deficiência visual, em especial


o aluno cego, é a dificuldade de contato com o ambiente físico; a carência de
material adequado pode conduzir a aprendizagem da criança deficiente visual
a mero verbalismo, desvinculado da realidade [...].

Segundo Sá; Campos e Silva (2007), os recursos didáticos podem ser produzi-
dos a partir de vários materiais, entre eles: embalagens descartáveis, tampas de vá-
rios tamanhos, retalhos de papéis e tecidos com texturas diferentes, barbantes, dentre
outros.
Estes autores também destacam algumas outras sugestões de materiais dentre
eles: o Jogo da Velha (que pode ser feito com papelão, isopor, madeira e com peças
de encaixe) e a Cela Braille (que pode ser confeccionada com caixas de papelão,
frascos de desodorantes e embalagens de ovos) e muitos outros recursos (SÁ; CAM-
POS; SILVA, 2007).

1.9.2 Transtorno do Espectro Autista (TEA)

A inclusão pedagógica é outro grande desafio ainda encontrado por pessoas


com TEA. A Constituição Federal de 1988 foi a primeira lei a garantir a inclusão desses
alunos e de outros com necessidades especiais. Em seguida, surgiu a Lei nº 9394/96,
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Também, outra legislação que
assegura ao cidadão, independentemente de sua condição física, psicológica, moral,
econômica e social o direito de utilizar os espaços municipais, estaduais e federais de
21

educação é o Decreto nº 6.094/2007. Esse direito é um grande exercício de cidadania,


porém que não pode ser comemorado plenamente devido a falta de investimentos na
preparação do educador para auxiliar as pessoas com TEA. (BRASIL ESCOLA,
acesso em 24 abr. 2021)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nº 9.394/96, deu maior desta-
que à Educação Especial. Em seu capítulo V, artigos 58, 59, 59-a e 60 ela trata da
Educação Especial:
[...]
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a mo-
dalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desen-
volvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei
nº 12.796, de 2013) Ver tópico (4402 documentos)
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação espe-
cial. Ver tópico (750 documentos)
[...]
Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa preferencial, a
ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos glo-
bais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na própria
rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições
previstas neste artigo. (MEC - Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

1.9.3 Surdos

Faz necessário refletir que os docentes da educação inclusiva (surdez), vivem


em situação difícil nesta pandemia. É importante ressignificar o olhar sobre esses
sujeitos na busca de ampliação das tecnologias educativas e, dessa forma, efetivar
à procura de sua identidade linguística, social e cultural.

A Educação Especial foi definida pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO apud NOVAES, 2007) como:
Aquela dos que se desviam física ou mentalmente, emocional ou social-
mente dos grupos relativamente homogêneos do sistema regular de educa-
ção, de modo que é necessário tomar providências especiais para corres-
ponder às suas necessidades. (UNESCO apud NOVAIS, 2007, p. 18).

A Lei de Diretrizes e bases da Educação (LDB) determina, entre outros assun-


tos, o que deve ser entendido como educação especial:

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a mo-
dalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino, para educandos com de necessidades especiais.
22

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola


regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
(BRASIL, Lei 9.394/96 (LDB).

Adorno (2003) diz em sua reflexão que: “os homens inclinam-se a considerar
a técnica como sendo algo em si mesma, um fim em si mesmo, uma força própria,
esquecendo que ela é a extensão do braço do homem” (Adorno, 2003).
É importante introduzir o conceito de Tecnologia assistiva: “Tecnologia Assistiva
é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos,
recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a
funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência,
incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, quali-
dade de vida e inclusão social.” (Comitê de Ajudas Técnicas, Corde/SEDH/PR, 2007)
Nesta perspectiva se faz necessário a inclusão de tecnologia assistivas na edu-
cação especial para que mais alunos sejam atendidos com maior efetividade e pro-
mova a esta comunidade maior possibilidade de interação junto aos demais discentes
e o acompanhamento das disciplinas com apoio das tecnologias.
Segundo Vygotsky (1994), é muito importante os processos interativos, da
ação, da linguagem, na construção das estruturas mentais superiores. Deve-se pro-
porcionar o acesso à cultura, escola, tecnologias entre outros. Estes processos de
aprendizagem e desenvolvimento influenciam diretamente na vida do aluno, porém, a
falta deste, limita o indivíduo com deficiência de superar barreiras neste processo de
acessibilidade, chamada tecnologia assistiva. Superar estas barreiras com as tecno-
logias assistivas é inserir novamente os docentes que tenha deficiências num cenário
rico de oportunidades, proporcionando um desenvolvimento de aprendizagem. GAL-
VÃO FILHO e DAMASCENO, 2003)
23

2 MÉTODO

A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica de caráter


qualitativo, feitos através de leituras de livros e artigos de autores que tratam sobre
inclusão, deficiência visual e formação de professores.
Além disso, a metodologia científica guia em um caminho pelo qual o estudante
deve transcorrer a fim de obter mais conhecimentos, oferecendo uma ordem que per-
mite ao estudante chegar a um fim de modo mais prático e organizado.
Segundo Severino (2007, p. 122) a pesquisa bibliográfica pode ser conceituada
da seguinte maneira:
[...] aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pes-
quisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc.
Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros pes-
quisadores e devidamente registrados

A pesquisa neste Trabalho de Conclusão é quantitativa, de cunho bibliográfico,


uma vez que contribui para um olhar mais apurado em relação ao estudante com ne-
cessidades específicas.
24

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO

A análise de tal temática é importante pois, uma vez que a educação é direito
de todos, garantido em Constituição Federal, ela deve ser ofertada sem distinção de
cor, raça, gênero, condição social ou especificidades psíquicas ou motoras.
Com base no que foi desenvolvido neste Trabalho de Conclusão, apresentado
na Fundamentação Teórica, é possível afirmar que a formação adequada do profes-
sor, tanto na formação inicial quanto na formação continuada, contribui para o pro-
cesso ensino-aprendizagem de alunos portadores de deficiência contribuindo com sua
inclusão escolar e social.
A concepção de educação parte do princípio de que a escola é o lugar de todos
(BRASIL, 2013).
A Inclusão escolar deve promover aos alunos portadores de deficiência, sejam
elas visuais, TEA, auditivas ou outras, melhores condições no ensino e na estrutura
física da escola com adaptações.
Quanto à formação inicial, a grade curricular do professor não contempla disci-
plinas que tratam de conteúdos sobre deficiências, nem a respeito das necessidades
educacionais especiais.
No que se refere à formação de professores, Michels (2008) aponta a falta de
preparo dos professores brasileiros, em especial para o atendimento a indivíduos com
necessidades educacionais especiais. Assim, esses profissionais necessitam de cur-
sos de especialização para estarem aptos a atuar com alunos deficientes visuais.
Cabe aos professores o interesse e a dedicação em pesquisas para proporcio-
nar aos alunos deficientes visuais novas formas de receber os conhecimentos e, as-
sim, ajuda-los no processo de inclusão através de um ensino de qualidade, seja em
escolas específicas ou de ensino regular.
25

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Educação Inclusiva é um princípio fundamental que busca garantir que todos


os indivíduos, independentemente de suas diferenças e características, tenham
acesso a uma educação de qualidade. Neste contexto, a Declaração Universal dos
Direitos Humanos (DUDH) e a Declaração de Salamanca desempenham papéis cru-
ciais, atuando como pilares essenciais que sustentam e promovem a educação inclu-
siva e a qualidade da educação para todos.
A DUDH, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, estabe-
lece os direitos fundamentais de todos os seres humanos, incluindo o direito à educa-
ção. Ela reconhece a educação como um direito humano básico, destacando a neces-
sidade de acesso universal, igualdade de oportunidades e educação de qualidade
para todos. A DUDH fornece o alicerce ético e legal para a promoção da educação
inclusiva, reforçando a importância de garantir que nenhuma pessoa seja restaurada
do sistema educacional devido a sua origem, raça, gênero, religião, ou qualquer outra
característica.
A Declaração de Salamanca, de 1994, é um marco crucial na promoção da edu-
cação inclusiva, com um foco particular na inclusão de pessoas com deficiência. Esta
declaração destaca a importância de adaptar o sistema educacional para atender às
necessidades individuais de todos os alunos, independentemente de suas capacida-
des ou deficiências. Ela ressalta a necessidade de um ambiente escolar que promova
a participação ativa e a colaboração entre todos os alunos, bem como a importância
da formação de professores para atender às necessidades variadas dos estudantes.
A interseção da DUDH e da Declaração de Salamanca destaca que a inclusão
na educação não é apenas um direito, mas também um princípio ético e uma aborda-
gem pedagógica eficaz. A educação especial, uma parte essencial da educação inclu-
siva, desempenha um papel crucial na garantia de que alunos com necessidades es-
peciais recebem apoio adequado para atingir seu potencial máximo.
O desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão – TC possibilitou, ainda, atra-
vés de pesquisas bibliográficas e documentais, a análise da importância da formação
do professor no processo ensino-aprendizagem, contribuindo assim com a inclusão
de portadores de deficiência.
26

Como resultado ao questionamento feito neste TC, segundo Veiga (2012, p. 15)
a formação de professores como o ato de formar o docente e de educá-lo para o
exercício do magistério, “envolve uma ação a ser desenvolvida com alguém que vai
desempenhar além da tarefa de educar, a de ensinar, de aprender, de pesquisar e de
avaliar”.
Assim ainda segundo o autor, é necessário que a formação seja assumida
como ato contínuo, para que o profissional esteja preparado para lidar com a diversi-
dade humana em sala de aula.
Diante disso é importante a criação e aperfeiçoamento das políticas públicas
de Educação Continuada com programas e ações para formar professores para atuar
junto aos alunos deficientes visuais.
Veiga (2012, p. 14) ainda destaca que a formação de professores implica com-
preender a importância do papel da docência, propiciando uma profundidade cientí-
fico-pedagógica que os capacite a enfrentar questões fundamentais da escola como
instituição social.
Diante de todos os conhecimentos adquiridos nas pesquisas realizadas para
elaboração deste Trabalho, concluímos que ainda há muito a ser feito para que o pro-
cesso de Inclusão de pessoas com deficiência seja feito de acordo com o que se tem
discutido em diversas Conferências e Fóruns realizados no Brasil e no mundo.
No Brasil, é possível afirmar que muito já se conquistou, porém ainda não é o
suficiente. O preconceito e discriminação com pessoas portadores de deficiência, ali-
ados a falta de conhecimentos de algumas pessoas e, até profissionais, de saúde e
educação, tem contribuído para que o processo de inclusão dessas pessoas ainda
seja lento e difícil.
Para entender melhor as pessoas portadoras de deficiência e contribuir com
processo de inclusão, através de um ensino de qualidade é preciso, acima de tudo,
que se tenha um olhar crítico a respeito do diferente, sem qualquer tipo de “pré-con-
ceitos”. Se faz necessário, ainda, buscar estratégias para enfrentar as dificuldades
impostas pela sociedade e, também, pelas particularidades de cada tipo de deficiên-
cia.
27

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