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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA:
ACESSO E QUALIDADE DE EDUCAÇÃO PARA TODOS
SERRA-ES
2023
NILCIMARA DE ARAUJO LOPES – RA 0549928
RAYANE FELBERG DO NASCIMENTO – RA 0420816
SHIRLEI FREIRE BATISTA FERREIRA – RA 2147274
EDUCAÇÃO INCLUSIVA:
ACESSO E QUALIDADE DE EDUCAÇÃO PARA TODOS
SERRA-ES
2023
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FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada de forma automática pelo sistema da UNIP com as informações fornecidas pelas autoras.
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
Brief presentation on inclusive education: access and quality of education for all. The
importance of teacher training to work on the inclusion of children with disabilities in
regular education is also discussed. This proposal is necessary because a student with
a disability requires differentiated assistance that meets their needs. The general ob-
jective of this work seeks to analyze the importance of inclusive education, analyzing
some aspects that involve the quality of teaching offered in public schools in Espírito
Santo. As justification, the history of Special Education and the challenges faced by
teachers were taken into consideration. The theoretical foundation is based on biblio-
graphical research, from authors who deal with the subject, seeking to analyze, mainly,
concepts, history, legislation, and public inclusion policies. It is intended that this
knowledge contributes to a closer look at the process of inclusion through education.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 7
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 9
1.1 A Educação como Direito do Cidadão....................................................9
1.2 A Educação na Declaração de Salamanca...........................................10
1.3 Educação Especial.................................................................................11
1.4 Trajetória da Pesoa com Deficiência....................................................11
1.5 Inclusão Escolar.....................................................................................13
1.6 Legislação sobre Inclusão....................................................................15
1.7 Formação do Professor para atuar na Inclusão de Portadores de
Deficiência............................................................................................. 16
1.8 Atuação do Professor no Processo de Inclusão .............................. 19
1.9 Aprendizado para Alunos Portadores de Deficiência ...................... 20
1.9.1 Deficientes Visuais ............................................................................. 20
1.9.2 Transtorno do Espectro Autista – TEA ............................................... 20
1.9.3 Surdos................................................................................................. 21
2 MÉTODO ................................................................................................... 23
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO ......................................................................... 24
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 27
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1 INTRODUÇÃO
(noventa mil). Esta crescente, também, se identifica com crianças portadoras de ou-
tras deficiências.
Diante desses dados, se levanta a seguinte questão: qual a importância de pro-
fessores, com conhecimentos específicos, para atuarem junto a alunos portadores de
deficiência que conseguem acesso ao ensino regular?
Segundo Nóvoa (2009), a formação e o desenvolvimento profissional docente
passam pela valorização desse profissional.
[...] atenção aos primeiros anos de exercício profissional, e à inserção dos
jovens professores nas escolas; valorização do professor reflexivo, e de uma
formação de professores buscada na investigação; importância de culturas
colaborativas, do trabalho em equipa, do acompanhamento, da supervisão e
da avaliação dos professores (NÓVOA, 2009, p. 4-5).
1 Fundamentação Teórica
De acordo com a análise dos dados sobre a Carga Global de Doenças (2004)
da Organização das Nações Unidas - ONU, cerca de 15% (quinze por cento), da po-
pulação mundial possui algum tipo de deficiência. Porém, destacam também, que
ainda existe muito preconceito e intolerância com estas pessoas que sofrem ainda
com opressão de algumas pessoas que usam termos pejorativos ao se referir a eles.
Conforme Figueira (2008) a história relata, através de documentos, que há mui-
tos anos já havia intolerância com as pessoas com deficiência. Entre a população
indígena, na época, era comum a prática da eliminação sumária de crianças com de-
ficiência ou a exclusão daquelas que viessem a adquirir algum tipo de limitação física
ou sensorial. Tais práticas também eram observadas em povos da História Antiga e
Medieval que entendiam como mau sinal, castigo de deuses ou forças superiores.
Quanto aos negros escravos, estudiosos acreditam que os castigos físicos sofridos
por eles, na época, contribuíram para a deficiência física ou sensorial deles.
Ainda Figueira (2008), destaca que as expressões “incapacitados” ou “indiví-
duos sem capacidade” foram muito usadas após o término das duas Grandes Guer-
ras. Com o passar do tempo, esses termos foram sendo esquecidos e trocados por
outros como: inválidos, minorados, descapacitados, excepcionais, entre outros. Esses
termos continuaram a ser modificados e, no ano de 1962, surgiu nos Estados Unidos
um movimento pelo direito das pessoas com deficiência. No Brasil, esse movimento
ganhou sentido através da Emenda Constitucional 1/69 da Constituição de 1967, onde
passou a ser incluído o termo “deficiente”.
Apesar do assunto, na época, ser tratado na Constituição do Brasil era neces-
sário a implementação de outras ações. Assim, através da Emenda Constitucional
12/1978, as pessoas com deficiência passaram a ter o direito de acesso aos espaços
públicos e, ainda, passaram a ser resguardadas contra preconceitos e discriminações.
(FREEDOM, acesso em 14 abr.2021).
Já a partir da Constituição Federal de 1988, através de suas Emendas Consti-
tucionais, o termo “deficiente” anteriormente aprovado, deixou de existir e, começou a
ser usado no Brasil a expressão “pessoa com deficiência.
É ainda, possível afirmar que o Brasil, ao longo de sua história, sofreu de forma
positiva influência de várias Convenções internacionais que abordaram o assunto so-
bre a pessoa com deficiência. Dentre elas é possível citar:
- Convenção Internacional, em Nova York, sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, Assembleia Geral das Nações Unidas (2006);
13
Segundo Freire (2001, p. 47) “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar
as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.
Segundo Freire (2002) o espaço pedagógico é um texto para ser constante-
mente ‘lido’, interpretado, ‘escrito’ e ‘rescrito’. Assim, quanto maior for a solidariedade
existente entre o professor e alunos, quanto a este espaço, surgirão mais possibilida-
des de aprendizagem.
O sucesso do processo ensino-aprendizagem do aluno portador de deficiência
está ligado ao funcionamento de três fatores: mediação docente - acompanhamento
da família/responsáveis legais - socialização/interatividade (BRASIL, 2001b).
Nesse sentido, acerca da ação do professor no processo de escolarização do
aluno portador de deficiência, compreende-se que cabe ao professor a análise, orga-
nização e sistematização de atividades pedagógicas específicas, necessárias ao de-
senvolvimento integral do aluno, propondo e adaptando atividades lúdicas, e situações
de interação, socialização e participação coletiva com outros alunos (BRASIL, 2001b).
Segundo Minetto (2008, p. 19) “a educação é responsável pela socialização,
que é a possibilidade de convívio, com qualidade de vida, de uma pessoa na socie-
dade; viabiliza, portanto, com um caráter cultural acentuado, a integração do indivíduo
com o meio”.
Mosquera (2012) relatar como dificuldade no processo de ensino-aprendiza-
gem dos alunos deficientes visuais, a adaptação de conteúdos, materiais e métodos
para que esses educandos possam ser inseridos no ambiente escolar, viabilizando
assim sua melhor inclusão escolar e social.
Desse modo, para que os alunos portadores de deficiência se sintam incluídos
no ambiente escolar, é necessário que os professores saibam respeitar as particulari-
dades e especificidades de cada aluno, possibilitando novas formas de conhecimento.
1.9 Aprendizado para alunos Portadores de Deficiência
Para Santos (2006) o professor precisa superar procedimentos como “dar” aula,
que pressupõe um papel passivo ao aluno; estabelecer respostas prontas e instruções
em demasia, pois estas precisam ser construídas pelos alunos.
A utilização de estratégias inovadoras em sala de aula, deve partir do professor,
fazendo assim com que os alunos tenham uma participação mais ativa.
Bruno (2006, p. 18) afirma que:
Segundo Sá; Campos e Silva (2007), os recursos didáticos podem ser produzi-
dos a partir de vários materiais, entre eles: embalagens descartáveis, tampas de vá-
rios tamanhos, retalhos de papéis e tecidos com texturas diferentes, barbantes, dentre
outros.
Estes autores também destacam algumas outras sugestões de materiais dentre
eles: o Jogo da Velha (que pode ser feito com papelão, isopor, madeira e com peças
de encaixe) e a Cela Braille (que pode ser confeccionada com caixas de papelão,
frascos de desodorantes e embalagens de ovos) e muitos outros recursos (SÁ; CAM-
POS; SILVA, 2007).
1.9.3 Surdos
A Educação Especial foi definida pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO apud NOVAES, 2007) como:
Aquela dos que se desviam física ou mentalmente, emocional ou social-
mente dos grupos relativamente homogêneos do sistema regular de educa-
ção, de modo que é necessário tomar providências especiais para corres-
ponder às suas necessidades. (UNESCO apud NOVAIS, 2007, p. 18).
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a mo-
dalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino, para educandos com de necessidades especiais.
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Adorno (2003) diz em sua reflexão que: “os homens inclinam-se a considerar
a técnica como sendo algo em si mesma, um fim em si mesmo, uma força própria,
esquecendo que ela é a extensão do braço do homem” (Adorno, 2003).
É importante introduzir o conceito de Tecnologia assistiva: “Tecnologia Assistiva
é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos,
recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a
funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência,
incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, quali-
dade de vida e inclusão social.” (Comitê de Ajudas Técnicas, Corde/SEDH/PR, 2007)
Nesta perspectiva se faz necessário a inclusão de tecnologia assistivas na edu-
cação especial para que mais alunos sejam atendidos com maior efetividade e pro-
mova a esta comunidade maior possibilidade de interação junto aos demais discentes
e o acompanhamento das disciplinas com apoio das tecnologias.
Segundo Vygotsky (1994), é muito importante os processos interativos, da
ação, da linguagem, na construção das estruturas mentais superiores. Deve-se pro-
porcionar o acesso à cultura, escola, tecnologias entre outros. Estes processos de
aprendizagem e desenvolvimento influenciam diretamente na vida do aluno, porém, a
falta deste, limita o indivíduo com deficiência de superar barreiras neste processo de
acessibilidade, chamada tecnologia assistiva. Superar estas barreiras com as tecno-
logias assistivas é inserir novamente os docentes que tenha deficiências num cenário
rico de oportunidades, proporcionando um desenvolvimento de aprendizagem. GAL-
VÃO FILHO e DAMASCENO, 2003)
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2 MÉTODO
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO
A análise de tal temática é importante pois, uma vez que a educação é direito
de todos, garantido em Constituição Federal, ela deve ser ofertada sem distinção de
cor, raça, gênero, condição social ou especificidades psíquicas ou motoras.
Com base no que foi desenvolvido neste Trabalho de Conclusão, apresentado
na Fundamentação Teórica, é possível afirmar que a formação adequada do profes-
sor, tanto na formação inicial quanto na formação continuada, contribui para o pro-
cesso ensino-aprendizagem de alunos portadores de deficiência contribuindo com sua
inclusão escolar e social.
A concepção de educação parte do princípio de que a escola é o lugar de todos
(BRASIL, 2013).
A Inclusão escolar deve promover aos alunos portadores de deficiência, sejam
elas visuais, TEA, auditivas ou outras, melhores condições no ensino e na estrutura
física da escola com adaptações.
Quanto à formação inicial, a grade curricular do professor não contempla disci-
plinas que tratam de conteúdos sobre deficiências, nem a respeito das necessidades
educacionais especiais.
No que se refere à formação de professores, Michels (2008) aponta a falta de
preparo dos professores brasileiros, em especial para o atendimento a indivíduos com
necessidades educacionais especiais. Assim, esses profissionais necessitam de cur-
sos de especialização para estarem aptos a atuar com alunos deficientes visuais.
Cabe aos professores o interesse e a dedicação em pesquisas para proporcio-
nar aos alunos deficientes visuais novas formas de receber os conhecimentos e, as-
sim, ajuda-los no processo de inclusão através de um ensino de qualidade, seja em
escolas específicas ou de ensino regular.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como resultado ao questionamento feito neste TC, segundo Veiga (2012, p. 15)
a formação de professores como o ato de formar o docente e de educá-lo para o
exercício do magistério, “envolve uma ação a ser desenvolvida com alguém que vai
desempenhar além da tarefa de educar, a de ensinar, de aprender, de pesquisar e de
avaliar”.
Assim ainda segundo o autor, é necessário que a formação seja assumida
como ato contínuo, para que o profissional esteja preparado para lidar com a diversi-
dade humana em sala de aula.
Diante disso é importante a criação e aperfeiçoamento das políticas públicas
de Educação Continuada com programas e ações para formar professores para atuar
junto aos alunos deficientes visuais.
Veiga (2012, p. 14) ainda destaca que a formação de professores implica com-
preender a importância do papel da docência, propiciando uma profundidade cientí-
fico-pedagógica que os capacite a enfrentar questões fundamentais da escola como
instituição social.
Diante de todos os conhecimentos adquiridos nas pesquisas realizadas para
elaboração deste Trabalho, concluímos que ainda há muito a ser feito para que o pro-
cesso de Inclusão de pessoas com deficiência seja feito de acordo com o que se tem
discutido em diversas Conferências e Fóruns realizados no Brasil e no mundo.
No Brasil, é possível afirmar que muito já se conquistou, porém ainda não é o
suficiente. O preconceito e discriminação com pessoas portadores de deficiência, ali-
ados a falta de conhecimentos de algumas pessoas e, até profissionais, de saúde e
educação, tem contribuído para que o processo de inclusão dessas pessoas ainda
seja lento e difícil.
Para entender melhor as pessoas portadoras de deficiência e contribuir com
processo de inclusão, através de um ensino de qualidade é preciso, acima de tudo,
que se tenha um olhar crítico a respeito do diferente, sem qualquer tipo de “pré-con-
ceitos”. Se faz necessário, ainda, buscar estratégias para enfrentar as dificuldades
impostas pela sociedade e, também, pelas particularidades de cada tipo de deficiên-
cia.
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