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GOIÂNIA – GO
2018/2
EDNAIR OLIVEIRA DA SILVA RODRIGUES
SAMANTHA ALVES DA COSTA
GOIÂNIA – GO
2018/2
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RESUMO
Este artigo tem por finalidade apresentar o papel do professor enquanto mediador na educação inclusiva. A edu-
cação inclusiva teve seu início a partir da necessidade de se cumprir o que diz a Constituição Federal (1988), que
a educação deve ser para todos. O termo educação inclusiva foi atribuído aos sujeitos que possuem alguma ne-
cessidade especial que dificulta suas possibilidades de inserção na sociedade e consequentemente no ambiente
escolar. O objetivo geral dessa pesquisa será o de discorrer de onde partiu a educação especial, um pouco da
legislação que a fundamenta, e ainda o papel do professor como mediador da aprendizagem dos alunos portado-
res de necessidades especiais. A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho será uma revisão biblio-
gráfica de cunho qualitativo, por meio do conteúdo de algumas leis, e das pesquisas de alguns estudiosos do as-
sunto.
ABSTRACT
This article aims to present the role of the teacher as mediator in inclusive education. Inclusive education had its
beginning from the need to fulfill what the Federal Constitution says (1988) that education should be for all. The
term inclusive education was the name attributed to the subjects who have some special need that hinders their
possibilities of insertion in society and consequently in the school environment. The general objective of this
research will be to explain where the special education began, some of the legislation that underpins it, and the
role of the teacher as mediator of the learning of students with special needs. The methodology used for the
elaboration of this work will be a qualitative bibliographical review, through the content of some laws, and the
researches of some scholars of the subject.
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por finalidade apresentar o papel do professor enquanto media-
dor na Educação Inclusiva, uma vez que, a inclusão das pessoas que sofrem com a segregação
1
Concluinte do Curso de Pedagogia da Faculdade Unida de Campinas – FacUnicamps.
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Concluinte do Curso de Pedagogia da Faculdade Unida de Campinas – FacUnicamps.
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Professora e intérprete de Libras, graduada em Pedagogia e Letras – libras, Pós-graduada em Educação Espe-
cial e Mestranda em Educação.
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social por causa das suas limitações passavam e ainda passam por constrangimentos por ex-
clusão da sociedade, da própria família, que os escondiam até mesmo dos vizinhos.
O processo de inclusão, pode ser considerado como uma conquista por parte das pes-
soas com necessidades especiais, e o ambiente escolar, assim como o professor, tornam-se
parte dos mesmos.
Neste contexto, esta pesquisa se fundamenta por meio de uma revisão bibliográfica
qualitativa, uma revisão literária acerca da cronologia da legislação que estrutura a educação
inclusiva no Brasil, seus conceitos e características, e ainda o papel que deve ser desempe-
nhado pelo professor, para que esses interajam com a sociedade, por meio dos conhecimentos
que poderão ser mediados no ambiente escolar.
A educação inclusiva, foi pensada a partir do que determina a Constituição Federal
(1988) artigo 205 que traz “a educação como um direito de todos e dever do Estado e da famí-
lia e será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desen-
volvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o tra-
balho” (BRASIL, 1988).
Partindo desse princípio, e com a intenção de minimizar a exclusão social das pessoas
com necessidades especiais, o governo federal, por intermédio do Ministério da Educação e
Cultura – MEC, busca subsídios para que eles possam ser inseridos no ambiente escolar, opor-
tunizando-os a diminuir as constantes situações de exclusão políticas, sociais, culturais, e pe-
dagógicas a que são submetidos.
A Educação Especial tem sido oferecida desde a época do Brasil Império, porém em
instituições especializadas e limitados a uma minoria. Somente a partir do ano de 1971, por
meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, as pessoas com algum
tipo de necessidades especial como, físicas, mentais, com distorção série/idade, e aos superdo-
tados começam a ser incluídos no ensino regular. Sendo fortalecida a sua permanência na es-
cola, com a criação do Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, em 1973.
A partir de 1994, esse movimento de estruturação da educação especial, vai sendo me-
lhor estruturada. E em 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), n]
9394/1996, passa ser garantido por meio do artigo 59, a organização de um currículo diferen-
ciado, próprio ao atendimento educacional especializado, às pessoas com necessidades espe-
ciais nas escolas públicas que oferecem o ensino regular.
Novas legislações se fizeram necessárias para fundamental e legalizar o atendimento
educacional especializado como uma forma de possibilitar a formação de profissionais da e-
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Exclusão é o termo utilizado, quando o sujeito, sofre com a privação do seu direito ao
convívio social/familiar, ou a privação da interação com seus pares. Segundo pesquisas reali-
zadas por Miranda e Filho (2012, p. 39), denominamos por educação inclusiva, aquela que
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visa atender uma minoria, inserida nas diversas classes sociais, que não conseguem, por mei-
os, ditos normais, desenvolver suas atividades em instituições de ensino, ou salas de aula do
ensino regular. No entanto, ações para o fortalecimento da inclusão dessas pessoas no ambien-
te escolar, somente ocorreram a partir do ano de 1990, de acordo com os estudos de Ainscow
(1997) e Muños (2007).
Para Godoy (2010, p.26):
A educação inclusiva, é aquela que pretende resgatar da exclusão, as pessoas com al-
gum tipo de necessidade especial, que por um longo período de tempo sofreram, com a segre-
gação da sociedade. Surgiu da intenção de se estabelecer um sistema educacional que promo-
vesse a instrução para todos.
Segundo o autor, a inclusão não acontecia nos moldes atuais de educação, os deficien-
tes eram mantidos em locais exclusivos para eles, ou eram obrigados a se adaptarem aos mo-
delos tradicionais da época, o que para alguns era quase impossível, pela falta de estrutura e
materiais adequados que atendessem as necessidades pedagógicas dos mesmos.
Historicamente, a instituição escolar, tem a característica de uma organização que pri-
vilegia alguns grupos. A partir da inserção do sistema de democratização da escola, tem-se
buscado diminuir os processos de exclusão do ambiente escolar, por meio do fortalecimento
de políticas públicas, que garantam o respeito entre os sujeitos, quanto aos seus direitos hu-
manos, e de aprendizagem (BRASIL, 2007).
Segundo Montoan (2003, p. 18),
[...] ocorre que a escola se democratizou abrindo-se a novos grupos sociais, mas não
os novos conhecimentos. Exclui, então, os que ignoram o conhecimento que ela va-
loriza, e assim entende que a democratização é massificação de ensino e não cria
possibilidade de diálogo entre diferentes lugares epistemológicos, não se abre a no-
vos conhecimentos que não couberam, até então, dentro dela (MONTOAN, 2003,
p.18).
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4
Em alguns momentos será usada a palavra “portadores de Necessidades Especiais” de acordo com os documen-
tos pesquisados.
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cupação do MEC estava em diminuir as diversidades, no sentido de que todo cidadão desfrute
dos mesmos direitos de autonomia, e admite-se que para isso, adequações físicas e instrumen-
tais devem ocorrer nos sistemas educativos para que o estudo supracitado, tenha validade.
Em 1971, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, sofreu uma al-
teração por meio da Lei nº 5.692/71, definindo o atendimento especializado, aos educandos
portadores de deficiências físicas, mentais, com distorção série/idade, e aos superdotados, no
sistema regular de ensino. No entanto, a referida legislação não ofereceu às instituições esco-
lares, suporte para o acolhimento dos mesmos (BRASIL, 2007).
A referida Lei, apesar de garantir a inclusão de todos no ensino regular, não previa um
trabalho específico que atendesse aos alunos com necessidades educativas especiais (NEE), o
que dificultava a permanência no ambiente escolar, uma vez que os mesmos não conseguiam
se adaptar à realidade das escolas.
No ano de 1973, o governo federal apresentou o Centro Nacional de Educação Especi-
al – CENESP, com a finalidade de planejar dinâmicas educacionais em atendimento as pesso-
as deficiências ou superdotação, porém, suas ações, representavam campanhas assistencialis-
tas separadas do Estado. Neste contexto, verifica-se que apesar da existência das políticas pú-
blicas, as mesmas não proporcionavam condições de atendimentos especializados, direciona-
dos aos deficientes e superdotados, com direito de permanecer no ensino regular (BRASIL,
2007).
O direito de atendimento especializado, preferivelmente, oferecido no ensino regular
como dispõe os artigos 206 e 208 da Constituição Federal (1988) também estão garantidos no
artigo 55, do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/90), na Declaração de
Educação para Todos (1990) e na Declaração de Salamanca (1994), determinando aos pais a
obrigatoriedade de matrícula dos filhos ou estudantes na rede regular de ensino (BRASIL,
2007). O estudo da legislação brasileira a respeito da diversidade demonstra que a mesma está
bem estruturada, e que, se bem aplicadas, como se tem esperadas, são passíveis de bons resul-
tados.
A partir do ano de 1994, fica instituído por meio da Política Nacional de Educação Es-
pecial, a permanência dos alunos NEE, em classes da rede regular de ensino, porém ainda não
são oferecidos subsídios para que essa inserção ocorra de maneira significativa e ofereça um
diferencial na aprendizagem dos mesmos (BRASIL, 2007).
Até o ano de 1994, alunos NEE, apesar do direito de permanecer no ensino regular,
não tinham sua integralidade educativa respeitada, pois as instituições de ensino, não atendi-
am as suas especificidades. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB datada
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de 20 de dezembro de 1996, garante no artigo 59, que os sistemas educativos assegurem aos
alunos NEE, uma metodologia e organização do curricular que promova sua aprendizagem de
acordo com suas necessidades, e ainda garante a terminalidade dos estudos para os mesmos
(BRASIL, 1996). A LDB/1996 garante aos alunos NEE o direito de ter seus direitos educa-
cionais atendidos e finalizados, independente das ferramentas didáticas, e da estrutura ofere-
cida aos mesmos para isso.
Em 1999, o Decreto nº 3.298 que complementa a Lei nº 7.853/1989, que dispõe sobre
a Política Nacional para a acomodação do sujeito “portador” de deficiência, estabelece a edu-
cação especial como uma forma oblíqua pertinente a todos os níveis e etapas de ensino, totali-
zando o que já era oferecido pelo ensino regular (BRASIL, 1999). Esta lei complementava as
já existentes, perfazendo com que, todas as etapas e modalidades de ensino, desde a Educação
Infantil até o Ensino Superior, ofereçam tal atendimento.
Ainda em 1999, de acordo com a Convenção de Guatemala (1999) quanto a educação
inclusiva:
De acordo com o autor, cabe aos sistemas de ensino, matricular e garantir o ensi-
no/aprendizagem aos alunos portadores de necessidades especiais. As Diretrizes ampliaram o
processo de apoio a educação especial, porém, deixaram a desejar quanto a garantia de uma
estruturação política deste ensino nas redes públicas. As diretrizes curriculares são eficientes
sobre o atendimento educacional especializado em nosso país, porém falta, uma estruturação
mais rígida por parte dos sistemas educacionais, para que as mesmas sejam cumpridas.
Somente a partir do Plano Nacional de Educação – PNE, elaborado em 2001, e regu-
lamentado pela Lei nº 10.172/2001, foi proposto que as redes de educação pudessem oferecer
um atendimento especializado de qualidade, seria necessário oferecer meios que garantissem
a integralidade no processo de inclusão, respeitas as especificidades da diversidade (BRASIL,
2001). A partir de 2001, foram elaboradas ações para que as escolas tivessem suas atividades
pedagógicas, reformuladas, a fim de contemplar todos os aprendentes, com um ensino que
assegurasse sua aprendizagem, emancipada sua condição de aprender.
Uma dessas ações, foi a apresentação da Lei nº 10.436/02 que regulamenta a Língua
Brasileira de Sinais (Libras), como meio legal de interlocução para os surdos, e da Portaria nº
2.678/02 do Ministério da Educação e Cultura – MEC, que regulamenta o Braille como fer-
ramenta educacional dos deficientes visuais. Em 2003 foi complementado pelo MEC, pro-
gramas de formação na área da educação inclusiva também aos gestores escolares, ampliando
a formação dos educadores. Em 2004, o Ministério Público Federal, expediu um documento
para garantir a permanência dos portadores de necessidades especiais no sistema regular de
ensino, tendo seus direitos ao atendimento educacional especializado, garantidos em sua inte-
gralidade (BRASIL, 2007).
Com a sinalização de todas essas mudanças no processo de ensino-aprendizagem das
pessoas NEE e de uma educação diferenciada, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Professores da Educação Básica, passam a determinar a formação continuada
dos mesmos, também para o ensino da educação especial.
ve clínico, aos NE. E o AEE, foi o meio encontrado pelo governo federal, para minimizar, as
falhas no oferecimento de assistência pública aos educandos que precisam de ferramentas di-
ferenciadas para sua aprendizagem.
Segundo Godoy (2010, p. 39):
O autor nos esclarece que o objetivo do AEE, é de oferecer uma sala com um profes-
sor, com capacitação adequada para oferecer ferramentas diferenciadas que atendam, as várias
deficiências, síndromes, transtornos, défices, superdotações, e ainda alguns casos de dificul-
dades de aprendizagem que ainda não possuem o laudo de um médico, mas já interferem o
processo de ensino-aprendizagem.
Somente em 2002, foi apresentada a Resolução CNE/CP nº 1/2002, que regulamenta a
formação dos profissionais que atuarão no AEE:
Por meio do Programa Brasil Acessível, começaram a ser planejadas ações, para ade-
quar também a estrutura física dos ambientes, com o propósito de possibilitar a acessibilidade
de locomoção e adaptação aos locais.
E ainda, o Decreto nº 5.626/05, que regula a Lei nº 10.436/2002, instaurando a inser-
ção da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) no currículo educacional, para a certificação do
educador como intérprete de LIBRAS, sendo a Língua Portuguesa passada para segunda lín-
gua para os alunos surdos, regulamentando assim, o ensino bilíngue no ensino regular, e pôr
fim a partir desse marco outras Leis, Decretos e Resoluções foram surgindo para otimizar o
atendimento dos mesmos (BRASIL, 2007). A partir desse decreto, os processos educativos
começavam a ser pensados sob os aspectos de um ensino inclusivo para os surdos, e em suas
consequências dentro de sala de aula, pois elas possibilitariam uma modificação curricular, e
mudanças na rotina escolar já estabelecida, sendo necessário usar de diferentes formas de en-
sinar e aprender, garantindo aos alunos surdos o acesso ao português com estratégias baseadas
na aquisição da segunda língua, e usar a LIBRAS para o desenvolvimento de práticas educati-
vas, como também o seu processo de alfabetização na escrita.
De acordo com pesquisas realizadas por MEC/SEESP (2007):
Observa-se também que as diretrizes elaboradas pelo MEC, dispõem de uma ação, pensada
para subsidiar o sistema educacional, na implantação do AEE e tem por finalidade garantir a
plenitude desta ação nas escolas, quanto a transversalidade, formação dos professores, intera-
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ção da família no processo, acessibilidade e articulação, com outras políticas relacionadas aos
mesmos. Isto para motivar as instituições a buscarem interações pedagógicas que assegurem a
integralidade do ensino e a aprendizagem para os alunos NEE.
Os indivíduos com deficiências são aqueles com impedimentos, sejam de curto ou
longo prazo, quais sejam de naturezas físicas, mentais ou sensórias, que lhe provoquem impe-
dimentos, para sua interação com a educação e com a sociedade. Essa afirmação, esclarece as
necessárias modificações, pelas quais, constantemente, os sistemas de educação, devem estar
preocupados, com a adequação para o atendimento, e garantia dos direitos do público em
questão. Neste contexto observa-se que a educação especial, é um modelo de prática educati-
va, que tem por finalidade o AEE, por meio, de recursos didáticos que possam subsidiar a a-
prendizagem para os alunos com NEE e a obtenção de êxito das classes de ensino regular
(BRASIL, 2007).
Para que este modelo de prática educativa obtenha sucesso há a premissa de que os
sistemas educacionais, estejam conscientes de sua responsabilidade, em subsidiar o trabalho
didático, e a formação do educador. Os recursos didáticos devem ser vistos pela gestão e pelos
educadores como uma ferramenta didática necessária para o atendimento inclusivo com qua-
lidade. E a utilização dos mesmos depende do interesse dos envolvidos em proporcionar um
ensino de qualidade aos alunos que necessitam de recursos diferenciados para sua aprendiza-
gem.
Neste contexto, de acordo com Brasil (2007):
O AEE condiz com uma ferramenta didática de apoio ao regente, elaboração do currí-
culo de acordo com as especificidades de cada síndrome, transtorno, defasagem de aprendiza-
gem do qual seja, a dificuldade apresentada pelo educando. O AEE consiste em um atendi-
mento que enriquece os métodos utilizados no ensino regular, com o objetivo de proporcionar
maiores condições de aprendizagens, acompanhamento e desenvolvimentos de todos os edu-
candos, independentemente de suas limitações, e deve ser planejado concomitante a proposta
pedagógica da unidade, de modo que possibilite o monitoramento e a avaliação das atividades
e sejam oferecidos na rede pública, ou centros especializados (BRASIL, 2007).
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das pelos educandos. Toda a sua formação, deve focar no aluno, mantendo-se sempre atuali-
zado, com a intenção de adquirir experiência, e se apropriar dos rápidos meios informativos,
os quais, a maioria dos alunos já tem acesso. Neste contexto, de acordo com Godoy, 2010,
47):
Para a escola em seu contexto atual deve-se buscar proporcionar uma formação conti-
nuada adequada aos professores, devido, a responsabilidade dos mesmos, em garantir em sua
integralidade, as relações professor-aluno e ensino-aprendizagem.
Na busca desta identidade, muitas vezes os educadores se sentem inaptos, para lidar
com as diferenças, como afirma Mittler (2000, apud MONTOAN, 2003, p.21):
Isso provoca no educador uma reflexão quanto a construção da sua identidade profis-
sional, como mediador de todos os alunos pertencentes a sua sala, a diversidade, ou os colegas
mais capacitados, devem lhe servir de motivação como orientadores mais experientes que po-
dem contribuir com sua formação. Esse movimento pode ser proporcionado pela própria ges-
tão, fazendo um momento de troca de experiência entre os mesmos, envolvendo a todos nos
processos de inclusão.
O docente precisa saber que o NEE precisa ser estimulado, para que sua capacidade
educativa seja aflorada, e se estruture a partir da mediação do educador, atento aos pequenos
detalhes do seu processo de ensino-aprendizagem (BARROCO e ROSSATO, 2017). O pro-
fessor diante do desafio de se tornar um mediador da educação, deve estar respaldado por uma
formação de excelência, que será complementada com a experiência adquirida na prática,
subsidiada pelos sistemas educativos.
Segundo Freud (1976, apud GODOY, 2010, p. 48):
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Os professores têm razão ao indagarem como educar e ensinar hoje. Os seus parâ-
metros de trabalho mudaram. Como permanecer na cultura do texto impresso, quan-
do estamos no universo do texto virtual, da realidade virtual, da realidade virtual?
Como transmitir em função do modelo antigo, quando alunos vivem no mundo real
da era da virtualidade e do espetáculo? Capturar a atenção dos alunos que continua-
mente são reduzidos pelo entretenimento? O educar não diz mais respeito a apenas
transmitir informações, passar um conteúdo (MRECH, 2005, p. 22 apud GODOY, p.
53-54).
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Observa-se que cada vez mais o aluno transforma-se sujeito informado por diversas
fontes, adquiridas pelas redes de informações como a televisão, rádio e principalmente a in-
ternet, que o conectou com o mundo. Isso tem, de certa forma “obrigado” os professores a
buscarem, também, informações que o coloque em conectividade com o novo perfil de aluno.
Tendo em vista o uso frequente da tecnologia atualmente, percebe-se a grande influ-
ência desse meio na sociedade. Já se sabe que a inovação tecnológica faz parte da vida dos
seres humanos influenciando de maneira direta e indiretamente, e é notável a influencia no
contexto escolar. Na vida do professor essa ferramenta influencia para inovar ou comple-
mentar suas aulas, sua didática e o ensino e na aprendizagem do aluno.
Dentro da diversidade, essa premissa da busca por informações também se faz neces-
sária. O professor depende de uma constante formação, reflexão que lhe possibilite conhecer,
didáticas e metodologias para mediar a todos os educandos, com o mesmo grau de integrali-
dade em sua aprendizagem, ainda que por meios diferenciados e com apoio de outros, com
do AEE, auxiliares de educação, e etc., ou ainda com seu próprio esforço, pois nem sempre
essas ferramentas auxiliares lhe são oferecidas (GODOY, 2010, p.55).
Neste contexto, o educador deve fazer uma autoanálise de sua prática pedagógica,
pois, convém que tenha a consciência, de que a responsabilidade atribuída as suas atividades
diárias, serão reproduzidas pela sociedade, reduzindo as desigualdades sociais.
Quanto a atuação do professor de acordo com Brasil (2007):
Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua formação, i-
nicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conheci-
mentos específicos da área. Essa formação possibilita a sua atuação no atendimento
educacional especializado, aprofunda o caráter interativo e interdisciplinar da atua-
ção nas salas comuns do ensino regular, nas salas de recursos, nos centros de aten-
dimento educacional especializado, nos núcleos de acessibilidade das instituições de
educação superior, nas classes hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a o-
ferta dos serviços e recursos de educação especial (BRASIL, 2007).
Segundo o autor o profissional que atuará na educação especial precisa estar interessa-
do em investir na sua própria formação, com o objetivo de adquirir experiência na especifici-
dade das diversas condições apresentadas em cada uma das síndromes, transtornos e dificul-
dades de aprendizagem, e assim melhor atendê-los, quer seja na sala de aula, nas salas de re-
cursos, ou em centros especializados no atendimento de portadores de necessidades especiais.
Portanto, para uma educação inclusiva significativa, que respeita os direitos humanos
da diversidade, cabe ao sistema educacional cumprir a legislação que regulariza essa modali-
dade de ensino, subsidiar as unidades e os profissionais que desempenham esse atendimento.
Quanto ao professor, para que sua meta como mediador seja alcançada, deve estar interessado
19
Especial a criar uma estratégia para dar suporte as escolas, e aos professores no atendimento
das pessoas com deficiência. Então por uma iniciativa do MEC foi criada uma sala multifun-
cional, já implantada na maioria das escolas brasileiras, denominada de sala multifuncional,
que abriga o AEE, a intenção de que por meio de instrumentos variados e um professor espe-
cialista na área da inclusão, promova um currículo diferenciado para subsidiar o trabalho dos
professores, e também, ofereça atendimento aos alunos NEE com atividades, e instrumentos
que promovam e ajudem a estimulação da sua aprendizagem. Esta fundamentação, apresentou
considerações dos autores: Brasil (2007), e Godoy (2010).
Por último, e talvez o protagonista mais importante desta pesquisa, o professor, foi a-
presentado na construção da sua identidade, que deve respeitar em primeiro lugar o direito de
aprendizagem dos alunos, sendo o principal responsável pela mediação do seu conhecimento.
É importante considerar que, geralmente o professor não possui uma capacitação adequada, a
todos os desafios enfrentados na sala de aula. Faz parte da sua profissão manter uma postura
reflexiva, buscando sempre o conhecimento para resolver os conflitos e divergências nas vá-
rias maneiras de aprender com os alunos também e a participar de formações continuadas para
assegurar uma postura mais eficiente. Os principais autores apresentados quanto a função do
professor, principalmente frente a educação inclusiva foram: Brasil (2007), Godoy (2010);
Leonardo, Barroco e Rossato, (2017).
Dessa forma, observa-se que o resultado desta pesquisa apesar da estruturação na le-
gislação brasileira em relação ao atendimento aos NEE, em especial no ambiente escolar, ain-
da encontra falhas, como: falta de acessibilidade, poucos profissionais especializados na área,
falta de recursos didáticos, grande demanda, etc. As soluções ainda estão na abrangência do
sistema nacional de educação que precisa, desenvolver meios de colocar em prática, o que já é
previsto em Lei, e beneficia, tanto os usuários, quanto os educadores que lidam diariamente
com as dificuldades, para desenvolver um bom trabalho pedagógico com este público, em que
a obrigatoriedade de atendimento inicia na Educação Infantil e vai até o Ensino Superior.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa teve por finalidade apresentar uma breve história da estruturação da E-
ducação Inclusiva no ensino regular de ensino nas escolas públicas brasileiras. E para isso,
por meio de uma revisão literária, bibliográfica, qualitativa fundamentou a elaboração deste
artigo.
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Foi possível observar que a Educação Inclusiva partiu da necessidade de cumprir a in-
tegralidade da educação para todos exposta no artigo 205 da Constituição Federal de 1988.
Apesar de existir desde o Brasil Imperial, a Educação Inclusiva era oferecida em locais exclu-
sivos aos “portadores” de necessidades especiais, e poucos tinham acesso. A maioria dos alu-
nos com NEE sofriam com a segregação social, e eram deixados a parte da sociedade, sendo
escondido até mesmo pelos seus familiares.
As primeiras leis que garantiam o direito de inclusão no ensino regular brasileiro, não
oferecia um currículo adequado, acessibilidade, e nem profissionais capacitados para subsidi-
ar o atendimento das necessidades dos mesmos. O que provocava a exclusão destes aprenden-
tes, uma vez que não tinham condições de acompanhar o modelo tradicional que era oferecido
de forma igualitária.
Percebe-se que a Educação Inclusiva ainda passa por adequação. Porém, somente a
partir da elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB/1996, passou a
ser garantido um AEE aos alunos NEE. Deste marco em diante, novas leis, decretos e portari-
as foram surgindo e regulamentando este atendimento.
Atualmente o sistema de educação oferece aos alunos inclusos o AEE, mantendo pro-
fissionais capacitados, salas e recursos diferenciados, maior acessibilidade aos ambientes es-
colares.
Quanto ao professor regente, para que seja um mediador também da educação dos alu-
nos NEE, precisa participar de formações continuadas, especializações, e trabalhar em con-
junto com o atendimento para a eficiência da sua atuação.
Dessa forma, é possível apontar que a Educação Inclusiva depende do interesse dos
governantes que garantam políticas públicas de acessibilidade, e também do interesse dos e-
ducadores em participar de capacitações e buscar recursos didáticos para o atendimento efeti-
vo dos mesmos.
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