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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ

EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA

PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR

Iaras
2019
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PESQUISA E ANÁLISE DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA


INCLUSIVA

RAQUEL MARVULO
201807121275

Atividade exigida como parte dos


requisitos para conclusão da disciplina
do Curso de Letras – Língua
Portuguesa, sob a orientação da
Professora: Gabriela Maffei Moreira
Mallagoli.

Iaras/SP
2019
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SUMÁRIO

I - INTRODUÇÃO.................................................................................................... 04

II - OBJETIVOS......................................................................................................... 05

III – PESQUISA E ANÁLISE DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA


INCLUSIVA................................................................................................................ 06

Bases legais da inclusão escolar do aluno com deficiência.......................................06

Educação Inclusiva: Formação de Professores........................................................ 07

ENTREVISTA COM DOCENTE.................................................................................09

CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 11

REFERÊNCIA........................................................................................................... 12

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INTRODUÇÃO

Este relatório tem a finalidade de apresentar a Proposta de Prática como


Componente Curricular, realizado na EMEISEF “Hermelindo Prestes”, situada na
Rua Bahia Bairro: Centro CEP: 18780000 – Manduri SP, no dia 11 de novembro de
2019.
A EMEISEF atende estudantes com deficiência, seja ela física, visual,
auditiva, intelectual, mental, com transtorno global do desenvolvimento, além de
todos aqueles cujas necessidades educacionais se originam de distúrbios de
aprendizagem de naturezas diversas. Foi observado que a Escola possui rampa de
acesso no hall de entrada, para crianças com necessidades físicas
A professora observada, possui formação em Pedagogia e pós-graduação em
Educação Especial, atua nesta área a 03 anos.
A aluna que foi observada tem 6 anos e possui deficiência intelectual, está
matriculada no ensino regular, no 1º ano do Ensino Fundamental, a mesma
frequenta o turno inverso da escola, e ainda possui uma estagiária que a

acompanha em sala de aula.

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OBJETIVOS

Relacionar conteúdos trabalhados ao longo da disciplina com o cotidiano


escolar e a prática pedagógica refletindo sobre os desafios e as possibilidades do
educador atuar na construção de uma escola inclusiva. Analisar o fazer do professor
que atua no contexto de uma escola inclusiva, considerando estratégias
pedagógicas adotadas, as adaptações curriculares e os recursos adaptados para
garantir o acesso ao currículo a todos os educandos.

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PESQUISA E ANÁLISE DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA
INCLUSIVA

O presente trabalho procurou, inicialmente, fazer um breve momento da


história da Educação Especial no Brasil, com o interesse de ressaltar a sua evolução
na prática pedagógica no contexto da escola de atenção às necessidades especiais.
Este capítulo traz um breve panorama sobre a história da educação inclusiva
no Brasil e das políticas públicas na área, bem como dados históricos sobre a
criação, implementação e alteração de cursos para a formação docente, visando o
trabalho com pessoas com deficiência.

Bases legais da inclusão escolar do aluno com deficiência


A implantação de propostas para atendimento às pessoas com deficiência é
difícil e burocrática. Desta forma, para que possamos compreender as mudanças
ocorridas ao longo do tempo, na luta pela educação inclusiva, devemos conhecer
um pouco da história e dos principais movimentos e políticas ocorridos ao longo dos
anos, na busca por uma educação para todos.
Segundo Mazzotta (1996), a preocupação com a educação das pessoas com
deficiência no Brasil se iniciou efetivamente no século XIX, inspirada em
experiências norte-americanas e europeias.
No Brasil, até 1854, as pessoas com deficiência de qualquer natureza, fosse
ela física, mental ou sensorial, eram excluídas da família, da sociedade, sendo
acolhidas em asilos e instituições filantrópicas e/ou religiosas. A maioria dessas
pessoas passava ali toda a sua vida, sem receber nenhum atendimento especial
para que pudesse ser integrada na sociedade.
Segundo o documento (BRASIL, 2008), a atual Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional - Lei n.º 9.394/96, em seu artigo 59, sancionada dois anos após
a Declaração de Salamanca, recomenda que os sistemas de ensino devem
assegurar aos alunos da educação especial currículos, métodos, técnicas, recursos
educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades, além
disso, deve assegurar também a terminalidade específica para aqueles que não
puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude
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de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa
escolar para os superdotados.
Educação Inclusiva: Formação de Professores
Acompanhando esse processo de mudanças, as Diretrizes Nacionais para
a Educação Especial na Educação Básica, Resolução CNE/CEB n.º 2/2001, em
seu artigo 2º, determinam que:

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às


escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com
necessidades educacionais especiais, assegurando as condições
necessárias para uma educação de qualidade para todos (BRASIL,
2001).

Na perspectiva da educação inclusiva, a Resolução CNE/CP n.º 1/2002,


que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de
Professores da Educação Básica, estabelece também que as instituições de
ensino superior devem prever em sua organização curricular formação docente
voltada para a diversidade, que contemple conhecimentos sobre as
especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais.
Em 1972, foi instalado no estado de São Paulo o primeiro curso de
formação de professores de excepcionais do país, na área de deficientes
mentais, em nível superior, como habilitação específica do Curso de Pedagogia.
Vale mencionar, que o curso de Pedagogia foi regulamentado em 1939, 1962 e
1969.
O segundo período, de 1972 a 1989, caracterizou-se por cursos
superiores, sob a forma de Habilitação Específica do curso de Pedagogia, nas
diferentes áreas da deficiência, que foram extintas pela Resolução CNE/CP n.º 1
de 15 de maio de 2006, que instituiu as Diretrizes Curriculares para o Curso de
Graduação em Pedagogia.
Desta forma, conforme Resolução acima citada, os cursos de formação
para a educação de pessoas com deficiência devem ser ministrados em nível
de pós graduação lato-sensu, contemplando um modelo de formação ancorado
nos princípios da educação inclusiva, em concordância com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional - LDB n.º 9.394/96, antecedida pelas Conferências
Mundiais de 1990 e 1994, das quais o Brasil foi signatário.

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Cabe reafirmar que a discussão sobre a formação de professores para
a educação de todos, para a inclusão e escolarização adequada de pessoas
com deficiência, surgiu a partir da Conferência Mundial sobre Educação para
Todos, em Jomtien, Tailândia, em 1990.
Nessa tendência de conquistas de direitos sociais, a Declaração de
Salamanca (1994) recomenda que a formação inicial deve incutir em todos os
professores uma orientação positiva sobre a deficiência, de forma a permitir o
entendimento que as escolas podem conseguir avançar com a ajuda dos serviços
locais de apoio.

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ENTREVISTA COM O DOCENTE

1. Qual a formação do professor?


A professora observada tem formação em Pedagogia e Pós-graduação em
Educação Especial.

2. Quais as características e necessidades que a aluna incluída na turma


apresenta?
A aluna incluída na sala de aula possui uma deficiência intelectual, então a
mesma possui problemas de aprendizagem, concentração e coordenação motora.
Sendo assim são necessários trabalhos que a ajudam a aumentar a concentração e
o foco, também deve ser trabalhado a coordenação motora da aluna.

3. Como realiza as adaptações necessárias no planejamento de aula?


As adaptações são realizadas de acordo com as necessidades da aluna, sem
descartar quaisquer de suas habilidades.

4. Quais recursos adaptados estão disponíveis e quais adaptações no


currículo são realizadas para adequar sua prática pedagógica as necessidades
especificas da aluna incluída?
Esta unidade escolar, não possui muitos recursos adaptados para alunos de
inclusão, como a aluna precisa de mais tempo para realizar algumas tarefas em
comparação aos demais, a quantidade de exercícios solicitados em sala é menor e o
restante ela deve fazer em casa e trazer na aula seguinte.
O mesmo ocorre com as avaliações, que tem uma quantidade menor de
questões, principalmente quando temos que trabalhar com gráficos e tabelas, que
precisam de maior atenção.

5. As atividades desenvolvidas mobilizam saberes, as habilidades e as


interações entre todos os alunos da turma?

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Sim, estimula-se a participação de todos em prol de uma escola cada vez
mais inclusiva.

6. O tempo e recursos usados são adequados?


Sim, para essa aluna, tem dado o resultado esperado. Procuramos nos
adequar conforme a necessidade que for aparecendo, pois nesta unidade escolar os
recursos não são adaptados, e isso é contabilizado no planejamento.

7. Ocorrem parcerias entre professor, aluno, a equipe pedagógica, gestor da


escola e a família do aluno incluído?
Sim, ocorre a parceria entre todos da equipe pedagógica envolvidos ou não
nesse processo, pena que a participação da família não é tão efetiva quanto deveria
ser para desenvolvimento da aluna inclusa.

8. Como a avaliação de aprendizagem do aluno com necessidades especificas


é realizada?
A avaliação da aluna é a mesma que a dos outros alunos, porem ela faz a
avaliação com o acompanhamento de uma estagiária auxiliar.

9. Quais os maiores desafios enfrentados pelo professor na construção de


uma proposta inclusiva de educação?
Formação adequada, tempo para planejamento e materiais disponíveis para
realizar as adaptações necessárias.

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CONCLUSÃO

Podemos observar que a escola não possui todos os recursos adequados e


necessários para os alunos de inclusão. Os professores são ótimos, fazem o que
podem para incluir os alunos já que a escola não é tão adequada quanto deveria.
Em vista do que foi mencionado, uma escola inclusiva, isto é, que permite a
inclusão escolar de crianças e jovens com os mais variados tipos de deficiência, é
uma escola que contribui não só para o aprendizado dessas crianças, mas também,
para a construção de um mundo melhor e mais igualitário. Além de garantir os
direitos à educação, a inclusão escolar traz uma série de benefícios não só para os
alunos especiais, como também, para os outros alunos e educadores que dividem a
mesma sala de aula.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa


Oficial, 1988.

. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para a


Educação Infantil: estratégias e orientações para a educação de crianças com
necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC, 2000.

. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional. Lei n.º 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.

. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Câmara de


Educação Básica. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na
Educação Básica. Resolução CNE/CEB n.º 2 de 11 de setembro de 2001.
Brasília: MEC/SEESP, 2001.

. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da


Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado
pela Portaria n.º 555/2007, prorrogada pela Portaria n.º 948/2007. Brasília, 2008.

MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Trabalho docente e formação de


professores de educação especial. São Paulo: EPU, 1993.

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