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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

NÚCLEO DE TECNOLOGIA PARA EDUCAÇÃO – UEMANET


UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL / EDUCAÇÃO.
INCLUSIVA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA

JESUS NUNES PASSOS JÚNIOR

A RELEVÂNCIA DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR EM EDUCAÇÃO ESPECIAL,


ATUANTE NO ENSINO REGULAR NO JARDIM DE INFÂNCIA VILA ESPERANÇA
NO MUNICIPIO DE DUQUE BACELAR- MA.

COELHO NETO
2019
JESUS NUNES PASSOS JÚNIOR

A RELEVÂNCIA DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR EM EDUCAÇÃO ESPECIAL,


ATUANTE NO ENSINO REGULAR NO JARDIM DE INFÂNCIA VILA ESPERANÇA
NO MUNICIPIO DE DUQUE BACELAR- MA.

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de


Especialização Educação Especial/Inclusiva na
disciplina Metodologia da Pesquisa Científica
como exigência parcial para obtenção de nota

Coelho Neto
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................4
2 JUSTIFICATIVA......................................................................................................5
3 PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................................7
4 HIPOTESES...........................................................................................................8
5 OBJETIVOS............................................................................................................9
5.1 Geral....................................................................................................................9
5.2 Específicos..........................................................................................................9
6 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................10
7 METODOLOGIA...................................................................................................13
8 CRONOGRAMA...................................................................................................14
REFERÊNCIAS...........................................................................................................14
1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que a profissão de docência, é aquela que forma todas as outras,


neste aspecto, poder-se-ia dizer então, que o exercício da docência é indispensável
para a formação das pessoas em quaisquer áreas do conhecimento, enquanto
mediador entre este e o discente. Neste sentido, configura-se a temática desta
proposta de pesquisa, que investigará a formação do professor no ensino regular,
com vistas a compreender a relevância que a formação exerce no desenvolvimento
das práticas pedagógicas em sala de aula com alunos com necessidades especiais.
O Brasil em si, já é um país com dimensões continentais, e desta forma, é
claro que a heterogeneidade da população é absolutamente grande, ou seja, mesmo
sendo todos brasileiros, as diversas etnias ao se relacionarem geraram uma
miscigenação enorme, somam-se a este fato, os alunos que necessitam de
atendimento especial no ensino regular, pois como determina a Resolução n.2/2001
que instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica,
houve um avanço na perspectiva da universalização e atenção à diversidade, na
educação brasileira, com a seguinte recomendação, em seu Art. 2º,

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às


escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades
educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para a
educação de qualidade para todos.

De acordo com o documento os alunos que tem necessidades especiais


possuem o direito a educação de qualidade, independemente de qualquer limitação.
Nesse sentido cabe à escola disponibilizar estrutura física adequada para receber
esses alunos e aos professores desenvolverem práticas pedagógicas que ajudem a
esse educando a desenvolver competências e habilidades que serão essenciais
para sua formação educacional e pessoal. Através do trabalho coletivo é possível
superar os obstáculos que muitas das vezes são impostos pela formação do
professor por não disponibilizar conhecimentos, relacionado à área da educação.
Esses conhecimentos sobre a educação especial de certa forma têm promovido à
exclusão desses alunos.
2 JUSTIFICATIVA

O presente trabalho se justifica pela necessidade de investigar a importância


da formação do professor na educação especial, na perspectiva de compreender a
necessidade dessa formação para os professores do ensino regular que possuem
alunos com necessidades especiais no Jardim de infância Vila Esperança no
município de Duque Bacelar- MA, visando destacar a relevância da formação
docente e das praticas pedagógicas que ajudam no processo de formação desses
educandos, proporcionando assim, condições efetivas de aprendizagem e
desenvolvimento de suas potencialidades.
A inclusão dos alunos com necessidades especiais no ambiente escolar de
certa forma tem desafiado os gestores, coordenadores e professores,
desenvolverem novas praticas pedagógicas de ensino, no sentido de oferecer a
esse educando as condições necessárias para sua formação. Diante de tal
pressuposto, a formação continuada em processo tem se configurado como uma
possibilidade de pensar as demandas escolares e a desenvolverem ferramentas que
ajudem na inclusão desses sujeitos no processo de ensino e aprendizagem, assim
como determinam as politicas educacionais para educação especial.
Sendo assim, a Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), que
institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, há referência à
inclusão e à formação de professores:

A Educação Básica deve ser inclusiva, no sentido de atender a uma


política de integração dos alunos com necessidades educacionais
especiais nas classes comuns dos sistemas de ensino. Isso exige
que a formação dos professores das diferentes etapas da Educação
Básica inclua conhecimentos relativos à educação desses alunos
(BRASIL, 2001, p. 25-26).

Como destaca as Diretrizes Curriculares a formação do professor que atua


com alunos com necessidades especiais e de suma importância para que o
processo de inclusão ocorra de forma efetiva. Baseado na citação acima, percebe-
se que neste cenário cabe ao professor buscar conhecimentos através de
formações, para que assim consiga promover uma educação de qualidade e
inclusiva e eliminar a defasagem na aprendizagem, pois a falta de conhecimento
sobre educação especial tem dificultado o processo de ensino –aprendizagem.
Pelo exposto, observa-se a importância da temática, assim como sua
imensa sensibilidade social, pois trata de um assunto muito atual a qualidade do
ensino pelo qual se propõe a fazer a inclusão de todos os brasileiros enquanto
verdadeiros cidadãos, ou seja, proporcionar o conhecimento para o exercício da
cidadania plenamente, emancipando a todos indistintamente, respeitando as
limitações de cada um, exercendo o respeito e valorizando nossa diversidade
brasileira.
3 PROBLEMATIZAÇÃO

Contemporaneamente no ambiente escolar um dos desafios fundamentais


que emergem da proposta de escola inclusiva é a formação do professor, que para
Fávero (2009) é, justamente, o de repensar e resignificar a própria concepção de
educador. Isto porque, o processo educativo consiste na criação e no
desenvolvimento de “contextos” que possibilitem a interação crítica e criativa entre
sujeitos, e não simplesmente na transmissão e na assimilação disciplinar conceitos e
comportamentos estereotipados.
Nesse sentido a formação continuada em contexto deve ter como foco as
diferentes situações que constituem o ato educativo, a análise das práticas docentes
e a criação de espaços para a reflexão coletiva, esforçando-se, sempre, para criar
na escola a crença de que é possível pensar soluções para as questões que muitas
das vezes excluem esses alunos das salas de aulas.
Analisando este cenário, surge a seguinte questão norteadora deste projeto
de pesquisa: Quais as contribuições da formação docente na área da Educação
Especial para as práticas pedagógicas de professores que possuem alunos com
necessidades Especiais nas turmas do ensino regular?
4 HIPOTESES
Sabendo que a formação continua e continuada é indispensável durante
toda a carreira do magistério, pois o docente precisa sempre buscar crescer
profissionalmente, adquirir novos conhecimentos e assim melhorar sua prática
pedagógica em sala de aula, pois a cada dia que passa surgem com novos desafios
que precisam ser superados. Com a aprovação das leis, resoluções para educação
especial, as salas de aulas de ensino regular, apresentam-se cada vezes mais
heterogêneas, o que tem de certa forma dificultado a atuação do professor em
atender as diversas exigências importas pelo sistema educacional de ensino.
Na atual conjuntura a formação do professor no ensino regular não é
suficiente para atender os alunos da educação especial, bem como desenvolver
suas competências e habilidades, transformando as salas de aulas em espaços
inclusivos e com possibilidade de eliminar desigualdades daqueles que necessitam
de atendimento especial.
Nesse contexto a educação inclusiva no ensino regular vem exigindo dos
docentes, o fomento de ações inovadoras que ajudem no desenvolvimento das
práticas pedagógica e que respeitem as singularidades dos discentes no espaço
escolar. É importante enfatizar, para que ocorra desenvolvimento de uma educação
de qualidade, é necessário uma formação contínua e continuada durante toda a
carreira do professor, pois só assim ele disponibilizará de subsídios para uma
reflexão sobre a sua prática pedagógica e melhorar o nível de desempenho dos
seus alunos independentemente de possuir limitação.
5 OBJETIVOS

5.1 Geral
 Analisar as contribuições da formação docente na área da Educação Especial
para as práticas pedagógicas de professores que possuem alunos com
necessidades especiais, nas turmas do ensino regular no Jardim de Infância
Vila Esperança no munícipio de Duque Bacelar-MA.

5.2 Específicos

 Investigar como os professores do Jardim de Infância Vila esperança, na


cidade de Duque Bacelar- MA, se preparam para o exercício da profissão de
forma a contemplar o desenvolvimento de forma inclusiva do alunado com
necessidades especiais nas turmas de ensino regular.

 Identificar possíveis vulnerabilidades na formação dos docentes, e a


operacionalização pedagógica para o trabalho com a educação especial
dentro das classes de educação regular.

 Conhecer as principais dificuldades enfrentadas pelos professores no ensino


regular, que possuem alunos com necessidades especiais.

.
6 REFERENCIAL TEÓRICO

As sociedades humanas, apesar de apresentarem diferenças umas das


outras, tem apresentado diversas mudanças culturais, mesmo as mais
conservadoras, tem pontualmente certas evoluções no modo de viver do povo.
O Brasil e o mundo, após a globalização, têm passado por céleres
mudanças culturais, ou seja, a cultura brasileira influenciou e foi influenciado pelas
nações que se relaciona, e neste sentido, o principal fator de pujança do
desenvolvimento da sociedade, a educação, passou ter que oferecer maior
dinamismo e maior abrangência para o atendimento das mais diversas demandas
das anteriores, atuais e futuras sociedades.
Ainda pela globalização, o capitalismo se difundiu pelo mundo e trouxe uma
nova dinâmica para os mercados de trabalho, este que forma o pilar econômico de
sustentação das sociedades, o qual, nunca esteve tão dinâmico, e exigente em
termos de requisitos, impondo desta forma, uma tarefa extremamente delicada e
sensível socialmente para as escolas, a formação homogênea para um alunado
absolutamente heterogêneo.
Sabe-se que a formação dos docentes não é rápida, e neste sentido, este
item ganha destaque no momento atual, pois se exige respostas cada vez mais
céleres das escolas, sejam as demandas por qualidade, inclusão, universalização,
entre outras; tem-se então uma equação que precisa de solução, uma formação
“genérica e homogênea” para atender a uma sociedade “heterogênea”. Ressalta-se,
ainda que haja certa expectativa de que o alunado saia com um mesmo padrão de
formação, como explica Santos (2008):

O ambiente escolar, tido como um espaço monocultural de caráter


homogeneizador, muito contribuiu para criar em certos grupos sociais o
sentimento de desqualificação e de exclusão. No modelo de escola
tradicional, a representação identitária de muitos grupos tem sido destruída
por intervenções unilaterais e homogeneizantes (SANTOS 2008 p.20).

O autor acima chama atenção para reflexão daquilo que se faz nas escolas,
especialmente neste ano de 2018, com a discursão da escola sem partido e de
outras questões quem alteram a estrutura da forma de ensinar e aprender observa-
se ainda que o fator que deveria ser de inclusão, ou seja, todos os alunos terem a
mesma formação (o que inclui o alunado objeto deste estudo, os especiais), cria, na
verdade um fator de exclusão, fazendo surgir à marginalização de certos grupos,
como bem lembra o autor.
Estaria então, a escola andando na contramão do que espera a sociedade
moderna? Que espera uma formação plural de seus membros, mas o sistema
educacional tenta homogeneizar a formação. Teria então, a possibilidade de criar
heterogeneidade dentro da homogeneidade? Que enorme paradoxo se cria para ser
resolvido em sala de aula, por professores que recebem formação uniforme para
também trabalhar com toda a diversidade que a sala de aula oferece.
Pelo exposto até aqui, poder-se-ia dizer que a educação brasileira está
imersa em grandes conflitos, o mercado quer profissionais generalistas, respeito as
diversidades, inclusão, e celeridade com qualidade na formação dos indivíduos, na
outra ponta, está a formação do professor, cujo modelo de acordo com a Unesco
(1994) deva ter:

Atenção especial deverá ser dispensada à preparação de todos os


professores para que exerçam sua autonomia e apliquem suas
competências na adaptação dos programas de estudos e da Pedagogia, a
fim de atender às necessidades dos alunos e para que colaborem com os
especialistas e com os pais (UNESCO, 1994, p. 37).

A autora apresenta acima, aquilo que seria o ideal, sobretudo quando se


coloca os “especialistas” no processo, contudo, a realidade é que a oferta por cursos
específicos ou de especialização ainda são poucos e não aprofundam muito estas
questões, pois abordam uma quantidade de necessidades especiais de maior
ocorrência, ou seja, sempre surgira uma nova necessidade, e em muitos municípios
brasileiros, sobretudo os do interior e de menor porte não dispõem de especialistas,
ainda mais na quantidade necessária, desta forma, fica somente a cargo do
professor de ensino regular fazer as adaptações, como sugere a UNESCO (1994),
sem o auxilio dos especialistas, ou seja, fica a cargo do professor quem sem
formação (adequada) é obrigado a “desenvolver recursos técnicos”, pois se não o
fizer, o prejuízo para os alunos será ainda maior, pois:

A inexistência desta formação gera o fenômeno da pseudoinclusão, ou seja,


apenas da figuração do estudante com deficiência na escola regular, sem
que o mesmo esteja devidamente incluído no processo de aprender. Estar
matriculado e frequentando a classe regular não significa estar envolvido no
processo de aprendizagem daquele grupo (PIMENTEL, 2012, p. 140).
Na prática, o que se observa é uma educação especial com deficiências,
causadas especialmente pelas questões acima citadas. A estrutura considerada
como ideal não existe em todas as cidades e para amenizar essa situação Pimentel
(2012), lembra que a educação inclusiva, exige professores muito bem preparados
para atuarem junto à heterogeneidade de sala de aula, de forma que este possa
identificar compreender, e valorizar as diferenças do alunado, fazendo com que
todos eles possam desenvolver o seu potencial, resultando assim, em aprendizagem
para todos.
7 METODOLOGIA

Em função da natureza do estudo que se pretende desenvolver, a pesquisa


será desenvolvida duas frentes de trabalho, sendo a primeira de cunho qualitativo,
dedicada à coleta de informações em literaturas especializadas na temática com fins
de suporte teórico. Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o
universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que
corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos
fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis, sendo
este o motivo que leva a escolha desta abordagem.
.A segunda fase da pesquisa quantitativa, pois de acordo com Fonseca
(2002, p.20) [...] Como as amostras geralmente são grandes e consideradas
representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um
retrato real de toda a população alvo da pesquisa [...], assim sendo, esta etapa
ocorrerá no Jardim de Infância Vila Esperança no município de Duque Bacelar
estado do Maranhão; onde serão coletados informações por meio da aplicação de
entrevistas com professores, como objetivo de verificar qual percepção que
professores no ensino regular têm sobre a importância da formação para trabalhar
com alunos com necessidades especiais, visando dessa forma criar o panorama
sobre, as vivencias, dificuldades e sistematização do planejamento para esses
alunos e como ocorre o processo de ensino e aprendizagem no ensino regular.
Ao final dessa pesquisa espera-se que este estudo ajude aos professores a
refletirem sobre a importância da formação continua e continuada dentro do
processo educacional, buscando mostrar que os obstáculos podem ser superandos,
e as barreiras da exclusão podem ser quebradas, se houver praticas eficientes que
respeite as singularidades no ambiente escolar. Nesse sentido também é importante
ressaltar que a formação continuada de professores é o processo permanente de
aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade docente, realizado ao longo
da vida profissional, com o objetivo de assegurar uma ação docente efetiva que
promova aprendizagens significativas.
8 CRONOGRAMA

Períodos
Atividades Nov/201 Dez/201 Fev/201 Mar/201
Jan/2019
8 8 9 9
Escolha do Tema x
Pré-projeto x
Estudos bibliográficos x x x
Pesquisa quantitativa x
Analise dos dados x x
Redação provisória/Correção x x
Apresentação da pesquisa x

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Centro


Gráfico do Senado Federal, 1988.
FÁVERO, Osmar et al. (Org.) Tornar a educação inclusiva. Brasília: UNESCO,
2009.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.


Apostila.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e


criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001

PIMENTEL, S. C. Formação de professores para a inclusão: saberes necessários e


percursos formativos. In: MIRANDA, T. G.; FILHO, T. A. G. (Orgs.). O professor e a
educação inclusiva: formação, práticas e lugares. Salvador: EDUFBA, 2012. p.139-
155.

SANTOS, J. M. F. dos. Dimensões e diálogos de exclusão: um caminho para


inclusão. In: SANTOS, M. P. dos; PAULINO, M. M. (orgs). Inclusão em educação:
culturas, políticas e práticas. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2008. p.17-29.

UNESCO. Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades


Educativas Especiais. Brasília: CORDE, 1994.

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