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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

PROGRAMA ENSINAR

CURSO DE PEDAGOGIA

CAROLINE MARIA MENDES SILVEIRA

INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS


DURANTE O ENSINO REMOTO EMERGENCIAL

LAGO DA PEDRA - MA

2021/2
CAROLINE MARIA MENDES SILVEIRA

INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS


DURANTE O ENSINO REMOTO EMERGENCIAL

Pré-projeto apresentado ao curso de Pedagogia


da Universidade Estadual do Maranhão, como
exigência para aprovação PARA ....

Orientadora: Profa. Dra. Márcia Raika e Silva Lima

LAGO DA PEDRA – MA
2021/2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3

2. JUSTIFICATIVA............................................................................................... 4

3. PROBLEMÁTICA ............................................................................................ 5

4. OBJETIVOS .................................................................................................... 5

4.1 GERAL .................................................................................................. 5

4.2 ESPECÍFICOS ...................................................................................... 5

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 5

6. METODOLOGIA .............................................................................................. 8

7. CRONOGRAMA ............................................................................................. 9

REFERÊNCIAS ............................................................................................. 10
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1 INTRODUÇÃO

A educação brasileira trás em seu bojo uma série de descontentamento e


segregação em relação aos menos favorecidos. Desde os primeiros registros a
educação é voltada para aqueles com maior poder aquisitivo, marginalizando parte
da população que apresentavam dificuldades educacionais e/ou sociais.
No decorrer das décadas um série de leis e decretos foram institucionalizadas
com a finalidade de minimizar barreiras entre as pessoas com NEE's 1 e uma
educação de qualidade, como adaptação dos espaços escolares para recebimento
de pessoas com deficiência física, formação e capacitação de professores na
perspectiva da educação inclusiva, produção e distribuição de materiais didáticos.
Como se não houvesse tantos empecilhos como falta de interesse por parte
dos alunos, desinformação e baixa escolaridade dos pais, acesso limitado à escola e
às informações e falta de transporte, veio a pandemia e agravou a disparidade
social, acentuando o déficit educacional no Brasil. Com aulas remotas, as escolas
tentaram manter, ainda que por um fio, vivo o direito constitucional a educação a
todos os estudantes. Dentro dessa perspectiva encontram-se os Alunos com
Necessidades Educacionais Especiais, que segundo a Lei de Diretrizes e Bases da
educação nacional, lei n. 9394 de 1996, deverão ser amparados pelos sistemas a
fim de garantir currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específicos, para atender às suas necessidades.
Com a metodologia do ensino remoto os métodos e metodologias adotadas
pelos educadores ao longo da situação pandêmica em que o se encontra o mundo
passou por alterações significativas. Analisa-se que, foi necessária adaptações tanto
no que diz respeito a currículo como na rotina dos estudantes e professores de todo
o país. Esse momento histórico inquietou-me e instigou-me a compreender a
temática da inclusão escolar a ser estudada na busca por entender acerca da
realização de atividades para alunos com necessidades educacionais especiais e a
forma aconteceu a inclusão desses alunos durante o período Remoto Emergencial.

Nesse projeto nos reportaremos às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais com a sigla
NEEs, aquelas com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, conforme Lei Federal 12. 796, de 4 de abril de 2013.
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2 JUSTIFICATIVA

A educação inclusiva no Brasil é historicamente desafiadora, embora já


alcançado inúmeros avanços e mudanças nos paradigmas educacionais, ainda
enfrentamos muitos empecilhos no que concerne ao atendimento educacional
especializado, desde a formação inicial até os recursos a serem utilizados em sala
de aula.
Durante o ano de 2020 e meados de 2021 o mundo enfrentou uma complexa
situação sanitária que fez com que muitos recolhessem-se e exercessem suas
atividades em home office, modificando, também, o modo como a educação era
conduzida até aquele momento. Adotando-se o Sistema Remoto Emergencial de
aulas, onde essas aulas eram realizadas por meio de vídeo e atividades
fotocopiadas, entregues para os responsáveis das crianças matriculadas na rede
municipal de ensino. Tornando a educação inclusiva ainda mais conturbada e
improba.
Nesse sentido fez-se necessário um estudo sobre o atendimento de crianças
com necessidades educacionais especiais durante tal período, com o proposito de
analisar a maneira como aconteceu a inclusão dessas crianças durante o período
emergencial remoto de aulas, qual a postura dos educadores frente a esta situação
e como as escolas se posicionavam quanto ao atendimento.
A investigação dessa temática deu-se pela reflexão a cerca das atividades
remotas adotadas no período de ensino remoto emergencial uma vez que,
entendemos, não alcançava os alunos com necessidades educacionais especiais.
Pensando nesse modelo de ensino adotado e na grande quantidade de alunos com
NEE's matriculados em turmas regulares nas escolas do município de Lago da
Pedra, inquietou-me o modo como esses alunos recebiam as atividades e as
realizavam e se essas eram elaboradas de maneira diferente que contemplasse as
singularidades de aprendizagem específica de aluno, para cada tipo de Necessidade
Educacional Especial.
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3 PROBLEMÁTICA

Como os professores realizavam atividades para alunos com necessidades


educacionais especiais e de que forma aconteceu a inclusão escolar durante o
período Remoto Emergencial?

4 OBJETIVOS

4.1. GERAL

Analisar de que forma os professores realizavam atividades com alunos com


necessidades educacionais especiais durante o período remoto emergencial

4.2 ESPECÍFICOS

 Identificar como os alunos com necessidades educacionais especiais


realizavam as atividades remotas.
 Compreender como ocorreu o atendimento educacional especializado durante
o período remoto emergencial
 Analisar Verificar fragilidade das escolas em relação aos alunos do AEE
durante o período remoto emergencial

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A educação especial, na atualidade, trata-se de uma modalidade da educação


transversal que almeja englobar todos os níveis de ensino, desde a educação infantil
até ensino superior. Ela contempla os alunos com deficiências, transtornos globais
do desenvolvimento e superdotados e altas habilidades (BRASIL, 2020). Neste
estudo utilizaremos a expressão necessidades educacionais especiais - NEE para
referenciarmos esse público.
O atendimento dos alunos com necessidades especiais - NEE deve ocorrer
preferencialmente em escolas da rede regular de ensino, promovendo a inclusão
dos mesmos em salas regulares, bem como investindo em infraestrutura de
acessibilidade. Suprindo todo e qualquer empecilho que as pessoas com
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deficiências encontram para relacionar-se com o ambiente externo, sobretudo


fazendo uso de recursos (MANTOAN, 2003).
É imprescindível que as escolas, publicas e privada adequem-se às
necessidades de seus educandos, e não o inverso. Atendendo, assim, a pluralidade
de todas as classes, deste modo é possível que haja um atendimento de qualidade.

Para que ocorra o atendimento de qualidade aos alunos com NEEs é


necessário que os gestores, em qualquer esfera, abracem essa causa,
comprometendo-se com a aplicabilidade das políticas públicas, bem como com as
leis que amparam a educação inclusiva. Como corrobora Carvalho (2005, p. 98):

A proposta da educação inclusiva precisa ser definitivamente,


entendida como um dever, a ser assumido e concretizado pelo
Estado, contando com a parceria da sociedade, tanto no
planejamento das ações quanto na administração de sua
implantação e implementação.

É cabível que haja engajamento a fim de que se concretizem as ações


voltadas para a educação inclusiva, caminhando na direção contraria é possível que
incorra um retrocesso, regressando para a exclusão.
Haja vista, é indispensável a elaboração de estratégias que se ofereça
subsídios para as escolas, tanto financeiro como pedagogicamente. Este último
torna-se basilar para que os profissionais da educação, sobretudo o professor,
possam qualificar-se e terem acesso às inovações do campo social e educacional,
por se entender que a maioria dos profissionais não possui formação para trabalhar,
como os alunos com necessidades educacionais especiais.
Diante do exposto é notável o quão negligenciada é a educação inclusiva no
Brasil e que ainda há muito a se alcançar, dentro dessa perspectiva. Ressaltamos a
valorização das formações, sobretudo a formação continuada e concordamos com
Carvalho (2005, p. 159) quando afirma que:

A formação continuada é uma das estratégias que nos permite


desalojar o estatuído, substituindo-o por novas teorias e novas
práticas alicerçadas em outra leitura de mundo e, principalmente, na
crença da infinita riqueza de potencialidades humanas (as nossas e
as de nossos alunos)!
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É certo que muitas instituições e, até mesmo, professores veem a formação


continuada apenas com uns dias sem aulas ou até mesmo uma "eterna falação
desnecessária", como por vezes ouvi nos bastidores. Posto isto é necessário "(...)
trazer para discussão o sentido e o significado da formação continuada que não a
coloca, apenas, restrita aos cursos oferecidos aos professores para se atualizarem",
(CARVALHO, 2005, p. 159).
Discutir formação continuada atualmente perpassa as barreiras da informação
e da reciclagem. Diante do atual cenário, é primordial que os olhos sejam voltados
para um novo jeito de lecionar e um novo jeito de aprender. A pandemia despiu a
educação, evidenciou seus diversos pontos fracos, um deles a educação Inclusiva.
Entendemos, a partir da realidade profissional em que atuamos o fato de já
não ter professores qualificados para atuar na educação especial na perspectiva da
educação inclusiva corroborou para que o fracasso fosse ainda mais perceptível.
Muitas escolas deixaram de envolver os seus alunos NEE's nas aulas remotas em
decorrência do despreparo de alguns profissionais, assim como ausência de suporte
para elaboração de atividades apropriadas.
Durante a pandemia vivenciamos uma nova maneira de lecionar, os
professores recorreram a novos meios e métodos de se relacionar com os Alunos.
No entanto sem contato e sem nenhum precedente em relação a metodologias a
serem aplicadas nesse novo momento, sobretudo para a educação inclusiva,
desfavoreceu vigorosamente o aprendizado, uma vez que é primordial a interação
professor-aluno para a consolidação do mesmo.
Sabendo que o ensino-aprendizado é caracterizado pela interação e troca de
experiências ou, como especificado nas palavras de Lima e Carvalho (2018), pela
vivência que "ao se organizarem como fonte de afetos intervém na produção de
sentidos e significados", ressaltamos as lacunas presentes nesse modelo
emergencial de ensino, o ensino remoto.
Na educação inclusiva essa relação é imprescindível, uma vez que o aluno
com NEE contemplados com a educação inclusiva carece de um detalhamento e
acompanhamento com maior intensidade, sem deixar de mencionar a utilização de
recursos e a ação pedagógica diversificada. Como previsto nas Diretrizes Nacionais
para a Educação Especial na Educação Básica (2001, p.69):
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O Processo educacional escolar definido por uma proposta pedagógica que


assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados
institucionalmente para afoiar, complementar, suplementar e, alguns casos,
substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação
escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos
educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas
as etapas e modalidades da educação básica.

Contudo o ensino remoto modificou todo o modelo de ensino, como já


mencionado anteriormente, impossibilitando o cumprimento das Diretrizes Nacionais
e por consequência desfalcando o ensino-aprendizado não apenas de alunos com
NEEs, mas para os alunos de modo geral, em todos os âmbitos educacionais,
inviabilizando o desenvolvimento das habilidades dos educandos.

6 METODOLOGIA

Visando alcançar os objetivos propostos nesse projeto será realizada uma


pesquisa bibliográfica, que será executada criteriosa e minuciosamente a fim de
propiciar uma investigação coerente, ocasionando, assim, a compreensão do objeto
de estudo.
A abordagem escolhida foi a do tipo qualitativa uma vez que a mesma permite
que o pesquisador faça uma interpretação do universo de estudo de maneira
particular e única, assim como afirmam Denzin e Lincoln (2006, p. 17) "a pesquisa
qualitativa envolve uma abordagem naturalista, interpretativa".
Quanto à natureza pesquisa essa caracteriza-se como aplicada de caráter
descritiva-explicativa, será descritiva pois, segundo Gil (2017), tem a finalidade de
identificar e descrever as características de uma determinada população e
explicativa pois, ainda segundo Gil (2017, p. 34), "a identificação dos fatores que
determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e
detalhado."
Os dados serão coletados por meio de instrumentos como questionarios semi
estruturados, onde coletaremos e registraremos depoimentos de professores, pais e
responsáveis por crianças com NEEs de pelo menos três escolas da cidade de Lago
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da Pedra, Maranhão. Dados esses que serão fundamentais para compreensão a


cerca do tema em estudo.
Uma vez coletados, os dados serão criteriosamente analisádos e
cautelosamente interpretados, a fim de alcançar os objetivos elencados nesse
projeto. Para Lakatos e Marconi (2003, p.168):

Na análise, o pesquisador entra em maiores detalhes sobre os


dados, [...] a fim de conseguir respostas às suas indagações, e
procura estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos
e as hipóteses formuladas. Estas são comprovadas ou refutadas,
mediante a análise.

A análise dos dados possibilita uma interpretação cientifica dos casos


apontados, seja nos questionários ou depoimentos, permitindo a identificação de
suas particularidades.

7 CRONOGRAMA
ATIVIDADES JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
202 202 202 202 202 202 2022 202 2022 2022 2022 2022 2022
1 1 1 1 1 1 2

Levantamento
bibliográfico x x x x x
Elaboração dos
instrumentos x x
de coletas de
dados
Coleta de dados
x
Sistematização
dos dados x x
Análise e
discussão dos x x x
dados
Construção da
monografia x x x x x
Envio para
Revisão
Depósito da
monografia
junto ao curso
de Pedagogia
10

Defesa
x

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>.

______. Senado Federal. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na


Educação Básica. MEC/SEESP, 2001.

______ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de


Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.

______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>.

______Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação


especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências.
Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.htm#art11>
. Acesso em 23 de novembro de 2021.

CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto
Alegre: Mediação, 2004.176

DENZIN, Norman k. e LINCOLN, Yvonna S. Introdução: a disciplina e a prática da


pesquisa qualitativa. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e
abordagens. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

GIL, Antonio Carlos, 1946 - Como elaborar projetos de pesquisa Antonio Carlos Gil. -
4. ed. - São Paulo: Atlas, 2002.

______. – Como elaborar projetos de pesquisa / Antonio Carlos Gil. – 6. ed. – São
Paulo : Atlas, 2017.

JESUS, Denise Meyrelles de. BAPTISTA, Claudio Roberto. Caiado, Katia Regina
Moreno. Prática pedagógica na educação especial: multiplicidade do atendimento
educacional especializado, 1ª ed. Araraquara, SP: Junqueira&Marin, 2013.

LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de


metodologia científica. - 5 ª ed. - São Paulo : Atlas, 2003.

LIMA, Márcia Raika e Silva. Fundamentos da Educação Especial. Teresina:


FUESPI, 2013. 118p.

______; CARVALHO, Maria Vilani Cosme de. “MEU MUNDO CAIU!”: As


significações de uma professora de ensino médio sobre a atividade de ensino
aprendizagem de alunos com necessidades educativas especiais. Linguagens,
Educação e Sociedade, Teresina, Ano 23, Edição Especial, dez. 2018.
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MANTOAN. Maria Teresa Eglér Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer?
— São Paulo: Moderna, 2003. — (Coleção cotidiano escolar)

SILVA, Gemma Galganni Pacheco da; LIMA, Márcia Raika e Silva. Pontos e
contrapontos nas políticas inclusivas: avanços ou retrocessos? Cadernos
GPOSSHE On-line, Fortaleza, Vol.4, n.Único, 2021

SILVA, Diego da. DURLO, Carlos Henrique. Inclusão: Uma discussão necessária na
educação especial. Maringá, Paraná: Uniedusul, 2020.

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