Você está na página 1de 13

ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL ESPECIALIZADA: EDUCADORAS NAS SALAS REGULAR

Nome completo: Amanda Cristina da Silva Fabrin


RA:
Curso: Pós-Graduação, Atendimento Educacional
Especializado e Educação Especial

SÃO PAULO
2022

1
ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL ESPECIALIZADA: EDUCADORAS NAS SALAS REGULARES

Artigo científico apresentado à


Faculdade Única, como requisito
parcial para a obtenção do título de
Especialista em Práticas Educativas.
Profº Orientador:

SÃO PAULO
2022

2
RESUMO

Este artigo exibe considerações acerca da política educacional no que se


refere ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) atribuído às pessoas
com deficiência matriculadas em escolas regulares e a percepção que as
professoras das salas comuns possuem deste ambiente educativo. Amparado
nas leis e decretos que governam o AEE em nosso país e em autores que
estudam este tema, tais como Garcia (2008) e Alves (2006). Existe a urgência
de um maior número de salas de recursos para atender a todas as crianças
que são analisadas e encaminhadas para este atendimento . Estas verificações
dirigem a necessidade de maiores esclarecimentos a professores e pais acerca
da função do AEE e da relevância deste atendimento aos alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais.

Palavras-chave: Atendimento, educação inclusiva.

3
ABSTRACT

This article presents considerations about the educational policy regarding the
Specialized Educational Assistance (AEE) assigned to people with disabilities
enrolled in regular schools and the perception that common room teachers have
of this educational environment. Supported by the laws and decrees that govern
the AEE in our country and by authors who study this topic, such as Garcia
(2008) and Alves (2006).There is an urgent need for a greater number of
resource rooms to attend to all the children who are analyzed and referred to
this service. These verifications address the need for further clarification to
teachers and parents about the role of the AEE and the relevance of this
service to students with special educational needs.

Keywords: Service, inclusive education.

4
INTRODUÇÃO

O ensino educacional da pessoa com deficiência obtém um histórico de


exclusão e negligência. Com a metodologia denominada de inclusão escolar,
alunos com diferentes deficiências e necessidades educacionais especiais
(NEE), são matriculados nas escolas regulares e precisam de um atendimento
que os auxilie no processo de aprendizagem.

A diplomacia educacional brasileira espera um Atendimento


Educacional Especializado (AEE), que seja um suporte para que a educação
inclusiva aconteça em nosso país. Um dos fatores para o alcance deste
objetivo é o um trabalho colaborativo entre professores do AEE e professores
da sala regular. Desta maneira, o objetivo é apresentar como as educadoras da
rede regular de ensino compreendem o AEE na escola.

Assim, esse artigo destaca as resoluções e decretos que sustentam o


atendimento educacional especializado.

5
SUPORTE EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

Os comprovantes que atualmente contribuem com a política de inclusão


através dos serviços especializados são, sobretudo, a Resolução nº 4, de
outubro de 2009, que Institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento
Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação
Especial e o Decreto nº 7.611/11 (BRASIL, 2011, p. 12) que dispõe sobre a
educação especial, apoio especializado e outras medidas.

O atendimento educacional especializado (AEE), segundo o Artigo 1º da


Resolução nº 4/2009, o qual “ofertado nas salas de recursos multifuncionais ou
em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de
entidades sociais, humanitárias ou filantrópicas sem fins rentáveis” e tem como
objetivo complementar a formação dos alunos em todos os níveis, etapas e
modalidades de ensino.

Segundo Garcia (2008, p. 18) “[...] os alicerces especializados


apresentam uma noção de inclusão escolar que conceitua a obrigação de
identificar dificuldades que impedem ou bloqueiam os alunos considerados
diferentes” Com o respeito à diferença, o foco do trabalho educacional deve ser
o de possibilitar acesso à educação a todas as crianças, jovens e/ou adultos.

O grupo-alvo do AEE são estudantes com malformação; com bloqueio


global do avanço e com superdotação. Em relação ao atendimento a ser
executado, na Resolução 4/2009, o artigo 5º prevê que o mesmo seja:

[...] maioritariamente, na sala de meios plurivalentes da


devida escola ou em outra escola de ensino regular, no turno oposto
da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo
ser feito, em centros de Atendimento Educacional Especializado da
rede pública ou de entidades, comunitárias, ou sem fins lucrativos,
conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão equivalente dos
Estados, Distrito Federal ou dos Municípios (BRASIL, 2009).

6
O Artigo 8º garante que os estudantes matriculados em série comum do
ensino regular e que tiverem matrícula simultânea no AEE serão calculados
duplamente no âmbito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB),
segundo o Decreto nº 7.611 de 2011.

É importante destacar que o AEE não é um conceito novo, já que a sala


de recursos foi criada na Educação Especial brasileira na década de 1970, com
o intuito de integrar os alunos com deficiência no ensino regular. Neste sentido,
Arnal (2007, p. 55) pontua:

[...] a proposta de sala de expedientes aspirava, superar o


persistente hiato entre a Educação Especial e a integração dos
alunos deficientes, oferecendo um modelo simultaneamente funcional
e decursivo das dificuldades específicas de cada deficiência e, por
outro lado, apontava para uma normalização das condições de
escolarização para indivíduos muito diferentes.

Então, o atendimento educacional ofertado nas salas de recursos se


baseou em uma realidade que obtinha a deficiência como inicial, com “[...] a
perspectiva de integração, um espaço diferenciado de educação e indícios
efetivos de apoio diferenciado das possibilidades de aprendizagem dos alunos
com deficiência” (SILVA, 2003, p. 23).

Com a proteção da inclusão escolar, no presente, a Secretaria de


Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) dá
destaque aos funções especializados aos alunos que apresentam
necessidades educativas especiais.

As salas de recursos foram concebidas pela precisão de apoio ao aluno


que portava alguma deficiência ou necessidades educacionais especiais e que
colaboravam no processo de inclusão escolar. Este atendimento, inicialmete
era designado somente aos alunos que estudavam nas séries iniciais do ensino

7
fundamental; e, hoje me dia, foi estendido para todos os anos do ensino
fundamental (BARRETO, 2008).

Além das salas, o governo inaugurou o programa sala de recursos


multifacetados. Esta sala é “[...] um espaço com materiais didáticos,
pedagógicos, e profissionais com formação para o atendimento às
necessidades educacionais especiais.” (ALVES, 2006, p. 14), a finalidade é
proporcionar um atendimento especializado aos estudantes que detém alguma
necessidade educacional especial, temporária ou permanente, no decorrer da
aprendizagem.

O estímulo para esse profissional é o progresso de “[...] habilidades de


aprendizagem, centradas em um novo saber pedagógico que favoreça a
construção de conhecimentos pelos alunos” (ALVES, 2006, p. 13). Não pode
ser um ambiente com repetições de atividades desenvolvidas na sala de aula
regular. O docente que irá ocupar-se nestas salas tem as subsequentes
atribuições descritas no Artigo 13º da Resolução nº 4, de outubro de 2009:

I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos


pedagógicos de acessibilidade e estratégias considerando as
necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação
Especial;

II – elaborar e executar plano de Atendimento Educacional


Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos
recursos pedagógicos e de acessibilidade;

III – organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala


de recursos multifuncionais;

IV – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos


pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino
regular, bem como em outros ambientes da escola;

V – estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração


de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade;

VI – orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e


de acessibilidade utilizados pelo aluno;

8
VII – ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar
habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e
participação;

VIII – estabelecer articulação com os professores da sala de aula


comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos
pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promove a
participação dos alunos nas atividades escolares (BRASIL, 2009).

O Decreto nº 7.611/11 da ordens sobre a educação especial,


atendimento especializado e outras resoluções e é comedido por 11 Artigos. O
primeiro destaca a obrigação do Estado em vinculação à educação das
pessoas que necessitam da educação especial e determina as suas diretrizes.

Este decreto se alicerça na educação inclusiva prevê o atendimento da


pessoa com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas
habilidades nas escolas comuns. Seus artigos, do 2º ao 6º, controlam o suporte
educacional especializado, com os seguintes propósitos:

Art. 3º [...] I - prover condições de acesso, participação e


aprendizagem no ensino regular e garantir serviços de apoio
especializados de acordo com as necessidades individuais dos
estudantes;

II - garantir a transversalidade das ações da educação especial no


ensino regular;

III - fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos


que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e
IV - assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais
níveis, etapas e modalidades de ensino (BRASIL, 2011, p. 12).

9
MÉTODO

Este artigo concerne de uma pesquisa qualitativa, assim, conlui-se que


“[...] as pessoas atuam através de suas crenças, percepções, sentimentos e
valores e que sua conduta tem sempre um significado que não se dá a dominar
de maneira imediata, precisando ser manifesto.” (ALVESMAZZOTTI;
GEWANDSZNAJDER, 1999, p. 131).

O trabalho teórico foi composto por pesquisa em documentos legais que


amparam o AEE a fim de sinalizar suas principais características e formas de
funcionamento; e nos escritos de Garcia (2008); e Alves (2006), que
apresentam pesquisas na nesta área.

10
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Atendimento Educacional Especializado tem sido assimilado pelas


educadoras da sala regular como significativo ofício para o desenvolvimento do
aluno em decurso de inclusão. As salas de recursos multifuncionais
proporcionam a chance de aquisição de conhecimentos de forma lúdica, com
materiais diferenciados e professor com formação em educação especial.
É necessário ainda que o professor da sala regular entenda que este
não é um ensejo de reforço, ou melhor, de reprodução das atividades de sala
de aula. Outro elemento de destaque é que existe a necessidade de um
trabalho colaborativo entre sala regular e sala de recursos multifuncionais.
Outro fator que integra o trabalho a ser efetuado pelo poder público
quanto ao número de vagas e à oferta deste serviço em todas as escolas, para
facilitar a participação do aluno, que, por vezes, não consegue se diigir-se para
outras escolas.
É valido ainda, destacar a necessidade de uma real cooperação da
equipe pedagógica da escola no processo de conscientização dos pais, dos
professores e da comunidade escolar, a respeito da importância deste serviço
para a aprendizagem e desenvolvimento dos alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais.

11
REFERÊNCIAS

ALVES, Denise de Oliveira. Sala de recursos multifuncionais: espaços para


atendimento educacional especializado. Brasília, DF: Ministério da Educação:
Secretaria de Educação Especial, 2006.

ALVES-MAZZOTTI, Alda Judith; GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método


nas ciências sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. São Paulo:
Pioneira, 1999.

ARNAL, Leila de Sousa Peres. Educação escolar inclusiva: a prática


pedagógica das salas de recursos. 2007 133 f. Dissertação (Mestrado em
Educação) – Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 2007.

BARRETO, Lúcia Cristina Dalago. Sala de recursos: um estudo a respeito da


aprendizagem da leitura por alunos com dificuldades escolares. 2008. 136 f.
Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá,
2008.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de


setembro de 2001. Institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na
Educação Básica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 set. 2001. Seção 1E.
p. 39-40.

______. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº 4/2009, de


2 outubro de 2009. Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento
Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação
Especial. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 2009a. Seção 1. p. 17.
________. Decreto n° 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a
educação especial, o atendimento especializado e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 18 nov. 2011. p. 12.
Disponível em:

12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.htm.
Acesso em: 05 set. 2022.

GARCIA, Rosalba Maria C. Políticas inclusivas na educação: do global ao local.


In: BAPTISTA, Cláudio Roberto; CAIADO, Kátia Regina Moreno; JESUS,
Denise Meyrelles de (Org.). Educação especial: diálogo e pluralidade. Porto
Alegre: Mediação, 2008.

SILVA, Fabiany de Cássia Tavares. As relações entre ensino, aprendizagem e


deficiência mental desenhando a cultura escolar. 2003. Tese (Doutorado em
Educação: História, Política, Sociedade) - Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo, São Paulo, 2003.

13

Você também pode gostar