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I – Justificativa
PLANO DE ATENDIMENTO
1. Público Alvo
Será considerado público alvo para atendimento educacional especializado o aluno que estiver
matriculado e com frequência regular na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e
Ensino Superior que apresentar:
a) avaliação pedagógica, realizada por professor especializado, ou psicológica do
aluno, em caso de deficiência intelectual;
b) laudo médico, no caso de deficiências auditiva/surdez, física, visual, surdo
cegueira, transtorno do espectro autista e deficiência múltipla e múltipla sensorial, bem
como avaliação pedagógica realizada por professor especializado;
c) avaliação pedagógica realizada por professor especializado, complementada por
avaliação psicológica, em casos de altas habilidades ou superdotação.
d) Encaminhamento do Centro de Educação Especial, da Coordenação da Educação
Especial da SME ou do Núcleo de Inclusão da Instituição de Ensino Superior.
Ensino Colaborativo
Tendo em vista o atual contexto pandêmico orienta-se que a itinerância seja realizada
remotamente, por meio das tecnologias, no sentido de garantir a segurança e a saúde dos
profissionais envolvidos. A itinerância remota são atividades de acompanhamento indireto dos
estudantes público alvo da educação especial e de articulação com professor da escola regular
mediado pela tecnologia, mas que se orientam pelos princípios do atendimento itinerante
presencial. O Atendimento Itinerante remoto oferece a continuidade do serviço de orientação
pedagógica por meio de recursos tecnológicos (chamada de vídeo pelo Google Meet ou Whatts
App).
Educação Infantil
A proposta do AEE para a educação infantil parte de uma ação colaborativa, que visa
envolver docentes, gestão escolar, equipe de orientação técnica, família e alunos na tomada de
decisões. Desse modo, os envolvidos estabelecem objetivos comuns, o que favorece o
fortalecimento das ações democráticas, baseadas nos laços de confiança mútua e na
corresponsabilidade pela condução das ações.
Nessa perspectiva, caberá ao professor do AEE ir à escola ou por acesso remoto e, junto
com o docente da classe comum e com a coordenação pedagógica, elaborar o Plano de Trabalho
Individualizado para o estudante com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. Salienta-se que esse documento deve revisto semestralmente.
A proposta do Documento do Referencial Curricular Santoantoniense (2020), entende a
Educação Infantil como a primeira etapa da educação básica que compreende a creche (0 até 3
anos) e a pré-escola (4 e 5 anos). (SANTO ANTONIO DE JESUS, 2020). De modo que, esse
documento está fundamentado na BNCC que rege projetos para a Educação Infantil focado no
brincar e no interagir, a partir de eixos estruturais nos quais as crianças podem aprender na prática.
DRCS (2020) permite o desenvolvimento, principalmente da oralidade e da escrita nos primeiros
anos de vida. Além disso, esse documento segue o orientado pela BNCC na Educação
Infantil que estabelece os seis direitos de aprendizagem: conviver, brincar, participar, explorar,
expressar e conhecer-se.
A BNCC na Educação Infantil diz que a criança tem o direito de se expressar, como
sujeito criativo, dialógico e sensível, suas emoções, necessidades, dúvidas, sentimentos,
descobertas, hipóteses, questionamentos e opiniões — novamente, por meio de diferentes
linguagens. Desse modo, A BNCC reforça o direito da educação especial em igualdade de
aprendizado com demais modalidades de ensino. Assim, o AEE na educação infantil, visa garantir
a inclusão dos alunos desde os primeiros anos de vida escolar, por meio da estimulação precoce.
A estimulação precoce de crianças com a deficiência (0 a 3 anos) visa trabalhar o
desenvolvimento da aprendizagem da criança, reduzindo assim, seu comprometimento intelectual
e social. Na Educação Infantil a estimulação precoce pode ser usada como uma forma preventiva
visando o desenvolvimento do potencial das crianças, principalmente da criança público alvo da
educação especial, que devido as suas características particulares necessitam de maior
estimulação.
Assim, o AEE nesse contexto irá promover os direitos de aprendizagem na educação
infantil, a partir da articulação do professor em atendimento de Itinerância nas ações da escola, no
sentido de explorar os saberes e construir a identidade pessoal, social e cultural do aluno público-
alvo da educação especial. O AEE na educação infantil considera essas ações fundamentais para o
desenvolvimento do aluno, porque fortalecem a capacidade cognitiva, autonomia e a compreensão
do que acontece ao redor, sem perder de vista os campos de experiências propostos pela BNCC
para a educação infantil. Nessa perspectiva, o referido documento apresenta como proposta
pedagógica discutir:
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
O serviço itinerante tem ganhado novos espaços, pois além de percorrer escolas de
educação infantil, orientando professores, alunos, equipe pedagógica, famílias, também faz
itinerância dentro de escolas do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Escolas do Campo e EJA
(Educação de Jovens e Adultos) na tomada de decisões. Essa relação irá contribuir para que o
atendimento itinerante seja um suporte para a inclusão de alunos público-alvo da Educação
especial nessas etapas e modalidades da educação básica na escola regular de ensino.
O professor itinerante, visa assessorar às escolas comuns que possuem alunos com
deficiência, Transtorno do Espectro Autista e Altas Habilidades/Superdotação incluídos,
orientando na produção de materiais pedagógicos e acessíveis a esses estudantes. O profissional
de AEE, no serviço itinerante irá acompanhar o processo de desenvolvimento e aprendizagem nas
atividades escolares, no planejamento, na avaliação, auxiliar na elaboração de objetivos, delinear
os conteúdos, as estratégias e procedimentos relativos à dinâmica da sala de aula e de toda a rotina
escolar. Destaca-se que o profissional de atendimento itinerante auxilia todas as patologias e dá
encaminhamentos pedagógicos das linguagens e códigos necessários à aprendizagem, à
comunicação e à locomoção.
Serão mantidos diálogos periódicos e das trocas constantes entre professor(a) da sala de
aula regular e professor(a) do AEE e os(as) assessores(as) das Coordenadorias Municipais de
Educação, garantindo o efetivo atendimento dos estudantes do AEE, apoiando os docentes nas
orientações aos pais para condução das atividades em suas residências, bem como orientar e
sugerir metodologias e atividades que venham a aprimorar o trabalho dos professores, dos
estudantes e da família.
Vale salientar o professor itinerante poderá auxiliar no planejamento e orientação de ações
pedagógicas que flexibilizem o currículo de modo que atendam às necessidades especiais do
público-alvo da educação especial, no contexto escolar, denominadas adaptação curricular ou
flexibilização curricular. A flexibilização curricular envolve as mudanças necessárias
concretizadas em diversos componentes do currículo básico, adequando as diferentes situações,
grupos e pessoas, isso inclui as orientações às estratégias de planejamento e de atuação docente
voltadas às necessidades de aprendizagem de cada estudante, que se fundamente em uma série de
critérios que guiará a tomada de decisões acerca do que se deve aprender, como e quando e qual é
a melhor forma de organizar o ensino para que todos sejam beneficiados.
A BNCC considera, no decorrer do seu texto, a necessidade da identificação e da
eliminação das barreiras como forma de assegurar às pessoas com deficiências, TEA e altas
habilidades/superdotação o acesso ao currículo e conhecimentos. Nesse contexto, enfatiza-se a
necessidade de organizar e assegurar a acessibilidade aos ambientes escolares e à comunicação
visando a conquista da independência e autonomia, para além da sua condição. A BNCC norteia
que “os sistemas de ensino devem assegurar [...] a organização e oferta de medidas de apoio
específicas para a promoção das condições de acessibilidade [...] com vistas a atender à meta de
inclusão plena” (BRASIL, 2016, p. 39).
5. Materiais e Recursos
Sugere-se que para o AEE, sejam utilizados recursos e materiais pedagógicos que atendam
às necessidades específicas dos estudantes público-alvo da Educação Especial. Assim, segue
algumas propostas:
•Jogos pedagógicos que valorizem os aspectos lúdicos, a criatividade e o desenvolvimento
de estratégias dos processos mentais. Os professores itinerantes devem orientar aos
professores regentes na produção de jogos e materiais pedagógicos, que sejam
compatíveis com as necessidades específicas e respeitem os critérios de tamanho,
espessura, peso e cor, de acordo com a habilidade motora e sensorial do aluno. Também
podem ser úteis as sucatas, folhas coloridas, fotos e gravuras, velcro, ímãs, etc;
• Jogos e materiais pedagógicos adaptados visam o atendimento específico às
necessidades educacionais especiais, e a ampliação das potencialidades cognitivas do
aluno. Os materiais específicos podem ser reglete, punção, soroban, guia de assinatura,
material para desenho adaptado, lupa manual, calculadora sonora, caderno de pauta
ampliada, caneta ponta porosa, engrossadores de lápis e pincéis, suporte para livro (plano
inclinado), tesoura adaptada, softwares, brinquedos e miniaturas para o desenvolvimento
da linguagem, reconhecimento de formas e atividades de vida diária, e outros materiais
relativos ao desenvolvimento do processo educacional. Lembrando de que é possível com
materiais simples, adaptar alguns objetos e proporcionar grande benefício aos alunos:
- Adaptações curriculares ou flexibilidade curricular que contemplem vários temas e
desafios para escrita, cálculo, ciências, geografia, história e outros;
- Pranchas de comunicação: correspondentes à atividade proposta pelo professor.
- Livros com marcadores: Colocar clipes ou velcro (desses usados nos pés de móveis)
entre as páginas ajuda a manipulação por quem tem dificuldades motoras.
- Cadernos com linhas escurecidas: Usar uma caneta ou hidrocor para reforçar as linhas
das páginas torna a escrita mais fácil das crianças com capacidade visual reduzida.
- Objetos sonoros: Inserir guizos ou grãos dentro de bambolês ou bolas os deixa
perceptíveis aos deficientes visuais.
- Lápis com engrossador: Encaixar uma bola de borracha na parte de trás do lápis, ou
envolvê-lo com espuma, aumenta a sua circunferência e facilita o uso para quem tem
dificuldade motora.
- Alfabeto ampliado: Colar as letras sobre tampas de garrafa, caixas de vídeo ou de
fósforo, deixa as peças mais altas e fáceis de visualizar para quem possui baixa visão.
-Lente de ampliação: A lupa é um dos recursos usados por alunos com baixa visão.
• Livros didáticos e paradidáticos impressos em letra ampliada, em Braille, digitais em
Libras, com simbologia gráfica e pranchas de comunicação temáticas correspondentes à
atividade proposta pelo professor; livros de histórias virtuais, livros falados, livros de
histórias adaptados com velcro e com separador de páginas, dicionário trilíngue: Libras/
Português/Inglês e outros;
• Mobiliários adaptados, tais como: mesa com recorte, ajuste de altura e ângulo do tampo;
cadeiras com ajustes para controle de tronco e cabeça do aluno, apoio de pés, regulagem da
inclinação do assento com rodas, quando necessário; tapetes antiderrapantes para o não
descolamento das cadeiras.
Avaliação e Acompanhamento
Referências
_______, Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York em 30 de
março de 2007. Brasília, DF. ago. 2009. Disponível em : <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm >. Acesso em 07
maio 2021.
_______, CNE/CEB. Resolução nº 02/ 2011. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica. Brasília, DF. 11 set. 2001. Disponível em : <
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf >. Acesso em 02 ago. 2018.
_______, MEC / SECADI / DPEE. Nota técnica nº 04/2014. Orientação quanto a documentos
comprobatórios de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação no Censo Escolar. Brasília, DF. 23 jan. 2014. Disponível em: <
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15898-nott04-
secadi-dpee-23012014&category_slug=julho-2014-pdf&Itemid=30192 >. Acesso em 02 ago.
2018.
________MEC. Base Nacional Comum Curricular. 2 ver. rev. SEB/MEC: Brasília, 2016.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/documentos/bncc2versao.revista.pdf.
Acesso em: 23 jul. 2016
MENDES, E.G. Caminhos da pesquisa sobre formação de professores para inclusão escolar. In:
MENDES, E.G; ALMEIDA, M.A; HAYASHI, M.C.P. I; Orgs. Temas em Educação Especial:
conhecimentos para fundamentar a prática. Araraquara: Junqueira & Marin Editores; 2008. p 92-
122
Anexos:
ATIVIDADES DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO
Mês: ____________
Modalidade de atendimento Professor
Escola de Lotação:
NTE
Atividade Rubrica
Data Escola Turno Aluno
AEE* Professor Diretor
RELATÓRIO DE VISITA DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO PARA O ALUNO DA EDUCAÇÃO
ESPECIAL EM CLASSE COMUM
__________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________
Dados coletados pelo professor de AEE sobre o desenvolvimento da aprendizagem do aluno na classe
comum:
Relatar as atividades observadas, a inserçã o do aluno nas atividades individualmente e com a colaboraçã o
de outros alunos. Relatar o apoio do professor de classe comum durante as atividades. Relatar sobre as
adaptaçõ es e flexibilizaçõ es curriculares realizadas pelo professor da classe comum.
Orientaçõ es dadas ao professor e solicitaçõ es da escola:
Registre as orientaçõ es do professor de AEE ao professor da lasse comum, ao coordenador pedagó gico e à
direçã o escolar. Registre os materiais disponibilizados e/ou as adequaçõ es pedagó gicas discutidas e
sugeridas para o aluno. Informar as necessidades para a pró xima visita.
Assinatura do Diretor:
Escola Municipal: _____________________________________________________________
Dias letivos: _______ Atendimentos realizados: _______ Licenças: ______ Período do Afastamento: ____/ ____a ____/____
Atendimento AEE
Caracterização
Escola de Dias da Frequência Frequência
do aluno na
matrícula Ano de semana e Individual do aluno no do aluno na
Nº Educação
Nome completo do aluno Idade Nascimento em Classe Escolar horários ou Grupo contra- escola Conceito
Especial*
Comum idade (Sala de turno regular Bimestre
Recursos ou (Presenças (Presenças
Itinerante) na Sala de na Classe
Recursos) Comum)
01
02
03
04
05
06
07
Alunos faltosos no AEE (justificativa):
Assinatura do AEE:
Assinatura da Direçã o:
Matemática /cores
Objetivos: Identificar e parear as cores
Procedimentos: Para trabalhar cores faça o tabuleiro colorido em forma de círculo colado em papelão ou em EVA.
Os alunos irão relacionar as cores dos prendedores com as cores do tabuleiro. Para alunos maiores pode-se usar esta
dica para trabalhar quantidade, cada cor corresponder um numeral ou quantidade, operações matemáticas.