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A P'scoNiA NUD

IUu AN

Mattos (1962). Dois aspectos destas idéias


da por
a chas con interessa
nte àPsicologia: a reVISaO Critica que Farius Brito laz da históriu
particularmente à Psicole

parte it. com extensis e lúcidas consideraçðes e informaçoes sobre a


dta P s i c o l o g i

Psicologia Experimental até.a primeira década do século XX (Wundt, Binet


Titchener, a Esco Escola de Wurzburgo) e que termina com uma notu pessimista
respeito
da Psicologia no Brasil: "Em nosso país, infelizmente, niüo temos
a
cousaalguma
de que se possa aqui fazer menção" (Brito, 1953, p. 254); e
"notável
coincidência com as inspirações
básicas das correntes mais
a
modernas, afenomenológica e a existencial", notada por F. G. Sturn (cit. por
iattos, 1978. pp. 48-9). O processo dde reabilitação de Farias Brito apenas
M
e é de se esperar que os psicólogos participem deste processo.
começou,

A PSICOLOGIA COMO CIENCIA AUTONOMA

No outono de 1879, "toram realizadas algumas pesquisas independentes"


no
laboratório de Psicologia Experimental, instalado na Universidade de Leipzig
nor Wilhelm Wundt. O registro do início dessas atividades de pesquisa, feito
Delo próprio Wundt, tem sido geralmente aceito como uma espécie de certidão
de nascimento da Psicologia como ciência autõnoma, muito embora várias
obras neste novo domínio das ciências tenham sido publicadas entre 1856 e
1885, com o registro de pesquisas igualmente fundamentais, realizadas por
Helmholtz, Fechner, Galton, Ribot, Ebbinghaus. E inegável, entretanto, que o
laboratório pioneiro de Wundt passou logo a ser o centro de atração de todos
quantos, em qualquer parte do mundo, desejassem dedicar-se ao estudo cientifico.
empírico da Psicologia. Fundada igualmente por Wundt, surgiu em 1881 a
primeira revista destinada à divulgação de trabalhos cientificos de Psicologia.
Entre 1883 e o final do século passado, muitos outros laboratórios
Surgiram em diferentes países. Instalados em universidades e eriados para
ns de pesquisa e ensino, ocupavam algumas salas e, obedientes ao modelo
Wundtiano, realizavam estudos sobre "1) análise de sensações, 2) medição
de tempo de processos mentais, 3) senso temporal e 4) atenção, memora,

associação de idéias" (ver Sahakian, 1975, p. 134, para uma interessante


caracterização das origens, natureza e funcionamento dos primeiros
laboratórios de Psicologia do mundo).
A Distória dos laboratórios brasileiros de Psicologia é muito imprecisa.
Omo até 1934 o país não contava com universidades para sedia-los, os

153
SEL PERouu NETTo

toram crados junto as instituiçcões d.


laboratórios brasileiros
e elementar e hospitais de alienados. O primeiro teria irgido ino normal
m 890
Rio de Janeiro.
na instituiçao denominada
Pedagogium, Dor 1899. no
Joaquim Medeiros e lburquerque. com a
direção confiada ao a de
professor da Escola
Nor1mal Manuel Bomfim (Lourenço Filho médico
nasceram os dois laboratórios pioneiros
1954, 1955)
Em 1909 e 1912.
Pulo, eraças aos empenhos de Clemente Quaglio, em amho.
s OS
Poliantéia. 1948. IT). O primeiro
p. em Amparn Casos
o
(Comissão da
num grupo escolar da cidade. e o segundo na capital. na Escola staladoa
cola Normal
de l Instituto
Praça da República (posteriormente
italiano Ugo Pizzoli
Educação Caetano dede
Campos). Em 1914. o psicólogo
o
reorganizou e
ampliou
npliou
laboratório da Praça da Repüblica
Há tres publicações que
comprovam
as pesquisas feitas inicialmente neste
laboratório: Educação da infånci
anormal de inteligência no
Brasi
por Clemente Quaglio (1913); 0
Laboratório de Psicologia
Experimental, organizada e orientada
por Pizzoli (1914): e
Psicologia
Psicotécnica, organizada por Cardim
e outros (1927).
Vários outros laboratórios.
mencionados por Lourenço Filho.
surgiram nas primeiras décadas do
século atual: o do Hospital Nacional
de Alienados, instalado em 1907 no

Rio de Janeiro e dirigido por Maurco


de Medeiros, que aprendeu Psicolog
Figura 1. 0 laboratório de Quaglio e Pizzoli
Experimental na França com Georges
da Escola Normal da Praça da Republica (São
Paulo) en funcionamento, em 1924. Dumas: o laboratório da Liga Brasilen

Pessolt
A data citada é questionável. Olinto nefere-se ao ano de 1903 ce n Paris, com

Jatas de criação do referido laboratório: é certo, no entanto, que Bonfim ese tIOmenle

DInet e Dumas, entre os anos de 1902 e 1903, quando foi projetado o labor

instalado no Brasil.

154
Rio de Janciro, ctiado por (itustavo Ricdel cm 1922
no
Alental,

do Irances Alfrcd Fessard c dirig1do depoi ppor


dircçao
Lopes; o laboratório da Colónia de Pstcop
Brastha Leite
m on o
Dentro, findade em 1923, igualhnente por inicativa de Ricdl
Waclaw Radecki, criador de
193 do
t1932.
da
psicologo polones
c h c t , t o discrininacionismo alctivo, Mais u
a a nlan
coogia um to abstrusa,
wh

cpOca
da criação do
mesma

nn'os à n
Engenho de Dentro
do
..uhoratorno d o
incorporado à
posteriormente
do Brasil), Lourenço
niversidac
laboratório
pequeno
um
montotu
Filho Fortaleza. Em
Normal de
Esxcola
nt
orienlação
de T. Simon e

929, sob
a

começOu
a funcionar o
Walther.
léon da Escola de
de Psicologia
aboratório
Aperfeiçoamento Pedagógico de

ao fim do mesmo
Gerais que,
Minas uma
a ser dirigido por
ano. passaria
e um
assistente de Claparède
antiga no
vultos da Psicologia
dos grandes
Figura 2. Helena Antipoff (1892-1974). Foto
Agência Estado.

Brasil, Helena Antipoff (ver Antipof


1975, e Lourenço Filho, 1955),
criadora da Sociedade Pestalozzi do

Brasil e de um importante núcleo de

atendimento e pesquisa de

excepcionais na Fazenda do Rosário.

Minas Gerais.
adminis-
Mudanças políticas e
trativas, recursos escassos, falta de

estímulo à pesquisa e outras vicSSitu-

des marcaram a história dos nossos

gia 3.
Nocmi da Silveira Rudolfer desa-
Fotu Agência Estado. (1902-1980). primeiros laboratórios. Alguns

155
Sawu. P'rnoM Ni:rno

vestígios. Ou
ar vestígios, Outros cnveiheceram e não hos
receram
sem
deixar
conservar seu e q u i n a n .
ouve o cui
moderniza-los
nem o de nto antig0,
dado de
Outros ainda
sofreram sucessivas mutac que
õcs, funciomr
desfez ou se
perdeu.
foram absorvidos por outras instituicöee ram
i n t e r m i t e n t e m e n t e ,
ou
como
COmo
Reptüblica, depois Laborauke
o
da
oratório de Psicologsa
Normal da Praça da
Escola
Educacional do Instituto de Educaçao,
e posteriormente I ahn.

Filosofi
Laboratório da Ca
Educacional da Faculdade de
deira de Psicologia a obra inicial de
de São Paulo. Após de Ou.
Quaglio, Pizzoli,
da Universidade
laboratório da capital paulista foi reavivado not
Cardim e
Filho e Noemi
outros, o
Lourenço
da Silveira Rudolfer. Mais tarde, provido de novos ureno
equipamen-
elétrico etc.), destinou-se à prática
pamen.
labirinto
tos (memory drum,
dos alunos do curso de Psicologia
em Psicologia da Aprendizagem U
sob a chefia de Arrigo Leonardo Angelin
versidade de São Paulo, cessor
cadeira de Psicologia Educacional. Angelini padronizon
de Rudolfer na listas
conduziu e pubiicou as primeiras pesquisas
de sílabas sem sentido
e au

rimentais brasileiras sobre a aprendizagem verbal (Angelini, 1953a 1953b,

1953-1954) e sobre motivação humana (Angelini, 1955, 1973).

A contribuição dos médicos

A conquista da autonomia da Psicologia como ciência em nosso naís


deve muito a uma segunda fonte de afirmaçao da sua maioridade: as pesquisas

médicas. Como disse Lourenço Filho (1955):

Os estudos de caráter objetivo na Psicologia brasileira tiveram início no

campo da Medicina, ou, mais exatamente, nos da Psiquiatria, Neuriatria e


Medicina Social [..]. Foi neste último que os esforços dos médicos vieram
a ligar-se aos dos educadores, os quais à matéria dariam depois contribuição
específica muito substancial [...]. Por via da Criminologia, da Psiquiatria

amplamente, da Psicologia Judiciária, todas cultivadas


na
Forense ou, mais
Medicina Legal, passaram os juristas a receber a influência
de teorias
os médicos a
biológicas [...]. Por outro lado, desde essa época, viviam
considerar a importância de certas condições da vida social nos problemas
de Psicopatologia, primeiramente pelo movimento de Higiene Mental, de que
o Brasil foi, aliás, país precursor.

156
A Pscoo.I NO
Brs

1Principais cstukOS e mieresse psicologico aprescntados coma

Quadro
culdades de Mcdicina do Rio de Janeiro c da Bahia, de 1836

Tilulo Sal An

lfetos da calnma RJ
4uthr

Paiies e
Jaime
da inteligênc iua RI 191
Figuciredo
Proposicicsa respeito
Prny
MI de
Menczes

acerca do homem BA
César
Psicofisiologia
nas doenças mentais
Thvares d aC u n h a

Tesessobre a influéncia civilização


da BA 83,1857 JX3
com as ciênciasfilosóficas:
T'anos
Relaçocs da Medicina BA 186A
E C a m c oR i b e i r o

legitimidade da Psicologia
Funções do cérchro
BA 1875
das Representações RJ 890
Psicofisiologia da Percejpção
D G u r d e sC a b r a l * e

RJ I890
EstehtaTapajós Das cmoções
Dias de Castro
R 1891
Das emoções 1981
RJ
Morais
da afasia
Melo
Estudo psicoclinico RJ 1892
M.P
0 Goulart
Das emoções RJ 1894
de A s s i s A memóriae apersonalidade
A.
Porchat
BA 1897
Epilepsia e crime
Seabra
elementares RJ 1X0
JAfranioPeinoto atospsíquicos
Duração dos n
B. B.
Roxo concretas da religiosidade
Hennique Enologia
dasjormas
BA 102
de Carvalho
(car Freine Norte do Brasil RJ 1907
Métodos em Psicologia RJ 1911
Mauncio C. M e d e i r o s
Associação de idéias RJ 1914
Plinio Olinto sexualidade nas n e u r o s e s
Psicanálise: a
Pinto Da
de Sousa
G. Aragão 1964.
Filho, 1955, e Azevedo,
em dados de Lourenço materialismo, no
positivismo de
Baseado f u n d a m e n t a d a no
Guedes Cabral, Medicina da
Faculdade de
tese de Domingos congregação da
A
evolucionismo, foi recusada pela "
homem éum macaco

Comte e no exemplo, que


c o m o ímpia
(Cabral afirma, por Guedes Cabral publicaram-
Bahia. Rejeitaram-na
colegas de turma de
dessa atitude,
os
294-5, 1967).
em virtude Salvador (ver Costa, pp.
aperfeiçoado") e, escândalo e m
vivo
lhe o trabalho, que gerou

de estudos
centros
dois grandes
Janeiro foram os estudos
A Bahia e o Rio de maioria destes
início do século XX. A
século XIX e
(ver quadro ).
nedicos, no
doutoramento Medicina
Sumiu a forma de teses de Faculdade de
apresentadas à
1900,
Entre 1840 e 1900, 42 teses
Entre 1836 e
interesse
psicológico.
ersaram sobre temas de matéria psicológia
d dúzia sobre
21 trabalhos cerca de uma
Filho (1955), que
de Psiquiatriaeno Rio de Janeiro. Lourenço
ao l0ngo
pura foram levados a efeito teses surgidas
das
cientilico da
exame

fornece esses
umeros,
comenta que o
no
tratamento

desses decênios revela sensíveis


progressos

Henrique
Brito
Belfort

tese de
natéria. De acordo com o autd 1lado, a
Psicologia
Experimental

de
Roxo, em 1900, O p r i m e i r o grande trabalho
estudo
sobre
freud

primeiro
publicado no país, C a de G. A. SousaPinto,
o

em língua portuguesa.

157
SAU. I'TUo1 NIT

a pouco as linhas
Diferenciaram-se p o u c o

de
Medicina.
dagação
N Bahia, passaram
acululdades pre domi w a
f n c u l d a d e s

Forense, a Higicne i ntal e


as
das
Psiquiatria atria aspectos
girou da h
C r i m i o l o g a ,

Siwial.
No Rio
de
a
aiofJaneiro, a
Janeiro,

aNeurologla
e
maior

curologia
de
parte
Pi
sicofisiologia e
Psicofisiologin

pura,
c ol
dos
orno g ntudos
de
dos it

diwiwdnink
(Jo
divilin
Neuropsiquiatria

(João Carlos francesa


a lrancesa
Iemas

se
os
de
psiquiatras
en
d u a s .Cscolas:
escolaS:

Yeixei ra
Carlos Eiras, Henrique Roxo) e a germânica(Júlio Morcira, OdilonBraPero
tempo, foram
passar do
Tais
divisöes,
com o

primeiro catedrá
superadas,
loti).
Da escola
de Teixeira Brandão,

contribuicio
rático brasi
brasileiro
riginaram-se contribuições de
Psiquiatria,
no
Rio de Ja
Esposel,
orngaram-se

Mer
xeira Mendes, Odilon
Teixeira vas de A.
substantiv
discípulos F,
Borges-Fortes, Alfredo P.Gatioi,
seus
Austregésiloc Filho, o casa

Costa
Rodrigues,
Austregésilo

Filho. escola baiana de


A escola Nina)odrig
Montci
Deolindo do Couto,

com
Pernambuco

estudos
afro-brasileiros, problemas raciaie Rodrigues
raciais e Criminoloo
estão ligados
preocupada os nomes de Oscar Freire de Carvalho Afrânio Peixoto, Rodrigue
Didoadgue
Ramos, Ulisses
Paranhos, Flamínio Fávero, Diógenes Sar
Dória, Arthur
Augusto Lins e Silva. Este
pai, di npaio,
Estev ão Lima,
Leonídio Ribeiro, e sua obra (Lins e Silva 1 redigiu
estudo sobre Nina Rodrigues 1945).
excelente
um médico
de Amparo, Francisco Franco da Pa
Em São Paulo, reuniu neste um núcleo de eshudi.
do Hospício do Juqueri, diosos
fundador e diretor
movimento de estudos psicanalíticos, átricos
e liderou o
pesquisadores
e
do estado. Enjolras vampre,
A. C. Pacheco e Silva, James
James
e psicológicos Marcondes Vieira e outros deram
de Alvarenga, ram
Tomé
Ferraz Alvim, ensina
de Franco da Rocha, que
foi o primeiro a
continuidade à obra
Medicina brasileira e publicou
numa faculdade de
Psicanáliseem curso formal

A doutrina de
Freud em 1919
alguns dos quais psicólogos, têm
também
Numerosos outros médicos,
iniciada no
mantido nas últimas décadas a tradição de estudos psicológicos
faculdades de Medicina.
século passado nas
Mário Yahn, Joi Arruda, Raul
Os nomes de E. de Aguiar Whitaker,
Marcondes, Cícew
Briquet, Roberto Veit, Koch, Durval Bellegarde
Adelheid
Bachi
Edmundo Maia,
Christiano de Sousa, Aníbal Silveira, Enzo Azzi,
A. C. Pacheco e Silva, João Carvalhal
Ribas, Grunspuerte Haim
HaidarJorge,
Isac Mielnick, Angelo Gaiarsa, Paulo Fraletti, Estanislau Krinsky, Las
rerrao, Isaías Mehlson e outros, em São Paulo, inscrevem-se enuc Ser
mportantes. Em outros estados, a relação é tão extensa que so P

158
dos a i s
estacaudos: hilio Potu Carrero, Uisses
alyns
iaor do Instituto de Selo e Orientação Potissional de
mambua':ano ( c 7 n ,

mam e Sousa. Nilton Camppas, Iracy Doyle, I.Alves Giarea,


Lucema,
Rocha ilho, Jose L.eme Iopes, Miro Matins,
rthar K:
s, Josd Pins
N e l s o n

lilho,

Lastnnavel1mente,
nao há sequer um esboço de anilise da extraordnára
Bnh
outros destacados nomes da Medicina ofereceram
estes e
-ie que
l envolvimento da Psicologia no Brasil. partieularmente mas áreas de
A inica. Fisiológica, do Desenvolvimento llumanoe e Social
NicolograC n

dos cducadores
contribunção
A

gualmente para
ser feita a história dos numerosos professores,
Esta
r i m e i r a m e
do ensino noral, e depois dos cursos superiores, ligados à
história
da Psicologia pais. Somente nos anos finais da década de 1950
no

Universidade de São Paulo, na Pontificia Universidade


tiveram nicio, na
Católica de São Paulo e na Universidade do Rio Grande do Sul, os primeiros
cursos superiores exclusivamente destinados à formação de psicólogos. que
antecederam, assim, a Lei n. 4.119 (1962), sobre os cursos de formação em
Psicologia e a profissão de psicólogo. Ate então, as pessoas que aqui exerciam
atvidadesdeensino, pesquisae aplicação de Psicologia provinham dos cursos
de Medicina, Pedagogia e Filosofia, ou dos antigos cursSOS normais, destinados
à preparação e ao aperfeiçoamento de professores do ensino elementar e
secundário. "A era normalista precedeu a era universitária na Psicologia
brasileira", diz Cabral (1950). Antes,

só encontramos esta disciplina lecionada nas cadeiras de Filosofia das escolas


Secundárias (seminários e colégios ou ginásios, religios0s ou leigos) e nos
Cursos anexos preparatórios às faculdades de Direito. Essas cadeiras muitas

Vezes se chamam de "Psicologia e Lógica". Mas já cerca de 1910 as faculdades

n p o s , que iniciou suas atividades de pesquisador como assistente do laboratórno


dePsicolog da
A5Sumiu cátedras Colônia de Psicopatas de Engenho de Dentro, Rio de Janeiro (1925-1930),
un grupo bastantede Educação, Psicologia e Psicologia Social da Universidade do Brasil e liderou
ativo
d e de estudiosos nesta universidade, que contava, entre outros, com E.
ieder, I. C.
Pereira, R. S.
Bittenco urt, O. S. Leite, C. V. Guerra, A. G. Penna.

159
Si P'rnouu NETo

le Dircito exigem nos examcs Vestibulares um


prograns.
rinmental. Alguns anos depoiS, O mesmo se
dá com as
de M.
sicologa
cina (p. 21)
O normal bras1lero nasceu em Niterói (1830)
cnsino
1830) e. 16
surgiu em São Paulo (1846). Antes do século XX, entretanto anos depois
de
pots.
não figurava no currículo normal. Em 1912, em São Pauilo
foram divididas duas: Pedagogia
Psicologia
Pedagogia enm e Psicologia
gia. Surgiram de
Surgiram, assim,
nas escolas norais da capital e do interior do estada (D
ltapetininga, criadas em 1897; Campinas e Guaratinguetá a e
em 902
Pirassununga, em 1910; Botucatu e Sao Carlos, em 1911; Casa Bran
1912), cadeiras autônomas de Psicologia. A esta
tradição normalist
ensino trabalhos pråticos e modestas de
pesquisas liga-se
-

aparecimawento
-

o
de várioscompêndios, tanto em Sao Paulo como em outros estados. de
são exemplos o Compêndio de Paidologia (1911), de Clemente que
Quaglio as
Noções de Psicologia (1916), de Manuel Bomfim, a Psicologia (1920). de
Antonio de Sampaio Dória, e posteriormente compêndios de João
Toledo
Silvio Rabello, lago Pimentel, Onofre Penteado, Djacir Menezes, João
de
Souza Feraz, José de Almeida, José Rodrigues de Arruda. Destinavamese
igualmente ao ensino normal as mais importantes obras de Psicologia
traduzidas e publicadas no país durante a primeira metade do século XX. de
Pierón, Claparède, Watson, Binet e Simon, Decroly, Thorndike, Dewey, Gates,
Cuvillier, Guillaume, Wallon, Nihard etc.
Muitos daqueles que se dedicaram posteriormente à pesquisa e ao
ensino universitários de Psicologia formaram-se nas escolas normais e nelas
iniciaram suas carreiras. Limitando-nos a São Paulo, Lourenço Filho (1955),
por exemplo, relata que iniciou sua atividade de pesquisador na Escola Normal
de Piracicaba. Os primeiros resultados desta atividade apareceram na revista

da escola, Revista de Educação, editada em 1921. Sua sucessora na Escola


Normal da Praça da República, e mais tarde catedrática de Psicologia
de
Educacional da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade
Psicologla
São Paulo, Noemy da Silveira Rudolfer, a quem tanto deve a
e
brasileira, era professora normalista, o mesmo podendo ser dito a respeo
Educacional:

boa parte dos integrantes da chamada Escola Paulista de Psicologia


João B. Damasco Penna, Branca Caldeira, Irene Muniz, Odalivia 1oledo, após trabalhar

Strehlneek, Annita de Castilho e Marcondes Cabral (que ap te


tor
longamente em Psicologia Educacional graduou-se em Filosofiae

160
A Psico1.0GIA N0 BRASIuL.

u i t o s a n o s
drática de Psicologia
c a t e
antiga Faculdade de Filosofia da na

ersidade
anos de São Paulo), Judith Hallier, Jovino Guedes Macedo, Maria da
Toledo, Eulália Siqueira, Beatriz Freitas
de To.
de
Pompeu
e Vey outros,
ianeiros em vários setores da
P e n h a
Estudos pioneiro.
Psicologia, como os dos autores
Estu tados a seguir. atestam a vitalidade e a fecundidade do
q u e s ã o c i t a d o s

antigo
esão
Csino n0
naulista: Antonio Norberto Souza Pinto, sobre deficiência mental.
a
esinoola
nNarmal Carlos Gomes, de Campinas; José Rodrigues de
Nornmal C:
E s c o i Arruda,
sobre sicologia da Aprendizagem de ldiomas e Psicologia da Inteligência
sobre medida mentais, na Escola Normal de Piracicaba;
por meio de testes
Infantil
Ferraz, na Escola Normal de Limeira; Agostinho
João
de Souza Minicucci
Tércio Epeneto Emerique (MOcOca e Piracicaba); Elza Barra
( B o t u c a t u ) :

heirão Preto); João Vieira de Camargo (Itapetininga); Antonio D'Avila e


iolfo Paker (São Paulo), para citar somente alguns exemplos.
A tradição brasileira de educadores devotados à Psicologia durante a
ira metade do século XX é cheia de nomes expressivos. O grupo de
primeira m e t a d e

Recife formou-se em torno das Escolas Normal e de Aperfeiçoamento e de


1lisses Pernambucano e seu nstituto de Seleção e Orientação Profissional.
depois transformado em Instituto de Psicologia, e inclui: Anita Paes Barreto,
Silvio Rabello,' Estev o Pinto, Anibal Bruno, Olivio Montenegro, Alda Campos
Cirene Coutinho, Anita P. da Costa, Maria Leopoldina Oliveira, Celina Pessoa,
J. C. Cavalcanti Borges.
A Escola de Psicologia Pedagógica de Belo Horizonte, liderada por
Helena Antipoff, reuniu: Alda Lodi, Lúcia Schmidt, Irene Lustosa, Elisa Dias
Veloso, Amélia C. Mata Machado, Maria Angélica de Castro e Silva, Maria
Luiza de Almeida Cunha, Naytres Resende, Zilda Assunção.
No Rio de Janeiro, destacaram-se: Paulo Maranhão, Bueno de Andrade.
Celsina F. Rocha, J. B. Fontenelle, Ofélia Boisson Cardoso, Heloísa Marinho,
Murilo Braga, Maria Junqueira Schmidt, Riva Bauzer, Ethel B. Medeiros, Iva
Waisberg Bonow e Carmem Alonso, além da participação intensa, em
numerosas iniciativas de pesquisa e ensino, do paulista Lourenço Filho e do
baiano Isaías Alves de
Almeida.

v1O Rabello iniciou em Recife, na década de 1930, as pesquisas piagetianas brasileiras


eenvolvimento infantil (A representação do tempo na criança, 1938). que somentc Sc"
O S ultimos vinte anos, graças aos esforços de Z. R. Chiarotino, Amelia Ameicano,
ngues de
Castro, Lino de Macedo, A. Battro e outros.

161
SaMUFI1'rromm NT

A fundação do lInstitut Nacional de Estudos pedo.


com a direção confiada a LourençO Filho, forneceria à Psico icos (19 38).
centro de pesquisas e disseminação de conhecimentos ogia um novo
ação a outros estados, por neio de centros regionais lo-se
de pesquisa
educacionais. Mencionem-se anda as
contribuições a
seguir
Normal do Ceará,
que pertence DjaCir MenCzes, autor
a
Escola
do D.
psico-pedagógico (1935). primeiro dicionário brasileiro de irio
Porto Alegre (Olga Gweyer, Marieta Silva, Graciema Pacheco, lds i , Psicologia; rideas de

na Bahia, as de Isaías Alves, Simone Araújo


Bensabath, Joäo Ink veira),
Mendonça: as do Paraná (Eny Caldeira, Erasmo Pilotto); em Belo Hori de
as do grupo liderado por Pedro Parafita Bessa. onte,

Contribuições na área de Psicologia do Trabalho

Já em 1924, São Paulo, um engenheiro e professor da


em
Escola
Politécnica, o suíço Roberto Mange, levava avante os primeiros estudos e
aplicações de Psicologia do Trabalho no

país, introduzindo provas para a seleção


de aprendizes mecânicos na Escola
Profissional Mecânica do Liceu de
Artes e Ofícios da capital paulista.
Esses trabalhos marcaram o início de

realizações sistemáticas da Estrada de

Ferro Sorocabana, em 1830, e do Centro


Ferroviário de Ensino e Seleção
Profissional nas ferrovias paulistas e do

país, no domínio da seleço profissional


e dos estudos psicotécnicos (ver Carelli,
1975; Santos, 1975).
Em decorrência, em grande parte,
das iniciativas de Mange, surgiram, pois,
(1885-1955).
vários centros de seleção de ferroviários Figura 4. Roberto Mange

no Brasil, posteriormente coordenados


Associação Brasileira
de Engenhar
pela Comissão de Psicotécnica da bs.
Santo»
dos
Rodrigues
Ferroviária, composta, em 1940, de Mange, Pelágio
Ítalo Bologna e Vitor R. de Gouveia. o
Jose Moacir Andrade Sobrinho,

162
Mange O m mm

da Orynizitåo Racinal do Thaballo (ORT). lm 1942. Manpe pavsou a


u a o }Rae.

orpanizr diigir
dir.
Depantanento Regimal d Servigo Nacmal de
e u n i u uma cqupe de
ludustrial
eeh (Senai), cm SAM Panlo,
on
Aprcmdizpcm

de si, co ltalo ologna, )svaledes de BanoN Santos,


Clm forno
(or
icoogos
Baoi, Nelson
Canpus l'ires, Amgo levmardo Angelini, oaquim
Valter Jasn Ribeino de Silva, Marnos Pontual e
psteriownente s
Melo,
Miuhado
estranpeiroN
Roben Veit e etti Kat/onstein.
albrangen, na servi
e s e c a l I s .

graude nlcanee neste netor


Outras iniciativaN de

fedeal. a instalaçao da Divisao de Seleyao do Depatamente


divigicda por Mário Paulo d rit
pihlico
Piblico (19,A8),
A.luiistrativo do Scrviço
Murilo raga, Oganiznçau dle serviyN tde seleya
e lsCguida po
de 1cro Central do nrasil (19,9); na alministaga
. dissio:al na strala
olboraho do cngenheiro Otavio Martim, ,
na
do Scnai, com a
nucional
Senac, os NCrviqos do Psiceotéeniea, instalals
m
ccntral do
adunistraçao
1949 por léon Walthor o rontinules

colabunaça le
por P'ice Weil, comm a

CNeinlistas co o ongenheiv Maui


d Carvalho, o nodioo Naul Lellis

cducndorescomm Javir Mata Oactio

Rinho
lm Sa 'aulo, desde 1940
Instituto de Adoninistragao la laenldnlo
de Cioneias ToonÓmicaN Aduinis

Netor de P'Nieologin Aplivnda, t n r a


frente Rul de Muais ,
colaboradores, Jovino iuedo l
Macedo, luponiu Mois tl Andlade,
Due e (inoy Alvox, Ive lipuola
yu i l i Min y Zilab Sinio Woulel Abi Miam
Moneiu Loito Wonol. ste c
d o s mais ativos e proulutivon de poquina aioulopi'ax a(VOT
Andrade e
Alves, 1975).
SAU l'nou Nto

nemite que se concedam u i s poucaS lnhas a outro

Psicologia Aplicada ao Trabalho, o lustituto de s gäo


Profissional (ISOP). criado no Rio de Janeiro em 1947
de Seleção
pioneno
1ndacäo Getúlio Vargasc dirigido durantc seus
primciros 17.
Orientaçidao
renomado psicólogo, Emílio Mira y Lopez (1896-1964). Ao anos por
história. realizou ampla gama de ativIdades:
prestação de ongo de su
de técnicas de Psicologia Aplicada ao Trabalho,
iços
pesquisas
especialistas, seleção e orentação profissional etc. Deve... maçãole
origem dos atuais exames psicotecnicos de motoristas, iniciud.
instituição para fins de seleção de condutores de veículos do Rin el
e envolvendo a aplicação do psicodiagnóstico miocintico, criade Janciro
por N
Lopez. Posteriormente o lSOP passou a pudncar uma revista, hoje denomia

Arquivos Brasileiros de Psicologia; implantou programas de pós-eral


(especialização, mestrado e doutorado em Psicologia); e criou internamed
ente
vários centros para fins de pesquisas e ensino. Grande número de psicálou
gos
tem trabalhado no ISOP. Destacam-se, entre os mais antigos: Glória Quintel
Ofelia Boisson Cardoso, Leonilda Braga, Euríalo Canabrava, Noemy da
Silveira Rudolfer, Ester França, Dora de Barros Cullinan, Carmen Alonso,
Ines Besouchet, Cinira Menezes, Edviges Florence, José da Silveira Pontual
J. Andrade Sobrinho, Alfredo Oliveira Pereira, Francisco Campos, Fernando
de Villemor Amaral.

Criação da primeira academia de Psicologia do país

Acontecimento da maior relevância, em fins de 1979, foi a criação da


Carlos Del Nero e
Academia Paulista de Psicologia, sob a presidência de
bandeirante.
com a participaço dos mais respeitados nomes da Psicologia
da

A academia vem dedicando particular atenção


à pesquisa, à divulgaçao
desta.
Brasil à análise da obra dos pioneiros
história da Psicologia no e

Especialistas estrangeiros
esquisa
de
feito Brasil, em matéria pes
e
DOa
e n s i n o
parte do que vem sendo
d e P s i c o l o g i a , t e m r e s u l t a d o d a
no
p r e s e n ç a e n t r e n i
e r m
o a n e n t
seob a

sob

Sua coa
temporaria, de cientistas estrangeiros que têm trazido

164
A PsicoL.OGIA NO BRasu.

nferências, treinamento em pesquisa, publicações, seminários


c u r s o s ,
confe
f o r m a
de exemplo de seriedade profissional, dinamismo, inteligência e
e s e u p r ó p r i o

conhecumento.
neste caso
não se pode ir além da de nomes,
mera menção
ambém
merccedores de longos e pormenorizados estudos, em virtude
muitos deles

importância da obra que realizaram.


irrecusável

tempos.de Psicologia científica no Brasil, aqui estiveram,


Nos primeiros
ministrar cursos regulares de Psicologia ou de disciplinas
ratados para
cafins: Etienne
rienne Sou
Souriau e Andrë Ombredane, no Rio de Janeiro, e Jean Maugüé
e Paul Arbousse-Bastide, em São Paulo.
Bast
Roger

1 foram mencionados os nomes de Ugo Pizzoli, Waclaw Radecki e

dos nossos primeiros laboratórios de


tfed Fessard, que dirigiram alguns
Psicologia.
renomados estiveram para proferir
aqui
Outros especialistas
e ministrar cursos de breve duração: Georges Dumas (1916).
conferências
Köhler (1928), Théodule Simon (1929).
Henri Piéron (1927), Wolfgang
Edouard Claparède (1930), e, entre 1937 e 1940.
Léon Walther (1929),
Wallon e o adleriano Rudolph Dreikurs. Vieram depois,
Pierre Janet, Henri
entre nós, autoridades de renome como
para breve ou longa permanëncia
Frederick Maria Urban, Antonius Benko,
Otto Klineberg (1945 a 1947),
Pierre Weil, Reba Campbell, Horace
Hans L. Lipman, Emílio Mira y Lopez,
desses especialistas fixaram-
B. English, Werner Kemper e outros. Alguns
se definitivamente no país.
São Paulo conta com uma copiosa lista de contribuições estrangeiras.
Além de alguns dos nomes já citados, mencionem-se, entre os mais antigos:
Adelheid Koch, Robert Veit, Charlotte Hirschfeld (introdutora de concepções
adlerianas em nosso meio), Rose Mehlich (que divulgou as idéias de Jung.
Herbert
na década de 1930), Mariane Joseph Peters, Aniela Meyer-Ginsberg,
Enzo Azzi, Anny
Baldus, Betti Katzenstein-Schoenfeldt, padre Paulo Siweck,
Zausmer, Theo Van Kolck, Frank Philips, Yadwiga Mielzinka.
Nos últimos três a quatro decênios, é assaz extensa a lista dos psicólogos
muitos nomes
CSurangeiros vindos Brasil. Limitemo-nos a citar alguns dos
ao
Fromm, lgor
CApressivos: Joseph Nuttin, Fred Keller, Carl Rogers, Erich D.
S0, Anne Anastaria, Karen Machover, Robert Gagné, D. E. Berlyne,
M Holtzman, Antonio B.
D
S,
r,C. S. Ferster, Francis Mechner, Wayne
R. Diaz-Guerero, John Santos, Charles D. Spielberger, James o

165
Siu 'naun Nr

Whitaker. B. C. Rosen. Paul Fraisse. David MeClelland, Berrym


Junm Philipson e numerosOs outros
Radicados no país e colaborando
ntensamente
ativa e Nazao
na pesquisa e no ensino de PSicologia, destacam-se nO.
hú muitos
S mos
Stephneck. Reiner J. S. Rozenstraten, Monique Rose-Aim6 mo os de
08
de pPal
de la Puente, Maurício Knobel.
influencia
egistra-se.
lado, por outro Augras,Migue
M
ou
participação psicólogos brasileiros no cenáei
de a cr
Lourenço Filho teve seu teste rescente
conhecido internacionalmente e
ABC de
utilizado em
prontidão para
para a alfabetiz
diversos paises
a internacional.
Vários psicólogos Noemy da S.
Rudolfer, Jovino G.
-

M. Almeida, R. Azzi contribuiram


- para a
criação e Macedo, Romeu
estudos de Psicologia no Paraguai como desenvolvime o

Bori e A. L. Angelini foram professores-visitantes. Caroli.


professores-visitantes da Carolina M.
em 1966-7 e 1967-8, respectivamente. Isaías Pessotti
Universidade d
pesquisa com abelhas em
condicionamento operante e introduziu na Itál
de
comportamento. Aidyl M. lecionou modie a
Queiroz,
A cação
Peres Ramos
lecionaram e A. I.
na Universidade Central da Venezuela
na condição de (1960-61), igualmo
interesses professores-visitantes. Angelini, cujo
Inventário do
profissionais, com
traduçoes em
espanhol e em inglês
largamente utilizado em outros
países, notadamente na
Espanha, presidiu a Sociedade Interamericana de América Latina
1973, assim como o
Congresso Interamericano de Psicologia de 1971 a

psicólogos, mestres e doutores em


Psicologia (1973). Alguns
Paulo, como
Psicologia pela Universidade de
Luiz F. S. Natalício São
ou
Volga Araújo Jacq. trabalham
presentemente em universidades
estrangeiras
(Universidade do Texas) e a segunda em
o
primeiro nos EUA
Genebra.
A PSICOLOCGIA HOJE

Um dos
aspectos que mais preocupam
pesquisa psicológica aqueles que se dedicam a
no Brasil é a
constatação de que não tem ocorrido unm
crescimento na
pesquisa equivalente à
de extraordinária expansão dos cursos
Psicologia nos últimos trinta anos.
Pouco antes da
cursos de
promulgação, em 1962, da Lei n. 4.119, sobrE
formação de psicólogos e o exercício da profissão de
no
pais, apenaS três ou psteo
quatro cursos de se Psicologia achavan

166
NO Brasu.
A PsicoLOCIA

Em dois deles eXIstia uma sólida tradição de


Brasil.
nento no Br:
tiuncionam Paulo, graças ao passado das cadeiras
rsidade de São
Universidade
o d a ducacional e Psicologia, na antiga Faculdade de Filosofia
pesquisa:
de Psicologia Ed
ee oo da
Pontifícia Universidade Católica, cujo Instituto
Pon
Letras.

C i ê n c i a s ee
a excelente Revista de Psic
sicologia publicav ava

PsicoloNaadeira de Psicologia
ógica. Na cadeira
Educacional da USP, destacavam-se
B. F. Aguirre, D. N. Garcez, C.
Pafologicd de A. L., Angelini, M. J.
as uisas

Bori. O. Barros
Santos, R. M. Almeida, O. L. Van Kolck, M
M a r t u s c eIli
romm Netto, N. Rosamilha, C. R. Martins, T.
lli
M a c e d o , S.
J.
PP
Toled
M.T.
M. T: A. Silva,
G. P. Witter,. B. Lomonaco, A. P. R. Agatti
F.
da Aprendizagem, motivação, desenvolvimento
Leite,
M. Psicologia
Psi
em
o u t r o s .

mano, história da Psicologia, personalidade e testes psicológicos, segundo


e
história da S.
iãoiniciada por Lourenço Filho,
continuada por Noemy
realizadas duranteo
culminou com as numerosas pesquisas
u m a

udolfer que e
Rud
esteve à frente da cadeira. As pesquisas
e m que
Arrigo L. Angelini
odo
peri nos boletins da cadeira e do Boletim de
publicadas principalmente
de São Igualmente ativa Paulo.
eram

Psicologia
da Sociedade de Psicologia
e r a a cadeira de Psicologia (Experimental),
sobb
nadomínio da pesquisa
chefia de Annita
de Castilho e Marcondes Cabral, que publicou o
com pesquisadores como: D.
Jornal Brasileiro de Psicologia e contava
F. Steiner, W. H. A. Cunha, A. Engelmann, D.
Moreira Leite, M. H.
O. Pavan, M. M. J. de Carvalho.
Marcondes, A. Silveira, M. L.
A Revista de Psicologia da PUC refletia a intensa atividade de
Aniela
pesquisa reinante naquela instituição, sob a liderança de Enzo Azzi e
Meyer-Ginzberg.
Hoje, o número de pesquisas realizadas e divulgadas está longe de
corresponder aos extraordinários aumentos do número de cursos de Psicologia
e dos quadros docentes das nossas instituições de ensino, ou de psicólogos
exIstentes no país, registrados nos Conselhos Regionais de Psicologia (que,
juntamente com o Conselho Federal de Psicologia, foram criados pela Lei n.

POsteriormente, passaram a integrar este grupo pesquisadores e professores como R. L.


noerg. M. H. S. Patto, M. S. Copit, A. Carelli e muitos outros.
enire os mais antigos colaboradores, destacam-se os nomes de N. C. Pires. S. Letayt,
s. e iroz, A. M. Poppovic, T. Van Kolck, Y. Galleoti, M. Neder, L. C. Bonilha, M. E
s. T. . 1. L. Siqucira, L. Bretones, J. Martins, J. A. Gaiarsa, M. Farkas, R. M. S. NMacedo.
S. T.
M. Lane, N. A.
Solitto.

167
SAME 'tnoM NLno

76 de 20/12/1971). Apesar de o pais contar com vá


várias
rvas de Psicologia em funcionamiento, alguns con numes derenas
formadas, não é grande a produtividade científica cional em
urmas
apresentadas Psico
sansiderarmos, por exemplo, as comunicaçOes n
logia,
nas reuni
se
anuais da Socicdade Brasileira para o Progresso da Ciência 60

1976; 65 em 1977, 111 em 1978 (56 de Psicologia e 55 de


traballh cm
106 cm 1979 (58 de Psicologia e 48 de Psicobiologia); e 133 c Psicobiologiay
de Psicologia c 54 de Psicobiologia). Convém observar que boa . (79
ou faculdades dos
trabalhos apresentados não procede de cursos, institutos ou facl
de
Psicologia. mas de outros tipos de instituições, cursos ou faculdad
des.
Uma comparação realizada pelo autor deste capítulo revelou
outros dados. que durante o periodo que se estende de 1976 a 1978
em vista a procedência dos pesquisadores que apresentaram comunin tendo
reuniões anuais da SBPC, as instituiçoes que apresentaram maior
ções
nas
nimo
nero
de pesquisas na área de Psicologia foram as seguintes: 1°) Instituto
do
Psicologia da USP: 58 pesquisas; 2°) Escola Paulista de Medicina: 35: 3
Instituto de Letras, História e Psicologia de Assis (Unesp) e
Faculdade de

Quadro 2: Principais áreas de pesquisa em Psicologia, 1975-1980*

01 Psicologia Geral: parapsicologia, história, filosofias, teorias, métodos, aparelhos.


02 Psicometria
03. Psicologia Experimental Humana
A. Percepçãoe processos motores
B. Processos cognitivos (aprendizagem e memóia)
C. Motivaçãoe emoção
D Atenção e estados de consciência
04 Psicologia Experimental Animal
A. Aprendizagem e motivação
B. Compornamento social e instintivo
Psicologia Fisiológica
Intervenção Fisiológica
07 Sistemas de Comunicação (língua e fala, literatura e arte)
08. Psicologia do Desenvolvimento
09 Processos Sociais e Problemas Sociais
10 Psicologia Social Experimental
Personalidade
. Distúrbios Físicos e Psicológicos
13. Tratanentoe Prevenção (lerapias, serviços de saúde, reabilitação, penologia)
14 Pessoal Profissional e Problemas Profissionais
15. Psicologia Educacional (e Escolar)
16. Psicologia do Trabalho, Industrial, Organizacional
17. Psicologia Ambiental
Adaptado da classificação dos conteúdos dos Psychological
Abstracis

168
A Psicoi0CIA nO BrASII.

ee
Ciências e Letras de Ribeirão Preto (USP): 15
Let
ja,
Filosofia,
ie Medicina de Ribeirão Preto
pesquisas cada
uma; 4°)
4°) Faculdad

(USP): 13; 5")


niversidade ede ederal de São Carlos e Universidade de Brasília: 1l
nivers6) pesquisas
Instituto de Letras, Ciências Sociais e Educação Artística
de
cada;

Araraquara:
107) Universidade Estadual de Campinas: 8; 8°)
Fundação
aas 7.7, AA partir de 1978, a SBPC separou as comunicações de
Chagas:
Carloia das
Carlos

cobiologia das dde Psicologia propriamente dita. Constatou-se, então,


que
aisas da
aspesquisas da Escola Paulista de Medicina e da Faculdade de Medicina
s Preto estão totalmente concentradas
área de Psicobiologia,
na
Ribeirão
denquanto as
as do
do Instituto de Psicologia da USP abrangem várias áreas de
nvestigação psicologica, inclusive Psicobiologia.
mve

uais são as características mais gerais da pesquisa psicológica na


lidade? Em primeiro lugar, esta se distribui por grande número de áreas
e em muitas centenas de publicaçoes, das quais somente três são brasileiras,
m u i t a s center
e em
guidoras de padrões estritamente científicose vêm mantendo continuidade
de publicação: Revista Brasileira de Psicologia (ISOP), Boletim de
Psicologia (Sociedade de Psicologia de São Paulo) e Psicologia (Editora
Hucitec). Quanto às áreas abrangidas, o quadro 2, inserido na página anterior,
adaptado dos Pychological Abstracts, retrata em linhas gerais a situação
atual.
Nos comentários finais de Santos (1973) no XIV Congresso
Interamericano de Psicologia' realizado em São Paulo, com a participação de
mais de três mil pessoas, e em função dos trabalhos apresentados e discutidos
durante o próprio congresso, são reveladas algumas das principais tendências
recentes da pesquisa psicológica:

1) Psicologia Clínica: a área evidencia maior extensão de aplicações


práticas, maior variedade de técnicas e necessidade de melhor controle de
resultados decorrentes do emprego de diferentes procedimentos.

Uma coletânea de estudos e pesquisas sobre o desenvolvimento da Psicologia no Brasil


encontra-se no Boletim de Psicologia da Sociedade de Psicologia de São Paulo, na edigão
cOmemorativa do trigésimo aniversário desta entidade (v. 26, n. 69, 1965).
Para uma breve notícia dos congressos de Psicologia realizados no Brasil e da partici
Payao brasileira em congressos internacionais, ver Meyer-Ginsberg, 1975. O primeiro congresso
do no país ocorreu em São Paulo, em 1938 (Whitaker, 1938). A história dos congressos
da Icdade Interamericana de Psicologia e da atuação dos psicólogos brasileiros nestes e contada
por Angelini (1930).

169
SAMUEL Pruoun NeTo

2) Modificação do
comportamento: em
descnvolvimento das tecnicas de
modificação de comn havido se
igualmente a variedade dos procedimentos, muitos dosa nlo esensíveN
ortamento crej
c cresce
de observações e pesquisas, que tratam de isolar as em sido ohje
caracterizar melhor os procedimentos e seus efeitos em jogo e
3) Psicologia do Trabalho: a
posição do psicóloon
indiscriminado de testes de aptidão profissional vem ólogo
sendo
face
revist ao use
mesmo tempo cresce o interesse e aperteiÇoam-se as
técni. ao
à validação dos testes quanto ao prognóstico ou
profissional.
do diagnóstico comportamen
relação
ento
4) Psicologia Social: esta vem sendo
vez mais cada
problemas intragrupais e intergrupais. Vem sendo dada ênfac solicitada
se plicar
de causalidade em relações interpessoais; às a atrib plicar
distinções entre o ao
gerado ou favorecido pelo meio e o
comportamento comportam
intercultural; e às diferenças de desenvolvimento e herdado. no campo
de
várias culturas, assim como às reações face a
situações de tensão Ocrm em personalidade
das horas de lazer, as O emprego
perspectivas do futuro e a capacidade de
objeto de aprender si.
esforços integrados de Psicologia Social com a do
são
outras áreas. Trabalhoe ccom
5) Psicologia da Religião: as
pesquisas polarizam-se em duas
a atitude
transcendental, vista de um lado como produto da direcões
vivência religiosa e, de outro, sendo encarada como experiência e da
uma das muitas formas
de comportamento social.
6) Psicologia da Linguagem: passa por um
processo de revitalização,
tentando distinguir a linguagem, como estrutura formal de
sua funço comportamental. comunicação, de
7)
Psicologia da Reabilitação: ampliou-se o conceito de deficiência e
trata-se de dar ao
excepcional o máximo de normalização, de modo a integrá-
lo na vida social sob o maior
número possível de aspectos.
Santos acentua o fato de
que as pesquisas experimentais deixaram o
laboratório, e que grande número de
observações e estudos de natureza
psicológica já são empregados para a solução de
desde os problemas da vida moderna-
tradicionais, como os escolares, educacionais e OS
de
poluição ambiental, engenharia familiares, a

humana, superpopulação, traee em


Eranaes cidades, comportamento do consumidor. Ele finaliza com a lemo
dc
gue a
abertura "a todas as teorias ualquer
e técnicas psicológicas, sem
y

170
A PsicotocIA No Brasu

loutrinária ou meto metodológica, é condição vital para o progresso da


distngão
Novas
blógica ..). Nov avenidas para meditação, para estudo e
ciência p s i c o l ,

pesquisa foram abertas. A Psicologia somente será ciência


udo
sobretude para
b edida eem
medida
m que puder comprovar o que diz c o que faz. Estamos
na
completa 802).
caminho
(p.
nesse (1981)

171

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