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NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Sumário
Portanto, a instituição escolar está incumbida de formar e informar o cidadão para esta
nova sociedade, considerando-se as exigências da nova era. Entretanto, a educação brasileira
está passando por um processo de transformação no que se refere “aprender e ensinar”,
necessitando rever e promover reformas nos sistemas educativos. Segundo Castells (2001), a
tecnologia influenciou definitivamente a forma de viver e aprender.
Nesse sentido, o uso de tecnologias na educação oportuniza uma reflexão sobre as novas
formas de construção do conhecimento, desenvolvimento de habilidades, múltiplas linguagens
e processos de construção e constituição de identidade sobre a própria cultura escolar.
Sabendo-se que desde a educação infantil, a criança é um ser produtor de cultura, não
Uma tecnologia não é nem má, nem boa em si mesma. Ao passo que se pode
argumentar que os computadores pessoais, surgidos na década de 80, aumentaram a
capacidade de agir e de se comunicar das pessoas. Para o bem ou para o mal.
Hoje o ensino pode ser ministrado por meio da internet, em uma plataforma (AVEA) em
que professor e aluno distantes geograficamente podem manter sistematicamente um encontro
dialógico, seja de forma síncrona (ao mesmo tempo) ou assíncrono (cada qual em tempos
diferentes).
Cabe ao professor responsável organizar seu curso formatando-o de acordo com a sua
concepção pedagógica e tempo de duração, disponibilizando-o no AVEA, onde virtualmente ele
exercerá o papel de professor administrador de seu espaço acadêmico, assim como com suas
incumbências no ambiente presencial, porém acrescidas das consequências de administrar um
curso no ambiente virtual.
1- Texto complementar
A geração que nasceu do final da década de 1980 em diante tem muitos apelidos, tais como
“geração da rede”, “geração digital”, “geração instantânea” e “geração ciber”. Todas essas
denominações referem-se a características específicas de seu ambiente ou comportamento.
Muitas gerações têm apelidos, então por que esta deveria ser diferente? A resposta é que a
geração da rede difere de qualquer outra do passado porque cresceu em uma era digital.
Chamamos essa geração de Homo zappiens, aparentemente uma nova espécie que atua
em uma cultura cibernética global com base na multimídia.
Como essa geração age e como ela desenvolve o seu comportamento? Vejamos três situa-
ções típicas encontradas pela maior parte dos pais. A primeira é a de um dia escolar
comum em que os alunos reúnem-se ao redor dos portões da escola esperando pelo ônibus
ou pegando suas bicicletas para ir para casa. Em casa, eles ligam seu computador e
começam uma conversa no MSN com os mesmos colegas com que acabaram de falar na
escola. Jogam on-line com eles, enquanto começam outra conversa com outros amigos que
aceitaram na lista de contatos do MSN. Sua lista de contatos contém 150 nomes, já que
este é o limite doMSN.
A diferença entre o Homo zappiens e você é que você funciona linearmente, lendo primeiro
as instruções — usando o papel — e depois começando a jogar, descobrindo as coisas por
conta própria quando há problemas. O Homo zappiens não usa a linearidade: ele primeiro
começa a jogar e depois, caso encontre problemas, liga para um amigo, busca informação
na internet ou envia uma mensagem para um fórum. Em vez de trabalhar sozinho, são
utilizadas redes humanas e técnicas quando há necessidade de respostas instantâneas.
A terceira situação que a maior parte dos pais encontrará é a do Homo zappiens assistindo
à televisão. Zapear canais é algo comum, já que as crianças assistem a seis ou mais canais
ao mesmo tempo. Todas elas o fazem, e é raro uma criança assistir ao mesmo canal por
A velha regra de fazer uma coisa de cada vez para fazer a coisa certa não se aplica a essa
geração. Seus representantes dividem sua atenção entre os diferentes sinais de entrada e
decidem processá-los quando adequado, variando seu nível de atenção de acordo com o
seu interesse. Se na TV estiver passando um videoclipe de que gostem, as crianças “ligam-
se” no que está passando; depois que o clipe acaba a atenção destinada à televisão
diminui.
Fazer a tarefa escolar é uma questão de última hora. Enquanto você aprendeu a fazer sua
tarefa de maneira planejada, o Homo zappiens começa a trabalhar no último momento
possível. A escola é apenas uma parte de sua vida: não é a principal atividade. As crianças
sabem que têm de ir à escola e fazer testes, mas a escola parece mais um lugar de
encontro de amigos, um espaço social, do que um lugar para aprender. É um lugar onde
você fala fisicamente com seus amigos, um lugar em que você entra em contato com eles,
criando sua rede. As crianças fazem suas tarefas com o auxílio dessa rede e as finalizam
bem na hora de entregá-las. Se você frequentou a faculdade, lembrará de um
comportamento similar; contudo, na escola fundamental ou média, planejar como fazer suas
tarefas e atividades semelhantes era como um hábito, algo mais comum entre os alunos.
O Homo zappiens vive em um mundo cujos recursos de informação são muito ricos. Ele
adotou o computador e a tecnologia tal como as antigas gerações fizeram com a
eletricidade: a informação e a tecnologia da informação tornaram-se parte integrante de sua
vida. As gerações anteriores consideravam a tecnologia, como câmeras de vídeo e
aparelhos eletrônicos, algo difícil de dominar. O Homo zappiens, porém, trata a tecnologia
como um amigo e, quando um novo aparelho surge no mercado, pergunta por seu
funcionamento e quer entender como tal aparelho poderia ajudá-lo em seu cotidiano. Para
ele, o principal critério para adotar a tecnologia não é o fato de o software ou programa ter
boa usabilidade, mas o fato de dar conta ou não de suas exigências e necessidades. Na
A velocidade com que o Homo zappiens usa a internet para buscar informação é alta — e,
para os pais, pode parecer apenas uma questão de puro acaso que os filhos encontrem o
que querem. Apenas buscando informação juntamente com uma criança é que você
perceberá o contrário. É uma questão de habilidade, e não de acaso. A capacidade de
busca das crianças é muito maior do que a nossa, e é improvável que você consiga
alcançar a mesma velocidade delas, mesmo tendo praticado por muito tempo.
Para concluir: as escolas e os pais tendem a ver as crianças a partir da perspectiva do que
pensam que elas deveriam fazer de acordo com seus valores e normas. Não há nada
errado nisso, pois todas as gerações agiram assim — chamamos isso de “criar nossos
filhos”. Contudo, já que a geração atual é a primeira que ensina seus pais a usar um fórum,
Muitos pais e professores, apesar disso, estão convencidos de que jogar no computador,
conversar em salas de bate-papo e zapear os canais de TV é uma perda de tempo. Em
nossa opinião, usar a internet, jogar no computador e zapear na televisão faz com que as
crianças realmente desenvolvam habilidades valiosas, que vão além das habilidades
instrumentais, como a coordenação entre o olhar e as mãos. Por causa dessas grandes
mudanças em nossa sociedade, os pais e professores deveriam observar as crianças
naquilo que elas de fato fazem para entender que essa geração viverá em um mundo
diferente, para o qual habilidades, atitudes e comportamentos novos serão compulsórios.
É natural que os professores vejam aí um padrão de atividade com o qual eles não
se identificam e para o qual nem chegam a ser remunerados de forma adequada e digna; e é
sintomático que a denominação de "tutor" vai ficando reservada para professores que veem o
que fazem reduzido ao mero monitoramento de algumas dessas aplicações.
- O primeiro deles é consequência direta e imediata da filosofia interna daquelas escolas onde
essa situação é mais aguda, isto é, a precipitação e o afobamento da adoção de modelos que
agilizem o ingresso de seus cursos nesses novos tempos - eventualmente com a compra de
pacotes prontos de softwares estranhos a quaisquer projetos pedagógicos qualificados. Tudo
indica que isso tem provocado a alienação do professor sobre aquilo que está sendo posto em
prática, pois que ele não vê nas mudanças todas senão o sentido burocrático que se
acrescenta ao sem-número de atividades com as quais já está envolvido. O resultado é o que
se vê por aí: um grau de estresse, de desgaste físico, de sobrecarga de trabalho que anula a
potencialidade que as TICs têm para os professores e para as próprias escolas como
instituições educacionais, pois é isso o que elas deveriam ser.
Sob esse aspecto, é possível que as mudanças estejam sendo bem-sucedidas, mas
é insignificante o ganho educacional que representam, e esse é um elemento que se
acrescenta ao estranhamento dos professores.
A lógica com que elas têm sido inseridas na Educação é o oposto disso, como os
professores testemunham todos os dias. Como é mesmo o nome daquela espécie de imposto
que uma geração transfere para outra porque não tem noção dos efeitos negativos que sua
ação tem no presente? Imposto geracional? Pois a forma como as TICs têm sido
implementadas nos nossos sistemas de ensino é bem isso: estamos empurrando para frente
ás consequências
2- Texto complementar
Na agenda do século XXI, o professor deve colocar as tecnologias como aliadas para facilitar o
seu trabalho docente. Deve-se usá-las no sentido cultural, científico e tecnológico, de modo
que os alunos adquiram condições para enfrentar os problemas e buscar soluções para viver
no mundo contemporâneo. Ao professor cabe o processo de decisão e condução do
aprendizado. De acordo com Gadotti, o professor deve ser um aprendiz permanente e um
organizador da aprendizagem. Esclarecemos que um ambiente de aprendizagem não pode se
transformar em mero transmissor de informações, mas, na efetivação da comunicação e
http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/as-tics-na-pratica-pedagogica.htm
Nesse capítulo vamos conhecer alguns fatores polêmicos que revelam afetar o
aprendizado presencial e virtual.
Da mesma forma, que o professor deve seguir um procedimento para virtualizar a
sua docência, o aluno presencial que deseja fazer os seus primeiros passos nesta nova
modalidade de ensinar e aprender virtualmente, também deverá seguir um processo evolutivo
semelhante.
Se para o professor este processo significa uma mudança importante em muitos
aspectos que afetam a sua docência, como a explanação de ensinar, o modo de apresentar a
informação dos conteúdos ou a forma de levar a sério a interação virtual, no caso do aluno este
processo vai afetar a outros tantos aspectos de sua construção de conhecimento, a forma de
interagir com seus companheiros ou as habilidades que deverá colocar em jogo para aprender.
Durante os últimos vinte anos, tem se produzido dois tipos de explorações empíricas
que tem sido um objeto similar: identificar e caracterizar os principais fatores que podem
influenciar na qualidade dos processos de aprendizagem dos alunos e que, sendo aplicados a
tipos de alunos diferentes, tem derivado em resultados diferentes. No primeiro caso, nos tem
aportado um conhecimento bastante preciso dos fatores que intervém na aprendizagem dos
alunos em condições de ensinamentos obrigatórios e presencial. No segundo caso, nos
Diferencias sociais
3-Texto Complementar
A sala de aula será, cada vez mais, um ponto de partida e de chegada, um espaço
importante, mas que se combina com outros espaços para ampliar as possibilidades de
atividades de aprendizagem.
O que deve ter uma sala de aula para uma educação de qualidade?
Precisa também de salas confortáveis, com boa acústica e tecnologias, das simples
até as sofisticadas. Uma sala de aula hoje precisa ter acesso fácil ao vídeo, DVD e, no
mínimo, um ponto de Internet, para acesso a sites em tempo real pelo professor ou pelos
alunos, quando necessário.
Tudo isto pressupõe que os professores foram capacitados antes para fazer esse
trabalho didático com os alunos no laboratório e nos ambientes virtuais de aprendizagem
(o que muitas vezes não acontece).
http://www.eca.usp.br/moran/propostas.htm
Programação em www.abed.org.br/congresso2004/por/gradetc.htm#08
Capitulo IV
Estas são questões com que sempre lidamos à medida que construímos
comunidades de aprendizagem por meio de aulas on-line: 1- contato virtual versus contato
humano, conectividade e articulação; 2- responsabilidade: regras, papéis, normas e
participação compartilhadas; 3- questões psicológicas e espirituais; 4- vulnerabilidade,
privacidade e ética. É fundamental prestar atenção a tais questões na sala de aula eletrônica,
ainda que elas não sejam tão importantes na sala de aula comum. Os excertos de diálogos que
acompanham a discussão dessas questões são fragmentos do que nossos alunos escreveram.
Conectividade e articulação
Papéis
No que diz respeito aos papéis, o facilitador tem várias funções: de organizador, de
animador, de comunicador de informações. Os participantes também assumem seus papéis. A
literatura sobre grupos de trabalho que interagem pela tecnologia sugere que os papéis
voltados à execução de tarefas e á continuação do processo realmente surgem nesses grupos
(McGrath e Hollingshead, 1994). Descobrimos que sempre há um participante que tenta fazer
com que as coisas continuem a acontecer quando a discussão esfria, assim como há outro que
sempre tenta mediar conflitos ou que busca outros participantes quando estes estão ausentes
da discussão há alguns dias. O surgimento desses papéis é um indicador de que a
comunidade está desenvolvendo-se, de que os participantes estão começando a ir ao encontro
do outro e a tomar conta do desenvolvimento do próprio curso. Na sala de aula tradicional, com
certeza, o espirito de liderança surgirá em um ou em alguns membros do grupo, o que também
representa uma via pela qual os alunos conectam-se e vão ao encontro do outro.
Cada vez mais se espera, e até mesmo se exige, dos estudantes que ingressam na
universidade um endereço eletrônico (e-mail)- na esperança, é claro, de que eles usem.
Contudo, ter um e-mail, não significa que os alunos estarão envolvidos, porque muitos ainda
relutam quanto à utilização de tal meio. Alguns alunos dizem até mesmo sentir fobia
tecnológica. Além disso, ter um endereço eletrônico não é garantia de que as pessoas
responderão às mensagens recebidas. Não responder a uma mensagem, às vezes, é fruto de
excesso de informação. Portanto, nesse meio, é fácil, enviar mensagens destinadas ao que
parece ser um buraco negro.
Toda interação social- qualquer tentativa de conexão- faz com que nos tornemos
vulneráveis. Quando buscamos o outro, corremos o risco da rejeição, da dor e do
desentendimento. Porém, os benefícios da conexão suplantam em muitos seus riscos. As
questões relativas à privacidade são da maior importância na comunidade. Quanto precisamos
abrir-nos, para o outro e quanto podemos legitimamente guardar para nós sem que ponhamos
em risco a essência da comunidade? As questões referentes à privacidade surgem sob outras
formas na comunidade. Por exemplo, na interação face a face ou telefônica, podemos ter
conversas, de certa forma, particulares. Também podemos estar crtos de que a mensagem
enviada diretamente para o endereço eletrônico de alguém é algo relativamente particular. Na
verdade, porém, não há garantias de privacidade quando nos comunicamos na sala de aula
virtual. Vários autores notaram que as pessoas que se comunicam por meio de quadros de
aviso eletrônicos frequentemente agem como se suas mensagens fossem privativas, ficando
chocadas e machucadas quando descobrem que não são. É algo semelhante a ter uma
conversa particular em um lugar público. Nunca sabemos se alguém ouve o que dizemos.
Ética
A questão da ética abre uma área de discussão bastante controversa. Pelo fato de a
área da comunicação eletrônica ser muito recente, a ética que a governa ainda está sendo
debatida. Há muitos lugares, tanto na sala de aula eletrônica quanto na internet, em que a
Privacidade
A privacidade é algo sobre o qual é virtualmente impossível estarmos totalmente
seguros na comunicação eletrônica. As mensagens criptografadas, raramente utilizadas no
meio acadêmico, são as maneiras mais seguras para se garantir a privacidade. Todas as
mensagens podem ser lidas mesmo quando não se está fisicamente presente na sala. Já que
há incerteza quanto ao fato de as mensagens serem usadas pelos outros, a vulnerabilidade de
participação nesse meio tornar-se evidente. Embora isso não devesse impedir os professores e
estudantes de fazer uso desse meio para fins educacionais, questões bastantes significativas
surgem e devem ser enfrentadas quando uma comunidade virtual está em formação. Os
participantes devem avaliar bem o que escrevem. Certos limites devem, assim, ser mais
importantes do que na comunicação face a face. Deve-se também aderir a esses limites e
fortalece-los.
4. Texto Complementar
Reorganização dos currículos
Com todas as cautelas e problemas que este tema tem por trás, é importante que as
universidades reorganizem seus currículos e projetos pedagógicos. As universidades, que
têm mais autonomia, poderiam flexibilizar os currículos até chegar a uma carga horária,
na média, de cinquenta por cento presencial e cinquenta por cento à distância. Na média,
significa que algumas disciplinas teriam menos atividades a distância e outras poderiam
ter mais. A implantação poderia ser progressiva, para fazer uma transição progressiva do
totalmente presencial para o real semi presencial.
A ideia não é aligeirar os cursos, nem pagar menos aos professores, mas realizar um
planejamento de atividades muito mais racional, atraente, interessante e motivador para
professores e alunos e para as instituições. Estar em aula vale a pena, mas durante
menos tempo e com mais intensidade. Hoje aproveitamos efetivamente, em média,
menos da metade do tempo nela, pela percepção que um curso é muito longo e de que
muitas das informações que acontecem na sala de aula podem ser acessadas ou
recuperadas em outro momento.
Estar menos tempo em sala de aula permite que haja uma maior rotatividade de
alunos nos mesmos espaços, necessitando construir menos prédios e otimizando melhor
os já existentes. Com 25 por cento de um curso feito de modo não presencial é possível
organizar horários de aula de três horas diárias por turma, o que permite organizar duas
turmas diferentes por período, duplicando o uso de cada sala. Isso, visto numa escala de
muitas turmas, poderia baratear o custo final da mensalidade do aluno sem perder
qualidade.
Sei também que muitas instituições não estão prontas para atender a alunos
carentes e que precisam ser encontradas soluções de facilitação do acesso dos alunos ao
computador e à Internet. Não podemos permanecer imobilizados, no entanto, porque
educação de qualidade hoje se faz com soluções inovadoras pedagógicas, gerenciais e
tecnológicas.
Conclusão
Capitulo V
A educação à distância
Assim, qualquer pessoa, em qualquer lugar e em qualquer tempo, pode ter acesso
ao conhecimento.
Essa nova forma de ensino e aprendizagem, tem exigido cada vez mais de
instrumentos sofisticados desenvolvidos pela nova tecnologia, que busca corresponder como
uma ferramenta a mais de forma significativa para o bom desempenho da relação aluno-
professor no processo de aprendizagem.
Tais transformações incidem também na cognição do ser humano, uma vez que
este desenvolveu a capacidade de aprender a partir de fontes difusas de informação, não se
restringindo a uma única e restrita fonte.
5- Texto Complementar
Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que
ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma
das expressões seja perfeitamente adequada.
A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No ensino
fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de
adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem
individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de
graduação.
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um
tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O
professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as
Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma
prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo
- de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar
experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas
educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos
cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma
presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de
pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos
poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será
importante compartilhar vivências, experiências, idéias.
A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e
imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o
resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer
integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar,
fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder
acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa,
acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.
Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas presenciais
com interação a distância.
O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando
aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade
econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados
para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais)
das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a
esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da
maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à
mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.
Referência Bibliográfica
BARBERÁ, E. Educar com aulas virtuais. Capitulo 2- Del estudiante presencial al estudiante
virtual; Capitulo 3- Del aula presencial al aula virtual..(traduzido em português- griffo
Eicardi).Barcelona: Machado, 2004.
PALOFF, Rena M. Construindo comunidades de aprendizagem no ciberespaço. Porto Alegre;
Artemed, 2002. Capitulo 3- O que sabemos sobre a aprendizagem eletrônica.
PEÑA, Maria de Los Dolores Jimenez; Alicia Sanchez ; MEISTER, Izabel Patrícia ; ANDRADE,
Léia Cláudia da Silva . Ambientes virtuais, diálogos reflexivos: uma experiência de
trabalho colaborativo na Wiki. Capítulo 2- O aprender e ensinar na era digital: uma
experiência significativa. In: XVIII SBIE – simpósio Brasileiro de Informática na Educação,
2007, São Paulo. Anais do XVIII simpósio Brasileiro de Informática na Educação SBIE. Porto
Alegre : Editora SBC – Sociedade Brasileira de Informática, 2007 ISBN 857669157-4
PEÑA, Maria de Los Dolores Jimenez; ALLEGRETTi, Sonia. Escola Hibrida: Aprendizes
imersos. Revista contemporaneidade de educação e tecnologia. São Paulo, 2012.
http://www.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/5824/educacao-na-era-digital.aspx
As TICs na prática pedagógica
Ref: Cortelazzo; Iolanda
http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/as-tics-na-pratica-pedagogica.htm
http://www.eca.usp.br/moran/propostas.htm
Programação em www.abed.org.br/congresso2004/por/gradetc.htm#08