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Centro Universitário Anhanguera Pitágoras Unopar de Campo Grande

Polo de Apoio Presencial de BARBACENA/MG


Curso de Licenciatura em Pedagogia

Viviane Da Silveira Ferreira

Educação Inclusiva: A importância e os desafios da inclusão da criança e do adolescente com


deficiência na rede de ensino regular.

Barbacena 2024

Viviane da Silveira Ferreira


Educação Inclusiva: A importância e os desafios da inclusão da criança e do adolescente com
deficiência na rede de ensino regular.

Trabalho de conclusão de curso apresentado para .....,


no Centro Universitário Anhanguera Pitágoras Unopar
de Campo Grande Polo de Apoio Presencial de
BARBACENA/MG, com requisito de avaliação.

Orientador....

Barbacena 2024

Sumário

Resumo
Introdução
1. Conceitos de inclusão e inclusão escolar
2. O avanço histórica da inclusão
3. Documentos legais que regulam os procedimentos da educação inclusiva
4. A importância e os desafios da inclusão da criança e do adolescente com deficiência na rede de
ensino regular.
4.1 A importância da inclusão na rede de ensino regular
4.2 Desafios da inclusão da criança e do adolescente com deficiência na rede de ensino
regular.
5. As políticas de inclusão no Brasil
6. Considerações finais
7. Referências

Resumo
A inclusão é importante em várias áreas da sociedade e visa proporcionar igualdade de
oportunidades e tratamento para todos, independentemente de suas características individuais. A
inclusão escolar consiste em criar um ambiente adaptado e inclusivo para os estudantes, incluindo
aqueles com necessidades especiais. Para que isso aconteça faz-se o uso de recursos
pedagógicos, materiais e tecnologias assistivas para atender às necessidades individuais dos
alunos.
São consideradas como Necessidades Educacionais Especiais (NEE), condições como
deficiências físicas ou motoras, altas habilidades, déficits cognitivos, autismo e outras condições
sociais, emocionais e psíquicas.
- A Declaração de Salamanca defende que as escolas regulares com práticas inclusivas são
eficazes para combater a discriminação e promover uma educação para todos.
- É importante envolver a família e a comunidade na vida escolar e nas decisões da escola para
integrá-las no dia-a-dia escolar.
- Uma sociedade inclusiva significa que todos têm as mesmas condições e oportunidades de
vivenciar situações tanto na escola quanto na sociedade.
- A educação inclusiva busca o desenvolvimento total do indivíduo, respeitando suas capacidades e
necessidades específicas.

Palavra chave:

(Resumo em ingles)

Introdução
1. Conceitos de inclusão e inclusão escolar

A inclusão tem sido um conceito que vem ganhando relevância a cada dia e se tornou
necessária em diversas áreas da sociedade. Ela visa a ideia de proporcionar e garantir igualdade de
oportunidade e tratamento para todos, independente de suas características individuais, habilidades
físicas e mentais. Basea-se no princípio de que todos temos direito de sermos reconhecidos como
membros da comunidade, e que o mesmo seja feito de forma igualitária, garantindo a participação
de todos em todas esferas da sociedade, seja na educação, no mercado de trabalho, na cultura ou
na política. Em termos, pode-se definir a inclusão como sinônimo de “incluir” que por sua vez é o ato
de “inserir”, “introduzir”, “fazer parte”. Já de acordo com o dicionário da Língua Portuguesa a palavra
incluir significa “compreender”, já o termo “Inclusão” está descrito como “pertencente a” (CEGALLA,
2005) . Definido o conceito geral de inclusão é importante relacioná-lo com o termo Inclusão escolar,
que é o assunto em que se trata o referido artigo.
A inclusão escolar consiste em proporcionar ao estudante, incluindo aqueles com
nessecidades especiais, um ambiente inclusivo e adaptado. Por meio do uso de recursos
pedagógicos e materiais que atendam às nessecidades individuais dos alunos, como salas de aula
acessíveis para cadeirantes, professores capacitados para educação inclusiva e o uso de
tecnologias assistivas. Nesse caso, deficiências físicas ou motoras, altas habilidades, déficits
cognitivos, autismos e outras condições sociais, emocionais e psíquicas devem ser levadas em
consideração. Essas condições influenciam na forma como os alunos podem ser educados e são
chamadas de "Necessidades Educacionais Especiais" (NEE). Segundo Sassaki (1997, p 2):

Uma escola comum só se torna inclusiva depois que se reestruturou para atender à
diversidade do novo aluno em termos de necessidades especiais (não só as
decorrentes de deficiência física, mental, visual, auditiva ou múltipla, como também
aquelas resultantes de outras condições atípicas), em termos de estilos e
habilidades de aprendizagem dos alunos e em todos os outros requisitos do
princípio da inclusão, conforme estabelecido no documento, ‘A declaração de
Salamanca e o Plano de Ação para Educação de Necessidades Especiais
(SASSAKI, 1997, p. 2).

O termo Necessidades Educacionais Especiais (NEE) é aplicado a todas crianças, jovens ou


adultos em que as necessidades educacionais especiais são originadas de deficiências ou
dificuldades de aprendizagem. O conceito de Necessidades Educacionais Especiais (NEE), foi
adotado e revisto após a declaração de salamanca (1994), abrange crianças e adolescentes que
têm dificuldade em acompanhar o currículo escolar, fazendo-se necessário a adaptação curricular e
também precisam de serviços e apoio especializado, levando sempre em consideração as
capacidades e necessidades dos mesmos.

[…] um aluno tem necessidades educacionais especiais quando


apresenta dificuldades maiores que o restante dos alunos da sua idade
para aprender o que está sendo previsto no currículo, precisando, assim,
de caminhos alternativos para alcançar este aprendizado (BORGES,
2005, p. 03).

A Declaração de Salamanca, assim como outros Documentos legais, ordenam e regulam os


procedimentos da educação inclusiva no Brasil, e esses se fizeram necessários para garantir
direitos da Educação para Todos. A Declaração de Salamanca, em especial, é considerado como
um dos principais documentos mundiais que visam a inclusão social, sua origem se deu através dos
movimentos de direitos humanos, que surgiram a partir dos anos 60 e 70. A mesma afirma que as
escolas regulares com práticas inclusivas devem constituir os meios mais eficases de combater
atitudes de discriminação, formando comunidades acolhedoras e construindo uma comunidade
inclusiva, afim de alcançar uma educação para todos.

Para que a educação seja inclusiva de fato é de suma importância a particiação da família e
da comunidade na vida escolar e na tomada de decisões na escola, como forma de integrá-las no
dia-a-dia escolar e também para compreenção da cultura e vivência em que cada uma delas está
integrada. Segundo a Declaração de Salamanca (1994) ,os governos, de modo geral, devem
promover ações que

[…] encorajem e facilitem a participação de pais, comunidades e organizações


de pessoas portadoras de deficiências nos processos de planejamento e tomada
de decisão concernentes à provisão de serviços para necessidades educacionais
especiais (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA p. 3).

A educação inclusiva sempre lidou e ainda lida com muitas dificuldades até os dias atuais,
entre as dificuldades vivenciadas pode-se citar a acessibilidade. Muitas escolas ainda não possuem
infraestrutura adequada para receber seus alunos como rampas, banheiros adaptados e demais
medidas acessíveis, para que os alunos se sintam aceitos e acolhidos. Também é possível citar a
falta de profissionais capacitados e o despreparo da comunidade escolar, muitas vezes não se tem
capacitação para receber e educar o aluno com necessidade especial, o que faz com que a inclusão
não seja aplicada em sua totalidade. E por fim, vale destacar o preconceito, que infelizmente é um
dos principais desafios da educação inclusiva no Brasil.
Desta forma, quando se pensa em sociedade inclusiva devemos ter a ideia que que todos
possuem as mesma condições e oportunidades de vivenciar as situações, de forma participativa,
tanto na escola, quanto na sociedade. Tendo em vista a educação inclusiva, faz-se necessária para
que o indivíduo seja capaz de se desenvolver de forma totalitária , e que o mesmo seja respeitado
em suas capacidades, de forma que seja educado e conduzido de acordo com suas necessidades
específicas. Buscando assim, uma educação de qualidade e que alcance bons resultados na
aprendizagem de cada educando.

2. O avanço histórica da inclusão

Na antiguidade individuos que apresentavam algum tipo de deficiência eram considerados


“loucos”e “defeituosos”. Dessa forma, as crianças que naciam com defiência eram escondidas,
isoladas da sociedade ou até mesmo sacrificadas, muitas vezes pela própria família, que
considerava aquelas crianças como amaldiçoadas. O pensamento de privar pessoas com deficiência
do convívio social é um problema enfrentado até a atualidade, muitos ainda são impedidos de
frequentar a educação regular e até mesmo de escolas especializadas, muitas vezes por
resistência da própria família. Pois, até os dias atuais ainda são alvos de preconceito, bullyng e
agressões verbais, por meio de palavras ofencivas, tais como: retardado, débil mental, entre outras.
As quais ainda devem ser muito trabalhadas em sala de aula, pois essas visões e demoninações
foram transpassadas pela sociedade ao longo do tempo.
Olhando para o lado histórico, no Brasil, as primeiras escolas voltadas ao público especial,
mais necessariamente aos surdos e mudos, surgiram na época de Dom Pedro II. No entanto, nesse
período também foi criado um hospital e uma escola voltado para o tratamento de pessoas com
necessidade especiais, que na época eram chamados de deficientes físicos e mentais. É importante
destacar que nesse período não se era permitido a eles uma educação igualitária e junto dos demais
alunos. De acordo com Stainback (1999, p. 37) isso acorria pelo fato das “escolas serem
organizadas como asilos, com uma estrutura militar, o que condenava as pessoas com
necessidades especiais a viverem em locais em que eram mais controladas do que ensinadas”.
Por volta do século XIX, as pessoas com deficiência passaram a serem vistas como
importantes para a sociedade. A partir daí houve estímulo para criação de organizações
especializadas onde essas crianças fossem aceitas, integradas e recebecem acesso a educação,
as escolas especiais. “As instituições para pessoas com deficiência continuaram a crescer em
números e tamanhos durante o final do século XIX até final de 1950” (STAINBACK, 1999, p. 37).
O século XX ficou marcado pelo movimento da Escola Nova que foi um movimento de
renovação do ensino, forte na Europa, na América e no Brasil. Os professores escolanovistas
fizeram estudos de psicologia voltados para a educação e trouxeram os testes de inteligência,pois
existia um entendimento do aluno especial como um caso de patologia médica. O movimento
acreditava que a educação é o elemento eficaz para a construção de uma sociedade democrática,
que leva em consideração as diversidades, respeitando a individualidade do sujeito e capacidade de
inserir-se na sociedade.
Segundo Minetto (2010 p. 46) a luta pela inserção e normalização das pessoas com
necessidades especiais fortaleceu-se no século XX, através do movimento denominado de
“Paradigma da Integração”, que defendia o direito do aluno com Necessidades Educacionais
Especiais (NEE) de se matricular na escola regular. Devendo estes adaptar ao ambiente escolar
através de esforços próprios. Ou seja , nesse período a escola ainda não tinha responsabilidade de
se adeguar as nessecidades dos alunos, dessa forma os mesmos deviam superar todos os
obstáculos sozinhos. Segundo Sassaki, (1997)

O movimento de inclusão começou por volta de 1985 nos países mais


desenvolvidos, tomou impulso na década de 1990 naqueles países em
desenvolvimento e vai se desenvolver fortemente nos primeiros 10 anos do
século XXI envolvendo todos os países. (SASSAKI,1997 apud MINETTO, 2010,
P. 47).
Ainda no século XX, nos anos 90 surgem os primeiros movimentos que apontavam de vez
para a “Inclusão”, no verdadeiro sentido da palavra, não só estar na escola fisicamente, mas
participar das experiências, integrarem e socializarem com os demais alunos, e assim aprenderem
de acordo com suas limitações. Nesse período aconteceram dois eventos importantes, em escala
mundial, para educação para todos: a conferência mundial de educação para todos (1990) e a
declaração de Salamanca (1994) onde a educação inclusiva ganhou destaque na educação. Essas
reformas garantiram direito de todos educandos participarem das oportunidades oferecidas na
escola, ou seja a inclusão.
Já no Brasil, os marcos da educação inclusiva foram a Constituição Federal de 1988 e a
nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 (LDBE).
A Constituição Federal, também conhecida como “Constituição Cidadã”, foi promulgada em
1988, e veio garantir direitos a grupos sociais até então marginalizados, como as pessoas com
deficiência, que também participaram de sua elaboração. Em seu artigo 205, a mesma garante a
educação como direito de todos, e, no artigo 208, inciso III, asegura como sendo dever do Estado
oferecer o atendimento educacional especializado (AEE), preferencialmente na rede regular de
ensino.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho.
Art. 208- O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de:
III - atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL,1988)

A Lei de Diretrizese Bases da Educação (Lei n.º 9.394/96), foi promulgada em 1996, e é um
marco para educação brasileira, estabelecendo princípios e diretrizes que nortearam a educação no
país nas últimas décadas. Ela também trás avanços para a educação inclusiva, em seu artigo 4º,
inciso III, garantindo aos alunos especiais Atendimento Educacional Especializado( AEE) em rede de
ensino regular.

Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será


efetivado mediante a garantia de:

III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos


com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
Além dessas leis existem outras que determinam normas de inclusão do aluno com
deficiência no ensino regular. Segundo MANTOAN, 2006, nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Especial na Educação Básica (Resolução n° 2 de 11 de setembro de 2010), a
educação é pensada como “contribuição essencial” para transformação social. Para tanto exige da
escola o uso de métodos e técnicas de ensino para apropriação do saber para todos os cidadãos
(MANTOAN, 2006, p.18). Além disso, o Estatuto da Criança e do Adolescente, em sua Lei (ECA,
nº. 8.069/90), no seu artigo 55, determina que “os pais ou responsáveis têm a obrigação de
matricular seus filhos na rede regular de ensino”.
A educação segue com mudanças, por um caminho significamente bom comparando-se ao
que se foi enfrentado em séculos atrás, porém ainda tem muito a ser melhorado. Hoje temos uma
educação para todos, garantida por lei e praticada nas escola, sem discriminação, sem preconceito
e sem rótulos, e para que isso aconteça todos devem ter acesso a uma escola de ensino regular
com educação de qualidade, que priorise a inclusão e discuta entre seus alunos a sua importância.

3. Documentos legais que regulam os procedimentos da educação inclusiva

Veja alguns documentos legais que ordenam os procedimentos da Educação Inclusiva no


Brasil dos anos 1990 até à contemporaneidade:

1994 – Declaração de Salamanca: é uma resolução das Nações Unidas, considerada


mundialmente como um dos mais importantes documentos que visam a inclusão social. Ela é
responsável por definir políticas, princípios e práticas da Educação Especial e influencia nas
Políticas Públicas da Educação.

1994 – Portaria MEC nº 1.793– Recomenda acomplementação dos currículos de formação de


docentes que interagem com portadores de necessidades especiais, além de Recomendar a
inclusão de conteúdos relativos aos aspectos– Ético–Políticos–Educacionais da Normalização e
Integração da Pessoa Portadora de Necessidades Especiais, em licenciaturas, e expansão de
estudos adicionais, cursos de graduação e de especialização para esta área.

1999 – Decreto nº 3.298 – Acegura a integração da Pessoa Portadora de Deficiência, visando que
elas devam receber igualdade de oportunidades na sociedade. E também, a Educação Especial,
por meio do decreto citado, é definida como uma modalidade transversal a todos os níveis e
modalidades de ensino.

1999 – CNE/CEB nº 4, de 2 de outubro de 2009 - Institui Diretrizes Operacionais para o


Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial.

2001 - Plano Nacional de Educação – em sua meta 4 a universalização, para a população de 4


(quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos de desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino.

2005 – Programa de Acessibilidade no Ensino Superior (Programa Incluir)

2011 - Decreto n° 7.611 - Dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE), além de
outras providências, garantindo um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem
discriminação e com base na igualdade de oportunidades.

2014 – PDE - LEI N° 13.005/2014- Para a implementação do PDE é publicado o decreto nº


6.094/2007, que estabelece nas diretrizes do compromisso todos pela Educação, a garantia do
acesso e permanência no ensino regular e o atendimento às necessidades educacionais especiais
dos alunos, fortalecendo seu ingresso nas escolas públicas.

2015 – Lei nº 146 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), destinada a
assegurar e a promover, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com
deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

2016 – Lei nº 409 – Dispõe sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cursos
técnico de nível médio e superior das instituições federais de ensino.

Tendo em vista o assunto citado até o dado momento, pode-se perceber o quanto mudou a
perspectiva de educação inclusiva ao logo do tempo, e quantos ganhos foram obtidos nessa área,
principalmente no que diz respeito a inclusão da pessoa com deficiência no ensino regular. Esta
área vem sempre avançando a fim de garantir inclusão, educação de qualidade, direitos iguais e
desenvolvimento para deficientes, porém ainda há muito a ser feito, para garantir ressultados ainda
melhores.

4. A importância e os desafios da inclusão da criança e do adolescente com deficiência na


rede de ensino regular.

4.1 A importância da inclusão na rede de ensino regular


Figura 1- INCLUSÃO

Fonte: Pedagogia ao pé da letra

A inclusão de crianças e adolescentes com deficiência na rede de ensino regular é um tema


importante e desafiador. A inclusão escolar, como já vimos até aqui, é um direito garantido por lei,
porém ainda há muitos obstáculos a serem superados. É um tema que gera polêmica desde suas
origens, mas continua sendo muito discutido até os dias de hoje. Tem por finalidade promover a
diversidade no ambiente educacional, permitindo com que os alunos compartilhem experiências,
contribuindo para cultura tolerante de respeito às diversidades em sala de aula. Essa troca entre
os alunos, permite com que o aluno com deficiência interaja junto com os demais expandindo suas
fronteiras e garantindo a ele condições necessárias para aprendizagem, criação de vínculos e
permitindo a ele novas vivências.
Levando em consideração a política de inclusão de alunos com nessecidades educacionais
especiaiais na rede regular de ensino, que não consiste apenas na permanência do aluno na escola
junto com os outros alunos, mas pela busca em rever concepções, respeitando as diferenças,
buscando atender a necessidade de cada indivíduo. Segundo Sassaki, 1998:

A proposta de inclusão, propõe que os sistemas educacionais


passem a ser responsáveis por criar condições de promover uma
educação de qualidade para todos e fazer adequações que
Assim, o trabalho com a educação inclusiva nas escolas tem que ser direcionado tendo em
vista o contexto real da escola, ou seja, analisando as formas que a ela pode receber o aluno
especial e como pode ser garantida a aprendizagem, de forma a possibilitar a integração entre o
aluno regular e especial. Para que isso ocorra da melhor maneira o professor tem um papel
fundamental, isso graças ao seu conhecimento sobre os próprios estudantes, o que faz toda
diferença no momento de inclusão no espaço escolar. É apartir dessa visão que o educador pode
propor atividades e criar um contexto que seja realmente inclusivo.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 define, no artigo 59, inciso III,
(BRASIL, 1996) que:
Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades
especiais: professores com especialização adequada em nível médio ou
superior, para atendimento especializado, bem como, professores do
ensino regular, capacitados para a integração desses educandos nas
classes comuns. (BRASIL, 1996).

Tendo em vista essa concepção, é notável, por meio dessas orientações, a preocupação das
autoridades em relação à atuação pedagógica no atendimento especializado na educação inclusiva.
É necessária, e de suma importâcia, uma formação continuada e especializações adequadas para
que o educador seja um verdadeiro transmisor no processo ensino/aprendizagem e potencialize
sua ação pedagógica, tendo em vista fazer um diferencial nas mudanças no contextos educativos e
sociais.
Para que isso ocorra de forma significativa, a educação inclusiva parte de cinco presupostos
que devem ser levados em conta como referência para elaborar mudanças necessárias.

Segundo (Andrade, 2020) a educação inclusiva parte de cinco


pressupostos: primeiro que todas as pessoas tem direito ao acesso
à educação, segundo todos aprendem, terceiro o processo de
aprendizagem de cada pessoa é único, quarto a convivência no
ensino regular beneficia todo mundo e quinto a educação inclusiva é
para todos.
A partir das experiências obtidas em sala de aula, por meio da observação do professor a
respeito das dificuldades enfrentadas pelo educando, ele deve levar em consideração esses
presupostos e, por meio deles, buscar soluções para os problemas enfrentados no dia-a-dia. Deve-
se ressaltar que a sua formação para educação especial, na perspectiva inclusiva, vai além de
conhecimentos sobre deficiências. Sendo assim a formação de professores para educação especial
precisa ir além de transpassar saberes, é função dele promover momentos de participação ativa e
interativa, fazendo uso de práticas educativas diversas.
Também é importante o apoio e participação da família para que a inclusão na rede regular
aconteça e alcance os resultados desejados. A família e a escola se completam para concretização
do ensino/aprendizagem, incluindo o das crianças com deficiências, ao buscar uma inclusão
satisfatória. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no seu artigo 4º diz:

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do


Poder Público assegurar com absoluta prioridade, a efetivação
dos direitos referentes à saúde, à alimentação, à educação, ao
esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à liberdade e a
convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 1990).

O dever da família com relação a escolarização também é citado na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação (LDBE), o seu artigo 1º, que diz :

“A educação abrange os processos formativos que se


desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho,
nas instituições de ensino e pesquisas, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.”
(BRASIL, 1996).

Podemos perceber que família, sociedade e escola, caminham juntos na conquista de uma
educaçã de qualidade, que seja inclusiva. Vimos até o presente momento as conquistas e direitos a
respeito da inclusão de criançaa e adolescentes com deficiências na rede de de ensino regular, e
tudo que foi enfrentado para que isso se realizasse. Porém, ainda existem muitas barreiras e
dificuldades a serem revistas para atingir mais melhorias, fazendo com que, seja possível uma
educação totalitária, que agrace e integre o educando de todas as formas possíveis, tornando a
escola um lugar para todos.

4.2 Desafios da inclusão da criança e do adolescente com deficiência na rede de ensino


regular.
Referências

Inclusão. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/inclusao/>. Acesso em: 7 jan. 2024.

SASSAKI, R. K. Inclusão: Construindo uma Sociedade para todos. Rio de Janeiro, Editora WVA,
1997

BORGES, José A. As TICs e as tecnologias assistivas na educação de pessoas


deficientes, 2005

Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de educação especial


na perspectiva da educação inclusiva. Brasília : MEC, 2008.

BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais.


Brasília: UNESCO, 1994.
Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a sobre a educação especial, o
atendimento educacional especializado e dá outras providências. Brasília: Congresso Nacional,
2011.

Plano Nacional de Educação. Lei nº 10.172 de 9 de Janeiro de 2001. Ministério da Educação e do


Desporto. Brasília: Diário Oficial da União de 10 de Janeiro de 2001.

Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(LBI). Brasília: Congresso Nacional, 2015. _______________. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de
1996. Institui a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Brasília: Congresso Nacional, 1996.

Os desafios da educação inclusiva no Brasil: conheça (imaginie.com.br)


lei 9394.pdf (mec.gov.br)
Ministério da Educação - Ministério da Educação (mec.gov.br)
lei_brasileira_inclusao_ pessoa_ deficiencia.ampliado.pdf

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