Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANAJATUBA
2023
NATALIANE DE JESUS ARAGÃO MENDES MARTINS
RAISSA SANTOS SILVA
RENATA CRISTINA DUTRA GOMES
ANAJATUBA
2023
Gomes, Renata Cristina Dutra; Martins, Nataliane de Jesus Aragão Mendes;
Santos, Raissa Silva.
O ensino de ciências e o espectro autista na educação formal em
Anajatuba, Maranhão, Brasil. / Nataliane de Jesus Aragão Mendes Martins;
Raissa Silva Santos; Renata Cristina Dutra Gomes. – Anajatuba (Ma), 2023
37 f.
Primeiramente agradecemos ao nosso Deus por ter nos dado força e saúde para
superarmos as dificuldades enfrentadas ao longo de toda a graduação. Ele foi nossa base, em
quem depositamos nossa fé e confiança para chegarmos até aqui. Obrigada Senhor, por nos
permitir concluir essa etapa fundamental em nossa formação.
Aos nossos familiares e amigos por incentivar e acreditar em nossa capacidade de
vencer os obstáculos e alcançar os nossos objetivos.
Agradecemos especialmente à Renata Aragão, uma amiga querida, que foi essencial
em nossa trajetória acadêmica, uma vez que nunca mediu esforços em nos ajudar, sempre que
necessário compartilhou de seus conhecimentos, e estes foram valiosíssimos para construção
dos diversos trabalhos que realizamos durante o curso.
À nossa orientadora Thércia Monroe por todo suporte, pelas suas orientações que
contribuíram para o melhor desenvolvimento deste trabalho.
À Universidade Estadual do Maranhão pela oferta do Programa Ensinar em
Anajatuba, a seu corpo docente, direção e coordenação que nos concederem uma formação
acadêmica de excelente qualidade.
E a todos que direta e indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso muito
obrigada!
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................6
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................7
2. 1 EDUCAÇÃO ESPECIALIZADA NO BRASIL..............................................................7
2. 2 AUTISMO........................................................................................................................7
2. 3 PROPOSTA PEDAGÓGICA E ENSINO DE CIÊNCIAS..............................................9
3. METODOLOGIA.................................................................................................................11
3.1 REVISÃO DOCUMENTAL...........................................................................................11
3.2 DIAGNOSE DO ENSINO..............................................................................................11
4. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................12
4.1 Análise dos dados da entrevista com o sujeito 1 e sujeito 2............................................12
4.2 Análise dos dados da entrevista com o sujeito 3.............................................................16
4.3 Análise dos dados da entrevista com o sujeito 4.............................................................19
4.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA..........................................................................................21
4.4.1 JOGO DA MEMÓRIA: SISTEMAS DO CORPO HUMANO (apêndice e)...........22
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................23
6. REFERÊNCIAS....................................................................................................................24
APÊNDICES.............................................................................................................................27
ANEXOS..................................................................................................................................34
6
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2. 2 AUTISMO
8
pois a LDB -Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -9.394/96, em seu artigo 2º
enfatiza a educação como direitos de todos, dever do estado e da família ( LDB 9.394/96).
Os artigos 58 e 59 da referida Lei, dão ênfase maior à questão da inclusão
escolar, generalizando (sem especificar os tipos de deficiências), os indivíduos com
necessidades educacionais especializadas (NEE), e seus direitos; como currículo adequado,
professores com formação adequada, educação para o trabalho e acesso aos programas
sociais ( LDB 9.394/96).
Barbosa et al. (2020, p. 670) em seu artigo sobre jogos educativos para Crianças com
Transtorno do Espectro Autista, concluíram que os jogos educacionais contribuem para uma
melhora significativa na qualidade de vida desses indivíduos. E ainda enfatizam que os jogos
educacionais deveriam ser utilizados com frequência nas escolas, pois tornam o ambiente
prazeroso e agradável por si só.
Portanto, mesmo que a inclusão de pessoas com TEA no Ensino de Ciências ainda
representa um dos grandes desafios para os educadores, uso de recursos didáticos,
especialmente aqueles que estimulam a percepção sensorial e que apresentam adaptações/
adequações para o estudante com espectro autista, tornam o aprendizado mais efetivo visto
que, tendem a amenizar a abstração do saber científico
3. METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema do ensino de Ciências para
alunos do espectro autista dando prioridade para artigos publicados nas bases de dados:
SciELO, Capes periódicos e Google acadêmico, utilizando as seguintes palavras chaves:
ensino básico, autismo, ensino de ciências e intervenção pedagógica. Ao longo da leitura dos
artigos foram feitos fichamentos para absorver as ideais principais e informações de cada
texto possibilitando o desenvolvimento da proposta pedagógica.
4. DESENVOLVIMENTO
Sujeito 1: “[...] Nosso trabalho é muito novo aqui, não tinha nada
disso antes, então a gente tá cada dia fazendo algo, tipo construindo,
então a gente tá acompanhando cada caso em cada escola e
incentivando, acompanhando os professores, cuidadores, fazendo os
planejamentos individuais para eles, de aprendizagem, de
13
Ressalta ainda, que a secretaria faz levantamento contínuo para adquirir informação
sobre o quantitativo de alunos no município que necessitam de atendimento especializado o
qual é fundamental para essa “construção”, e que encontram muitos obstáculos, visto que a
maioria das famílias não compreendem a importância do acompanhamento clínico, e segundo
Lemos et al. (2014) é através deste acompanhamento que se define qual será a melhor forma
de trabalhar as habilidades cognitivas destes alunos.
Diante dessa realidade pensou-se que pode haver um número significativo de alunos
que foram escolarizados sem receber o devido atendimento e que, possivelmente, tiveram seu
aprendizado comprometido por não ter um plano de ensino individualizado apropriado para
cada um deles.
Corroborando com o sobredito, o projeto de lei n.º 5093, 2020, p.4, evidencia no seu
art. 5º que:
E segundo o sujeito 2, o município já conta com seis salas de AEE ativadas e garantem
que isso é fruto do trabalho que vem sendo realizado na cidade através de levantamentos e
acompanhamentos contínuos de sua equipe .
Contudo, ante ao exposto, surgiu o interesse em saber também, como a secretaria de
educação atua no acompanhamento desses alunos para se certificar se de fato estes estão
recebendo o atendimento que necessitam, dessa forma, as informações obtidas de acordo com
o sujeito 2 foram que faziam supervisão da seguinte forma:
Concluiu sua fala reafirmando que é tudo muito novo, que ainda estão “engatinhando”,
no entanto, declarou com entusiasmo os avanços obtidos na oferta do Atendimento
Educacional Especializado no município.
O sujeito 2 ainda acrescentou que a equipe do AEE visita as escolas, pois sentem a
necessidade de observar presencialmente os professores, os cuidadores e as crianças que têm
necessidades educacionais especializadas, demonstrando assim, uma certa desconfiança no
cumprimento do atendimento, uma vez que se expressa da seguinte forma: “(...) a gente
observa elas porque se não a gente vai ficar se reunindo com eles e eles vão dizer coisas do
semestre inteiro ou de um mês inteiro e a gente não tá vendo (...)”.
Logo, nota- se que esta forma de acompanhamento pode trazer resultados eficazes já
que possibilita uma comunicação mais direta entre os profissionais da educação e os que
atuam na secretaria municipal, permitindo ainda uma parceria que visa atender da melhor
forma possível os alunos que necessitam de uma educação especializada.
No entanto, é importante destacar que na instituição em que foi realizada a pesquisa,
provavelmente esse acompanhamento é feito apenas com os professores da sala de aula
comum, já que os alunos com necessidades educacionais especializadas, não frequentam a
sala de AEE por a escola não dispor de nem um profissional especializado atuando na sala de
recursos.
ocorrendo no contexto educacional. Por isso é tão importante que todos os participantes
estejam envolvidos na construção desse documento escolar, expressando suas ideias, sendo
capaz de ouvir e respeitar os pontos de vista e decisões coletivas.
E no que se refere a necessidades educacionais, percebemos a carência de profissionais
com formação continuada para atuar na educação especializada, já que a instituição contava
com apenas um, e este, segundo o sujeito entrevistado ainda não tinha começado a trabalhar
na sala de recursos do AEE, mas garantiu que ele se apresentaria na semana seguinte para dar
início ao seu serviço. Porém, constatou- se por meio do contato com a gestão e algumas idas à
escola, que o professor nunca compareceu.
Quanto ao quantitativo de alunos autistas matriculados, foram citados cinco no
momento da entrevista, embora apenas dois apresentassem laudos, cujo acesso só tivemos na
primeira quinzena do mês de junho, o que alterou o rumo de nossa proposta ( anexo).
Voltando – se para as salas de aulas regulares, procuramos saber se a escola dispunha
ou utilizava de modelos didáticos nas aulas, a entrevistada respondeu o seguinte: “eu acredito
que não existe, eles não sabem trabalhar (...)” eu até dou razão para os professores dessa
escola porque eles não foram treinados eles não têm culpa de ser do jeito que são (...)”.
Essa afirmação levantada pôs em contradição o que foi dito anteriormente pelos
sujeitos 1 e 2 uma vez que ambas foram unânimes em afirmar que disponibilizavam
capacitação para os professores municipais, afim de proporcionar a eles um direcionamento
de como adaptar suas atividades de forma a atender alunos com necessidades especializadas
na sala de aula comum . Além disso, explicaram que percebem que são os próprios
professores que se mantém resistentes a mudanças, pelo menos a maioria deles, por estarem
muito acostumados ao ensino tradicional.
Por isso, ao se expressar dizendo que até dar razão aos professores, nos pareceu que
estava tentando minimizar a responsabilidade que eles têm em buscar formação continuada
para se manterem atualizados e preparados para saber adaptar suas aulas de modo a contribuir
com inclusão de alunos com necessidades educacionais especializadas.
No entanto, o sujeito entrevistado prosseguiu seu argumento levantando uma questão
muito pertinente a respeito da necessidade de contratação de profissionais especializados para
trabalhar com os alunos alvo da pesquisa, pois como disse ela “(...) não pense que vai fazer a
mudança um pedagogo porque o pedagogo tá pra a alfabetização, mas ele não tá pra uma
criança com necessidades, tem que ser um especialista nessa área (...)”.
19
O conteúdo escolhido para o jogo foi de acordo com o assunto programático da turma,
além de ser um jogo com regras fáceis o que possibilitará a participação dos alunos com o
transtorno do espectro autista.
23
Encaminhamento metodológico
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio da análise dos dados desse estudo, foi possível concluir que os docentes da
escola investigada não tinham o hábito de elaborar estratégias pedagógicas específicas para o
ensino de Ciências dos alunos com TEA, uma vez que eles buscavam priorizar o processo de
ensino-aprendizagem dos demais alunos sem nenhum tipo de necessidade especializada.
Observou-se ainda, que o modelo tradicional de ensino, quadro-pincel, ainda perpetua
como o principal método a ser utilizado nas salas de aula pelos docentes. O que acaba por
dificultar o interesse e desenvolvimento dos alunos com necessidades especializadas, neste
caso, os autistas.
Compreendendo que esse método não seria o mais adequado para trabalhar as
necessidades educacionais desses alunos, está proposta pedagógica foi desenvolvida e
direcionada a alunos com transtorno do espectro autista de suporte 1, que por consequência,
não poderá ser utilizada como roteiro pronto a ser seguido por todos, pois cada autista tem sua
especificidade.
O docente que for executar a referida proposta pedagógica aqui sugerida está livre
para adequá-la aos seus métodos de ensino, ao espaço escolar e a realidade na qual os mesmos
estão inseridos.
Está proposta pedagógica, representa uma alternativa de ensino, ressaltando a
importância da educação especializada que pode ser desenvolvida juntamente ao conteúdo
programático de forma criativa e produtiva, trazendo conhecimento e maior interação entre os
estudantes.
25
Espera-se que esse trabalho possa trazer reflexões e contribuições para a inserção da
educação científica no processo educativo de alunos com transtorno do espectro autista,
ampliando, assim, as possibilidades e desenvolvimento das habilidades desses alunos.
6. REFERÊNCIAS
BARBOSA, Cinthyan R. Sachs C. de.et.al. Jogos Educativos para Crianças com Transtorno
do Espectro Autista: auxílio na comunicação e Alfabetização. XIX SBGames. Recife , 2020.
GUERRA, Bárbara Trevizan. Ensino de operantes verbais e requisitos para ensino por
tentativas discretas em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 2015. (142
páginas). Dissertação (Mestrado em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem) -
Universidade Estadual Paulista, UNESP, Faculdade de Ciências, Bauru, 2015.
LARA, Janaína Vieira de. Transtorno do Espectro Autista e o Ensino de Ciências. Caderno
de Apoio aos Professores: Transtorno do Espectro Autista e o Ensino de Ciências. Pelotas,
2022.
MADUREIRA, Nila Luciana Vilhena et.al. Práticas pedagógicas para alunos com TEA:
Estado da arte em dissertações brasileiras dos últimos dez anos. Nova Revista Amazônica. v.
X. n. 2, 2022.
MAGALHÃES, Célia de Jesus Silva et al. Práticas inclusivas de alunos com TEA: Principais
dificuldades na voz do professor e mediador. RPGE– Revista on-line de Política e Gestão
Educacional, Araraquara, v.21, n. esp.2, p. 1031-1047, nov. 2017.
SOUSA, B. L. C. M. de. Livro Gigante: ensino de botânica para estudantes com autismo.
2017. (45 f.), il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Naturais) –
Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2017.
APÊNDICES
28
ANEXOS
36