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PARNAMIRIM/RN
2022
FRANCIELMA ALVES SILVA
VANESCA AVELINO CÂMARA
PARNAMIRIM/RN
2022
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BANCA EXAMINADORA
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2 OBJETIVOS 4
2.1 OBJETIVO GERAL 4
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 4
3 JUSTIFICATIVA 5
4- REFERENCIAL TEÓRICO 6
4.1 xxxxxxxxxxxxxxxx 6
4.2 ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS DE PESQUISA 7
4.3 CAMPO EMPÍRICO: LOCAL E PÚBLICO-ALVO 7
5-CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 7
REFERÊNCIAS 8
CAPITULO 1
5
1. INTRODUÇÃO
Os profissionais da educação se preocupam com o ensino dos alunos com TEA, pois
percebem a dificuldade que os mesmos apresentam na sala de aula durante um ensino.
Corroborando com Angelo (2021), o autista pode ter uma forma de aprendizado mais lenta e
gradativa, sendo assim, é primordial que o professor seja capacitado ara ensinar esse aluno,
desenvolvendo métodos de ensino para melhor comunicação que possam atingi-lo de maneira
considerável. Nesse conceito, é notório que escolas e profissionais da área não tem
qualificação para atender de forma adequada para que os mesmos desenvolvam seu
aprendizado. Assim, “a escola deve focar em uma educação inclusiva para tornar o ensino
plural e qualificado, além de favorecer a aprendizagem dessas de alunos autistas, que por
vezes apresentam dificuldade de interação”. (Angelo, p.2. 2021)
Tendo em vista que a constituição federal de 1988 em seu Art. 205 diz que “Educação
é direito de todos e dever do estado e da família”. Sendo assim, as crianças com TEA, assim
como qualquer pessoa possui direito à educação e a escola e os seus familiares precisam
contribuir para a concretização desse direito tão importante. Muitas das vezes por falta de
conhecimento desses pais as crianças são impedidas de ter acesso à ambientes escolares que
por lei elas têm direito de serem incluídas. Se tivermos professores mais qualificados e atentos
às leis, eles conseguirão passar para os familiares que a criança com TEA está amparada por
lei da educação especial que se encontra na LDB (2018) no Art. 58 que diz; “Entende-se por
educação especial, para os efeitos desta lei a modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento de altas habilidades e superdotação”.
Através dessa lei as escolas têm o dever de receber essas crianças e entregá-las um
ensino de qualidade pois esse é o direito dado para elas (crianças), mesmo que seja difícil não
é impossível pois devido às dificuldades sociais e comportamentais no início do período
escolar pode ser considerado uma experiência um pouco difícil tanto para as crianças quanto
para os pais, pois estão saindo da sua zona de conforto e entrando em uma nova fase onde
requer paciência, esforço, dedicação e determinação para o início dessa nova fase, que
ingressar no início carreira educacional.
7
Com base nos achados da literatura, conforme afirma Caldeira (1993, p.592), “a
qualificação profissional dos professores deve ser contínua e permanente, pois a educação é
como um processo, que como tal, não se esgota também em um curso de atualização”, desta
maneira foi possível corrobora com esse autor que existe uma falta de conhecimento
especializado em profissionais que atuam em sala de aula e não sabem lidar com as
necessidades específicas do transtorno, tendo em vista que a cada dia que se passa a demanda
de crianças com TEA só aumenta, e não só com os autistas, mas com diversos outros tipos de
transtorno. Foram abordados alguns pontos que são de extrema importância para que aconteça
a inclusão dessas crianças. Os pontos que mais abordamos foi; a falta de qualificação dos
profissionais da rede pública de ensino, a não conscientização da comunidade num todo,
sendo escolar, comunidade e alguns pais de crianças com necessidades especiais que muitas
das vezes eles não sabem dos direitos que seus filhos tem, a qual citamos alguns em nossa
introdução e que deixa bem claro que a educação é direito de todos.
De acordo com Brasil (2020), pesquisa da PNEE foram encontrados dados em 2019
onde dos 100% dos docentes da educação básica apenas 5,8% têm formação continuada em
educação especial em todo o país. Na pesquisa do Inep/MEC (2021), “verificou-se um
aumento de 34,6% para 43,4% de professores com pós-graduação, de 2016 a 2020. Bem
como, uma elevação, com o percentual de docentes com formação continuada saindo de
33,3%, em 2016, para 39,9%, em 2020”. Foi levantado também nesta pesquisa o aumento do
número de matrículas na educação especial por tipo de deficiência, transtorno do espectro
autista e altas habilidades ou superdotação, no período de 2015 a 2019, na educação básica.
Onde o TEA em 2015 tinha 97.716 e em 2019 177.988 onde teve um grande aumento de
crianças diagnosticadas”. (Inep/MEC, 2021).
Onde em 2008 tinha 376 mil e em 2019 tinha 1,091 milhões. Não se tinha a
inclusão, e com isso se sentiam excluídos da cidadania. E quando começaram a ser
incluídos teve esse aumento gigantesco de matrículas. O percentual de alunos com
deficiência, transtornos do espectro autista ou altas habilidades matriculadas em
classes comuns, apesar de alguma variação, tem aumentado gradualmente para todas
as etapas de ensino. Com exceção da EJA, as demais etapas da educação básica
apresentam mais de 90% de alunos incluídos em classes comuns em 2020. A maior
proporção de alunos incluídos é observada no ensino médio, com inclusão de 99,3%.
O maior aumento na proporção de alunos incluídos, entre 2016 e 2020, foi
observado na educação infantil, um acréscimo de 8,8 p.p.
Ao abordar sobre o discente dentro do espectro autista, o objetivo geral foi investigar o
engajamento dos professores no processo de formação continuada destinado para a inclusão
de crianças com TEA na Educação Infantil. Para alcançar o objetivo, seguimos os objetivos
específicos que foi investigar o currículo da formação inicial dos cursos de Pedagogia;
pesquisar e analisar as competências docentes necessárias para atuar na Educação Infantil e na
educação inclusiva; compreender as práticas educacionais para inclusão desses estudantes no
contexto de uma instituição de Educação Infantil. Para isso, o primeiro capítulo buscou
contextualizar, histórico, características bem como a etiologia do TEA, com conceitos e bases
teóricas. No segundo capítulo, visou-se apresentar a trajetória histórica do aluno até seu
processo de inclusão. No terceiro capítulo trouxe reflexões teóricas frente aos desafios que o
professor encontra, no âmbito escolar, para incluir esses discentes. A interlocução entre
autismo e educação, a neurologia e a aprendizagem. E, por fim, o último, a formação contínua
de docentes e o desafio da educação inclusiva, a concepção da formação continuada e a
formação dos professores para construção de práticas pedagógicas inclusivas baseadas em
neurociência.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
No ano de 1911, ressaltado por Woiciechoski (2013), o psiquiatra Eugen Bleuler, pela
primeira vez usou o termo “autismo”, no qual tem origem grega: "autos" significa "de si
mesmo”. Foi através do psiquiatra americano Leo Kanner em 1943, ressaltou em sua
publicação cientifica, com o título de "Autistic Disturbences of affective contact" (Distúrbios
Austísticos do Contato Afetivo), na Revista Nervous Children, onze casos clínicos de crianças
9
com “distúrbios autistas de contato afetivo, no qual apresentou a primeira tentativa teórica de
explicar tal alteração, através de seu estudo em psicanálise, desenvolvimento e psicologia
médica” (KANNER, 1971).
Por não ter uma causa específica, Woiciechoski (2013), ressalta que é chamado de
Síndrome (conjunto de sintomas) e, como qualquer síndrome, o grau de comprometimento
pode variar do mais severo ao mais brando. Segundo Brasil (2013), a síndrome de Asperger
recebeu o nome do pediatra austríaco Johann "Hans" Friedrich Karl Asperger, foi descrita em
1944. O termo Psicopatia autística deixou de ser utilizado após a tradução para a língua
inglesa, entre as décadas de 70 e 80, passando a ser chamado de Síndrome de Asperger.
Corroborando com Dai Bai et Al, em sua pesquisa concluiu que: (Com base
em dados populacionais de 5 países, no que é do nosso conhecimento o maior estudo
até hoje, a herdabilidade do TEA foi estimada em aproximadamente 80%, indicando
que a variação na ocorrência de TEA na população é principalmente devido a
influências genéticas hereditárias, sem suporte para contribuição de efeitos
maternos. Os resultados sugerem possíveis diferenças modestas nas fontes de risco
de TEA entre os países. As contribuições das interações gene-ambiente ou
correlações entre genes e ambiente para o risco de TEA são importantes questões
não respondida) (Dai Bai et Al, 2019)
GAMA, 2012). No entanto, como observam Couto e Delgado (2015), a inclusão da saúde
mental infantojuvenil na agenda das políticas públicas nacionais se deu tardiamente, mesmo
no campo interno da saúde mental, fator que contribui para a compreensão dos dilemas
enfrentados atualmente em relação à rede de cuidados ofertada pelo SUS para autistas.
Na esteira desses debates, em 2013 foram lançados pelo Ministério da Saúde (MS)
dois documentos que tinham por objetivo fornecer orientações para o tratamento das pessoas
com TEA no SUS. Um deles foi o documento intitulado "Diretrizes de Atenção à Reabilitação
da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA)" (BRASIL, 2014), cuja abordagem
remete o autismo ao campo das deficiências, direcionando a terapêutica pela via da
reabilitação. O outro, a "Linha de Cuidado para a Atenção às Pessoas com Transtornos do
13
Para concluir, pode-se considerar, a partir desse panorama histórico, que – não
obstante os avanços significativos no campo (KLIN, ROSARIO, MERCADANTE, 2009) –, a
noção do que são os transtornos do espectro do autismo ainda está em aberto, e muitos
pensam ser melhor falar em autismos, no plural. A grande complexidade das questões
envolvidas nas diversas formas de autismo exige que a ética do campo público seja ao mesmo
tempo rigorosa e flexível, para dar acolhida a diferentes concepções sobre esse quadro.
investigar autores que falam sobre a inclusão dos mesmos em escola e os desafios enfrentados
por eles e pelos professores.
No artigo de Batista (2015), realizou sua pesquisa em quatro escolas distintas no RN,
obtive um quantidade “de treze alunos, na faixa etária de seis a dez anos de idade,
regularmente matriculados nos primeiros anos do ensino fundamental, sendo doze do sexo
masculino e apenas um do sexo feminino”. Corroborando com Schwartzman (2003), relata
que o autismo acomete especialmente sujeitos do sexo masculino.
Achados feito por Leão (2018), na secretaria de Educação especial inclusiva da SME
do Natal/RN, realizou uma investigação sobre o movimento de inclusão e o quanto ele tem
influenciado e provocado, ou não, transformações no campo da Educação Infantil na cidade,
através do processo de inclusão que ocorre nos Centros Municipais de Educação Infantil-
CMEIs do município, matrícula dos alunos com autismo, além do acompanhamento
especializado os assessoras que se responsabilizam pela orientação acompanhamento e
formação de todo o processo.
Mas a prática pedagógica das crianças com autismo, segundo Carrilho (2009),
também envolve a saúde do município através da Resolução do município de Natal/RN, em
seu Art. 41 é possível entender:
Para D’AMOUR et al., (2008), os cuidados com as crianças com T.E.A, é realizado
por muito profissionais de diversas áreas e diferentes serviços da rede de atenção que colabora
quando trata dos Serviços Especializados em Reabilitação, tanto na assistência, primária,
secundária e terciária, promovendo a integração das ações e estabelecimento de redes de
cuidado entre a atenção referidos como “serviços de referência de cuidado e proteção das
crianças, familiares e acompanhantes nos processos de estimulação precoce, reabilitação
auditiva, física, intelectual, visual, ostomias e múltiplas deficiências”. O trabalho desses
profissionais irá contribuir para o desenvolvimento da criança com T.E.A, dando apoio e
orientação aos educadores, às famílias e à comunidade escolar, visando à adequação do
ambiente escolar às especificidades das pessoas com deficiência.
Segundo Carrilho (2009), além desse espaço observamos que essa mesma resolução
orienta, em seu Art. 41, o estabelecimento de:
1
Etiologia: estudo da origem das coisas; usado na saúde de forma similar à etiopatogenia. (PEREIRA, 2004)
2
Patologia: Dedica-se ao estudo de alterações estruturais, bioquímicas e funcionais das células. É uma ponte
entre as ciências básicas e a medicina clínica, sendo a base científica de toda medicina (KUMAR, ABBAS,
FAUSTO, 2015)
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estudos que vêm a ser desenvolvidos na tentativa de contribuir para a definição de autismo,
mas ainda há muito a investigar à sua etiologia (Marques, 2002; Pereira, 1996, 1999).
Não existe um teste biológico para validação do diagnóstico de TEA, por tanto, ele
difere da avaliação e dos testes necessários a um protocolo de pesquisa. Existem muitos
artigos científicos que surgem na tentativa de colaborar na investigação da definição do TEA,
por ser um distúrbio de desenvolvimento complexo, representa etiologias múltiplas e se
caracteriza por graus variados de gravidade.
(a) prejuízo acentuado no uso de múltiplos comportamentos não verbais, tais como
contato visual direto, expressão facial, posturas corporais e gestos para regular a
interação social;
(b) fracasso em desenvolver relacionamentos com seus pares apropriados ao nível de
desenvolvimento.
(c) falta de tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou realizações de
outras pessoas (p. ex. não mostrar, trazer ou apontar objetos de interesse);
(d) falta de reciprocidade social ou emocional. (KEINERT E ANTONIUK, 2012, p.
32).
3
CID é a sigla para Classificação Internacional de Doenças, traduzida do termo inglês ICD (International
Classification of Diseases). Funciona como uma tabela publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e
tem como principal objetivo padronizar doenças e problemas de saúde em geral. Em 2019 a OMS publicou a
décima primeira edição do CID (CID 11), que deve ser seguida pelos países membros a partir do ano de 2022
(WORD HEALTH ORGANIZATION, 2021). A CID-11 segue o DMS-5 e apresenta as entidades nosográficas
anteriormente descritas sob a métrica do Autismo como Transtorno do Espectro Autista. No entanto, enquanto o
DSM- 5 sugere três níveis de classificação para o TEA de acordo com o nível de suporte que o indivíduo
necessita, o CID 11 categoriza os Transtornos Globais do Desenvolvimento (exceto Síndrome de Rett) como
Transtorno do Espectro Autista e sugere que os oito subgrupos nele contidos sejam classificados de acordo com
o prejuízo na linguagem funcional e com a presença ou não de deficiência intelectual associada. (WORD
HEALTH ORGANIZATION, 2021)
18
Ainda, para Rodrigues (2013), os indivíduos com a síndrome podem apresentar outra
patologia em conjunto, como, por exemplo, déficit de atenção e hiperatividade 4. É também
4
A hiperatividade é um transtorno neurobiológico de causas genéticas, caracterizado por sintomas como falta de
atenção, inquietação e impulsividade. Aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida.
Hiperatividade é o aumento da atividade motora. A pessoa hiperativa é inquieta e está quase constantemente em
19
No Brasil, Segundo Santos et al. (2013), o ensino para crianças autista, necessita
avançar, pois a não aceitação, ainda é grande por parte das escolas. Deste modo, recomenda-
se que as práticas pedagógicas sejam respeitadas e desenvolvidas com base nas limitações de
cada criança, mas nunca deixando de incentivar a superação do aluno com autismo (SANTOS
et al., 2013).
O aluno autista necessita de uma boa metodologia, as salas de aulas devem ter número
de alunos reduzidos, facilitando a assistência necessária do professor ao autista, pois é
importante a criação de rotinas de trabalho, como arrumação da sala, formas de escrever no
quadro negro, também é preciso um ambiente calmo e sem não deve ter agitação, pois
mudanças bruscas no ambiente podem irritar a criança autista (SANTOS et al., 2013).
movimento.
20
Para Serra (2010), os profissionais têm que ser bem capacitados para executar este
trabalho que é muito importante, pois, necessitam ser analisados criteriosamente, as alterações
depois de cada contato, onde é registrado tudo detalhadamente. Assim, os resultados
observados gerarão novos planejamentos do tratamento, ocorrendo sucesso nas estratégias
utilizadas. Mas para que isso ocorra, as escolas têm que ser inclusivas e propícias para pessoas
autistas, os professores carecem de ser capacitados sabendo lidar com diferenças de estágios
utilizando as metodologias de acordo com as necessidades da criança, para que ocorra um
convívio natural com os alunos que encontrará na sala de aula.
Foi no ano de 1988 que foi escrito a Carta Magna, que trouxe para a sociedade meios
de fazer o bem à todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outros.
21
“A Constituição define, no artigo 205, a educação como direito de todos e dever do Estado, e,
no artigo 206, estabelece igualdade de condições de acesso e permanência na escola, sendo
dever do Estado também garantir a oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE),
preferencialmente na rede regular de ensino (BRASIL, 1988).
Um novo olhar sobre a educação segundo Santos (2012), ocorre mundialmente no ano
de 1990 devido aos eventos internacionais que acontecem, como a Declaração Mundial de
Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994), que aborda princípios,
políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais, um marco internacional na
luta pela garantia dos direitos das pessoas com deficiência. Também em 1994, é publicada a
Política Nacional de Educação Especial (PNEE), já inspirada na Declaração de Salamanca. A
referida política apresentava como objetivo organizar e orientar o processo de integração
institucional das escolas regulares condicionando o acesso às classes comuns somente para
aqueles que “possuíssem condições de acompanhar as atividades regulares da classe” (MEC,
2016).
percentual de docentes com nível superior completo foi gradual, partindo de 64,1%, em 2016,
para 76,5%, em 2020. (INEP, 2021)
Na cidade de natal, o instituto federal do rio grande do norte, oferece curso acadêmico
de educação continuada, segundo Leão (2018), em sua pesquisa relata que a secretaria de
educação dão suporte para que os professores da educação infantil se atualizem e para a
transformação de sua prática profissional. Leão (2018), “Bem como, que o acesso ao
conhecimento e o exercício da reflexão permitem a ressignificação dos princípios e a
possibilidade de mudar os paradigmas já construídos”.
Nesse sentido, ter aluno com TEA é desafio ao docente por uma busca em formação
continuada que minimizem as dificuldades do processo de escolarização destes educandos
(NUNES et al., 2013). De acordo com Mantoan (2015, p. 9), “os professores são bastante
resistentes às inovações educacionais, como a inclusão”, fazendo-se necessário, portanto,
resgatar a confiança de que o docente é capaz de ensinar aos alunos sem exceção,
“entendendo que não há alunos que aprendem diferente, mas diferentemente” (MANTOAN,
2015).
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Existem diversos recursos que podem ser utilizados pelos professores para tornar a
aula mais dinâmica e atrativa, contribuindo para a aprendizagem e motivação dos alunos.
Dentre esses recursos, é possível ressaltar a utilização de materiais que auxiliem o
desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem, facilitando a relação entre o
professor, o aluno e o conhecimento. Segundo Nicola e Paniz (2016, p. 358);
6. Aprenda a pedir ajuda; 7. Tenha apoio durante o recreio onde, por exemplo, poderá
dedicar-se a seus assuntos de interesse, pois caso contrário poderá vagar, dedicar-se a
algum assunto inusitado ou ser alvo de brincadeiras dos colegas; 8. Seja elogiado
sempre que for bem sucedido (p. 30).
Dessa forma a escola pode estar contribuindo, fazendo com que a criança estabeleça
contato social. Assim concorda Silva (2012) ao afirmar que:
Para Suplino (2005) há uma visão geral sobre a visão das deficiências:
3 METODOLOGIA
Essa pesquisa irá contribuir para entender o processo de formação de cada professor,
por meio de um questionário que será destinado a professores da educação infantil da rede
pública da cidade de Parnamirim. O levantamento de dados ocorreu através da utilização do
aplicativo gratuito Google Forms. Inicialmente, foram desenvolvidas 10 questões discursivas
e de múltipla escolha sobre o tema a ser analisado. O questionário foi desenvolvido pelos
próprios autores.
submetidas ao aplicativo Google Forms, foi passado para os professores do Centro Municipal
de Educação Infantil da rede pública da cidade de Parnamirim.
CAPITULO 2
4. RESULTADO E DISCUSSÕES
No presente artigo, participaram da pesquisa 18 professores, que responderam o
questionário e o resultado encontrado foi o seguinte:
É importante para as crianças com TEA que os professores sejam capacitados para o
ensino da educação infantil delas, para colaborar com seu desenvolvimento…..
GRÁFICO 4 – Você considera que sua prática docente atual promove a inclusão e o
aprendizado de estudantes com transtorno do Espectro Autista?
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Achados de FERREIRA (2017), relatou em sua pesquisa que 100% dos professores
votaram que não promovem a inclusão em sua prática docente. Corroborando com Andrade
(2016, p. 35), “sua preparação na graduação não foram oferecidas práticas que de fato os
preparassem para promover a inclusão”. Sendo assim, os professores não se sentem seguros
para colocar as prática pedagógica para os alunos da educação infantil na perspectiva da
educação inclusiva.
questionário 3 44% diz que não recebeu orientações e 56% diz que recebeu. E no questionário
4 50% diz que promove a inclusão e 50% diz não promover.
GRÁFICO 7 - Durante seu período de docência teve contato com conteúdo sobre a
neurociência para educação?
30
Segundo FERREIRA(2017), Os dados encontrados em seu gráfico; 67% diz não ter
conhecimento sobre neurociência para educação, estes dados vêm ao encontro com as
pesquisas de Bartoszeck (2009), que explanam que as Neurociências ainda são um saber
desconhecido, surgindo a necessidade de aprofundamento de estudos pela maioria dos
professores.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
31
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DELGADO, 2011; BERLINCK, MAGTAZ; TEIXEIRA, 2008; COSTA et al., 2011; GAMA,
2012
APÊNDICE A
( ) menos de 1 ano
( ) entre 1 e 5 anos
( ) entre 5 e 10 anos
( ) mais de 10 anos
2. Qual é sua formação acadêmica?
( ) Graduação
( ) Especialização
( ) Mestrado
( ) Doutorado
3. Durante seu período de docência teve contato com conteúdo advindo da neurociência?
( ) Sim
( ) Não
4. Durante seu período de docência já recebeu informações sobre a inclusão de alunos
com necessidades especiais no ensino regular?
( ) Sim
( ) Não
5. Suas práticas docentes atuais promoveriam a inclusão e o aprendizado de alunos com
Transtorno do Espectro Autista?
( ) Sim
( ) Não.
6. Seria capaz de citar características clínicas de sujeitos com Transtorno do Espectro
Autista? Em caso afirmativo relate pelo menos 3 (três) dessas características.
7. Compreende as características educacionais de alunos com TEA?
8. O ensino regular garante o aprendizado de alunos com Transtorno do Espectro
Autista?
9. Considera relevante para você (professor) o conhecimento sobre estruturas cerebrais
no desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas?
10. Considera necessária e pertinente ao ensino regular a adequação curricular,
objetivos e metodologias de ensino para atender aos alunos com TEA?
Agradecemos sua participação!!!!