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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

DOUTORADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

EDMILSON GALDINO DA SILVA

LINHA DE PESQUISA CIENTÍFICA

AS NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENSINO PÓS PANDEMIA: UTILIZAÇÃO


DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO PRESENCIAL

Flórida/EUA

2021
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
DOUTORADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

EDMILSON GALDINO DA SILVA

LINHA DE PESQUISA CIENTÍFICA

AS NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENSINO PÓS PANDEMIA: UTILIZAÇÃO


DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO PRESENCIAL

Flórida/EUA

2021
1

FOLHA DE APROVAÇÃO

EDMILSON GALDINO DA SILVA

AS NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENSINO PÓS PANDEMIA: UTILIZAÇÃO


DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO PRESENCIAL

Projeto de Pesquisa - apresentado como requisito para obtenção de nota na


disciplina de Metodologia de Pesquisa Científica da Absoulute Christian University.

______________________________________________

Presidente da Banca

____________________________________________________

Membro 2

____________________________________________________

Membro 3

Aprovado em___/___/___.
2

Dedico este trabalho à Deus, que foi e


sempre será minha fortaleza, e a minha
família por me apoiar incondicionalmente.
3

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida;

A minha família, pela compreensão carinho e apoio, sempre demonstrado, o que


muito contribuiu para que conseguisse finalizar esta importante etapa da minha vida.

A meus colegas de curso, pelo apoio mutuo, que foi uma ponte para o conhecimento
conseguidos ao longo do curso.

Aos professores, pela maestria com que nos conduziram nestas aprendizagens,
serei eternamente grato.

Enfim, a todos que direta ou indiretamente ajudaram a realizar este grande sonho.
4

"A mente que se abre a uma nova ideia


jamais voltará ao seu tamanho original".
(Albert Einstein)
5

SUMÁRIO

TEMA.................................................................................................................06
1 INTRODUÇÃO................................................................................................06
2 PROBLEMA ...................................................................................................07
3 JUSTIFICATIVA..............................................................................................08
4 HIPÓTESE......................................................................................................09
5 OBJETIVOS....................................................................................................10
6 METODOLOGIA..............................................................................................11
7 RECURSOS....................................................................................................12
8 REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................13
9 CRONOGRAMA .............................................................................................25
10 REFERÊNCIAS ............................................................................................26
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TEMA

As novas perspectivas para o ensino pós-pandemia: utilização das novas


tecnologias no ensino presencial.

1 INTRODUÇÃO

A crise sanitária vivenciada entre os anos de 2019 e 2021 levou ao


fechamento inesperado das escolas, gerando novas demandas e grandes desafios
para os pais, que tiveram de assumir um papel de maior protagonismo na educação
de seus filhos; para os alunos, que não tinham a figura presencial dos professores e
nem a interação social realizada no ambiente escolar, mas principalmente, a maior
necessidade de adequação e de reinvenção foi sentida e vivenciada pelos
professores.
Estes profissionais foram obrigados a se reinventar nessa pandemia,
sendo sacados do seu ambiente laboral, onde tinham contato próximo dos alunos,
para auxiliá-los na superação de suas dúvidas, tiveram que transferir suas aulas
presenciais para os meios eletrônicos, o que gerou a necessidade de se
aprimorarem frente às novas tecnologias, área em que muitos eram verdadeiros
leigos. Estes e outros foram alguns dos grandes desafios enfrentados por
professores atingidos por essa pandemia.
Ao longo deste processo, os professores se apropriaram de novas formas
de ministrar suas aulas, utilizando para isso as ferramentas digitais, repassando
seus conteúdos em forma de blogs, vídeo aulas gravadas em sites como o youtube,
refazendo seus planejamentos para a modalidade a distância, bem como, preparar
suas aulas e postar nos sites e plataforma, e disponibiliza-los nos grupos de
whatsapp, criados pelas escolas.
Estas aprendizagens perdurarão dentro da educação após a pandemia,
despontando assim novas possibilidades e perspectivas para a educação, que por
muito tempo foi resistente frente a utilização destas tecnologias. No entanto, a
pandemia fez com que estas ferramentas que possibilitam uma interação bem maior
sejam incorporadas em definitivo pelos professores.
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2 PROBLEMA

O modelo de educação nacional da educação básica, continuamente, foi


pautado única e exclusivamente nas aulas presenciais. Este modelo, sempre
careceu do contato do professor com o educando. Por séculos, prevaleceu assim,
sendo até mesmo a área da educação, resistente a adoção de modelos que
introduzissem a tecnologia dentro das aulas, como bem frisa Masetto (2000, p. 142):
Para nós, professores, essa mudança de atitude não é fácil. Estamos
acostumados e sentimo-nos seguros com o nosso papel de comunicar e
transmitir algo que conhecemos muito bem. Sair dessa posição, entrar em
diálogo direto com os alunos, correr risco de ouvir uma pergunta para a qual
no momento talvez não tenhamos resposta, e propor aos alunos que
pesquisemos juntos para buscarmos resposta tudo isso gera um grande
desconforto e uma grande insegurança.

Porém, a zona de conforto exposta pelo autor, foi repentinamente


quebrada, fazendo com que os professores adotassem de maneira até mesmo
impositiva as tecnologias, para que o processo de ensino aprendizagem pudesse ser
continuado. Frente a isso, nossos problemas giram em entorno de como será o
ensino pós-pandemia, nos perguntando, até que ponto as tecnologias manipuladas
neste período serão incorporadas dentro das aulas presenciais? Quais delas são
mais adequadas para isso? Enfim, como estas tecnologias influenciarão o processo
de ensino aprendizagem daqui para frente.
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3 JUSTIFICATIVA

Este trabalho possui inúmeras justificativas, que serão elencadas a


seguir. Primeiramente partiremos da realidade enfrentada pela educação no período
de pandemia de COVID 19, vivenciado entre os anos de 2019 a 2021, este período
foi de grandes desafios para toda a humanidade, e a área da educação teve que se
reinventar, quebrar paradigmas, transferir do modelo presencial para o modelo a
distância.
O maior desafio dentro da área da educação foi a necessidade de
adequação das metodologias, planos de ensino e de aula para uma realidade onde
não se teria o contato com o aluno, para que a escola conseguisse realmente chegar
ao aluno, necessitou que os professores aprendessem a manipular tecnologias
antes desconhecida de muitos, não sendo treinados nem capacitados pela maioria
dos sistemas de ensino, que apenas jogaram a responsabilidade de continuar as
aulas nas costas do professor, sem no entanto, dotá-lo de meios para isso.
Mas mesmo com todas estas dificuldades os professores conseguiram
fazer com que a escola chegasse ao aluno, e o mesmo não fosse tão prejudicado.
As aprendizagens conseguidas neste processo tão sofrido perdurarão além da
pandemia, fazendo com que a educação ganhe com isso, pois finalmente os
professores irão se abrir para a adoção destas ferramentas em suas aulas.
Arruda (2020, p.259) corrobora o que dizemos ao afirmar “A pandemia
fará com que a educação incorpore as tecnologias, não se podia tolerar que em uma
sociedade tão conectada tal situação demorou tanto tempo para ocorrer.” É evidente
que de todas as eras que vivemos, esta é sem sombra de dúvidas a que a
tecnologia se faz mais presente, não sendo mais possível a educação apenas tentar
fechar-se para ela, pelo contrário, se deve estimular que estas práticas sejam
incorporadas ao ensino, fazendo com que as aulas fiquem mais interessantes e
desafiadoras para os alunos.
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4 HIPÓTESE

As novas tecnologias que os professores tiveram que lançar mão para


ministrarem suas aulas durante a pandemia de COVID, trarão novas perspectivas
para a educação como um todo, perdurando mesmo após vencida esta batalha
contra o vírus, trazendo grandes ganhos para o processo de ensino aprendizagem
dos alunos.
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5. OBJETIVOS

5.1 Objetivo geral

Discutir as novas perspectivas trazidas para o ensino após a pandemia, com


a incorporação das novas tecnologias utilizadas no período da pandemia nas aulas
presenciais.

5.2 Objetivos específicos

 Debater sobre como foi esse processo de adaptação das aulas presenciais
para as remotas;
 Realizar um levantamento detalhado das tecnologias utilizadas pelos
professores em suas aulas remotas;
 Apresentar quais destas tecnologias seriam mais viáveis para serem
continuadas após a pandemia.
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6. METODOLOGIA

A presente pesquisa trata-se de um estudo de campo, de natureza


quantitativa, que será realizado com professores lotados em escolas públicas do
município de Caucaia, Ceará. Buscando entender como foi o ensino na pandemia, e
como estes profissionais vislumbram o ensino pós-pandemia, com a adoção das
ferramentas digitais por eles utilizadas no ensino remoto.
Será construído um referencial teórico, que possa embasar o leitor para
os resultados conseguidos na pesquisa. Utilizará-se-a, como fonte livros publicados,
revistas cientificas, artigos publicados em revistas e eventos científicos, bem como,
monografias, dissertações e teses, que aprofundem a área de interesse. Os dados
aferidos na pesquisa serão tabulados e transformados em tabelas, que serão
discutidos a luz de autores que possuam alguma publicação relevante dentro da
área de interesse da pesquisa.
A proposta de trabalho será submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP) da instituição Absoulute Christian University. A pesquisa somente iniciará
após o aval do CEP e anuência (Anexo A) das instituições de ensino. Além disso, o
pesquisador assinará um termo de responsabilidade (Apêndice A), bem como os(as)
entrevistados(as) que aceitarem participar da pesquisa assinarão um Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice B).
A amostra da pesquisa será composta por cem (100) professores lotados
em escolas públicas do município de Caucaia-Ce, escolhidos de maneira aleatória.
Após a seleção, aos que aceitarem participar e assinarem o TCLE, será aplicado
questionário (Apêndice C) por meio de entrevistas, utilizando como ferramenta um
questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas.
Procura-se ao final da pesquisa e da discussão dos resultados aferidos,
entender um pouco mais como as novas tecnologias utilizadas no ensino remoto
trarão novas perspectivas para a educação, e se serão utilizadas quando as aulas
retornarem de maneira presencial.
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7. RECURSOS

7.1 RECURSOS HUMANOS

Os recursos humanos dispensados para efetivação da pesquisa


compreenderão, a mim, enquanto pesquisador, colaboradores que auxiliarão na
realização das entrevistas e os entrevistados.

7.2 RECURSOS FINANCEIROS E MATERIAIS

DESCRIÇÃO QUANTIDADE VALOR


Formatação do final do projeto 01 150,00
Papel A4 para Impressão (resmas) 02 45,00
Tinta para impressora 01 150,00
Encadernação do projeto com cópias 03 50,00
Compra de livros e periódicos _____ 230,00
TOTAL _____ 695,00

8. REFERENCIAL TEÓRICO
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Em virtude da pandemia, o ensino teve que passar por uma grande


alteração, deixando de ser um modelo centrado na presença do professor,
auxiliando o aluno de maneira presencial, para um modelo de ensino a distância.
Essa mudança acarretou uma série de desafios e possibilidades para a área da
educação, mas principalmente para os professores, que tiveram que se reinventar
nesse período.

8.1 O ENSINO ANTES DA PANDEMIA

A educação sistematizada em nosso país começou com os jesuítas ainda


no Brasil Colônia, onde estes aportaram, através da companhia de Jesus por volta
do século XVI, com o objetivo de catequizar os indígenas e as outras pessoas que
aqui viviam, que em sua visão, estavam submetidos ao pecado da ignorância
necessitando ser salvos. Não é mérito deste trabalho discutirmos acerca dos
processos educacionais realizados por esses primeiros educadores dentro dos
padrões da época, basta apenas citarmos o legado deixado por eles apontado por
Gadotti (2002, p. 231):

Os jesuítas nos legaram um ensino de caráter verbalista, retórico, livresco,


memorístico e repetitivo, que estimulava a competição através de prêmios e
castigos. Discriminatórios e preconceituosos, os jesuítas dedicaram-se à
formação das elites coloniais e difundiram nas classes populares a religião
da subserviência, da dependência e do paternalismo, características
marcantes de nossa cultura ainda hoje. Era uma educação que reproduzia
uma sociedade perversa, dividida entre analfabetos e sabichões, os
"doutores".

Podemos perceber ao analisarmos a fala do autor que os jesuítas, não


poderiam ser vistos como educadores se olharmos sob a ótica do termo entendido
na atualidade, por pautarem um modelo de ensino voltado apenas para as elites,
renegando a grande parte da população nacional. Mas se observarmos com mais
atenção a fala do autor ainda é possível vermos alguns traços desse tipo de
educação jesuíta em nossos tempos.
A educação nesse período ocorria na maioria das vezes dentro dos
mosteiros, e era voltada apenas para uma minoria que conseguia arcar com os altos
custos cobrado. Rapidamente essa Companhia de padres jesuítas se espalhou pelo
país, ganhando uma grande força frente às instituições públicas, que começaram a
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vê-los como uma ameaça para os poderes instituídos por Portugal, o que levou a
expulsão dos jesuítas com a reforma de Marquês de Pombal em 1759.
Com a saída dos jesuítas do Brasil ficamos sem um sistema de ensino,
pois todas as escolas existentes no território nacional eram mantidas por esse
grupo, somente depois de um certo tempo, em 1774, ou seja, depois de 15 anos da
saída dos jesuítas, foi que se iniciou o processo de retomar o ensino. Mesmo com a
instituição das aulas régias, não existia formação a nível superior para os
professores, que eram admitidos nas funções apenas demonstrando que possuíam
conhecimentos básicos de leitura e escrita (SAVIANI, 2011).
Essa situação só muda por volta de 1835, quando surgiram as primeiras
escolas de formação específica de professores. Por um tempo a educação em
nosso país andou a duras penas, somente com as lutas implementadas por Anísio
Teixeira, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo e outros, chamados de pioneiros da
educação, é que se começa o debate acerca da oferta mais ampla da educação
pública e de qualidade, que não servisse apenas a uma minoria, que já era muito
privilegiada por serem pertencentes às classes dominantes (ARANHA, 2006).
No Estado Novo, inicia-se um processo de ampliação da oferta da
educação inicial para um número maior de pessoas, mas com um objetivo bem
diferente do que emancipar os povos, como expõe Freitag (1980, p.52):
A política educacional do Estado Novo não se limita à simples legislação e
sua implantação. Essa política visa, acima de tudo, transformar o sistema
educacional em um instrumento mais eficaz de manipulação das classes
subalternas. Outrora totalmente excluídas do acesso ao sistema
educacional, agora se lhes abre generosamente uma chance. São criadas
as escolas técnicas profissionalizantes (“para as classes menos
favorecidas”). A verdadeira razão dessa abertura se encontra, porém, nas
mutações ocorridas na infra-estrutura econômica, com a diversificação da
produção…”

Podemos perceber analisando essa linha histórica produzida até o


momento que a educação por muitos séculos em nosso país era privilégio de
poucos, como bem enfatiza Saviani (1985, p.56) “As elites forjavam, e forjam, a
educação para reproduzir as elites, ignorando a qualificação e a participação do
povo (…). O ensino mascara o saber para subsidiar o poder.”
Esse ensino perpetuado por séculos em nosso país é pautado quase que
exclusivamente no modelo reprodutivo e decorativo, que era utilizado pelos jesuítas
ainda no século XVI, este modelo preconiza que o professor é detentor único do
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conhecimento, e o aluno é um mero receptáculo deste, não o ator do seu próprio


processo de aprendizagem.
Somente com o surgimento da constituição de 1988, o ensino nacional
inicia um processo de melhoria e ampliação de sua oferta, se preocupando a cada
ano que passa, após a promulgação da LDB em 1996, com um ensino público de
qualidade, prezando pela equidade e oportunizando igual acesso e permanência dos
alunos na escola.
Mesmo com os avanços aferidos nas últimas décadas, a educação
nacional ainda é quase que exclusivamente necessitária de métodos educacionais
que já duram séculos, como por exemplo, a necessidade de se ofertar as aulas
apenas dentro de salas de aulas, e uma certa resistência em realizar o ensino e
aprendizagem em outros espaços, pois ainda se tem a visão de que somente o
professor e a lousa podem levar ao êxito na aprendizagem dos alunos,
desconsiderando a importância dos alunos nesse processo.
Outro fator relevante a ser exposto aqui é a resistência que se tem dentro
do ambiente escolar na implementação das novas tecnologias, resistência esta, que
perpassa quase todos os atores envolvidos no processo de ensino-aprendizagem,
ainda se tem a visão limitada e retrógrada que o professor que se utiliza das
tecnologias está somente tentando enrolar suas aulas.
Visão esta infelizmente compartilhada por pais, responsáveis, pelo núcleo
gestor de muitas escolas, e principalmente por muitos professores. A grande
dificuldade da maior implementação dessas novas ferramentas no ambiente escolar
parte do próprio professor, por inúmeras razões, como por exemplo, a falta de
experiência em manipulá-las e a dificuldade em se aperfeiçoar ou pedir ajuda aos
colegas que possuam habilidade para lidar com as tecnologias.
Muitos profissionais da educação ainda estão situados em uma zona de
conforto que os anos de atuação lhe proporcionaram, fechando-se para tudo o que
possa de alguma maneira abalar seus conhecimentos e metodologias educacionais,
que os mesmos já utilizam, às vezes, a décadas, sem precisar reformulá-las (DEMO,
2010).
Tais atitudes vão de encontro à própria área da educação, que não deve
se desatualizar jamais, pois incorre no sério risco de ficar ultrapassada, perdendo
assim espaço dentro da sociedade, e principalmente deixando de ofertar para os
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alunos todos os benefícios que a era tecnológica em que vivemos pode


proporcionar.
Não dá mais para os professores apenas fecharem os olhos para as
novas tecnologias, já que elas estão presentes cada vez mais em nossas vidas, e o
acesso as mesmas, está cada vez mais fácil e começando a cada ano que passa, a
fazer parte mais cedo do cotidiano das crianças, sendo comum vermos crianças de
pouca idade conseguindo ter uma maior desenvoltura em relação às tecnologias do
que uma pessoa mais velha. Como nos diz Silva (2001, p.56):
O método de ensino não acompanha a velocidade das mudanças e
novidades que surgem a cada momento, nem muito menos as novas
tecnologias descobertas a cada dia. O aluno, por sua vez, perde o
encantamento com o estudo formal e com a sala de aula. Não é por nada
que a opinião corrente entre os alunos é de que as aulas deveriam ser
alegres, descontraídos e criativos.

O fato é que, a escola deveria ver as tecnologias, não como um inimigo a


ser combatido, mas como uma possibilidade de aprendizagem, esses novos meios
são muito mais próximos dos alunos do que a lousa e o pincel, cabendo ao
professor dinamizar suas aulas para que as novas tecnologias possam efetivamente
contribuir para oportunizar uma real aprendizagem para o educando.
Os modelos utilizados por gerações necessitam urgentemente serem
atualizados, dando um maior enfoque aos meios eletrônicos e à utilização de novas
ferramentas em outros locais e espaços, é claro, com um intuito pedagógico visando
algum tipo de aprendizagem, previamente determinada pelo professor. Lion (2007)
corrobora com o que foi dito acima ao afirmar que “A nova tecnologia está aqui. Não
desaparecerá. Nossa tarefa como educadores é assegurar que quando entre em
aula faça-o por boas razões políticas, econômicas e educativas”. Ideia seguida por
Rocha (2008, p.1):

Urge usar a tecnologia a favor de uma educação mais dinâmica, como


auxiliadora de professores e alunos, para uma aprendizagem mais
consistente, não perdendo de vista que o computador deve ter um uso
adequado e significativo, pois Informática Educativa nada tem a ver com
aulas de computação.

Logo, esta atualização é primordial para que a educação possa se manter


na busca constante de seu objetivo principal que é a formação integral do educando,
preparando-o para uma inserção dentro de uma sociedade cada vez mais conectada
e dinâmica.
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8.2 O ENSINO DURANTE A PANDEMIA

Todo o mundo foi pego de surpresa na passagem do ano de 2019 e


principalmente no início do ano de 2020, jamais se imaginaria a exatamente um ano
atrás, que estaríamos passando por uma situação tão desafiadora e letal, como essa
pandemia em que estamos mergulhados.
A circulação e disseminação do vírus causador da COVID-19, foi
surpreendente para os mais variados cientistas do mundo, que buscam de maneira
desenfreada formular vacinas que possam imunizar toda a população contra o
mesmo, evitando assim mais mortes. Werneck e Carvalho (2020, p. 12) nos
mostram que:
A pandemia da COVID-19 pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) tem se
apresentado como um dos maiores desafios sanitários em escala global
deste século. Na metade do mês de abril, poucos meses depois do início da
epidemia na China em fins de 2019, já haviam ocorrido mais de 2 milhões
de casos e 120 mil mortes no mundo por COVID-19, e estão previstos ainda
muitos casos e óbitos nos próximos meses. No Brasil, até então, tinham
sido registrados cerca de 21 mil casos confirmados e 1.200 mortes pela
COVID-19.

Esses números apresentados pelos autores citados cresceram


aterrorizantemente e de maneira cada vez mais rápida, o que levou à necessidade
de adoção pelos governos de praticamente todos os países do mundo, de medidas
restritivas de circulação, autorizando o funcionamento somente dos serviços
essenciais.
Em nosso país o primeiro caso confirmado foi no mês de fevereiro, e se
alastrou em uma velocidade espantosa, nossos governos estaduais diante da
imobilidade do governo federal, foram decretando o fechamento total de suas
atividades econômicas, o chamado lockdown. Em nosso estado o decreto que
regulamenta este evento data o dia 17 de março de 2020.
Desta data em diante a grande maioria das atividades ficaram impedidas
de funcionar, e as escolas foram uma delas, o que pegou todo o sistema
educacional brasileiro de surpresa, pois os mesmos não sabiam como agir frente a
esta situação, ficou uma grande incógnita de como conseguiriam ministrar suas
aulas e dar fim ao ano letivo de 2020, tendo que respeitar os preceitos colocados
pela Lei de Diretrizes e Base - LDB, em relação a ofertada de dias letivos e horas
trabalhadas em cada etapa da Educação Básica.
18

Se os sistemas de ensino ficaram perdidos com as medidas sanitárias


impetradas pelos governos, os alunos e pais também ficaram, pois foram retirados
do convívio diário com seus iguais, bem como, houve uma quebra muito grande da
rotina diária dessas pessoas. Os professores também tiveram grandes mudanças
que deixaremos para abordar um pouco mais a frente.
Do caos inicial vivido pelos sistemas de ensino, começa-se a pensar em
maneiras de levar a escola até o aluno, já que os mesmos não podiam vir até ela.
Em relação a isto Machado (2020, p.59) nos diz:
Essas novas formas de “levar” a escola até o aluno, estão sendo
desafiadoras para todos os envolvidos. Para os professores que em tempo
recorde tiveram que reinventar o seu plano de aula, se aventurando em um
universo desconhecido para muitos, o ensino à distância e novas
tecnologias. Para os responsáveis, que em meio a um turbilhão de
atividades e preocupações, estão assumindo o papel de tutores e
educadores de seus filhos. Muitos não fazem ideia do que fazer, estão
completamente perdidos.

Podemos perceber que o autor toca em diversos pontos sensíveis em sua


fala, que gradativamente vamos esmiuçando neste capítulo, como a necessidade de
adequação quase que imediata, cobrada pelos sistemas de ensino, para que os
professores transformassem seus planejamentos realizados para um ambiente
presencial, que levava em consideração todas as variantes presentes em uma sala
de aula, para um ambiente desconhecimento por muitos que é o ensino remoto.
Essa imposição de adequação se deu quase que de maneira instantânea,
logo depois que as secretarias de educação se recuperaram do choque inicial
sofrido com a paralisação das aulas presenciais. Cobrou-se planos de aulas, vídeos
aulas, utilização de ferramentas de ensino como o Classroom, fora as reuniões
sistemáticas como todos os professores que deveriam ocorrer nos aplicativos como
o Zoom e o Google Meet.
Todas essas cobranças foram realizadas, pelas instâncias superiores das
redes de ensino, mas em nenhum momento foi pensado, se os professores
dominavam essas tecnologias para conseguir alcançar todas essas solicitações,
nem muito menos, caso identificado que o profissional não dispunha de expertise
para tal, pensar em algum tipo de formação que os auxiliassem. Nada disso ocorreu,
e os professores acabaram ficando sobrecarregados, ganhando até outras
incumbências, como por exemplo, serem responsáveis por manter a frequência dos
alunos frente suas aulas, evitando assim a evasão escolar no meio virtual.
19

Muitos professores se viram obrigados a dar seus números de contato


pessoal, para serem inseridos nos grupos criados no Whatsapp para cada turma que
o profissional ministra aula, o que gera uma enorme sobrecarga de dúvidas e
postagens que ele tem que dar conta, pois precisam postar e acompanhar as
devolutivas dos alunos através deste aplicativo, bem como, com o número exposto,
recebem muitas mensagens no seu particular tanto de alunos quanto de pais, nos
mais variados horários e dias da semana.
Na verdade, por mais absurdo que pareça, a família, que deveria ser um
dos alicerces mais importantes para o professor contar nesse período de pandemia
e de aulas remotas, estão exercendo um papel totalmente oposto, é o que mostra
Machado (2020, p.60):
Não bastassem todas estas dificuldades, os colégios e os professores ainda
estão tendo que lidar com a insatisfação de muitos pais, que não aceitam
uma ou outra forma de trabalho da equipe, ou que não conseguem acessar
as plataformas, ou ainda alegam que, não pagam a instituição para terem
que lecionar. Alguns ameaçam cancelar a matrícula da criança, e outros
realmente tiram seus filhos, por acharem que estão pagando por um serviço
que não está sendo efetivo, na opinião dos mesmos.

O autor dá um enfoque maior nas escolas particulares, pois os pais estão


realizando o investimento monetário direto através das mensalidades. Mas essa
realidade é facilmente vista nas escolas públicas, onde os pais de alunos chegam a
dizer que os professores estão ganhando seus salários sem trabalhar (MACHADO,
2020).
Outro fator que vem gerando grandes dúvidas, é em relação a legislação
educacional, pois nossa educação como foi dito anteriormente, sempre foi focada na
utilização de um modelo quase que exclusivamente presencial, onde todas as
variantes eram consideradas e todos os atores envolvidos sabiam como ocorriam os
planejamentos das aulas, a realização das mesmas, a forma de avaliação e de
aferição de conceitos e notas, bem como as médias necessárias para se passar de
ano.
Mas com a pandemia esses saberes construídos a muitos anos, caíram
rapidamente por terra, e tiveram que ser reerguidos de maneira rápida, o que gerou
tamanha dúvida sobre todas essas situações. Gradativamente os órgãos
reguladores da educação foram se posicionando em relação a cada uma dessas
demandas.
20

A primeira foi a permissão dada pelo Ministério da Educação e Cultura –


MEC, para que as atividades realizadas de maneira remota, tivessem a mesma
validade das horas trabalhadas de maneira presencial. Posteriormente essa
autorização foi convertida pelo Conselho Nacional de Educação na lei nº 14.040, de
agosto, que amplia a vigência de aulas remotas até o fim de 2021, ficando a cargo
de cada rede de ensino estipular as quantidades de horas a serem cumpridas de
maneira presencial e de maneira remota.
Outro parecer importante trazido pelo Ministério Público é o 934/2020 que
desobrigou as redes de ensino de cumprir os 200 dias letivos instituídos pelo artigo
24 inciso I, da LDB, que determina “A carga horária mínima será de 800 horas para
o ensino fundamental e para o ensino médio distribuído por 200 dias de efetivo
trabalho escolar”. Em relação as creches e pré-escolas a medida provisória altera o
artigo 31 inciso II, e desobriga esta etapa de ensino da obrigatoriedade tanto dos
dias letivos, como da carga horária mínima de 800 horas.
Esses pareceres ajudaram os sistemas de ensino a se organizarem
enquanto suas ofertas de aulas, pois puderam se adequar dentro da lei às novas
situações vividas na pandemia. Ficando a cargo desses sistemas de ensino a
organização pedagógica de suas unidades escolares, bem como a maneira como
serão realizadas as avaliações e promoções de séries.
Como essa situação foi muito nova, a grande maioria dos sistemas de
ensino, focaram seus esforços primeiramente, na resolução das formas de como a
escola chegaria até seus alunos, utilizando de maneiras e métodos um pouco
equivocados, é bem verdade, como podemos perceber anteriormente, mas
conseguindo fazer com que as atividades remotas ocorressem.
Alguns sistemas de ensino ainda não fecharam as maneiras que os
alunos serão avaliados; outros deixaram a cargo de cada escola a incumbência de
decidir como os alunos serão avaliados em cada bimestre. Mas a grande discursão
que impera no momento, em praticamente todas as redes de ensino, é em relação à
promoção desses alunos.
Este é um debate bem amplo, que infelizmente não podemos aprofundar,
pois envolve fatores bem variados, para que se possa ter um diagnóstico de cada
aluno, e entender o motivo pelo qual alguns alunos não conseguiram interagir nas
aulas remotas, pois fica muito difícil para essas redes de ensino, saber se o aluno
não participou porque não quis, ou se ele não dispunha de meios para fazê-lo.
21

Essa realidade de falta de meios é bem latente na rede pública de ensino,


onde muitas das vezes a família não possui uma internet de qualidade, nem mesmo
aparelhos eletrônicos em quantidade necessária para atender todos os filhos, e tal
situação aumentou bastante o abismo já existente entre a escola pública e a
particular. Sobre isto Machado (2020, p.62) nos diz “O já grande abismo existente
entre as escolas públicas e privadas em relação ao processo de ensino
aprendizagem vem aumentando exponencialmente nesta pandemia, onde se
necessita de artigos tecnológicos para se estudar”.
Sabemos que o desafio apontado pelo autor é gigantesco, pois muitas
famílias, em razão da pandemia perderam totalmente suas rendas, não tendo
condições de adquirir os recursos básicos necessários para que seus filhos possam
ter aula, como um dispositivo eletrônico, um celular ou computador e uma internet
que possibilite o acesso as aulas. Tais situações vêm sendo contornada por alguns
governos, que vem investindo na aquisição de chips de celular com pacotes de
dados para serem entregues aos alunos, que comprovem não possuírem recursos
para participar das aulas remotas.
O fato é que, com o exposto até o momento, muitas dificuldades se
apresentaram em relação às aulas remotas, dificuldades estas que ainda estão
sendo buscadas alternativas para superá-las, mas como tudo na vida, essa
pandemia também trouxe bons aprendizados e novas perspectivas de ensino, que
não eram visualizadas anteriormente, mas que após o seu término deste período de
combate ao vírus podem ajudar a mudar a educação nacional, colocando-a de vez,
na era da informação, contra a qual tanto relutou.

8.3 AS NOVAS POSSIBILIDADES DE ENSINO


Claro que a pandemia foi um evento de proporções calamitosas, que
afetou de forma drástica praticamente todos os segmentos econômicos, bem como a
dinâmica da vida cotidiana, obrigando-nos a criar novos hábitos, como o de lavar as
mãos de maneira correta, usar máscaras de proteção, álcool em gel e manter um
distanciamento social adequado.
Houve também uma valorização da presença e das interações humanas,
potencializadas pelo tempo em que praticamente todas as atividades laborais
estavam paradas, fazendo com que uma grande parcela da população tivesse que
ficar em isolamento domiciliar, ficando assim, longe do convívio com outras pessoas.
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Mesmo com todas essas ressignificações, é possível tirarmos muitos


ensinamentos desse período obscuro que passamos, e cada um, tem a exata noção
de como a pandemia afetou sua vida, e o que ela aprendeu a valorizar em sua vida
neste período. A área da educação também pôde aprender muito com esta
pandemia, é certo que esta aprendizagem ocorreu de maneira bem lenta e
dispendiosa, no entanto, foram bem positivas.
As novas demandas geradas pelo ensino remoto, pegou todos os
professores de surpresa, obrigando-os a se reinventar e adaptar suas estratégias
presenciais para o mundo online, que para muitos era um espaço pouco conhecido e
de grandes dificuldades. Mas do espanto inicial, os professores buscaram
estratégias das mais variadas para conseguir dar efetividades às suas aulas,
levando em consideração o nível e a etapa de ensino as quais seus alunos
pertencem.
Para conseguir esse objetivo, os professores, lançaram mão das mais
variadas ferramentas digitais, para que tanto pudessem conseguir repassar seus
conteúdos, quanto motivar seus alunos, para fazerem as atividades propostas,
evitando assim a evasão e abandono escolar.
Pouco se produziu até o momento em relação às ferramentas que os
professores utilizaram nesse período de pandemia, mas o Observatório
Socioeconômico da COVID-19, que é um projeto realizado pelo Grupo de Estudos
em Administração Pública, Econômica e Financeira (GEAPEF) da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM), construiu um quadro explicativo que lista tais
ferramentas, mostrando também como foram utilizadas nesse momento de
pandemia:

NOME PRINCIPAL ALGUMAS FUNCIONALIDADES


UTILIZAÇÃO

Sistema Moodle Organização da disciplina O programa permite a criação de cursos


e de Cursos e aulas On- "on-line", páginas de disciplinas, grupos de
Line trabalho e comunidades de aprendizagem,
estando disponível em 75 línguas
diferentes. A plataforma é gratuita e
riquíssima, aceitando vídeos, arquivos
diversos. Já está sendo amplamente
utilizada na UFSM.

Google Classroom Organização da disciplina O Google Sala de aula (Google Classroom)


e de Cursos e aulas On- é um serviço grátis para professores e
Line alunos. A turma, depois de conectada,
passa a organizar as tarefas online. O
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programa permite a criação de cursos "on-


line", páginas de disciplinas, grupos de
trabalho e comunidades de aprendizagem.

YouTube Transmissão de aulas e Plataforma de compartilhamento de vídeos


repositório de vídeos e de transmissão de conteúdo (ao vivo –
“Lives” ou gravados). O docente pode criar
o “seu canal” e ser acompanhado pelos
discentes, já acostumados com a
plataforma.

Facebook Transmissão de aulas e Mais destinado ao Ensino Médio e à


informações em grupos Educação Superior, o docente pode criar
fechados. um “Grupo Fechado”, onde ele realiza
perguntas iniciais de identificação dos
usuários. Nessa plataforma, o docente pode
incluir conteúdos e realizar “lives” (aulas on-
line), que já ficam automaticamente
gravadas.

StreamYard Transmissão on-line e Estúdio on-line gratuito para lives com um


videoconferência ou mais profissionais. Ele pode ser
relacionado ao YouTube ou ao Facebook.
Possui uma versão paga, com maiores
aplicações, mas a gratuita auxilia nas
atividades docentes.

OBS Estúdio Transmissão on-line e O Open Broadcaster Software, que pode


videoconferência ser traduzido como Software de
Transmissão Aberta realiza a mesma
atividade que o Stream Yard, mas pode
realizar gravação ou transmissão on-line.
Ou seja, diferentemente do StreamYard, o
docente baixará um aplicativo no seu
computador, onde poderá realizar as
atividades de transmissão ou gravação.

Google Drive Armazenamento de Além de economizar o espaço do


arquivos nas nuvens equipamento tecnológico, o Google Drive
permite o compartilhamento de arquivos
pela internet para os alunos. Por exemplo,
após carregar o arquivo para a “nuvem” da
internet, o docente pode criar um link
compartilhável. Até 15 Gb de memória o
Google Drive é gratuito. Excelente
ferramenta de criação de arquivos de
recuperação.

Google Meet Videoconferências Aplicativo para fazer videoconferências on-


line, com diversos participantes, até 100 na
versão gratuita, tendo o tempo máximo de
60 minutos por reunião, nessa versão.
Existe uma versão paga, quando o tempo é
livre e a quantidade de participantes
aumenta para 250.

Jitsi Meet Videoconferências Aplicativo para fazer videoconferências on-


line, gratuito, que funciona dentro do
Moodle. Possui as mesmas funcionalidades
do Google Meet.
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Podemos perceber que, muitas foram as ferramentas utilizadas pelos


docentes, para fazer com que a escola conseguisse chegar até o aluno no ano letivo
de 2020, e os conhecimentos adquiridos pelos professores, a duras penas, é
verdade, ficarão como aprendizagem e como novas maneiras de ensinar.
A pandemia fez com que a escola que, por muito tempo foi de certa forma
resistente às tecnologias, as colocassem como o único meio possível de trabalho.
Os professores ganharam assim, novas possibilidades e estratégias para trabalhar
suas aulas, quando estas retornarem de maneira presencial. Como bem frisa Hugo
(2004, p.26):
O uso da tecnologia favorece a interação entre alunos. Ao fazerem
atividades em pares ou grupos, a internet permite que todos expressem
seus conhecimentos e deem opiniões, o que traz à tona a experiência prévia
dos alunos, o que os motiva ainda mais, pois se sentem parte ativa e
importante do processo de aprendizagem.

Sabe-se que, em uma sociedade que está totalmente conectada como a


nossa, fica quase que impossível não atrelar o ensino às novas tecnologias, como
ferramentas indispensáveis para tanto, tornar nossas aulas mais significativas e
prazerosas para os alunos, como também, ensina-los a utilizarem-nas da maneira
mais significativa possível em outros espaços e locais, tornando assim o aluno
sujeito atuante do seu processo de ensino-aprendizagem.
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9. CRONOGRAMA

2021 2022
ATIVIDADE JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV

Definição do tema da X
pesquisa
Revisão de literatura X X X X X X X X
Elaboração do projeto de X X X
pesquisa
Defesa do projeto de X
pesquisa
Submissão ao comitê de X
ética
Avaliação/Aprovação do X
comitê de ética
Redação da dissertação X X X X
Coleta de dados X
Análise dos dados X X
Redação dos resultados da X X
pesquisa
Defesa da dissertação X
Envio de relatório ao comitê X
de ética
Elaboração de artigo X X
científico
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10 REFERÊNCIAS

ARANHA, M. L. A. História da educação e da pedagogia: geral e Brasil. 3ª ed.


São Paulo: Moderna, 2006.

ARRUDA, E. P. Educação Remota Emergencial: elementos para políticas públicas


na educação brasileira em tempos de COVID-19. Em Rede – Revista de Educação
a Distância, v. 7, n. 1, 2020. p. 257-275.

DEMO, P. Novas Tecnologias em Educação. In: APASE, Ano XI nº 26 – outubro de


2010, p. 5-6.

FREITAG, Bárbara. Escola, Estado e sociedade. Coleção educação universitária –


4ª ed. São Paulo SP, 1980.

GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. 8. ed. São Paulo: Ática, 2002.

HUGO, Assmann. Curiosidade e prazer de aprender – O papel da curiosidade na


aprendizagem criativa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

MACHADO, Patricia Lopes Pimenta. Educação em tempos de pandemia: o ensinar


através de tecnologias e mídias digitais. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo
do Conhecimento. Ano 05, Ed. 06, Vol. 08, pp. 58-68. Junho de 2020. ISSN: 2448-
0959.

MASETTO, Marcos T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: Moran, José


Manuel (org.). Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP:
Papirus, 2000.

Observatório socio econômico da COVID-19. A educação híbrida em tempos de


pandemia: algumas considerações. Disponível em: <https://www.ufsm.br
/app/uploads/sites/820/2020/06/Textos-para-Discussao-09-Educacao-Hibrida-em-
Tempos-de-Pandemia.pdf>. Acesso em: 10 Fev. 2021.

ROCHA, Sinara Socorro Duarte. O uso do Computador na Educação: a Informática


Educativa. 2008. Revista Espaço Acadêmico, nº 85, junho de 2008.

SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. 3. ed., Campinas, SP:


Autores Associados 2011.

SILVA, Mozart Linhares da (Org.). Novas tecnologias: educação e sociedade na


era da informação. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

WERNECK, Guilherme Loureiro ; CARVALHO, Marília Sá . A pandemia de COVID-


19 no Brasil: crônica de uma crise sanitária anunciada. Cad. Saúde Pública, Rio de
Janeiro, v. 36, n. 5, e00068820, Abr. 2020. Disponível em:
<http://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/artigo/1036/a-pandemia-de-covid-19-no-brasil-
cronica-de-uma-crise-sanitaria-anunciada>. acessos em :. 15 de Fev. 2021.

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