Ano: 2019
1
Ana Claudia Vecchi Osiecki
2019
Curitiba, PR
2
Editora São Braz
Rua Cláudio Chatagnier, 112
Curitiba – Paraná – 82520-590
Fone: (41) 3123-9000
Revisão de Conteúdos
Thiago Costa Campos
Vianeis Rodrigues Pereira
Revisão Ortográfica
Juliano de Paula Neitzki
Desenvolvimento Iconográfico
Juliana Emy Akiyoshi Eleutério
FICHA CATALOGRÁFICA
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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!
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Sumário
Prefácio ..................................................................................................... 07
Aula 1 – História do brincar......................................................................... 08
Apresentação da aula 1 ............................................................................. 08
1.1 História do brincar e da criança ................................................. 08
1.2 Um pouco da história dos brinquedos e jogos............. ............. 12
Conclusão da aula 1................................................................................... 16
Aula 2 – Atividades lúdicas no desenvolvimento infantil............................. 17
Apresentação da aula 2.............................................................................. 17
2.1 Trabalho e lazer......................................................................... 17
Conclusão da aula 2................................................................................... 25
Aula 3 – Jogos, brinquedos e brincadeiras no contexto escolar.................. 26
Apresentação da aula 3.............................................................................. 26
3.1 O jogo, a brincadeira e o brinquedo............................................ 26
3.2 Objetivos dos jogos.................................................................... 29
3.3 Jogos tradicionais...................................................................... 30
3.4 Jogos cooperativos..................................................................... 30
Conclusão da aula 3................................................................................... 34
Aula 4 – Jogos e brincadeiras na educação especial................................. 34
Apresentação da aula 4.............................................................................. 34
4.1. As deficiências......................................................................... 34
Conclusão da aula 4................................................................................... 41
Aula 5 – Novas possibilidades da recreação nas aulas de educação
física........................................................................................................... 42
Apresentação da aula 5.............................................................................. 42
5.1 Brinquedotecas.......................................................................... 42
5.2 Acampamentos e acantonamentos........................................... 46
5.2.1 Diferença entre acampamentos e acantonamentos................ 47
Conclusão da aula 5................................................................................... 49
Aula 6 – A temática do lazer e a natureza.................................................. 49
Apresentação da aula 6.............................................................................. 49
6.1 Recreação na natureza............................................................. 49
Conclusão da aula 6................................................................................... 56
Aula 7 – Gerenciamento do lazer............................................................... 56
5
Apresentação da aula 7.............................................................................. 56
7.1 Gerenciando o lazer................................................................... 57
7.1.1 Os equipamentos de lazer...................................................... 60
7.2 A gestão pública do lazer, o profissional.................................... 62
Conclusão da aula 7................................................................................... 62
Aula 8 – O profissional de recreação e lazer no mercado de trabalho....... 63
Apresentação da aula 8.............................................................................. 63
8.1 O profissional de recreação e lazer na ocupação profissional.... 63
8.1.1 Atuação dos profissionais de Educação Física....................... 69
Conclusão da aula 8................................................................................... 72
Índice Remissivo........................................................................................ 73
Referências................................................................................................ 75
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Prefácio
Bons estudos!!!
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Aula 1 – História do brincar
Apresentação da aula 1
Olá, aluno (a). Seja bem-vindo (a) à primeira aula da disciplina Atividade
recreativa e de lazer. Nesta primeira aula, você irá conhecer a história do brincar
e da criança e como foi o processo de evolução deste brincar com o passar do
tempo até os dias atuais.
Vamos lá!
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Aristóteles acreditava que, para educar as crianças, os jogos deveriam
imitar atividades adultas que preparavam para vida futura.
Os jogos, naquela época, eram jogos físicos, visando um preparo para um
soldado, por exemplo: (formação estética). Na Roma antiga, jogava-se como
forma de treinamento, para aquisição da forma física, para que pudessem lutar,
entre gladiadores, na guerra ou teatralmente, como maneira de descontração.
As crianças jogavam para recrear-se, mas também como exercícios para
aprendizagem nas escolas.
Existem alusões, nos escritos de Horácio e Quintiliano, de doces
destinados às crianças, em forma de letras, para o aprendizado (doceiras de
Roma), juntamente com um jogo para instruções elementares nos estudos.
Com o surgimento do cristianismo (Idade Média), o brincar e a relação de
criança modificaram-se completamente, surgindo novas formas de pensar sobre
a infância, com rigidez e disciplina, de forma austera. A civilização romana não
contribuiu para manter o jogar e o brincar vinculados a questões educacionais e,
portanto, "sérias". O brincar foi relacionado a aspectos pecaminosos dos adultos,
tais como sexo e álcool. De acordo com a Igreja Católica da época, para
aprender, bastava disciplina e boa memória.
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muitos anos esse pensamento era o que prevalecia, mas isso mudou com o
passar dos tempos.
Na Idade Moderna (1453-1789), houve uma certa tolerância a respeito
dos jogos e das brincadeiras, porém com a reprovação dessas atividades por
apenas uma minoria, que se poderia chamar de conservadora. Também havia
distinção entre os tipos de jogos entre as camadas sociais mais ricas e mais
pobres (o que não existia na Idade Média).
No Renascimento surgem novas ideias sobre a criança e seu brincar,
quando o jogo tem certa reabilitação e a educação toma impulso positivo.
Mas havia pensamentos diferentes e rígidos, que tomavam frente ao
aspecto do brincar. O brincar era um evento social, mas perdeu seu sentido
comunitário, social e religioso, para adquirir aspecto mais fútil e individual. Dessa
forma, esse pensamento favoreceu o surgimento e a manutenção do preconceito
em relação ao jogo, traduzindo-o como atividade fútil, permissiva e nociva, que
foi transmitida ao longo do tempo e permanecendo de certa forma até os dias de
hoje.
Na idade moderna, a criança começa a ser vista como fonte de alegria,
descontração e diversão, sob uma forma de pureza e boa de natureza (oposto
ao que se preconizava: infância relacionada ao pecado original). Essa transição
aconteceu na passagem do feudalismo para o capitalismo, em que os pais se
preocupavam muito com seus filhos, acarretando na má educação, pois
superestimavam a criação.
No Brasil, o brincar e o jogo foram influenciados pelos índios, portugueses
e negros, que foram os precursores dos atuais modelos e maneiras de
desenvolvimento do brincar e dos jogos que permanecem até hoje no país. Mas
não se pode esquecer que nos últimos séculos houve no país uma grande
miscelânea de povos e raças, cada qual com suas culturas, crenças, educação.
Isso com certeza, influenciou o brincar e os jogos das crianças brasileiras.
Devido à diversidade de costumes, essa herança torna nosso país ainda
mais rico do ponto de vista cultural e educacional.
Toda herança cultural e educacional deve ser utilizada para o aprendizado
universal de nossos alunos, haja vista que lidamos com várias etnias, raças e
povos e, portanto, devemos resgatar e desenvolver o que de mais importante
houver de cada um para o ensino dos alunos nos dias atuais.
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Os jogos e manuais que temos hoje são originários dessa miscigenação
que ocorreu nesse período, mas é incerto afirmar de qual povo exatamente
seriam suas origens. O que devemos ressaltar é justamente que o que temos é
um material importante trazido como herança dos nossos antepassados e que
deve ser preservado, valorizado e utilizado para o ensino dos nossos alunos,
sempre estimulando o resgate histórico de cada um deles.
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contemporaneidade, vivenciam-se as transformações nas estruturas familiares e
no desempenho dos pais.
Essas mudanças também têm repercussão sob a imagem da família que
é desenvolvida ao longo dos anos. A família atualmente se constrói e se desfaz
muito rápido, pois são inseridas novas pessoas neste ambiente e
consequentemente mudam a relação da criança com a família.
As mudanças sofridas nestes últimos tempos, em grande parte das
sociedades contemporâneas, podem ser vistas como consequência das
mudanças sociais e econômicas e interviram na forma de vida das diferentes
populações e, expressamente nas brincadeiras. O brincar foi se modificando e
se transformando em atividades individuais, em virtude da redução dos espaços,
tempos e crianças para dividir o brincar. Ocorreram então lançamentos da
tecnologia, principalmente para os mais abastados financeiramente, o que
contribui para redução das relações pessoais e presenciais caracterizadas pelo
detrimento do movimento corporal, pelo uso da linguagem falada, pela procura
dos sentidos e das emoções e até mesmo pelo prazer de criar e imaginar.
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(plano da realidade), o jogo é o único que age em uma sintonia diferente,
realizado basicamente a partir do campo da irrealidade, da imaginação e da
fantasia.
Platão comentava sobre a importância do “aprender brincando”, em
oposição à utilização da violência e da opressão, e Aristóteles acreditava que
para educar crianças os jogos deveriam imitar atividades adultas para o preparo
para vida futura. Os jogos daquela época eram jogos físicos destinados ao
preparo e treinamento para o soldado.
Saiba mais
Para ampliar seus estudos, sugiro a leitura, no link abaixo, do artigo: O lúdico em
clássicos da filosofia: uma análise em Platão, Aristóteles e Rousseau.
http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV045
_MD1_SA6_ID6556_16082015154402.pdf
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Acima da mesa, no tampo, havia o tabuleiro do jogo, que era formado por
trinta "casas" dispostas em três colunas verticais, cada uma delas com símbolos
diferentes um do outro. Abaixo, havia uma gaveta e lá que foram encontradas as
peças do jogo feitas de ouro maciço. Esse jogo, confeccionado com tanta
delicadeza, mostra o caráter sagrado e religioso, pois acompanhava os mortos
ao seu túmulo, sendo conhecido como o jogo da "passagem" da alma para o
outro mundo. No ponto de vista egípcio, os deuses estavam presentes no jogo e
ensinavam como as pessoas deveriam se portar na passagem para a morte, ou
seja, no pós-morte.
Para os egípcios, o jogo de amarelinha (também chamado maré, sapato,
marelle) levava as pessoas para a felicidade no mundo dos mortos e dos deuses.
A amarelinha aparece em papiros antigos como um ritual de passagem
do morto para a eternidade, segundo o livro dos mortos.
A ideia de reprodução e miniaturização dos objetos sempre foi reservada
às crianças como forma de distração. Na França, o bimbeloterie, ou seja, o
bibelô, era destinado a adultos e crianças e foi produzido em 1747. Os
brinquedos chamados fantoches, que eram presenteados às mulheres e
crianças, produziram uma febre a tal ponto que as lojas se encheram deles para
serem vendidas.
As bonecas e as casinhas eram réplicas das pessoas e de suas casas.
Havia também o significado religioso, como o uso desses objetos nos
funerais e nos túmulos. A boneca foi utilizada em feitiçaria e bruxaria. Também
se encontra a descrição do uso das bonecas como agentes protetoras da
fertilidade para meninas, que ao casarem levavam suas bonecas e as
guardavam em sacos, nas cabeceiras das camas, para influenciar na gravidez
mais rápida.
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Antigamente as casinhas e bonecas eram itens de adultos
Fonte:https://st2.depositphotos.com/5657090/8306/i/950/depositphotos_83065700-
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Curiosidade
As brincadeiras mais realizadas pelas crianças indígenas e que com certeza
influenciaram nossa cultura são arco e flecha, tomar banho de rio, brincar com
boneca de argila, pega-pega (gavião), peteca (mangá ou tobdaé).
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opunham ao trabalho, tinham uma conotação diferente e não tomavam o dia
todo, portanto, sobrava muito tempo para a diversão. O anonimato, a oralidade,
a tradição, a conservação, a mudança e a universalidade são características dos
jogos.
As canções de roda, cantigas, advinhas, parlendas, histórias de fadas,
bruxas, lobisomens, jogos de bolinhas de gude, pião, amarelinha, pedrinhas (ou
cinco Marias, conhecido na antiguidade como jeux des osselettes ou jogo dos
ossinhos) e a pipa foram trazidos pelos colonizadores portugueses quando
vieram para o Brasil. A grande maioria desses jogos tem uma história ligada à
origem do homem.
Várias concepções são abordadas com a intenção de entender e explicar
a função e a historicidade do jogo na vida do homem, complementando que
brinquedos e brincadeiras são reinventados em contextos em que se
apresentam ou em que são realizados.
Conclusão da aula 1
Atividades de Aprendizagem
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Aula 2 – Atividades lúdicas no desenvolvimento infantil
Apresentação da aula 2
Olá, aluno (a). Seja bem-vindo (a) à segunda aula desta disciplina.
A partir de agora, você irá compreender e perceber como o profissional
está mais próximo das pessoas, ensinando-as a organizarem seu tempo,
podendo dividi-lo em momentos diferentes, mas priorizando a qualidade de vida
e, assim, perceber como as atividades lúdicas, recreação e lazer se inserem
nesses momentos. Poderá verificar como se processa o desenvolvimento
segundo Piaget e como o jogo ocorre em cada uma das fases.
Verá também como os jogos, brinquedos e brincadeiras são fundamentais
no processo de desenvolvimento infantil.
Vamos lá?
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O sedentarismo pode causar várias doenças, não só a obesidade
Fonte:https://st.depositphotos.com/1269924/4084/i/950/depositphotos_40846285-stoc
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fisiológicas. Sendo que nenhum ser humano sobrevive sem essas ações, pois
elas fazem parte de uma parcela diária das pessoas.
A segunda categoria do tempo total de uma pessoa é o tempo de
trabalho. O trabalho é uma necessidade do ser humano; se trata de um meio de
sobrevivência, para obter bens materiais, moradia, vestimentas, proteção ou
necessidades culturais e psicológicas, lazer, educação, outras necessidades e
sua alimentação. Não se pode viver sem o trabalho.
Vivemos em uma sociedade em que o trabalho ampara a base econômica.
Tanto a economia como o trabalhador são dependentes da sua condição e
qualidade de trabalho. As condições de trabalho e sua organização influenciam
de forma significativa a sustentação do trabalhador no seu meio ocupacional.
E quanto tempo as pessoas são envolvidas no trabalho? Essa pergunta
pode ter mais abrangência do que as horas em termos temporais, pois há
pessoas que trabalham as 8 horas regulamentadas em empregos formais, mas
que acabam trabalhando em suas casas de outras formas. Vou dar um exemplo
mais adiante sobre isso. O trabalho tem relação com obrigação, dever, produção
compromissos, responsabilidades, obrigações e retorno financeiro.
A terceira categoria é o tempo livre, que se reflete nas horas que sobram,
além do trabalho e das necessidades básicas vitais, tempo destinado ao Lazer.
Vocabulário
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Lazer é um dos requisitos para ser saudável
Fonte:https://st3.depositphotos.com/11233746/15779/i/1600/depositphotos_1577913
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Se acompanharmos, a rotina de uma mulher será semelhante, porém com
mais atribuições: filhos, limpeza da casa, alimentação e roupas, diminuindo mais
o tempo livre que poderia ter.
Essas situações se repetem em qualquer faixa etária, como crianças e
adolescentes que são abarrotados de tarefas, aulas, cursos, esportes e ficam
com poucas opções de tempo livre. A criança e o adolescente necessitam de
momentos de liberdade para relaxar e até mesmo assimilar conhecimento e tudo
o que lhes é imposto diariamente.
O tempo livre para as crianças é fundamental, para que possam organizar
seus afazeres, tendo momento específico para brincar. O brincar é o ato mais
natural da criança e precisa ser valorizado. Existe uma necessidade de resgatar
essa ação, já que a tecnologia veio para auxiliar e desenvolver, mas tem sido
utilizada de forma desregrada, sem limites e infelizmente se tornou um vício para
crianças e adolescentes. Algo que chama muito a atenção é a “pressa”
(comentado anteriormente) em que são feitas as coisas. A tecnologia vem para
facilitar e possibilitar a rapidez das informações, mas tudo está sendo realizado
de forma incoerente. Não se tem mais tempo para atividades prazerosas, como
conversar pessoalmente com amigos, pois isso é feito rapidamente pelas redes
sociais; não se tem mais tempo para passear e observar a natureza, porque as
mentes estão agitadas com outras coisas para fazer. Isso é muito triste, o que
deveria ser para liberar tempo para se viver melhor toma mais tempo do que
deveria e estressa as mentes com a multiplicação de informações que são
inúmeras e de forma rápida demais. O que se sabia ontem já se modificou hoje
e temos a impressão de que nada sabemos. Por isso, a educação deve ser
repensada para que ao mesmo tempo que se utilize de maneira coerente a
tecnologia, se forneça atrativos valorosos e intensos para essa nova geração.
Cabe aqui salientar a importância de profissionais criativos, envoltos de
uma habilidade de atividades e transformações das possibilidades educacionais.
Isso está diretamente relacionado aos profissionais de Educação Física, que tem
um grande material de trabalho que é o corpo e suas facetas, por meio dos
esportes, das brincadeiras, dos jogos, da dança, da interpretação teatral, da
música e da capacidade de criar que se torna imperioso nos dias atuais. A
Pesquisa Brasileira de Mídia (PMB), em 2015, revelou que quase metade, ou
seja, 50% dos usuários de internet passa pelo menos 5 horas por dia conectada.
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Se pararmos para pensar, isso representa 35 horas semanais, ou uma
carga horária de trabalho.
Isso tem relação com uma grande parcela da população no país e no
mundo e têm-se grandes consequências como: sedentarismo, obesidade,
hipertensão e problemas psicológicos como depressão, estresse e ansiedade.
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A teoria possui quatro estágios de desenvolvimento. O primeiro é o
estágio sensório-motor, que abrange dos 0 aos 2 anos de vida. O bebê nasce
com movimentos reflexos inicialmente de fundo hereditário e com o passar do
tempo vão se modificando. Durante os primeiros 18 meses de vida, a criança
desenvolve jogos de exercícios que nada mais são que repetições de sequências
já estabelecidas. Essas repetições seguem todo o desenvolvimento da criança
e são os primeiros ensaios motores que realizam. O jogo e a brincadeira são
voltados para o jogo de exercício, em que a repetição das ações é bem evidente.
É a fase da descoberta do mundo, todas as atividades e brincadeiras
devem se voltar para conhecimento do mundo que a cerca, como exemplos:
conhecimento dos objetos (sensitivos/tato e visual), músicas e sons (auditivos),
engatinhar para conseguir um objeto/brinquedo, rolar e rastejar (motor),
conhecimento de objetos pelo olfato e pelo paladar. As inúmeras brincadeiras
devem prezar por essa gama de possibilidades de ver e poder saber sobre o que
está à sua volta.
O segundo estágio é conhecido como pré-operatório e é representado
pela função simbólica e pelo aparecimento da linguagem, que no início é imitativa
e tem um repertório pequeno de palavras. Fase bem marcada pelo
egocentrismo, mas que com o passar da idade vai diminuindo, principalmente
com a ida para a escola, onde as relações e a troca/divisão dos brinquedos são
necessárias. Há nessa fase a procura pela razão causal e finalista de tudo, ou
seja, os “porquês” de tudo. Existe uma relação de respeito aos mais velhos e
mais para o final desse estágio ocorre o aparecimento da escrita pelo
desenvolvimento da coordenação motora fina. A criança age de forma lógica e
coerente por conta dos esquemas sensoriais-motores obtidos na fase anterior,
mas ela terá uma compreensão desequilibrada da realidade, por não possuir
suficientemente esquemas conceituais que fazem com entenda sobre a
temporalidade dos eventos e noção de espaço.
Por isso, quando ele brinca de esconde-esconde com algum objeto, não
consegue perceber que está próximo, às vezes atrás da pessoa que brinca com
ela; isso é noção de espaço.
Ao final desse estágio, as relações entre os amigos são mais fortes e as
brincadeiras são de muita vivência motora, mas recheadas de muita imaginação,
pois é a fase do simbolismo, em que a criança apresenta o amigo invisível e as
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brincadeiras solitárias são representações de seu dia a dia e também são
resoluções para conflitos internos que não consegue resolver perante a
realidade (pais e família). O brinquedo se torna o amparo para momentos de
tristeza, frustração e situações mal resolvidas. Brincadeiras e jogos tradicionais
são excelentes instrumentos para se trabalhar, como também jogos simbólicos
(teatro e expressão). Complementando com exemplo, o jogo do fio, atualmente
conhecido por cama de gato e presente até hoje no elenco de jogos tradicionais
infantis do Brasil, representa que os brinquedos, jogos e brincadeiras fazem
parte da cultura, vivências e histórias de um povo.
O terceiro estágio é chamado de operações concretas. Nesse estágio, a
criança já possui uma habilidade relacionada a conceitos e inicia as abstrações
por meio de operações mentais dentro de princípios da lógica formal. É o início
da construção lógica (ações físicas ou mentais dirigidas para um fim). Nesse
momento, ela já tem sequência de ideias e eventos e tem noção de conservação,
consegue ter melhores relações e cooperação (trabalhar em grupo e ao mesmo
tempo ter autonomia pessoal), mas iniciam-se algumas situações de conflitos,
de tendências ou intenções, o questionamento entre dever e prazer.
Curiosidade
O jogo simbólico pode ser em equipe, mas mesmo que seja solitário pode propor
a resolução de problemas ainda não possíveis de soluções na vida real.
Operações concretas segundo Piaget se contempla entre os (7 a 11 ou 12 anos)
na Infância propriamente dita.
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É um momento de muitas alterações de comportamentos. No início da fase,
se torna antissocial, reformula o mundo com suas concepções, criando teorias e
é um momento de prestar muita atenção nessas condutas. Tem grande poder
de abstrair, generalizar, deduzir, criar teorias sobre o mundo, principalmente
sobre os aspectos que gostaria de mudar, tudo isso relacionado à capacidade
de reflexão espontânea.
Hoje a tecnologia está em grande parte das nossas vidas, principalmente
dos adolescentes, e como estão em transição entre a fase infantil e adulta são
vulneráveis a diversas influências. Portanto, estar junto e conectado aos jovens
é fator fundamental para auxiliar no desenvolvimento desse período.
As atividades para essa fase são muito voltadas para os interesses dos
adolescentes. Não se deve obrigar, mas instigar a fazer jogos com grandes
desafios e que possam colocar sua criatividade à tona. Os interesses são muito
voláteis e os jogos precisam acompanhar esses interesses. Aqui se inclue a
criatividade do professor.
Conclusão da aula 2
Atividades de Aprendizagem
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Aula 3 – Jogos, brinquedos e brincadeiras no contexto escolar
Apresentação da aula 3
Olá, aluno (a). Seja bem-vindo (a) à terceira aula desta disciplina. A partir
de agora, você vai saber conceituar o jogo, o brinquedo e a brincadeira. Também
irá reconhecer os jogos tradicionais e saber como é o jogo cooperativo. Com
esse conhecimento, poderá designar as possibilidades de aplicação desses
conteúdos na escola, percebendo também que o jogo e o brincar podem e devem
ser inseridos na vida das pessoas em qualquer faixa etária, inclusive na 3ª idade.
Curiosidade
Pode-se dizer que é o lúdico em ação é o ato ou efeito de brincar, entreter-se,
distrair- se com um brinquedo ou jogo.
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cognitivo e social, refletindo no adulto que, no futuro, irá se tornar. A inteligência
não surge de uma hora para a outra, trata-se de um emaranhado de situações
(tanto externa como internamente) que são assimiladas gradualmente, mas que
com os processos lúdicos se torna mais fácil e natural a qualquer tipo de
aprendizado. O brincar caracteriza a construção de conceitos a partir das
experiências visuais concretas, representando situações já vividas ou futuras,
facilitando o desenvolvimento global.
Para distinguir o jogo e a brincadeira, pode-se dizer que o jogo é a
atividade com regras que configura uma disputa “que serve para brincar” e
brincadeira é o ato ou efeito de brincar, entreter-se, distrair-se com um brinquedo
ou jogo. Existe uma pequena diferença entre jogo e brincadeira: o jogo é uma
brincadeira com regras e a brincadeira um jogo sem regras. O jogo se origina do
brincar ao mesmo tempo em que é o próprio brincar.
O brincar é uma ação pertinente à criança. Sempre se ouve isso, mas será
que isso realmente acontece nos dias atuais? E ainda mais: é realmente uma
ação apenas da criança?
Tanto as crianças, animais, adultos e idosos brincam, mas muitas vezes
nem percebem que estão brincando e jogando. A brincadeira é um ato que
possibilita o prazer, a descontração, sem fins e objetivos. É encantador o seu
poder de relaxamento e distração, pois faz parte do desenvolvimento do ser
humano e percorre toda a existência.
Desde que o homem existe, o brincar permeia sua vida, mas com o passar
dos tempos muitas mudanças aconteceram desde transformações sociais,
políticas e religiosas. Na história da humanidade, pode-se perceber que o
advento do catolicismo influencia demasiadamente o que se descreve como
recrear, prazer, descontração, o ato de rir, escrita, arquitetura e música. Toda e
qualquer manifestação artística e expressiva foi banida do seio da civilização
ocidental. Proibiu-se, por muito tempo, tudo que provocasse o prazer e assim as
pessoas eram mantidas por promessas de que a manutenção da seriedade
levaria à garantia de ter um lugar ao lado de Deus, como forma de recompensa.
Assim surgiu a santa inquisição, como forma de punição aos hereges e
combate aos prazeres mundanos.
Mas como o recrear é natural ao ser humano, a privação dos prazeres
durou muito tempo, mas não impediu que aos poucos as sociedades fossem se
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libertando dessas regras e manifestando seus desejos e prazeres voltados à
expressão genuína dos seres.
Assim, as ações criativas, artísticas, expressivas em todos os sentidos,
como o recrear, retornaram ao seio das civilizações, podendo ter maior amplitude
para se expressar em todos os segmentos da vida e a Igreja Católica teve que
se adaptar a essas necessidades.
Para seguirmos adiante sobre a temática desta aula e para facilitar essa
leitura, é necessário conceituar alguns termos como lazer, recreação e
ludicidade. Com relação a essa temática, há um grande número de conceitos
erroneamente utilizados como sinônimos.
Vamos iniciar pelo termo Lazer. Pode ser definido por afazeres que a
pessoa tem, uma predisposição, que se entrega por livre e espontânea vontade,
ou seja, um estado de espírito favorável, uma vontade de se dedicar a algo
voltado para o lúdico.
Esses afazeres podem ser voltados para repousar, divertir-se, recrear-se
e entreter-se. Podem também ser voltados para desenvolver uma formação
desinteressada, ou ampliar a informação, e pode ser ligada a alguma ação
voluntariada.
Com relação ao lúdico (termo citado acima), pode-se ter a ideia de que
alguma situação leva a pessoa a se divertir, se entreter, se alegrar, passar o
tempo. Não pode ser provocado, apenas estimulado.
Outros termos importantes são: ócio e ociosidade. O ócio seria a opção
por “fazer nada” de forma lúdica, positiva, opcional. Pode até ser uma opção de
lazer, como, por exemplo: optar por descansar deitado em uma rede durante o
dia todo. Por outro lado, a ociosidade também se refere a “fazer nada”, mas se
diferencia pela falta de opção, se transformando em algo negativo para a pessoa
e que não apresenta outra opção. Pode-se exemplificar a 3ª idade, em que as
pessoas se aposentam e ficam sem afazeres formais (um emprego com
responsabilidades) e isso muitas vezes leva a pessoa a deprimir por se sentir
inútil à sociedade. Situações de inutilidade social induzem a doenças como
depressão e podem levar a óbito.
Uma característica importante da recreação é entreter, descontrair e
socializar, fatores fundamentais para a qualidade de vida da pessoa idosa.
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Como conceituação, a recreação se trata de uma circunstância, uma
atitude partindo da pessoa. Deve sempre ser encarada pelo praticante como um
fim em si mesma, sem que se espere benefícios ou resultados específicos. Nas
atividades recreativas, tem-se a oportunidade de se perder e isso é positivo. Há
um total descompromisso. Também deve ser selecionada livremente e praticada
espontaneamente. A recreação é apresentada como toda atividade espontânea,
divertida e criadora que possibilita às pessoas buscarem ações que evidenciem
a qualidade de vida e satisfaça sua necessidade de ordem física, psíquica ou
mental.
A prática da recreação busca levar o indivíduo a estados psicológicos
positivos.
Deve ser escolhida de acordo como os interesses dos participantes.
Assim, toda atividade recreativa é realizada durante o lazer, entretanto,
nem todo o tempo de lazer é preenchido com atividades de caráter recreativo.
Curiosidade
A recreação proporciona vivências de atividades tanto individuais quanto
coletivas. A criança tem a possibilidade de se equilibrar e reorganizar mental e
socialmente; deve ser de natureza a propiciar à pessoa exercícios de
criatividade, elevando a liberdade de atitudes e de mudanças.
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Os jogos podem atingir inúmeros objetivos, favorecendo imensamente a
qualidade de vida dos participantes. O que interfere é a criatividade e a as
estratégias do professor.
Os jogos podem ser divididos em jogos tradicionais, jogos de regra, de
exercícios, simbólicos (Piaget), competitivos, cooperativos e semicooperativos.
Essa divisão pode possuir inúmeras subdivisões de acordo e dependendo
da vivência de autores de livros e professores.
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buscando seus objetivos sem prejudicar o próximo, sendo essa a ideia da
cooperação.
Os jogos cooperativos vêm auxiliar as ações educacionais e
ocupacionais, sobretudo nas escolas em que os problemas de violência, falta de
tato nas relações, da desumanização são bastante frequentes e prejudiciais a
todos os envolvidos e consequentemente levando para outros meios e, na pior
das hipóteses, para o longo de toda uma vida.
Os principais autores no país que desenvolvem o tema dos jogos
cooperativos são Broto e Barreto. Comentam que o jogo cooperativo é uma
abordagem filosófico-pedagógica que busca a ética da cooperação. Compõem
dinâmicas de grupo com o objetivo de buscar a consciência de cooperação,
reorganizar os conceitos para uma boa convivência em grupos com respeito às
individualidades, enfim que as relações sociais sejam harmoniosas.
Para entendermos melhor a organização dos jogos cooperativos,
podemos dividi-los em características, princípios e categorias.
Características dos jogos cooperativos:
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Desenvolvimento humano: visualiza-se sempre o
aprimoramento como ser social;
Processualidade: cada passo nas aulas que envolvem o jogo
cooperativo leva-se em conta o processo e as etapas anteriores,
respeitando a característica pessoal.
32
habilidosos ou menos habilidosos (dessa forma todos saem
ganhando, pois o respeito é evidenciado e as chances de melhorar
as habilidades são bem maiores);
Todas as posições: nessa perspectiva, todos passam por todas
as posições do jogo (goleiro, técnico, torcedor e dirigente), assim
pontos de vistas se ampliam e novos enfoques se solidificam;
Passe misto: muito interessante, pois é muito difícil trabalhar
dessa forma nos meios educacionais. Neste jogo semicooperativo,
a bola deve ser passada alternadamente entre meninos e
meninas. Abre-se uma diversidade muito grande de percepção
entre os alunos.
33
Conclusão da aula 3
Atividades de Aprendizagem
Apresentação da aula 4
Olá, aluno (a). Seja bem-vindo (a) à quarta aula desta disciplina. A partir
de agora, você vai conhecer como a recreação pode auxiliar no trabalho com
deficientes.
Vamos lá?
4.1 As deficiências
34
mesmo em condições especiais, deverá ficar evidente na maneira como ele
encaminha o processo ensino-aprendizagem.
Antes de mais nada, precisamos esclarecer e pontuar alguns conceitos e
objetivos com cada tipo de deficiência.
Há algum tempo, utilizava-se uma conceituação sob o modelo médico em
que a deficiência era entendida como uma limitação do indivíduo, mas
atualmente o conceito é mais abrangente, compreendendo a deficiência não
apenas como resultado das limitações e estruturas do corpo, mas também pela
influência de fatores sociais e ambientais do meio no qual a pessoa está inserida.
Vamos estudar algumas deficiências:
35
B3: Desde uma acuidade visual superior a 2/60 metros até 6/60 metros
e/ou um campo visual de mais de 5º e menos de 20º de amplitude.
Essas classificações nos auxiliam para podermos programar e planejar as
aulas e atividades com os alunos deficientes.
Muitas vezes a deficiência visual pode ocasionar:
36
dos alunos deve ficar com os olhos vendados e o outro como guia,
para depois inverter os papeis; o objetivo é estabelecer relações de
confiança, segurança, respeito e responsabilidade;
Percepção da imagem corporal (exemplo: trabalhar o esquema
corporal com as crianças, com a brincadeira do mestre mandou,
que solicita que coloquem as mãos na cabeça, pés, mãos, orelha,
olhos, joelhos, pescoço, cotovelo, barriga);
Percepção sensorial, percepção auditiva (exemplo: brincar de
adivinhar os objetos dentro de uma caixa com as mãos, para
descobrir a textura e o formato dos objetos);
Autoestima, valorização;
Descontração e socialização;
37
Os objetivos da recreação com o deficiente auditivo são:
38
motora que estão relacionados com o nível de movimentos
afetados.
39
ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente às demandas da
sociedade (Associação Americana de Deficiência Mental - AAMD).
40
Descontração e socialização.
Para finalizar esta aula, quero evidenciar o papel do profissional para atuar
com esses alunos em especial. Deve ser marcante a vontade de criar,
desenvolver o melhor de seus alunos a partir de seu anseio e objetivos claros.
Por isso, conhecimento específico, planejamento, organização e muita
criatividade devem imperar na ação do professor.
Como já foi comentado, não há uma “receita” pronta para as atividades
realizadas tanto em sala de aula como em instituições/escolas específicas para
os deficientes.
As atividades de recreação e de lazer são as mesmas; mas com
condições diferentes:
Conclusão da aula 4
Atividade de Aprendizagem
41
Aula 5 – Novas possibilidades da recreação nas aulas de Educação Física
Apresentação da aula 5
Olá, aluno (a). Seja bem-vindo (a) à quinta aula desta disciplina.
A partir de agora, você vai conhecer novas possibilidades da recreação:
os vários tipos de brinquedotecas e projetos de acampamento e acantonamento
em escolas e outros locais de implantação.
Vamos lá?
5.1 Brinquedotecas
42
E aí vem a pergunta: onde fica a infância tão preciosa da vida de qualquer
ser humano? A infância é o momento que abrange a ação do brincar, e este
brincar preparará a criança para a vida, para enfrentar as dificuldades, para se
envolver com os demais, para saber sorrir, ganhar ou perder, para desafiar os
momentos adversos, enfim para formar o ser saudável física, mental e
socialmente.
Há poucas décadas não se ouvia falar tão frequentemente em doenças
em crianças, como a depressão, obesidade e estresse infantil. A vida das
crianças era muito significativa e com maior liberdade, podiam brincar com
brinquedos elaborados por elas próprias e havia a valorização por essas
vivências.
Como esses momentos diminuíram significativamente na atualidade,
(mesmo sabendo que a ludicidade é fator imprescindível para a saúde mental do
ser humano), aparece a necessidade de buscar espaços e momentos propícios
para a prática do brincar. Alguns dos motivos que fizeram a redução do ato de
brincar da criança foram: o aumento exacerbado da tecnologia (comentada
anteriormente), os altos índices de criminalidade e a falta de espaços.
43
No Brasil, na década de 80, surge a primeira brinquedoteca em São Paulo,
com a intenção de apoiar a criança e o seu brincar. Logo em seguida foi criada
a Associação Brasileira de Brinquedotecas, em São Paulo, em prol da divulgação
do brincar, bem como formando brinquedistas e auxiliando na montagem de
brinquedotecas por todo país.
Segundo a Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBri), a
brinquedoteca tem como finalidade criar espaços lúdicos onde a criança tenha
possibilidade de conviver naturalmente com jogos e brincadeiras em diferentes
contextos, bem como proporcionar condições para que se cumpra o direito de a
criança brincar.
Existem vários tipos de brinquedotecas, dependendo do local a ser
implantado e as necessidades. De acordo com a necessidade, é possível criar
diferentes brinquedotecas. Vamos enumerar alguns tipos:
44
Hospitais: ajudam no tratamento, procurando minimizar o
sofrimento das crianças internadas.
45
É preciso haver um equilíbrio entre o educador e o brinquedista, pois a
primazia do educador pode resultar em um pedagogismo exacerbado, tirando a
magia, a liberdade e o sonho da brincadeira infantil, fazendo dos jogos e
brinquedos técnicas pedagógicas. Porém, o inverso, priorizando o brinquedista
sobre o educador, pode transformar o trabalho esponteneísta, sem caráter
científico, transformando as brinquedotecas em depósitos de crianças e
brinquedos, onde tudo ou nada pode acontecer.
O grande desafio dos profissionais que trabalham com as brinquedotecas
é manter o equilíbrio desses polos. Por isso, a formação dos profissionais deve
ser ampla e variada, pois trata-se do trabalho com indivíduos com
características, vivências, necessidades e culturas diferentes. Dessa forma, o
professor precisa ter muita habilidade e criatividade, possuindo conhecimentos
de ordem artística, psicológica, literária, sociológica, antropológica. E a maneira
de atingir esses conhecimentos é sempre estar atualizado, buscando cursos de
formação, oficinas, capacitação e eventos da área. Aqui é importante ressaltar
que embora as crianças não façam uso da arte, da psicologia ou da sociologia
(como citado anteriormente), estas estarão sempre presentes no contexto e na
vivência da criança que participa da brinquedoteca.
46
Os grandes centros urbanos dão margem à necessidade de entrar em
contato com a natureza para fugirem da realidade do concreto.
O acampamento pode ser considerado como um importante espaço e
momento de convivência e as trocas de experiências entre os participantes são
extremamente valorosas e contribuem para o desenvolvimento psicológico e
social, sem contar que se trata de um excelente instrumento que colabora com
hábitos saudáveis desde atividades motoras, culturais, cognitivas e de educação
ambiental.
Há vários tipos de acampamentos e a escolha por um deles vai ser
condicionada à finalidade que se quer dar.
Vamos ver os tipos de acampamentos a seguir:
47
encanada, banheiros, energia elétrica e os participantes podem dormir em
camas, como também em colchonetes. Tudo vai depender dos objetivos
traçados anteriormente, enfim a intenção a qual se quer atingir.
Tanto acampamentos como acantonamentos necessitam ter um
planejamento prévio, com objetivos muito bem traçados. Cada clientela com
suas especificidades requer planejamentos diferenciados e bem organizados.
Deve-se tomar cuidado com o tipo de clientela e o local que irá ser
realizado, para ser adequado às necessidades e respeitar as condições de cada
grupo a ser trabalhado.
O planejamento para o acampamento ou acantonamento deve ser
antecipado e procurar prever todas as situações que possam ser problemas,
como, por exemplo: evitar e estar preparado para acidentes, prever as regras de
convívio, programar atividades coerentes às faixas etárias, antever intempéries
climáticas (chuva e frio) e estar preparado para doenças dos participantes (febre,
problemas intestinais). Isso faz lembrar a importância de algum dos professores
ter curso de primeiros socorros para qualquer eventualidade.
Dentro desse planejamento deve conter também a preparação prévia dos
materiais a serem levados, de acordo com o tipo de acampamento ou
acantonamento.
Pode ser feito um check list, que facilita na escolha do que levar. Alguns
itens são imprescindíveis para levar, como exemplo: saco de dormir ou
colchonete, isolante térmico, repelente, protetor solar, filtro ou pastilha de cloro,
lanterna, álcool gel, papel higiênico, sacos de lixo, kit de primeiros socorros,
tesoura, canivete, fita adesiva, lona para colocar debaixo da barraca, sabão e
cordinha para varal, kit alimentação com prato, garfo, colher, copos, pano de
prato. Para sugestão de roupas para levar para um fim de semana acampando:
um par de chinelos, dois pares de tênis (de preferência um bem velho), três
calças que deixem bem à vontade, quatro ou cinco peças íntimas, dois agasalhos
esportivos, duas bermudas, quatro camisetas, quatro pares de meias, duas
roupas para banho no mar, lago ou piscina), um boné, ou bandana e um pijama.
Enfim, o mais importante é a conexão entre os profissionais envolvidos e
o planejamento bem claro para não haver erros.
48
Conclusão da aula 5
Atividades de Aprendizagem
Apresentação da aula 6
Olá, aluno (a). Seja bem-vindo (a) à sexta aula desta disciplina.
A partir de agora, você vai conhecer como o lazer pode possibilitar uma
nova vivência para atividades voltadas para a natureza.
Vamos lá?
49
avançada e as limitações de espaço e de lazer criaram um novo formato de
homem, dificultando ou mesmo impedindo de forma contundente que as pessoas
se mantivessem ativas fisicamente.
O sedentarismo é resultado desse desenvolvimento. Mas também houve
melhorias nas condições de trabalho, porém a comodidade facilita a opção de
um estilo de vida inativo e associa-se a isso a alimentação inadequada.
A diminuição progressiva da atividade física associada ao estilo de vida
moderna, com dietas com alto teor energético, maior consume de carnes, leite e
derivados ricos em gordura e diminuição do consumo de frutas, verduras, cereais
e legumes, converge para o aumento da obesidade e consequentemente dos
problemas de saúde.
Na atualidade, encontramos grandes metrópoles em crescimento
constante e devido a este desenvolvimento ocorre a diminuição dos espaços
urbanos de lazer. Essa nova forma, de vida tem trazido uma evolução sob um
aspecto cognitivo, intelectual, porém o movimento fica aquém do mínimo para
se ter saúde. “O lazer é um elemento de avaliação da qualidade de vida”. A
qualidade de vida das pessoas está ameaçada e as doenças têm aumentado
significativamente. Esse novo estilo de vida contemporâneo tem ajudado as
pessoas a serem mais inativas, gerando doenças crônicas degenerativas, que
são de longa duração e de progressão lenta, geralmente.
Mas felizmente um novo interesse tem surgido no seio das sociedades
modernas, o anseio a voltar às suas origens. As pessoas estão tentando resgatar
antigas práticas e buscar novas possibilidades de atividades físicas de lazer na
natureza.
Esse novo interesse e olhar para a natureza tem significados e objetivos
como:
50
E por que as pessoas estão procurando uma ligação com a natureza com
atividades alternativas? Porque buscam sair da realidade e entrar no “mundo de
ficção”, para conquistar novas relações de convivência e amizade (esquecidas
por conta da comunicação por redes sociais), diversão, desligar dos problemas
e preocupações cotidianas, conhecer pessoas, lugares e culturas diferentes.
Qual o significado da prática da atividade física na natureza? Explorar a
natureza e poder descobrir os encantos e mistérios inseridos em cada nova
aventura e local. Criar o respeito e dedicação em preservar mantendo o equilíbrio
da natureza, além de poder desfrutar dos momentos sem pressão do cotidiano,
sem as opressões da sociedade, deleitar-se com o escapismo lúdico, a liberdade
que é algo contido no âmago da natureza e só quem se insere na natureza sabe
o que representa essa sensação.
Houve um aumento significativo na procura pelo uso de áreas naturais
para atividades de 10% a 30% por ano (MARINHO, 2009). De acordo com o
Ministério do Turismo (2016), a busca por atividades de aventura passou de 12%
em 2014 para 15,7% em 2015, isso representa o quanto as pessoas têm se
interessado por atividades na natureza.
Vamos aqui conceituar os termos usualmente usados na prática na
natureza:
Vamos inicialmente conceituar a palavra aventura. A palavra originou-se
do Latim adventura, que significa “o que há por vir”, ou seja diferente, inusitado.
Atividades de aventura;
Esportes de aventura;
Atividade física de aventura na natureza;
Esportes na natureza;
Esportes radicais;
Turismo de aventura;
Turismo esportivo.
51
Podem proporcionar sensações diversas, liberdade, prazer e
superação, a depender da expectativa, envolvimento e experiência do
indivíduo;
Esporte de aventura: maior grau de risco físico, dado às condições
de altura, velocidade ou outras variantes em que são praticados.
52
na natureza, pois compreende qualquer prática que desperte o instinto
aventureiro e que tenha uma união profunda com a natureza.
Agora vamos classificar as atividades físicas de aventura na natureza:
Inicialmente pelo local podem ser: terrestres, aquáticas e aéreas.
Existem várias finalidades, como vimos nas conceituações dos termos,
em relação ao interesse por “adrenalina”.
53
Canoagem: atividade que se faz com canoa ou caiaque para descer rios
ou passear. Existem tipos de práticas de canoagem: Sprint, Slalom, freestyle,
oceânica, polo, maratona, turismo, onda.
Flutuação (Snorkeling): é o mergulho livre, de forma recreativa e de
lazer. Os acessórios são apenas máscara, nadadeiras e snorkel.
Kitesurfe: utiliza-se uma pipa e uma prancha com ou sem alças. É
necessário vento para se realizar a atividade.
Mergulho: o mergulho é o ato de submergir na água usando uma
máscara, nadadeiras, snorkel e cilindro de oxigênio ou segurando a sua
respiração, que é o mergulho livre.
Rafting: botes infláveis com aparatos de segurança para descer
corredeiras.
Surfe: uso de uma prancha especifica para descer ou deslizar pelas
cristas das ondas.
Body-boarding: o mesmo que surf, com uma prancha diferente (menor e
com outro material) em que se deita para deslizar sobre as ondas.
Windsurfe: ou prancha à vela é uma modalidade olímpica de vela.
Asa-delta: prática de voo livre, com uso de uma vela triangular de tecido,
sobre uma estrutura rígida de alumínio proporcionando a sustentação da asa-
delta no ar, presa no corpo para queda de um morro alto, para velejar nas
correntes de ar ascendentes, subindo até a base da nuvem.
Balonismo: esporte praticado no ar com um grande balão de ar quente.
É considerado como uma aeronave.
Base jumping: é ação de se jogar de um local muito alto com o uso de
um paraquedas ou apenas de wingsuit (traje planador).
Parapente: muito parecido com um paraquedas, é uma modalidade de
voo livre. Pode ser competitivo ou recreativo.
Paraquedismo: com finalidades militares ou esportivas, é uma
modalidade que se utiliza um paraquedas para se lançar de um avião em altas
altitudes e assim diminuir a velocidade da queda.
54
Sky-surf: trata-se de uma queda livre, utilizando uma prancha. Utilizando-
se manobras em altas altitudes. Requer muita experiência dos praticantes.
Ultraleve: pequeno avião, com custo pequeno e muito leve. Boa opção
para os apaixonados por aviões.
Reflita
Os profissionais de Educação Física ainda enfrentam barreiras com relação a
sua atuação, o preconceito ainda é bastante presente e ainda sofrem com os
valores dos materiais e os custos da maioria das práticas.
55
As atividades físicas alternativas na natureza priorizam a busca por uma
opção saudável de vida, fuga de inúmeros aspectos, como poluição, violência
das cidades, sedentarismo, alimentação, estresse e abalos negativos em nível
psicológico, os quais são capazes de propiciar uma desestruturação dos níveis
qualitativos de existência do ser humano.
Expedições e exploração: eventos em locais menos acessíveis, setor em
rápido desenvolvimento, ligações com áreas de lazer e educação.
Terapia: utiliza as atividades e a natureza como base de intervenções
terapêuticas, cura, aprendizagem psicossocial e resolução de problemas
pessoais.
Conclusão da aula 6
Atividades de Aprendizagem
Apresentação da aula 7
Olá, aluno, (a). Seja bem-vindo (a) à sétima aula desta disciplina. A partir
de agora, você vai obter conhecimentos acerca do gerenciamento do lazer, das
políticas públicas e privadas relacionadas a essa atividade, e verá espaços e
equipamentos destinados à prática de atividades de lazer.
Vamos lá?
56
Equipamentos utilizados para a prática de lazer
Fonte:https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/workout-sports-equipment-
jumps-wheel-lifting-1150776293
Curiosidade
No momento de lazer, as pessoas podem fazer o que bem entenderem, como:
estudar, ler, dormir, brincar e qualquer atividade que traga satisfação e prazer.
57
urbanização, decorrente do século XX, e com o aumento populacional, houve a
exigência pela ampliação do lazer. A necessidade de agregar o lazer se torna
fator decisivo na organização do novo espaço urbano e os poderes públicos
começam a constar de outras possibilidades em seus planos, para expandir
espaços específicos para o recrear.
Obviamente que essa necessidade de ampliação não cessou e se faz
necessário mais rigor e adequação de projetos de desenvolvimento dos centros
urbanos, com a finalidade de possibilitar mais qualidade de vida a seus
habitantes.
De acordo com a legislação brasileira sob forma da lei, o lazer é
considerado como exercício social. Por meio dos momentos de repouso semanal
com remuneração e das férias e aposentadoria, o lazer encontra espaço para
ser aplicado e aproveitado.
A falta de lazer está se tornando um dos grandes problemas da sociedade;
a recreação é para providenciar o bem-estar físico e mental das pessoas,
podendo levar ao Estado lucros e economia, também relacionando à prevenção
de inúmeras doenças e engrandecimento da cultura. Assim, o governo deve
amparar, estimular, facilitar e promover sua prática.
Entre algumas medidas que competem ao poder público, encontram-se:
58
cidades em todos os segmentos desde moradias, sistemas de
esgoto e água, sistema de transportes, controle da poluição;
Para tanto, um planejamento muito bem elaborado e organizado é
fundamental para a ordenação do lazer público.
Reflita
E quanto a nós? Temos mais tempo livre e maior possibilidade para uso de
instrumentos para o exercício do lazer? Será que sabemos usufruir desse tempo
livre do trabalho e de outras obrigações?
59
A educação sistemática para o bom aproveitamento do lazer, por
meio de programação regular nas escolas com a ajuda de outras
instituições de serviços à comunidade;
Planejamento e construção de acomodações à recreação pública
e centros de recreação, onde as atividades culturais e artísticas
possam vir a ser cultivadas e difundidas;
Programação variada de recreação pública durante o ano inteiro;
Criação da consciência do valor da recreação e estímulo à
educação dos adultos no tempo de folga, “incentivando o
trabalhador a ocupar de forma construtiva o seu lazer, cultivando
atividades condizentes com as próprias inclinações e
necessidades espirituais, de relaxamento e de ampliação de
cultura” (MEDEIROS,1975).
60
Microequipamentos especializados: são equipamentos importantes na
escala da pequena cidade ou do bairro da grande cidade: de dimensões
reduzidas, são voltados para um único campo do lazer, seja:
61
equipamentos médios de polivalência dirigida e auditórios, centros esportivos
(com interesse específico).
Macroequipamentos polivalentes, centros de exposição, grandes teatros,
Parques urbanos, centros poliesportivos.
Exemplos de equipamentos não específicos de lazer:
estacionamentos de mercados, ruas, casa, bares, cafés e escolas.
Conclusão da aula 7
62
Atividade de Aprendizagem
Apresentação da aula 8
Olá, aluno, (a). Seja bem-vindo (a) à oitava e última aula desta disciplina.
A partir de agora, você vai saber como o profissional de recreação e lazer pode
se colocar no mercado de trabalho. Você conhecerá as áreas de atuação e como
pode fazer da melhor forma a organização de eventos.
Vamos lá?
63
tecnologia e as tarefas e funções eram realizadas manualmente sem auxílio de
nenhum instrumento tecnológico.
Felizmente hoje a questão do lazer e a recreação estão sendo melhor
apreciadas pela sociedade. A necessidade de se “desligar” dos afazeres e cuidar
da saúde e das relações está sendo preponderante e isso faz com que as
pessoas valorizem os momentos até então esquecidos e desvalorizados.
É importante destacar hoje em dia que nos programas de lazer devem ser
propostas atividades em que as pessoas possam se integrar de livre vontade,
buscando ações que promovam a qualidade de vida, o conhecimento e a
transformação do estilo de vida.
Os profissionais de Educação Física, independente da área de atuação,
tem como grande objetivo a promoção da qualidade de vida das pessoas
(crianças, adolescentes, adultos e idosos). Este é o intuito de qualquer trabalho
em nossa profissão: levar à conscientização do que representa as atitudes que
as pessoas optam e suas repercussões positivas ou negativas. Trata-se da
responsabilidade fundamental dos profissionais da saúde, principalmente da
Educação Física, de informar e incentivar para a atividade física, alimentação
saudável, escolhas por hábitos saudáveis de vida, minimização do estresse e
lazer de qualidade.
Curiosidade
Atividades que devem ser escolhidas por profissionais de educação física são:
esportes e brincadeiras com adaptação às regras, valorização de atividades
sociorrecreativas em grupos, atividades artesanais e manuais, passeios culturais
junto à natureza, como viagens e turismo de uma forma geral.
64
Pode-se entendê-la sob o aspecto multidimensional, em que se inclui a
saúde física, o repouso, as funções cognitivas, a reserva energética, o lazer, o
trabalho, a vida familiar e social.
Para a OMS, a definição de qualidade de vida é: “a percepção que um
indivíduo tem sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas de
cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações”.
Trata-se de uma definição que contempla a influência da:
A capacidade funcional;
O nível socioeconômico;
O estado emocional;
A interação social;
A atividade intelectual;
O autocuidado, o suporte familiar;
O estado de saúde;
Os valores culturais, éticos e religiosos;
O estilo de vida;
65
A satisfação com o emprego e/ou com atividades diárias e o
ambiente em que se vive.
66
Jovem com estresse
Fonte:https://img.freepik.com/fotos-gratis/local-de-trabalho-quarterback-
decepcionado-mulher-perigo_1134-827.jpg?size=626&ext=jpg
67
Na segunda fase, a “fase da resistência”, a pessoa automaticamente tenta
combater os fatores para manter sua homeostase interna. Se houver
continuidade dos fatores estressantes, ocorre um rompimento da resistência da
pessoa e ela passa à “fase de quase-exaustão”. Nesta fase, o mecanismo das
doenças se inicia e os órgãos que tiverem maior predisposição ou
vulnerabilidade genética ou adquirida serão os mais atingidos.
Se esses fatores estressantes não cessarem, chega-se ao último estágio,
que é a “fase da exaustão”, surgindo assim doenças graves e podendo levar até
a morte.
O estresse se manifesta de duas formas: uma positiva e outra negativa; o
estresse positivo, também chamado de “eustress” é advindo de situações boas
e prazerosas, mas que causam o desequilíbrio do organismo, como ganhar um
prêmio, ou ser aceito em concurso público. O estresse negativo, conhecido como
“distress” é o oposto do “eustress”, que também é um desequilíbrio do ser, mas
que é resultante de situações negativas, como, por exemplo: recebimento da
notícia do falecimento de um ente querido, ou perder um emprego.
O efeito de todos esses fatores estressantes sobre o organismo depende
do comportamento da pessoa. Se a pessoa tiver uma característica de
personalidade positiva, será menos suscetível ao estresse, e se for uma pessoa
negativa, que sofre e aumenta os problemas além do que são, terá mais
probabilidade de ter maiores níveis de estresse.
Dentre os tipos de estresse, encontramos o estresse físico, o emocional
o e estresse ocupacional. Englobam vários fatores:
68
que em muitas situações poderão ocorrer fatores que levam ao desgaste físico
e emocional, lembrando que o fator individual (comportamento) impera para se
tornar uma pessoa estressada ou não.
Métodos psicoterapêuticos;
Processos que favoreçam o autoconhecimento;
Avaliação periódica de sua qualidade de vida;
Busca de convivência menos conflituosa com seus pares e grupos;
Estruturação do tempo livre com atividades prazerosas e ativas.
Técnicas de relaxamento;
Alimentação adequada;
Exercício físico regular;
Sono apropriado às necessidades individuais;
Medicação (se necessário e sob supervisão médica);
Repouso, lazer e diversão.
69
Hotéis (cidade, praia e campo);
Academias e aeroportos;
Asilos;
Supermercados e shopping center;
Condomínios (casas ou apartamentos);
Turismo/lazer;
Festas de aniversários e festas de confraternização;
Associações de empresas, empresas e indústrias;
Navios;
Projetos de Prefeituras (Políticas Públicas);
Ônibus de turismo, igrejas e faculdades.
70
A justificativa pode estar inserida na introdução ou não (à parte). É a
maneira de mostrar o porquê do projeto. Deve ser convincente e com muita
persuasão para mostrar o significado e valor do projeto.
Os objetivos devem ser apresentados em seguida, mostrando para que
está sendo realizado o projeto. Primeiro o objetivo geral (com a intenção maior
do projeto) e depois os objetivos específicos, com as finalidades para cada item
trabalhado.
Em seguida, virá o referencial teórico com os conteúdos referentes ao
tema a ser trabalhado no projeto, elementos e autores que sustentam a ideia do
trabalho. A metodologia vem a seguir, mostrando como será o trabalho e com
todos os detalhes. É preciso especificar bem cada etapa do projeto. Podem ser
apresentados alguns exemplos de atividades que serão realizadas no decorrer
do projeto.
O cronograma é opcional, mas, se inserido, deve apresentar dados
referentes ao tempo da execução do projeto quando e o que se desenvolverá
(mês, dia, ano).
A apresentação deve ser em forma de quadro. O projeto será especificado
melhor agora com minúcias nos recursos, inicia-se com os recursos humanos,
em que será especificado quem participará do projeto. Não deixar de citar
nenhuma função, pois todos terão custos e serão apresentados no recurso
financeiro (último item). Nos recursos físicos, deverão ser mostrados todos os
locais a serem utilizados no decorrer do projeto.
Nos recursos materiais deve-se listar tudo o que será preciso para a
execução das atividades do projeto, tudo o que for utilizar. As falhas,
esquecimentos de materiais não serão computados nos recursos financeiros.
Para finalizar o projeto, serão calculados todos os custos do projeto nos
recursos financeiros, desde coordenação, profissionais contratados, estagiários
e materiais (se forem adquiridos pelo projeto). Deve-se pensar muito bem sobre
todos os itens e atividades para não haver imperfeição.
O projeto precisa ter as referências bibliográficas, que serão a base da
construção do trabalho. Apresentar autores, ideias e embasamento cientifico
agrega valor ao produto final.
71
Enfim, o projeto é uma engrenagem, ou melhor, um quebra-cabeça, em
que tudo está interligado e dependente. Se pensar o todo com seus mínimos
pormenores, não haverá contratempos e o sucesso será evidente.
Conclusão da aula 8
Atividades de Aprendizagem
72
Índice Remissivo
Acampamentos e acantonamentos.........................................................................
46
(Barraca; campismo; escotismo)
As deficiências.........................................................................................................
34
(Deficiência auditiva; deficiência motora; deficiência visual)
Brinquedotecas........................................................................................................
42
(Brinquedo; infância; lúdico)
Gerenciamento do lazer.........................................................................................
56
(Espaços e equipamentos; gerenciamento do lazer; políticas públicas)
Gerenciando o lazer...............................................................................................
57
(Espaços; tempo livre; recreação)
História do brincar...................................................................................................
(Atividade; brincar; recreativa) 8
Jogos cooperativos.................................................................................................
30
(Livre da competição, livre para criar, livre da eliminação)
Jogos tradicionais...................................................................................................
30
(Costumes; tradição popular; vivências das culturas)
73
Jogos, brinquedos e brincadeiras no contexto escolar............................................
26
(Atividades recreativas e lazer; jogo cooperativo; jogos tradicionais)
Os equipamentos de lazer.......................................................................................
60
(Parques infantis e jardins; piscinas; quadra)
Recreação na natureza...........................................................................................
49
(Atividade física; encontro da natureza; qualidade de vida)
Trabalho e lazer.......................................................................................................
17
(Ambiente escolar; ambiente familiar; deslocamento diário)
74
Referências
75
MEZZADRI, F. M. (org). Esporte e lazer: subsídios para o desenvolvimento e a
gestão de políticas públicas. São Paulo: Fontoura, 2006.
76