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Tratamento de Queimaduras
Tratamento
Todo paciente tido como grave, deve ter como atendimento inicial o conhecido como
MOVE.
Após a interrupção, é imprescindível que o paciente seja coberto (com uma manta
térmica ou cobertor limpo e seco) para prevenir a hipotermia. Uma vez colocado
deve ser somente retirado no centro de atendimento.
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09/02/2019 Medprime - Tratamento de Queimaduras
Sinais de obstrução
Garantir Ventilação
Complicações
A hipóxia pode ser causada por tanto limitação à ventilação por queimadura
circunferencial, que impede a expansão, quanto por lesão direta de vias aéreas e até
trauma torácico associado (pneumotórax, hemotórax, etc..). Além da hipóxia, temos
duas complicações clássicas, uma causada pelo monóxido de carbono (CO) e outra
causada pelo cianeto.
A intoxicação por monóxido de carbono se dá devido a ligação estável com a
hemoglobina, que reduz a capacidade da hemoglobina de transportar oxigênio
para os tecidos. Deve-se suspeitar de que há a intoxicação por CO, quando houver
história de inalação de fumaça em ambientes fechados e tempo de exposição
prolongada. O exame padrão outro é a dosagem de carboxiemoglobina. A
saturação periférica de oxigênio não reflete a real oxigenação tecidual, assim,
apenas saturação da gasometria é confiável. O tratamento empírico é a oferta de
oxigênio a 100% via máscara de reinalação por 4 a 6 horas (promove a redução da
meia-vida da ligação CO-hemoglobina).
A intoxicação por cianeto é muito grave. É derivada da fumaça da queima de Comentários
algodão, madeira, papel, seda, plásticos, esponjas e acrílicos. Ele é um asfixiante
químico que inibe a citocromo-oxidade, impedindo a utilização do oxigênio pelos
tecidos, agindo na cadeia respiratória. Os sintomas variam desde cefaleias,
neuseas, vertigens bradicardia até hipotensão, arritmias, coma e morte. Seu
tratamento é feito através do suporte clínico e o seu antidoto, a hidroxicobalamina
(B12)
A lesão por inalação também merece a atenção durante o tratamento da vitima de
queimaduras. As partículas criadas pela queima de substâncias são aspiradas e
depositadas nas vias aéreas inferiores. Essas partículas depositadas vão produzir
um aumento da resposta inflamatória e assim, maior permeabilidade e infiltração
alveolar o que impede a troca gasosa. Além disso vai haver necrose celular e um
processo inflamatório massivo. A conduta perante esse paciente é a requisição de
um Raio-X para a avaliação da gravidade (Raio-X normal não descarta a
possibilidade de haver lesão). O tratamento é a terapia de suporte. Pacientes com
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Estabilização Hemodinâmica
Será feita de maneira semelhante a outros pacientes graves. Deve ser feito através
de dois acessos venosos calibrosos (pelo menos 18 gauge), de preferência em pele
sã e se não houver pele sã, realizar em membros superiores. A ressuscitação
volêmica deve ser feita em pacientes com 20% ou mais de SCQ. (apenas
queimaduras de 2º grau). O acesso intraósseo pode ser utilizado em pacientes
pediátricos, bem como o acesso venoso central. A sondagem vesical de demora
deve ser utilizada em todos os pacientes para monitorização da diurese (0,5
mL/kg/hora em adultos e 1 ml/kg/hora em crianças).
O paciente geral, deve receber cerca de 2 mL de soro Ringer Lactato X Peso (kg) X
SCQ (%). Sendo que metade sesse volume deve ser feito nas primeiras 8 horas e o
restante nas 16 horas subsequentes. Deve ser sempre levado em consideração o
volume infundido extra-hospitalarmente.
Em pacientes pediátricos, deve-se iniciar com maior volume, cerca de 3 ml/kg/SCQ,
de preferência com solução glicofisiologica (1 1 Soro fisiológico e Soro glicosado a
5%). Uma formula não muito utilizada, mas que merece importância, é a de
Galveston-Caravajal (5.000 mL/m2 de SCQ, inicialmente e 2.000 mL/m2 de
superfície corporal total para manutenção).
Em queimaduras elétricas, não importando a idade, deve ser feita a reposição com 4
mL/kg/SCQ. Soluções coloides devem ser evitadas nas primeiras horas de
ressuscitação, a menos que o paciente tenha um nível de albumina sérica abaixo de
1,7 g/dL. Deve-se ter cuidado com o excesso de volume, que progride a instalação
de edema, levando a um aumento das síndromes compartimentais.
Comentários
Síndrome Compartimental
Tratamento Ajuvante
Tubo Gástrico
Pacientes com náuseas, vômitos, distensão abdominal ou mais de 20% da SCQ
devem receber um tubo orogástrico.
Analgesia
É de fundamental importância. Sempre deve ser feito o escalonamento dos
medicamentos em relação a dor do paciente. Em fases mais leves, os AINH podem
ser os fármacos de primeira escolha. Em casos mais graves, opióides (morfina,
fentanil e codeína) devem ser prontamente utilizados. Benzodiazepínicos podem ser
usados antes de procedimentos, visto que a ansiedade causada pela hipóxia e a
hipovolemia diminui a tolerância do paciente á dor.
Dieta
Comentários
Evitar jejum prolongado e iniciar o mais precocemente a dieta, seja ela por via oral,
sonda nasogástrica ou nasoentérica. Idealmente deve-se alcançar a reposição das
necessidades proteicas e calóricas em até 72 horas após o trauma.
Indicações de Internação
São indicações a internação, pacientes que possuam:
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Profilaxia
Em se tratando de profilaxias para a vitima de queimaduras, devemos lembrar do
tromboembolismo pulmonar, da úlcera de estresse, do toxóide tetânico. A
antibióticoterapia profilática em queimados não é indicada.
Prognóstico
O prognóstico vai depender da extensão, da profundidade e da localização da
queimadura, além de lesões ou doenças associadas (trauma, intoxicação).
Pacientes que apresentam hipóxia, choque e/ou sepse, tem risco aumentado de
morte.
Referências
1. Referência 1
Créditos Comentários
Autores
Dr. Daniel Raylander
Wilton Adriano da Silva Neto
Editores
Junia Melo Borges de Oliveira
Ester Melo Borges de Oliveira
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09/02/2019 Medprime - Tratamento de Queimaduras
Ilustrador
Michel José de Carvalho
Edição
1º edição
Avançar (https://lummnos.com/medprime/aula/exercicio/41)
Comentários
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