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Ambulatório I – PEQUENAS CIRURGIAS 1

09.02.2023 Fórmula de Parkland


DR. VINICIUS VASCONCELLOS FP = 2-4mL x % corporal acometida x peso do
paciente.
QUEIMADURAS Quando usar a fórmula para hidratação:
1. Térmica (água quente)
 >= 20% do corpo acometido
2. Solar
 Queimadura >= 2º GRAU
3. Elétrica
4. Geladura (lesão por frio) Líquido que deve ser infundido na hidratação:
5. Química
1. Cristaloides
QUEIMADURA ELÉTRICA a. SF 0,9%
b. Ringer Lactato
Ocorre ponto de entrada e saída, não
evidenciando lesão extensa externa, ou seja, Regra de hidratação, passo-a-passo:
neste tipo a lesão é subestimada.
1. 50% do líquido nas primeiras 8 horas.
Complicações – rabdomiólise (destruição de 2. 50% do líquido nas outras 16h
fibras musculares), arritmias.
Completando a hidratação em no máximo
Exames importantes – eletrocardiograma e 24horas a partir do atendimento.
troponina.
Regra dos 9
QUEIMADURA QUÍMICA
Objetivo – estimar a % de acometimento do
Tratamento – nesse tipo é importante o uso corpo do queimado.
apenas de água abundante para lavagem, jamais
Cabeça – 9%
usar materiais químicos, pois podem reagir com o
produto (ácido) e causar maior estrago. MMSS – 9% cada um (18% total)
ATLS – ATENDIMENTO AO TRAUMA Tronco (abdome/tórax) – 18%
(ABCDE) - QUEIMADURA
MMII – 18% cada um (36% total)
A – VIA AÉREA
Períneo – 1%
Lesão – ocorre por inalação.
Critério clínico avaliado para verificar se a
Clínica – vibrissas (nariz) são queimadas, escarro hidratação está adequada para o paciente:
carbonáceo e voz anasalada (devido a edema de
glote). 1. Diurese adulto
a. 0,5-1 mL/kg/h
Objetivo – manter via aérea do paciente pérvia – 2. Diurese criança
IOT. a. 1-2 mL/kg/h
B – VENTILAÇÃO D – NEUROLÓGICO
Complicações – a queimadura do tórax/abdome Objetivo – avaliar o nível de consciência do
leva a redução da expansibilidade torácica, paciente.
causando restrição da respiração.
E – EXPOSIÇÃO
Conduta – escarotomia para reduzir a rigidez
causada pela queimadura da pele e com isso Objetivo – despir o paciente e identificar locais do
permitir o movimento respiratório adequado. corpo que foram acometidos, assim como
remover vestimentas que possam estar piorando
C – CIRCULATÓRIO o quadro.
Complicações – queimadura leva a perda de Conduta – remoção da roupa do paciente e cobri-
líquido e redução da volemia (hipovolemia). lo a fim de evitar hipotermia.
Conduta – hidratação do paciente, seguindo a Sempre remover adornos (anéis, colares,
fórmula de Parkland. relógios etc).
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HISTOLOGIA – GRAUS DA QUEIMADURA

1º GRAU – acometimento epiderme


2º GRAU – acometimento epiderme e derme
2º G SUPERFICIAL – derme superficial
(lesão avermelhada)
2º G PROFUNDA – derme profunda
(lesão esbranquiçada)
3º GRAU – acometimento subcutâneo/hipoderme
(lesão amarelada)
4º GRAU – acometimento de ossos/músculo

TRATAMENTO DEFINITIVO

 Projeto diretrizes para queimadura


Encaminhamento  quando grave, 3º e 4º grau e
quando 2º acomete áreas nobres (face, mãos,
pés, articulações e períneo).
Quando encaminhar?
 > 10% da superfície do corpo é acometida
na queimadura de 2º grau
 Áreas nobres
 3º grau
 Queimadura elétrica
 Queimadura química
 Queimadura termina e inalação
 Comorbidades pré-existentes
 Queimadura acompanhada de trauma
Tratamento da ferida – estourar a bolha se
houver, debridamento da ferida + curativo com
sulfatiazina de prata (ATB).

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