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Aromaterapia 2019

Aromaterapia

2019

Natália M. Frazzato

Natália M. Frazzato
Aromaterapia 2019
Introdução
A Aromaterapia é conhecida popularmente por uma técnica que se utiliza “cheiros bons”, mas começaremos a deixar
claro, que não é apenas cheirinho bom. Aromaterapia tem função terapêutica.
A técnica constitui a utilização dos óleos essenciais e carreadores adequados para sua aplicação.
Mais importante do que saber muitas vezes saber a função de cada óleo, é fundamental saber qual é a forma adequada
de aplicação, quais são as referências de um produto de qualidade, suas as formas de extração e qualidade envolvida
neste processo.
Não é apenas olhar o rótulo, saber que está escrito por exemplo Laranja e realizar a aplicação.
Uma aplicação inadequada pode provocar problemas relacionados a saúde do seu cliente/paciente.
Apesar da Aromaterapia fazer parte dos mais antigos métodos de cura. Passado de Geração para geração, é uma
técnica que busca o equilíbrio físico, emocional e psicológico do indivíduo, muito estudado atualmente.
Aromaterapia é um Ramo da fitoterapia.
Segundo a definição da ANVISA, Fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais. Eles são
obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e
outros).
Aromaterapia é o uso dos óleos essenciais para propósitos terapêuticos ou medicinais.
Aroma – cheiro agradável, fragrância
Terapia - tratamento que se desenvolve através do interesse do paciente.
É uma forma de tratamento reconhecida em diferentes países e também e reconhecida pela Organização Mundial da
Saúde (OMS)
Corazza (2002, p. 146), refere que “segundo a Associação Brasileira de Medicina Complementar, aromaterapia é um
tratamento curativo que utiliza o olfato e as propriedades dos óleos essenciais.”
A Aromaterapia é a terapia natural, pela qual os Óleos Essenciais nos ajudam a equilibrar os corpos físico, emocional
e mental, e estão fundamentados nos preceitos de saúde e no poder das plantas curativas e seus óleos essenciais.
Trabalha de maneira natural e holística, pode restaurar nossas energias curativas e resgata a saúde original,
proporcionando uma ferramenta para o corpo buscar a cura ou reequilíbrio das suas energias.

Denominações
Aromacologia
Termo utilizado pelo Instituto do Sentido do Aroma - SSI dos Estados Unidos, onde é pesquisada a inter-relação entre
os efeitos do aroma no cérebro e os variados tipos de emoções que provocam, como felicidade, sensualidade e
relaxamento.
Aromaterapia
Terapia complementar, que faz uso dos óleos essências, para tratar o indivíduo de forma holística.
Psicoaromaterapia
Terapia que utiliza os óleos essenciais para tratar distúrbios ou disfunções psicológicas.
Aromatologia ou medicina aromática
Termo usado por profissionais que fazem uso dos óleos essenciais via oral, método aplicado na França, por médicos,
para tratar doenças e seus sintomas.

Marketing do aroma
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Aromaterapia 2019
Uso de substâncias aromáticas, nem sempre óleos essenciais puros, na maioria das vezes produtos sintéticos, para
aromatizar ambientes comerciais, com a clara intenção de seduzir e induzir o indivíduo ao consumo cada vez maior.

História
± 10000 a. C. – registro do homem modificando o cheiro de fumaças com adição de plantas – Deuses;
4000 a. C – tribos aprenderam a cultivar plantas e extrair óleos vegetais;
Na Medicina Ayurvedica utilizava como ferramenta de cura formulas à base de ervas e óleos essenciais
Egito – Senhores das Essências

• Queimavam olíbano ao nascer do Sol - Sol


• Mirra ao anoitecer – Lua
• Sacerdotes fabricavam pomadas e unguentos medicinais;
• Grande pirâmide – pomadas cicatrizantes
• Foram encontradas ataduras de múmias contendo vestígios de especiarias como cravo, canela e noz-moscada.
4500 a.C. Os egípcios usavam bálsamos, óleos perfumados, cascas, resinas perfumadas e vinagres aromáticos

• Templo de Edfu – fórmula preparada por sacerdotes e reservada às Deusas: incenso seco, cálamo, sementes de
violeta, processadas por 6 meses;
• Tumba de Tutancâmon (1550 – 1295 a.C.) – óleos aromáticos de cedro, coentro, mirra, olíbano e zimbro;
• Ramsés (800 – 700 a.C.) – banhos com ervas aromáticas;
• Heródoto (aprox 420 a.C.) embalsamar com mirra, canela e outras essencias
Cleópatra (69 -30 a.C.) – perfumes (açafrão, menta, zimbro, flores de Henna)
China

• 3700 a.C. – plantas para cada doença;


• 3000a.C. - o Imperador Amarelo Huang Ti incluiu a Fitoterapia em seu livro sobre doenças, chamado “O
Clássico do Imperador Amarelo de Medicina Interna”
• Ervanário de Shen-nung (2750 a.C.)– extrato de ervas ministrados aos doentes (suco da camélia);
• Babilônia 1800 a.C. – cedro – poder divino;
 250 ervas: infusões, inalações (gengibre, hortelã, romã, papula)
Grécia

• Em Atenas, 469 e 399 a.C. – plantas estimulantes e sedativas;


• Hipócrates (460 a 370 a.C.) – óleos essenciais (sálvia, cominho) e massagem
“O Caminho para a saúde é tomar um banho aromático e massagem perfumadas todos os dias”, nascia a ideia da
prevenção e manutenção da saúde.
Teofrasto (372 a 287 a.C) – 20 obras sobre botânica;
Asclepíades (129 a 50 a.C.) – prescreve banhos e massagens, teorias de desequilíbrios;
Pedânio Dioscórides (90 a 40 a.C.) – Herbário, origem destilação;
45 a.C. – óleos essenciais para perfumar, sabão com óleo essencial
Galeno (129 – 201 d.C) – médico particular de Marco Aurélio – óleos especiais para pele: cera de abelha, óleo de
amêndoas e óleo essencial de rosas;
Os soldados usavam muitas plantas como erva-doce, salsinha, alecrim, sálvia, tomilho como unguentos para curar
feridas, se proteger de insetos, etc

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Século I-II os árabes produziam perfumes, incluindo óleos aromáticos;
Avicena (980 a 1037) – 1ª destilação a vapor de óleo essencial de rosa;
Século XIV – Peste negra utilizava-se pinho e olíbano queimados;
Jerome Brunshwing (1500) tratado de destilação de óleos essenciais;
França 1540 – comercialização de óleos essenciais na forma de remédios e componentes para perfumaria;
1560 padre José de Anchieta em suas cartas para Portugal, detalhou plantas medicinais do Brasil (hortelã-pimenta –
indigestão, reumatismos e doenças nervosas)
Alemanha 1600 – lavanda e junípero são mencionados na farmacopeia alemã;
Século XVII – óleos essenciais substituídos por remédios sintéticos;
Final do Século XIX muitos óleos essenciais começaram a ser produzidos sinteticamente (muito mais barato, mais
fácil do que usar plantas naturais) –declínio do uso de medicamentos naturais.
1920 produção em massa, criação do Chanel nº5
1923 Giovanni Gatti e Renato Cayola (psiquiatras- italianos) - aspectos psicossomáticos dos óleos essenciais, em
“A ação dos óleos essenciais no sistema nervoso”. Descobriram como o aroma influenciava o humor e as emoções,
através do sistema respiratório - identificaram os óleos essenciais sedativos e estimulantes.
1928 René Maurice Gateffossé – “aromaterapia” (perfumaria);
(levava em média de 30 minutos até 12 horas para ser totalmente absorvido – quando massageados na pele)
1945 Jean Valnet utilizou os óleos essenciais em pessoas com gangrena na 2ª Guerra Mundial - reduzir e parar com os
processos infecciosos;
1965 Paolo Rosveti em pacientes psiquiátricos com distúrbios emocionais;
1967 Marguerite Maury massagem com óleos essenciais “A aromaterapia na cosmetologia pode guiar à resultados
não considerados e extraordinários” (premiada 1962/1964);
1982 nos EUA fundo de investigação (2001 Instituto do Sentido do Aroma)
Atualmente
Faz parte da Medicina Complementar. Bem fundamentada para profissionais da área da saúde que podem aplicar os
óleos essenciais em clínicas particulares e em hospitais, com o propósito de apoiar, ajudar e enriquecer a boa
qualidade de vida e saúde das pessoas.
Como o reconhecimento da Medicina Complementar vem crescendo, assim também, tem crescido as pesquisas das
propriedades dos óleos essenciais, dentro da Aromaterapia
A moderna tecnologia vem avançando na melhoria dos equipamentos para a destilação dos óleos essenciais
produzindo óleos de alta qualidade.

Indicações
Cada óleo essencial, possui sua propriedade terapêutica específica
• Terapêutico
• Problema Emocionais, Estresse,
• Antisséptico
• Anti inflamatório
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• Drenante, estimular o Sistema Circulatório e Linfático
• Cicatrizante
• Anestésicos
• Calmantes, Relaxantes,
• Energizante

Cuidados
Cuidado que a utilização em excesso pode provocar alergias.
• Aplicação direta
• Gestante
• Idosos
• Distúrbios hormonais e emocionais
• Pele sensível
• Crianças
• Cítricos exposição ao sol
• Óleos essenciais que não devem ser usados antes de exposição ao sol (fototoxidade, queimaduras na
pele): bergamota, limão, lima, laranja doce, laranja amarga, tangerina e grapefruit. Podem manchar a
pele.
• Não usar óleo essencial internamente (ingeridos).
• Se estiver tomando remédios homeopáticos, consulte o médico antes de usar os óleos essenciais: Mentha
piperita, Mentha arvencis, Rosmarinus officinalis, Thimus vulgaris
• Hipertensão: alecrim, sálvia, tomilho
• Hipotensão: manjerona, ylang ylang
• Epilepsia: erva-doce, alecrim e salvia
• Não usar um mesmo óleo essencial por mais de três semanas (total de 21 dias). Caso seja necessário,
descanse uma semana e depois retorne ao tratamento. Pode alternar com outros óleos. Podem ser usados no
máximo 3 tipos de Óleo Essencial, em um único atendimento.
• Não substituir os óleos essenciais por um acompanhamento médico, quando este for necessário e ou
medicamento em uso.
• Ficha de avaliação: para usar corretamente os óleos essenciais é necessário fazer uma entrevista detalhada do
paciente, com observações sobre as escolhas de óleos, e também as respostas ao tratamento no
acompanhamento das próximas consultas.
• Atentar ao vencimento, a qualidade certificada e Registro na Vigilância Sanitária.

Portas de entrada

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As substâncias constituintes são absorvidas pelo organismo via oral, cutânea, respiratória; e após uma resposta
fisiológica os óleos atuam sobre o estado emocional e mental trazendo equilíbrio, através de estimulo sedativo ou
estimulando, dependendo o óleo essencial aplicado.

Métodos de extração
Há diversos métodos de extração, o que irá diferenciar é a qualidade dos óleos extraídos pelo método.

Destilação a vapor
Empregada para obter óleos essenciais voláteis: flores, folhas, tronco e sementes.

Prensagem a frio
Óleos voláteis: cascas de frutas cítricas.
Óleos Vegetais: amêndoas, castanha, germe de trigo, oliva, semente de uva.
(óleos que se alteram com o calor)
Atritar em uma superfície áspera, tornando permeável à saída dos óleos.

Extração por solvente


Solvente como: hexano, acetano ou outro derivado do petróleo, para extrair os compostos aromáticos das plantas.
Criando o “concreto”, que é dissolvido por álcool etílico para remover o solvente, depois que o álcool evapora:
absoluto.
Do “concreto” obtém ceras, parafinas, pigmentos.
Indicados para perfumaria e cosmética.
Flores(jasmim, rosas, madressilva)
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Enfleurage
Nos dias de hoje, considerado um método “raro”, devido a sua arte manual.
Para obter óleos essenciais de Flores(violeta, jasmim)
As pétalas são colocadas imersas em uma placa com gordura vegetal ou animal sem cheiro. São substituídas
diariamente por outras frescas e recém-colhidas, até que seja absorvido por esta massa gordurosa (que age feito uma
esponja). Então, a gordura é filtrada e destilada. O concentrado oleoso resultante desse processo é misturado a um
álcool, que é novamente destilado.

Extração por meio de Dióxido de Carbono (CO2)supercrítico


Utiliza-se o CO2 sob extrema pressão (200 atmosfera) e uma temperatura mínima 33°C.
Ao injetado, CO2 age como solvente, quando a pressão diminui, volta ao seu estado gasoso, não deixando qualquer
resíduo.
Permite um óleo essencial de excelente qualidade e maior potência terapêutica.
Flores e folhas

Métodos de aplicação
o Inalação
o Aromatizador de ambiente
o Banhos terapêutico na banheira/ofurô
o Banho terapêutico no chuveiro
o Pomadas
o Gargarejo
o Escalda-pés
o Manilúvio
o Sauna
o Lareira
o Emanação via travesseiro
o Sachê ou pot-pourri
o Spray para ambiente
o Shampoo e condicionador
o Cremes
o Gel
o Argila
o Massagem terapêutica
o Reflexologia podal

Óleos vegetais
São óleos carreadores que utilizamos para conduzir os óleos essenciais, através da massagem, e em outros
procedimentos.
Possuem afinidade natural.

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Nos óleos essenciais encontramos ácidos graxo, que são considerados componentes orgânicos, ou em outras palavras,
eles contêm carbono e hidrogênio em suas moléculas. Fazem parte do manto hidro lipídico, ou seja, presentes na nossa
pele.
Ricos em vitaminas, ácidos graxo e nutrientes como sais minerais
No processo de permeação auxiliam
• Flexibilidade da pele
• Hidratação
• Pele macia
• Não oclui
• Protetora (contra irritação e secura);
• Emolientes (suavidade e flexibilidade da pele);
• Controle na perda de água
Normalmente são prensados a frio – parte gordurosa da planta.
Não evaporam com facilidade;
Seu aroma é suave e característico da planto em que se foi extraído.
• Extraído (quase exclusivamente) de sementes;
• Insolúveis à água;
• Restrições características do óleo (alergias, pele sensível...)

Óleos Essenciais
Os óleos essências chegam a ter quase 600 componentes químico, tornando um tratamento eficaz e versátil.
Quando pensamos no “carro chefe” dos óleos essenciais podemos categorizar como:
Flores: sedativos/calmante
Herbais: estimulantes
Cítricos: desintoxicante/energizante
Trocos, raízes, rizomas, sementes: revigorantes.

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Não podemos esquecer que estes óleos essenciais possuem diversos componentes químicos, e saberemos qual a
função exata deste óleo através destes. Por isso, não se assuste ao ler que o óleo essencial é estimulante e relaxante,
justifica-se pelos seus componentes. Assim saberemos, ao identificar (através do fabricante), qual é o seu principal
componente químico.

Exemplo de Volatilização
ALTA 10 C – monoterpenos
MÉDIA15C- sesqueterpenos
BAIXA 20C – diterpenos
Classificação
Os óleos essenciais estão classificados em 3 níveis olfativos caracterizados por suas Notas, são:
• alta (ou topo/cabeça/saída),
• média (meio/coração/corpo)
• de base (básica/fundo)
Nota alta : cítricos, mentolados, canforados, coníferas. – Cabeça – 1º aroma
Nota média : florais, especiarias, herbais. – meio – coração do aroma
Nota básica : amadeirados, terrosos, resinosos, doces/abaunilhados – baixa - fixadores

É importante observar
Nome= Gênero e Sobrenome = espécie
• Rosmarinus officinalis = Alecrim
• Lavandula hybrida = Lavandim
• Lavandula angustifolia = Lavanda Francesa
• Lavandula officinalis = Lavanda
Através desta observação, será importante investigar quais as propriedades terapêuticas de cada óleo essencial.
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Lembrando que o nome “comercial” pode ser utilizado para várias espécies, é importante atentar-se pelo nome
científico.

Hidrolato
Chamado também de “água floral”
É a água resultante do processo de destilação.
Não podem ser fabricados sinteticamente em laboratório.
São altamente toleráveis
Possui 0,002% do óleo
Vida útil menor que óleos essenciais.

Diferenças
 Óleos Essenciais
Provenientes de folhas, flores, frutos, caule, casca e raízes.
São voláteis e de fragrância variável.
Óleos são encontrados em várias plantas na forma de pequenas gotas entre as células, onde agem como Hormônio,
reguladores e catalisadores.
Possuem propriedades e ação terapêutica, com aroma característico de acordo com a planta de onde foi extraído
Necessita de um carreador
 Essência
São sintéticos, desenvolvidos em laboratórios, podem reproduzir com perfeição o aroma:
Carro novo, pão, morango, laranja, etc.
São mais baratos, agem na memória olfativa, e não possuem ação terapêutica.
 Óleos Vegetais
São óleos prensados à frio, de sementes ou de outras partes da planta. Natural. Não deriva do petróleo
Auxiliam a conduzir os óleos essenciais, pela absorção da pele.
Natural.
Ótimo carreador, devido a absorção da pele.
Custo elevado.
Rico em vitaminas
 Óleos Minerais
É um produto secundário derivado da destilação do petróleo, no processo da produção de gasolina.
Lubrificante e hidratante. Transparente. Baixo custo
Utilizado em cosméticos
São difíceis de eliminar, podendo obstruir poros.
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• Paraffinum Liquidum ou Mineral Oil
• Petrolato (petrolatum)
• Óleo de Parafina

Carreador
Como o óleo essencial SEMPRE precisa ser diluído, é necessário que tenhamos um “meio” que transporte este óleo
essencial, seja na pele, seja para sistema olfativo.
Estes meios incluem:
• Óleo Vegetal
• Água (destilada)
• Álcool de cereais
• Argila
• Mel
• Gel
Óleo mineral é considerada outro meio de transporte para óleo essencial, mas infelizmente a quantidade absorvida pela
pele é inferior do que se aplicada com óleo vegetal.

Como identificar a qualidade dos óleos


o Processo de colheita
Planta atinge o nível máximo: Camomila noite, ylang-ylang manhã, chuva;
• Flores: algumas abertas, mas a maioria botão;
• Raiz: outono ou início da primavera;
• Folhas: antes da floração;
• Frutos: início da maturação
o Métodos de extração
Dependendo da forma que é feita a extração podemos identificar sua qualidade.
o Armazenamento
O ideal é que tanto o óleo essencial quanto o óleo vegetal sejam armazenados em frascos de vidro e fumê, longe da
exposição de iluminação, pois são sensíveis a luz e ao calor, então é adequado que sejam armazenados em locais
escuros e frescos; Manter sempre tampado.
o Formas de utilizar
Sua forma de utilização dará a resposta mais adequada ao tratamento, exemplo:
Dores nas costas, aplicação deve ser cutânea na região.
Problemas respiratórios, adequado que seja feita uma inalação.
Todas as formas são boas, a diferença é a resposta de cada aplicação
o Produtores responsáveis
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Toda empresa de óleos irá disponibilizar em seu rótulo informações como:
• Nome científico
• Frasco
• Registro no Ministério da Saúde/Anvisa
• Químico responsável
• Lote
• Prazo de validade
Se achar necessário pode solicitar para empresa responsável pelo óleo, seu Laudo/certificação de procedência.
Mas também para garantir a procedência deste óleo sempre peça a indicação de quem já utiliza aromaterapia e se tem
resultado.

Proporções e sinergias
• 1% gestantes e crianças até 8 anos, pele sensível e face
• 2%massagem corporal
• 3% massagem local de pouca permeabilidade

Alguns óleos essenciais


• Alecrim
Nome Botânico: Rosmarinus officinalis
Aplicação: abcessos, acne, asma, artrite, cãibras musculares, exaustão, estafa, cansaço mental.
Antisséptico, bactericida, elimina catarro, regulador hormonal, desintoxica (fígado e vesícula biliar), regulador do
Sistema Nervoso, antidepressivo, estimulante.
Não deve ser utilizado durante a gravidez.
• Bergamota
Nome Botânico: Citrus Bergamia
Aplicação: infecções do trato urinário, seborreia, acne, furúnculo, coceiras, psoríase. Trata perda de apetite, ansiedade,
depressão, estresse. Equilibrador.
Não deve expor ao sol, em até 24h após ter utilizado, devido a foto toxidade. Não deve ser utilizado puro.
Não tem restrição de combinação
• Camomila Romana
Nome Botânico: Matricaria chamomilla, anthemis noblis

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Aplicação: agente anti-inflamatório, problemas menstruais, sedativo infantil, imuno estimulante (inflamações
articulares, artrite, reumatismo, alergia, dermatites), tpm, enxaqueca, amenorreia, dismenorreia, dores de dente, picada
de inseto, insônia, colite, cólicas, raiva, estresse, acalma estado emocional e mental.
Evite nos primeiro meses de gravidez. Pode causar dermatite. Testar antes no cliente.
• Capim-Limão
Nome Botânico: Cymbopogon citratus
Aplicação: normalmente utilizado como fragrância de perfumes, cosméticos, etc.
Revigorante, antisséptico e bactericida, calmante, estimulante gástrico, repelente de insetos. Acne, pele oleosa, pé-
atleta, flatulência e dores musculares. Combate a insônia, acalma sistema nervoso, alivia fadiga mental e o estresse.
Evitar em glaucoma. Tumores. Hipersensibilidade e irritação na pele. Uso em crianças é contra indicado.
• Cipreste
Nome Botânico: cupressus sempervirens
Aplicação: adstringente, antisséptico, condicionador para pele, anti-sudorífero, diurético, vasoconstritor, calmante,
repelente de insetos. Restaurador do Sistema Nervoso (melhora a falta de energia).
Não deve ser utilizado durante a gravidez nem em crianças. Não deve ser utilizado para massagear em varizes.
• Citronela
Nome Botânico: Cymbopogon nardus
Aplicação: desodorante, antisséptico, bom para as dores, estimulante geral, refrescante, bactericida, excelente para
fadiga. Elimina pulgas e insetos. Calmante e refrescante para área emocional. Misturado com cedro, é utilizado para
combater mosquitos.
Não dever ser utilizado durante a gravidez. Qualquer desconforto que o cliente sinta, deve ser interrompido seu uso.
• Copaíba
Nome Botâncio: Copaifera officinalis
Aplicação: anti-inflamatório, cicatrizante, germicida, bactericida, balsâmico, desinfetante, expectorante, emoliente.
Ativa circulação, reduz estresse, calmante emocional. Combate infecções intestinais, gripes, resfriados e cistites.
Antioxidante, rejuvenesce a pele, previne seu envelhecimento precoce, reduz manchas e evita a formação de rugas
prematuras. Redutor do estresse e pode acalmar pessoas nervosas e falantes.
Qualquer desconforto interromper o tratamento. Manter fora do alcance de crianças. Evitar durante a gravidez.
Propriedades para ressecamento. Sempre utilizar diluído
• Cravo-da-índia
Nome Botânico: Eugenia caryophyllata
Aplicação: tônico estomacal, melhorar perturbações gástricas, dores de estômago, fermentação, flatulência e úlceras.
Estimula sistema respiratório, auxilia em casos de asma e bronquite. Analgésico, dores musculares e articulares,
entorses e contusões. Energético, estimulante, afrodisíaco, auxilia na impotência.
Não é indicado para massagem, pois pode irritar a pele e a mucosa. Não deve ser utilizado durante a gravidez, em
casos de alcoolismo, hemofilia, problemas nos rins e no fígado. É contra indicado para quem estiver tomando
anticoagulante.
• Eucalipto
Nome Botânico: Eucalyptus globulus

Natália M. Frazzato
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Aplicação: antisséptico, antiviral, expectorante, estimulante do sistema respiratório. Ótimo para resfriados e catarros.
Asma, bronquite, gripe, má circulação, tosse, febre, sinusites, diabetes, dores musculares, herpes.
Equilibra as energias.
Não pode ser ingerido. Não deve ser utilizando durante tratamento homeopático. Evitar de utilizar a noite, pois pode
perturbar o sono. Em gestantes e em casos de epilepsia.
• Funcho (erva doce)
Nome Botânico: Foeniculum vulgare
Aplicação: estimulante do sistema digestório, revitalizador de energia. Indicado para anemia, raquitismo, contusões,
flatulência, halitose, gengivite, náusea, obesidade, celulite, pele grossa, retenção hídrica.
Regulador do sistema reprodutor feminino (amenorreias, dismenorreias, tpm, insuficiência de leite na amamentação).
Elimina toxinas resultantes do excesso de alimentos e álcool. É ótimo para ressaca, pois atua como tônico no fígado,
nos rins e no baço. Elimina venenos de insetos
Não deve ser utilizado em mulheres com endometriose. Câncer que seja necessário a reposição de hormônios. Em
gestantes e em casos de epilepsia.

• Gerânio
Nome Botânico: Pelargonium graveolens
Aplicação: acne, celulite, machucados, amigdalite, dores de garganta, rins, diabetes, parasitas, TPM, menopausa,
depressão, dermatite, hemorragia, queimaduras, pele oleosa, estimulante do sistema linfático. Sedativo.
Deve ser utilizado com cautela, para evitar dermatites em pessoas hipersensíveis. Não dever ser utilizando durante a
gravidez. Tratamento homeopático.
• Hortelã-pimenta
Nome Botânico: Mentha piperita
Aplicação: proporciona melhora no sistema respiratório, descongestionante, antisséptico, analgésico, vasoconstritor.
Reduz febre, alivia tosse e resfriados. Indicado para asma, cólica, exaustão, sinusite, vertigem, dores musculares e
articulares, dores de cabeça e enxaqueca, estafa, cansaço mental. Indicado para pessoas tímidas, muito sensíveis,
clareia os pensamentos, auxilia em estados de depressão. Utilizado em casos de impotência.
Evitar utilizar durante a gravidez e amamentação (pode diminuir o fluxo de leite). Não deve ser utilizado durante o
tratamento homeopático.

• Laranja
Nome Botânico: Citrus auratium
Aplicação: calmante, anticoagulante, sedativo, estomacal, diurético, tônico, antiespasmódico, antisséptico, antibiótico.
Indicado para celulite, sistema linfático. Alivia ansiedade nervosa.
Não deve ser aplicado em áreas que estão sujeitas à exposição solar pelas 24hs seguintes
• Lavanda
Nome Botânico: Lavandula officinalis
Aplicação: analgésico, antisséptico, antibiótica, antidepressivo, bactericida, repelente, efeito descongestionante. Acne,
pele oleosa, catapora, menopausa, dor de ouvido, flatulência, cortes, queimaduras, cicatrizes, feridas. Bom inalante
para catarro, sinusite, bronquite, resfriado. Sedativo no sistema nervoso, relaxante. Dores de cabeça, enxaqueca
(aplicar nas têmporas). Balanceador da área emocional
• Litsea Cubeba
Natália M. Frazzato
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Nome Botânico: Litsea cubeba fruit
Aplicação: antisséptico, antiviral, antidepressivo, adstringente e estimulante. Tensões musculares e estresse. Arritmia
(estresse). Limpa os poros e melhora acne.
Estimulante para Sistema Respiratório, melhora da bronquite, asma, sensação de peso no tórax, tosse e resfriado.
Estimulante para sistema digestório, auxilia no apetite (aumenta)
Capaz de transmitir clareza mental, força e tranquilidade. Ajuda diminuir a pressão. Alivia irritabilidade, ansiedade,
raiva. Revitaliza e tonifica o organismo produzindo um efeito renovador e energizador.
Pode irritar peles sensíveis. Usar em baixa concentração.

• Manjerona
Nome Botânico: Origanum majorana
Aplicação: calmante, diurético, expectorante. Indicado para problemas menstruais, bronquite, tosse, dores musculares,
hipertensão, cãibras, entorses, coceira leve e estresse.
Deve ser sempre diluído
Não deve ser utilizado durante a gravidez.

• Palmarosa
Nome Botânico: Cymbopogon martini
Aplicação: estimulante digestivo e celular, antisséptico, regenerador, hidratante. Indicado para pele seca, dermatites,
pele opaca, pele madura, acne, cicatrizes, estiramento e exaustão
Ansiedade, depressão, pessoas apáticas e sentimento de estarem perdidas
Mistura-se bem com: gerânio, salvia, laranja, louro, lavanda, sandalo, ylang-ylang, tangerina, gengibre
• Salvia
Nome Botânico: Salvia sclarea
Aplicação: eufórico, aquecedor, poderoso relaxante, estimulante do metabolismo, regulador do sistema reprodutor.
Asma tosse, irritação de garganta, pele seca, acne, pele oleosa, pele envelhecida, rugas, pele inflamada, queda de
cabelo, depressão, exaustão, cansaço, estafa mental.
• Rosa
Nome Botânico: Rosa damascena/ Rosa centifolia
Aplicação: poderoso antisséptico, antidepressivo. Indicado para pele sensível, rugas, eczemas, estresse. Trata
desordens do sistema reprodutor feminino, menopausa, hemorragias. É afrodisíaco, sedativo.
• Tea Tree
Nome Botânico: Melaleuca alternifólia/ Melaleuca linariifolia/ Melaleuca unciata
Aplicação: cicatrizante, expectorante, fungicidade, anti-infeccioso, bactericida, antisséptico, imune estimulante (ativa
os leucócitos), constipação, cólicas, enxaqueca. Revigorante. Reduz o pus em feridas infeccionadas, furúnculos e
espinhas.
Não é necessária diluição, pode ser aplicado puro. Mas pode causar irritação em alguns tipos de pele. Não deve ser
utilizado durante a gravidez.

• Vetiver
Nome Botânico: Vetiveria zizanaoides

Natália M. Frazzato
Aromaterapia 2019
Aplicação: dores musculares, depressão, reumatismo, estresse exaustão, insônia, acne e machucados.
Deve ser sempre diluído.

• Ylang Ylang
Nome Botânico: Cananga odorata
Aplicação: levemente eufórico, indicado para ansiedade, depressão, tensão nervosa, insônia, impotência, frigidez,
hipertensão, taquicardia, estresse, pele oleosa, queda de cabelo. Efeito calmante na pele.
Se usado em excesso pode causar náuseas e dor de cabeça, além de irritar a pele.
Deve ser evitado em caso de hipotensão e histórico de apneia.

Referências Bibliográficas
AMARAL, Fernando. Técnicas de aplicação de óleos essenciais. São Paulo: Cengage Learning, 2015.
MALUF, Sâmia. Aromaterapia: uma abordagem sistêmica. São Paulo: Ed. Do Autor, 2008.
CORAZZA, Sonia. Aromacologia: uma ciência de muitos cheiros. 4ª ed. São Paulo: Editora Senac, 2015
HOARE, Joanna. Guia Completo de Aromaterapia. [Tradução Duarte, C.G.]. São Paulo: Pensamento, 2010

Natália M. Frazzato

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