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NERVOS RAQUIDIANOS

Baltazar Candrinho, MD
Generalidades
• Os 31 pares de nervos raquidianos que saem
da medula relacionam-se com os músculos
esqueléticos.
• A raiz posterior ou dorsal, sensitiva, e raiz
anterior ou ventral, motora.
• Essas raízes se unem logo após saírem da
medula.
• Desse modo, os nervos raquidianos são todos
mistos.
Nervo Raquidiano
Distribuicao dos Nervos Cranianos
• Oito pares de nervos cervicais;
• Doze pares de nervos dorsais;
• Cinco pares de nervos lombares;
• Seis pares de nervos sagrados ou sacrais
Distribuicao dos Nervos Cranianos
Movimentação e Sensibilidade
• Pescoço e diafragma (plexo cervical, que é o
nome dado à união dos quatro últimos
cervicais e 1o torácico);
• Músculos intercostais, parede lateral do tórax,
pleura e peritoneu (nervos intercostais, que
são ramos anteriores dos 12 pares torácicos);
Movimentação e Sensibilidade
• Paredes anterior e lateral do abdômen, músculos
da coxa e genitália externa (plexo lombar, que é
o nome dado à união dos 4 primeiros pares
lombares);
• Região glútea, face posterior da coxa, perna e pé
(plexo sacro formado pela união do 5 o nervo
lombar e dos três primeiros sacros);
• Região coccigea, que é inervada pelo plexo
coccigeo que é formado pela reunião dos dois
últimos pares sacros e pelo par coccigeo.
Plexos
Ramos dorsais dos nervos espinhais
• Menores do que os ventrais e direccionados
posteriormente, se dividem (excepto para o
primeiro cervical, quarto e quinto sacrais e o
coccígeo) em ramos medial e lateral para
enervarem os músculos e a pele das regiões
posteriores do pescoço e do tronco.
Primeiro ramo dorsal
• Chamado nervo sub-occipital emerge
superior ao arco posterior do atlas e inferior à
artéria vertebral.
• Penetra no triângulo sub-occipital enervando
os músculos rectos posteriores, maior e
menor da cabeça, oblíquos superior e inferior
e o semi-espinhal da cabeça.
Segundo ramo dorsal
• Emergem entre o arco posterior do atlas e a
lâmina do Axis, abaixo do músculo oblíquo
inferior por ele enervado, recebendo uma
conexão proveniente do ramo dorsal do primeiro
cervical, e se divide em:
• O ramo medial ou nervo occipital maior junto
com o nervo occipital menor enervam a pele do
couro cabeludo até o vértice do crânio. Enerva o
músculo semi-espinhal da cabeça.
• O ramo lateral enerva os músculos esplênio,
longuíssimo da cabeça e semi-espinhal da
cabeça.
Terceiro ramo dorsal
• Divide-se em ramos medial e lateral.
• Ramo medial corre entre os músculos espinhal da
cabeça e semi –espinhal do pescoço, perfurando o
músculo esplênio e o músculo trapézio para terminar
na pele.
• Profundamente ao músculo trapézio dá origem a um
ramo, o terceiro nervo occipital, que perfura o
músculo trapézio para terminar na pele da parte
inferior da região occipital, medial ao nervo occipital
maior e unido a ele.
• O ramo lateral frequentemente se une àquele do
segundo ramo dorsal cervical.
Outros ramos dorsais
• Os ramos dorsais dos cinco nervos cervicais
inferiores dividem-se em ramos medial e
lateral.
• Os ramos mediais do quarto e do quinto
correm entre os músculos semi-espinhal do
pescoço e semi-espinhal da cabeça, alcançam
processos espinhosos das vértebras e
perfuram o músculo esplênio e o músculo
trapézio para terminarem na pele.
Outros ramos dorsais
• O ramo medial do quinto pode não alcançar a
pele.
• Os ramos mediais dos três nervos cervicais
inferiores são pequenos e terminam nos
músculos semi-espinhal do pescoço, semi-
espinhal da cabeça, multífido e interespinhais.
• Os ramos laterais enervam os músculos
iliocostal, do pescoço, longuíssimo do pescoço
e longuíssimo da cabeça
Ramos dorsais dos nervos espinhais
torácicos
• Dividem-se em ramos medial e lateral.
• Cada ramo medial entre uma articulação e as
margens mediais do ligamento costo-
transversário superior e músculo inter-
transversário,
• Cada ramo lateral corre no intervalo entre o
ligamento e o músculo antes de se inclinar
posteriormente sobre o lado medial do
músculo levantador da costela.
Ramos dorsais dos nervos espinhais
lombares
• Passam para trás mediais aos músculos
intertransversários, dividindo-se em ramos medial e
lateral.
• Os ramos mediais correm próximo dos processos
articulares das vértebras para terminarem no músculo
multífido;
• Os três superiores dão origem aos nervos cutâneos
que perfuram a aponeurose do músculo lastíssimo do
dorso na margem lateral do músculo erector da
espinha e cruzam o músculo ilíaco, posteriormente,
para alcançarem a pele da região glútea.
Ramos dorsais dos nervos espinhais
sacrais
• Os três superiores são cobertos na saída pelo músculo
multífido, dividindo-se em ramos medial e lateral.
• Os ramos mediais são pequenos e terminam no
músculo multífido.
• Os ramos laterais se unem e com os ramos laterais do
último lombar e ramos dorsais do quarto nervo sacral,
formam ansas dorsais ao sacro;
• Destas ansas correm ramos dorsalmente para o
ligamento sacrotuberal para formarem uma segunda
série de ansas sob o músculo glúteo máximo;
Ramos ventrais dos nervos espinhais
• Os ramos ventrais dos nervos espinhais
enervam os membros e as faces antero-
laterais do tronco.
• O cervical, lombar e sacral unem-se perto de
suas origens para formar plexos.
Plexo Cervical:
• Formado pelos ramos ventrais dos quatro nervos
cervicais superiores, enerva alguns músculos do
pescoço, o diafragma e áreas da pele na cabeça,
pescoço e tórax.
• Cada ramo ventral anastomosa-se com o
subsequente formando três ansas de
convexidade lateral (C1 com C2, C2 com C3, e C3
com C4). Dessas três ansas derivam ramos que
constituem as duas partes do plexo cervical
(superficial e profunda).
Parte superficial do Plexo cervical
• Constituída por fibras essencialmente
sensitivas, que formam um feixe que aparece
ao nível do meio da borda posterior do
músculo esternocleidomastóideo, ponto em
que os filetes se espalham em leque para a
pele na região circunvizinha ao pavilhão da
orelha, à pele do pescoço e à região próxima à
clavícula
Parte profunda do plexo cervical
• Constituída por fibras motoras, destinando-se
à musculatura antero-lateral do pescoço e ao
diafragma.
• Além de ramos que saem isoladamente das
três ansas, encontramos duas formações
importantes que são a ansa cervical e o nervo
frênico.
O nervo frênico
• Formado por fibras motoras que derivam de
C3, C4, C5, desce por diante do músculo
escaleno anterior, passa junto ao pericárdio,
para se distribuir no diafragma.
• Cada ramo, excepto o primeiro, divide-se em
partes ascendente e descendente que se
unem em ansas comunicantes.
O nervo frênico
• Da primeira ansa (C2 e C3), ramos superficiais
enervam a cabeça e o pescoço;
• Da segunda ansa (C3 e C4) originam-se os
nervos cutâneos do ombro e do tórax.
O nervo frênico
• Os ramos são superficiais ou profundos;
• Os superficiais perfuram a fáscia cervical para
enervar a pele,
• Os profundos enervam os músculos.
• Os ramos superficiais formam grupos
ascendentes e descendentes e as séries
profundas mediais e laterais.
O nervo frênico
A ansa cervical
• Formada por duas raízes, uma superior e outra
inferior.
• A raiz superior da ansa cervical atinge o nervo
hipoglosso quando este desce no pescoço.
• A raiz inferior desce alguns centímetros
lateralmente à veia jugular interna, fazendo
depois uma curva para frente anastomosando-se
com a raiz superior.
• A ansa cervical emite ramos que enervam todos
os músculos infra-hióideos.
Superficiais ascendentes
• Nervo occipital menor C2: enerva a pele da
região posterior ao pavilhão da orelha,
• Nervo auricular magno C2 e C3: ramo anterior
enerva a pele da face sobre glândula parótida
comunicando-se com o nervo facial e o ramo
posterior enerva a pele sobre o processo
mastóideo e sobre o dorso do pavilhão da
orelha,
Superficiais ascendentes
• Nervo transverso do pescoço C2 e C3: seus
ramos ascendentes sobem para a região
submandibular formando um plexo com o
ramo cervical do nervo facial abaixo do
platisma;
Os ramos descendentes
• Perfuram o platisma e são distribuídos antero-
lateralmente para a pele do pescoço, até a
parte inferior do esterno.
• Supraclaviculares mediais, C3 e C4 inervam a
pele até a linha mediana e até a parte inferior
da segunda costela, eles enervam a
articulação esternoclavicular;
Superficiais descendentes
• Os nervos supraclaviculares intermédios:
enervam a pele sobre os músculos peitoral
maior e deltóide ao longo do nível da segunda
costela;
• Os nervos supraclaviculares laterais: enervam
a pele das partes superiores e posteriores do
ombro.
Ramos profundos - Séries mediais
• Ramos comunicantes com o hipoglosso, vago
e simpático;
• Os ramos musculares inervam os músculos
reto lateral da cabeça (C1), reto anterior da
cabeça(C1 e C2), longo da cabeça (C1,C2eC3) e
longo do pescoço (C2-C4),raiz inferior da ansa
cervical(C2-C3) inervando todos os músculos
infra-hióideos, com exceção do tíreo-hióideo;
• Nervo frênico (C3-C5) que inerva o diafragma.
Ramos profundos - Séries laterais
• Comunicam-se com as raízes espinhais do
nervo acessório (C2,C3,C4) no músculo
esternocleidomastóideo, trígono posterior do
pescoço e parte posterior do trapézio;
• Os ramos musculares são distribuídos para o
músculo esternocleidomastóideo (C2,C3,C4) e
para os músculos trapézio (C2,C3), levantador
da escápula (C3,C4) e escaleno médio (C3,C4).
Plexo Braquial
• Enerva o membro superior e situa-se no pescoço
e na axila, formado por ramos anteriores dos
quatro nervos espinhais cervicais inferiores
(C5,C6,C7,C8) e do primeiro torácico (T1).
• Tem localização lateral à coluna vertebral cervical
e situa-se entre os músculos escalenos anterior e
médio, posterior e lateralmente ao músculo
esternocleidomastóideo.
Plexo Braquial
• Passa posteriormente à clavícula e acompanha
a artéria axilar sob o músculo peitoral maior.
• Ramos ventrais do quinto e sexto nervos
cervicais formam o tronco superior;
• Ramo anterior do sétimo nervo cervical forma o
tronco médio;
• E os ramos anteriores do oitavo nervo cervical e
do primeiro nervo torácico formam o tronco
inferior.
Plexo Braquial
• Os três troncos, localizados na fossa
supraclavicular, dividem-se em dois ramos,
um anterior e um posterior, que formam os
fascículos, situados em torno da artéria axilar.
• Divisões anteriores dos troncos superior e
médio formam o fascículo lateral;
• A divisão anterior do tronco inferior forma o
fascículo medial;
Plexo Braquial
• E as divisões posteriores dos três troncos
formam o fascículo posterior.
• Na borda inferior e lateral do músculo peitoral
menor, os fascículos se subdividem nos ramos
terminais do plexo braquial.
• Os ramos do plexo braquial podem ser
descritos como supraclaviculares e
infraclaviculares.
Ramos da parte supraclavicular
• Nervos para os músculos escalenos e longo do
pescoço originam-se dos ramos ventrais dos
nervos inferiores, próximo de sua saída dos
forames intervertebrais, (C5,6,7,8).
• Anteriormente ao músculo escaleno anterior, o
nervo frênico associa-se com um ramo
proveniente do ramo do quinto nervo cervical
(C5).
• O nervo dorsal da escápula proveniente do ramo
ventral de C5,inerva o levantador da escápula e o
músculo rombóide.
Esquema do Plexo braquial
Esquema do Plexo braquial
Ramos da parte supraclavicular
• O nervo torácico longo é formado pelos ramos de
C5,6,7 e inerva o músculo serrátil anterior.
• O nervo do músculo subclávio origina-se próximo
da junção dos ramos ventrais do quinto e sexto
nervos cervicais (C5,6) e geralmente comunica-se
com o nervo frênico e inerva o músculo
subclávio.
• O nervo supra-escapular originado do tronco
superior (C5,6) inerva os músculos supra-
espinhoso e infra-espinhoso.
Plexo braquial
Ramos da parte infraclavicular
• Se ramificam a partir dos fascículos, mas suas
fibras podem ser seguidas para trás até os
nervos espinhais.
• Do fascículo lateral saem os nervos peitoral
lateral, proveniente dos ramos do quinto ao
sétimo nervos cervicais (C5,6,7) inervando a
face profunda do músculo peitoral maior;
Ramos da parte infraclavicular
• O nervo musculocutâneo derivado dos ramos
ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais
(C5,6,7) inerva os músculos anteriores e
flexores do braço;
• A raiz lateral do mediano (C5,6,7) inerva os
músculos da região anterior do antebraço e
curtos do polegar, assim como a pele do lado
lateral da mão
Ramos da parte infraclavicular
• Do fascículo medial saem os nervos peitoral
medial (C8,T1) que inerva os músculos peitorais
maior e menor;
• O nervo cutâneo medial do antebraço (C8,T1)
inervando a pele do pulso;
• O nervo cutâneo medial do braço que se origina
dos ramos ventrais de (C8,T1);
• O nervo ulnar originado de (C8,T1); e a raiz
medial do mediano originada dos ramos (C8,T1).

Ramos da parte infraclavicular
• Do fascículo posterior saem os nervos
subescapular superior, originado de (C5,6);
• O nervo toracodorsal, originado de (C6,7,8);
• O nervo subescapular inferior, originado de
(C5,6);
• O nervo axilar, originado de (C5,6); e o nervo
radial originado de (C5,6,7,8,T1).
Plexo lombo-sacral:
• Os nervos lombares são cinco pares de nervos
espinhais derivados da medula espinhal
localizados entre a nona vértebra torácica e a
porção inferior da décima primeira.
• Cada um se divide em um nervo espinhal
típico.
Plexo lombo-sacral:
• As divisões primárias posteriores dividem-se
em (1) ramos mediais, que inervam os
músculos multífidos da espinha (os três
inferiores enviam também pequenos ramos
sensitivos para a pele e região sacral), e (2)
ramos laterais;
Plexo lombo-sacral:
Plexo lombo-sacral:
• Os três superiores fornecem ramos para os
músculos sacroespinhais adjacentes e se
tornam os nervos glúteos superiores
cutâneos.
• Os dois ramos laterais inferiores são pequenos
e terminam nos músculos sacro-espinhais.
Plexo lombo-sacral:
• As divisões primárias anteriores dos nervos
lombares juntamente com aquelas dos nervos
sacral e coccígeo formam o plexo lombo-sacral,
no qual se encontram os nervos principais da
cintura pélvica e membro superior.
• Um número variável de ramos comunicantes
reúne os nervos lombares e tronco simpático.
Pequenos ramos recorrentes inervam a dura
espinhal.
Plexo lombo-sacral:
Plexo Lombar
• localizado no interior do músculo psoas, é a
porção superior do plexo lombo-sacral.
• É geralmente formado pelas divisões
anteriores dos três primeiros nervos lombares
e parte do quarto, e em 50% dos casos ele
recebe uma contribuição do último nervo
torácico.
Plexo Lombar
• Os nervos L1,L2 e L4 dividem-se em superior e
inferior.
• O ramo superior de L1 forma os nervos ílio-
hipogástrico e ílio-inguinal.
• O ramo inferior de L1 une-se ao ramo superior
de L2 para formar o nervo gênito-femoral.
Plexo Lombar
Plexo Lombar
• O ramo inferior de L4 une-se a L5 para formar
o tronco lombo-sacral.
• O ramo inferior de L2, todos de L3 e o ramo
superior de L4 dividem-se, cada um deles, em
divisão anterior, menor, e divisão posterior.
• As três divisões anteriores unem-se para
formar o nervo obturator.
Plexo Lombar
• As três divisões posteriores unem-se para
formar o nervo femural, e as duas superiores
fornecem ramos que formam o nervo cutâneo
lateral da coxa.
• Os ramos motores colaterais inervam o
músculo quadrado lombar e intertransversais
a partir de L1 e L4, e o músculo psoas a partir
de L2 e L3.
Plexo Lombar
Distribuição dos ramos terminais
• O nervo ílio-hipogástrico (T12,L1) passa lateralmente
em torno da crista ilíaca entre os músculos transverso
e oblíquo interno e divide-se em um ramos ilíaco
(lateral) que se dirige à pele da parte lateral superior
da coxa e num ramo hipogástrico (anterior) que desce
anteriormente para a pele que recobre a sínfise.
• O nervo ílio-inguinal (L1) segue um curso ligeiramente
inferior ao ílio-hipogástrico, com o qual pode se
comunicar, e é distribuído à pele da parte medial
superior da coxa e à raiz do pênis e escroto ou monte
púbico e lábio maior.
Distribuição dos ramos terminais
• O nervo gênito-femoral (L1,L2) emerge da
superfície anterior do músculo psoas, caminha
obliquamente para baixo sobre a superfície
deste músculo e divide-se em ramo genital,
em direção ao músculo cremaster suprindo a
pele do escroto ou lábios vaginais, e ramo
femoral, para a pele da parte supeior média
da coxa.
• .
Distribuição dos ramos terminais
• O nervo cutâneo lateral da coxa passa
obliquamente cruzando o músculo ilíaco e sob
o ligamento de Poupart para se dividir em
vários ramos distribuídos à pele do lado
antero-lateral da coxa. O tronco lombo-sacral
(L4,L5) desce para a pelvis, onde entra na
formação do plexo sacral
Nervo Femoral (Crural Anterior):
• O maior ramo do plexo lombar.
• Se origina das três divisões posteriores do
plexo, que são derivadas do segundo, terceiro
e quarto nervos lombares;
• Emerge da borda lateral do músculo psoas,
logo acima do ligamento de Poupart; desce
abaixo deste ligamento entrando no trígono
femoral lateral à artéria femoral, onde se
divide em ramos terminais.
Nervo Femoral (Crural Anterior):
• Os ramos motores acima do ligamento
inguinal inervam os músculos sartório,
pectíneo e quadríceps femoral.
• Os ramos sensitivos compreendem os ramos
cutâneos anteriores da coxa para a superfície
ântero-medial da coxa e o nervo safeno para o
lado medial da perna e pé.
Nervo Femoral (Crural Anterior):
Nervo Obturator
• Origina-se do plexo lombar através das três
divisões anteriores do plexo, que são
derivadas do segundo, terceiro e quarto
nervos lombares.
• Emergindo da borda medial do músculo
psoas, próximo ao rebordo pélvico, passa
lateral aos vasos hipogástricos e ureter e
desce através do canal obturatório em direção
ao lado medial da coxa.
Nervo Obturator
• No canal, o nervo obturatório divide-se em ramos
anterior e posterior.
• Os ramos motores da divisão posterior inervam
os músculos obturatório externo e adutor magno.
• Os ramos motores da divisão anterior inervam os
músculos adutor longo, curto e o músculo grácil.
• Os ramos sensitivos do ramo anterior do nervo
fornecem inervação para a articulação do quadril
e uma pequena área de pele sobre a parte
interna média da coxa.
Nervo Obturator
• Cada uma das cinco raízes do plexo divide-se
numa divisão anterior e posterior.
• As quatro divisões superiores posteriores juntam-
se para formar o nervo fibular comum.
• Todas as cinco divisões anteriores
(L4,L5,S1,S2,S3) reúnem-se para formar o nervo
tibial (na coxa, os nervos tibial e fibular estão
fundidos formando o nervo isquiático).
• A divisão posterior de S3, juntamente com ramos
das divisões anteriores de S2 e S3 contribuem
para o plexo pudendo.
Ramos Colaterais das Divisões
Posteriores:
• O nervo glúteo superior (L4, L5, S1) passa acima
do músculo piriforme, através do foramen
isquiático maior em direção às nádegas, onde
inerva os músculos glúteo médio e mínimo e o
músculo tensor da fáscia lata.
• O nervo glúteo inferior (L5,S1,S2) passa abaixo do
músculo piriforme, através do forame isquiático
maior, em direção ao músculo piriforme deixa
fibras de S1 e S2.
Ramos Colaterais das Divisões
Posteriores:
• O nervo glúteo medial inferior (cutâneo
perfurante, S2,S3) atravessa o ligamento
sacro-tuberalo e se distribui para a região
glútea medial inferior.
Ramos Colaterais das Divisões
Posteriores:
• O nervo cutâneo posterior da coxa (isquiático
menor) se contitui num ramo colateral com
raízes oriundas das divisões anterior e
posterior de S1, S2 e das divisões anteriores
de S2 e S3.
• Os ramos perineais dirigem-se para a pele da
superfície medial superior da coxa e para a
pele do escroto ou lábio maior.
Ramos Colaterais das Divisões
Posteriores:
• Os nervos glúteos inferiores estendem-se para
a região glútea lateral inferior, e os ramos
cutâneos da coxa, para a porção posterior da
coxa em direção ao lado medial.
• Os ramos colaterais das divisões anteriores
estendem-se para os músculos quadrado
femoral e gêmeo inferior (vindos de L4,L5 e
S1) e para os músculos obturatório interno e
gêmeo superior (vindos de L5,S1 e S2).
Nervo Isquiático:
• E o maior nervo do corpo.
• Ele consiste em dois nervos reunidos por uma mesma
bainha: o nervo fibular comum, formado pelas quatro
divisões posteriores superiores do plexo sacral, e o
nervo tibial, formado por todas as cinco divisões
anteriores.
• O nervo deixa a pelvis através do foramen isquiático
maior, frequentemente abaixo do músculo piriforme, e
desce entre o trocanter maior do fémur e a
tuberosidade isquiática ao longo da superfície
posterior da coxa para o espaço poplíteo, onde ele
termina nos nervos tibial e fibular comum.
Nervo Isquiático:
• Os ramos da coxa enervam os músculos do
jarrete.
• Os ramos do tronco tibial passam para os
músculos semitendinoso e semimembranoso,
a cabeça curta do bíceps femoral, e para o
músculo adutor magno.
• Um ramo do tronco fibular comum inerva a
cabeça curta do músculo bíceps femoral.
Nervo Fibular Comum (poplíteo
externo) – L4,L5,S1,S2:
• O nervo fibular comum é formado por fusão das quatro
divisões posteriores do plexo sacral e desta maneira deriva
suas fibras dos dois seguimentos lombares inferiores e dos
dois seguimentos sacrais superiores da medula espinhal.
• Na coxa, ele é um componente do nervo isquiático até a
porção superior da fossa poplítea.
• Aqui ele inicia seu curso independente, descendo ao longo
da borda posterior do músculo bíceps femoral, cruzando
diagonalmente o dorso do joelho em direção à porção
externa superior da perna próximo à cabeça da fíbula, onde
ele se curva para a frente entre o fibular longo e o osso
dividindo-se em três ramos terminais.
Nervo Fibular Comum (poplíteo
externo) – L4,L5,S1,S2:
• Os ramos emitidos na fossa poplítea são sensitivos
e compreendem os ramos articulares superior e
inferior para a articulação do joelho e o nervo
cutâneo lateral da sura, que se junta ao nervo
cutâneo medial da sura (do nervo tibial) para
formar o nervo sural, inervando a pele da
superfície dorsal inferior da perna, o maléolo
externo e o lado lateral do pé e do quinto dedo.
• Os três ramos terminais são o recorrente articular
e os nervos fibulares superficial e profundo.
Nervo Fibular Comum (poplíteo
externo) – L4,L5,S1,S2:
• O nervo articular recorrente acompanha a artéria tibial
anterior recorrente, inervando as articulação tíbio-
fibular e do joelho e um ramo para o músculo tibial
anterior.
• O nervo fibular superficial desce ao longo do septo
intermuscular para fornecer ramos motores para os
músculos fibulares longo e curto, ramos cutâneos para
a porção ântero-inferior da perna e ramos cutâneos
terminais para o dorso do pé, parte do hálux e lados
adjacentes do segundo ao quinto dedos até as
segundas falanges.

Nervo Fibular Comum (poplíteo
externo) – L4,L5,S1,S2:
• O nervo fibular profundo (tibial anterior), desce
pelo compartimento anterior da perna. Ramos
motores dirigem-se para o tibial anterior,
extensor longo dos dedos, extensor longo do
hálux e fibular terceiro.
• Os ramos articulares inervam as articulações
tíbio-fibulares inferior e do tornozelo.
• Os ramos terminais dirigem-se para a pele dos
lados adjacentes dos dois primeiros dedos e para
o músculo extensor curto dos dedos e articulação
adjacente.
Nervo Tibial (poplíteo interno)
L4,L5,S1,S3:
• O nervo tibial é formado por todas as cinco
divisões anteriores do plexo sacral,
recebendo, desta maneira, fibras dos dois
segmentos lombares inferiores e dos três
segmentos sacrais superiores da medula
espinhal.
• O nervo tibial forma o maior componente do
nervo isquiático na coxa.
Nervo Tibial (poplíteo interno)
L4,L5,S1,S3:
• Ele inicia seu curso próprio na porção superior da
fossa poplítea e desce verticalmente através
deste espaço e da face da perna para a superfície
dorso-medial do tornozelo, ponta a partir do qual
seus ramos terminais, nervos plantares medial e
lateral, continuam em direção ao pé.
• A porção do tronco tibial abaixo da fossa poplítea
era antigamente denominada nervo tibial
posterior; aquela porção dentro da fossa era
denominada nervo poplíteo interno.
Ramos do Nervo Tibial Propriamente
dito:
• Ramos motores estendem-se para os músculos
gastrocnêmio, plantar, sóleo, poplíteo, tibial posterior,
flexor longo dos dedos do pé e flexor longo do hálux.
• Um ramo sensitivo, o nervo cutâneo medial da sura,
reúne-se ao nervo cutâneo lateral da sura, ramo do
fibular comum para formar o nervo sural (safeno
externo), que inerva a pele da parte dorso-lateral da
perna e face lateral do pé.
• Os ramos articulares passam para as articulações do
joelho e tornozelo. Há dois ramos terminais (bem
como numerosos ramos pequenos articulares não
mensionados).
Ramos do Nervo Tibial Propriamente
dito:
• O nervo plantar medial envia fibras motoras para o
músculo flexor curto dos dedos, abdutor do hálux, flexor
curto do hálux e primeiro lumbrical; e ramos sensitivos
para a face medial da planta do pé, superfícies plantares
dos três e meio dedos mediais e para as falanges distais dos
mesmos dedos.
• O nervo planter lateral (comparável ao nervo ulnar da mão
e braço) envia ramos motores para todos os pequenos
músculos do pé, excepto para aqueles inervados pelo nervo
plantar medial; e ramos sensitivos para as porções laterais
da planta do pé, superfície plantar dos 1 ½ dedos laterais e
para as falanges distais destes dedos.

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