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MONITORIA ANATOMIA MÉDICA I – SISTEMA RESPIRATÓRIO

NARIZ

O nariz participa da olfação, respiração, filtragem e umidificação do ar, recepção das secreções dos seios paranasais e do
ducto lacrimonasal. É dividido em nariz externo e interno (cavidade nasal).

NARIZ EXTERNO:

 Asa (partes laterais sem cartilagem), dorso (parte medial), raiz (próximo ao násio), ápice (ponta), base (abaixo do septo) e
vestíbulos do nariz (narinas).
 As cartilagens que compõe o nariz externo são: cartilagem alar maior (parte lateral e medial), cartilagem alar menor e
cartilagem lateral.

RELAÇÃO COM O CRÂNIO :

 Abertura piriforme: espaço delimitado pelos ossos da face (maxila e ossos nasais).
 Pontos craniométricos: násio (intersecção entre os ossos nasais e o osso frontal), glabela (espaço entre os supercílios) e
sutura frontal/metópica (entre os ossos frontais – existe na criança até os 8 anos de idade)
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NARIZ INTERNO

A cavidade nasal se estende dos vestíbulos das narinas à coana (transição entre cavidade nasal e nasofaringe). É dividida em
duas cavidades pelo septo nasal.

LIMITES DA CAVIDADE NASAL

 Assoalho: formado pelo palato duro, que é composto pela lâmina horizontal do processo palatino e pelo processo
palatino do osso maxilar.
 Teto: base do crânio (lâmina cribiforme do etmóide, principalmente) – pela lâmina cribiforme passam ramos do nervo
olfatório.

 Medial: septo nasal, que é composto por cartilagem hialina anteriormente, e pelos ossos vômer e pela lâmina
perpendicular do etmóide, posteriormente.
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 Lateral: conchas nasais do osso etmóide e concha nasal inferior (osso próprio). Entre as conchas nasais existem três
meatos nasais, cuja função é recepcionar as secreções provenientes dos seios paranasais.

SEIOS PARANASAIS

 São cavidades pneumáticas do crânio, com


função de umidificar e aquecer o ar, provocar
ressonância da voz e reduzir o peso do crânio.
 São eles: seio maxilar (é o maior seio
paranasal), seio frontal, seio esfenoidal, células
etmoidais anteriores, médias e posteriores.

DRENAGEM DOS SEIOS PARANASAIS

 Meato nasal superior drena: células etmoidais


posteriores e seio esfenoidal.
 Meato nasal médio drena: células etmoidais anteriores, células etmoidais médias, seio maxilar e seio frontal.
 Meato nasal médio drena: ducto lacrimonasal.

FARINGE

Se origina próximo à base do crânio e se estende até o nível de C6, referenciado pela cartilagem cricóide. É dividida em
nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. Participa na respiração e na deglutição.
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NASOFARINGE

Localizada posteriormente à cavidade nasal e superiormente ao palato mole.

LIMITES

 Superior: corpo do esfenóide e parte basilar do occipital


 Inferior: palato mole
 Anterior: coanos
 Posterior: tonsila faríngea.

ESTRUTURAS IMPORTANTES:

 Óstio faríngeo da tuba auditiva (canal que une a nasofaringe com a orelha média)
 Toro tubário (proeminência de tecido que recobre o óstio faríngeo da tuba auditiva)
 Prega salpingopalatina (continuação vertical e anterior do toro tubário)
 Prega salpingofaríngea (continuação vertical e posterior do toro tubário)
 Recesso faríngeo (recesso semelhante a uma fenda, posterior à prega salpingofaríngea).

OROFARINGE

Região posterior à cavidade bucal.

LIMITES

 Superior: palato mole


 Inferior: margem superior da cartilagem epiglote, prega glossoepiglótica, valécula.
 Anterior: istmo das fauces (transição entre cavidade oral e orofaringe)
 Lateral: arcos palatoglosso e palatofaríngeo, fossa tonsilar (entre os arcos, e é aonde ficam as tonsilas palatinas –
amigdalas).
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LARINGOFARING E

LIMITES

 Superior: margem superior da cartilagem epiglote


 Inferior: margem inferior da cartilagem cricóide
 Anterior: cartilagens aritnóide e cricóide, ádito da laringe e recesso piriforme (laterais ao ádito)
 Posterior: corpos vertebrais de C4, C5 e C6.
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MÚSCULOS DA FARINGE

Os músculos da faringe são divididos em dois grupos: levantadores e constritores.

 Os constritores são músculos circulares, que compõe a camada externa do órgão. Tem importância maior durante a
deglutição. Existem 3 músculos constritores: superior, médio e inferior. A inervação é feita pelo plexo faríngeo (n. vago e
n. acessório) e pelos nervos laríngeos (no caso do m. constritor inferior).
 Os músculos levantadores são longitudinais, e eles atuam tanto na deglutição quanto na fonação. São eles: m.
estilofaríngeo, palatofaríngeo e salpingofaríngeo.

LARINGE

É o órgão responsável pela produção da voz, atuando também como um caminho para a passagem de ar e como protetor
das vias aéreas durante a deglutição. É anterior à laringofaringe e posterior à glândula tireoide a aos músculos, estendendo-
se do nível de C3 à C6.
Fica entre a faringe e a traqueia.

CARTILAGENS

É um órgão cartilaginoso, contando com 9 cartilagens.

IMPARES (QUER DIZER QUE TEM SÓ 1):

 Cartilagem tireoide: maior cartilagem da laringe. Anteriormente, são visíveis suas partes laterais e retas, chamadas de
lâminas – as lâminas se fundem no plano mediano e inferiormente, formando a proeminência laríngea da tireoide.
Superiormente, as lâminas se afastam, formando a incisura tireoide superior (Tem formato de V). Posteriormente, existem
projeções de cada lâmina, que recebem o nome de cornos. A margem superior da cartilagem tireoide se liga ao osso
hioide pela membrana tireo-hioidea.
 Cartilagem cricóide: é o único anel completo das vias aéreas, sendo composto por um arco anterior e uma lâmina
posterior. É unida à cartilagem tireoide pela membrana cricotireoidea (acesso de urgência às vias aéreas), e ao primeiro
anel traqueal pelo ligamento cricotraqueal.
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 Cartilagem epiglote: localizada posteriormente à língua e ao osso hioide, e anteriormente ao ádito da laringe. Sua
extremidade superior é larga, enquanto a inferior é afunilada.

PARES (QUER DIZER QU E TEM 2):

 Cartilagens aritnoideas: entre elas


fica a incisura interaritnoidea.
 Corniculada (tubérculos)
 Cuneiforme (tubérculos)
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PARTES DA LARINGE:

 Ádito da laringe: transição entre faringe e laringe


 Vestíbulo da laringe: entre o ádito e as pregas vestibulares
 Pregas vestibulares e vocais
 Ventrículo da laringe: recesso entre as pregas vestibulares e as pregas vocais (bolsa cega)
 Glote: região que se estende das pregas vestibulares e as pregas vocais. A rima da glote é o espaço transversal entre as
pregas vocais, que, portanto, tem tamanho variável
 Cavidade infraglótica: abaixo das pregas vocais até a margem inferior da cartilagem cricóide.

MÚSCULOS DA LARINGE
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São divididos em intrínsecos (atuam na fonação, modulando o comprimento e a tensão das cordas vocais) e extrínsecos
(relacionados com o pescoço e com o osso hióide).

MÚSCULOS INTRÍNSECOS :

 Vocais (pregas vocais): tencionam e relaxam os ligamentos vocais.


 Aritnóideos (Transverso e oblíquo): adução das aritnoides *o oblíquo dá para ver na prática!
 Cricotireóideos: deslizamento das cartilagens e estendem as cordas vocais (Aumentam a tensão_
 Ariepiglóticos: fechamento do vestíbulo pela epiglote
 Tireoaritnóideos: relaxamento do ligamento vocal, eles são laterais aos músculos vocais
 Cricoaritnoídeos: o posterior abduz e relaxa as cordas vocais, produzindo um som grave, enquanto o lateral aduz a reduz
a tensão, promovendo um som agudo.

Todos os extrínsecos são inervados por ramos do n. laríngeo recorrente, exceto o m. cricotireóideos, que é inervado pelo n.
laríngeo superior,
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TRAQUEIA

 É um segmento tubular que se estende da laringe (inferior à cricóide) ao tórax (ao nível do ângulo do esterno), onde se
bifurca nos brônquios principais.
 É um órgão tubular de fibrocartilagem, sustentado por anéis traqueais incompletos posteriormente, já que em sua parede
posterior, existe musculatura lisa traqueal. Se relaciona com outras estruturas: com o esôfago, com o istmo da glândula
tireoide e com os nervos laríngeos recorrentes.
 Sua porção terminal é chamada de carina (onde ocorre a bifurcação).

BRÔNQUIOS

 Os brônquios principais resultam da bifurcação da traqueia, sendo que eles têm características diferentes entre si.
o O brônquio principal direito é mais curto, mais vertical e tem um maior calibre, enquanto o brônquio principal
esquerdo é mais horizontal, mais longo e mais fino, além disso, o brônquio esquerdo cruza o esôfago, provocando
a constrição broncoaórtica no esôfago.
o As características do brônquio direito fazem com que, em caso de inalação de corpo estranho, haja a tendência de
o objeto percorrer o trajeto do brônquio direito.

 Os brônquios principais se subdividem em brônquios lobares (3 à direita e 2 à esquerda) que, por sua vez, se dividem em
brônquios segmentares.
o Divisões subsequentes: bronquíolos segmentares, bronquíolos condutores, bronquíolos terminais, bronquíolos
respiratórios, ductos alveolares e sacos alveolares,
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 A vascularização é realizada pelas artérias bronquiais, duas delas à esquerda da aorta e uma à direita da aorta. O retorno
venoso é feito por veias bronquiais que são contribuintes da veia ázigo (do lado direito) e das veias hemiázigo e hemiázigo
acessória (do lado esquerdo).

PULMÕES

 Neles ocorre a hematose. Assim como os brônquios, os pulmões direito e esquerdo deferem entre si.
o Pulmão direito: mais curto (o fígado “comprime”) e mais largo.
 Eles são protegidos pela caixa torácica e são separados do abdome pelo músculo diafragma. Cada um dos pulmões
possui um ápice (Extremidade superior arredondada, que é recoberta pela cúpula da pleura) e uma base (se apoia no
diafragma).
 Lembrar que as artérias pulmonares são originadas no tronco pulmonar e carregam sangue venoso. Já as quatro veias
pulmonares conduzem sangue arterial para o ventrículo esquerdo.

FACES PULMONARES

 Mediastinal: é côncava, pois se relaciona com o mediastino médio. Compreende o hilo pulmonar.
 Costal: é convexa e lisa. Se relaciona com a pleura, que separa os pulmões das costelas, das cartilagens costais e dos
músculos intercostais.
 Diafragmática: é côncava, pois se apoia na cúpula do diafragma. Corresponde à base do pulmão.
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MARGENS PULMONARES

 Anterior: ponto de encontro entre a margem costal e mediastinal anteriormente. No pulmão esquerdo há incisura cárdica
e língula.
 Inferior: circunscreve a face diafragmática, separando-a da face costal e mediastinal.
 Posterior: ponto de encontro entre a face costal e mediastinal posteriormente.

IMPRESSÕES CADAVÉRIC AS

PULMÃO DIREITO

 Sulco do arco da veia ázigos


 Sulco esofágico
 Sulco da veia braquiocefálica
 Sulco da veia cava superior

PULMÃO ESQUERDO

 Sulco do arco da aorta


 Sulco da aorta descendente
 Sulco da artéria subclávia esquerda

LOBOS, FISSURAS E HILO:

PULMÃO DIREITO:
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 Tem três lobos (superior, médio e inferior), e, portanto, 2 fissuras (horizontal e oblíqua).
 Hilo: macete BAVARIA = Brônquio principal direito, artéria pulmonar e veia pulmonar.

PULMÃO ESQUERDO

 Tem dois lobos (superior e inferior), e uma fissura (oblíqua). Importante saber que a língula, apesar de estar bem embaixo,
está no lobo superior.
 Hilo: macete AMBEV = artéria pulmonar, brônquio principal esquerdo e veia pulmonar.
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PLEURAS

 Camada serosa que envolve os pulmões, sendo composta por uma parte parietal (pleura parietal é rente à caixa torácica)
e outra visceral (pleura visceral é rente aos pulmões).
 O espaço virtual entre as duas lâminas é chamado de espaço pleural, e ele possui pressão negativa e uma pequena
quantidade de líquido. Quando há uma quantidade anormal de líquido ou ar entre as pleuras, decorrente de um trauma,
por exemplo, é uma situação urgente, chamada de hidro e pneumotórax, respectivamente.
 O ponto de encontro (ponto de fusão) das duas pleuras no hilo pulmonar é chamado de ligamento pulmonar, que evita
rotações do pulmão dentro da caixa torácica.
 Partes das pleuras:
o Costal: está separada da
face interna da caixa
torácica por tecido
conjuntivo (fáscia
endotorácica), e pelo seio
costofrênico.
o Mediastinal: ligamento
pulmonar, que fica abaixo
do hilo.
o Diafragmática: cobre a face
superior do diafragma,
exceto na área do
pericárdio.
o Cúpula da pleura: atinge o
nível de C7.
 Inervação motora e sensitiva da pleura parietal é feita pelos nervos intercostais e frênicos. A pleura visceral, por sua vez,
não possui inervação sensitiva.

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