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Sistema Respiratório

O que é ?
É composto basicamente por uma parte condutora do ar e uma parte onde ocorre as trocas gasosas. A parte condutora
é formada pelas narinas, cavidade nasal, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios. O órgão responsável pelas trocas
gasosas são os pulmões.
Funções Principais:
1)Órgão Olfato
2)Troca Gasosa = Sangue/Ar Inspirado
3)Fonação
4)Regulação Pressão Intratorácica
5)Aquecimento, Umedecimento e Purificação Ar
# Respiração: Transporte para Gasoso alveolar e Eliminação Resíduos Metabolismo Corpo.
Divisão do Sistema Respiratório
 Parte condutora:
Nariz (Narinas) :
São formadas externamente por uma pele diferente da pele da face, com exceção dos equinos onde a pele das narinas
é a mesma da face. Em pequenos animais e pequenos ruminantes a narina fica em uma região chamada plano
nasal, que possui no centro, um sulco chamado de filtro. Na narina dessas espécies, lateralmente, identificamos um
sulco alar localizado ventralmente à asa ou aba nasal. Nos suínos a pele do nariz ocupa uma região chamada plano
rostral, onde a pele do nariz reveste o osso rostral. Nos bovinos, a pele da narina se junta com a pele do lábio, essa
região é chamada plano nasolabial, e o sulco alar é voltado para a região dorsal. A entrada da narina é chamada
vestíbulo nasal, e nos equinos temos a prega alar, pouco desenvolvida nas outras espécies, e dorsalmente à prega alar
existe uma passagem cega chamada divertículo nasal – espaço que permite dilatação da narina durante um grande
esforço físico do cavalo. Quando retiramos a pele da narina observamos um conjunto de cartilagens formado pela
cartilagem dorsal da narina, pela cartilagem lateral da narina, e pela cartilagem alar (bem desenvolvidas em equinos,
possuindo uma lâmina e um corno). No centro da narina, dividindo os lados - esquerdo e direito, existe o septo da
narina.

Cavidade Nasal:
Possui como limite dorsal delimitado pelos ossos nasal e
frontal. Lateralmente é delimitada pelas cartilagens e pelo
osso maxilar. Ventralmente é delimitada pelo palato duro,
que é formado pelos ossos incisivo, maxilar e palatino. O
limite rostral da cavidade nasal é o vestíbulo nasal. O limite
caudal é formado pelo osso frontal e pelo osso esfenoide.
Internamente a cavidade nasal é preenchida pelos ossos
turbinados, estes ossos são frágeis e revestidos por tecido
mucoso rico em vasos sanguíneos (aquecimento do ar). O
conjunto de osso turbinado e mucosa forma as conchas
nasais. Existem pelo menos três conchas nasais nas espécies
domésticas – Dorsal, ventral e etmoidal. Em algumas
espécies, como ruminantes e carnívoros, a concha etmoidal
se prolonga rostralmente e forma a concha nasal média.
Entre as conchas nasais existem as passagens do ar, essas
passagens são chamadas de meatos. O meato nasal dorsal se
localiza entre a concha dorsal e o osso nasal. O ar que passa
por esse meato é direcionado para o bulbo olfatório. O meato
nasal médio fica localizado entre as conchas nasais dorsal e ventral segue para os seios paranasais. O meato nasal
ventral situa-se entre a concha ventral e o palato duro, esse ar é direcionado para a faringe e laringe. Na concha
etmoidal existem várias pequenas passagens que formam os meatos etmoidais. A cavidade nasal direita é separada da
esquerda por um septo nasal, cartilaginoso rostralmente e ossificado caudalmente. Nos equinos e suínos este septo
acompanha toda a extensão da cavidade nasal, nas outras espécies ele é incompleto, mais curto. O espaço formado
entre o septo nasal e as conchas nasais é chamado meato nasal comum, por ele passa o ar que se direciona para a
faringe. Da concha nasal ventral se estendem rostralmente duas pregas: prega alar e prega basal. Da concha nasal
dorsal se prolonga rostralmente uma prega reta. Nos bovinos existe um septo faríngeo que separa o lado direito do
esquerdo da faringe, neste septo se encontram as tonsilas.
Faringe
É dividida em três partes: Nasofaringe, Orofaringe e Laringofaringe. A nasofaringe recebe o ar proveniente da
cavidade nasal e o conduz até a laringe. É na nasofaringe que se encontra o óstio faríngeo da tuba auditiva. A
nasofaringe se localiza dorsalmente ao palato mole. A orofaringe é mais estreita, serve como via de condução do
alimento da cavidade oral para o esôfago e se localiza ventralmente ao palato mole. A laringofaringe é a região da
faringe que fica ao redor da laringe e contém os recessos piriformes direito e esquerdo e se localiza caudalmente ao
palato mole. Na passagem do ar da cavidade nasal para a nasofaringe existe um espaço chamado coana que é
dividido no plano mediano pelo vômer.
Laringe
É um órgão tubular composta por quatro cartilagens e que possui três funções principais: evitar a bronquiaspiração do
alimento, produzir a fonação e conduzir o ar da nasofaringe para a traqueia. A cartilagem mais rostral chama-se
epiglote, é flexível e fecha a entrada da laringe durante a deglutição do alimento. A segunda cartilagem é formada por
um par de cartilagens aritenóides, constituída por cartilagem hialina e forma a “rima da glote” (fenda). A terceira
cartilagem chama-se tireoide, maior de todas e mais ventral, ainda forma o assoalho da laringe. A cartilagem cricoide
apresenta a forma de um anel, mais espesso dorsalmente, e faz a ligação da laringe com o primeiro anel traqueal. Na
cartilagem epiglote o principal acidente anatômico é o processo cuneiforme, em carnívoros. Na cartilagem aritenoide
o principal acidente anatômico é o processo corniculado. Na cartilagem tireoide existe uma crista ventral mediana que
é mais desenvolvida nos indivíduos do sexo masculino. Na cartilagem cricoide existe uma crista dorsal mediana.
Essas quatro cartilagens se articulam de forma sinovial e a mobilidade dessas cartilagens é determinada por músculos
extrínsecos e intrínsecos da laringe.

Esses músculos são inervados pelos nervos


laríngeos que são ramos do nervo vago. Se for
feito um corte horizontal na laringe de um
cavalo podemos distinguir três regiões:
vestíbulo da laringe, delimitado entre a
epiglote e a aritenoide. Cavidade glotea ou
glótica, contida internamente pelas cartilagens
aritenoides. A entrada da cavidade glótica
chama-se rima da glote. Internamente
apresenta uma prega vocal e uma prega
vestibular. Nos carnívoros e equinos, entre
essas duas pregas existe o ventrículo lateral da
laringe. Caudalmente a glote existe a cavidade
infraglótica, que faz a transição com a
traqueia. Entre a cartilagem cricoide e a tireoide existe o “ligamento cricotireoideano” – facilmente palpável. Os
ossos do aparelho hioideo mantêm a laringe suspensa ao crânio. Quando a língua é tracionada rostralmente a epiglote
é deprimida devido a prega glossoepiglotica – une a língua à epiglote. Carnívoros e equinos apresentam o ventrículo
lateral da laringe, que é delimitado por duas pregas, vocal e vestibular (mais próxima da entrada da laringe). Músculo
extrínseco tem origem fora da laringe e inserção em uma das cartilagens da laringe. Músculo intrínseco tem origem e
inserção nas próprias cartilagens da laringe.

Traquéia
É um órgão tubular dividido em duas porções: cervical e torácica. A porção cervical segue um trajeto ventralmente no
pescoço, se relacionando ventralmente com o musculo esternohioide, dorsalmente com o musculo longo do pescoço e
lateralmente com o tronco vagosimpático, a. carótida comum e esôfago. O segmento torácico entra na cavidade pela
abertura torácica, passa pelo mediastino cranial e termina numa bifurcação no mediastino médio na atura da 4ª à 6ª
costela, essa bifurcação recebe o nome de carina da traqueia e dela se originam os dois brônquios principais. Em
ruminantes e suínos, cranialmente à carina da traqueia, existe o brônquio traqueal direito. Na traqueia cervical, o
revestimento externo é feito pela camada adventícia de tecido conjuntivo. Na traqueia torácica o revestimento esterno
é uma membrana serosa (pleura). A traqueia é formada por dezenas de anéis cartilaginosos, que são incompletos
dorsalmente, e o que fecha os anéis traqueais é o musculo traqueal e o ligamento traqueal. Em carnívoros o músculo
traqueal se localiza fora e dorsalmente ao anel, e nas outras espécies os músculo traqueal fica por dentro e sob
(abaixo) a mucosa – esse musculo tem a capacidade de contrair os anéis traqueais.

Brônquios
São tubos semelhantes à traqueia, que conduzem o ar desta até o interior dos pulmões. A diferença entre traqueia e
brônquios é, além do calibre, o anel de cartilagem, sendo que este é semiaberto na traqueia e completamente fechado
nos brônquios. O ponto de bifurcação entre os brônquios chama-se carina traqueal. Em suínos e ruminantes há a
presença de um terceiro brônquio, o traqueal, que emerge da traqueia no lobo cranial direito do pulmão.
Bronquíolos Terminais
A traqueia origina os brônquios principais que se ramificam em: brônquios globais > brônquios segmentares >
subsegmentares > bronquíolos > bronquíolos terminais > bronquíolos respiratórios > ductos alveolares > sacos
alveolares. Até os bronquíolos terminais existe apenas condução de ar, a troca de gases começa a ocorrer nos
bronquíolos respiratórios. A membrana alveolar é o local onde o ar fica mais próximo do sangue.

 Parte Respiratória:
Bronquíolos Respiratórios
Nos pulmões encontram-se os bronquíolos, ramificações dos brônquios que adentram nesse órgão.Os bronquíolos
ramificam-se até que passam a se chamar ductos alveolares. Eles formam a primeira parte da porção respiratória e são
caracterizados como condutos longos que terminam em alvéolos.

Ductos Alveolares
Cada bronquíolo respiratório ramifica-se em dois a dez ductos alveolares. Eles são condutos constituídos por
alvéolos, portanto, de epitélio simples pavimentoso, circundados por fibras reticulares e elásticas e por células
musculares lisas. O músculo liso termina nos ductos alveolares. Cada ducto alveolar desemboca em dois ou três sacos
alveolares, também de alvéolos.
Sacos Alveolares
Os alvéolos pulmonares são encontrados no interior dos pulmões. São estruturas vascularizadas em formato de favo
de mel. O conjunto desses alvéolos forma os sacos alveolares. São os alvéolos que dão a textura esponjosa de
pequenas bolhas aos pulmões. O alvéolo é a estrutura morfofuncional do pulmão.
Alvéolos Pulmonares
São espaços delimitados por epitélio simples pavimentoso, formado pelos pneumócitos do tipo I e do tipo II. Os
pneumócitos do tipo I são células pavimentosas, cuja pequena espessura facilita a difusão do O ₂ para o sangue. Os
pneumócitos do tipo II são células cúbicas, com núcleo esférico e citoplasma vacuolizado ao microscópio de luz,
devido à presença de corpos lamelares com o surfactante pulmonar, um complexo lipoproteico (fosfolipídios,
glicosaminoglicanos e proteínas), que é exocitado da célula e recobre a superfície dos alvéolos, diminuindo a tensão
superficial, o que facilita a expansão na inspiração e evita o seu colabamento na expiração.

 Parte Bombeadora:
Sacos Pleurais
É uma membrana serosa que envolve os pulmões. São duas membranas pleurais, cada uma em forma de saco
invaginado fechado, o espaço entre esses sacos forma o mediastino no qual alguns órgãos estão situados. A parte da
pleura que reveste os pulmões é chamada pleura pulmonar visceral, que se divide em pleura mediastinal (ao redor e
atrás da raiz do pulmão), que se continua com a pleura costal e a diafragmática. Denominam-se essas três últimas
juntas como pleura parietal.

Caixa Torácica
É delimitada dorsalmente pelas vértebras torácicas, lateralmente pelas costelas e músculos intercostais, ventralmente
pelo esterno e músculo transverso do tórax, caudalmente é delimitada pelo diafragma e cranialmente pela cúpula
pleural.

Possui uma abertura torácica cranial estreita e uma abertura caudal larga. Na borda caudal das costelas, apresenta uma
artéria, uma veia e um nervo intercostal. A membrana serosa da cavidade torácica chama-se pleura. A pleura parietal
é dividida em costal, diafragmática e mediastínica. A pleura visceral recobre diretamente o pulmão. O ângulo
formado entre as pleuras costal e diafragmática forma um recesso costofrênico ou costodiafragmático. Entre os
folhetos da pleura mediastínica direita e esquerda forma-se um espaço chamado mediastino, que é dividido em três
porções: Cranial – Desde a abertura torácica cranial até o coração, e contém a traquéia, esôfago, tronco
braquiocefálico, timo, vasos torácicos internos, artérias subclávias e linfonodos, além da veia cava cranial. Médio –
Contém traqueia, esôfago, arco aórtico, vasos pulmonares, linfonodos, coração e pericárdio. Caudal – Entre o coração
e diafragma. Contém a veia cava caudal, nervo frênico, aorta, veia ázigos e esôfago. O espaço formado entre a pleura
parietal e a visceral é chamado cavidade pleural. Essa cavidade deve possuir uma pressão subatmosférica para
garantir a respiração. Cavidade peritoneal é o espaço entre o peritônio parietal e o peritônio visceral, contém todo o
tubo gastrointestinal com exceção do reto e ânus – estão na cavidade pélvica, e do rim e uretra – que estão no espaço
retroperitonial na cavidade pélvica. A cavidade pélvica é protegida pelo osso coxal e fechada caudalmente pelos mm.
Coccígeos e elevadores do ânus.

Diafragma
É um músculo formado por dois pilares aderidos às primeiras vértebras lombares (L2-L3). Ele se fixa lateralmente as
costelas e ventralmente no arco costal (junção das cartilagens costais). Assume um posicionamento convexo
cranialmente até o nível da sexta costela durante a expiração. No centro do diafragma existe uma região tendinosa
denominada centro tendíneo. Existem três orifícios no diafragma: Forame da veia cava caudal: localizado a direita
no centro tendíneo. Por ele também passa o nervo frênico. Hiato esofágico: Por onde passa o esôfago e o nervo vago.
Hiato aórtico: Por onde passa a artéria aorta descendente, veia ázigos e o ducto torácico linfático. O hiato esofágico
se localiza no pilar direito e o hiato aórtico fica entre os pilares. O corpo dos animais é formado por camadas. A mais
externa é o tegumento, abaixo da pele vem a fáscia ou epimício (Tecido conjuntivo que recobre os músculos),
músculos e ossos, fáscia interna que está voltada para dentro das cavidades. Existe também a membrana serosa, que
secreta e absorve líquidos e gases, que reveste as cavidades torácica (pleura), a cavidade abdominal (peritônio –
parietal nas paredes e visceral nas vísceras) e o coração (pericárdio).

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