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ANATOMIA – CASO 11

SITEMA RESPIRATÓRIO

NARIZ

O nariz é a parte do sistema respiratório situada acima do palato duro, contendo o órgão
periférico do olfato. Inclui a parte externa do nariz e a cavidade nasal, que é dividida em
cavidades direita e esquerda pelo septo nasal.
 As funções do nariz são olfato, respiração, filtração de poeira, umidificação do ar
inspirado, além de recepção e eliminação de secreções dos seios paranasais e ductos
lacrimonasais.

Parte externa do nariz


A parte externa do nariz é a parte visível que se projeta da face; seu esqueleto é principalmente
cartilagíneo.
O dorso do nariz estende-se da raiz até o ápice (ponta) do nariz.
 A face inferior do nariz é perfurada por duas aberturas piriformes (L. em forma de pera),
as narinas (aberturas nasais anteriores), que são limitadas lateralmente pelas asas do
nariz.
 A parte óssea superior do nariz, inclusive sua raiz, é coberta por pele fina.
A pele estende-se até o vestíbulo do nariz, onde tem um número variável de pelos rígidos
(vibrissas).

ESQUELETO DO NARIZ
O esqueleto de sustentação do nariz é formado por osso e cartilagem hialina.
1. A parte óssea do nariz consiste em ossos nasais, processos frontais das maxilas, parte
nasal do frontal e sua espinha nasal, e partes ósseas do septo nasal.
2. A parte cartilagínea do nariz é formada por cinco cartilagens principais: duas cartilagens
laterais, duas cartilagens alares e uma cartilagem do septo.
As cartilagens alares, em forma de U, são livres e móveis; dilatam ou estreitam as narinas
quando há contração dos músculos que atuam sobre o nariz.

SEPTO NASAL
O septo nasal divide a câmara do nariz em duas cavidades nasais. O septo tem uma parte óssea
e uma parte cartilagínea móvel flexível.

Cavidades nasais
O termo cavidade nasal refere-se a
toda a cavidade ou à metade direita
ou esquerda. A entrada da cavidade
nasal é anterior, através das
narinas. Abre-se posteriormente
na parte nasal da faringe através
dos cóanos. É revestida por túnica
mucosa, com exceção do vestíbulo
nasal, que é revestido por pele.
A túnica mucosa do nariz está firmemente unida ao periósteo e pericôndrio dos ossos e
cartilagens que sustentam o nariz.
 Os dois terços inferiores da túnica mucosa do nariz correspondem à área respiratória
e o terço superior é a área olfatória.
 O ar que passa sobre a área respiratória é aquecido e umedecido antes de
atravessar o restante das vias respiratórias superiores até os pulmões.
 A área olfatória contém o órgão periférico do olfato; a aspiração leva ar até essa
área.

LIMITES DAS CAVIDADES NASAIS


As cavidades nasais têm teto, assoalho e paredes medial e lateral.

•O teto das cavidades nasais é curvo e estreito, com exceção da extremidade posterior,
onde o corpo do esfenoide, que é oco, forma o teto. É dividido em três partes (frontonasal,
etmoidal e esfenoidal).
•O assoalho das cavidades nasais é mais largo do que o teto e é formado pelos processos
palatinos da maxila e pelas lâminas horizontais do palatino.
•A parede medial das cavidades nasais é formada pelo septo nasal.
•As paredes laterais das cavidades nasais são irregulares em razão de três lâminas ósseas,
as conchas nasais, que se projetam inferiormente, como persianas.

CARACTERÍSTICAS DAS CAVIDADES NASAIS


As conchas nasais (superior, média e inferior) curvam-se em sentido inferomedial, pendendo da
parede lateral como persianas ou cortinas curtas.
Contém, o meato nasal (passagem na cavidade nasal) sob cada formação óssea.
A cavidade nasal é dividida em cinco passagens:

Recesso esfenoetmoidal posterossuperior, três meatos nasais laterais (superior, médio e


inferior) e um meato nasal comum medial, no qual se abrem as quatro passagens laterais.
1. A concha nasal inferior é a mais longa e mais larga das conchas, sendo formada por um
osso independente (concha nasal inferior).
2. As conchas nasais média e superior são processos mediais do etmoide.
3. O recesso esfenoetmoidal, situado superoposteriormente à concha nasal superior,
recebe a abertura do seio esfenoidal, uma cavidade cheia de ar no corpo do esfenoide.
4. O meato nasal superior é uma passagem estreita entre as conchas nasais superior e
média, no qual se abrem os seios etmoidais posteriores por meio de um ou mais orifícios
5. O meato nasal médio é mais longo e mais profundo do que o superior. A parte
anterossuperior dessa passagem leva a uma abertura afunilada, o infundíbulo
etmoidal, através do qual se comunica com o seio frontal.
6.
A irrigação arterial das paredes medial e lateral da cavidade nasal, tem cinco
procedências:

1. Artéria etmoidal anterior (da artéria oftálmica)


2. Artéria etmoidal posterior (da artéria oftálmica)
3. Artéria esfenopalatina (da artéria maxilar)
4. Artéria palatina maior (da artéria maxilar)
5. Ramo septal da artéria labial superior (da artéria facial).
 Os nervos olfatórios, associados ao olfato, originam-se de células no epitélio
olfatório na parte superior das paredes lateral e septal da cavidade nasal.

SEIOS PARANASAIS
Os seios paranasais são extensões,
cheias de ar, da parte respiratória da
cavidade nasal para os seguintes
ossos do crânio:
 Frontal,
 Etmoide,
 Esfenoide
 Maxila.

SEIOS FRONTAIS
Direito e esquerdo estão entre as
lâminas externa e interna do frontal,
posteriormente aos arcos
superciliares e à raiz do nariz. Os
seios frontais são inervados por
ramos dos nervos supraorbitais (NC
V1).
Os seios frontais variam em tamanho
de cerca de 5 mm. Um seio frontal
tem duas partes: uma parte vertical
na escama frontal e uma parte
horizontal na parte orbital do
frontal.

CÉLULAS ETMOIDAIS
São pequenas invaginações da túnica mucosa dos meatos nasais médio e superior para o
etmoide entre a cavidade nasal e a órbita.
1. As células etmoidais anteriores drenam direta ou indiretamente para o meato nasal
médio através do infundíbulo etmoidal.
2. As células etmoidais média se abrem-se diretamente no meato médio e às vezes são
denominadas “células bolhosas” porque formam a bolha etmoidal, uma saliência na
margem superior do hiato semilunar.
3. As células etmoidais posteriores abrem-se diretamente no meato superior.
SEIOS ESFENOIDAIS
Os seios esfenoidais estão localizados no corpo do
esfenoide, mas podem estender-se até as asas
deste osso.
 Os seios esfenoidais são derivados de uma
célula etmoidal posterior.
 As artérias etmoidais posteriores e os nervos etmoidais posteriores que acompanham
as artérias suprem os seios esfenoidais.

SEIOS MAXILARES
Os seios maxilares são os maiores seios paranasais. Ocupam os corpos das maxilas e se
comunicam com o meato nasal médio.

•O ápice do seio maxilar estende-se em direção ao zigomático e muitas vezes chega até ele
•A base do seio maxilar forma a parte inferior da parede lateral da cavidade nasal
•O teto do seio maxilar é formado pelo assoalho da órbita
•O assoalho do seio maxilar é formado pela parte alveolar da maxila. Muitas vezes as raízes
dos dentes maxilares, sobretudo dos dois primeiros molares, produzem elevações cônicas
no assoalho do seio.
Cada seio maxilar drena através de uma ou mais aberturas, o óstio maxilar, para o meato
nasal médio da cavidade nasal por meio do hiato semilunar.

Camada respiratória de vísceras cervicais


As vísceras da camada respiratória, a laringe e a traqueia, contribuem para as funções
respiratórias do corpo. As principais funções das vísceras respiratórias cervicais são:

•Direcionamento de ar e alimento para o sistema respiratório e o esôfago, respectivamente


•Garantia de uma via respiratória pérvia e de um meio para fechá-la temporariamente (uma
“válvula”)
•Produção da voz.

LARINGE
A laringe, o complexo órgão de produção da voz, é formada por nove cartilagens unidas por
membranas e ligamentos e contém as pregas vocais. A laringe está situada na região anterior
do pescoço no nível dos corpos das vértebras C III a C VI. Une a parte inferior da faringe (parte
laríngea da faringe) à traqueia.
 Sua função mais importante é proteger as vias respiratórias, sobretudo durante a
deglutição, quando serve como “esfíncter” ou “válvula” do sistema respiratório inferior,
mantendo, assim, a perviedade da via respiratória.
Esqueleto da laringe
O esqueleto da laringe é formado por nove cartilagens:
1. Três são ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica)
2. Três são pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme).

 A cartilagem tireóidea é a maior das cartilagens; sua margem superior situa-se oposta
à vértebra C IV. A cartilagem cricóidea tem o formato de um anel de sinete com o aro
voltado anteriormente. Essa abertura anular da cartilagem permite a passagem de um
dedo médio. A parte posterior (sinete) da cartilagem cricóidea é a lâmina, e a parte
anterior (anel) é o arco.
 As cartilagens aritenóideas são cartilagens piramidais pares, com três lados, que se
articulam com as partes laterais da margem superior da lâmina da cartilagem cricóidea.
As articulações cricoaritenóideas, localizadas entre as bases das cartilagens
aritenóideas e as faces superolaterais da lâmina da cartilagem cricóidea permitem que
as cartilagens aritenóideas deslizem. Esses movimentos são importantes na
aproximação, tensionamento e relaxamento das pregas vocais.
 Cartilagem epiglótica, formada por cartilagem elástica, confere flexibilidade à epiglote.
A cartilagem epiglótica, situada posteriormente à raiz da língua e ao hioide, e
anteriormente ao ádito da laringe, forma a parte superior da parede anterior e a
margem superior da entrada. Sua extremidade superior larga é livre.
A margem inferior livre
constitui o ligamento
vestibular, que é coberto
frouxamente por mucosa
para formar a prega
vestibular. Essa prega
situa-se acima da prega
vocal e estende-se da
cartilagem tireóidea até a
cartilagem aritenóidea.
A margem superior livre
da membrana
quadrangular forma
o ligamento ariepiglótico,
que é coberto por túnica
mucosa para formar
a prega ariepiglótica.

As cartilagen corniculada e cuneiforme apresentam-se como pequenos nódulos na parte


posterior das pregas ariepiglóticas.
1. As cartilagens corniculadas fixam-se aos ápices das cartilagens aritenóideas;
2. As cartilagens cuneiformes não se fixam diretamente em outras cartilagens.

TRAQUEIA
A traqueia, que se estende da laringe até o tórax, termina inferiormente dividindo-se em
brônquios principais direito e esquerdo. Transporta o ar que entra e sai dos pulmões, e seu
epitélio impulsiona o muco com resíduos em direção à faringe para expulsão pela boca. A
traqueia é um tubo fibrocartilagíneo, sustentado por cartilagens (anéis) traqueais incompletas,
que ocupa uma posição mediana no pescoço.
A abertura posterior nos anéis traqueais é transposta pelo músculo traqueal, músculo liso
involuntário que une as extremidades dos anéis. Portanto, a parede posterior da traqueia é
plana.
Nos adultos, a traqueia tem cerca de 2,5 cm de diâmetro, enquanto nos lactentes tem o
diâmetro de um lápis. A traqueia estende-se a partir da extremidade inferior da laringe no nível
da vértebra C VI. Termina no nível do ângulo esternal ou do disco entre T IV e T V, onde se divide
nos brônquios principais direito e esquerdo.
FARINGE
A faringe é a parte expandida superior do sistema
digestório, posterior às cavidades nasal e oral,
que se estende inferiormente além da laringe.
 A faringe estende-se da base do crânio até a
margem inferior da cartilagem cricóidea
anteriormente e a margem inferior da vértebra
C VI posteriormente.
 A faringe é mais larga (cerca de 5 cm) defronte
ao hioide e mais estreita (cerca de 1,5 cm) em
sua extremidade inferior, onde é contínua com
o esôfago.
 A parede posterior plana da faringe situa-se
contra a lâmina pré-vertebral da fáscia cervical.

INTERIOR DA FARINGE
A faringe é dividida em três partes:

•Parte nasal da faringe (nasofaringe): posterior ao nariz e superior ao palato mole


•Parte oral da faringe (orofaringe): posterior à boca
•Parte laríngea da faringe (laringofaringe): posterior à laringe.

A parte nasal da faringe tem função respiratória; é a extensão posterior das cavidades
nasais.
1. O nariz abre-se para a parte nasal da faringe através de dois cóanos (aberturas pares
entre a cavidade nasal e a parte nasal da faringe).
2. O teto e a parede posterior da parte nasal da faringe formam uma superfície contínua
situada inferiormente ao corpo do esfenoide e à parte basilar do occipital.
O tecido linfoide abundante na faringe forma um anel tonsilar incompleto ao redor da parte
superior da faringe. O tecido linfoide é agregado em algumas regiões para formar massas
denominadas tonsilas.
A parte laríngea da faringe situa-se posteriormente à laringe. Eestendendo-se da margem
superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem
cricóidea, onde se estreita e se torna contínua com o esôfago.
O recesso piriforme é uma pequena depressão da parte laríngea da faringe de cada lado do
ádito da laringe. Esse recesso revestido por túnica mucosa é separado do ádito da laringe
pela prega ariepiglótica.
VÍSCERAS DA CAVIDADE TORÁCICA

A cavidade torácica é dividida em três compartimentos:

•Cavidades pulmonares direita e esquerda, compartimentos bilaterais, que contêm os


pulmões e as pleuras e ocupam a maior parte da cavidade torácica
 Um mediastino central, um compartimento interposto entre as duas cavidades
pulmonares e separando-as completamente, que contém praticamente todas as
outras estruturas torácicas — coração, partes torácicas dos grandes vasos, parte
torácica da traqueia, esôfago, timo e outras estruturas (p. ex., linfonodos). Estende-
se verticalmente da abertura superior do tórax até o diafragma e
anteroposteriormente do esterno até os corpos vertebrais torácicos.

Pleuras, pulmões e árvore


traqueobronquial

Cada cavidade pulmonar (direita e


esquerda) é revestida por
uma membrana pleural (pleura) que
também se reflete e cobre a face externa
dos pulmões que ocupam as cavidades.

PLEURAS
Cada pulmão é revestido e envolvido por
um saco pleural seroso formado por duas
membranas contínuas: a pleura visceral,
que reveste toda a superfície pulmonar,
formando sua face externa brilhante, e
a pleura parietal, que reveste as cavidades
pulmonares.
 A cavidade pleural — o espaço virtual
entre as camadas de pleura — contém
uma camada capilar de líquido pleural
seroso, que lubrifica as superfícies
pleurais e permite que as camadas de
pleura deslizem suavemente uma sobre a
outra, durante a respiração.
A pleura visceral (pleura pulmonar)
está aposta ao pulmão e aderida a todas
as suas superfícies, inclusive as fissuras horizontal e oblíqua. Ela torna a superfície do pulmão
lisa e escorregadia, permitindo o livre movimento sobre a pleura parietal. A pleura visceral é
contínua com a pleura parietal no hilo do pulmão, onde estruturas que formam a raiz do
pulmão (p. ex., o brônquio e os vasos pulmonares) entram e saem.
A pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, aderindo, assim, à parede torácica, ao
mediastino e ao diafragma. É mais espessa do que a pleura visceral. A pleura parietal tem
três partes — costal, mediastinal e diafragmática — e a cúpula da pleura (pleura cervical).

1. A parte costal da pleura parietal (pleura costovertebral ou costal) cobre as faces internas
da parede torácica. Está separada da face interna da parede torácica (esterno, costelas
e cartilagens costais, músculos e membranas intercostais e faces laterais das vértebras
torácicas) pela fáscia endotorácica.
2. A parte mediastinal da pleura parietal (pleura mediastinal) cobre as faces laterais do
mediastino, a divisória de tecidos e órgãos que separam as cavidades pulmonares e seus
sacos pleurais. Continua superiormente até a raiz do pescoço na forma de cúpula da
pleura. É contínua com a pleura costal anterior e posteriormente e com a pleura
diafragmática na parte inferior.
3. A parte diafragmática da pleura parietal (pleura diafragmática) cobre a face superior
(torácica) do diafragma de cada lado do mediastino. Uma camada fina, mais elástica de
fáscia endotorácica, a fáscia frenicopleural, une a parte diafragmática da pleura às fibras
musculares do diafragma.
A cúpula da pleura cobre o ápice do pulmão (a parte do pulmão que se estende
superiormente através da abertura superior do tórax até a raiz do pescoço.

PULMÕES
Os pulmões são os órgãos vitais da respiração. Sua principal função é oxigenar o sangue
colocando o ar inspirado bem próximo do sangue venoso nos capilares pulmonares.

 Os pulmões são separados um do outro


pelo mediastino.

 Cada pulmão tem:

•Um ápice, a extremidade superior


arredondada do pulmão que ascende acima
do nível da costela I até a raiz do pescoço; o
ápice recoberto pela cúpula da pleura.

•Uma base, a face inferior côncava do


pulmão, oposta ao ápice, que acomoda a
cúpula ipsilateral do diafragma e se apoia
nela.

Dois ou três lobos, criados por uma ou


duas fissuras.
•Três faces (costal, mediastinal e
diafragmática)
•Três margens (anterior, inferior e posterior).

1. O pulmão direito apresenta fissuras oblíqua direita e horizontal, que o dividem em


três lobos direitos: superior, médio e inferior.
O pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo, porém é mais curto e mais largo,
porque a cúpula direita do diafragma é mais alta e o coração e o pericárdio estão mais voltados
para a esquerda. A margem anterior do pulmão direito é relativamente reta.

2. O pulmão esquerdo tem uma única fissura oblíqua esquerda, que o divide em dois lobos
esquerdos, superior e inferior.
A margem anterior do pulmão esquerdo tem uma incisura cardíaca profunda, uma impressão
deixada pelo desvio do ápice do coração para o lado esquerdo, tal impressão situa-se
principalmente na face anteroinferior do lobo superior e costuma moldar a parte mais inferior
e anterior do lobo superior, transformando-a em um processo estreito e linguiforme,
a língula, que se estende abaixo da incisura cardíaca e desliza para dentro e para fora do recesso
costomediastinal durante a inspiração e a expiração.
 A face costal do pulmão é grande, lisa e convexa. Está relacionada à parte costal da
pleura, que a separa das costelas, cartilagens costais e dos músculos intercostais
íntimos.
 A face mediastinal do pulmão é côncava porque está relacionada com o mediastino
médio, que contém o pericárdio e o coração. A face mediastinal compreende o hilo,
que recebe a raiz do pulmão. Como dois terços do coração estão à esquerda da linha
mediana, a impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão esquerdo é muito
maior.
 A face diafragmática do pulmão, que também é côncava, forma a base do
pulmão, apoiada sobre a cúpula do diafragma. A concavidade é mais profunda no
pulmão direito em vista da posição mais alta da cúpula direita do diafragma, que fica
sobre o fígado.

A margem anterior do pulmão é o ponto de encontro anterior entre as faces costal e


mediastinal, que recobrem o coração. A incisura cardíaca deixa uma impressão nessa margem
do pulmão esquerdo.
A margem inferior do pulmão circunscreve a face diafragmática do pulmão, separando-a das
faces costal e mediastinal.
A margem posterior do pulmão é o ponto de encontro posterior das faces costal e mediastinal;
é larga e arredondada e situa-se na cavidade ao lado da parte torácica da coluna vertebral.

Os pulmões estão fixados ao


mediastino pelas raízes dos pulmões.

•Artéria pulmonar: no extremo


superior à esquerda (o brônquio
lobar superior ou “epiarterial” pode
estar localizado no extremo superior
à direita)
•Veias pulmonares superior e
inferior: nas extremidades anterior e
inferior, respectivamente
•Brônquio
principal: aproximadamente no meio
do limite posterior, e os vasos
brônquicos seguem em sua face
externa (geralmente na face
posterior nesse ponto).

O hilo do pulmão é uma área


cuneiforme na face mediastinal de
cada pulmão através da qual entram
ou saem do pulmão as estruturas que
formam sua raiz. Medialmente ao
hilo, a raiz está encerrada na área de
continuidade entre as lâminas
parietal e visceral de pleura — a bainha pleural (mesopneumônio).
Inferiormente à raiz do pulmão, essa continuidade entre pleura parietal e visceral forma
o ligamento pulmonar, que se estende entre o pulmão e o mediastino, imediatamente anterior
ao esôfago.
O ligamento pulmonar é formado por uma camada dupla de pleura separada por uma
pequena quantidade de tecido conectivo.

ÁRVORE TRAQUEOBRONQUIAL

A partir da laringe, as paredes das vias respiratórias são sustentadas por anéis de cartilagem
hialina em formato de ferradura ou em C. As vias respiratórias sublaríngeas formam a árvore
traqueobronquial.

 A traqueia, situada no mediastino superior, é o tronco da árvore. Ela se bifurca no


nível do plano transverso do tórax (ou ângulo do esterno) em brônquios
principais, um para cada pulmão, que seguem em sentido inferolateral e entram nos
hilos dos pulmões.

•O brônquio principal direito é mais largo, mais curto e mais vertical do que o brônquio
principal esquerdo porque entra diretamente no hilo do pulmão.
•O brônquio principal esquerdo segue inferolateralmente, inferiormente ao arco da aorta
e anteriormente ao esôfago e à parte torácica da aorta, para chegar ao hilo do pulmão.
Nos pulmões, os brônquios ramificam-se de modo constante e dão origem à árvore
traqueobronquial.
Cada brônquio principal (primário) divide-se em brônquios lobares secundários, dois à
esquerda e três à direita, e cada um deles supre um lobo do pulmão. Cada brônquio lobar divide-
se em vários brônquios segmentares terciários, que suprem os segmentos broncopulmonares.

A parede dos bronquíolos não tem cartilagem. Os bronquíolos condutores transportam ar, mas
não têm glândulas nem alvéolos. Cada bronquíolo terminal dá origem a diversas gerações
de bronquíolos respiratórios, caracterizados por bolsas (alvéolos) de paredes finas e dispersos,
que se originam de suas luzes.
 O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica de troca gasosa no pulmão. Graças
à presença dos alvéolos, os bronquíolos respiratórios participam tanto do transporte
de ar quanto da troca gasosa. Cada bronquíolo respiratório dá origem a 2 a 11 ductos
alveolares, e cada um deles dá origem a 5 a 6 sacos alveolares.
 Os ductos alveolares são vias respiratórias alongadas, densamente revestidas por
alvéolos, que levam a espaços comuns, os sacos alveolares, nos quais se abrem
grupos de alvéolos. Novos alvéolos continuam a se desenvolver até cerca de 8 anos
de idade, período em que há aproximadamente 300 milhões de alvéolos.

VASCULATURA DOS PULMÕES E DAS PLEURAS


As artérias pulmonares direita e esquerda originam-se do tronco pulmonar no nível do ângulo
do esterno e conduzem sangue pouco oxigenado (“venoso”) aos pulmões para oxigenação.
 Cada artéria pulmonar torna-se parte da raiz do pulmão correspondente e divide-se
em artérias lobares secundárias.
 As artérias lobares superiores direita e esquerda, que irrigam os lobos superiores.
 As artérias lobares dividem-se em artérias segmentares terciárias.
 As artérias e os brônquios formam
pares no pulmão. Consequentemente, cada
lobo é servido por um par formado pela
artéria lobar e brônquio secundários, e cada
segmento broncopulmonar é suprido por
uma artéria segmentar e brônquio
terciários.

Duas veias pulmonares de cada lado,


uma veia pulmonar superior e uma veia
pulmonar inferior, conduzem sangue rico
em oxigênio (“arterial”) dos lobos
correspondentes de cada pulmão para o
átrio esquerdo do coração.

 A veia do lobo médio é uma tributária


da veia pulmonar direita superior. O trajeto
das veias pulmonares é independente do
trajeto das artérias e brônquios no pulmão,
elas seguem entre segmentos
broncopulmonares adjacentes e recebem
sangue no trajeto em direção ao hilo.
 As duas artérias bronquiais
esquerdas geralmente originam-se
diretamente da parte torácica da aorta.
 A artéria bronquial direita, única, pode originar-se diretamente da aorta;

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