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SISTEMA RESPIRATÓRIO

vias aéreas superiores: nariz, faringe e laringe.


vias aéreas inferiores: traqueia, brônquios e pulmões (onde encontramos as unidades funcionais do
sistema respiratório, os alvéolos).
Nariz externo: (raíz, ápice, dorso, base, narinas,septo, asas, vestíbulo, vibrissas e abertura
piriforme).
Raiz: Porção do nariz localizada na depressão formada entre os ossos nasais e o processo nasal do
osso frontal.
Ápice: É a ponta do nariz.
Dorso: Porção que se estende da raiz até o ápice do nariz.
Base: Parte inferior do nariz, abaixo do ápice.
Narinas: São as aberturas anteriores da cavidade nasal limitadas lateralmente pelas asas do nariz.
Septo:as narinas são separadas uma da outra (direita e esquerda) no plano mediano por um septo nasal
(parede medial), uma estrutura osteocartilaginosa (sua cartilagem é tipo hialina).
Asas: Porção constituída basicamente de pele e que recobre as narinas.
A pele sobre a parte cartilagínea do nariz é coberta por pele mais espessa, que contém muitas
glândulas sebáceas. A pele estende-se até o vestíbulo do nariz, onde há um número variável de
pêlos rígidos (vibrissas). Como geralmente estão úmidos, esses pelos filtram partículas de poeira do
ar que entra na cavidade nasal.
As vibrissas: que combinadas com a secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas existentes,
formam uma barreira contra a entrada de partículas grosseiras presentes no ar inspirado,
promovendo uma limpeza inicial do ar que adentra o organismo.
Abertura piriforme: é a região da face onde fica a cartilagem que separa as duas metades da cavidade
nasal.
CURIOSO!
TRIÂNGULO PERIGOSO DA FACE - Alguns tipos de infecções na face podem se disseminar pelas
v.v. faciais que tributam nos seios venosos da dura-máter. Essas infecções são, geralmente, provocadas
por lacerações do nariz ou pela ruptura de pústulas (espinhas) na lateral do nariz e no lábio superior. A
v. facial faz conexões clinicamente importantes com o seio cavernoso através da v. oftálmica superior,
e o plexo venoso pterigóideo através das v.v. oftálmica inferior e facial profunda. Em razão dessas
conexões, a infecção da face e/ou a formação de trombos podem propagar-se ao seio cavernoso e
plexo venoso pterigóideo causando graves consequências ao SNC. Dessa forma, a área triangular do
lábio superior até a raiz do nariz é considerada o triângulo perigoso da face.
CAVIDADES NASAIS (ANATOMIA):
Anteriormente as Narinas que se abrem na base do nariz.
Posteriormente os cóanos que se abrem na parte nasal da faringe.
Ossos: nasal, maxilar, palatino, lacrimal, etmoide, esfenoide, frontal e vómer.
Canais: meato nasal inferior, meato nasal médio, meato nasal superior, recesso esfenoetmoidal.
Regiões: vestíbulo, região respiratória, região olfatória.
LIMITES DAS CAVIDADES NASAIS: As cavidades nasais têm teto, assoalho e paredes medial e
lateral:
- O teto das cavidades nasais é curvo e estreito, com exceção da extremidade posterior, onde o
corpo do esfenóide, que é oco, forma o teto. É dividido em três partes (frontonasal, etmoidal e
esfenoidal), nomeadas de acordo com os ossos que formam cada parte.
- O assoalho das cavidades nasais é mais largo do que o teto e é formado pelos processos
palatinos da maxila e pelas lâminas horizontais do palatino.
- A parede medial das cavidades nasais é formada pelo septo nasal.
- As paredes laterais das cavidades nasais são irregulares por causa de três lâminas ósseas, as
conchas nasais, que se projetam inferiormente, como persianas.
Cavidade nasal: é uma cavidade localizada acima da cavidade bucal (assoalho), com um teto oco
formado pelo osso esfenóide, com uma parede medial sendo formada pelo septo nasal que separa a
cavidade em um compartimento direito e esquerdo, e por uma parede lateral, constituída pelas
conchas e meatos nasais, revestidos pela mucosa nasal.
Temos as conchas nasais superior, média e inferior para aumentar a superfície mucosa,
interpostas pelos meatos nasais superior, médio e inferior, pelos quais o ar circula.
A cavidade nasal é dividida em cinco passagens: um recesso esfenoetmoidal posterossuperior, três
meatos nasais laterais (superior, médio e inferior) e um meato nasal comum medial, no qual se abrem
as quatro passagens laterais.
As conchas nasais (superior, média e inferior) curvam-se em sentido inferomedial, pendendo da
parede lateral como persianas ou cortinas curtas. São estruturas muito convolutas, semelhantes a rolos,
que oferecem uma grande área de superfície para troca de calor.
- A concha nasal inferior é a mais longa e mais larga das conchas, sendo formada por um osso
independente (de mesmo nome, concha nasal inferior) coberto por uma túnica mucosa que
contém grandes espaços vasculares que aumentam afetando o calibre da cavidade nasal.
- As conchas nasais média e superior são processos mediais do etmóide. A infecção ou
irritação da túnica mucosa pode ocasionar o rápido surgimento de edema, com obstrução de
uma ou mais vias nasais daquele lado.
Meato nasal (passagem na cavidade nasal) sob cada formação óssea.
- O meato nasal superior é uma passagem estreita entre as conchas nasais superior e média,
no qual se abrem os seios etmoidais posteriores por meio de um ou mais orifícios.
- O meato nasal médio é mais longo e mais profundo do que o superior. A parte
anterossuperior dessa passagem leva a uma abertura afunilada, o infundíbulo etmoidal, através
do qual se comunica com o seio frontal. A passagem que segue inferiormente de cada seio
frontal até o infundíbulo é o ducto frontonasal. O hiato semilunar é um sulco semicircular no
qual se abre o seio frontal. A bolha etmoidal, uma elevação arredondada superior ao hiato, é
visível quando a concha média é removida, é formada por células etmoidais médias que
formam os seios etmoidais.
- O meato nasal inferior é uma passagem horizontal situada em posição inferolateral à concha
nasal inferior. O ducto lacrimonasal, que drena lágrimas do saco lacrimal, abre-se na parte
anterior desse meato.
- O meato nasal comum é a parte medial da cavidade nasal entre as conchas e o septo nasal,
no qual se abrem os recessos laterais e o meato.
O recesso esfenoetmoidal, situado posterosuperiormente à concha nasal superior, recebe a abertura
do seio esfenoidal, uma cavidade cheia de ar no corpo do esfenóide.
CAVIDADES NASAIS (HISTOLOGIA):
vestíbulo nasal, que é revestido por pele;
O ar que passa sobre a área respiratória é aquecido e umedecido antes de atravessar o restante das vias
respiratórias superiores até os pulmões. A área olfatória contém o órgão periférico do olfato; a
aspiração leva ar até essa área.
O aparelho respiratório é formado por uma porção condutora (fossas nasais, nasofaringe, laringe,
traqueia, brônquios e bronquíolos) e uma porção respiratória (bronquíolos respiratórios, ductos
alveolares e alvéolos). A porção condutora é constituída por uma combinação de cartilagem, tecido
conjuntivo e tecido muscular liso, possibilitando suporte estrutural, flexibilidade e extensibilidade. É
revestida por um epitélio especializado, denominado epitélio respiratório.
→ Funções: possibilitar entrada e saída de ar, além de limpar, umedecer e aquecer o ar inspirado.
Epitélio Respiratório
O epitélio respiratório é o que reveste a porção condutora, sendo um epitélio ciliado
pseudoestratificado colunar com muitas células caliciformes.
→ O tipo mais abundante de célula é a colunar ciliada, responsáveis pelo transporte do muco.
→ Em segundo lugar temos as células calciformes, responsáveis pela produção e secreção do muco.
Fossas Nasais
São revestidas por mucosa com diferentes estruturas, distinguindo-se em três regiões: vestíbulo, área
respiratória e área olfatória.
→ Vestíbulo: continuação da pele do nariz, sem a camada queratinizada e com uma lâmina própria da
mucosa. Os pelos curtos e a secreção das glândulas sebáceas constituem uma barreira a partículas
maiores.
→ Área respiratória: revestida pelo epitélio respiratório. O muco produzido pelas células caliciformes
se desloca em direção à faringe, para o exterior pelo batimento ciliar, protegendo o sistema
respiratório.
→ Área olfatória: revestida por epitélio olfatório, neuroepitélio com células olfatórias, e possui
quimiorreceptores da olfação.
Área Vestibular
- Região anterior às fossas nasais.
- Mucosa: Tecido Epitelial Pavimentoso.
- Lâmina Própria: Tecido Conjuntivo.
- Presença de Vibrissas.
- Presença de Glândulas Sebáceas e Sudoríparas.
Área Respiratória:
- Maior parte das fossas nasais.
- Mucosa: Tecido Epitelial Pseudoestratificado Cilíndrico Ciliado com células Caliciformes
(Epitélio Respiratório).
- Lamina Própria: Presença de glândulas mistas e nas conchas ou cornetos presença de um
plexo venoso.
Área Olfatória:
- Região superior das fossas nasais.
- Mucosa: Tecido Neuroepitelial Cilíndrico Pseudoestratificado (Epitélio Olfatório ou
neuroepitélio).
- Região especializada em captar estímulos olfativos
Os cílios das células epiteliais respiratórias, minúsculas projeções musculares parecidas com cabelo
nas células que revestem as vias aéreas, representam um dos mecanismos de defesa do sistema
respiratório. Os cílios impelem uma camada fluida de muco que recobre as vias aéreas.
A camada de muco captura patógenos (micro-organismos potencialmente infecciosos) e outras
partículas, evitando que cheguem aos pulmões. Os cílios batem mais de 1.000 vezes por minuto,
movendo o muco que reveste a traquéia para cima cerca de 0,5 a 1 cm por minuto. As partículas e os
patógenos que estão presos nessa camada mucosa são expelidos pela tosse ou arrastados para a boca e
engolidos.

A porção condutora purifica (remove partículas e substâncias químicas em suspensão no ar inspirado e


também pode conter anticorpos), aquece e umidifica o ar, contribuindo para a proteção do organismo
contra as impurezas (materiais sólidos, microrganismos, etc.) e o atrito da passagem do ar.

SEIOS PARANASAIS
Os seios paranasais são cavidades pneumáticas que contém o ar e são revestidas por mucosa
respiratória, servindo para estabelecer uma comunicação com a cavidade nasal, funcionar como uma
câmara acústica (ressonância vocal) e diminuir o peso do crânio. Para tanto, subdividem-se de acordo
com o osso onde estão localizados: seios frontal, maxilar, esfenoidal e etmoidal.
Os seios paranasais são extensões, cheias de ar, da parte respiratória da cavidade nasal para os
seguintes ossos do crânio: frontal, etmoide, esfenoide e maxila. São nomeados de acordo com os ossos
nos quais estão localizados. Os seios continuam a invadir o osso adjacente, e extensões acentuadas são
comuns nos crânios de idosos.
Sinusite
Como os seios paranasais são contínuos com as cavidades nasais através de óstios que se abrem neles,
a infecção pode disseminar-se das cavidades nasais, causando inflamação e edema da mucosa dos
seios paranasais (sinusite) e dor local. Às vezes há inflamação de vários seios (pansinusite), e o edema
da mucosa pode obstruir uma ou mais aberturas dos seios para as cavidades nasais.
Infecção das células etmoidais (sinusite etmoidal)
Em caso de obstrução à drenagem nasal, as infecções das células etmoidais podem se propagar através
da frágil parede medial da órbita. As infecções graves que têm essa origem podem causar cegueira,
pois algumas células etmoidais posteriores situam-se próximo do canal óptico, que dá passagem ao
nervo óptico e à artéria oftálmica. A disseminação de infecção dessas células também poderia afetar a
bainha de dura-máter do nervo óptico, causando neurite óptica.
Infecção dos seios maxilares (sinusite maxilar) Os seios maxilares são os mais frequentemente
infectados, provavelmente porque seus óstios costumam ser pequenos e estão situados em posição alta
nas paredes superomediais. A congestão da mucosa do seio costuma causar obstrução dos óstios
maxilares. Por causa da localização alta dos óstios, quando a cabeça está ereta a drenagem dos seios
só é possível quando eles estão cheios. Como os óstios dos seios direito e esquerdo situam-se nas
regiões mediais (i. e., estão voltados um para o outro), quando a pessoa está em decúbito lateral só há
drenagem do seio superior. Um resfriado ou alergia de ambos os seios pode resultar em noites rolando
de um lado para outro na tentativa de drenar os seios maxilares. Um seio maxilar pode ser canulado e
drenado introduzindo-se uma cânula pelas narinas e através do óstio maxilar até o seio.
FARINGE:
É um tubo musculomembranoso forrado por um epitélio mucoso, posterior as cavidades nasal, oral e
laríngea, correspondentes às suas divisões. Dessa forma, será um tubo comum ao sistema respiratório
(parte nasal) e digestório (parte oral e parte laríngea).
Parte nasal da faringe: é a parte superior da faringe que se estende dos cóanos (coanas) ao palato
mole. Nela estão presentes a tonsila faríngea, um agregado de tecido linfóide; o óstio faríngeo da tuba
auditiva, abertura que possibilita o equilíbrio das pressões entre a faringe e a cavidade timpânica pela
passagem de ar entre eles; e o toro tubário, elevação sobre o óstio faríngeo da tuba auditiva em forma
de meia lua.
Parte oral da faringe: corresponde a porção média a estender-se do palato mole a epiglote (nível do
osso hióide). Contém os arcos palatofaríngeo e palatoglosso, e as duas tonsilas palatinas, chamadas
popularmente de amígdalas. A orofaringe eleva o palato mole para evitar a passagem do alimento
para a cavidade nasal.
Parte laríngea da faringe: é a parte inferior da laringe que inicia-se a nível da epiglote e termina na
altura da cartilagem cricóidea, sendo contínua com o esôfago. Ela desce a epiglote a fim de evitar a
passagem do alimento para o trato respiratório.
LARINGE:
A laringe é o órgão responsável pela fonação, além de servir como um esfíncter para a proteção das
vias e tubo por onde há a passagem de ar. Estendendo-se da laringofaringe a traqueia, a laringe é
composta por nove cartilagens.
- Uma das cartilagens laríngeas é a tireoide, sendo a maior, ela possui a proeminência laríngea
ou o popular “Pomo de Adão”, mais proeminente nos homens devido a sua angulação de 90º,
quando nas mulheres o ângulo aproxima-se de 120º.
- A cartilagem epiglótica, situada posteriormente à raiz da língua e ao osso hioide, durante a
deglutição é dobrada posteriormente como resultado da pressão passiva a partir da base da
língua e contração ativa dos músculos ariepiglóticos. Abaixo da epiglote tem-se a glote, esta é
uma região que contém pregas vocais e espaço entre elas (ventrículo da laginge). As pregas
vocais são estruturas formadas pela túnica mucosa da laringe, assim como as pregas
vestibulares.
- Já a cricoidea está situada abaixo da cartilagem tireóidea e acima da traqueia, possuindo de
cada lado uma cartilagem de forma piramidal, a aritenóidea, que são peças pares constituídas
pelo tipo hialino. Elas fixam-se às pregas vocais e aos músculos da faringe, atuando na
produção da voz.
- Há ainda outros dois pares de cartilagem: as corniculadas, situadas acima de cada cartilagem
aritenóidea, e as cuneiformes, fixadas nas pregas ariepiglóticas, elas são visíveis como
elevações esbranquiçadas através da mucosa.

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