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PÓS-FECHAMENTO PROBLEMA 04

1. Compreender herança ligada ao sexo (daltonismo);


2. Compreender fisiologia da tireóide;
3. Compreender o eixo endócrino do cortisol.

As células do corpo humano apresentam 46 cromossomos, sendo 22 pares autossômicos,


e mais dois cromossomos sexuais. Mulheres apresentam um par de cromossomos sexuais
idênticos, XX. Já os homens apresentam um não idêntico, formado por X e Y. Nos humanos
a presença do cromossomo Y determina masculinidade e a ausência de um Y determina a
feminilidade. O cromossomo Y tem poucos genes, enquanto o cromossomo X tem mais
genes. Consequentemente nos descendentes, os cromossomos Y expressam poucas
características, já os cromossomos X expressam mais características. Podem ser divididos
em duas partes: a parte pseudo autossômica é denominada assim pois são semelhantes
aos cromossomos autossômicos, e uma região diferencial, onde quando acontece uma
mutação os alelos tem que estar presentes nesta região. Já que as mulheres têm um par
de cromossomos X, uma mulher pode ser homozigótica ou heterozigótica para genes
ligados ao sexo. A herança ligada sexo recessiva no cromossomo X, ocorre quase com
mais frequência em homens, é transmitida por mulheres portadoras não-afetadas para seus
filhos. Homens afetados não podem transmitir o distúrbio para seus filhos, entretanto
homens afetados podem ter netos afetados através de suas filhas portadoras obrigatórias.
Quando dominante, pode ser transmitido pelas mães a todos os descendentes, e os pais
transmitem somente para as filhas. Se uma mãe é portadora de uma mutação em um gene
ligado ao X, seu filho tem 50% de chance de ser afetado e outro 50% de não ser.
Geralmente as mulheres são portadoras não afetadas. Homens e mulheres são afetados,
frequência maior em homens, porém mulheres são menos gravemente afetadas que
homens. Um homem afetado terá todas as filhas afetadas e nenhum filho afetado. E a
herança restrita ao sexo, ligada ao cromossomo Y, afetando somente os homens.
O daltonismo é uma condição na qual uma pessoa herda um defeito em um ou mais nos
três tipos de cones da retina, e o principal tipo provoca a incapacidade de distinguir entre as
cores verde e vermelho. Existem três tipos de daltonismo: a protanopia, impossibilidade de
percepção da cor vermelha; a deuteranopia, impossibilidade da identificação da cor verde, o
roxo fica azulado e cores quentes amarronzadas; e tritanopia, incapacidade de percepção
do amarelo e do azul. É provocado principalmente por genes recessivos localizados no
cromossomo X, sendo de dominância completa. Uma alteração no código genético que
sintetiza a proteína do cone verde e vermelho, afetando as frequências de luz, que
impossibilita a síntese da opsina. Para que aconteça, os dois cromossomos devem ser
recessivos, os genes precisam estar em homozigose para que a característica seja
expressa. Em mulheres quando os dois alelos são dominantes, será uma mulher normal,
um alelo dominante e o outro recessivo, será uma mulher normal portadora, pois para que o
daltonismo possa se expressar o alelo precisa está em recessividade e o alelo recessivo só
se expressa em homozigose, quando se tem dois alelos recessivos, temos uma mulher
daltônica, se um homem apresentar um alelo recessivo terá daltonismo,mas se o alelo for
dominante será normal.
Existem dois principais tipos de fotorreceptores no olho: os bastonetes e os cones. Os
bastonetes funcionam na presença de pouca luz e são responsáveis pela visão noturna, em
que os objetos são vistos em preto e branco. Os cones são responsáveis pela visão
apurada, e pela visão colorida durante o dia, quando a quantidade de luz é alta. Esses tipos
de fotorreceptores possuem a mesma estrutura básica: sendo um segmento externo e um
interno, e um segmento basal. Os pigmentos visuais estão nas membranas celulares dos
discos dos segmentos externos dos fotorreceptores. As frequências de luz convertem a luz
em cores. Os bastonetes possuem um tipo de pigmento visual a rodopsina, já os cones
possuem três diferentes pigmentos. Que pode captar uma grande frequência de cores, os
de média frequência e os de baixa. Os pigmentos visuais dos cones são estimulados por
diferentes frequências de luz, isso nos permite enxergar colorido. O olho possui cones para
para as luzes vermelha e verde e azul. E cada tipo de cone é estimulado por uma
frequência de luz, porém é mais sensível à frequência específica. A cor de qualquer objeto
que enxergamos depende da frequência da luz refletida sobre ele.
O cérebro humano reconhece a cor de um objeto interpretando a combinação de sinais
emitidos pelos três tipos de cones, e os três cones funcionando juntos. A rodopsina é
composta por duas moléculas: a opsina, uma proteína inserida na membrana dos discos do
bastonete, e o retinal, uma molécula derivada de vitamina A, com função de absorver luz.
Os cones são responsáveis por proporcionar a visão colorida, ficam na retina no fundo do
olho, nas células da retina. A pessoa que não é daltônico chamada de tricromata, enxerga
três frequências de cores. Tanto os bastonetes quanto os cones possuem fotorreceptores,
que possuem uma proteína que dependendo da sua estrutura ela é propícia a uma
frequência de luz. A proteína sensível a essa frequência, é a opsina, no caso dos cones, ela
é ligada ao retinal, já a dos bastonetes é rodopsina. A opsina é sintetizada, codificada pelo
gene X, quando uma alteração no código do gene altera a síntese de alguma proteína, no
caso é o receptor para a frequência de luz, alterando o receptor afeta a sensibilidade.
Podendo alterar de tal forma que a pessoa só vai ter dois tipos de receptores, os
dicromatas, no caso do daltônico. E casos mais severos, em que o indivíduo não enxerga
cor alguma, enxerga preto e branco, são pessoas acromatas. A síntese da proteína que vai
sintetizar a opsina dos cones verde e vermelho, está no cromossomo X. Então o daltônico
tem uma alteração no cromossomo X, que impede a sintetize da rodopsina que vai dar
origem ao cone vermelho ou ao verde. E normalmente quando há um problema no cone
vermelho, o indivíduo não terá os mesmos cones de uma pessoa que enxerga três cores,
pois os cones serão substituídos pelos outros cones. Por exemplo, o indivíduo só tem o
cone Verde ou só tem o vermelho, como ele não tem um cone, terá mais do outro cone.
A glândula tireoide é uma glândula em formato de borboleta que repousa sobre a
traquéia, na base da garganta, logo abaixo da laringe. Uma das maiores glândulas
endócrinas do corpo humano, possui dois diferentes tipos celulares: células C, que
secretam um hormônio regulador de cálcio, o calcitonina, e as células foliculares, que
secretam hormônios da tireoide. Os hormônios da tireoide têm efeitos de longo prazo no
metabolismo. Porém não são essenciais à vida, um adulto pode sobreviver, embora não de
maneira confortável sem esses hormônios ou sem a glândula tireoide. Os hormônios da
tireoide são essenciais para o crescimento e desenvolvimento normais em crianças, e
bebês que nasceram com deficiência na tireoide vão ter um desenvolvimento atrasado se a
deficiência não for tratada. Os hormônios da tireoide são lâminas derivadas do aminoácido
tirosina, e possuem iodo. A síntese desses hormônios ocorre nos folículos tireoidianos,
estruturas esféricas que possuem paredes compostas por uma camada única de células
epiteliais.O centro oco de cada de folículo e preenchido com uma mistura pegajosa de
glicoproteínas, o colóide, que mantém um suprimento de 2 a 3 meses de hormônios da
tireoide. As células foliculares que cercam o colóide sintetizam um glicoproteína a
tireoglobulina, e enzimas para a síntese dos hormônios da tireoide.
Essas proteínas são empacotadas em vesículas e secretadas no centro do folículo. As
células foliculares também concentram o iodo da dieta, usando simporte sódio-iodo. O
transporte de I para o colóide é mediado por um transportador a pendrina. Quando o iodo
entra no colóide, a enzima tireoide peroxidase remove um elétron do iodo, e adiciona o iodo
à tirosina na molécula de tireoglobulina. A célula folicular sintetiza enzimas e tireoglobulina e
as libera para o colóide. Quando um iodo é adicionado à tirosina, acontece a criação da
monoiodotirosina (MIT). Adicionando um segundo iodo cria a di-iodotirosina (DIT). Então a
MIT e DIT, sofrem uma reação de acoplamento. A combinação de uma MIT e uma DIT,
forma o hormônio da tireoide tri-iodotironina ou T3. Quando duas DIT se unem acontece a
formação da tetraiodotironina ou t4. Nesta arte os hormônios ainda estão ligados à
tireoglobulina. Então quando a síntese hormonal está completa, o complexo tireoglobulina
T3 e T4 é recapturado pelas células foliculares em vesículas. Então as enzimas
intracelulares liberam a T3 e T4 da tireoglobulina. A tireoglobulina é capturada de volta para
dentro da célula em vesículas. O T3 e T4 possuem pouca solubilidade no plasma, pois são
moléculas lipofílicas. Por conta disso, os hormônios da tireoide ligam-se a proteínas do
plasma. As enzimas intracelulares separam T3 e T4 da proteína, a tireoglobulina. Por
último, T3 e T4 ficam livres e entram na circulação.
O controle da secreção dos hormônios da tireóide ocorre no hipotálamo que estimula a
secreção de TRH. O hormônio liberador de gonadotrofina (TRH) do hipotálamo, controla a
secreção do hormônio na adeno hipófise, produzindo tireotrofina, o hormônio estimulador
da tireoide (TSH). Esse hormônio estimulador atua na glândula tireoide para promover a
síntese hormonal do T4 e T3. Os hormônios da tireoide geralmente atuam como um sinal de
retroalimentação negativa para evitar a hipersecreção. Nos adultos os hormônios da tireoide
promovem o substrato para o metabolismo oxidativo. Também são termogênicos e
aumentam o consumo de oxigênio na maioria dos tecidos. Nas crianças os hormônios da
tireoide são necessários para a expressão completa do hormônio do crescimento, são
essenciais para o crescimento e o desenvolvimento normais, principalmente do sistema
nervoso.
O hipertireoidismo é quando a glândula tireóide secreta hormônios em excesso, e esses
hormônios em excesso causam alterações no metabolismo, no sistema nervoso e no
coração. É quando o corpo produz anticorpos as imunoglobulinas estimuladoras da tireoide
(TSH). Esses anticorpos diminuem a ação do TSH por se ligarem aos receptores de TSH na
glândula tireoide e os atirarem. Causando bócio, a hipersecreção de T3 e T4. O
hipotireiodismo é frequentemente causado por uma deficiência de iodo na dieta. Sem o
iodo, a glândula da tireoide não é capaz de formar o T3 e T4. Baixos níveis desses
hormônios no sangue não são capazes de exercer retroalimentação negativa no hipotálamo
e na adeno hipófise. Quando a retroalimentação negativa não acontece, a secreção do TSH
aumenta muito, e o estímulo do TSH aumenta a glândula tireoide.
O cortisol é um hormônio esteróide secretado pelo córtex da glândula suprarrenal (que
localizam-se acima dos rins como pequenos chapéus) pela camada intermediária, a zona
fasciculada, que secreta principalmente glicocorticóides, que possuem habilidade em
aumentar as concentrações plasmáticas de glicose. O é o principal glicocorticóide
secretado pelo córtex da suprarenal. A via de controle da secreção de cortisol é conhecida
como eixo hipotálamo- hipófise-suprarrenal (HPA), que se inicia com o hormônio liberador
de corticotrofinas (CRH), que é secretado no sistema porta hipotálamo-hipofisário e
transportado até a adeno-hipófise. O CRH estimula a secreção do hormônio
adrenocorticotrófico (ACTH). O ACTH atua no córtex da glândula suprarrenal para
promover a síntese e a liberação de cortisol. Então o cortisol atua como um sinal de
retroalimentação negativa, inibindo a secreção de ACTH e CRH. A secreção do cortisol é
contínua e possui um forte ritmo diurno, o pico da secreção ocorre geralmente pela manhã e
diminui durante a noite, e também aumenta com o estresse. O cortisol é secretado
conforme a demanda necessária. Quando sintetizado, ele difunde-se das células
suprarrenais para o plasma, onde a maior parte deste hormônio é transportada por uma
proteína de transporte a globulina ligadora de corticosteróides (CBG, sintetizada no fígado).
O hormônio não ligado está livre para se difundir para dentro da maioria dos tecidos. E
todas as células nucleadas do corpo possuem receptores para glicocorticóides
citoplasmáticos. O hormônio receptor entra no núcleo, então liga-se ao DNA e altera a
expressão gênica, a transcrição e a tradução. Um dos efeitos metabólicos mais importantes
do cortisol é seu efeito protetor contra a hipoglicemia. Quando os níveis sanguíneos de
glicose diminuem, acontece a secreção do glucagon pancreático, promovendo a
glicogênese e a quebra de glicogênio, então o cortisol aumenta a concentração de glicose
no sangue.

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