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Definir corrente interferencial ( efeitos fisiológicos , parâmetros, indicações e contra indicação,

mecanismos de ação)

Livro Eletroterapia prática Baseada em Evidências de Sheila Kitchen

INTRODUÇÃO

A corrente interferencial (IC) foi desenvolvida na década de 1950 pelo Dr. Hans Nemec,
em Viena, e foi tornando-se cada vez mais popular no Reino Unido durante a década de
1970. A partir dessa definição observa-se que a IC é uma forma de estimulação elétrica
nervosa transcutânea.
É essencialmente uma corrente de média frequência de amplitude modulada em baixa
frequência, gerada pela mistura de duas correntes de média frequência ligeiramente
fora de fase. É uma forma de eletroterapia que atinge tecidos profundos por meio do
uso de frequência portadora em Kilohertz (kHz) com o objetivo de superar a
impedância elétrica oferecida pela pele. As correntes de média frequência são aquelas
que apresentam frequência entre 1 a 10 kHz e são frequentemente usadas na reabilitação.
A resistência capacitiva da pele é inversamente proporcional à frequência da corrente,
então se a resistência elétrica da pele é menor a corrente será mais profunda e confortável.
Quanto maior a frequência, mais eficiente o estímulo de nervos localizados mais
profundamente. Uma CA de 50 Hz encontra cerca de 3.000 ohms de resistência por 100
cm² de pele. Aumentando-se a frequência para 4.000 Hz, a resistência capacitiva da pele
cai para cerca de 40 ohms. Consequentemente, a EIF encontra menor resistência da pele
do que outras formas de estimulação com frequência baixa. Dentro dos tecidos, a
interferência entre as duas ondas reduz a frequência para um nível que produz efeitos
biológicos sobre os tecidos.
A CI é uma forma de tratamento simples e não invasiva, é muito utilizada para induzir
analgesia, estimular contração muscular e reduzir edemas. A partir dessa definição
observa-se que a IC é uma forma de estimulação elétrica nervosa transcutânea.

Livro Recursos Terapêuticos em Fisioterapia de Starkey

Unidades de estimulação interferencial (EIF) geram duas Correntes em dois canais


separados. Um canal produz uma onda senoidal constante e de alta frequência (4000 a
5.000 Hz) e o outro canal produz uma onda senoidal de frequência variável. De acordo
com a teoria, esses canais independentes se combinam para produzir uma onda de
interferência, que possui frequência de 1 a 100 Hz. (As correntes portadoras de frequência
média penetram nos tecidos com muito pouca resistência, ao passo que as correntes de
interferência resultantes encontram-se em uma faixa que permite a estimulação eficaz de
tecidos biológicos.

Para obter os efeitos combinados de duas formas de ondas separadas, devemos, em


primeiro lugar, compreender o efeito que uma série de ondas exerce sobre outra. Quando
duas ondas estão em fase perfeita - isto é, os comprimentos de onda são iguais e as
fases cruzam o valor de referência no mesmo ponto -, a amplitude da onda combinada é
igual à soma de suas duas partes. Esse efeito é chamado interferência construtiva, pois
as duas formas de onda constroem uma única onda maior.
O efeito oposto ocorre na interferência destrutiva. Nesse caso, duas formas de onda ficam
completamente fora de fase. O pico positivo da primeira forma de onda ocorre no mesmo
ponto do valor de referência horizontal do pico negativo da segunda onda. Quando essas
duas ondas se encontram, a amplitude de uma, cancela a da outra, resultando em uma
intensidade de onda igual a zero (Fig. 5-30).

Os geradores interferenciais combinam padrões de interferência construtiva e


destrutiva para formar um padrão de interferência contínua. Isso ocorre quando dois
circuitos apresentam frequências ligeiramente diferentes (+ 1 Hz). A forma de onda
resultante fica entre os padrões de interferência construtiva e destrutiva.

A taxa na qual a forma de onda resultante se altera é conhecida como padrão de


pulsação, que é a diferença da frequência entre os dois circuitos. Um canal tem uma
frequência fixa na faixa de 5.000 Hz e a frequência do segundo canal é variável.
Selecionando-se uma frequência de pulsação de 1 Hz, o segundo canal produz uma
corrente com frequência de 5.001 Hz. Se escolhermos uma frequência de pulsação de 100
Hz, a frequência do segundo canal aumenta para 5.100 Hz. A pulsação produzida pela EIF
origina respostas semelhantes às formas de onda produzidas pelas unidades de TENS,
porém, capaz de liberar uma corrente total maior nos tecidos (70 a 100 mA).

Efeitos Biofísicos

A estimulação interferencial é empregada para controlar a dor e para estimular


contrações musculares, a fim de aumentar o retorno venoso. Uma variação da EIF com
um ciclo de funcionamento sobreposto, é utilizada para reeducar o músculo e aumentar a
força muscular.

Controle da Dor

Os mecanismos de controle da dor são semelhantes aos verificados na TENS. Frequências


com pulsação elevada, cerca de 100 Hz, quando acompanhadas por estimulação no nível
sensorial, ativam o portão espinhal, inibindo a transmissão de impulsos nocivos.
Frequências com pulsação reduzida, de 2 a 10 Hz, quando combinadas com intensidades
de nível motor, iniciam a liberação de opiáceos e provocam uma redução da dor tipo
narcótico-símile. A estimulação de pontos de acupuntura, com freqüência de 2 Hz ou
100 Hz, causa uma mediação da dor em sítios de receptores específicos, ao passo que
uma freqüência de 30 Hz afeta uma variedade mais ampla de receptores, mas a redução da
dor tende a ocorrer em menor grau.
Postula-se, ainda, como efeito da corrente interferencial, redução da intensidade da dor por
aumento significativo do limiar de dor, podendo até mesmo causar bloqueio da condução
nervosa(4,9)

Estimulação Neuromuscular

Freqüências de pulsação média, de aproximadamente 15 Hz, podem ser empregadas para


redução de edema. Os retornos venoso e linfático podem aumentar com contrações
musculares. A EIF parece não elevar de forma significativa o fluxo sanguíneo na área
danificada.

PRINCÍPIOS FÍSICOS DA CORRENTE INTERFERENCIAL

Livro Eletroterapia prática Baseada em Evidências de Sheila Kitchen

A corrente IC é essencialmente uma corrente de frequência média (normalmente cerca de


4000 Hz) cuja amplitude aumenta e diminui rito micamente em baixa frequência (ajustável
entre 0 e 200-250 Hz). A IC é produzida mesclando duas correntes de média freqüência
que ficam levemente fora de fase, seja aplicando-as de modo que "interfiram" nos tecidos
ou de modo alternativo, mesclando-as dentro do estimulador antes da aplicação (corrente
"pré-modulada").
Uma corrente é normalmente de frequência fixa, por exemplo 4000 Hz, e a outra corrente é
ajustável, por exemplo entre 4000 e 4200 Hz. Teoricamente, as duas correntes se somam
ou se cancelam de maneira previsível, produzindo a "corrente interferencial" de amplitude
modulada resultante. A frequência da corrente resultante será igual à média das duas
correntes originais e variará em amplitude com uma frequência igual à diferença entre essas
duas correntes. Essa segunda frequência é conhecida como "frequência de amplitude
modulada" (AMF) ou "frequência de batida".

PARÂMETROS DE TRATAMENTO

Freqüência de amplitude modulada

A frequência de amplitude modulada (AMF) ou frequência de batida" tradicionalmente


considerada como sendo o componente efetivo da IC simulando as correntes de baixa
freqüência e criando a estimulação diferencial de nervos e certos tipos de tecidos.
A teoria da IC é que os componentes de frequência média, simplesmente agem como
correntes portadoras conduzindo a AMF de baixa frequência para dentro dos tecidos onde o
corpo deve ser capaz de demodulá-la. Os mecanismos dessa demodulação não foram
estabelecidos.
A sensação induzida pela estimulação IC se modifica com diferentes regulagens de AMF.
Baixas AMFs, por exemplo, provocam uma sensação de "batida" ou "percussão", enquanto
AMFs mais altas provocam uma sensação de "zumbido" ou "formigamento". Isso propõe
que os nervos sensoriais tenham alguma habilidade para distinguir entre diferentes
regulagens de AMF.

Varredura de freqüência (sweep)

Podemos fazer com que a FMA alterne ao longo de uma faixa estabelecida pela
manipulação do controle de freqüência varredura.
A varredura de frequência (sweep) é encontrada na maioria dos estimuladores de IC, em
que a AMF é alterada ao longo do tempo. A varredura pode ser ajustada entre duas
AMFS prefixadas, por exemplo entre 50 e 10 Hz. O padrão de mudança na frequência
pode também ser ajustado na maioria dos aparelhos. Por exemplo, pode ser ajustado para
aumentar e diminuir lentamente durante um período de 6 segundos (normalmente anotado
como 6 a 6) ou para dar um 1 segundo de estimulação em uma frequência e então
automaticamente mudar para outra frequência.
Os aparelhos interferenciais variam quanto à frequência de varredura disponível, mas a
faixa oscila entre 0 e 250 Hz. Neste caso, se colocarmos a FMA a 100 Hz e a frequência
de varredura de 10 Hz, irá resultar numa FMA que varia entre 100 e 110 Hz.
Alega-se também que a varredura de frequência permite a estimulação de uma faixa maior
de tecidos excitáveis estendendo o escopo dos efeitos de tratamento potenciais.

Intensidade da corrente

De acordo com a intensidade escolhida poderemos ter efeitos diferentes nos tecidos. Isto
relacionado com a estimulação seletiva dos tipos de nervos. É provável que os efeitos
sensitivos originem entre 4 e 10 mA, e as respostas motoras entre 8 e 15 mA, contudo estes
valores variam de acordo com a área do corpo a ser tratada, e para cada indivíduo em
particular.
À medida que a intensidade aumenta, o paciente sentirá um formigamento. Com uma
intensidade maior, ocorrerá uma contração muscular, e se a corrente for aplicada a uma
intensidade suficientemente elevada, o paciente poderá sentir desconforto, ou dor. A
maioria dos autores defende uma intensidade de corrente que produza uma sensação forte
porém confortável".
Por definição, a estimulação "forte porém confortável" deve ser determinada pelo relato do
indivíduo e não pelas regulagens da intensidade do pico de corrente. A intensidade deve ser
lentamente aumentada até que o paciente indique que a sensação almejada foi atingida. O
ajuste periódico da intensidade é recomendado para compensar qualquer adaptação.

ELETRODOS:
O método tradicional de aplicação da terapia interferencial utiliza-se quatro eletrodos,
para atender a dois circuitos. Os circuitos são dispostos perpendicularmente entre si, de
modo a fazer intercessão na área a ser estimulada. A corrente pode ser aplicada através de
eletrodos flexíveis fixados por fita adesiva ou por eletrodos a vácuo, que utilizam a
sucção para que o contato seja mantido. Em ambos os casos, há necessidade do uso de
esponjas embebidas em água.

INDICAÇÕES:
• Analgesia – funciona analogamente ao TENS
• Reparo dos tecidos e promoção da cicatrização
• Produção de contrações musculares
condições patológicas, como lombalgia, cervicalgia, dor miofascial, osteoartrite de joelho,
dor no pós-operatório de cirurgia de joelho, artrite psoriática, constipação intestinal,,
dismenorréia.
Na condição de lesão induzida, como a dor muscular decorrente dos
exercícios excêntricos.

CONTRA-INDICAÇÕES (São as mesmas para a TENS)

• Dor não-diagnosticada (a menos que seja recomendada por um profissional médico)


• Marcapassos (a menos que recomendada por um cardiologista)
• Doença cardíaca (a menos que recomendada por um cardiologista)
• Epilepsia (a menos que seja recomendada por um profissional médico)
• Gestação:
- primeiro trimestre (a menos que recomendada por um profissional médico)
- sobre o útero
• Região próxima aos olhos;
• Região da cabeça e da face.
Não aplique:
• sobre o seio carotídeo
• sobre pele danificada
• sobre pele disestésica
• Região da boca;

Livro de Starkey
Colocação do Eletrodo

Técnica Quadripolar

Os quatro eletrodos são posicionados ao redor da área dolorida, de forma que cada
canal corra perpendicular ao outro e que a corrente cruze o ponto médio. Os efeitos da
interferência ramificam-se em ângulos de 45° a partir do centro do tratamento, na forma de
um trevo de quatro folhas. Os tecidos dentro dessa área recebem o efeito máximo do
tratamento. (Quando os eletrodos são posicionados de forma correta, a estimulação deve
ser sentida apenas entre os eletrodos, não embaixo deles)

Colocação Bipolar do Eletrodo

Quando se aplica a EIF com a técnica bipolar, a mistura dos dois canais ocorre dentro
do gerador, e não nos tecidos. São utilizados dois canais dentro do gerador, com um
único canal de saída aplicado aos tecidos. A EIF bipolar gera uma mistura mais precisa,
embora não penetre nos tecidos a uma profundidade tão grande quanto a aplicação
quadripolar.
Quando as contrações musculares são o objetivo da sessão de tratamento, tanto com EIF,
utilizam-se as colocações bipolares do eletrodo. Quando o alvo dos efeitos for um músculo,
ou grupo muscular específico, utiliza-se apenas um canal. Quatro eletrodos são
incorporados ao canal duplo, isto é, o regime de tratamento agonista-antagonista.

VENANCIO, ROBERTA CEILA. EFEITO DA FREQUÊNCIA PORTADORA DA CORRENTE


INTERFERENCIAL NO LIMIAR DE DOR POR PRESSÃO E NO CONFORTO SENSORIAL.
MECANISMO DE AÇÃO. Universidade cidade de São Paulo, 2012

A teoria mais popular do mecanismo de ação da CI é a teoria das comportas medulares


de dor. Esta teoria propõe que a estimulação das fibras aferentes de grande diâmetro
(Aβ) ativa circuitos locais inibitórios dos núcleos dorsais no corno dorsal da medula espinal
e, consequentemente, previne que os impulsos de dor transportados por fibras de pequeno
diâmetro (C e Aδ) alcancem os centros superiores.
Diferenciar corrente interferencial e tens.

ROCHA, Clarice Sperotto dos Santos; VAZ, Marco Aurelio. Efeitos do uso da corrente interferencial
no tratamento da dor decorrente de microlesão induzida por exercício excêntrico nos músculos
flexores e extensores do joelho em humanos. 2012. ufrgs
.
A corrente interferencial difere-se das demais correntes elétricas analgésicas como o TENS,
por exemplo, por ser uma corrente de média frequência modulada e, portanto, pode
atingir maior profundidade de ação. Observou-se que a IC e a TENS tinham efeitos
diferentes sobre a dor induzida pelo frio, com a TENS aumentando o limiar porém não
alterando as pontuações de intensidade da dor e a IC diminuindo as pontuações de
intensidade mas não afetando o limiar.

Forma de Onda:
● A CI utiliza duas correntes alternadas de média frequência que se cruzam no
tecido alvo. Essas correntes se interferem, criando um padrão de
interferência que estimula os tecidos.
● A TENS usa correntes de baixa frequência e é aplicada diretamente na
superfície da pele através de eletrodos.
Objetivo Principal:
● Redução da dor, relaxamento muscular, aumento do fluxo sanguíneo e
promoção da cicatrização de tecidos. Já a TENS Alívio da dor aguda ou
crônica por meio do bloqueio do estímulo doloroso e da liberação de
endorfinas (analgésicos naturais do corpo).
Aplicação:
● É aplicada geralmente em áreas maiores do corpo, usando eletrodos
posicionados em pontos estratégicos para criar o efeito de interferência.
● Já a TENS ode ser aplicada em áreas específicas onde a dor está localizada.
Existem modos variados de TENS, como convencional, de baixa frequência
ou de alta frequência, cada um com objetivos diferentes.

Explicar corrente russa (efeitos fisiológicos , parâmetros, indicações e contra indicação, mecanismos

de ação)
Livro Modalidades Terapêuticas Para fisioterapeutas

Esta classe de geradores de corrente foi desenvolvida no Canadá e nos Estados Unidos
após o cientista russo Yadou M. Kots tê-los apresentado em um seminário sobre o uso de
estimuladores elétricos para aumentar o ganho de força. Os estimuladores desenvolvidos
após essa apresentação foram chamados de geradores de corrente russa. Esses
estimuladores evoluíram e, no presente, liberam uma forma de onda pulsada bifásica de
frequência média (2.000 a 10.000 Hz). O pulso pode variar de 50 a 250 microssegundos;
a duração da fase será a metade da duração do pulso, ou 25 a 125 microssegundos. À
medida que a frequência do pulso aumenta, a duração do pulso diminui.
Os protocolos de eletroestimulação de Kots foram aplicados nos atletas olímpicos russos
como método auxiliar dos programas tradicionais de treinamento nas Olimpíadas de
Montreal em 1976. Kots defendia que a contração muscular induzida por
eletroestimulação aumentava o recrutamento das unidades motoras. Assim, se todas
as unidades motoras fossem recrutadas, o músculo poderia contrair- se ao máximo de sua
capacidade e, com sessões repetidas, poderia aumentar sua capacidade de
desenvolvimento da tensão, ou seja, do fortalecimento. Estes eletroestimuladores
desenvolvidos após os resultados positivos de Kots foram denominados de corrente russa.

Corrente russa é uma corrente alternada. Trata-se de um trem de impulsos de


correntes senoidais, bipolar, simétrica, de média frequência (2.500Hz) modulada por
uma onda que pode variar de 50 a 80Hz. Estes parâmetros criam um trem de pulsos (burst)
com duração de 10 milissegundos, com intervalos também de 10 milissegundos, que é
composto pelo tempo de subida, tempo de contração (tempo on), tempo de descida e
repouso (tempo off). Trata-se de uma corrente despolarizada, pois não apresenta pólos
definidos, sendo assim, não ocorre deslocamento de íons, podendo ser utilizada por mais
tempo. Além disso, é um tipo de corrente seletiva, pois podemos trabalhar tanto unidades
motoras tônicas (fibras musculares vermelhas ou do tipo I) quanto unidades motoras fásicas
(fibras musculares brancas ou do tipo II), dependendo da frequência utilizada.

É capaz de produzir níveis de contração mais profundos sendo mais indicada quando se
tem a inervação muscular preservada. Ela faz com que quase todas as unidades motoras
do músculo se contraiam de forma sincronizada, o que não ocorre na contração voluntária.
Isso permite a ocorrência de contrações musculares mais fortes com a estimulação elétrica
e, portanto, maior ganho de força acompanhado de hipertrofia muscular.

Muito usada para prevenir e tratar a flacidez. Esta consiste de forma alternada de
2.500Hz, utilizada como uma série de disparos separados, com o objetivo de fornecer a
potencialização muscular intensa diminuindo assim ao extremo a percepção sensitiva do
paciente. A fisioterapia dermato-funcional vem utilizando a corrente russa para
tratamentos estéticos, como flacidez muscular, celulite e modelagem corporal, sendo o
maior objetivo proporcionar o fortalecimento e hipertrofia muscular, melhorando a circulação
linfática e sanguínea.

Livro Modalidades Terapêuticas Para fisioterapeutas

A corrente russa produz duas formas de onda básicas: uma onda senoidal e um ciclo de
onda quadrado com intervalo interpulso fixo. A onda senoidal é produzida em modo burst
que possui 50% do tempo ligado/desligado. Para se obter o mesmo efeito de estimulação à
medida que a duração do estímulo diminua, a intensidade deverá ser aumentada. A
intensidade associada a essa duração de corrente poderia ser considerada dolorosa.

Para se tornar esta intensidade de corrente tolerável, ela é gerada em envelopes de 50


bursts por segundo com um intervalo inter burst de 10 milissegundos. Isto reduz um pouco
a corrente total, mas permite o suficiente de um pico de intensidade de corrente para se
estimular muito bem o músculo.
Quando gerada com o efeito burst, a corrente total diminui. Isto permite que o paciente
tolere uma intensidade de corrente maior.
O outro fator que afeta o conforto do paciente é o efeito que a frequência terá sobre a
impedância do tecido. Correntes de frequência mais altas reduzem a resistência ao fluxo
de corrente, tornando novamente esse tipo de forma de onda confortável o suficiente para
que o paciente possa tolerar intensidades mais altas. À medida que a intensidade aumenta,
mais nervos motores são estimulados, aumentando a magnitude da contração. Como ela é
uma corrente bifásica de oscilação rápida, tão logo o nervo se repolarize, ela será
novamente estimulada, produzindo-se uma corrente que somará maximamente à contração
muscular.

MECANISMO DE AÇÃO

A corrente russa estimula os motoneurônios da região periférica, promovendo a contração


muscular local repetitiva em sua potência máxima, atuando sobre a musculatura profunda e
superficial (recrutando um número bem maior de fibras musculares), melhorando a
circulação e nutrição sanguínea desses músculos.

Emissão da corrente

Modo Contínuo: não existe tempo OFF utilizado para analgesia.


Modo Recíproco: canais alternados, com ajuste ON-OFF para promover a estimulação da
musculatura agonista e antagonista de um membro reciprocamente (quando um canal está
ON o outro está OFF).
Modo Sincrônico: estabelecidos ON-OFF, para estimulação de músculos grupos
musculares isolados.
Modo Sequencial: tempo ON-OFF iguais, utilizado especialmente para drenagem linfática
(juntamente com postura de drenagem).

Fibras musculares e como estimular


Tônicas, intermediárias e fásicas.
Tipo I, tipo IIa e tipo IIb
Vermelhas e brancas

Fibras tônicas: 20Hz e 30Hz


Fibras Fásicas: 50Hz a 150Hz

EFEITOS FISIOLÓGICOS
» Contrações musculares, que estimulam o exercício ativo;
» Aumento do recrutamento das fibras musculares. Ao realizar o estímulo, a corrente
recruta um número maior de fibras musculares, o que difere do movimento normal ativo,
que pode recrutar as fibras em menor quantidade;
» Regulação do tônus;
» Aumento da produção de endorfina, o corpo pode responder com o aumento de endorfina
através da eletroestimulação;
» Estimulação circulatória por “ação de bombeamento” na contração muscular;
» O relaxamento do espasmo;
» Melhoria da resposta reticuloendotelial para facilitar a remoção dos resíduos

Indicações
● Fortalecimento muscular;
● Relaxamento muscular;
● Drenagem de edemas;
● Controle da dor aguda e crônica;
● Recuperação de tônus muscular;
● Fortalecimento de esfíncter externo.
● Melhorar a flacidez muscular
Contra-indicações
● Fraturas não consolidadas;
● Lesões musculares, tendinosas e ligamentares;
● Inflamações articulares em fase aguda;
● Miopatias com denervação;
● Espasticidade (exceto em casos para treinos funcionais)

Parâmetros
● Frequência portadora: 2500Hz
● Frequência de modulação: 10 a 150Hz
● Intensidade: 0 a 150mA
● Tempo ON: 1 a 30seg
● Tempo OFF: 1 a 30seg

Definir o FES ( efeitos fisiológicos , parâmetros, indicações e contra indicação, mecanismos de

ação)
CECATTO, Rebeca Boltes; CHADI, Gerson. A estimulação elétrica funcional (FES) e a plasticidade
do sistema nervoso central: revisão histórica. Acta Fisiatra. São Paulo, v. 19, n. 4, 2012.

A FES (FUNCTIONAL ELECTRICAL STIMULATION), faz parte das correntes elétricas de


baixa frequência, a fim de promover contração muscular induzida. O nome FES é
basicamente comercial, na verdade o termo mais correto é a Estimulação Elétrica
Neuromuscular e Muscular (EENM).
Nos pacientes imobilizados a FES pode ajudar a retardar e tratar as hipotrofias por desuso,
a manter ou ganhar a amplitude de movimento articular e combater as contraturas,
reduzindo assim o tempo de recuperação funcional do indivíduo. Nos hemiplégicos e
lesados medulares, um programa de estimulação elétrica neuromuscular diário, pode ajudar
a minimizar a degeneração neuronal e muscular, contribuindo com a facilitação
neuromuscular ou auxiliando no controle da espasticidade.

Livro Modalidades Terapêuticas Para fisioterapeutas

FES emprega estimuladores elétricos de canal múltiplo controlada por um


microprocessador para recrutar músculos em uma sequência sinergística programada que
permitirá ao paciente executar um padrão de movimento funcional específico.
Desde a metade da década de 1980, os pesquisadores têm experimentado a utilização de
correntes elétricas controladas por computador que estimulam o sistema nervoso periférico
para fins de se fornecer auxílio dinâmico em atividades funcionais como caminhar ou função
da extremidade superior. Utilizada primariamente em pacientes que sofrem de lesão na
medula espinal ou com acidente vascular encefálico (AVE).

Atualmente, a maioria dos programas de FES está limitada ao uso de eletrodos de


superfície que são difíceis de se aderir à pele e manter o posicionamento no ponto de
estímulo apropriado. Para a FES ser útil ao paciente em uma base diária, os eletrodos e,
possivelmente, o próprio estimulador precisarão ser implantados diretamente no
músculo ou sobre o nervo.

Os sistemas de controle por computador existentes para a FES precisam usar uma
sequência de ativação pré-estabelecida que permitirá ao paciente executar uma tarefa
específica, ou deve haver algum tipo de feedback proveniente dos sistemas
neuromusculares estimulados de modo que o computador possa fazer as correções de
movimento apropriadas para se garantir a segurança do paciente.

Embora os microprocessadores de microcanais possam ser pré-programados para realizar


uma série de padrões de movimento específicos, a ativação desses programas representa
outro obstáculo para o desenvolvimento dos sistemas FES. Pedais e interruptores de
muleta podem potencialmente ser utilizados para se evocar uma resposta desejada, embora
haja limitações quanto ao número de interruptores que um paciente com AVE ou problema
na medula espinal possa realmente utilizar.
Alguns dos dispositivos de controle da extremidade superior têm usado movimentos do
ombro contralateral para se evocar uma resposta.
Comandos verbais reconhecidos pelo computador também foram utilizados para se
controlar o estímulo do músculo em várias tarefas funcionais.

Características Corrente:

Existem dois tipos de corrente: corrente direta (CD) e corrente alternada (CA). A CD é
aquela em que o fluxo de elétrons segue em apenas uma direção. Essa corrente pode ser
constante ou contínua, mas não variável. A CA é aquela na qual a corrente flui primeiro em
uma direção e depois em outra.
Amplitude: Os valores de saída para o pulso são expressos em miliamperes (mA) ou Volts
(V).
Forma de onda: Um estímulo pode ser simples, um único pulso, ou um trem de pulsos ou
uma série de pulsos. Um pulso é uma saída súbita de curta duração de voltagem ou
corrente a partir de um valor constante.
Duração do pulso: Também conhecido como largura de pulso, é definida como o tempo
que leva para o valor instantâneo de um pulso subir e descer até a fração especificada do
valor de pico.
Frequência: É o tempo de início de um pulso e o início do pulso seguinte, é dada em Hz.
Também é na verdade a frequência de repetição de pulso. Frequência de pulso é
particularmente importante quando o objetivo é a estimulação muscular. Uma razão é que
ela afeta o tipo de contração muscular e o nível de força produzida quando nervos motores
são estimulados.
Um único pulso por segundo (1Hz) produz uma resposta de contração isolada, visto que há
tempo suficiente entre os estímulos para que o músculo relaxe. Se a frequência for maior
que alguns Hz, as fibras musculares não têm tempo para relaxar completamente entre os
pulsos. Cada contração sucessiva ocorre ao final da anterior e a força de pico é maior. Com
um aumento adicional na frequência fica mais difícil distinguir os efeitos de estímulos
individuais.

MECANISMO DE AÇÃO

O princípio neurofisiológico é gerar potenciais de ações artificiais em neurônios


motores com o objetivo de se obter contração muscular usando estimulação elétrica
externa. Para ocorrer a contração, os potenciais de ações artificiais (intensidade de
corrente) devem ter características próximas aos níveis fisiológicos do tecido a ser
estimulado.
A contração muscular pode ocorrer das seguintes formas: por uma estimulação elétrica
momentânea do nervo muscular ou por algum estímulo elétrico.
Segundo Ferreira (2005), quando a contração muscular incide por uma estimulação
momentânea, ocorre o acionamento das fibras musculares, fazendo com que estas se
encurtem ocasionadas pelo aumento do cálcio. Com esse aumento, ocorre uma interação
entre as proteínas contráteis (miosina e actina) pertencentes aos filamentos grossos e finos
dispostos nas miofibrilas que compõem as fibras musculares. Essa interação promove o
deslizamento da actina sobre os filamentos grossos, gerando o encurtamento dos
sarcômeros que são as unidades.

Na FES as contrações musculares evocadas são obtidas através de envelopes de pulsos


elétricos de pequena duração aplicados sob frequência controlada, que despolarizam
as fibras nervosas da placa motora que, por sua vez, são mais excitáveis que as fibras
musculares. Tais envelopes de pulsos elétricos duram poucos segundos, podendo-se obter
contrações em condições biológicas com baixo risco de desconforto ou queimaduras e que
se aproximam muito da contração muscular fisiológica.
Em doentes com lesões do SNC sem sinapses ativas entre os neurônios do córtex motor
primário e os motoneurônios α que atuam na contração muscular eferente, a corrente
elétrica liberada pelo eletrodo da FES ativa diretamente a fibra neural da terminação
nervosa da placa motora, produzindo sua despolarização e a consequente contração
muscular, movimentação articular e substituição da função comprometida pela lesão.

EFEITOS FISIOLÓGICOS

Desde meados de 1960, a FES tem sido utilizada com o intuito primordial de manutenção
do trofismo e hipertrofia muscular, Desde os anos 1960, sabe-se também que,
classicamente, as fibras musculares são capazes de se hipertrofiar em resposta à
estimulação elétrica. A contração muscular fisiológica envolve uma série de eventos
desencadeados pela ativação do motoneurônio α.
Com a despolarização, o potencial de ação se propaga pelo axônio até a sinapse da junção
neuromuscular, liberando a acetilcolina na fenda sináptica. Esta se liga aos receptores pós
sinápticos, causando a despolarização e eventos intracelulares que culminam na contração,
força e consequente movimento muscular e articular.

Estimula as vias sensitivas


FES também estimula as vias sensitivas, o que já foi demonstrado ser um fator auxiliar na
melhora clínica motora e nas alterações corticais encontradas nestes doentes. A FES agiria,
no mínimo, como um estímulo ao córtex sensorial e associativo que, por sua vez,
interagindo com o motor, auxiliaria este último no aprendizado das novas tarefas.
Infelizmente, estudos na literatura sobre a atuação da FES nos diferentes tipos histológicos
corticais são ainda incipientes.

Contração Muscular

A capacidade de ativar as fibras nervosas por estimulação ortodrômica e antidrômica. O


impulso ortodrômico da FES ativa diretamente as fibras nervosas motoras, despolariza a
membrana nervosa na junção neuromuscular e acarreta uma contração do músculo para
compensar a fraqueza muscular, produzindo movimento e consequente ativação dos
receptores periféricos sensoriais articulares e musculares.
Já o impulso antidrômico alcança e ativa repetidamente as células da medula espinhal de
modo previsível, de frequência alta e com uma relação temporal direta com a contração
muscular periférica induzida pelo impulso ortodrômico. O referido impulso antidrômico
backfired é seguido por aferências sensoriais periféricas produzidas pela contração motora
involuntária coincidente, alcançada pela FES na periferia.
Estão presentes, portanto, a estimulação das vias motoras e das vias sensitivas, que
apresentam uma relação temporal consecutiva na ativação do corno medular. Portanto, as
sinapses da medula espinhal estariam sujeitas a se modificar pelo mecanismo adaptativo
hebbiano de potenciação de longa duração (LTP).

PARÂMETROS DA FES:

• Intensidade: será ajustada de acordo com os objetivos.


• Freqüência: variável de 5 Hz a 200 Hz
• Duração do pulso ou largura do pulso: variável de 50 useg a 400 useg.
• Tempo de subida (RIZE): é o tempo de subida do pulso, variável de 1 a 10 segundos.
Regula a velocidade de contração, ou seja, o tempo desde o começo até a máxima
contração muscular. Tempos altos produzem uma lenta mas gradual contração, enquanto
tempos pequenos produzem uma contração repentina (súbita).
• Tempo de descida (DECAY): é o tempo de descida do pulso, também de 1 a 10
segundos. Regula a velocidade com que a contração diminui, ou seja, o tempo desde a
máxima contração até o relaxamento muscular. Tempos altos produzem relaxamento lento
e tempos baixos produzem relaxamentos repentino ( súbito).
• Ciclo on: tempo de máxima contração muscular variável de 0 a 30 segundos. Regula o
tempo em que a corrente circula pelo eletrodo durante cada ciclo de estimulação.
• Ciclo off: tempo de repouso da contração muscular, variável de 0 a 60 segundos. Regula
o tempo em que a corrente não circula pelos eletrodos.
• Sincronizado: os dois canais funcionam ao mesmo tempo no tempo “on” e “off”
selecionados.
• Recíproco: os canais funcionam alternadamente, enquanto um está no ciclo “on” , o outro
está no ciclo “off”.

Estimula os 2 tipos de fibras musculares:

•30-40Hz – fibras tônicas (I–inervadas por pnos MN)


•60-80Hz – fibras fásicas (II – inervadas por gdes MN)
•100-150Hz – potencialização muscular -2a10 Hz aquecimento muscular (↑circulação).

COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS:


O tipo de eletrodo utilizado é o de silicone impregnado de carbono. O tamanho do
eletrodo vai depender do tamanho do músculo a ser estimulado e da intensidade da
contração a ser promovida.
Eletrodos pequenos são utilizados na estimulação de pequenos músculos de forma isolada.
Eletrodos maiores são usados para músculos maiores ou grupos musculares, ou para que
funcionem como terminais dispersivos.
Pode-se realizar a técnica monopolar com o eletrodo menor em cima do ponto motor do
músculo a ser estimulado; ou a técnica bipolar onde os eletrodos são dispostos em ambos
os lados do ventre muscular. Em ambas as técnicas é preciso utilizar um gel
eletrocondutor.

CECATTO, Rebeca Boltes; CHADI, Gerson. A estimulação elétrica funcional (FES) e a plasticidade
do sistema nervoso central: revisão histórica. Acta Fisiatra. São Paulo, v. 19, n. 4, 2012.

INDICAÇÕES
● Facilitação Neuromuscular;
● Como Substituição Órtica;
● Controle da espasticidade;
● Paraplegias, parapesias (hemiplegias, lesão medular etc);
● Hipotrofia por desuso;
● Esclerose múltipla.
● Fortalecimento muscular;
● Ganhar ou manter a amplitude de movimento articular;
● Controlar contraturas
● Escoliose idiopática;
● Subluxação de ombro.

» Diminuir a espasticidade: efeito antiespástico;


» Melhorar o trofismo muscular;
» Fortalecer as fibras musculares;
» A FES pode ser usada para induzir contração em um músculo desnervado para, por
exemplo, coordenar movimentos como caminhar ou agarrar objetos apenas pela ativação
de pontos do neurônio motor. Um dos prérequisitos para o uso da FES é que o neurônio
motor secundário não esteja lesionado porque o nervo é mais facilmente estimulado do que
fibras musculares;

CONTRA-INDICAÇÕES
● Lesões nervosas periféricas;
● Inflamações articulares em fase aguda;
● Espasticidade grave;
● Eixo do marcapasso; a corrente pode interferir com a atividade do marcapasso e
pode levar à assistolia ou à fibrilação ventricular.
● Miopatias que impedem a contração muscular;
● Denervação.
● Disritmia cardíaca;
● Olhos;
● Mucosas;
● Útero grávido
● Cânceres e tumores;
● Hemorragia ativa;
● Tromboflebite, flebite e embolias; por causa do risco de embolia de liberação; em
áreas de tecido adiposo excessivo, como em pacientes obesos, devido aos níveis de
estimulação requeridos para ativar o músculo em tais pacientes levarem a reações
autônomas adversas.
● Ruptura tissulares recentes;
● Cuidado ao aplicar em nervos que tem funções fisiológicas, como frênico ou do
esfíncter.
● Parkinson;

FATORES QUE INTERFEREM COM A ESTIMULAÇÃO


• Obesidade;
• Presença de neuropatias periféricas;
• Distúrbios sensoriais importantes;
• A aceitação do paciente;
• A segurança do terapeuta em realizar as técnicas.

As precauções e contra-indicações do uso da FES incluem:


- sobre a região torácica, porque a corrente pode interferir com a função dos órgãos vitais
internos, incluindo o coração; complicações nas funções cardíacas, pulmonares e
circulatórias;
- em pacientes que são incapazes de fornecer feedback claro com relação ao nível de
estimulação, tais como crianças, pacientes idosos ou indivíduos com distúrbios mentais.

Diferenciar FES e corrente russa

A corrente russa e a FES (Estimulação Elétrica Funcional) são técnicas de estimulação


elétrica utilizadas em fisioterapia. A corrente russa é geralmente aplicada para
fortalecimento muscular, enquanto a FES é mais ampla, sendo usada para restaurar
funções motoras, como em casos de paralisia. A FES pode também ser aplicada para
promover a contração muscular em indivíduos com lesões neuromusculares. Em resumo,
enquanto a corrente russa foca no fortalecimento muscular, a FES é mais abrangente,
visando a restauração de funções motoras.

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