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SONOPHASYS
Fisioterapia
23.07.2018
Revisão 02
INTRODUÇÃO
Programando as correntes
TENS Simétrica
TENS Assimétrica Alternada
TENS Assimétrica
BURST Simétrico
BURST Assimétrico Alternado
BURST Assimétrico
Corrente Russa
BMAC
BMAC motora
BMAC Sensorial
Interferencial Bipolar
Diadinâmicas de Bernard
o DF (difásica fixa)
o MF (monofásica fixa)
o CP (curto período)
o LP (longo período)
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o CPid (curto período isodinâmica)
Corrente Galvânica
Ultra Excitante de Trabert
Eletrolipólise
Micro-corrente
Contra Indicações:
Sensibilidade cutânea diminuída
Marca Passo
Gestantes
Alergias
Seios carotídeos
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TENS
ASSIMÉTRICA TENS
ASSIMÉTRICA ALTERNADA TENS SIMÉTRICA
Frequência: 1 a 200 Hz (acima de 100 Hz dor aguda e abaixo de 100Hz para dor
crônica).
Modo / variação:
o Parâmetro fixo / Ciclo contínuo: Neste modo a corrente funcionará o tempo todo com
os parâmetros selecionados.
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o VFP (variação da frequência do pulso)
o VIF (variação da intensidade e frequência do pulso)
o VLF (variação da largura e frequência do pulso)
Ciclo:
O ciclo é o tempo em que ocorrerá a variação selecionada no parâmetro anterior, e as
opções são as seguintes:
o 1:1s
o 1:5:1s
o 6:6s
Tempo: 30 minutos.
Frequência: 1 a 200 Hz (acima de 100 Hz, dor aguda e abaixo de 100 Hz para dor
crônica).
Tempo: 30 minutos.
Ao iniciar a aplicação, a dose (intensidade da corrente) deve ser ajustada até a tolerância do
paciente.
CORRENTE RUSSA
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músculos estruturais. Poucos estudos estavam disponíveis sobre o uso de estimulação
elétrica para ativar nervos e normalmente eles eram sobre músculos inervados via o nervo
periférico. Um interesse renovado nos efeitos da estimulação nervosa em músculos
normalmente inervados (estimulação elétrica neuromuscular, NMES) gradualmente se
desenvolveu com o ressurgimento do uso de estimulação elétrica para controle de dor e o
desenvolvimento de tipos estimuladores mais novos e sofisticados.
O amplo interesse em NMES só ocorreu em meados da década de setenta. Em 1976
nos Jogos Olímpicos de Montreal, os atletas soviéticos foram observados fazendo uso de
NMES em conjunto com exercícios voluntários como uma técnica de treinamento para
fortalecimento. Em 1977 o pesquisador russo Kots, que desenvolvera a técnica de
estimulação, relatou que NMES poderia produzir ganhos de força muscular em atletas de
elite que eram de 30 a 40% maiores que aqueles obtidos apenas através de exercícios.
Estes ganhos de força dramáticos foram alcançados pela execução de contrações
musculares de 10 a 30% maiores que aquelas alcançadas com uma contração muscular
voluntária máxima. Pesquisadores ocidentais rapidamente reconheceram o potencial de tal
técnica e logo iniciaram estudos destinados a verificar os relatos de Kots.
Embora os resultados dos estudos ocidentais não tenham confirmado todos os
achados originais de Kots, eles forneceram suporte à informação que NMES pode fortalecer
músculos normalmente inervados.
Estática Dinâmica
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Fibras musculares vermelhas Fibras musculares brancas
Prog. Amplitude:
o Contínuo
o 1s/5s/1s/5s Síncrono (todos os canais emitem a corrente de maneira simultânea)
o 1s/15s/1s/5s Síncrono
o 1s/30s/1s/15s Síncrono
o 3s/15s/3s/15s Síncrono
o 3s/25s/3s/15s Síncrono
o 3s/35s/3s/15s Síncrono
o 3s/45s/3s/15s Síncrono
o 1s/5s/1s/5s Recíproco (um canal emite a corrente no intervalo do outro)
o 1s/15s/1s/5s Recíproco
o 1s/30s/1s/15s Recíproco
o 3s/15s/3s/15s Recíproco
o 3s/25s/3s/15s Recíproco
o 3s/35s/3s/15s Recíproco
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o 3s/45s/3s/15s Recíproco
Ao iniciar a aplicação, a dose (intensidade da corrente) deve ser ajustada até a tolerância
do paciente e ou até observar contração muscular.
Parâmetros da BMAC:
Frequência portadora: 1000 Hz, 2000 Hz e 2500 Hz (indicadas para fortalecimento
muscular); 4000 Hz e 8000 Hz (indicadas para analgesia e relaxamento muscular).
Dentro do tempo escolhido de Eutrophic haverá a emissão da frequência de 100, 80, 60,
40 e 20 Hz que irá se alternando com a frequência de modulação escolhida. Este sistema
visa melhorar o desempenho no recrutamento das unidades motoras tônicas e fásicas.
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Prog. Amplitude:
o Contínuo
o 1s/5s/1s/5s Síncrono (todos os canais emitem a corrente de maneira simultânea)
o 1s/15s/1s/5s Síncrono
o 1s/30s/1s/15s Síncrono
o 3s/15s/3s/15s Síncrono
o 3s/25s/3s/15s Síncrono
o 3s/35s/3s/15s Síncrono
o 3s/45s/3s/15s Síncrono
o 1s/5s/1s/5s Recíproco (um canal emite a corrente no intervalo do outro)
o 1s/15s/1s/5s Recíproco
o 1s/30s/1s/15s Recíproco
o 3s/15s/3s/15s Recíproco
o 3s/25s/3s/15s Recíproco
o 3s/35s/3s/15s Recíproco
o 3s/45s/3s/15s Recíproco
Ao iniciar a aplicação, a dose (intensidade da corrente) deve ser ajustada até a tolerância
do paciente.
BMAC Motora
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DC Ciclo ativo: 2 ms (fixo)
Prog. Amplitude:
o Contínuo
o 1s/5s/1s/5s Síncrono (todos os canais emitem a corrente de maneira simultânea)
o 1s/15s/1s/5s Síncrono
o 1s/30s/1s/15s Síncrono
o 3s/15s/3s/15s Síncrono
o 3s/25s/3s/15s Síncrono
o 3s/35s/3s/15s Síncrono
o 3s/45s/3s/15s Síncrono
o 1s/5s/1s/5s Recíproco (um canal emite a corrente no intervalo do outro)
o 1s/15s/1s/5s Recíproco
o 1s/30s/1s/15s Recíproco
o 3s/15s/3s/15s Recíproco
o 3s/25s/3s/15s Recíproco
o 3s/35s/3s/15s Recíproco
o 3s/45s/3s/15s Recíproco
Ao iniciar a aplicação, a dose (intensidade da corrente) deve ser ajustada até a tolerância
do paciente e/ ou até observar contração muscular.
BMAC Sensorial
A BMAC sensorial ativa as fibras nervosas sensitivas Aβ (fibras grossas) com o mínimo
de ativação das fibras AD e C (fibras finas-dor). Atuando através da “teoria das comportas”
são liberados opióides endógenos (ex: endorfina, serotonina) que modulam a dor, agindo
como neurotransmissores inibitórios, diminuindo ou suprimindo a percepção da dor.
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Para o estímulo sensorial, essa corrente utiliza frequência portadora de 4000 Hz
combinada com Bursts de duração de 4 ms. Pesquisas atuais apontam que correntes
elétricas com esta característica são as melhores para minimizar o desconforto durante
estimulações sensoriais.
Prog. de amplitude:
o Contínuo
o 1s/5s/1s/5s Síncrono (todos os canais emitem a corrente de maneira simultânea)
o 1s/15s/1s/5s Síncrono
o 1s/30s/1s/15s Síncrono
o 3s/15s/3s/15s Síncrono
o 3s/25s/3s/15s Síncrono
o 3s/35s/3s/15s Síncrono
o 3s/45s/3s/15s Síncrono
o 1s/5s/1s/5s Recíproco (um canal emite a corrente no intervalo do outro)
o 1s/15s/1s/5s Recíproco
o 1s/30s/1s/15s Recíproco
o 3s/15s/3s/15s Recíproco
o 3s/25s/3s/15s Recíproco
o 3s/35s/3s/15s Recíproco
o 3s/45s/3s/15s Recíproco
Tempo: 20 a 30 minutos.
Ao iniciar a aplicação, a dose (intensidade da corrente) deve ser ajustada até a tolerância
do paciente.
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CORRENTE INTERFERENCIAL VETORIAL (CIV) Bipolar
Com este tipo de estímulo da eletroterapia, podemos ativar de forma seletiva as fibras
nervosas aferentes mielinizadas (fibras nervosas grossas) originando:
Diminuição da dor;
Normalização do balanço neurovegetativo, com relaxamento e melhoria da circulação.
A estimulação das fibras nervosas aferentes grossas tem um efeito inibidor ou
bloqueante sobre a atividade das fibras finas (amielínicas), e em consequência a sensação
de dor diminui ou desaparece por completo.
Os efeitos resultantes da estimulação das fibras nervosas grossas são explicados pela
teoria das comportas.
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Acomodação
O sistema nervoso se acomoda com o tipo de estímulo e o paciente relata que a
corrente diminuiu de intensidade (acomodação). Isto ocorre, pois os receptores estimulados
passam informações sobre as trocas externas num grau cada vez menor (esgotamento de
neurotransmissores da fibra específica). Para evitar a acomodação pode-se aumentar a
intensidade ou variar a frequência da corrente.
Delta F ciclo (slope): 1:1 s (casos crônicos); 1:5:1 s (casos subagudos) e 6:6 s
(casos agudos).
Tempo: 15 a 20 minutos.
Ao iniciar a aplicação, a dose (intensidade da corrente) deve ser ajustada até a tolerância
do paciente.
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CORRENTES DIADINÂMICAS DE BERNARD
É uma corrente alternada retificada monofásica fixa (MF) ou difásica fixa (DF). Esta
corrente alternada deriva diretamente da corrente da rede, criando impulsos senoidais com
uma duração de 10ms. A duração da fase de 10ms causará despolarização em todas as
fibras grossas. As fibras finas somente podem ser estimuladas em uma amplitude muito
elevada.
Indicada para tratamento inicial antes da aplicação de outra corrente assim como para
tratamento de transtornos circulatórios funcionais periféricos.
Indicada no tratamento de dores que não tenham origem espasmódica, com previa
aplicação da forma de corrente DF.
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Corrente Curto Período (CP)
Tem uma ação similar à CP, onde são acrescidos mais 10% na intensidade da
corrente na fase de 100hz (fase DF), isto faz com que a ação da corrente seja mais
equilibrada, tornando-se mais vigorosa e intensa.
Parâmetros CDB:
Polo eletrodos: Vermelho (+) Preto (-); Vermeho (-) Preto (+); Inverter em 50% do
tempo.
Sugestão: Patologia aguda: usar pólo positivo sobre a lesão e negativo próximo.
Patologia crônica: pólo negativo sobre a lesão e positivo próximo (objetivo de
agudizar a lesão).
Edemas: idem patologia aguda.
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Tempo: 3 a 5 minutos para cada corrente, o tempo máximo não deve exceder 15
minutos.
Ao iniciar a aplicação, a dose (intensidade da corrente) deve ser ajustada até a tolerância
do paciente.
Consiste em uma corrente contínua com impulsos retangulares com uma duração de
fase de 2 mseg e intervalo de 5mseg. Na literatura esta forma de corrente também se chama
corrente Ultra Reiz. A frequência da corrente é aproximadamente 143hz. Esta forma de
corrente é apropriada para a estimulação seletiva de fibras grossas.
Esta terapia produz bons resultados, destacando-se o desaparecimento imediato da
dor em uma só sessão que poderá se manter por várias horas.
A polaridade depende da zona de tratamento. Por exemplo, para tratamento de
patologias occipitais, o eletrodo negativo e posicionado distal e o positivo proximal. Nas
patologias cervicais com irradiação para o braço, o eletrodo negativo e posicionado proximal
e o positivo distal. Os posicionamentos dos eletrodos são apropriados para aplicações
segmentares.
Na ausência da mudança de frequência e ou interrupções poderá haver uma
acomodação rápida da amplitude ajustada, depois de um breve período, o paciente não
sentirá a corrente na mesma intensidade que antes. Träbert aconselha aumentar a amplitude
aos poucos, de acordo com o umbral de tolerância, até que sejam produzidas contrações
musculares. A contração deve ser apenas palpável ou apenas visível. As contrações podem
contribuir para uma melhora do aporte sanguíneo da musculatura (mecanismo de
bombeamento pela contração muscular). Quando as contrações diminuírem deve-se
aumentar a amplitude.
A amplitude é aumentada a cada minuto, o umbral de tolerância só é alcançado dentro
de 5 a 7 minutos. Após isto a amplitude não é mais aumentada.
Ainda que a componente de corrente contínua seja relativamente pequena, o brusco
aumento de amplitude requer eletrodos com esponjas grossas (espessura de 1 cm) e bem
molhadas. Eventualmente pode-se adicionar água durante o tratamento. Aconselha-se um
tempo tal de tratamento máximo de 15 minutos.
Ao iniciar a aplicação, a dose (intensidade da corrente) deve ser ajustada até a
tolerância do paciente.
Parâmetros UE:
Polo eletrodos: Vermelho (+) Preto (-); Vermeho (-) Preto (+); Inverter em 50% do
tempo.
Sugestão: Patologia aguda: usar pólo positivo sobre a lesão e negativo próximo.
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Patologia crônica: pólo negativo sobre a lesão e positivo próximo (objetivo de
agudizar a lesão).
Edemas: idem patologia aguda.
Ao iniciar a aplicação, a dose (intensidade da corrente) deve ser ajustada até a tolerância
do paciente.
CORRENTE GALVÂNICA
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Analgesia;
Hiperemia;
Anti-inflamatório;
Ação Bactericida;
Anaforese;
INDICAÇÕES
Traumatismos, artropatias, mialgias;
Paresias musculares;
Edemas (devido ao efeito vasomotor);
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Artrites;
Hidratar e amolecer locais com evolução de fibrose;
Neuralgias
CONTRA INDICACÕES
Ausência de sensibilidade;
Presença de placas de metal no paciente;
Marca Passo;
Polo eletrodos: Vermelho (+) Preto (-); Vermeho (-) Preto (+); Inverter em 50% do tempo.
Sugestão: Patologia aguda: usar pólo positivo sobre a lesão e negativo próximo.
Patologia crônica: pólo negativo sobre a lesão e positivo próximo (objetivo de
agudizar a lesão).
Edemas: idem patologia aguda.
Ao iniciar a aplicação, a dose (intensidade da corrente) deve ser ajustada até a tolerância
do paciente.
ELETROLIPÓLISE
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As agulhas devem ser posicionadas na região de tratamento mantendo cerca de 5 cm de
distância entre elas e respeitando o padrão preto e vermelho nos cabos correspondentes.
Parâmetros Eletrolipólise:
Tempo: de 40 a 60 minutos.
Ao iniciar a aplicação, a dose (intensidade da corrente) deve ser ajustada até a tolerância
do paciente.
MICRO-CORRENTE
Parâmetros Microcorrentes:
Frequência portadora: 25 Hz, 50 Hz e 100 Hz.
Sugestão: 25 Hz para melhora da microcirculação (drenagem).
50 Hz para estímulo a síntese de colágeno e elastina (tonificação).
100 Hz para revitalização cutânea.
Tempo: de 10 a 20 minutos.
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Ao iniciar a aplicação, a dose (intensidade da corrente) deve ser ajustada entre 300 a 500
uA. Porém o paciente não irá sentir a dose de corrente, pois a mesma é subsensorial.
ULTRASSOM
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• hemoglobina.
Atenuação
A atenuação consiste na perda de energia do feixe de ultrassom e depende da
absorção e do alastramento que é exatamente a reflexão e refração sofrida pelo feixe ao
atravessar os tecidos.
A absorção é responsável por cerca de 60% da energia despendida. Considera-se
então que o ultrassom perde 50% de sua dose inicial ao atravessar cada tipo de tecido
(adiposo, muscular e ósseo):
Exemplos para as frequências de:
1 MHz sua intensidade diminui 50% ao atravessar 0,9 cm de músculo.
3 MHz sua intensidade diminui 50% ao atravessar 0,3 cm de músculo.
1 MHz a sua intensidade diminui em 50% ao atravessar 5 cm de gordura subcutânea.
3 MHz a sua intensidade diminui em 50% ao atravessar 1,6 cm de gordura subcutânea.
Considera-se então que a distância atravessada e a espessura do tecido têm relação
direta com a atenuação, portanto a intensidade final varia. Pode ser calculada como a
distância dividido por 2 (D/2).
A tabela a seguir mostra os valores da espessura dos tecidos o que possibilita o cálculo
da atenuação do ultrassom à medida que os atravessa de acordo com os cristais de 1 MHz e
3 MHz.
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Tendões 0.62 0.2
Cartilagens 1.11 0.4
Ósseo 0.2 ---
Emissão contínua:
O efeito térmico do ultrassom tem importância terapêutica significativa. Pelo fato de
ocorrer a perda de energia ao atravessar os tecidos (atenuação), parte dessa energia é
transformada em calor (absorção) e o restante reflete ou refrata.
O aquecimento do ultrassom favorece sua absorção em tecido colagenoso, podendo
desfavorecer sua penetração mais profunda.
Efeitos Biológicos
Aumenta a taxa metabólica dos tecidos:
O aumento da taxa metabólica leva ao aumento da necessidade de O2 e aumento do
fluxo sanguíneo com consequente aumento da pressão hidrostática no sistema CV e
aumento da permeabilidade através das membranas.
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Emissão pulsada:
Efeitos Biológicos
Aumenta a permeabilidade das membranas e difusão celular.
Aumenta o transporte dos íons de cálcio através das membranas das células.
Promove a degranulação dos mastócitos.
Promove a liberação de histamina e agentes quimiotáxicos.
Aumenta a síntese de colágeno.
Aumenta a elasticidade do colágeno.
Aumenta a taxa de sínteses de proteínas.
Diminui a atividade elétrica dos tecidos.
Aumenta a atividade enzimática nas células.
Promove oscilação dos tecidos, movimentação dos fluidos e alterações da circulação
nos vasos sangüíneos expostos a ondas estáveis.
Modos de aplicação
Contato direto (Gel neutro)
O gel neutro constitui um dos melhores meios de acoplamento desde que incolor
inodoro e com o mínimo de bolhas de ar.
Nessa técnica, há o contato direto do cabeçote com a pele do paciente. O cabeçote
deverá ser movido em movimentos circulares.
Fonoforese
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A sonoforese é também conhecida como fonoforese ou ultra-sono-forese. Utilizada
desde 1950, consiste em introdução de princípios ativos através da pele para dentro dos
tecidos com o auxílio do ultrassom.
Os medicamentos introduzidos, ao atravessarem a barreira da pele, serão dispersos
através dos tecidos, por isso não se pode precisar qual a profundidade atingida bem como a
facilidade em penetrar em vasos sanguíneos. São administradas drogas anti-inflamatórias e
drogas anestésicas combinadas. A segunda é usada para carrear a primeira.
Esses medicamentos devem ser à base de gel para garantir uma melhor transmissão
das ondas ultrassônicas.
Aplicação subaquática
Pode também ser chamada de aplicação em banho de imersão. Essa técnica deve ser
usada quando o contato direto do cabeçote com a pele não for possível devido ao formato
irregular da região ou hipersensibilidade.
Uma vez que essa aplicação exige que a parte a ser tratada esteja submersa, somente
será adequado para pés, tornozelos, mãos e antebraços. O cabeçote então deverá estar
também submerso e o terapeuta deverá movê-lo paralelamente à superfície da região em
tratamento. Deve-se remover constantemente as bolhas de água formadas na pele para
evitar a reflexão das ondas de ultrassom.
Programando o Ultrassom
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Estruturas Intensidades
(w/cm²)*
Nervos 0.8 a 1.2
Músculos 0.7 a 0.9
Tendões 0.4 a 0.7
Cápsulas 0.5 a 0.7
Ligamentos 0.3 a 0.6
Bursas 0.3 a 0.5
Contra indicações:
Absolutas:
Útero em gestação
Neoplasias pregressas e atuais
Portadores de marcapasso
Tromboflebites
Infecções bacterianas
Problemas vasculares
Áreas isquêmicas
Tecido nervoso exposto
Olhos
Relativas:
Tecido com risco de hemorragia
Alterações de sensibilidade
Implantes metálicos
Osteosíntese e endopróteses
Aplicações em Dermato-Funcional
Indicações:
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Gordura localizada
Celulite nos graus I, II e III
Fonoforese
Pré e pós-operatório
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Terapia Modo Combinado
Embora este excelente recurso não seja novo, nos anos 90 houve um interesse
renovado por esta modalidade. Todas as literaturas que tratam deste recurso trazem apenas
uma breve descrição do método, deixando de se referir à fundamentação e objetivos,
deixando a falsa impressão de que a modalidade é de pouca importância terapêutica.
Descrição do método
A terapia combinada é implementada através da associação de ultrassom com
correntes de baixa e média frequência, de forma que o cabeçote transdutor fornece
ultrassom e ao mesmo tempo o fluxo de corrente (polaridade positiva), cujo circuito se fecha
através de um eletrodo dispersivo (polaridade negativa). Esta polaridade deixa de ser
importante quando as correntes forem simétricas balanceadas, pois, nestes casos, não há
pólos definidos, como é o caso, por exemplo, das correntes interferenciais.
Como a corrente é aplicada através da superfície metálica do transdutor, existe a
necessidade de se tratar adequadamente toda e qualquer corrente que tenha componente
galvânico, para minimizar a agressão eletrolítica aos tecidos. Diversamente das terapias com
ultrassom ou com correntes, aplicadas separadamente, utiliza-se baixas doses de ultrassom
(tipicamente 0,5 W/cm2). As correntes, neste método, não precisam ser altas, porém, o
paciente relatará, com o passar do tempo, a sensação de que a corrente aumenta
(contrariamente ao que informaria se fosse utilizada apenas a corrente).
Origens
Segundo P. Spaich, a terapia combinada utilizando ultrassom contínuo e correntes
diadinâmicas foi, pela primeira vez citada por Gierlich, na década de 1940. A partir de então,
esta técnica foi amplamente difundida nos Estados Unidos e mais tarde na Europa. No final
dos anos 80 houve um crescente interesse pela técnica, seja por evolução da eletrofisiologia,
seja pelo desenvolvimento da técnica eletrônica, ou mesmo pela conjunção de ambas. O fato
é que na atualidade muitas variantes dessa modalidade estão sendo propostas e adotadas.
Segundo Gierlich a combinação de estímulos elétricos de baixa frequência e de
ultrassom provocavam boas reações nos pontos-gatilho, (trigger points), pontos dolorosos e
tenomiosites. Analogamente às observações de Kahane (galvanopalpação), nota-se, sobre a
área hiperestésica, o aparecimento de um avermelhamento cutâneo circunscrito a essa área.
Gierlich menciona a vantagem (em contraste com a galvanopalpação) de que é
possível diagnosticar também os pontos situados mais profundamente, de modo tal, que
possibilita não só diagnosticar os pontos sensíveis, mas também tratar áreas hiperetésicas
maiores, dermátomos ou as zonas de Head.
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Os pontos-gatilho podem ser encontrados em forma de nódulos dolorosos ou em
indivíduos assintomáticos que apresentam dor somente quando esse nódulo é estimulado:
trigger point latente.
Desenvolvem-se como resultado de lesões musculares, torções, traumas e síndromes
dolorosas. Existem ainda outros fatores adicionais, tais como desbalanços estruturais, como
posturas viciosas, biomecânica imprópria, nutrição deficiente, estresse mental e emocional.
Quando fibras musculares, fáscias, ligamentos ou tendões se tornam enfraquecidos,
estirados ou inflamados, podem ocorrer finas lágrimas nos tecidos moles associados. À
medida que o tecido cicatriza ele se contrai, tornando-se torcido e noduloso. Essas fibras
nodulosas restringem o aporte sanguíneo necessário às células musculares. Além disso,
existe frequentemente, um espasmo muscular de proteção. Ou seja, o músculo “aprende” a
evitar a dor e se protege contra ela limitando os movimentos pela contratura provocada. O
resultado é uma perda de mobilidade na articulação e a probabilidade do músculo e
estruturas associadas desenvolverem pontos-gatilho.
Esses tipos de agressões, se menores, aliviam dentro de um intervalo curto de tempo e
o repouso evita que o quadro se agrave. Uma vez curadas essas dores, são necessários
exercícios de estiramento e fortalecimento para recondicionar e restabelecer a força e
flexibilidade do músculo ou articulação atingida.
Os pontos–gatilho associados precisam ser inativados assim que a lesão estiver
curada. Caso não sejam tratados efetivamente, pode ocorrer um ciclo crescente de dor,
espasmos musculares e perda de função, evoluindo para uma condição crônica.
Mecanismos de ação
A ação das correntes seja de baixa ou média frequência polarizadas ou não, provoca
alterações significativas no extrato córneo. Este fenômeno vem sendo estudado e observado
por muitos pesquisadores e alguns trabalhos mostram que, a partir de certa amplitude de
corrente pulsada a resistência da pele diminui sensivelmente. Há dez anos, descobriu-se que
a incidência de ultrassom também intensifica a abertura de poros na membrana celular.
Deste modo, estes dois efeitos ajudam a explicar o fato de o paciente relatar aumento da
corrente durante a aplicação e também, ao se continuar o tratamento apenas com a corrente,
desligando o ultrassom, o paciente relatará que a corrente está diminuindo.
Fica então evidente que o tratamento com terapia combinada tem propriedades que o
diferenciam das modalidades aplicadas separadamente. Além disso, a movimentação
constante do cabeçote torna dinâmica a técnica de aplicação de correntes, que, em outros
casos, normalmente se faz com eletrodos fixos. Esta técnica dinâmica conduz a uma ação
mais ampla e profunda na atuação dessas correntes, fato que pode ser comprovado pelo
rubor dos pontos sensíveis que se desencadeia com níveis extremamente baixos de corrente
e ultrassom. Este efeito absolutamente não ocorre com estes recursos, quando aplicados
separadamente, com esses níveis de dose.
Com a aplicação de terapia combinada obtêm-se efeitos analgésicos superiores
àqueles conseguidos com ultrassom ou com correntes, aplicados separadamente. A técnica
se reveste de grande importância diagnóstica, pela detecção de pontos sensíveis, além da
eficácia terapêutica.
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Efeitos fisiológicos e terapêuticos
1. Diagnóstico de pontos-gatilho (trigger points): Para localizar pontos trigger na região
a ser tratada com terapia combinada, é suficiente uma pequena intensidade de corrente.
Com esta mesma intensidade aplicada isoladamente, ou seja, sem a combinação com
ultrassom, é impossível a localização desses pontos.
Técnicas de aplicação
A) Utilização da Terapia Combinada para diagnóstico
1- Ajustar o ultrassom contínuo ou pulsado, para 0,5 W/cm²
2- Utilizar corrente diadinâmica na forma DF para baixa frequência.
3- Utilizar Interferencial com AMF de 100 HZ modo bipolar para média
frequência.
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Nota: poderá ocorrer irradiação para uma área a certa distância do principal ponto
encontrado (dor referida).
Indicações:
A gama de indicações para terapia combinada é a mesma para a eletroterapia de
baixa ou média frequência:
Dores crônicas
Dores agudas
Distensões musculares
Contusões
Entorses
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Mialgias
Torcicolos
Edemas
Epicondilite
Pontos dolorosos
Pontos desencadeantes
Áreas hiperestésicas.
Contra indicações:
Não existe contra indicação específica para a terapia combinada. Assim sendo são as
mesmas que as de ultrassom e correntes de média e baixa frequência:
Pacientes gestantes
Marcapassos
Disritmias
Sensibilidade alterada ou ausente
Aplicação na região torácica
Aplicação na região carotídea
Prótese metálica
Neoplasias
Febre
Trombose
Infecções bacterianas
Dermatites
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Referências Bibliográficas:
FUIRINI; N.; LONGO, G.J., Ultrasom: guia didático. Amparo: KLD Bios. Equip.
Eletr. LTDA. 2002. p.1-57.
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tecido adiposo de suínos. 1998. Trabalho de conclusão de pós graduação –
Faculdade de Fisioterapia, Uni-versidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente,
1998.
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