Você está na página 1de 121

1

Instrutor – Fernando César Morellato

FERNANDO CÉSAR MORELLATO


TREINAMENTOS / CONSULTORIA
PROFISSIONAL: COMERCIAL@VOZEDADOS.COM.BR
PESSOAL: FERNANDOMORELLATO@GMAIL.COM
WWW.VOZEDADOS.COM.BR
WWW.FIBRA360.COM.BR
WWW. IGYZ.COM.BR +55 51 99632-3657
+55 51 99314-1899

2
QR Code – Convite Para Telegram

http://bit.ly/telegramCTVDD
3
ANA RIBBAS
(51) 99314-1899

http://bit.ly/2XM14vc

4
Instrumentação em Redes Ópticas

5
Localizador Visual de Falhas (VFL)

6
Localizador Visual de Falhas (VFL)
Equipamentos VFL (as iniciais de Visual Fault Locator em inglês) também são conhecidos como canetas
ópticas. Geram uma luz visível contínua (Continuous Wave) ou Pulsada (Blink). O injetor de luz visível
(vermelho) permite detectar perdas na infraestrutura onde for possível o acesso visual à fibra com
apenasrevestimentoprimárioe ainjeçãode luznum dosextremosda infraestrutura.

7
Inspeção Visual de Avarias
 Detectarupturasem zona cega de OTDRs;
 Sinalizacurvaturasacentuadas;
 Otimizaemendas mecânicase de fusãodefeituosas;
 Detectaconectoresdefeituosos;
 Sinalizauma fibra a topoa topo;
 Detecta problemas de encaminhamento na infraestrutura onde for possível a
injeçãode luz num dos extremosda infraestrutura.

8
Exemplos de Modelos de VFLs

9
Visual Fault Locator - Aplicação
Equipamentos VFL são utilizados para confirmação de rompimentos de fibras
ópticas e splitteres. Também podem ser usados para identificar filamentos de fibras
ópticas que não se tenha a devida documentação e problemas de curvaturas
excessivas em fibras que não sejam BLI.

10
Potência Determina o Alcance
Naturalmente emitem luz visível. Conforme a potência gerada possuem limitação de alcance.

5mW (5 Km) 10mW (10 Km) 15mW (15 Km) 20mW (20 Km) 30mW (30 Km)

11
Identificação de Rompimentos
Equipamentos VFL são utilizados para aferição de rompimentos em redes ópticas,
especialmente em cordões ópticos.

12
Identificação de Fibras
Podem ser usados para identificar filamentos de fibras ópticas que não se tenha a
devida documentação e marcação.

13
Identificação de Curvaturas Excessivas
Equipamentos VFL permitem identificar problemas de curvaturas excessivas em
fibras que não sejam BLI. Especialmente importante em DIOs e painéis de Racks.

14
Pistola Localizadora de Falhas de Fibra F3X
Esta sonda de detecção de luz infravermelha para identificar vazamentos de luz,
rupturas, dobras e falhas em sua rede de fibra economizando tempo e dinheiro.
Permite ver a luz que emana de quaisquer falhas, quebras e dobras no cabo,
mesmo em plena luz do dia. Dependendo do modelo com alcance de até 300Km.

15
Agenda
1. O que é Decibel;
2. Qual é a diferença entre dB e dBm;
3. Tipos de Atenuações e Perdas em Redes Ópticas;
4. Localizador Visual de Falhas (VFL);
5. Medidor de Potência Óptica - Optical Power Meter;
6. Máquinas de Fusão (Fusionadoras);
7. Ferramentas de Inspeção e Limpeza;
8. OTDR - Conceitos Básicos, Configuração e Medições.

16
Optical Power Meter

17
O Que é Optical Power Meter
Instrumento de medição utilizado em redes para a realização de medidas de potência
óptica, com o objetivo de efetuar a aferição ou conferência da intensidade de sinal
luminoso presente em algum ponto ou ainda como ferramenta para detecção e solução
de defeitos. Existem diferentes tipos de Power Meters, para o nosso caso é o óptico.

18
Leitura de Comprimentos de Onda
Permitem diferentes tipos de faixas centrais de comprimento de onda de luz (λ -
Lambda). Quanto mais comprimentos de onda permitir medir, maior a faixa de
possibilidade de leitura. Os comprimentos de onda típicos mais comuns são os para uso
em redes PON e redes Ponto a Ponto.

19
Optical Power Meter para WDM
Permitem leitura de diferentes tipos de faixas centrais de comprimento de onda de luz (λ
- Lambda), como em redes CWDM, por exemplo. São mais caros.

20
Padrão de Conexão
A maioria dos Power Meters do mercado permite que se realize a substituição dos
bocais de conexão para diferentes modelos de conectores ópticos.

21
Opção de Salvar Leituras Realizadas
Muitos modelos possuem a possibilidade de salvarmos uma certa quantidade de
leituras para posterior conferência.

22
Tipo de Power Meter de Porta Única

23
Upstream e Downstream
Os sinais provenientes da OLT em direção à ONU, em redes PON, ocorre no
comprimento de onda de 1490nm e do sentido ONU para OLT ocorre em
comprimento de onda de 1310nm.

1310 nm

OLT ONU

1490 nm

24
Leitura do Sinal da OLT e da ONU
A OLT gera sinais constantemente em direção às ONUs em cada porta. Para o caso
de uma ONU, se tentar realizar a leitura do sinal diretamente de uma ONU, sem que
esteja conectada a uma OLT autorizando a transmissão, não existirá sinal enviado.

OLT

ONU

1490 nm 1310 nm

Potência Típica +3,5 dBm Módulos Potência Típica +2 dBm


Classe B+ Leitura +3dBm Classe B+ Leitura ZERO
25
Leitura Típica Para Uso em Redes PON
O Power Meter é usado para conferência do sinal presente em caixas de terminação
óptica (CTO) para conexão de clientes e leitura de sinal presente na residência do cliente.
Conferência da operação de porta de OLT. Também pode ser usado para identificação de
pontos de falha. Deve ser ajustado para a leitura em comprimento de onda de 1490nm.

ONU
1490 nm
ONU
OLT

ONU
Splitter

26
Power Meter (Transmissor + Receptor)

27
Power Meter para Redes Apagadas
Power Meters em que exista um transmissor e receptor são usados tipicamente em
redes apagadas, isto é, onde não exista ainda em operação os equipamentos
ópticos de comunicação. Normalmente usados para aferir instalação da rede.
Observar limites de sensibilidade.
Splitter

28
Setar Referência (SET REF)
A função de ajuste de referência (SET REF) permite memorizar um valor
preestabelecido quando lido e acionada essa função. A partir deste valor agora será
referenciada outra determinada medida. Por exemplo, quando deseja comparar a
atenuação entre um cordão óptico e a atenuação específica de um determinado
trecho com cabo drop.
Cabo Drop

29
Setar Referência (SET REF)
A função de ajuste de referência (SET REF) permite memorizar um valor preestabelecido quando
lido e acionada essa função. A partir deste valor agora será referenciada outra determinada
medida. Por exemplo, quando deseja comparar a atenuação entre um cordão óptico e a
atenuaçãoespecífica de umdeterminadotrechocom cabo drop.

Cabo Drop

30
Power Meter By-Pass

31
Power Meter By-Pass

32
Power Meter By-Pass Sinal da ONU
Power Meters em que exista um transmissor e receptor são usados tipicamente em redes
apagadas, isto é, onde não exista ainda em operação os equipamentos ópticos de
comunicação. Normalmente usados para aferir instalação da rede. Observar limites de
sensibilidade.

ONU
1310 nm

ONU
OLT

ONU
Splitter
1490 nm
33
Power Meter By-Pass Sinal da OLT
Se for realizada a medida do sinal do lado da central, por exemplo, iremos realizar a medição
da saída de sinal da OLT e a recepção dos múltiplos sinais provenientes das ONUs.

ONU
1310 nm

ONU
OLT

Splitter ONU
1490 nm

34
Power Meter Para Fibra Óptica Ativa
Em redes PON um gatilho aciona um grampo que capta os tipos e direções do sinal,
identificando o comprimento de onda desejado juntamente com as modulações
(1310/1490/1550nm). Alguns modelos permitem gravação de resultado.

35
Indicador de Fibra Óptica Ativa
O Identificador de Fibra Ativa é ideal para operadores de rede que precisam
identificar rapidamente a direção e o comprimento de onda do sinal da fibra sem
qualquer dano ou interrupção.

36
Aferição da Rede e Documentação
O Power Meter é ideal para confirmação dos níveis de potência para aferição dos
valores calculados via orçamento de potência no projeto. E também para
identificação e registro em documentação dos níveis de sinal presentes nas CTOs.

37
Ensaios de Conexão Óptica e Medição
Ensaio de Continuidade: verificar se há continuidade no caminho óptico recém instalado ou em
manutenção entre duas extremidades. Métodos de realização: Injeção de luz visível (vermelha) e
verificaçãovisual;Injeçãode luznãovisívele mediçãode potênciaóptica.
Ensaio da aferição de atenuação de link: verificar se a atenuação do caminho óptico é a esperado.
Métododerealização: Injeçãode luznãovisívele mediçãode atenuaçãodocaminhoÓptico

Splitter

38
Ensaio de Manuseio de PathCords
Manuseio de patchcords: não efetuar curvas acentuadas (Raio de curvatura - RC mínimo = 30mm).
Evitar conetores abertos durante períodos prolongados sem tampa de proteção. Conectar primeiro o
patchcord aoaparelhode medida,sódepoisligaraoutrapontaaoportoamedir.

39
Ensaio de Medição de Continuidade
5 Km 5 fusões 1 conector
2 conectores 5 Km 10 fusões
1: 32

5 Km 5 fusões 2 conectores
2 conectores 5 Km 10 fusões
1: 32

Medidor de
Fonte Óptica Potência Óptica
1310/1550nm 1310/1550nm

40
Ensaio de Medição de Atenuação
Path Cord

Calibração do medidor de potência óptica (Set REF)

5 Km 5 fusões 2 conectores
2 conectores 5 Km 10 fusões
1: 32

Medidor de
Fonte Óptica Potência Óptica
1310/1550nm 1310/1550nm
Execução da Medição da atenuação do caminho óptico
41
Máquinas de Fusão (Fusionadoras)

42
Máquina de Fusão (Fusionadora)

43
Estrutura Que Promove o Arco Voltaico

44
Alinhamento e Resultado da Fusão

45
Alinhamento e Resultado da Fusão

46
Máquina de Fusão Fixed V-Groove (Casca)
O alinhamento das fibras ocorre no sulco em V fixo (Fixed V-Groove), também é chamada de
alinhamento pela casca. Neste tipo de máquina com um sulco em forma de V dois motores
movimentam-se para frente e para trás aproximando as fibra para que as alinhe e ocorra o
processo de fusão. Apresenta uma perda pouco maior durante o processo. O custo desse tipo
de máquina é menor.

47
Quando Escolher Alinhamento Pela Casca
Se o objetivo for reparar fibras de acesso ou redes menores, o equipamento cumpre bem a
função, sendo mais barato do que o dispositivo que faz o alinhamento pelo núcleo. Outro
caso em que a centralização pela casca pode ser indicada é para fazer pequenas
manutenções, que não demandem muito tempo de uso e que não exijam redução de
atenuação já que podem ocorrer desalinhamentos no núcleo.

48
Máquina de Fusão Active V-Groove (Casca)
É considerado um alinhamento que fica entre o alinhamento pela casca e o
alinhamento pelo núcleo. A diferença entre o V-Groove ativo e o V-Groove fixo é que o
ativo possui quatro motores, sendo que dois movimentam a fibra para frente e para
trás e outros dois de cima para baixo.

49
Quando Escolher Alinhamento Active V-Groove
Quando necessita-se realizar fusões em tempo reduzido e com custo menor que a máquina que
possui alinhamento pelo núcleo. Se as atenuações das fusões estiverem superiores às normais, é
indicado fazer uma limpeza nos eletrodos para que as impurezas sejam retiradas. Para isso, a máquina
de fusãodevesuportaressafunção,gerandoum arcovoltaicoque irálimparoseletrodos.

50
Máquina de Fusão Core to Core (Pelo Núcleo)
Dos tipos de alinhamentos na máquina de fusão, o core to core (núcleo a núcleo) é o
mais complexo, e conta com seis motores: dois que movimentam a fibra de trás para
frente, dois de cima para baixo e dois que realizam o alinhamento longitudinal da
fibra. Isso garante um alinhamento perfeito, núcleo a núcleo para a fusão da fibra.

51
Onde Usar Alinhamento Pelo Núcleo
Seu uso é interessante em redes de fibras antigas ou que utilizem diferentes padrões de
fabricação. É altamente recomendada para os casos em que é preciso fazer a junção de
cabos principais (backbone). Este equipamento pode ser usado continuamente, sem a
necessidade de fazer paradas, a eficiência neste tipo de serviço é muito maior. Melhora o
resultado da fusão em casos de núcleos desiguais.

52
Detalhes de Máquinas de Fusão
Alguns modelos de máquina de fusão possuem inclusive sistemas de decapagem e
clivagem incorporados. E com a automatização da maior parte das manobras
(decapagem, clivagem, aproximação, alinhamento e descargas elétricas) exigem uma
intervenção mínima por parte do técnico. A máquina abaixo, por exemplo, possui
clivagem incorporada.

53
Como Executar uma Emenda Por Fusão
Aproxima-se e alinha-se as extremidades das 2 fibras a unir, cortadas e limpas;
O vidro é fundido na zona da junção por meio de uma descarga elétrica;
A zona da emenda será protegida por uma manga termo contrátil (“tubete”);
Preparação da extremidade das fibras ópticas a fundir:

Limpar a extremidade da fibra óptica com


Colocação da manga termo contrátil Retirar o revestimento primário da fibra
papel toalha e um tecido com álcool
para proteção da emenda a executar óptica com roletador para expor o vidro
isopropílico a 99%

54
Corte da Extremidade Das Fibras Ópticas

Colocação da extremidade da fibra óptica Fixar a extremidade da fibra na posição Executar o corte
a cortar na máquina de corte: correta

•Não sujar a extremidade da fibra

•Usar o sulco adequado ao diâmetro do


revestimento primário da fibra

•Alinhar o revestimento da fibra pela


dimensão de corte pretendida usando a
escala da máquina

55
Colocação das Extremidades a Fundir

O revestimento deve encostar na espera A extremidade da fibra deve estar colocada no Fixar a fibra na posição correta com a patilha
existente sulco e próxima dos elétrodos

a extremidade da fibra 2 deve estar próxima dos


Fixar a fibra na posição correta com a patilha Fibras posicionadas pra executar a emenda
elétrodos sem sobrepor à extremidade da fibra 1

56
Execução da Fusão

Tela inicial - Programa selecionado Aproximação Ângulos de corte

57
Alinhamento Fusão por arco elétrico Aspeto final da fusão perda estimada
Retração da Manga de Proteção da Emenda

Posicionar a manga centrada com a emenda Posicionar a manga no forno Ligar o forno para retrair a manga

Retirar a manga retraída do forno e verificar visualmente 58


a existência de defeitos
Boas Práticas Sobre Fusão e Clivagem

59
Ajuste do Clivador
Ferramenta de precisão usada para realizar o corte perpendicularmente (clivagem em 90
graus) em relação ao eixo da fibra. Observar se a ferramenta está com o ajuste adequado
ao processo a ser realizado.

60
Verificação Visual de Corte para Fusão

61
Procedimento para Execução de Emendas
Desalinhamento provocando atenuação extrínseca: aquela que ocorre devido a falhas no
alinhamento da emenda.

62
Procedimento para Execução de Emendas
Cuidar para que haja o correto posicionamento do protetor de emenda termo contrátil.

63
Fusão Mal Feita – Causas

64
Ferramentas de Inspeção e Limpeza

65
Sujeira na Fibra e no Conector

66
Migração de Partículas
Toda a vez que é realizada uma conexão, partículas indesejadas são transferidas. Partículas
maiores que 5µm costumam “explodir” e se multiplicar. Partículas maiores podem gerar “air
gaps” diminuindo a qualidade do contato. Partículas menores que 5µm tendem a se misturarem
a superfície, gerando riscos e pontos irreparáveis.

67
Microscópio Óptico ou Videoscópio
Permite a inspeção direta da face de conectores ópticos para verificar a existência de
sujeira e ou danos irreversíveis, como riscos, contaminações por óleos, mossas (marca,
vestígio resultante de pressão exercida ou pancada desferida em um corpo), etc.
Importante: Utilizar microscópio apenas quando tiver a certeza de que não há sinal na
fibra!

68
Ferramentas Para Inspeção de Conectores

69
Ferramentas Para Inspeção de Conectores

70
Resultados de Inspeção

Líquidos Fibra Limpa e OK Álcool

Partículas / Pó Óleo / Gorduras Fendas / Lascas Riscos

71
Contaminação do Conector

Perda de Retorno: -67,5dB


Perda Total: 0,25dB

Conector limpo versus conector sujo


Perda de Retorno: -32,5dB O traço do OTDR ilustra uma significativa perda de performance de sinal quando um
Perda Total: 4,87dB conector sujo está presente no link óptico. Observa-se um aumento significativo de
perda por retorno.

72
Sujeira na Fibra Óptica Vista com Microscópio

73
Kit de Limpeza de Conectores Tradicional

74
Limpador de Conectores tipo One-Click

75
Limpador Tipo Cassete

76
Acessórios Para Limpeza de Conectores

Lenços de papel que não Álcool Isopropílico a 99% Cotonetes que não soltem
soltem fiapos fiapos

Lenços de Papel Fita de Limpeza Canetas de limpeza


77
Acessórios Para Limpeza de Conectores

Limpeza Cassete Bastonetes de Limpeza Uso dos Bastonetes

78
OTDR - Conceitos, Configuração, Medições

79
OTDR – Optical Time Domain Reflectometer
Em português, Reflectômetro Óptico no Domínio do Tempo. É um instrumento de medida que
permite realizar medidas em redes ópticas para aferir valores ou identificar defeitos
(troubleshooting), como rompimento de cabos ópticos. Sua principal função é testar a rede e
determinara localizaçãode problemase eventosexistentesde modo gráfico.

80
OTDR – Optical Time Domain Reflectometer
Está disponível em modelos portáteis ou de bancada.

81
OTDRs Para Fibra Inativa (ou Apagada)
OTDRs para uso em rede inativas são aqueles usados em redes onde não deve existir a presença
de sinal óptico, uma vez que o equipamento somente consegue realizar a medida no
comprimento de onda de operação da rede, por isso a estrutura deve estar apagada. Ou seja,
pode ser usadoduranteo ato da instalaçãoda rede, e que aindanãoesteja em operação.

82
OTDRs Para Fibra Ativa (ou Acesa)
OTDRs para fibra ativa são equipamentos mais caros, para uso em redes consolidadas e em
pleno funcionamento, onde já exista a presença de sinal óptico. O equipamento consegue
detectar e modificar a sua faixa de operação se ajustando para uma região livre para realizar
medidas.Nesse modelonãoé preciso interrompero sinalpara fazer as medidas.

83
OTDRs P2P (Ponto a Ponto) e PON
Há modelos de OTDRs especiais para redes PON, ou comuns P2P (Ponto a Ponto). A maioria das
redes opera em topologia PON, usando splitteres, neste caso, OTDRs P2P (Point To Point) não são
adequados pois medem somente entre pontos. Assim, será preciso medir de caixa em caixa,
retirar os splitteres e medir trechos dificultando leituras em redes PON. Assim, recomenda-se a
aquisiçãode OTDRs que possuemfunçõesotimizadaspara usoem redes PON.

84
Aplicação do OTDR
Acessando unicamente uma das extremidades da fibra, o OTDR é capaz de fazer centenas de
medições e verificar uma série de eventos. Sem ele, será preciso mapear trecho por trecho até
identificar falhas. É o método mais versátil para testar redes ópticas durante a sua instalação e
manutenção. Permite fazer leituras, exibindo perdas em emendas, por fusão ou conectorização, e
nos cabos ópticos. Na manutenção,permite saber com precisãoonde há rompimentose defeitos.

85
Princípio Técnico do OTDR
Um OTDR possui uma fonte de diodo de laser, um detector de luz e um circuito de
temporização muito preciso (base de tempo). O laser emite um pulso de luz em um
comprimento de onda específico que trafega ao longo da fibra em teste. Conforme o pulso se
move pela fibra, a luz transmitida é refletida, refratada ou espalhada até o detector do OTDR. A
intensidade dessa luz de retorno e o tempo necessário para que ocorra a volta ao detector nos
informam o valor de perda (inserção e reflexão), o tipo e a localização de um evento no enlace
de fibra. Analisa o sinal que retorna, quando um sinal de prova é inserido no dispositivo sob
teste. Através de cálculos usando como base o tempo de propagação da luz, é possível
investigara posição exata do defeito.

86
Reflectômetro Óptico no Domínio do Tempo
Envia um pulso de luz laser pela fibra. O OTDR mede o tempo que o pulso leva para refletir na fibra, nas
emendas, nos conectores, curvaturas e outros componentes na fibra. Este tempo é convertido em distância.
Sinaisdetectados sãoconvertido emapresentaçãovisualna tela.
Porque usar o OTDR? Para identificar e localizar todas as falhas potenciais ou quebras que possam
impactar o desempenho na rede, localizar eventos (distâncias), verificar o coeficiente de atenuação da fibra,
atenuaçãoem umevento únicoefaixadeumúnicoevento (como reflexãode conectores).

87
OTDR - Dispersão de Rayleigh
Para identificar eventos o OTDR utiliza alguns princípios, como o da dispersão de Rayleigh visto
anteriormente. Trata da dispersão de luz quando ocorrem mudanças no índice de refração. Assim,
a luz emitida pelo OTDR é refletida de volta para o equipamento e pelo momento em que a
reflexão é recebida, o OTDR calcula o valor da atenuação do cabo óptico, entre outras coisas. O
equipamentodeterminao comprimentode uma fibrae a suaatenuaçãototal.
Luz Transmitida.

Luz espalhada 5% / km a 1550nm.

Luz retroespalhada 1/1000 de efeitos de


difusão e retroespalhamento Rayleight em
uma fibra.
88
OTDR - Reflexão de Fresnel
Para identificar eventos o OTDR utiliza também o princípio da Reflexão de Fresnel. As propriedades de
reflexão da luz, caracterizadas pelo físico óptico Augustin-Jean Fresnel, antecederam as descobertas de
Rayleigh. Fresnel descobriu o coeficiente de reflexão, que é uma relação da amplitude da onda de luz
refletida em relação à onda original da fonte entre dois materiais com base nos respectivos índices de
refração diferentes. Ocorre quando a luz reflete no limite entre dois materiais opticamente
transmissíveis. Esse limite pode ocorrer em uma junção (conector ou emenda mecânica), em uma
extremidadede fibranãoterminadaouem umaquebra.

89
OTDR - Absorção
Outra propriedade física da fibra óptica usada no OTDRs é a Absorção. Uma pequena porcentagem da
intensidade da luz original é absorvida pelas impurezas internas ao longo do comprimento do núcleo da
fibra. Quanto maior a pureza da fibra, menos absorção ocorrerá, o que significa que um material de
maior qualidade resultará em menor perda de sinal (ou perda óptica). Os efeitos da absorção são
capturados pelo efeito de retroespalhamento, conforme a luz que retorna à fonte é absorvida,
proporcionalmenteàluzincidente.

90
Parametrização e Configurações do OTDR
Devido a ampla variedade de testes do OTDR é preciso definir os parâmetros com precisão para
garantir medições precisas. O uso de uma função de “autoteste” pode ser suficiente para alguns
testes, entretanto, a configuração manual dos parâmetros ainda é preferível, dada as variações
no comprimento, tipo e complexidade dos trechos de fibra óptica. Assim que os parâmetros
estiveremcorretos podem ser salvosparaleiturasfuturas.

91
Refração de Ondas Eletromagnéticas (Luz)
Ocorre quando um feixe de luz atinge uma superfície divisória entre meios de densidades
diferentes, interage e muda a velocidade de propagação, podendo inclusive alterar a trajetória ao
atravessar a fronteira de separação dos meios. Quando isso ocorrer, então se diz que esse meio é
capaz de propagar a luz.

92
Cálculo do Índice de Refração

n = índice de refração (refringência)


C = Velocidade da onda eletromagnética (luz) no vácuo (300.000 Km/s)
V = Velocidade de propagação onda eletromagnética no meio

93
Ajuste do Índice de Refração
O índice de refração permite medir a velocidade de propagação da luz em um
determinado meio. Para calcular distâncias, o OTDR mede a tempo de propagação de
um pulso e o converte para uma distância equivalente por meio da equação d=v.t.

Onde:
C é a velocidade da luz no vácuo;
𝐶𝑥𝑇
T é o tempo medido pelo OTDR; e
n é índice de refração da fibra.
𝑑= 2𝑥𝑛

94
Ajuste do Índice de Refração
Um ajuste errado do índice de refração acarretará um cálculo errado da distância
medida. Não é recomendado que usuários alterem os valores de índices de refração
definidos pelos fabricantes de OTDR como padrão. A título ilustrativo podemos usar
valores diferentes para fabricantes de fibras ópticas.

95
Range de Distância
A configuração do range de distância em um OTDR controla a quantidade de cabo a ser apresentado na
tela. Também define a taxa de emissão de pulsos, pois cada pulso deve retornar ao detector antes que o
próximopulsosejaenviado.
Ajustar esse parâmetro adequadamente requer uma documentação precisa do enlace de fibra óptica.
Se o OTDR tiver configurações do range de distância predefinidas, você deve escolher a configuração
mais curta, mas que ainda seja maior que o comprimento máximo da fibra. Recomenda-se ajustar o
alcancecompelomenos25%a maisqueo comprimentodafibraasermedida.
Por exemplo, se o instrumento tiver configurações de 10, 100, 200 e 500 Km e o seu enlace de fibra real
tiver160Km,selecioneaconfiguraçãode 200Km.

96
Ajuste de Distância do Alcance
Distância muito curta: menor que o Distância boa: aproximadamente 1,5 Distância longa: muito acima do
comprimentodoenlace. a2vezesocomprimentodoenlace. comprimentodoenlace.

O link todo não pode ser visualizado. O Traço adequado, pode ser visualizado Difícil interpretação do traço
resultadoéimprevisível. desde o início ao fim de fibra. visualizado que está comprimido no
Recomendável alcance em torno de ladoesquerdodatela.
25%docomprimentoasermedido.
97
Range Dinâmico (Ajuste de Potência)
O range dinâmico (ajuste de potência) do OTDR PON é muito importante. Uma potência mínima de
36dBm é recomendada, pois permite medir redes com uma razão de 64 ou 128 assinantes por
porta PON. Essa é uma característica que determina a distância que o OTDR pode medir. O range
dinâmicoéatingidocomaalteraçãodalarguradepulso(maislonga)paramaioresdistâncias.

98
Zona Morta (Dead Zone)
Um OTDR insere pulsos de luz em uma fibra óptica e mede a reflexão posterior causada por eventos
reflexivos na fibra para realizar medições. Quando é necessário testar um link longo de fibra, deve ser
inserida muita energia óptica na fibra para garantir que a luz possa ir e retornar adequadamente. Para
isso a largura de pulso do sinal óptico é aumentada, o que causará a zona morta em um comprimento
de fibra. Esta zona morta pode ter dezenas ou até centenas de metros de comprimento dependendo
domodeloo equipamento.

99
Zona Morta (Fibra de Lançamento)
Um OTDR insere pulsos de luz em uma fibra óptica e mede a reflexão posterior causada por eventos reflexivos
na fibra para realizar medições. Quando é necessário testar um link longo de fibra, deve ser inserida muita
energia óptica na fibra para garantir que a luz possa ir e retornar adequadamente. Para isso a largura de pulso
do sinal óptico é aumentada, o que causará a zona morta em um comprimento de fibra. Esta zona morta pode
tercentenas oumilharesde metros de comprimentodependendo do modelo o equipamento.

100
Eliminador de Zona Morta (Extensão)

101
Rolo de Teste de Fibra Óptica
Rolo de Teste ou Fibra de lançamento são utilizadas para auxiliar as medições com
OTDR ou outros equipamentos. São fibras monomodo com comprimentos de 1 a
50Km.

102
Aplicação Rolo de Teste de Fibra Óptica
Em alguns casos, a perda de fibra na conexão remota também deve ser
testada. Em seguida, a fibra de lançamento pode ser instalada adicionada na
conexão remota para funcionar como um cabo de recepção.

103
Zonas Mortas
Zona Morta de Atenuação (Attenuation Dead Zone - ADZ) é a distância mínima
depois de um evento reflexivo para que um evento não reflexivo possa ser
medido.
• No caso ao lado, os dois eventos estão mais próximos que a ADZ, e são
mostradoscomosomenteumevento.
• ADZpodeserreduzidautilizandoumpulsomaiscurto.

Zona Morta de Evento (Event Dead Zone - EDZ) é a distância mínima para que 2
eventosreflexivos,consecutivosenãosaturadospossamserdistinguidos.
• No caso ao lado, os dois eventos estão mais próximos que a EDZ, e são
mostradoscomosomenteumevento.
• EDZpodeserreduzidautilizandoumpulsomaiscurto.

104
Alta Reflexão e Saturação

O OTDR mede o nível de reflexão que possui um valor bem menor do


que foi injetado na fibra.
Quando temos uma alta reflexão, ocorre a saturação do fotodiodo
receptor, sendo que este necessitará de um tempo para se recuperar
deste estado de saturação.
Nesse intervalo de tempo o OTDR não conseguirá fazer medições,
sendo chamado portanto de zona morta.

105
Tipos de Zonas Mortas
Zona Morta de Atenuação
É a mínima distância na qual um evento não refletivo pode ser detectado e medido.
Par de Emenda por Par de Emenda por
conector fusão conector fusão

EDZ EDZ

ADZ ADZ

Distância do conector à emenda é A distância do conector a emenda


menor do que o ADZ: O OTDR não é maior do que o ADZ: O OTDR
consegue ver a emenda exibe a emenda
106
Tipos de Zonas Mortas
Zona Morta de Evento
É a mínima distância onde dois eventos refletivos consecutivos podem ser detectados e medidos.
Par de Par de Par de Par de
conector conector conector conector

EDZ
EDZ

ADZ

Dois eventos reflexivos mais próximos Segundo evento reflexivo depois do


do que o EDZ: O OTDR não é capaz de EDZ: O OTDR é capaz de ver os dois
separar os dois eventos. eventos.
107
Largura de Pulso
O ajuste da largura de pulso é o principal ajuste a ser feito para uma boa amostragem e medida e
determina a duração do pulso emitida no enlace de fibra. Larguras de pulso mais curtas são usadas para
comprimentos de cabo mais curtos, pois isso maximizará a resolução e minimizará a saída de energia,
também são especialmente úteis para avaliar segmentos de cabo que estão mais próximos ao OTDR.
Larguras de pulso mais curtas também produzem zonas mortas mais curtas, você terá maior
capacidade de detectar eventos próximos a uma conexão ou emenda. Ajustes de largura de pulso mais
longos podem ser necessários ao testar um trecho de cabo mais longo, pois mais energia óptica é
necessária para produzir um retroespalhamento suficiente a grandes distâncias do OTDR. Mas, o
aumentodemasiadodalargurade pulsoaumentatambémo fenômenochamadode zonamortainicial.

108
Largura de Pulso x Zona Morta
OTDRs com pulsos curtos permitem maior resolução na leitura, em contrapartida com menores alcances de
distância. Caso contrário os eventos pode se agregar. A zona morta é a distância (ou tempo), onde o OTDR
não consegue detectar ou localizar com precisão qualquer evento no enlace de fibra. Um OTDR é projetado
para detectar o nível de sinal dispersado de volta ao longo de toda o enlace de fibra através da medição do
retroespalhamento de sinais, que é muito menor do que o sinal que foi injetado na fibra. Caso deseje
observarumevento muitopróximoaoOTDR,recomenda-se utilizarlargurasdepulsomenores.

109
Ajuste da Largura de Pulso
Quanto maior a largura de pulso, mais energia deve ser aplicada no pulso. Porém o aumento demasiado da
largura de pulso promove um aumento de zona morta inicial em função do retorno de luz ao OTDR nos
primeiros metros de fibra, antes mesmo do laser ser desligado e o detector estar realizando a medida. Assim,
os primeiros metros não são medidos e plotados no gráfico do OTDR, impossibilitando avaliar se existe alguma
emenda ruimou macrocurvaturana fibraduranteosprimeirosmetros.

110
Largura de Pulso Excessiva
Para garantir que o retroespalhamento retorne ao OTDR a partir de longas
distâncias, o equipamento precisa colocar mais energia no cabo, acendendo a luz por
um período de tempo maior, aumentando a largura de pulso. Mas, quanto maior a
largura de pulso, maior é a zona morta e mínima é a distância entre eventos que o
OTDR consegue reconhecer. A luz na fibra viaja a cerca de 0,2 m por nanosegundo,
um pulso estreito de 3ns não conseguiria "ver" dois eventos que fiquem menos de
0,6 metros um do outro. Um pulso de 1000ns de largura somente seria capaz de ver
dois eventos separados se eles estivessem mais de 200 metros de distância um do
outro.

111
Largura de Pulso Excessiva

112
Ajuste de Distância do Alcance
Pulsomuitoestreito: PulsoCorreto: Pulsomuitolargo:

O traço “desaparece” e o ruído Otraçoésuaveeoseventospodemser Alguns eventos não podem ser


impossibilitaaleitura. visualizados. Recomenda-se o final de visualizados.
fibra ter pelo menos em 6dB acima do
nívelderuído.
113
Tempo de Amostragem (Tempo Médio)
Medições mais precisas são produzidas normalmente fazendo a média de múltiplas
repetições do mesmo teste. Esse mesmo princípio aplica-se às medições com OTDR.
Tempos médios mais longos, produzem mais repetições do mesmo teste, proporcionando
uma medição com melhor relação sinal-ruído, entretanto, demoram mais para serem
capturadas. Para condições nas quais a precisão e o ruído são menos críticos, uma
“medição em tempo real”, sem usar a função de média, pode ser suficiente. Entretanto,
para circunstâncias nas quais a distância e a perda de dados devem ser tão precisas quanto
possível, tempos médios mais longos podem ser justificados.

114
Tempo de Amostragem (Tempo Médio)
Os níveis de sinal que retornam ao OTDR possuem um potência muito baixa,
tipicamente em torno de -80dBm. Assim, sinais que retornam de distância maiores
são ainda mais atenuados e possuem níveis de potência muito próximos ao nível de
ruído do detector do OTDR. Para não influenciar a medida devido ao ruído do detector,
o OTDR realiza várias amostragens e a média das leituras. O valor médio do ruído
possui um comportamento aleatório e igual a zero. Então realizando média de várias
amostragens, o ruído tende a ser zero e a medida resultante é somente os dos
eventosda fibra.

115
Ajuste de Distância do Alcance
PoucaAmostragem: Amostragemadequada: Amostragemexagerada:

O traço fica muito ruidoso. O ruído O traço é suave sem a ocorrência de Otraçoésuave,mashádesperdíciode
associadoaleituraémuitoelevado. ruídos. tempoparaarealizaçãodaleitura.

116
Leituras de Curvas Exibidas no OTDR
Asleiturasedetecções localizamemedem eventos emqualquerpartedo enlace.

Conector ou Emenda
Emenda por Fusão Ganho Macrocurvatura Fim de Fibra ou Corte
Mecânica

Os testes de OTDR normalmente são realizados nas duas direções e os resultados são comparados.
Análise de perdas bidirecional. Os OTDRs normalmente operam em 1310, 1550 e 1625nm, podendo
contertambémos comprimentosde onda de1490 e1650nm.

117
Padrão de Leituras e Curvas de OTDR

118
Contatos
comercial@vozedados.com.br

(51) 99720-8538
(51) 99632-3657

119
Notas Sobre Direitos Autorais
O inteiro teor deste documento está sujeito à proteção de direitos autorais.
Copyright© 2020 - Voz e Dados. Todos os direitos autorais reservados.

120
121

Obrigado!

www.fibra360.com.br
www.vozedados.com.br
www.igyz.com.br

121

Você também pode gostar