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ANATOMIA: SISTEMA RESPIRATÓRIO 2

FARINGE
Consiste em um tubo que se estende até a região da
laringe na região posterior. É parte expandida do sistema
digestório e respiratório, ou seja, é uma área em comum
entre os dois.
OBS: antigamente eram conhecidas como- nasofaringe,
orofaringe e laringofaringe.
A faringe tem dificuldade de ser definida em relação
as funções, pois como ela se estende desde a base do
crânio até a altura da sexta vertebra cervical e isso causa a dificuldade em separar entre
respiratório e digestório, além do que, possui
região que é comum dos dois.
É dividida em três regiões:
1. Parte nasal da faringe:
• É exclusiva do sistema respiratório.
• Se inicia nos coamos – região onde termina a
cavidade nasal até a altura do palato mole
• Nessa existe uma parte do arco formado por
tecidos linfoides que formam as tonsilas, logo, é
uma região que tem acumulo de tecido linfoide e
que é importante para a defesa do local.

A primeira estrutura importante que é possível encontrar está no assoalho do


esfenoide é a tonsila faríngea (1) - quando dilata é chamada de adenoide. É a primeira
região que se encontra o MALT (tecido linfoide associado a mucosa). Forma o teto da
região que é chamada de nasal da faringe.
Logo abaixo da tonsila faríngea se encontra o toro tubário (2), porção elevada de
tecido mucoso e que também possui tecido linfoide, assim, é encontrado a tonsila tubaria.
O toro tubário permite identificar logo abaixo dele um furo que é o óstio faríngeo da
tuba auditiva (3), sendo uma abertura do ouvido interno. No corte coronal é possível
perceber que esse ‘furo’ se estende e comunica-se diretamente com o ouvido interno.
Curiosidade: quando pinga um remédio no ouvido é possível sentir gosto na boca,
justamente por essa ligação que é permitida através do óstio faríngeo da tuba auditiva.
Nessa região possui o musculo salpingofaríngeo que é importante para a deglutição,
conforme vamos amadurecendo, ele vai aumentando de volume e ajuda a organizar no
momento da deglutição. Assim, ele é coberto pelo toro, e não é possível observar pelas
pregas que o recobre. E por isso elas recebem o nome de pregas salpingofaringeas. A
prega posterior é chamada de prega salpingofaringea (a) (vai em direção a faringe),
enquanto a prega anterior é chamada de salpingopalatina (b) ( salpingo por conta do
musculo e palatina pelo palato mole ). As pregas tem a importância por ajudar a região
a proteger o óstio, e assim, por ser uma região que passa muita sujeira. E com isso, o
tecido linfoide ajuda a monitorar.
OBS: crianças mais novas como bebes, não possuem a região muito bem
desenvolvida, ou seja, as pregas e nem o toro tubário não auxiliam muito na
deglutição e o monitoramento de substancias que passam por aqui e com isso,
quando mama deitado, existe uma tendência do leite de refluir e entrar dentro do óstio
faríngeo da tuba auditiva e com isso, crianças mais novas enquanto toma leite devem
estar em uma posição mais inclinada para evitar a entrada e com isso impedir a
formação de otites de repetição, ou seja, inflamações repetidas no ouvido. Sabe-se
que uma inflamação no ouvido comumente se repetidas podem levar a lesão da
região e a criança não conseguir regenerar. No indivíduo mais velho, que possui a
região mais desenvolvida e uma maior distância na cavidade oral em relação a nasal
não possui problemas com isso.
Resumindo: parte nasal da faringe possui – tonsila faríngea, toro tubário onde possui a
tonsila tubaria, pregas salpingofaríngea e salpinfopalatina.
Na parte mais posterior localiza-se o recesso faríngeo que é uma abertura logo depois
da prega salpingofaríngea e com isso tem uma prega vertical na parte mucosa que é
importante por ser uma região de decida do ar. E com isso não tem nenhuma obstrução
para que o ar possa passar. Assim, a fenda que se estende póstero lateralmente e vem
desde a região do toro tubário até a região do palato mole.
2. Parte oral da faringe:
É uma comunicação da via respiratória
com a digestória porem é considerada mais
do digestório. Esta posterior a laringe e se
estende do palato mole superiormente ate a
margem superior da cartilagem epiglótica.
Na parte oral da faringe possui uma outra
estrutura chamada de tonsila palatina, que é
conhecida como amidala (não é correto
chamar assim, pois amidala é uma estrutura
do sistema nervoso central).
A tonsila palatina fica localizada na fossa tonsilar, não ocupando todo o espaço
dela. A tonsila em si já é escavada e naturalmente é possível armazenar alimentos, mas
por estar em uma fossa aumenta a possibilidade de armazenar alimentos e dependendo
da higiene oral, podem apodrecer os alimentos na região e proporcional o mau hálito ou
infecções.
A fossa tonsilar fica localizada entre dois arcos, um que é formada do palato mole
até a faringe – arco palato faríngeo.
OBS: todo mundo já chegou em uma consulta e o médico pediu para abrir a boca para
fazer um ‘A’ é para ver o ‘sininho’ – úvula palatina- e ao lado possui um arco , que é o
arco palato faríngeo, sendo posteriormente a fossa.
Já o arco anterior, que liga a faringe a língua que é o arco palatoglosso, sendo
uma prega bem pequena e só é vista caso pegue a língua e puxe de lado e entao é
possível observar o arco/prega.
Anterior para posterior : Arco palatoglosso – fossa tonsilar- tonsila palatina- arco
palatofaríngeo.
Em crianças pela tonsila ser bem grande, da para observar mais a tonsila
conforme abre a boca do que o arco palatofaríngeo. No adulto, da para ver os arcos e
ao olhar no canto da língua e é possível observar o palatoglosso.
Na parte oral possui mais um componente do sistema linfoide, que é chamado de
anel linfoide, sendo a tonsila faríngea, toro tubário com a tonsila tubaria, a tonsila palatina
e as tonsilas linguais, localizadas na raiz da língua, sendo os tecidos linfoides associados
a mucosa que fazem a defesa da região.
Curiosidade: quando ter dor de garganta e que conforme movimentava a língua
sentia dor é justamente por conta das tonsilas linguais, que podem inflamar e inchar.
Resumindo: anel linfático: tonsila faríngea, tubaria, palatina e lingual.

3. Parte laríngea da faringe


• Da cartilagem epiglótica até ao nível da sexta/sétima vertebra cervical
Se destaca pela importância de ajudar a comunicar a faringe com a faringe.
A comunicação ocorre no ÁDITO DA LARINGE. É importante porque acaba
observando que vai ter um limite na cartilagem epiglótica e a região de entrada que tem
da faringe é delimitada pela cartilagem epiglótica. Quando a cartilagem epiglótica se
movimenta ela fecha o adito da laringe e então toda vez que ocorre a deglutição tem o
fechamento e nada entra na laringe para descer então pelo esôfago.
Na parte laríngea da faringe quando inspira leva a cartilagem epiglótica ficar aberta o
adito da laringe. Então uma coisa importante para mostrar é a relação de vizinhança que
existe entre a faringe e o esôfago.
Quando a parte laríngea da faringe termina, começa o
esôfago. Logo, sempre possui duas opções, inspirando e
expirando o ar desce e entra no adito da laringe em
direção a traqueia e quando esta deglutindo fecha e vai
em direção ao esôfago.
O arco que ativa o processo, de abrir ou fechar o ádito.
Resumindo: é comum aos dois, pois quando o alimento
descer ao esôfago é do digestório, mas quando o ar vai
para a traqueia é para o respiratório.

Laringe

Chegamos agora na primeira porção da laringe, que é um órgão chamado como


o “produtor de voz”. A principal função, então, está relacionada com fonação, a geração
de voz. Já que nela estão as cordas vocais. Outra função da laringe é que ela é um tubo
que fica sempre aberto para a entrada de ar. O ar entra pelo ádito da laringe e vai em
direção aos pulmões. E para poder manter essa passagem, há uma série de cartilagens,
como um esqueleto de cartilagem, que protege a via aérea e permite que ela fique aberta.
As cartilagens desse esqueleto são visíveis e a maior delas é a tireoide. Ela é a
primeira grande cartilagem que atua para deixar a laringe aberta, na parte da glote. A
tireoide possui uma proeminencia chamada de laringea que nos homens é bem mais
destacada que nas mulheres. Comumente chamado de “gogó”, mas o nome correto é
proeminencia laringea.
Quando se pensa na laringe, ela tem alem dessa cartilagem, outras que são
importantes. Possui 3 cartilagens impares: tireoidea, epiglotea e trocoidea. E possui
também 3 cartilagens que têm pares: corniculada (visão posterior), aritenoidea,
cuneiforme. O que segura essas cartilagens são membranas fibroelásticas e músculos
na região.
Referência: MOORE, 2014.
A epiglote auxilia na deglutição, para que não haja passsagem de alimentos por
ali. E há pequenos nódulos estão nas cartilagens coniculadas e cuneiformas – servem
de pontos de ligação para a musculatura que fica fora da epiglote, ajudando-a a se
movimentar. E é essa epiglote que se movimenta no ádito para fechar a passagem ou
abrir para a laringe.

Respostas de perguntas feitas durante a aula:


• A tritícia é um ligamento que prende o osso
hioide na estrutura da cartilagem tireoide.
• A laringe está na altura da C3 (na altura da
cartilagem epiglótica) até a C6 (na região da
cartilagem cricoidea). Já a parte laringea da
faringe é posterior a laringe, mas, ela começa
na região do ádito até a C6 mais ou menos,
vão até a mesma altura.
Referência: MOORE, 2014.
O ar entra pelo ádito da laringe e chega um pouco antes das pregas, atinge o
vestibulo da laringe e depois a glote. Essa imagem mostra a glote, que consiste em uma
prega vocal chamada vestibular (ou também “falsa” - não gera som) que é formada por
um tecido mucoso e mostra uma cavidade, uma abertura chamada de ventriculo.
Embaixo eu tenho outra prega que é chamada de prega vocal verdadeira, que é aquela
capaz de gerar som. E depois o ar desce para a região infraglotica.
Em resumo: a região da glote possui três estruturas – a prega vestibular, o
ventriculo da laringe e a prega vocal verdadeira.
Sequencia da passagem do ar
ÁDITO → VESTÍBULO DA LARINGE → PREGA VESTIBULAR → VENTRICULO DA
LARINGE → PREGA VOCAL VERDADEIRA → REGIÃO INFRAGLÓTICA →
TRAQUEIA
A cavidade infraglótica é inferior a laringe e está
abaixo das pregas vocais na altura da cartilagem
cricóidea aproximadamente. A prega vocal fica
embaixo da cartilagem tireoide, que faz a proteção
dessa prega. Então, se houver um trauma nessa
região, como levar uma pancada, você pode ficar sem
conseguir falar, fica rouco ou com dificuldade de falar
temporariamente. Se as pregas estão lesionadas como
em um calo na prega vocal, elas podem acabar se
fechando de maneira errada. A passagem não forma o som de maneira correta. Se
inflamar também pode ocorrer isso. A prega vestibular é uma porção mais fina, ventriculo
da laringe é uma cavidade com fundo cego e a prega vocal verdadeira é mais espessa.

Para avaliar a região da laringe como as cartilagens e a integridade das pregas


vocais, pode-se fazer a laringoscopia, em que é possível ver as pregas vocais. É muito
fácil de ver se deslocar a cartilagem epiglótica.
• Indireta – usa-se um espelho laríngeo, puxa a lingua para o lado e consegue observar
as pregas vocais.
• Direta - introduz um laringoscópio na cavidade oral e consegue ver mais de perto as
estruturas.
Traqueia

Sua localização vai da laringe até o torax. Se inicia após a cartilagem cricóidea. A
principal função da traqueia é a de transportar o ar. Para que faça isso, ela possui anéis
de cartilagem para que o canal fique aberto. As cartilagens são unidas por ligamentos
anulares e tudo isso aujda a manter a traqueia aberta, a fim de deixar a passagem
sempre livre. Mas, essas cartilagens traqueais são em forma de C., ou seja, elas não se
fecham completamente na região posterior.

A parede posterior é uma parede membranacea, já que as cartilagens não


fecham. Atrás dessa parede tem-se o esôfago. Na parte oral existe mais um componente
linfoide que é importante. Geralmente a gente pergunta “qual é o anel linfoide envolvido
na região?” O anel linfoide está envolvido com a tonsila faringea, no toro tubareo é tonsila
tubária; tonsilas palatinas e tonsilas linguais (fica na raiz da língua). As tonsilas formam
algo parecido com um anel linfático que defende a
entrada do sistema respiratório superior. Portanto,
quando se fala em anel linfático, se fala nas tonsilas
faríngeas, tubárias, palatinas e linguais.

Parte final da faringe = parte laringea da faringe.


Essa parte se extende da cartilagem epiglotica até o
nível da 6ª e 7ª vértebra cervical. Essa parte tem
uma grande importância pois ajuda a comunicar a
laringe com a faringe, na qual ocorre no ádito da
laringe.
Quando a cartilagem epiglotica se movimenta, ela fecha o ádito da laringe.
Portanto, toda vez que ocorre a deglutição, a cartilagem epiglotica fecha o ádito da
laringe e nada entra na laringe, encaminhando o alimento para o esôfago. Na inspiração,
a cartilagem epiglotica mantem o ádito da laringe aberto.

Além disso, ela é um tubo que também é responsável pela entrada de ar. Para
manter a passagem de ar para os pulmões existem algumas cartilagens que auxiliam
nisso. Essas cartilagens são bem visíveis, e a mais visível é a cartilagem tireoidea. Essa
cartilagem possui uma proeminência chamada de proeminência laringea, essa
proeminência é bem mais destacada no sexo masculino.

A via aérea é protegida pelas cartilagens, que não deixam o alimento chegar na traqueia:

• Cartilagens ímpares: tireoidea, cricoidea e epiglótica


• Cartilagens pares: aritenoidea, corniculadas e as cuneiformes
OBS: As cartilagens tireoidea, cricoide e aritenóide são cartilagens hialinas e podem
sofre calcificação, as outras são cartilagens elásticas. Nas cartilagens cuneiformes e nas
corniculadas existem pequenos nódulos que servem de pontos de ligação para a
musculatura, ajudando a movimentar a glote.

Trajeto do ar: ádito da laringe - vestíbulo da laringe (acima das pregas vestibulares) -
ventrículo da laringe - passa pela segunda prega (prega vocal) - desce para a região da
glote - região infraglótica – traquéia.
curiosidade: Lesão na cartilagem tireóide
podem resultar na perda de fonação.

Laringoscopia: é possível observar as pregas vocais quando a cartilagem


epiglotite é deslocada devido a estrutura da laringe (mais curta no começo e se alarga
na região da cartilagem da tireoide). A laringoscopia pode ser direta ou indireta(com
utilização de um espelho).

Lesões nas pregas vocais: causam calos afetando sua vibração e a emissão de
alguns sons.

Devido a posição do esôfago, dependendo o que for engolido pode interferir na


respiração movimentando a traqueia.

A Carina possui a parede mais sulcada e afinada com uma membrana mais
sensível e é capaz de detectar corpos estranhos se aproximando. Ela está localizada na
região da divisão dos brônquios. Lugar que gera a tosse

Relações de vizinhança da traqueia:


• Artéria carótidas comum
• Artéria subclávias
• Tronco braquiocefálico
• Glândula tireoide
• Arco venoso das jugulares
• Arco da aorta
• Veias pulmonares

BRONQUIOS
• Brônquio Principal Direito: mais curto e mais largo, onde principalmente entram
corpos estranhos
• Brônquio Principal Esquerdo: mais longo e mais estreito
Brônquios lobares: No pulmao direito eu tenho o bronquio lobar superior, medio e
inferior. Enquanto no esquerdo nós temo apenas o superior e o inferior. Isso explica o
fato de que quando há problemas em determinado lobulo, os
demais continuam funcionando normalmente.
Depois, há os bronquios seguimentares, na qual cada um vai se
dividir em pequenos bronquiolos ate chegar no bronquiolo
respiratorio (primeiro os terminais e depois os respiratorios, que é
onde estão os alveolos).

Pulmão e Pleura
Ao redor do pulmão há uma membrana de tecido conjuntivo denominada pleura,
que se destende desde a cupula do pulmão até a parte inferior junto ao diafragma. Essa
membana e dividida em parietal e viceral (parte que encosta no pulmão) e ainda há um
espaço entre essa duas partes chamado cavidade pleural.
A importâcia da pleura é proteger o pulmão e permitir a sua movimentação,
sempre quando você expande a caixa torácica a pleura viceral se desloca em direção a
parietal para manter a pressão nos alveolos (que fica menos negativa).
Ela recebe o nome de acordo com a parte que elas estão revestindo, por exemplo
pleura parietal costal, diafragmática e mediastinal. Além disso há alguns locais
denominados fossas ou recessos, que são algumas cavidades, uma fossa importante é
a diafragmática (local onde facilmente se pode fazer uma incisão, como a toracocentese)
e outro chamado costo-mediastinal que está junto ao coração.
OBS: entre a quinta e a sexta costela é possível colocar um dreno (região da linha
axilar média) que auxilia na retirada de ar ou líquido.

Pneumotorax: perfuração da
pleura, que permite uma
comunicação etre a pressão externa
com a pressão interna, então quando
vc expande o pulmão ele acaba
colabando

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