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LETÍCIA TIMBÓ 1

Apostila Sistema Respiratório


LETÍCIA TIMBÓ 2
Apostila Sistema Respiratório
LETÍCIA TIMBÓ 3
Apostila Sistema Respiratório

Os órgãos respiratórios inferiores


(laringe – traqueia – brônquios – pulmões)
começam a se formar durante a –
4ª semana do desenvolvimento.

Primórdio Respiratório

Esse sistema inicia com um crescimento


mediano do – Sulco Laringotraqueal – que
aparece no assoalho da extremidade caudal do
intestino anterior primitivo (faringe primitiva)

Esse primórdio da Árvore Traqueobrônquica se


desenvolve caudal ao 4º par de bolsas
faríngeas.

Forma o Epitélio
Endoderma pulmonar + Glândulas
da Laringe –
Traqueia e Brônquios Até que sua extremidade distal se dilata
Forma o Tecido formando um – Broto Pulmonar
Mesoderma conjuntivo + (que vai originar a Árvore Respiratória).
Esplâncnico cartilagem + músculo
liso dessas estruturas O Divertículo se separa da Faringe primitiva,
porém, ele se mantém em comunicação com
Ao final da 4ª semana – o Sulco
esta através do – Orifício Laríngeo Primitivo.
Laringotraqueal se evagina para formar um –
Divertículo Laringotraqueal. Ocorre então o aparecimento das – Pregas
Traqueoesofágicas longitudinais – no
Esse divertículo localiza-se ventral à parte
Divertículo, elas se aproximam umas das outras
caudal do intestino anterior.
e se fundem para formar o –
À medida que o divertículo se alonga, é Septo Traqueoesofágico
envolvido pelo Mesoderma Esplâncnico.
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Apostila Sistema Respiratório

convertendo a – Glote Primitiva (forma


de fenda) em um Canal Laríngeo.
(forma de T)

O epitélio da Laringe se prolifera com


velocidade – resultando em uma
oclusão temporária da luz da laringe.

A recanalização ocorre por volta da 10ª


semana – e os Ventrículos da Laringe
Legenda: Desenvolvimento do Septo Traqueoesofágico. são formados durante esse processo.
Esse septo divide a porção cranial do intestino Esses ventrículos são delimitados por pregas da
anterior em: mucosa que se tornam as –
Tubo Laringotraqueal Pregas Vocais e Pregas Vestibulares.
Parte Ventral (primórdio da Laringe
– Traqueia – A Epiglote – se desenvolve da parte caudal da
Brônquios – Pulmões) Eminência Hipofaríngea (3º e
Primórdio da 4º arcos faríngeos).
Parte Dorsal Orofaringe e do
Esôfago A parte rostral da Eminência forma a parte
Faríngea da língua.
A abertura do Tubo Laringotraqueal na Faringe
torna-se o – Canal Laríngeo Primitivo. Devido os Músculos da Laringe se desenvolvem
dos Mioblastos do 4º e 6º pares de Arcos
Desenvolvimento da Laringe faríngeos – eles são inervados pelos ramos
O epitélio de revestimento da Laringe se Laríngeos do Nervo Vago.
desenvolve do – Endoderma da
extremidade cranial do Tubo
Laringotraqueal.

Já as cartilagens da laringe se
desenvolvem do 4º e 6º pares de
Arcos Faríngeos – e do Mesênquima
que é derivado das Células da Crista
Neural.

O Mesênquima cranial do Tubo


Laringotraqueal se prolifera e produz
os – Brotos Aritenoides – esses
brotos crescem em direção à língua,
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Atresia Laríngea (obstrução) Apostila Sistema Respiratório

É uma rara anomalia congênita


Observação
Resultante da: falha da recanalização da
Laringe. Nos neonatos a laringe é encontrada em
uma posição alta do pescoço – esse
Produz: obstrução das vias respiratórias posicionamento permite que a Epiglote
superiores do feto ou Síndrome de entre em contato com o Palato mole.
Obstrução congênita das vias respiratórias
superiores. Isso proporciona uma separação dos tratos
respiratórios e digestórios –facilitando a
Na região distal da atresia, as vias amamentação, porém, significa que o
respiratórias tornam-se dilatadas e os neonato respira apenas pelo nariz. – a
pulmões aumentados e preenchidos por descida da laringe ocorre em torno dos
líquidos., podem comprimir o coração. primeiros 2 anos de vida.
O diafragma esta achatado ou invertido e há
uma Ascite Fetal (acumulo de liquido seroso
Desenvolvimento da Traqueia
na Cavidade Peritoneal) e/ou Hidropsia
(acumulo de liquido no Espaço Intracelular,
causando edema e morte).

A atresia incompleta ou Rede laríngea é um


defeito em que o tecido conjuntivo entre as
cordas vocais é recoberto por Membrana
mucosa – causando uma obstrução nas vias
respiratórias e um choro rouco em
neonatos. – esse defeito resulta de uma
recanalização incompleta da laringe durante
a 10ª semana.
Durante a separação do intestino anterior – o
Divertículo Laringotraqueal forma a Traqueia e
2 evaginações laterais –
Brotos brônquicos primários.

Endoderma do Forma o Epitélio e


Tubo Glândulas da Traqueia
e do Epitélio Pulmonar
Laringotraqueal
Mesoderma Forma o Tecido
Esplâncnico que conjuntivo +
cartilagem + músculo
envolve o Tubo da traqueia
Laringotraqueal
Fistula Traqueoesofágica LETÍCIA TIMBÓ 6
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Passagem anormal entre a Traqueia e o


Esôfago. Estenose e Atresia Traqueal
Afeta mais bebê do sexo masculino e é Estenose (estreitamento) e a Atresia da
uma anomalia congênita mais frequente no traqueia são anomalias congênitas incomuns.
trato respiratório inferior.
Resulta da: divisão desigual do intestino
Surge entre a 3ª e 4ª semana de anterior em Esôfago e Traqueia.
desenvolvimento.
Consiste em uma projeção da Traqueia em
Está associada com a Atresia Esofágica. fundo cego. – o seu crescimento pode
Resulta da: divisão incompleta da parte terminar em um tecido pulmonar
cranial do intestino anterior nas partes aparentemente normal, formando um lobo
respiratórias e esofágicas durante a 4ª traqueal do pulmão.
semana Ele pode causar infecções e angústia
A fusão incompleta das Pregas respiratória em recém-nascidos.
Traqueoesofágicas resulta em um Septo
Traqueoesofágico defeituoso e uma FTE. Desenvolvimento dos Brônquios e Pulmões

Os bebês que O Broto respiratório (Broto pulmonar) se


possuem FTE e desenvolve na extremidade caudal do
Atresia esofágica Divertículo Laringotraqueal, durante a 4ª
não conseguem semana.
deglutir – eles
Esse broto se divide em 2 evaginações.
babam a saliva e
Crescem
quando alimentados
lateralmente para
regurgitam o leite
Brotos Brônquicos dentro dos Canais
imediatamente. Pericardioperitoneais
Primários
(primórdio da
Cavidade Pleural)
Brotos Brônquicos
Fenda Laringotraqueoesofágica Secundários e -

Resulta de: falha durante a separação Terciários


completa do Esôfago. Junto com o Mesênquima Esplâncnico – os
Resultando em uma conexão persistente brotos brônquicos se diferenciam em brônquios
entre essas estruturas normalmente separas. e suas ramificações nos pulmões.

Sintomas são similares aqueles da FTE a No inicio da 5ª semana – a conexão de cada


diferença é a Afonia broto brônquico com a Traqueia aumenta
(incapacidade de falar).
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Apostila Sistema Respiratório

para formar o primórdio do – Mesênquima forma o músculo liso + tecido


Brônquio Principal. conjuntivo dos Brônquios + tecido conjunto
Pulmonar + capilares.
É maior e está
orientado mais Quando os pulmões se desenvolvem, estes
Brônquio Principal verticalmente – adquirem uma camada da Pleura Visceral
direito possui mais facilidade derivada do Mesênquima Esplâncnico.
para entrada de
corpos estranhos. A parede torácica corporal torna-se revestida
Brônquio Principal por uma camada de – Pleura Parietal
É menor
esquerdo (derivada do Mesoderma Somático)

O Brônquio Principal subdividi-se em Brônquio O espaço entre a Pleura Parietal e Visceral é a


secundário que forma os ramos lobares – este – Cavidade Pleural.
se divide em segmentares – que originam os
Maturação dos Pulmões
Intrassegmentares.
O Brônquio Lobar . É dividida em 4 estágios:
superior suprirá o lobo Estágio
superior do Pulmão e o 5ª à 17ª semana
Lado Direito Brônquio Lobar inferior se Pseudoglandular
divide em 2 (Brônquio Estágio Canalicular 16ª à 26ª semana
lobar médio e inferior) Estágio de Saco 24ª ao final do
2 Brônquios secundários Período Fetal
Lado Esquerdo suprem o lobo superior e Terminal
inferior dos Pulmões.
Estágio Alveolar Final do Período
Os Brônquios Segmentares (10 no pulmão Fetal aos 8 anos
direito e 8 e 9 no pulmão esquerdo) começam
a se formar na 7ª semana.

Os Brônquios segmentares de mesênquima


circundante formam o Primórdio dos
Segmentos Broncopulmonares.

Por volta da 24ª semana, aproximadamente


17 ordens de segmentos estão formados e
os Bronquíolos respiratórios se
desenvolveram.

OBS: 7 gerações de vias respiratórias se


formam após o nascimento.
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Estágio Pseudoglandular Estágio de Saco Terminal


O Pulmão possui aparência de Muitos sacos terminais se desenvolvem e seus
Glândulas Exócrinas. epitélios tornam-se finos - os capilares tornam-
se protuberantes nesses sacos.
Com 16 semanas todos os componentes
principais do Pulmão estão formados O intimo contato entre o Epitélio e as células
(exceto aqueles envolvidos com as Trocas endoteliais estabelece a – Barreira
Gasosas) Hematoaérea – que permite uma troca de
gases, necessária para a sobrevivência do feto
A respiração NÃO é possível, portanto os fetos caso este nasça prematuro.
nascidos durante esse período são incapazes
de sobreviver. Na 26ª semana, os sacos terminais são
revestidos por celulares epiteliais pavimentosas
Estágio Canalicular de origem Endodérmica –
os Pneumócitos tipo 1
Sobrepõem-se ao Estágio Pseudoglandular, pois (por onde as trocas gasosas ocorrem)
o desenvolvimento do segmento cranial dos
pulmões amadurece mais rápido do que o Dispersas entres as células pavimentosas, estão
segmento caudal. células epiteliais secretoras –
os Pneumócitos tipo 2
Durante esse estágio, a luz dos Brônquios e (secretam o Surfactante pulmonar)
Bronquíolos terminais tornam-se maiores e o
tecido pulmonar torna-se altamente OBS: A presença de sacos terminais ou um
vascularizado. epitélio alveolar primitivo NÃO é tão importante
para a sobrevivência e desenvolvimento
Por volta da 24ª semana, cada Bronquíolo neurológico de bebês prematuros, quanto uma
terminal forma 2 ou mais Bronquíolos adequada vascularização pulmonar e produção
respiratórios, que irão se dividir em 3 a 6 de surfactante suficiente.
passagens – os Ductos Alveolares primitivos..
Fetos nascidos entre a 24ª e a 26ª semana
A respiração é possível ao final desse período,
podem sobreviver se tiverem cuidados
pois alguns Sacos terminais de parede delgada
intensivos – porém – podem sofrer de
se desenvolvem no final dos Bronquíolos
Desconforto Respiratório pela deficiência de
respiratórios e o tecido pulmonar está bem
surfactante. – a sobrevivência desses bebês
vascularizado
tem aumentado pelo uso de Corticosteroides
(induzem a produção de surfactante)
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Surfactante pulmonar Apostila Sistema Respiratório

Transição de oxigenação pela Placenta para


Se forma como uma película
oxigenação autônoma
monomolecular na parede interna dos
Sacos Alveolares e neutraliza as forças da Requer 3 mudanças dos pulmões;
tensão superficial na interface ar-alvéolo
 Produção de surfactante nos Sacos
Ele facilita a expansão dos sacos terminais Alveolares
por prevenirem a Atelectasia  Transformação dos pulmões de órgãos
(colapsos dos sacos durante a expiração). secretores para órgãos capazes de realizar
as trocas gasosas.
A produção de surfactante inicia entre a
 Estabelecimento das circulações sistêmicas
20ª e a 22ª semana, mas ele esta
e pulmonar em paralelo.
presente apenas em pequenas quantidades
em bebês prematuros, não estando Antes do nascimento, os Alvéolos primordiais
presente em níveis adequados até o final aparecem como pequenas projeções nas
do período fetal. paredes dos Bronquíolos respiratórios e dos
sacos alveolares – dilatações terminais dos
Essa produção aumenta durante os
ductos alveolares.
estágios terminais da gestação, durante as
ultimas 2 semanas. Após o nascimento, os Alvéolos primitivos se
ampliam conforme a expansão dos Pulmões.

OBS: O maior aumento no tamanho dos


Estágio Alveolar pulmões resulta do aumento no numero de
bronquíolos respiratórios e alvéolos primitivos,
Os sacos terminais análogos aos alvéolos estão
mais do que um aumento no tamanho dos
presentes na 32ª semana.
alvéolos.
Ao final do período fetal (38 semanas) os
OBS: o desenvolvimento alveolar está completo
pulmões são capazes de realizar a respiração,
aos 3 anos de idade, mas novos alvéolos são
pois a Membrana Alveolocapilar é delgada o
acrescentados até 8 anos de idade.
suficiente para realizar as trocas gasosas.
Ao contrario dos Alvéolos maduros, os Alvéolos
No inicio do estágio alveolar (32 semanas), cada
imaturos possuem o potencial para formar
Bronquíolo respiratório termina em um
Alvéolos primitivos adicionais.
aglomerado de Sacos alveolares – que
futuramente representam os O principal mecanismo para aumento do
Ductos Alveolares. numero de alvéolos é a formação de septos
secundários de tecido conjuntivo que
subdividem os Alvéolos primitivos existentes.
LETÍCIA TIMBÓ 10
Apostila Sistema Respiratório

O desenvolvimento dos pulmões durante os


primeiros meses após o nascimento é
Patologias Respiratórias
caracterizado pelo aumento exponencial na Oligoidrâmnio
superfície da Barreira Hematoaérea, através da
multiplicação dos alvéolos e capilares. Quantidade insuficiente de Líquido Amniótico.

Movimentos Respiratórios Fetais Acarreta:


 Retardo do desenvolvimento pulmonar
Os movimentos respiratórios fetais podem ser
 Redução da Pressão Hidráulica
detectados pela Ultrassonografia em tempo real,
 Afeta a regulação de Cálcio
ocorrem antes do nascimento, exercendo força
 Hipoplasia Pulmonar.
suficiente para causar a aspiração de algum
liquido amniótico pelos pulmões. Cisto Pulmonar congênito
Esses movimentos aumentam à medida que o São cistos (preenchidos por líquido ou ar)
parto se aproxima, condicionando os músculos formados pela dilatação dos Brônquios terminais.
respiratórios e estimulando o pulmão a se
desenvolver, pela criação de um gradiente de Resultam de: distúrbios no desenvolvimento
pressão entre os pulmões e o liquido amniótico. Brônquico durante o final da vida fetal.

Durante o nascimento, os pulmões estão com Quando existem diversos cistos, os Pulmões
metade de seu volume preenchido com liquido possuem uma aparência de “favo de mel” nas
derivado da cavidade amniótica, pulmões e das radiografias.
glândulas traqueais.
Agenesia Pulmonar
O liquido dos pulmões é retirado ao nascimento por
É a ausência dos Pulmões.
3 rotas:
Resultam da: falha do Broto respiratório ao se
 Através da boca e do nariz por pressão no
desenvolver
tórax fetal durante o parto vaginal
 Pelos capilares, artérias e veias pulmonares. OBS: Agenesia pulmonar unilateral é compatível
 Pelos vasos linfáticos com a vida.

Síndrome da angústia respiratória (SAR) ou


Fatores importantes para o Doença da membrana hialina
Desenvolvimento dos Pulmões
Resulta devido: à deficiência de Surfactante,
 Espaço torácico adequado ocasionada por:
 Movimentos respiratórios fetais
 Nascimento pré-termo
 Volume de liquido amniótico
adequado.
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 Mecanismos maturos de remoção do


liquido pulmonar
 Baixa área de trocas gasosas

As crianças desenvolvem uma respiração


rápida e com dificuldade após o nascimento.

Fatores de risco: Prematuridade – Diabetes


materna – Fatores genéticos.

Hipoplasia Pulmonar

Consiste em uma Hérnia diafragmática


congênita.

O pulmão é incapaz de se desenvolver


normalmente.

Gera:
 Hipertrofia do músculo liso pulmonar
 Diminuição do volume pulmonar
 Diminuição do fluxo sanguíneo

Referências:

 Livro Embriologia Clínica – Moore 8ªed


(Capítulo 11)
 Aula: Prof Jackson Costa – Uninta, dia
15/03/2021, das 16 às 18hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 12
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O Aparelho respiratório é constituído pelos


pulmões e um sistema de tubos que
comunicam o parênquima pulmonar com o
meio exterior.

Histologicamente é dividido em 3 porções:

 Porção condutora – fossas nasais +


nasofaringe + laringe + traqueia +
brônquios + bronquíolos terminais. Esse epitélio consiste em 5 tipos celulares:
 Porção de transição – bronquíolo Célula Colunar Rica em mitocôndrias
respiratório. (onde ocorrem as trocas Ciliada que fornecem ATP
gasosas) para movimentos
(+ abundante) ciliares
 Porção respiratória – ductos alveolares +
sacos alveolares + alvéolos. Células Caliciformes Secretoras de Muco
Possui numerosos
OBS: A mucosa da porção condutora é um Microvilos na
componente importante do Sistema Imunitário, superfície apical –
pois é rica em linfócitos isolados + nódulos são considerados
Células em Escova receptores sensoriais,
linfáticos + plasmócitos + macrófagos.
pois na sua base
Epitélio Respiratório existem terminações
nervosas aferentes.
Célula Granular Funções Endócrinas
A maior parte da porção condutora é
São células-tronco
revestida por Epitélio Ciliado Pseudo- que se multiplicam
estratificado Colunar com MUITAS células por mitose e
caliciformes – denominado de
Célula Basal originam os demais
Epitélio Respiratório. tipos celulares do
Epitélio Respiratório..

OBS: todas as células do Epitélio Respiratório


apoiam-se na Lâmina Basal.
LETÍCIA TIMBÓ 13
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Abaixo do epitélio tem a lâmina própria pode e sudoríparas – constituem uma barreira à
conter: penetração de partículas grosseiras nas vias
 Glândulas aéreas.
 Vasos sanguíneos
Área Respiratória
 Linfócitos difusos ou formando nódulos
envolvidos por celulas M. Maior parte das fossas nasais

Nessa área a Lâmina


Revestida por
Células M própria contém
Epitélio Respiratório
glândulas mistas (serosas
São células que captam antígenos,
e mucosas)..
transferindo-os para os macrófagos e
linfócitos dispostos em cavidades amplas do O muco produzido pelas glândulas mistas e
seu citoplasma. pelas células caliciformes prende
microorganismos e particular inertes, sendo
deslocado ao longo da superfície epitelial em
Síndrome dos cílios imóveis direção à faringe, pelo batimento ciliar. Esse
deslocamento do muco protetor, na direção do
Causa esterilidade no homem e infecção exterior – é importante para proteger o
crônica das vias respiratórias em ambos os aparelho respiratório.
sexos.
A superfície da parede lateral de cada cavidade
É devido à imobilidade dos cílios e flagelos nasal apresenta 3 expansões ósseas:
– consequência da deficiência na
Proteína Dineína. Cornetos
Conchas
(Essa proteína participa da movimentação inferior e médio
dos cílios e flagelos)
OBS: a Lâmina própria dos Cornetos possui um
Plexo Venoso que tem a função de
Fossas Nasais aquecimento, filtração e umedecimento do ar.

Área Olfatória
Possui 3 regiões:
Região Revestida por Epitélio Colunar
Vestíbulo
situada na pseudoestratificado (olfatório) –
Porção mais anterior e dilatada das fossas parte contém os quimiorreceptores
superior das de olfação (neuroepitélios).
Os pelos curtos Revestido por fossas nasais
(vibrissas) e a Epitélio Estratificado – responsável pela sensibilidade olfatória.
secreção das Pavimentoso SEM
glândulas sebáceas Essa área é formado por 3 tipos de células:
queratina
LETÍCIA TIMBÓ 14
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 Células de Sustentação
 Células Basais
Células Basais
 Células Olfatórias  Pequenas e arredondadas
 Situam-se na região basal do epitélio
(entre as células olfatórias e as de
Células de Sustentação sustentação).
 Elas são as células-tronco do epitélio
 Prismáticas. olfatório.
 Largas no ápice e estreita na base.
 Apresenta microvilos que se projetam Seios Paranasais
para dentro da camada, produzindo
muco que cobre o epitélio. São as cavidades de alguns ossos do crânio
 Elas possuem um pigmento amarelo- (frontal – maxilar – etmoide – esfenoide).
acastanhado responsável pela cor da
mucosa olfatória. Sua lâmina própria Revestido por
apresenta algumas Epitélio Respiratório
glândulas pequenas e com poucas
é continua com o células caliciformes
Periósteo adjacente
Células Olfatórias
Os seios se comunicam com as fossas nasais
São neurônios bipolares que se por intermédio de pequenos orifícios. .
distinguem das células de sustentação,
pois seus núcleos se localizam numa O muco produzido é drenado para as fossas
posição mais inferior. nasais pelas células epiteliais ciliadas.

Possuem cílios (sem mobilidade) que são Nasofaringe


excitáveis pelas substâncias odoríferas.
É a primeira parte da faringe.
Na lâmina própria dessa mucosa possui as
Glândulas de Bowman (serosas) –seus É separada incompletamente da orofaringe
ductos levam secreção para superfície pelo palato mole.
epitelial, criando uma corrente liquida
continua que limpa os cílios das células Na Orofaringe o
Revestida por
olfatórias, facilitando o acesso de novas Epitélio é
Epitélio Respiratório
substancias odorífera.s Estratificado
Pavimentoso.
LETÍCIA TIMBÓ 15
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O revestimento da laringe não é uniforme:


Laringe
Face ventral e parte
Tubo de forma irregular que da face dorsal da Epitélio Estratificado
une a faringe à traqueia. Epiglote + cordas Pavimentoso sem
queratina
vocais verdadeiras
Sua parede é formada por Peças Cartilaginosas
Epitélio Respiratório
unidas entre si por tecido conjuntivo Demais regiões com cílios
fibroelástico.
A lâmina própria é rica em fibras elásticas e
OBS: as cartilagens mantém a luz da laringe contem pequenas glândulas mistas (serosas e
sempre aberta, garantindo a livre passagem do mucosas) – essas glândulas não são
ar. encontradas nas cordas vocais verdadeiras.
Peças  Tireóide OBS: na laringe não existe uma submucosa
cartilaginosas  Cricóide bem definida.
maiores (Hialinas)  Aritenóides
Peças  Epiglote Traqueia
cartilaginosas  Corniculada
menores (Elásticas)  Cuneiforme É a continuação da laringe e termina
ramificando-se nos
A Epiglote possui uma mucosa com 2 pares de 2 brônquios extrapulmonares.
pregas:
Revestida
Falsas Cordas Vocais ou internamente por Epitélio Respiratório
Pregas Vestibulares. Revestida Tecido Conjuntivo
externamente por frouxo
 São superiores
 Revestidas por: Epitélio Respiratório Sua submucosa é mal definida.
 Lâmina própria frouxa que contém A Lâmina própria é de Tecido Conjuntivo
numerosas Glândulas mistas. frouxo rico em fibras elásticas e contém
 Mucosa NÃO definida. glândulas seromucosas.
Cordas Vocais Verdadeiras ou
Pregas Vocais Árvore Brônquica
 São inferiores e maiores (entram em A Traqueia ramifica-se originando 2 brônquios
contato com o ar) (primários e secundários), que entram nos
 Revestidas por: Epitélio Estratificado pulmões através do Hil
pavimentoso sem queratina
 Possui sua mucosa apoiada nos Músculos
Intrínsecos da laringe.
LETÍCIA TIMBÓ 16
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Pelo Hilo também São segmentos intralobulares, que NÃO


entram artérias e apresentam peças de cartilagem, glândulas ou
saem vasos nódulos linfáticos.
linfáticos e veias –
Seu epitélio apresenta regiões especializadas
todas essas
denominadas de Corpos Neuroepiteliais
estruturas são
revestidas por
tecido conjuntivo Corpos Neuroepiteliais
denso, sendo o
conjunto São corpos constituídos por grânulos
conhecido como de secreção e recebem terminações
Raiz do pulmão.. nervosas colinérgicas
(quimiorreceptores que reagem às
Brônquios Lobares
alterações na composição dos gases
Ramos maiores Mucosa idêntica a da que penetram o pulmão).
Traqueia
Ramos menores Epitélio Cilíndrico
simples ciliado Lamina própria delgada e rica em
fibras elásticas.
Lâmina própria rica em fibras elásticas.
OBS: quando se compara a espessura das
Camada muscular aparece descontínua paredes dos brônquios com a dos bronquíolos,
(formada por feixes musculares dispostos em nota-se que a musculatura bronquiolar é
espiral que circundam completamente o relativamente mais desenvolvida que a
brônquio). brônquica. As crises asmáticas são causadas
Externamente a essa camada muscular existem principalmente pela contração da musculatura
Glândulas Seromucosas que se abrem na luz bronquiolar, com pequena participação da
brônquica. musculatura dos brônquios.

OBS: Tanto na adventícia como na mucosa: Bronquíolos Terminais


são frequentes acúmulos de linfócitos São as ultimas poções da árvore brônquica
(nos pontos de ramificação de arvore brônquica (fim da porção condutora)
é comum os nódulos linfáticos).
Possui uma
Bronquíolos estrutura Revestido internamente
semelhante à dos por Epitélio colunar baixo
Epitélio da Cilíndrico simples
ciliado bronquíolos, porém, ou cúbico, com células
porção inicial
com a parede mais ciliadas e não ciliadas.
Epitélio da Cúbico simples
(ciliado ou não) delgada.
porção final
LETÍCIA TIMBÓ 17
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Possuem as Células de Clara – células NÃO Nas bordas dos alvéolos, a lâmina própria
ciliadas, que apresentam grânulos secretores apresenta feixes de músculo liso.
em suas porções apicais e secretam proteínas (exceto os ductos mais distais)
que protegem o revestimento bronquiolar
Possui uma matriz rica em fibras elásticas e
contra determinados poluentes do ar inspirado
reticulares que constitui o suporte para os
e contra inflamações.
ductos e alvéolos.
Se subdivide em 2 ou mais bronquíolos
Distendem-se durante
respiratórios que constituem a transição entre a
a inspiração e se
porção condutora e a respiratória. contraem
Fibras Elásticas passivamente na
Bronquíolos Respiratórios
expiração.
Possui estrutura semelhante a do bronquíolo Servem de suporte
terminal, exceto pela presença de numerosas para os delicados
capilares sanguíneos
expansões saculiformes constituídas por
interalveolares e para
alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas. Fibras Reticulares a parede dos alvéolos
As porções não ocupadas pelos alvéolos: são – impedindo a
distensão excessiva
revestidas por Epitélio simples que varia de
dessas estruturas e
colunar baixo a cuboide, podendo ainda eventuais lesões
apresentar cílios na porção inicia.
Alvéolos
Tal epitélio simples contem também as
Celulas de Clara. .São responsáveis pela estrutura esponjosa do
parênquima pulmonar.
Ductos Alveolares
São pequenas bolsas semelhantes a favos de
À medida que a árvore respiratória se prolonga colmeia, abertas de um lado, cujas paredes são
no parênquima pulmonar, o numero de alvéolos constituídas por uma camada epitelial fina
vai aumentando até que a parede passa a ser (pavimentoso simples) que se apoia num tecido
constituída apenas de alvéolos. – e tudo passa a conjuntivo delicado, onde está presente uma
ser chamado de Ducto Alveolar. rica rede de capilares sanguíneos.

Tanto os Ductos alveolares como os Essa parede alveolar é comum a 2 alvéolos


Alvéolos são revestidos por – adjacentes, constituindo uma parede ou septo
Epitélio Simples plano cujas células são interalveolar.
extremamente delgadas
Esse Septo consiste em duas camadas de
Pneumócitos (principalmente do tipo I)
separadas pelo interstício de tecido conjuntivo
com fibras reticulares e elásticas + substancia
LETÍCIA TIMBÓ 18
Apostila Sistema Respiratório

fundamental + celulas do conjuntivo + rede de


capilares sanguíneos Pneumócito tipo I ou
OBS: o septo interalveolar contém a rede Célula Alveolar Pavimentosa
capilar mais rica do organismo. Possui Núcleo achatado e zônulas de
oclusão (Impedem a passagem de fluidos
O ar alveolar é separado do sangue do Espaço tecidual para o interior dos
capilar por 4 membranas: Alvéolos).
 Citoplasma do Pneumócito tipo 1 Função – constituir uma barreira de
 Lâmina basal do Pneumócito tipo 1 espessura mínima para possibilitar as
 Lâmina basal do capilar trocas gasosas e ao mesmo tempo
 Citoplasma da Célula endotelial impedir a passagem de líquido

Barreira Alvéolo. – o CO² dentro dos


A parede interalveolar (com poros) é formada alvéolos precisa atravessar citoplasma do
por 3 tipos celulares: Pneumócito, a membrana basal (lâmina
basal do Pneumócito I + lâmina basal
 Células endoteliais dos capilares
célula endotelial dos capilares) e
 Pneumócitos tipo I
citoplasma da célula endotelial para cair na
 Pneumócito tipo II
corrente sanguínea, se aderir à hemácia
As células endoteliais dos capilares são as mais e seguir o caminho.
numerosas e têm o núcleo mais alongado que
a dos Pneumócitos., além de ter um endotélio Pneumócito tipo II ou Células Septais
do tipo contínuo São células arredondadas que
apresentam microvilosidades
Macrófagos Alveolares ou Localizam-se: entre os Pneumócitos tipo I
Células de poeira com os quais formam desmossomos e
junções unitivas.
São encontrados no interior dos septos
interalveolares e na superfície dos Possuem os Corpos Lamelares que
alvéolos. originam o material que se espalha sobre
a superfície dos alvéolos – formando uma
Mas localiza-se na camada surfactante que camada extracelular denominada de
limpam a superfície do epitélio alveolar. Surfactante pulmonar (reduz a tensão
Função – fagocitar as partículas de poeira superficial dos alvéolos, reduzindo
que adentram o pulmão. também a força necessária para a
inspiração, facilitando a respiração).
LETÍCIA TIMBÓ 19
Apostila Sistema Respiratório

Pleura Aplicação Média


É a serosa que envolve o pulmão, sendo Desde as Cavidades nasais até a Laringe
formada por 2 folhetos, que são contínuos na existem porções de Epitélio Estratificado
região do hilo do pulmão. Pavimentoso – em vez do Epitélio
 Parietal Respiratório.
 Visceral O Estratificado Pavimentoso está
Ambos os folhetos são formando por mesotélio presente nas regiões diretamente
+ Tecido Conjuntivo que contém fibras expostas ao fluxo de ar e à possibilidade
colágenas e elásticas. de abrasão – pois esse tipo de epitélio
oferece melhor proteção ao atrito do que
As fibras elásticas do folheto visceral se o Epitélio Respiratório.
continuam com as do parênquima pulmonar.
OBS: Nos fumantes de cigarros ocorre
Os 2 folhetos delimitam, para cada pulmão, uma um aumento no número das células
cavidade independente e inteiramente revestida caliciformes e redução da quantidade de
pelo mesotélio. células ciliadas. – o aumento da produção
de muco nos fumantes facilita uma
É uma estrutura de grande permeabilidade, o
retenção mais eficaz de polientes, porém
que explica a frequência de acumulo de líquidos
a redução das células ciliadas resulta na
entre os dois folhetos pleurais (derrame pleural)
diminuição do movimento da camada de
muco, o que pode resultar na obstrução
parcial dos ramos mais finos da porção
condutora do Aparelho Respiratório.

Referências:

 Livro Histologia Básica – Junqueira e


Carneiro 13ªed. (Capítulo 17)
 Aula: Prof Auxiliadora – Uninta, dia
15/03/2021, das 14 às 16hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 20
Apostila Sistema Respiratório

O Sistema Respiratório é composto por:


Nariz Externo
Vias Aéreas Vias Aéreas
Superiores Inferiores
Nariz Traqueia
Faringe Brônquios
Laringe Bronquíolos

O Nariz é esta situado acima do Palato duro,


contendo o órgão periférico do olfato.

Inclui a parte externa do nariz + cavidade nasal


(dividida em direita e esquerda pelo Parte visível que se projeta da face.
Septo Nasal)
Esqueleto osseocartilagíneo.
Funções
O Dorso do nariz estende-se da raiz até o
 Olfação ápice do nariz.
 Respiração A face inferior do nariz é perfurada por 2
 Filtração da poeira aberturas – as Narinas
 Aquecimento do ar (são limitadas lateralmente pelas Asas do Nariz)
 Umidificação
O esqueleto do Nariz é formado por –
 Eliminação de Secreção
Osso + Cartilagem Hialina.

Parte óssea do Nariz

 Ossos nasais
 Processos frontais das maxilas
 Parte nasal do frontal
 Espinha nasal
 Parte óssea do septo nasal
LETÍCIA TIMBÓ 21
Apostila Sistema Respiratório

Parte Cartilagínea (ínfero-anterior) do Nariz Músculos do Nariz Externo

 2 cartilagens Laterais  Prócero


 2 cartilagens Alares (maior e menor)  Nasal Transverso
 1 cartilagem do Septo.  Nasal Alar
 Compressor do nariz
OBS: As Cartilagens Alares – são livres e
 Depressor do nariz
móveis, dilatam ou estreitam as narinas.
 Dilatador anterior do nariz
 Levantador do lábio superior e da asa
Septo Nasal do nariz.

Atuam sobre a Asa do nariz e são –


Divide a câmara do nariz em 2 cavidades
Constrictores e Dilatadores.
nasais (direita e esquerda):

Componentes do Septo Nariz Interno


(Cavidade Nasal)
 Lâmina perpendicular do Etmoide
 Vômer É o espaço compreendido entre as Narinas
 Cartilagem do Septo Nasal (anteriormente) e as Coanas (posteriormente)

Forma a parte Divisão da Cavidade Nasal


superior do Septo
Nasal, desce a partir  Vestíbulo nasal
Lâmina da Lâmina  Região olfatória
Perpendicular do Cribriforme e  Região respiratória
Etmoide continua
superiormente a É revestida por Túnica mucosa (com exceção
essa lâmina como a do Vestíbulo Nasal, que é revestido por pele)
Crista Etmoidal.
Forma a parte Relações da Cavidade Nasal
posteroinferior do
septo, com  Seio Frontal
Vômer algumas Superior  Fossa craniana
contribuições das anterior
Cristas Nasais +  Seio Esfenoidal
Maxila + Palatino.  Órbita
Tem uma Lateral  Seio Etmoidal
articulação do tipo  Seio Maxilar
Cartilagem do Septo macho e fêmea
Nasal com as margens Inferior Cavidade Oral
do Septo ósseo. Posterior Nasofaringe
LETÍCIA TIMBÓ 22
Apostila Sistema Respiratório

Conchas
São projeções ósseas – que aumentam a
superfície de contato, para garantir que o
Limites da Cavidade Nasal contato entre ar e a mucosa mantenha a
função de filtrar, aquecer e umidificar.
 Frontonasal
Teto  Etmoidal Concha nasal Média e Processos mediais do
 Esfenoidal Superior Etmoide
 Processo palatino Mais longa e larga
Assoalho da Maxila É formada por um
 Lâmina horizontal osso independente –
do palatino Concha nasal Inferior
 Nasal Concha nasal Inferior É coberta por uma
 Maxila Camada mucosa –
 Lacrimal que aumenta e
 Etmoide controla o calibre da
Parede Lateral Cavidade Nasal
 Esfenoide
 Concha nasal
inferior Meatos Nasais
 Palatino
 Cartilagem do Entre a Concha nasal
Septo média e superior
Parede Medial  Etmoide Meato Superior É a abertura das
 Vômer Células Etmoidais
 Coluna Posteriores
Entre a Concha nasal
Características da Cavidade Nasal média e inferior
Superiormente –
É dividida em 5 passagens: Bula Etmoidal
(Abertura das Células
 1 Recesso Esfenoetmoidal Meato Médio Etmoidais anteriores e
posterossuperior médias).
 3 Meatos nasais laterais Inferiormente –
(superior, médio, inferior) Hiato Semilunar
(Abertura do Seio
 1 Meato Nasal comum medial
maxilar e frontal)
Entre o Assoalho e a
Meato Inferior Concha nasal inferior
É a abertura do
Ducto Nasolacrimal.
LETÍCIA TIMBÓ 23
Apostila Sistema Respiratório

Vascularização
Irrigação do Nariz

Nariz Externo
Ramo da Art. Carótida Drenagem Linfática
Art. Facial Externa
 Linfonodos submandibulares do pescoço
Art. Infra-orbital Ramo da Art. Maxilar
Ramo da Art.  Linfonodos cervicais profundos
Art. Nasal Dorsal Oftálmica
Inervação do Nariz

Nariz Interno Nariz Externo


Art. Etmoidal Anterior Sensitiva – Motora –
Art. Etmoidal Ramo da Art. Nervo Trigêmeo Nervo Facial
Posterior Oftálmica.
Nervo Oftálmico e
Art. Esfenopalatina Maxilar Ramos Zigomáticos
Art. Palatina Maior Ramo da Art. Maxilar.
Ramo septal da Nariz Interno
Artéria Labial Ramo da Art. Facial. Sensitiva Especial Sensitiva Geral
Superior Nervo Olfatório Nervo Trigêmeo
Drenagem do Nariz
Região Nervo Maxilar
Nariz Externo posteroinferior  Nervo Nasopalatino
Veia Facial  Nervo Palatino maior
Veia Jugular Interna Nervo Oftálmico
Veia Oftálmica Região  Nevos Etmoidais
anterossuperior anteriores e
Nariz Interno posteriores
Plexo nervoso Submucoso situa-se
profundamente a Túnica mucosa do nariz  Maior parte do nariz é inervada pelo
Veia Esfenopalatina Nervo Oftálmico
Plexo Pterigóide  As asas do nariz são supridas pelos
Veia Facial Veia Jugular Interna
ramos nasais do nervo infraorbital.
Veia Infraorbitária
Veias Oftálmicas

O plexo venoso do nariz drena principalmente


para a Veia Facial através das Veias Angular e
Nasal lateral.
LETÍCIA TIMBÓ 24
Apostila Sistema Respiratório

 Divide-se em cavidades – Células


Seios Paranasais
Etmoidais

Drenam para o Meato


Células Etmoidais Nasal médio – através
Anteriores do Infundíbulo
etmoidal
Abrem-se no Meato
Nasal Médio e são
Células Etmoidais chamadas de –
Médias Bolhosas (formam a
Bolha Etmoidal)
Células Etmoidais Abrem-se no Meato
São cavidades pneumáticas nos ossos em Posteriores Nasal Superior
torno da cavidade nasal com qual se
comunicam através de orifícios e canais OBS: Quadros infecciosos nessa região podem
evoluir para Cegueira – pois algumas células
Seio Frontal etmoidais posteriores situam-se próximo ao
Seio Maxilar Canal óptico, que dá passagem ao Nervo
Células anteriores e Óptico e à Artéria Oftálmica.
Grupo Anterior médias do Seio
Etmoidal . Seio Esfenoidal (Posterior)
(Meato médio)
Seio Esfenoidal  Localiza-se: no corpo do esfenoide
(Recesso  Encontra-se dividido por um Septo
Grupo Posterior Esfeno-etmoidal) Ósseo
Células posteriores do
Seio Etmoidal Apenas lâminas finas de osso separam os seios
(Meato superior) de várias estruturas importantes – nervos
Seio Frontal (Superior) ópticos + quiasma óptico + hipófise + artérias
carótidas internas + seios cavernosos
 Localiza-se: posterior aos arcos
superiores e raiz do nariz As células etmoidais posteriores invadem o
Esfenoide – dando origem a vários seios
 Drena através do Ducto Frontonasal
esfenoidais que se abrem separadamente no
para o Infundíbulo etmoidal – que se
Recesso Esfenoetmoidal.
abre no Hiato semilunar do Meato Nasal
Médio. OBS: A Hipófise é acessada cirurgicamente
através do Seio Esfenoidal –
Seio Etmoidal (Central)
aceso Transesfenoidal.
 Localiza-se entre a cavidade nasal e a
Seios Maxilares (inferior)
órbita
 Localiza-se no corpo da maxila
LETÍCIA TIMBÓ 25
Apostila Sistema Respiratório

 São os maiores seios paranasais Essas infecções podem se disseminar:


 Drena através do óstio maxilar.
 Fossa craniana anterior (Através da
 Abrem-se no Meato nasal médio..
Lâmina Cribriforme)
Ápice Osso Zigomático  Nasofaringe
Base Cavidade Nasal  Ouvido Médio (Através da Tuba auditiva)
Teto Assoalho da Órbita  Aparelho lacrimal e conjuntiva
Assoalho Parte alveolar da  Seios paranasais
Maxila
Sinusite
Aplicações Médicas É a inflamação e tumefação da mucosa dos
Seios paranasais
Fratura no Nariz
OBS: Acomete mais o Seio Maxilar – pois
São fraturas faciais comuns em esportes e
possui óstios pequenos e esta em posições
acidentes – devido à proeminência do nariz.
mais altas na parede superomedial.
Pode ocorrer Epistaxe (sangramento nasal) –
As vezes há inflamação de vários seios –
na maioria dos casos, a causa é traumatismos e
Pansinusite.
hemorragia no terço anterior do nariz
(Plexo de Kiesselbach) Rinorréia e Líquido cérebro-espinhal

É o extravasamento de líquor – resultando da


fratura da Lâmina Cribriforme e da dilatação
das Meninges.

Desvio de Septo

É comum e pode ser consequência de


Tocotraumatismo (traumatismo durante o
parto) e Traumatismo.

Causa:
Obstrução
Rinite respiratória
(dificuldade
Durante infecções respiratórias e reações
alérgicas – ocorrem edema e inflamação da de respirar)
mucosa nasal. A mucosa
se espessa
Esse edema é imediato – devido á
– mediante uma resposta inflamatória gerada
vascularização do nariz.
LETÍCIA TIMBÓ 26
Apostila Sistema Respiratório

pelo contato da mucosa do Septo com a


mucosa da parede lateral da Cavidade Nasal. Rinoplastia
Pode ser corrigida cirurgicamente. Cirurgia realizada na estrutura nasal para
melhorar a estética ou a respiração do
indivíduo.
Nasofibroscopia
Serve para correção de deformidades
É um exame endoscópico – que avalia a traumáticas ou naturais e ainda corrige
Cavidade nasal até a Laringe. disfunções.

Feito através do aparelho Nasofibroscópio. Rinomodelação


Destinado a captar É uma abordagem não cirúrgica para
alterações na modificar aspectos estéticos do nariz.
Cavidade nasal –
desvio de septo Usualmente utiliza-se produtos de
nasal, hipertrofia preenchimento.
de cornetos Riscos: Necrose do tecido – mediante a
inferiores, obstrução do Ácido Hialurônico, que
hipertrofia de interrompe a vascularização da região,
adenoide, sinusite e tumores nasais. causando Isquemia (morte do tecido).

Referências:

 Livro Anatomia orientada para clínica-


Moore 7ªed..
 Aula: Prof Janderson Rodrigues – Uninta, dia
16/03/2021, das 8 às 12hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 27
Apostila Sistema Respiratório

Faringe é a parte expandida superior do


Sistema Digestório.
Parte Nasal da Faringe
(Nasofaringe)
Situa-se posterior ás cavidades nasal e oral, que
se estende inferiormente além da Laringe. É a extensão posterior das Cavidades Nasais
com função – Respiratória.
Estende-se da Base do crânio até a margem
inferior da Cartilagem Cricóidea (anteriormente) O Nariz abre-se nessa parte da Faringe –
e margem inferior da Vértebra C6 através de 2 cóanos.
(posteriormente) A Faringe possui abundancia de Tecido Linfoide
Divisão da Faringe que é agregado formando a – Tonsila
Faríngea – situada na túnica mucosa do teto e
na parede posterior da Nasofaringe.

OBS: Essa tonsila é chamada de Adenoide


quando está inchada.

A Prega Salpingofaríngea cobre o Músculo


Salpingofaríngeo, que abre o Óstio faríngeo da
tuba auditiva durante a deglutição.

A coleção de tecido linfoide na tela submucosa


da faringe perto deste óstio é a – Tonsila
Tubária.

Base do crânio até o Posteriormente ao Toro Tubário e à Prega


Nasofaringe Palato Mole Salpingofaríngea há uma projeção lateral da
Faringe – o Recesso Faríngeo.
Orofaringe Posterior à boca
Da Epiglote até o Istmo faríngeo – separa a nasofaringe da
Laringofaringe início do Esôfago orofaringe.
LETÍCIA TIMBÓ 28
Apostila Sistema Respiratório

OBS: Na Faringe existe uma abertura


de passagem da Faringe para a
Cavidade do Ouvido Médio – o Óstio
faríngeo da tuba auditiva. Ele possui a
função de regular a variação de
pressão quando estamos subindo uma
serra a medida que você mastiga algo,
os Músculos Salpingofaríngeos entram
em movimento e abrem o óstio.

Parte Oral da Faringe


(Orofaringe)
A Orofaringe estende-se do palato mole
até a margem superior da Epiglote e OBS: As tonsilas palatinas, linguais e faríngeas
possui função – Digestória. formam o anel linfático da faringe – uma faixa
Seus limites são circular de tecido linfoide ao redor da parte
superior da faringe. Tonsila Palatina
(lateralmente) - Tonsila Faríngea
Superior Palato mole
(superiormente) - Tonsila Lingual
(inferiormente)
Inferior Base da língua

Arcos Palatoglosso
Parte Laríngea da Faringe
Laterais e Palatofaríngeo (Laringofaringe)
Estende-se da margem superior da epiglote e
As tonsilas palatinas são coleções de tecido
das Pregas Faringoepiglóticas até a margem
linfoide de cada lado da Orofaringe.
inferior da Cartilagem Cricóidea, onde se
Essas tonsilas não ocupam toda a estreita e se torna continua com o Esôfago.
Fossa tonsilar entre os – Arcos Palatoglosso Formadas pelos
(anterior) e Palatofaríngeo (posterior) Parede Posterior e Músculos
Lateral Constritores Médio e
Essa fossa tonsilar é formada pelo – Inferior da Faringe
Músculo constritor superior da Faringe + Formada pelos
Lâmina fibrosa da fáscia faringobasilar. Parede Interna Músculos
Palatofaríngeo e
Estilofaríngeo
LETÍCIA TIMBÓ 29
Apostila Sistema Respiratório

A Laringofaringe comunica-se com a Laringe Cama longitudinal Interna


através do – Ádito da Laringe.
 Palatofaríngeo
O Recesso Piriforme é uma depressão da parte  Salpingofaríngeo
laríngea de cada lado do adito da laringe.  Estilofaríngeo
OBS: O Recesso piriforme é o local de engasgo. Função: Elevar (encurta e alarga) a Faringe e a
Laringe – durante a deglutição e fala.
Esse recesso é separado do Ádito da Laringe
pela – Prega Ariepiglótica.
Vascularização
Músculos da Faringe Artérias da Faringe
Camada Circular Externa Atravessa o
Mús. Constritor
 Constrictor Superior Ramo da Superior da
Artéria
 Constrictor Médio Tonsilar Artéria Faringe e entra
 Constrictor Inferior Facial no polo inferior
da Tonsila
Inervados pelo Plexo Faríngeo – formado por Palatina.
ramos faríngeo dos Nervos Vago e Artéria Ramo da
Glossofaríngeo. Faríngea Carótida -
Ascendente Externa
Função: Contrair as paredes da faringe na Artéria Ramo da
deglutição Tireóidea Carótida -
Superior Externa

OBS: A Tonsila Palatina recebe brotos arteriais


das Artérias: Lingual + Palatina ascendente +
Palatina descendente + Faríngea ascendente.

Veias da Faringe

Veia Palatina Desce do palato mole e passa


Externa perto da face lateral da
(Paratonsilar) Tonsilar antes de entrar no
Plexo Venoso Faríngeo

Drenagem Linfática da Faringe

Linfonodo Jugulodigástrico – denominado de


Linfonodo Tonsilar.
LETÍCIA TIMBÓ 30
Apostila Sistema Respiratório

Inervação
Adenoidites e
Deriva do Plexo Nervoso Faríngeo
Hipertrofia de Adenoide
Derivadas do Nervo
Vago Aumentam de volume nos primeiros anos
Suprem todos os de vida, mas começam a regredir por volta
músculos da Faringe dos 6 e 7 anos de idade.
e do Palato Mole
Fibras Motoras (exceto Músculo Como o nariz, a faringe e o ouvido se
Estilofaríngeo que é comunicam internamente, as Adenoidites de
suprido pelo NC IX e repetição ou Hipertrofia das adenoides, além
Músculo Tensor do de prejudicar a respiração, pode obstruir a
Véu Palatino que é abertura da Tuba Auditiva (canal de
suprido pelo NC V)
comunicação entre o nariz e a orelha média)
Derivadas do Nervo
Fibras sensitivas Glossofaríngeo e gerar complicações como Otites e Perda
auditiva.

Referências:

 Livro Anatomia orientada para clínica –


Moore 7ªed.
 Aula: Prof Janderson Rodrigues – Uninta, dia
16/03/2021, das 08 às 12hrs
LETÍCIA TIMBÓ 31
Apostila Sistema Respiratório

A Laringe juntamente com a Traqueia, são as


vísceras que compõe a Camada Respiratória. como “esfíncter” ou “válvula” do sistema
respiratório inferior)
 Conecta a Faringe com a Traqueia
 Responsável pelo mecanismo de
fonação

Estrutura da Laringe

A Laringe é o complexo órgão de


produção de voz.

É formada por 9 cartilagens unidas por


membranas + ligamentos e contém –
Pregas Vocais.

Localiza-se na região anterior do pescoço


(ao nível dos corpos vertebrais C3 a C6).

Ela une a parte inferior da Laringe à Traqueia.

Funções da Laringe

 Protege as vias respiratórias (sobretudo


durante a deglutição, quando serve
LETÍCIA TIMBÓ 32
Apostila Sistema Respiratório

Formado por 9 cartilagens: Os Cornos Inferiores articulam-se com as faces


laterais da Cartilagem Cricóidea nas –
Ímpares Pares Articulações Cricotireóideas.

 Tireóidea  Aritenóidea Os principais movimentos dessa articulação são


 Cricóidea  Corniculada rotação e deslizamento da Cartilagem Tireóidea
 Epiglótica  Cuneiforme – que modificam o comprimento das Pregas
Vocais.

Cartilagem Cricóidea
Cartilagem Tireóidea
É a mais espessa e mais forte.
É a MAIOR das cartilagens
Parte Posterior da
2/3 inferiores de suas 2 lâminas fundem-se Cartilagem (Sinete) É a Lâmina
anteriormente no Plano Mediano para formar a Parte Anterior da
Cartilagem (Anel) É o Arco
– Proeminência laríngea ou Pomo de Adão.

Acima dessa proeminência, as laminas divergem Fixa-se a margem inferior da Cartilagem


para formar uma – Incisura Tireóidea Superior Tireóidea pelo – Ligamento Cricotireóideo
em forma de V. mediano e ao primeiro anel traqueal pelo –
Ligamento Cricotraqueal.
Já a Incisura Tireóidea Inferior é um entalhe
pouco profundo no meio da margem inferior OBS: É o único anel de cartilagem completo a
da cartilagem. circundar a Via Respiratória.

A margem posterior de cada lâmina projeta-se  Músculo Cricotireóideo


em sentido superior, como o –  Músculo Cricotireóideo posterior
Corno superior e inferior.
Cartilagens Aritenóideas
A Margem superior + os Cornos superiores
São piramidais pares, com 3 lados que se
fixam-se ao Hioide pela
articulam com as partes laterais da margem
Membrana Tíreo-hióidea.
superior da lâmina da Cartilagem Cricóidea.
Parte Mediana da Ligamento
Cada uma dessas cartilagens tem um:
Membrana Tíreo-hióideo mediano
 Ápice superior
Partes Laterais da Ligamentos
Membrana Tíreo-hióideos laterais  Processo vocal anterior
 Processo muscular
LETÍCIA TIMBÓ 33
Apostila Sistema Respiratório

Tem a Cartilagem Cartilagem Epiglótica


Ápice Corniculada e se fica à
Prega Ariepiglótica Formada por Cartilagem Elástica – confere
Permite a fixação flexibilidade à Epiglote.
Processo Vocal posterior do
Ligamento Vocal OBS: Possui forma de coração.
Atua como alavanca à Situa-se posteriormente à raiz da língua e ao
qual estão fixados os
hioide, e anteriormente ao Ádito da laringe.
Músculos
Processo Muscular Cricoaritenóideos Sua extremidade superior é livre, já a
Posterior e Lateral. extremidade inferior, chamada de Pecíolo
As articulações Cricoaritenóideas – localizadas Epiglótico – está fixado pelo Ligamento
entre as bases das cartilagens Aritenóideas e as Tireoepiglótico ao ângulo formado pelas lâminas
faces superolaterais da lâmina da Cartilagem da Cartilagem Tireóidea.
Cricóidea – permitem que as Cartilagens O Ligamento Hioepiglótico fixa a face anterior
Aritenóideas deslizem, aproximando-se ou da Cartilagem Epiglótica ao Hióide.
afastando-se umas das outras (movimento
importante na aproximação, tensionamento e A Membrana Quadrangular (corda vocal falsa)
relaxamento das Pregas Vocais). é uma lamina fina de tecido conjuntivo que se
estende entre as faces laterais das Cartilagens
Os Ligamentos Vocais elásticos estendam-se da Aritenóidea e Epiglótica.
junção das lâminas da Cartilagem Tireóidea
anteriormente até o processo vocal da A margem inferior livre constitui o Ligamento
Cartilagem Aritenóidea posteriormente. Vestibular – que é coberto por mucosa para
formar a – Prega Vestibular.
Esses ligamentos vocais são a margem superior
livre do Cone elástico ou Membrana Cricovocal. Essa prega situa-se acima da Prega Vocal e
estende-se da Cartilagem Tireoidea até a
As partes da membrana que estendem Cartilagem Aritenóidea.
lateralmente entre as pregas vocais e a
margem superior da cartilagem cricóidea são os A margem superior livre da Membrana
Ligamentos Cricotireóideos laterais. Quadrangular forma o – Ligamento
Ariepiglótico, que é coberto por túnica mucosa
O cone elástico funde-se anteriormente com o para formar a – Prega Ariepiglótica.
Ligamento Cricotireóide mediano – fechando a
abertura da traqueia Cartilagens Corniculada e Cuneiforme
(com exceção da Rima da glote central)
São as menores cartilagens.
 Músculo Cricoaritenóideo posterior Apresentam como pequenos nódulos na parte
 Músculo Vocal posterior das Pregas Ariepiglóticas
LETÍCIA TIMBÓ 34
Apostila Sistema Respiratório

Fixa-se aos Ápices das Cavidade inferior da


Cartilagem Corniculada Cartilagens Laringe entre as
Aritenóideas Cavidade Infraglótica Pregas Vocais e a
NÃO se fixam margem inferior da
Cartilagem Cuneiforme diretamente em Cartilagem Cricóidea.
outras Cartilagens
Pregas Vocais
.A Membrana Quadrangular e o Cone Elástico
são as partes superior e inferior da Controlam a produção do som
Membrana Fibroelástica da Laringe. Cada prega vocal contém um:
É a margem livre
Membrana Ligamento Vocal medial do Cone
Membrana Mucosa Elástico
Tireo-hióidea
Músculo Vocal Situam-se lateral aos
Cobre tudo, exceto Ligamentos Vocais.
Perfurada pelos vasos
as pregas verdadeiras
Laríngeos e Nervo As Pregas Vocais estão situadas sobre os
e ariepiglóticas
Laríngeo interno Ligamentos Vocais e os Músculos
Tireoaritenóideos.

Elas dão origem aos sons que provêm da


Interior da Laringe Laringe e são o principal esfíncter inspiratório
A cavidade da laringe estende-se do Ádito da da Laringe quando estão fechadas.
Laringe até o nível da margem inferior da Glote
Cartilagem Cricóidea.
É formada pelas Pregas e Processos Vocais,
A cavidade da laringe inclui: juntamente com a Rima da Glote
Entre o Ádito da (abertura entre as pregas vocais)
Vestíbulo da Laringe laringe e as Pregas
Vestibulares Respiração A Rima é estreita e
Parte média da Cavidade central entre Comum cuneiforme
cavidade da Laringe as Pregas Vestibulares
e as Vocais.
Expiração A Rima é larga e
Forçada trapezoide.
Recessos que se
estendem
Pregas Vestibulares
lateralmente da parte
Ventrículo da Laringe média da cavidade da Estendem-se entre a Cartilagem Tireóidea e as
Laringe entre as Cartilagens Aritenóideas – desempenham
pregas Vestibulares e
Vocais. pequeno papel na produção de voz, sua
função é protetora.
LETÍCIA TIMBÓ 35
Apostila Sistema Respiratório

Consistem em 2 pregas espessas que Intrínsecos


encerram os Ligamentos Vestibulares. Cricoaritenoide Movimentam
lateral as Pregas
O espaço entre esses Ligamentos é a – Adutores Aritenóide Vocais para
Rima do Vestíbulo. transverso abrir e fechar
Aritenóide a Rima da
Entre as Pregas vocais e vestibulares existe um Obliquo Glote
recesso chamado de – Ventrículo da Laringe Cricoaritenóide
Abdutores Posterior -
Musculos da Laringe Cricoaritenóide Fecha o Ádito
lateral da Laringe
São divididos em Extrínsecos e Intrínsecos. Esfíncteres Aritenóide como
transverso mecanismos
Movem a Laringe Aritenóide de proteção
Extrínsecos como um todo obliquo durante a
Movem os Ariepiglótico deglutição.
componentes da Inclina e
Laringe – alterando o traciona a
Intrínsecos comprimento, a Proeminência
tensão das Pregas da Cartilagem
Vocais, o tamanho e o Tireóidea
formato da Rima da anterior e
Glote. Cricotireóideo inferiormente
Tensores
em direção ao
OBS: TODOS, com exceção de um, são
Arco da
supridos pelo Nervo Laríngeo Recorrente. Cartilagem
(O Músculo Cricotireóideo é suprido pelo Nervo Cricóidea –
Laríngeo Externo – um dos ramos terminais do elevando a
Nervo Laríngeo Superior) altura da voz.
Tracionam as
Infra-hióide Abaixa o Hióide Tireoaritenóide Cartilagens
Extrínsecos e a Laringe Aritenóideas
Supra-hióide Elevam o Hioide Relaxadores
anteriormente
Estilofaríngeo e a Laringe Vocal reduzindo a
altura da voz. .
OBS: Músculos Vocais situam-se medialmente
aos músculos Tireoaritenóideos e lateralmente Vascularização da Laringe
aos ligamentos vocais nas pregas vocais. –
Artérias da Laringe
fazem pequenos ajustes dos ligamentos vocais,
mediante tensão e relaxamento seletivo das Artéria Supre a face Ramo da Art.
partes anterior e posterior das pregas vocais Laríngea interna da Tireóidea
durante a fala e o canto Superior Laringe Superior.
LETÍCIA TIMBÓ 36
Apostila Sistema Respiratório

Supre os Sensitivo e Autônomo


Artéria Músculos na Ramo da Art. Perfura a Membrana
Laríngea parte inferior Tireóidea Nervo laríngeo interno Tíreo-hióidea com a
Inferior da Laringe Inferior. Artéria Laríngea
Supre o Ramo da Art. Superior.
Artéria Músculo Tireóidea Motor
Cricotireóidea Cricotireóideo Superior. Desce posteriormente
ao Músculo
OBS: Artéria Tireóidea Superior vem da Artéria Nervo laríngeo externo Esternotireóideo junto
Carótida Externa e Artéria Tireóidea Inferior com a Artéria
vem do Tronco Tireocervical. Tireóidea Superior.

Veias da Laringe
Nervo Laríngeo Inferior
Drenam para a (ramo do Nervo Vago)
V. Laríngea Superior + Veia Jugular Nervo Laríngeo
V. Tireóidea Superior Continuação do Recorrente
Inferior
Drenam para a Entra na Laringe
V. Laríngea Inferior + V. Veia profundamente à
Tireóidea inferior Braquicefálica margem inferior do
Esquerda. Caminho Músculo Constritor
inferior da Faringe e
Vasos Linfáticos da Laringe medialmente à
Lâmina da Cartilagem
Os vasos linfáticos da Laringe superiores às Tireóidea.
Pregas Vocais acompanham a Artéria Laríngea Acompanha a Artéria
Superior através da Membrana Tíreo-hióidea e Laríngea inferior até a
drenam para os – Linfonodos cervicais Laringe
profundos superiores. Ramo Anterior Supre os Músculos –
Cricotireóideo lateral +
Os vasos linfáticos inferiores às pregas vocais Tireoaritenóide +
drenam para os – Linfonodos Pré-traqueais ou Vocal + Ariepiglótico
Paratraqueais. – que drenam para os + Tireoepiglótico
Supre os Músculos –
Linfonodos cervicais profundos inferiores.
Cricoaritenóideo
Nervos da Laringe Ramo Posterior posterior +
Aritenóideo transverso
São os Ramos Laríngeos Superior (Músculos + Aritenóideo oblíquo.
Cricotireóideo) e Inferior (TODOS os músculos)
Referências:
dos Nervos Vagos.
 Livro Anatomia orienta para clínica –
Nervo Laríngeo Superior
Moore 7ªed.
(ramo do Nervo Vago)
Origem Gânglio vagal inferior  Aula: Prof Janderson Rodrigues – Uninta, dia
16/03/2021, das 08 às 12hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 37
Apostila Sistema Respiratório

O Esqueleto Torácico forma a Caixa torácica


osteocartilaginea que consiste em:

 12 vértebras torácicas (Posteriormente)


 Discos intervertebrais
 12 pares de costelas (Horizontal)
 Cartilagens costais (Horizontal)
 Esterno (Anteriormente)

OBS: as costelas e as cartilagens costais


formam a maior parte da caixa torácica.

Funções da Caixa Torácica


Estrutura da Caixa Torácica:
 Proteção de órgãos internos torácicos e
 Mediastino (Central)
abdominais contra forças externas.
 Cavidade pulmonar direita
 Resistir às pressões internas negativas
 Cavidade pulmonar esquerda
 Proporcionar fixação para os membros
superiores e sustentar seu peso Parede Torácica
 Proporcionar a fixação de muitos
músculos. A parede torácica inclui:

Embora o formato da caixa proporcione rigidez,  Caixa torácica


suas articulações e a pequena espessura e  Musculos entre as costelas
flexibilidade das costelas permitem a absorção  Pele
de muitos choques e compressões sem fratura  Tela subcutânea
e a modificação do formato para permitir a  Músculos
respiração.  Fáscia que reveste a face anterolateral

OBS: As glândulas mamárias estão situadas na


tela subcutânea da parede torácica.
LETÍCIA TIMBÓ 38
Apostila Sistema Respiratório

Costelas Típicas (3ª à 9ª)


Costelas
As costelas são ossos planos e curvos., muito
leves, porém têm alta resiliência.

Cada costela tem um interior esponjoso


contendo medula óssea (tecido hematopoiético)
– que forma as células do sangue.

Tipos de costelas

Cuneiforme e com 2
faces articulares
separadas pela –
Crista da cabeça da
Costela.
Cabeça da Costela Uma face articula-se
com a Vértebra do
mesmo número da
Costela e outra com a
1ª à 7ª Vértebra superior a
Fixam-se diretamente ela.
Costelas Verdadeiras ao Esterno por meio Une a cabeça da
(Vertebroesternais) de suas Cartilagens Colo da Costela costela ao corpo – no
Costais nível do Tubérculo.
8ª à 10ª Situado na junção do
Suas cartilagens colo e corpo
Costelas Falsas unem-se à Cartilagem Face articular lisa –
(Vertebrocondrais) das Costelas acima que se articula com o
dela (Conexão indireta Tubérculo Costal Processo transverso
com o Esterno) da Vértebra
11ª à 12ª Face NÃO articular
As cartilagens rugosa – local de
Costelas Flutuantes rudimentares delas fixação do Ligamento
(Vertebrais – Livres) NÃO fazem conexão Costotransversário.
(nem mesmo indireta)
LETÍCIA TIMBÓ 39
Apostila Sistema Respiratório

Fino, plano e curvo –


principalmente no
Ângulo costal.
O Ângulo costal
marca o limite lateral
de fixação dos
Corpo da Costela Músculos profundos
do dorso às costelas
Face interna côncava
do corpo exibe um –
Sulco da costela –
que protege o Nervo
e Vasos Intercostais.

Costelas Atípicas (1ª, 2ª, 10ª e 12ª)

É a mais larga e curva


das 7 costelas
verdadeiras Tem uma única face
Tem uma única face 10ª à 12ª Costelas articular que se
articular articula com uma
Possui 2 sulcos Vértebra.
transversais na face São curtas e NÃO
superior para os 11ª e 12ª Costelas tem colo e nem
1ª Costela
Vasos Subclávios tubérculo.
Esses sulcos são
separados pelo Fratura das Costelas
Tubérculo do Músculo
escaleno anterior A fratura da Costela 1 é rara – quando
(local de fixação desse
ocorre pode haver lesão do Plexo Braquial
músculo).
Corpo mais fino, de nervos e os Vasos Subclávios.
menos curvo e mais As costelas intermediárias são fraturadas
longo.
com mais frequência
Tem 2 faces para
articulação com os A fratura das costelas inferiores pode
2ª Costela corpos das Vértebras lacerar o Diafragma e acarretar hérnia
T1 e T2.
diafragmática
Tem uma
Tuberosidade do Essas fraturas ocorrem por golpes ou
Músculo Serrátil lesões por esmagamento.
anterior.
Essas fraturas são dolorosas, pois as partes
fraturadas se movem quando a pessoa
respira, tosse, ri e espirra.
LETÍCIA TIMBÓ 40
Apostila Sistema Respiratório

O espaço abaixo da 12ª costela não se situa


Cartilagens Costais entre as costelas e é denominando de –
Elas prolongam as costelas anteriormente e Espaço Subcostal, onde tem o ramo anterior
contribuem para a elasticidade da parede do nervo espinal T12, que é o Nervo Subcostal.
torácica, garantindo uma fixação flexível para
suas extremidades anteriores.
Toracotomia
Possuem fixação
7 primeiras direta e independente É a abertura cirúrgica da parede torácica
cartilagens costais ao Esterno para penetrar na Cavidade Pleural.
Articulam-se com as
Cartilagens costais É o acesso lateral + satisfatório para a
Cartilagens costais formando uma – penetração na caixa torácica.
das Costelas 8,9 e 10 Margem costal
cartilaginosa Com o paciente deitado sobre o outro
Formam proteções lado, o membro superior é completamente
sobre as abduzido, colocando o antebraço ao lado
Cartilagens costais extremidades da cabeça do paciente.
das Costelas 11ª e 12ª anteriores das costelas
Não alcançam e nem Isso ocasiona a elevação e rotação lateral
se fixam a nenhum do ângulo inferior da escápula – dando
outro osso ou acesso até o 4º espaço intercostal.
cartilagem

Espaços Intercostais Vértebras Torácicas


São espaços que separam as costelas e suas
Vértebras torácicas Típicas
cartilagens costais umas das outras.
São em pares – uma
Existem 11 espaços intercostais e 11 nervos Fóveas costais inferior e outra
intercostais. bilaterais superior
(Hemifóveas) nos Articula-se com as
Esses espaços
corpos vertebrais cabeças das costelas.
são ocupados
Articula-se com os
por músculos e
tubérculos das
membranas Fóveas costais dos costelas (exceto nas 2
intercostais e processos transversos ou 3 vértebras
dois conjuntos de torácicas inferiores)
vasos sanguíneos Processos espinhosos
e Nervos longos -
Intercostais.
LETÍCIA TIMBÓ 41
Apostila Sistema Respiratório

Tem apenas um par


bilateral de fóveas
Vértebra T10 costais inteiras,
localizadas em parte
no corpo e em parte
no pedículo.
Tem apenas um par
Vértebras T11 e t12 de fóveas costais
inteiras, localizadas em
seus pedículos

Processos Espinhosos
Esses processos que se projetam dos
arcos de vértebras torácicas típicas são
longos e inclinados inferiormente –
superpondo-se à vértebra situada abaixo.

Eles cobrem os intervalos entre as lâminas


de vértebras adjacentes – impedindo a
penetração de objetos cortantes, como
faca, no canal vertebral e a lesão da
medula espinhal.

 Faces articulares superiores convexas


Vértebras Torácicas Atípicas estão voltadas em sentido – posterior
e lateral.
Possuem fóveas costais inteiras em lugar das
hemifóveas:  Faces articulares inferiores côncavas
estão voltadas em sentido – anterior e
As fóveas costais
superiores não são medial.
hemifóveas – pois não
há hemifóveas na
Vértebra T1 vértebra C7 acima, e
a costela 1 articula-se
Fóveas costais superiores e
com a vértebra T1. inferiores
(T1 tem uma
hemifóvea costal São superfícies pares bilaterais e planas.
inferior típica).
Localizam-se nas margens posterolaterais
superior e inferior dos corpos das vértebras
torácicas típicas (T2 a T9).
LETÍCIA TIMBÓ 42
Apostila Sistema Respiratório

Esterno
Jugular ou Supraesternal. – é aprofundada pelas
extremidades esternais das clavículas que são
maiores do que as incisuras claviculares que as
recebem, formando as –
Articulações Esternoclaviculares.

Inferolateralmente à incisura clavicular, a


cartilagem costal da 1º costela esta firmemente
fixada à margem lateral do manúbrio – a
Sincondrose da primeira costela.

O manúbrio e o corpo do esterno situam-se


em planos um pouco diferentes nas partes
superior e inferior à junção, a sínfise
manubriesternal, assim a junção forma um
Ângulo Esternal.
É o osso plano e alongado que forma a região
Corpo do esterno
intermediaria da parte anterior da caixa torácica.
É mais longo, estreito e mais fino que o
Sobrepõe-se diretamente às vísceras do
manúbrio.
mediastino em geral e as protege, em especial
grande parte do coração. Localiza-se ao nível das vértebras T5 à T9

É divido em 3 partes: Sua largura varia por causa dos entalhes em


suas margens laterais pelas incisuras costais.
 Manúbrio
 Corpo Em pessoas jovens, podem-se ver 4
 Processo Xifoide. segmentos primordiais do esterno. Esses
segmentos articulam-se entre si por
OBS: em adultos jovens, as 3 partes são unidas articulações cartilagineas primárias
por articulações cartilagineas (Sincondroses) que (sincondroses esternais) – Essas articulações
se ossificam em torno da meia-idade começam a se fundir a partir da extremidade
inferior entre a puberdade e os 25 anos.
Manúbrio
A face anterior plana do corpo do esterno é
Osso de formato trapezoide.
marcada em adultos por 3 cristais transversais
É a parte mais larga e espessa do esterno. variáveis, que representam as linhas de fusão
dos 4 segmentos originalmente separados.
O centro côncavo facilmente palpado da
margem superior do manúbrio é a Incisura
LETÍCIA TIMBÓ 43
Apostila Sistema Respiratório

Processo Xifoide
Aberturas do Tórax
A menor e mais variável parte do esterno, é
fino e alongado. Abertura Superior do Tórax

Sua extremidade inferior situa-se no nível da A abertura superior do tórax é muito menor e
vértebra T10 permite a comunicação com o pescoço e os
membros superiores.
É cartilagíneo em pessoas jovens, porem mais
ou menos ossificado em adultos acima de 40 Limites
anos. Corpo da 1ª vértebra
Posterior torácica.
OBS: Nas pessoas idosas esse processo pode 1ª par de costelas e
fundir-se ao corpo do esterno. Lateral suas cartilagens costais
Incisura jugular do
É um ponto de referencia importante no plano Anterior manúbrio do esterno.
mediano, pois:
Estruturas que passam por essa abertura –
 Sua junção com o corpo do esterno na Traqueia + Esôfago + Nervos e Vasos que
Sínfise Xifosternal indica o limite inferior da suprem e drenam a cabeça, pescoço e
parte central da cavidade torácica, alem disso membros superiores.
essa articulação é o local do Ângulo
infraesternal da abertura inferior do tórax. Abertura Inferior do Tórax
 É uma referencia mediana para o limite A abertura inferior é maior e forma o anel de
superior do fígado, centro tendineio do origem do diafragma, que fecha toda a abertura.
diagrama e margem inferior do coração.
Limites
Corpo da 12ª vértebra
Posterior torácica
Fratura do Esterno
11ª e 12ª pares de
Posterolateral costelas
Não são comuns.
Cartilagens costais das
A fratura do corpo do Esterno é uma Anterolaterais costelas 8 a 10.
fratura cominutiva Anterior Articulação Xifosternal.
(muitos fragmentos ósseos).

Resultada em luxação da sínfise Conteúdo do Tórax


manubrioesteral.
Coração + Pulmões + Esôfago + Traquéia
A principal preocupação não é a fratura, + Brônquios principais
mas o risco de lesão cardíaca ou pulmonar.
LETÍCIA TIMBÓ 44
Síndrome do Desfiladeiro Torácico Apostila Sistema Respiratório

Articulações Costovertebrais

Articulações da Cabeça das costelas


Cabeça da costela
Superfícies Fóveas costais das
articulares Vértebras
Discos intervertebrais
Capsula articular
Ligamento radiado da
cabeça da costela
Ocorre devido uma compressão Meios de união Ligamento Intra-
neurovascular por obstrução da Abertura articular da cabeça da
superior do Tórax. costela
Tipo Sinovial Plana (Anaxial)
O desfiladeiro torácico é a região entre a Movimentos Deslizamento
1ª Costela e a Clavícula.

Essa região é limitada: Articulações Costotransversárias


Face articular do
 Manúbrio-clavicular (anteriormente) Superfícies Tubérculo da costela
 1ª Costela (lateralmente) articulares Fóvea costal do
Processo transverso
 Coluna vertebral (posteriormente)
das Vértebras
Dentro dessa região temos: Capsula articular
Ligamento
 Plexo Braquial Costo-transverso
 Artéria e Veia Subclávia Meios de união Ligamento Costo-
transverso lateral
Ligamento Costo-
transverso superior
Articulações do Tórax Tipo Sinovial Plana (Anaxial)
Movimentos Deslizamento

Articulações Costocondral

Extremidade esternal
Superfícies da Costela
articulares Extremidade lateral
da Cartilagem Costal
Tipo Cartilagínea
sincondrose
Movimentos Nenhum
LETÍCIA TIMBÓ 45
Apostila Sistema Respiratório

Articulações Intercondrais

Borda superior e 1ª – Articulação


Superfícies inferior de 2 Tipo cartilaginea
articulares Cartilagens Costais (Sincondrose)
adjacentes 2º à 7º – Articulação
Meios de união Ligamentos Sinovial plana
Intercondrais Movimentos Nenhum
Tipo Sinovial Plana (Anaxial)
Articulação Manúbrio-esternal
Movimentos Deslizamento
Entre o corpo do
Articulações do Esterno Superfícies Manúbrio e o corpo
articulares do Esterno
Tipo Cartilagínea
Sincondrose (Sínfise)

OBS: No adulto ela ossifica.

Articulação Xifo-esternal

Entre o Processo
Superfícies Xifoide e o corpo do
articulares Esterno
Tipo Cartilagínea
Sincondrose

OBS: No adulto ela ossifica

Articulação Esternoclavicular
Articulações Esternocostais
Extremidade Esternal
1º par de Cartilagens Superfícies da Clavícula
Costais + Manúbrio do
articulares Manúbrio do esterno
Superfícies Esterno
1ª Cartilagem Costal
articulares 2º à 7º pares de
Cartilagens Costais + Ligamentos
Esterno Esternoclaviculares
Meios de união anterior e posterior
Ligamentos
Esternocostais Ligamento
radiados anterior e Costoclavicular
Meios de união posterior Tipo Sinovial Selar
Ligamento Intra-
articular
LETÍCIA TIMBÓ 46
Apostila Sistema Respiratório

Movimentos do Tórax

nas cavidades pleurais, entre os pulmões


e a parede torácica.

Em vista disso e da ausência de


resistência às vísceras comprimidas, as
cúpulas do diafragma ascendem,
diminuindo a dimensão vertical.

A contração dos músculos intercostais


aumenta muito a dimensão AP do tórax.

. Braço de Bomba (esterno pra frente)

O
O Diafragma é o principal músculo responsável movimento das
pela respiração. costelas nas
Articulações
Os movimentos da parede torácica e do
Costovertebrais
diafragma durante a Inspiração – aumentam o
gera elevação
volume intratorácico e os diâmetros do tórax.
das suas
Durante a Expiração passiva – o Diafragma + extremidades
Músculos Intercostais relaxam, reduzindo o anteriores.
volume intratorácico e aumentando a Pressão
Intratorácica. Essa elevação resulta em um movimento
anteroposterior do Esterno.
De maneira simultânea, ocorre redução da
Pressão Intra-abdominal e descompressão das Alça de Balde
vísceras abdominais – permitindo a retração do
tecido pulmonar e expelindo o ar. A contração dos
Músculos
A dimensão vertical (altura) da parte central da Intercostais
cavidade torácica aumenta durante a inspiração, aumenta um pouco
quando a contração do diafragma causa sua a dimensão
descida – comprimindo as vísceras abdominais. transversal do
Durante a expiração, a dimensão vertical retona Tórax – elevando a
à posição neutra enquanto a retração elástica parte média das
dos pulmões produz Pressão Subatmosférica costelas
LETÍCIA TIMBÓ 47
Apostila Sistema Respiratório

os músculos que unem as costelas abaixo mais


Músculos do Tórax efetivos na elevação das costelas inferiores
Alguns músculos que revestem a caixa torácica durante a inspiração forçada.
ou que nela se inserem servem primariamente Músculo Serrátil Posterior
a outras regiões.

Os verdadeiros músculos da parede torácica


são:

 Serrátil posterior
 Levantadores das costelas
 Subcostais
 Transverso do tórax

Músculos Toracoapendiculares
Estendem-se da caixa torácica até os ossos do
membro superior – atuando principalmente nos
membros superiores.
É um músculo inspiratório., mas foi visto que
 Peitoral maior sua função é proprioceptiva, ou seja, estabiliza a
Anteriores  Peitoral menor região torácica para o movimento da caixa
 Subclávio torácica.
 Serrátil anterior
Posteriores  Trapézio Músculo Serrátil posterior superior
superficiais  Latíssimo do dorso Ligamento nucal +
 Levantador da Processos espinhosos
Posteriores profundos escápula Fixação superior das Vértebras
 Romboides C7 à T3.
Margens superiores
Alguns deles (Músculo Peitoral maior e menor e Fixação inferior da Costela 2 à 4
a parte inferior do Músculo Serrátil anterior) 2º a 5º Nervos
atuam como músculos acessórios da respiração Inervação Intercostais
– ajudando a elevar as costelas para expandir a Propriocepção –
eleva as 4 costelas
cavidade torácica quando a inspiração é
superiores,
profunda e forçada. aumentando o
Função
Os Músculos Escalenos do pescoço descem diâmetro AP do
Tórax e elevando o
das vértebras do pescoço até as costelas 1 e 2,
Esterno.
atuam na coluna vertebral e como músculos
acessórios – fixando essas costelas e tornando
LETÍCIA TIMBÓ 48
Apostila Sistema Respiratório

Músculos Intercostais

Ocupam os espaços
intercostais
Músculo Serrátil posterior inferior
Processos espinhosos São divididos em:
Fixação superior das Vértebras
T11 a L2  Mús. Intercostais
Margens inferiores das externos
Fixação inferior Costelas 8 a 12  Mús. Intercostais
Ramos anteriores dos internos
Inervação Nervos espinais  Mús. Intercostais
torácicos T9 a T12 íntimos
Propriocepção –
deprime as costelas Margem inferior das
Função inferiores impede que Fixação superior Costelas acima
sejam puxadas Margem superior das
superiormente pelo Fixação inferior Costelas abaixo
diafragma. Inervação Nervo Intercostal
Eleva as costelas
Músculos Levantadores das costelas Função Intercostal durante a Inspiração
Externo forçada.
Parte interóssea –
abaixa as costelas
São 12 músculos em Função Intercostal Parte intercondral –
forma de leque que Interno e Íntimo eleva as costelas
elevam as costelas. durante a respiração
forçada.

Músculos Subcostais

Processos
Fixação superior Transversos de
T7 a T11 Possui tamanho e
Costelas subjacentes formato variável.
Fixação inferior entre o Tubérculo e
o Ângulo
Ramos primários
Inervação posteriores dos
nervos C8-T11 Face interna das
Função Eleva as costelas Fixação superior costelas inferiores
Margens superiores
Fixação inferior das costelas 2 ou 3
LETÍCIA TIMBÓ 49
Apostila Sistema Respiratório

Inervação Nervo Intercostal


Atua da mesma forma Fáscia da Parede Torácica
Função Intercostal dos Intercostais
Externo Internos Fáscia Peitoral – grande fáscia muscular
sobreposta à parede anterior do tórax.. –
Músculos Transversos do tórax está associada com os Músculos Peitorais
maiores e constitui uma porção importante
A parte inferior
do leito da Mama.
dos músculos
transversos do Fáscia Endotorácica – reveste internamente
tórax é continua a cavidade torácica – essa fáscia fixa a
com os Músculos pleura parietal costal a parede torácica.
Transversos do
abdome na
parede
anterolateral do Paralisia do Diafragma
corpo.
Lesão do Nervo Frênico pode acarretar
Tem função fraca na expiração e fornece na paralisia de metade do Diafragma – mas
informações proprioceptivas. isso não afeta a outra metade, pois as
Face posterior da inervações de cada cúpula são separadas.
Fixação superior parte inferior do
A paralisia do Diafragma interior pode ser
Esterno
Face interna da 2ª-6ª detectada radiologicamente por
Fixação inferior Cartilagens Costais observação do seu movimento paradoxal
Inervação Nervo Intercostal – em vez de descer, durante a inspiração,
Propriocepção e a cúpula paralisada ascende, pois é
Função abaixa as costelas empurrada para cima pelas vísceras
abdominais.
Diafragma (torácico)
E em vez de ascender durante a
expiração, a cúpula paralisada desce em
É o principal resposta à pressão positiva nos pulmões.
músculo da
inspiração.

É uma parede
comum que
separa o tórax
e o abdome.
LETÍCIA TIMBÓ 50
Apostila Sistema Respiratório

Inervação do Tórax Ramos do Nervo Intercostal Típico


Une cada Nervo
Os 12 pares de Nervos Espinais torácicos Ramos comunicantes Intercostal ao Tronco
Simpático ipsilateral
suprem a parede torácica.
Suprem os Músculos
Esses nervos dividem-se em – ramos primários Ramos colaterais Intercostais e a Pleura
anteriores e posteriores. parietal.
Inervam a pele da
Ramos anteriores dos Formam os – Ramos cutâneos parede lateral do
Nervos T1-T11 Nervos Intercostais laterais Tórax e Abdome
Ramo anterior do Forma o – Inervam a pele na
Ramos cutâneos face anterior do
Nervo T12 Nervos Subcostal
anteriores Tórax e Abdome
Suprem as
articulações – Suprem os Músculos
Ramos posteriores músculos profundos – Intercostal + Subcostal
pele do dorso Ramos musculares + Transverso do
tórax + Levantadores
Nervos Intercostais Típicos das costelas + Serrátil
posterior.
Os 3º - 6º Nervos Intercostais entram nas
partes mais mediais dos Espaços Intercostais Nervos Intercostais Atípicos
posteriores. O ramo anterior do 1º Nervo torácico divide-se
Próximo aos ângulos das costelas, os nervos em uma parte superior e uma parte inferior.
seguem entre os Músculos intercostais internos
Une-se ao
e íntimos. – suprindo esses e outros músculos Parte superior Plexo Braquial
e dando origem aos ramos cutâneos laterais. Torna-se o 1º Nervo
Parte inferior intercostal
Perto do esterno, os nervos voltam-se
anteriormente, passando entre as Cartilagens
Características Atípicas
Costais para se tornarem –
Seguem na face
ramos cutâneos anteriores. 1º e 2º Nervos interna das
Intercostais Costelas I e II
Através de seu ramo posterior e dos ramos
NÃO tem ramo
cutâneos laterais e anteriores dos nervos
cutâneo anterior e
intercostais, a maioria dos nervos espinais 1º Nervo Intercostal muitas vezes nem o
torácicos supre um – dermátomo do tronco. lateral
Origina o – Nervo
O grupo de músculos supridos pelo ramo 2º Nervo Intercostal Intercostobraquial
posterior e pelo nervo intercostal de cada par Quando não estão entre
dos nervos torácicos constitui um – miótomo Os 7º - 11º Nervos as costelas – são
Intercostais chamados de Nervos
Toracoabdominais
LETÍCIA TIMBÓ 51
Apostila Sistema Respiratório

Vascularização do Tórax Artérias Torácica Interna


Origem Artéria Subclávia
Artérias Segue inferior e
lateralmente ao
A irrigação arterial da parede provém da: Esterno entre as
Através das – Artérias Cartilagens costais e o
Parte torácica da Intercostais Trajeto Músculo transverso do
Aorta posteriores e tórax para se dividir
Subcostais em Artérias
Através das –Artérias Epigástrica superior e
Artéria Subclávia Torácica interna e Musculofrênica
intercostal suprema Artérias intercostais
Através da – Distribuição anteriores até o 1º-6º
Artéria Axilar Artéria Torácica espaço intercostais e
superior e lateral. artéria musculofrênica.

As Artérias Intercostais atravessam a parede Artéria Subcostal


torácica entre as costelas. – com exceção do Parte torácica da
10º e 11º Espaços Intercostais, cada um deles é Origem Aorta
irrigado por 3 artérias: Intercostal posterior e Segue ao longo da
um par de Artérias Intercostais anteriores. Trajeto margem inferior da 12ª
Costela
Artérias Intercostais Posteriores Músculos da parede
Artéria Intercostal Distribuição anterolateral do
Origem Suprema e parte Abdome
torácica da Aorta
Entre os Músculos Veia
Trajeto Intercosais Internos e
Íntimos As Veias intercostais acompanham as Artérias e
Músculos Intercostais Nervos intercostais e estão em posição
Distribuição Pele sobrejacente superior nos sulcos das costelas.
Pleura Parietal
Há 11 veias intercostais posteriores e uma veia
subcostal de cada lado.
Artérias Intercostais Anteriores
Artérias Torácica As veias Intercostais posteriores anastomosam-
Origem interna e se com as veias Intercostais anteriores.
Musculofrênica
Entre os Músculos A medida que as veias intercostais posteriores
Trajeto Intercosais Internos e se aproximam da coluna vertebral elas
Íntimos recebem um afluente posterior e uma veia
Músculos Intercostais
intervertebral.
Distribuição Pele sobrejacente
Pleura Parietal
LETÍCIA TIMBÓ 52
Apostila Sistema Respiratório

A veia intercostal posterior termina no


Sistema venoso Ázigo – que conduz o sangue Herpes-zóster dos gânglios
venoso até a Veia cava superior. vertebrais
OBS: as veias intercostais posteriores do
Ocorre uma lesão cutânea, com
1º Espaço intercostal costumam entrar
distribuição em dermátomos, que é muito
diretamente nas Veias Braquiocefálicas direita e
dolorosa.
esquerda e já as Veias intercostais posteriores
do 2º e 3º Espaços Intercostais unem-se a Veia É uma doença viral dos gânglios vertebrais
Intercostal Superior, para formar um Tronco. – em geral, é uma reativação do vírus
varicela-zóster ou vírus da catapora.
Veia Intercostal Última tributária da
superior direita Veia Ázigo Após invadir um gânglio, o vírus causa dor
Veia Intercostal Drena para a Veia em queimação aguda no dermátomo
superior esquerda Braquiocefálica suprido pelo nervo envolvido.
esquerda
A área da pele
afetada
Dispneia torna-se
É quando as pessoas com problemas vermelha e
respiratórios ou com insuficiência cardíaca surgem
têm dificuldade para respirar, elas utilizam os erupções
músculos respiratórios acessórios para ajudar vesiculosas.
na expansão da cavidade torácica.

Mamas
Bloqueio do Nervo intercostal
As mamas são
A anestesia local de um espaço intercostal é formadas por
obtida – injetando-se um anestésico local ao Tecido glandular e
redor dos Nervos intercostais – entre a linha Tecido fibroso de
paravertebral e a área de anestesia sustentação
necessária. integrado a uma
matriz adiposa, junto
Esse procedimento bloqueia o
com vasos
Nervo intercostal.
sanguíneos +
linfáticos + nervos.
LETÍCIA TIMBÓ 53
Apostila Sistema Respiratório

As glândulas mamárias estão localizadas na Cada lóbulo é drenado por um ducto lactífero –
Tela subcutânea – sobre os Músculos Peitorais esses ductos convergem e possuem aberturas
maiores e menores. independentes..

Na parte mais proeminente da mama está a – Cada um desses lóbulos tem uma parte dilatada,
Papila Mamária – circundada por uma área situada profundamente à aréola –
cutânea pigmentada, a Aréola. o Seio lactífero
(onde uma gotícula de leite se acumula).
Mamas Femininas
As aréolas da mama contêm muitas glândulas
O que determina o tamanho das mamas não
sebáceas – que aumentam durante a gravidez
lactantes – é a gordura ao redor do tecido
e secretam uma substância oleosa, que atua
glandular.
como um lubrificante protetor para a aréola e a
O corpo circular da mama feminina fica apoiado papila.
sobre um – Leito – que se estende
As papilas mamárias são proeminências cônicas
transversalmente da margem lateral do esterno
ou cilíndricas situadas nos centros das aréolas –
até a linha axilar média e verticalmente da
não têm gordura, pelos e nem glândulas
2ª costela a 6ª.
sudoríparas.
Dois terços do leito são formados pela –
Os alvéolos que secretam o leite são
Fáscia peitoral sobre o músculo peitoral maior e
organizados de modo semelhante a cachos de
o outro terço é formado pela Fáscia que cobre
usa.
o músculo Serrátil anterior.
OBS: As Glândulas mamárias são glândulas
Entre a mama e a fáscia peitoral existe o –
sudoríferas modificadas – NÃO tem capsula e
Espaço Retromamário. – permite que a mama
nem bainha.
tenha algum grau de movimento sobre a fáscia.
Vascularização da mama
OBS: Uma parte da glândula mamária pode
estende-se ao longo da margem inferolateral do Irrigação Arterial da mama
músculo peitoral maior em direção à fossa Ramos mamários
axilar – formando um medias
Processo Axilar ou Cauda de Spence. Ramos mamários
Originados da Artéria perfurantes
A glândula mamária é fixada a derme da pele Subclávia Ramos intercostais
sobrejacente por ligamentos cutâneos – os anteriores da Artéria
Ligamentos suspensores da mama. Torácica interna.
Artérias Torácica
Os ductos lactíferos da mama dão origem a Originados da Artéria lateral e
brotos que formam 15 a 20 lóbulos da glândula Axilar Toracoacromial
mamária – que constituem o parênquima da
glândula.
LETÍCIA TIMBÓ 54
Apostila Sistema Respiratório

Originados da parte Artérias Intercostais A linfa dos Linfonodos axilares drena para os
torácica da Aorta posteriores Linfonodos claviculares e daí para o
Tronco linfático subclávio
Drenagem venosa da mama (que também drena a linfa do membro
Veia axilar e torácica interna. superior)

Drenagem Linfática da mama A linfa dos Linfonodos Paraesternais entra nos


Troncos linfáticos broncomediastinais
É importante devido ao seu papel na
(que também drena a linda das vísceras
metástase de células cancerosas.
torácicas)
A linfa passa:
Nervos da mama
Papila
Derivam dos ramos cutâneos anteriores e
laterais do 4º-6º Nervos Intercostais.
Aréola
Os ramos dos nervos intercostais atravessam a
fáscia peitoral para chegar à tela subcutânea
Lóbulos da superposta e à pele da mama.
Glândula mamária
Eles conduzem fibras sensitivas da pele da
Plexo linfático mama e fibras simpáticas para os vasos
Subareolar sanguíneos nas mamas e músculo liso na pele e
papila mamária sobrejacente.
Desse Plexo:
Linfa do quadrante Drena para os
lateral da mama Linfonodos Axilares
Quadrantes mamários
Drena para os
Linfa do quadrante Linfonodos A superfície da mama é dividida em 4
medial da mama Paraesternais ou para
quadrantes para localização anatômica e
a mama oposta.
Linfa do quadrante Drena para os descrição de tumores e cistos.
inferior da mama Linfonodos
Abdominais

OBS: a linfa da pele da mama (com exceção da


papila e aréola) drena para os Linfonodos
Axilares + Cervicais profundos inferiores e
infraclaviculares ipsilaterais e Linfonodos
Paraesternais de ambos os lados.
LETÍCIA TIMBÓ 55
Apostila Sistema Respiratório

Mamografia
Carcinoma da mama
Exame radiográfico das mamas – é uma
das técnicas usadas para detectar massas Os carcinomas das
na mama. mamas são tumores
malignos,
O carcinoma apresenta-se como uma área geralmente
densa grande e irregular na imagem da Adenocarcinomas,
mamografia. originados nas
A pele sobre o tumor é espessa e há células epiteliais dos
depressão da papila mamária. ductos lactíferos nos lóbulos das glândulas
mamárias.
Os cirurgiões usam
a mamografia A interferência do câncer na drenagem
como guia ao linfática pode causar linfedema que resulta
remover em desvio da papila mamária e deixa a pele
tumores, espessa e coriácea.
cistos e Esse câncer costuma se disseminar pelos
abscessos da vasos linfáticos (metástase linfogênica), que
mama. levam as células cancerosas da mama para
os linfonodos, sobretudo aqueles situados na
axila.

As células alojam-se nos linfonodos,


Ginecomastia produzindo focos de células tumorais.

O discreto aumento temporário das mamas Como a maior parte da drenagem linfática
masculinas é normal na puberdade. da mama se faz para os linfonodos axilares,
eles são o local mais comum de metástase
Porem, a hipertrofia da mama em homens de um câncer de mama.
após a puberdade (ginecomastia) é raro e
pode estar relacionado à idade ou ao uso
de medicamentos.

A ginecomastia também pode ser causa


por um desequilíbrio entre hormônios
estrogênicos e androgênicos ou por
alteração no metabolismo hepático dos
hormônios sexuais.
LETÍCIA TIMBÓ 56
Apostila Sistema Respiratório
Câncer de mama em homens
O câncer metastatiza para os linfonodos
axilares, mas também para os ossos, a
pleura, os pulmões, o fígados e a pele.

Uma massa subareolar visível e/ou palpável


ou secreção mamilar pode indicar um
tumor maligno.

O câncer em homens tende a infiltrar a


fáscia pleural, os músculos peitoral maior e
os linfonodos apicais na axila.

Embora o câncer de mama seja raro em


homens, as consequências são graves, pois
frequentemente só são detectados quando
há metástases extensas.

Referências:

 Livro Anatomia orientada para Clínica –


Moore 7ªed
 Aula: Prof – José Carlos Fontenele –
Uninta, dia 15/03/2021, das 10 às 12hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 57
Apostila Sistema Respiratório

A abertura posterior nos anéis


Conduz o ar que entra e sai dos Pulmões. traqueais é transposta pelo Músculo
Traqueal. – músculo liso involuntário que une as
Estende-se da Laringe no nível da vértebra C6 extremidades dos anéis.
e termina no nível do ângulo esternal ou do
disco entre T4 e T5 – onde se divide nos Lateralmente a traqueia está as Artérias
Brônquios principais direito e esquerdo. Carótidas Comum e os Lobos da Glândula
Tireoide.

O Tronco Braquicefálico mantém relação com


o lado direito da traqueia, na raiz do pescoço

Relações

Istmo da Glândula
Tireóidea
Veia Tireoidea
Inferior
Anterior Artéria Tireoidea ima
Veia Braquicefálica
esquerda
Tronco
braquiocefálico
Timo
Posterior Esôfago
OBS: Local de bifurcação da Traqueia é
Vascularização
chamado de - Carina
 Artéria Tireóidea superior e inferior
É um tubo fibrocartilagíneo, sustentado por
 Artéria Brônquica
cartilagens traqueais incompletas.

Essas cartilagens mantêm a traqueia pérvia – Inervação


são deficientes na parte posterior onde à  Nervo Laríngeo Superior
traqueia é adjacente ao esôfago.  Nervo Laríngeo recorrete (passa no
Sulco Traqueoesofágico)
LETÍCIA TIMBÓ 58
Apostila Sistema Respiratório
Traqueostomia

É um procedimento
cirúrgico realizado
em pacientes que
necessitam de ajuda
para respirar.

Tem como objetivo


não prejudicar as
cordas vocais do
paciente ao passar
o tubo de ar.

Referências:

 Livro Anatomia orientada para clínica –


Moore 7ªed..
 Aula: Prof Janderson Rodrigues – Uninta, dia
22/03/2021, das 14 às 16hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 59
Apostila Sistema Respiratório

A cavidade torácica é dividida em 3 partes: Reveste a superfície


Pleura Visceral pulmonar
Compartimentos Pleura Parietal Reveste as cavidades
Cavidades bilaterais que contêm (+ espessa) pulmonares
Pulmonares direita e os Pulmões e as
esquerda Pleuras Pleura Visceral ou Pulmonar
Localizam-se entre as
duas Cavidades Reveste toda a superfície pulmonar, formando
Mediastino Central pulmonares e sua face externa brilhante, lisa e escorregadia.
contém todas as
outras estruturas Esta aposta ao pulmão e aderida a todas as
torácicas suas superfícies (inclusive as fissuras).

Pleuras OBS: não é possível dissecar a Pleura Visceral


da superfície do Pulmão.
Cada cavidade pulmonar (direita e esquerda) é
É continua com a Pleura Parietal no –
revestida por uma Membrana pleural (Pleura)
Hilo do Pulmão – onde estruturas que formam
a raiz do pulmão entram e saem.

Pleura Parietal

Reveste as cavidades pulmonares –


aderindo-se a Parede torácica, ao Mediastino e
ao Diafragma.

OBS: pode ser separada das superfícies que


reveste.

Possui 3 partes – Costal + Mediastinal +


Diafragmática – e a Cúpula da Pleura
LETÍCIA TIMBÓ 60
Apostila Sistema Respiratório

Cobre as faces
internas da Parede
Torácica e está
Parte Costal separada desta parede
pela – Fáscia
Endotorácica.
Cobre as faces laterais
do Mediastino +
divisória de tecidos e
órgãos que separam
as Cavidades
Parte Mediastinal pulmonares e seus
sacos pleurais.
Seguem Cavidade Pleural
superiormente até a
Raiz do pescoço na É um espaço virtual entre as camadas de
forma de – pleura que contem o líquido pleural seroso –
Cúpula da pleura. que lubrifica as superfícies pleurais e permite
Cobre a face superior que as camadas de pleura deslizem sobre a
do Diafragma (exceto outra, durante a respiração.
ao longo de suas
fixações costais e no A tensão superficial desse líquido também
local onde se funde
propicia a coesão que mantém a superfie
Parte com o Pericárdio).
pulmonar em contato com a parede torácica
Diafragmática Fáscia Frenucopleura
– une a parte Recessos Pleurais
diafragmática da
Pleura às fibras Costodiafragmático
musculares do Recesso MAIOR
Diafragma. Espaços virtuais que circundam a
convexidade superior do Diafragma
Cúpula da Pleura  Inspiração = diminuição do recesso
 Expiração = aumento do recesso
Cobre o ápice do pulmão. Costomediastinais
Recesso menor
Ela é uma continuação superior das partes O recesso esquerdo é maior – pois a
costal e mediastinal da pleura parietal. – é incisura cardíaca do pulmão esquerdo é mais
reforçada por uma Membrana suprapleural. acentuada do que a impressão no saco
pleural
.
LETÍCIA TIMBÓ 61
Apostila Sistema Respiratório

Colapso Pulmonar Pneumotórax


Caso tenha uma ferida penetrante na Pode ser resultado de
parede torácica ou na superfície pulmonar uma ferida
– o ar é sugado para a Cavidade Pleural penetrante ou
em decorrência da pressão negativa. fístula
A tensão superficial que causa aderência broncopleural –
da pleural visceral à pleura parietal é que provoca o
rompida e há colapso do Pulmão – com colapso do Pulmão.
expulsão da maior parte do ar por causa Costelas fraturadas também podem
da elasticidade inerente. romper a Pleura Visceral e o Pulmão –
Quando ocorre colapso de um Pulm.ão – causando Pneumotórax. (presença de ar)
a cavidade pleural torna-se um espaço real. É o acúmulo de
líquido na Cavidade
OBS: os sacos
pleural, pode ser
pleurais não se Hidrotórax consequência de
comunicam, um derrame
assim, é pleural.
possível haver É a entrada de
colapso de um Hemotórax sangue na cavidade
Pulmão sem pleural..
que haja do outro.

Pulmões
Lesões da Cúpula da Pleura São órgãos vitais da Respiração

A Cúpula da Pleura e o ápice do Pulmão Função: oxigenar o sangue colocando ar


projetam-se através da Abertura superior inspirado bem próximo do sangue venoso nos
da caixa torácica para o pescoço. capilares pulmonares.

Consequentemente, os Pulmões e os sacos São leves, macios e esponjosos e ocupam


pleurais podem ser lesados nas feridas da totalmente as Cavidades Pulmonares.
base do pescoço – que provocam
Pneumotórax. Os pulmões são separados pelo Mediastino
LETÍCIA TIMBÓ 62
Apostila Sistema Respiratório

Cada pulmão tem:

Ápice

Extremidade superior que


ascende acima do nível da 1
costela até a raiz do pescoço

Recoberto pela Cúpula da pleura

Base

Face inferior côncava do pulmão

Acomoda a cúpula ipsilateral do


diafragma e se apoia nela.

2 ou 3 lobos

Criados por 1 ou 2 fissuras

Três faces
Três margens
Grande e Convexa –
Costal relacionada com a Ponto de encontro
Parte costal da Pleura anterior entre as –
Anterior
Parte Ventral e Faces Costal e
Côncava – Mediastinal
Mediastinal relacionada com o Circunscreve a Face
Mediastino Médio Diafragmática do
(compreende o Hilo) Inferior Pulmão – separando
Face inferior e ela da Face Costal e
Côncava – forma a Mediastinal
Diafragmática base do Pulmão e Ponto de encontro
esta apoiada na posterior entre as –
Posterior
Cúpula do Diafragma. Faces Costal e
Mediastinal.
LETÍCIA TIMBÓ 63
Apostila Sistema Respiratório

Pulmão Direito Possui uma única Fissura obliqua esquerda, que


divide o Pulmão em 2 lobos esquerdos:
Superior + Inferior
A margem anterior do pulmão tem uma
Incisura cardíaca profunda – por conta de o
ápice do coração ser desviado para o lado
esquerdo.

Essa incisura forma-se no Lobo superior, que


se transforma em um processo linguiforme – a
Língula.

Essa Língula se estende abaixo da Incisura


cardíaca e desliza para dentro e para fora do
Recesso Costomediastinal durante a respiração.
Apresenta 2 fissuras:
Os pulmões estão fixados ao mediastino pelas
Oblíqua direta e horizontal.
Raízes dos pulmões:
Essas fissuras dividem o pulmão em 3 lobos
 Brônquios
direitos: Superior + Médio + Inferior
 Artérias pulmonares
O pulmão direito é maior e mais pesado, só  Veias pulmonares superior e inferior
que mais curto e mais largo – pois a cúpula  Plexo pulmonar de nervos
direita do diafragma é mais alta e o coração e  Vasos linfáticos
pericárdio estão voltados para a esquerda.
Impressões dos Pulmões
Pulmão Esquerdo
Pulmão Direito Pulmão Esquerdo
Cardíaca Cardíaca
Artéria Subclávia Artéria Subclávia
Esôfago Esôfago
Traqueia Traqueia
Timo Timo
Veia Braquicefálica Veia braquiocefálica
Artéria Aorta
Veia cava Superior (Arco e Aorta
descendente)
Veia cava Inferior Língula
Veia Ázigo
Incisura da 1ª Costela -
Hilo do Pulmão LETÍCIA TIMBÓ 64
Apostila Sistema Respiratório
É uma área cuneiforme
na face mediastinal de Dupla Irrigação
cada pulmão através da
qual entram ou saem Tronco Pulmonar
do pulmão as
estruturas que formam Artéria Pulmonar Artéria Pulmonar
sua raiz. direita esquerda

Medialmente ao hilo, a raiz esta encerrada


na área de continuidade entre as lâminas
Artéria Lobar Artéria Lobar Artéria Lobar
parietal e visceral de pleura – Superior Intermédia Superior
a Bainha pleural.
Artéria Lobar
Inferiormente a raiz do pulmão, essa Inferior
continuidade entre pleura parietal e Artéria Lobar
média
visceral forma o – Ligamento pulmonar Artérias
(pleura em excesso) que se estende entre Segmentares Artérias Artérias
Lobar inferior Segmentares
o pulmão e o mediastino
(anterior ao esôfago).
Artérias Pulmonares Direita e Esquerda
Pulmão Esquerdo – Pulmão Direito –
(sangue venoso)
ABV BAV
Origem Tronco Pulmonar
1. Artéria Pulmonar 1. Brônquio Principal
2. Brônquio Principal 2. Artéria Pulmonar Artérias Lobares
Ramos secundárias
3. Veia Pulmonar 3.Veia Pulmonar
As artérias lobares superiores direita e esquerda
irrigam os lobos superiores
Vascularização do Pulmão e das Pleuras
(surgem antes de entrar no hilo)
Cada pulmão tem uma grande
Essa artéria desce posterolateralmente ao
Artéria pulmonar para irrigação e duas Brônquio principal junto com a – Artéria lobar
Veias pulmonares que drenam seu sangue.
inferior do pulmão esquerdo e com uma
Artéria Intermediária (que se dividi em
Artérias lobares média e inferior do pulmão
direito)

As Artérias Lobares se dividem em


Artérias Segmentares terciarias

Cada lobo é servido por um par – Artéria


Lobar e Brônquio secundário.
LETÍCIA TIMBÓ 65
Apostila Sistema Respiratório

Cada segmento broncopulmonar é suprido por Inervação dos pulmões e das pleuras
– Artéria segmentar e Brônquio terciário
Plexos Pulmonares
Artérias Pulmonares Direita e Esquerda
(sangue arterial) Parassimpática Simpática Sensitiva
Pode originar-se da
Aorta, da parte
proximal de uma das Gânglio
Nervo Vago Tronco
Origem Brônquica Artérias Intercostais sensitivo do
Simpático
direta posteriores Nervo Vago
superiores ou de um
Tronco comum com Atividades
a Artéria Bronquial Atividades
Broncoconstrição Atividades
superior esquerda.
Vasodilatação Broncodilatação
Origem Brônquica Parte Torácica da Secretomotora Vasoconstricção Reflexas
esquerda aorta Inibição de Nociceptiva
secreção
Dupla Drenagem
Os nervos dos pulmões e da pleura visceral são
Veia Lobar Veia Lobar Veia Lobar derivados dos Plexos Pulmonares anteriores e
média média média
posteriores as raízes dos
Átrio pulmões.
esquerdo
Veia Veia Essas redes de nervos contêm fibras aferentes
Pulmonar Pulmonar
superior inferior parassimpáticas, simpáticas e
viscerais.
Átrio
esquerdo Fibras Parassimpáticas
pré-ganglionares
Veias Pulmonares (sangue arterial) Motoras para o
São 2 direitas e 2 esquerdas Músculo liso da
Para o Átrio Árvore bronquial
Drenam esquerdo (Broncoconstritoras)
Nervo Vago (NC X) Inibidoras para vasos
sanguíneos
Veias Bronquiais (sangue venoso) (Vasodilatadoras)
Drenam sangue dos Brônquios Secreção para as
Direitas Para a Veia Ázigo Glândulas da árvore
Para a Hemiázigo bronquial
Esquerdas acessória ou (Secretomotoras)
Intercostais
posteriores
LETÍCIA TIMBÓ 66
Apostila Sistema Respiratório

Fibras sensitivas Estendem-se até o hilo


Gânglio sensitivo do Atividades reflexas
Nervo Vago nociceptivas Os anéis traqueais são substituídos por placas
Fibras Simpáticas irregulares de cartilagem hialina.
pós-ganglionares
Mais curto – largo –
Inibidoras para o
Músculo Brônquico vertical
(Broncodilatadores) Entra diretamente no
Troncos Simpáticos Hilo
Motoras para os
Vasos pulmonares Brônquio Principal Fica superior a
(Vasoconstritoras) Direito Artéria Pulmonar
Inibidoras para as Divide-se em 3
Glândulas alveolares Brônquios Lobares:
da Àrvore brônquica.  Superior
 Médio
 Inferior
Árvore Traqueobronquial Mais longo – estreito
– horizontal
Segue inferiormente
ao Arco da aorta e
anteriormente ao
Esôfago e a parte
torácica da Aorta,
Brônquio Principal para chegar ao Hilo.
Esquerdo Fica acima do Arco
da Aorta e posterior
ao Esôfago
Encontrado entre a
Artéria e Veia
Pulmonar
Divide-se em 2
Brônquios Lobares:
 Superior
A partir da laringe, as paredes das vias  Inferior
respiratórias são sustentadas por
anéis de Cartilagem Hialina. Brônquios Lobares

As vias respiratórias sublaringeas forma a Iniciam-se no Hilo pulmonar


arvore traqueobronquial (divisão dos brônquios principais)

Brônquios Principais As placas de cartilagem hialina tornam-se mais


irregulares
Iniciam-se no tórax ao nível da 5º ou 6º
vértebra torácica (bifurcação da traqueia) Cada um supre um lobo pulmonar
LETÍCIA TIMBÓ 67
Apostila Sistema Respiratório

Brônquio lobar Função – tubos condutores de ar inspirado e


superior expirado
Lado Direito Brônquio lobar médio
Brônquio lobar Estrutura dos Bronquíolos:
inferior
Brônquio lobar  Não apresenta cartilagem
superior  Epitélio respiratório mais delgado
Lado Esquerdo
Brônquio lobar  Musculatura bronquiolar é relativamente
inferior mais desenvolvida que a musculatura
brônquica.
Brônquios Segmentares
Bronquíolos Terminais
Iniciam-se no ápice do segmento
bronquiopulmonar É o final da porção condutora da
(divisão dos brônquios lobares) Árvore Brônquica
As placas de cartilagem hialina tornam-se São condutores de ar inspirado e expirado
menores
Estrutura semelhante à dos bronquíolos com
Dividem-se sucessivamente até bronquíolos paredes mais delgadas
Cada um supre um segmento broncopulmonar Bronquíolos Respiratórios
 Lado direito (10) São tubos curtos, caracterizados como regiões
 Lado esquerdo (09) de transição entre as porções condutora e
respiratória da Árvore Brônquica.
Bronquíolos Função de condução de ar para os alvéolos
pulmonares

Inicia o processo de respiração externa (trocas


gasosas)

Estrutura semelhante a dos bronquíolos


terminais, porem com alvéolos nas paredes.

Ductos Alveolares

 Iniciam a porção respiratória


 Presença de inúmeros alvéolos
São as vias aéreas que seguem aos Brônquios,
pulmonares
após dividirem-se dicotomicamente, e onde
 Últimos segmentos a apresentar
desaparecem as cartilagens nas suas paredes.
músculo liso
 Terminam em sáculos alveolares
LETÍCIA TIMBÓ 68
Apostila Sistema Respiratório

Sáculos Alveolares Drenados por partes intersegmentares das


veias pulmonares.
Constituídos por diversos alvéolos pulmonares

Alvéolos Pulmonares
Pulmão Direito
Lobo
 Pequenas evaginações em forma de Superior Lobo Médio Lobo Inferior
saco Apical Lateral Superior
 Responsáveis pela estrutura esponjosa Basilar
Anterior Medial anterior e
 Fina camada epitelial, associada a posterior
capilares. - Basilar medial
Posterior e lateral
Vascularização dos Brônquios

Artérias Bronquiais Pulmão Esquerdo


Artéria Aorta Lobo Superior Lobo Inferior
Origem Torácica Ápico-posterior Superior
Para o parênquima Basilar anterior e
Ramos pulmonar e árvore Anterior posterior
brônquica Língular superior e Basilar medial e lateral
Redes capilares nos inferior
Destino Brônquios e
Bronquíolos
Aspiração de Corpos Estranhos
Veias Bronquiais
Direitas Vai para a Veia Ázigo Como o Brônquio principal direito é mais
Vão para a Veia largo, mais curto e mais vertical do que o
Esquerdas Hemiázigo acessória Brônquio principal esquerdo – é mais
ou Intercostais provável que os corpos estranhos aspirados
posteriores esquerdas ou alimentos entrem e se alojem nele.

Segmentos Broncopulmonares
São as maiores subdivisões de um Lobo, Carcinoma Broncogênico
geralmente – 18 a 20.
Refere-se a qualquer câncer no pulmão.
Separados do segmento adjacente por septos
É causado pelo cigarro – a maioria dos
de tecido conectivo.
cânceres tem origem na mucosa dos
Supridos por um Brônquio segmentar e um grandes brônquios e provoca tosse
ramo arterial pulmonar terciário. produtiva e persistente ou hemoptise.
LETÍCIA TIMBÓ 69
Apostila Sistema Respiratório

Embolia Pulmonar
A formação de um Êmbolo em uma
Artéria Pulmonar ocorre quando um
coágulo sanguíneo (glóbulo de gordura ou
bolha de ar) proveniente de uma veia é
levado pelo sangue até os Pulmões.

Ocluindo uma artéria pulmonar e fazendo


com que o paciente sofra de angústia
respiratória aguda decorrente da grande
diminuição da oxigenação sanguínea.

Inversamente pode haver dilatação aguda


do lado direito do coração – que pode
levar a morte em alguns minutos.

Em alguns casos pode haver infarto


pulmonar.

Hemoptise
A expectoração de sangue ou escarro
tingido de sangue proveniente dos
Pulmões ou da Árvore Traqueobronquial –
é causado pela hemorragia brônquica ou
pulmonar.

Causas mais comuns – bronquite


(inflamação dos brônquios), câncer do
pulmão, pneumonia, bronquiectasia, Referências:
embolia pulmonar e tuberculose.
 Livro Anatomia orientada para clínica –
Moore 7ªed.
 Aula: Prof Janderson Rodrigues – Uninta, dia
22/03/2021, das 14 às 16hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 70
Apostila Sistema Respiratório

A Respiração Normal é
realizada quase inteiramente pelo 1º método.
A respiração provê oxigênio aos tecidos e (Movimentos do Diafragma)
remove o dióxido de carbono. (Hematose)
Durante a Inspiração
Funções da Respiração (saída de ar dos pulmões)
 Ventilação Pulmonar (influxo e efluxo de Contração dos Músculos Intercostais Externos e
ar entre a atmosfera e os alvéolos Diafragma (Principais)
pulmonares)
Além desses temos o Estenocleidomastóideo +
 Difusão de oxigênio (O²) e dióxido de
Serráteis anteriores + Escalenos.
carbono (CO²) entre os alvéolos e o
sangue OBS: A expansão pulmonar dos
 Transporte de oxigênio e dióxido de brônquios/bronquíolos e os alvéolos mudam
carbono no sangue e nos líquidos pouco de volume.
corporais
Participação das fibras elásticas do parênquima
 Regulação da Ventilação
pulmonar.

Mecânica da Ventilação Durante a Expiração


Pulmonar (entrada de ar nos pulmões)

Relaxamento do Diafragma + retração passiva


Os pulmões podem ser expandidos e
do parênquima pulmonar.
contraídos de 2 maneiras:
Durante essa Respiração Vigorosa – as forças
Por movimentos de Para aumentar ou
subida e descida do diminuir a Cavidade elásticas não são poderosas o suficiente para
Diafragma Torácica. produzir a rápida expiração necessária.
Para aumentar e
Pela elevação e Então, é feita uma força extra pela contração
diminuir o diâmetro
depressão das anteroposterior da da Musculatura Abdominal – que empurra o
Costelas Cavidade Torácica conteúdo abdominal para cima, contra a parte
inferior do Diafragma, comprimindo os pulmões
LETÍCIA TIMBÓ 71
Apostila Sistema Respiratório

O 2º método é a elevação da Caixa


Torácica – quando a caixa torácica é
elevada expandem-se os pulmões, pois na
posição de repouso natural, as costelas se
inclinam para baixo possibilitando que o
esterno recue em direção à coluna
vertebral.

Quando a Caixa Torácica é elevada, as costelas


se projetam para frente, fazendo com que o Ventilação
esterno se mova anteriormente para longe da
coluna – aumentando o diâmetro Movimento do ar para dentro e para fora dos
anteroposterior do tórax durante a inspiração pulmões. .
máxima. A Pleura possuo 2 folhetos:
TODOS os músculos que elevam a Caixa Em contato com o
Torácica são classificados como Músculos da Visceral Pulmão
Inspiração – e os que deprimem a Caixa Em contato com a
Torácica são os Músculos da Expiração.. Parietal Caixa Torácica

Entre elas tem o Líquido Pleural – que mantém


Músculos da Inspiração
os pulmões estendidos.
Intercostais Externos Principais
Esternocleidomastóideos Elevam o Esterno Esse liquido serve para lubrificar o movimento
Serráteis anteriores Elevam as Costelas de inspiração e expiração e para manter uma
Elevam as 2 pressão negativa na Caixa Torácica – essa
Escalenos primeiras costelas pressão negativa é fundamental para manter os
Músculos da Expiração pulmões aberto e o ar ser renovado.
Puxa as Costelas
inferiores para É a pressão do
baixo e comprime Pressão Pleural líquido no espaço
Reto Abdominal (negativa) entre a Pleura
o conteúdo
abdominal para Visceral e Parietal
cima contra o Pressão do ar
Diafragma dentro dos
Pressão Alveolar Alvéolos
Intercostais Internos -
Pulmonares
LETÍCIA TIMBÓ 72
Apostila Sistema Respiratório

A relação é diferente para Inspiração e


Expiração.

As 2 curvas são denominadas de:

 Curva de Complacência Inspiratória


 Curva de Complacência Expiratória.

Parâmetros que afetam a Complacência

 Força elástica do Tecido Pulmonar –


contém elastina e colágeno
 Força elástica da Tensão superficial do
liquido
É a diferença Forças elásticas são determinadas pelo
entre a Pressão colágeno e elastina.
Alveolar e
Pressão Transpulmonar Pulmonar
Não deixa o
Pulmão colabar
Forças elásticas
nos Pulmões que
Pressão de Retração tendem a colapsá-
lo a cada instante
da respiração.

Complacência Pulmonar
É o grau de extensão dos Pulmões por cada Existe uma
unidade de aumento da Pressão Transpulmonar. interface entre o
Pulmãos cheios de ar Líquido Alveolar e
A complacência total de ambos os Pulmões em o ar no interior do
um adulto normal é de – 200 mililitros de ar Alvéolo
por centímetro de pressão de água Não existe
interface liquido-ar,
transpulmonar.
portanto, o efeito
da Tensão
Diagrama da Complacência Pulmonar
Pulmão cheio de solução Superficial NÃO
É o Diagrama que relaciona as alterações do salina está presente –
apenas Forças
volume pulmonar com as mudanças da Pressão
Elásticas dos
Pleural. tecidos estão
operando.
LETÍCIA TIMBÓ 73
Apostila Sistema Respiratório

Note que as Pressões Transpleurais necessárias


para expandir os Pulmões cheios de ar, são
Surfactante
cerca de – 3X maiores que as necessárias para Produzido nos Pneumócitos tipo 2.
expandir os pulmões cheios de solução salina.
É um agente ativo da superfície da água –
Conclui-se que as forças elásticas teciduais, que reduz a Tensão superficial da água.
tendem a provocar o colapso do Pulmão cheio
de ar, representam, apenas cerca de 1/3 da O surfactante é uma mistura de
elasticidade total pulmonar, enquanto as forças fosfolipídios + proteínas + íons.
de tensão superficial liquido-ar nos alvéolos
Componentes mais importantes:
representam cerca de 2/3.
 Dipalmitoilfosfatidilcolina
OBS: As Forças Elásticas pulmonares de tensão
superficial liquido-ar aumentam quando o  Apoproteinas surfactantes
Surfactante NÃO está no liquido alveolar  Íons cálcio.

Pressão de Laplace
Fibrose Cística
Essa doença gera uma mutação no
gene CFTR (gene que forma um canal
iônico permeável a cloro).
Essa formula é utilizada para calcular a
Quando o gene sofre deleção os canais quantidade de pressão gerada no Alvéolo.
permeáveis ao cloro não se encontram
atuantes – não produzindo Quanto menor o raio do
Alvéolo Maior a pressão
corretamente a solução salina.
Quanto maior o raio do
Consequência: secreção exagerada de Alvéolo Menor a pressão
muco espesso, que prende os cílios não
OBS: A pressão é inversamente proporcional
permitindo a movimentação deles e
ao raio do Alvéolo.
gerando infecções pulmonares
recorrentes. Para igualar a pressão dentro do Alvéolo
mexe-se na Tensão superficial através do
Surfactante.

A Dipalmitoilfosfatidilcolina e outros fosfolipídios


são responsáveis pela – redução da tensão
superficial. Eles fazem essa função, pois não se
dissolvem, uniformemente, no liquido que
recobre a superfície alveolar.
LETÍCIA TIMBÓ 74
Apostila Sistema Respiratório

 Alvéolos Maiores – tem menor Trabalho da Respiração


quantidade de Surfactantes
Na respiração normal os músculos realizam
 Alvéolos menores – tem maior
trabalho apenas na Inspiração, mas não na
quantidade de Surfactantes
Expiração.
OBS: O Surfactante é para manter todos os
O trabalho da Inspiração é dividido em
Alvéolos com chance de ficarem abertos.
3 frações:
É a substância essencial para que não ocorra Trabalho de complacência Expansão dos
Atelectasia total do Pulmão. ou elástico Pulmões
Vence a
Trabalho de resistência viscosidade
Síndrome da angústia tecidual pulmonar
Trabalho de resistência Vence a
respiratória do recém-nascido - das vias aéreas resistência aérea
SARRN
Energia da Respiração
Essa Síndrome é um distúrbio pulmonar Durante a respiração normal, apenas 3% a 5%
que ocorre em recém-nascidos da energia consumida pelo corpo são
prematuros na qual os alvéolos não requeridas pela ventilação pulmonar.
permanecem abertos, pois o surfactante
está ausente ou insuficiente. Já, durante o exercício pesado, a quantidade de
energia requerida pode aumentar por até 50X.
Complacência Torácica e Pulmonar OBS: Uma das limitações da intensidade do
exercício que pode ser realizado é a
Combinadas
capacidade da pessoa de fornecer energia
A complacência de todo o Sistema Pulmonar é muscular suficiente para o processo respiratório
medida durante a expansão dos Pulmões de isolado.
pessoas totalmente relaxadas ou paralisadas.
Volumes e Capacidades
Para medir a Complacência – o ar é forçado
para o interior dos Pulmões durante curto
Pulmonares
intervalo de tempo, enquanto registram-se as
A Ventilação pulmonar pode ser estudada por
pressões e volumes pulmonares.
meio do registro do movimento do volume de
Edema/Pneumonia – ar para dentro e para fora dos pulmões –
Baixa Complacência dificuldade de método chamado de Espirometria.
expansão pulmonar
Enfisema – Espirografia é o registro do movimento do
Alta Complacência destruição do
parênquima. volume de ar para dentro e fora dos pulmões.
LETÍCIA TIMBÓ 75
Apostila Sistema Respiratório

Volume de Reserva
Inspiratório (VRI)
3000
É o volume extra de ar que
mililitros
pode ser inspirado, além do
volume corrente normal.
Volume de Reserva
Expiratório (VRE)
1100 mililitros
Volume extra expirado em
uma expiração forçada

Capacidades Pulmonares
Volumes Pulmonares
Volume Corrente 500 mL Capacidade Inspiratória (CI)
Volume de reserva Volume Corrente
Inspiratória 3000 mL 3500
+
Volume Expiratório 1.100 mL Volume de reserva Inspiratório. mililitros
Volume Residual 1.200 mL
É a quantidade de ar que a
Capacidades Pulmonares pessoa pode respirar.
Capacidade
3.500 mL Capacidade residual
Inspiratória
Capacidade Residual
Funcional (CRF)
2300 mL Volume de reserva expiratória
funcional
+
Capacidade Vital 4600 mL 2300
Volume Residual
Capacidade mililitros
Pulmonar Total 5800 mL É a quantidade de ar que
permanece nos Pulmões ao
Volumes Pulmonares final de expiração normal.

4 Volumes Pulmonares – que quando somados Capacidade Vital (CV)


são igual ao volume máximo que os Pulmões . Volume de reserva
Inspiratório
podem expandir.
+
Volume Corrente
Volume Corrente (VC) 4600
+
É o volume de ar inspirado ou mililitros
Volume reserva Expiratório
expirado, em cada respiração 500 mililitros
É a quantidade de ar que a
normal.
pessoa pode expelir dos
Volume Residual (VR) Pulmões, após enchê-los com
É o volume de ar que fica nos extensão máxima e expirar
Pulmões, após expiração mais 1200 mililitros com força máxima.
forçada.
LETÍCIA TIMBÓ 76
Apostila Sistema Respiratório

Capacidade Pulmonar Total


(CPT) Portanto, a Ventilação-minuto é, em média
Capacidade Vital 6L/min.
+ 5800
Volume Residual mililitros A pessoa pode vive por curto período com
É o Volume máximo que os ventilação-minuto tão baixa quanto 1,5L/min e
Pulmões podem ser frequência respiratória de apenas
expandidos com maior 2 a 4 respirações por minuto.
esforço
A frequência respiratória aumenta para 40 a 50
OBS: Todos os volumes e capacidades por minuto e o volume corrente pode torna-se
pulmonares, nas mulheres, são cerca de 20% a tão grande quanto a Capacidade Vital
25% menores do que nos homens e são (4600 mL).
maiores em pessoas atléticas e com massas
corporais maiores do que em pessoas menores Ventilação Alveolar
e astênicas.
Essa Ventilação renova o ar nas áreas de
OBS: O volume residual serve para o pulmão
trocas gasosas dos Pulmões, onde o ar está
não murchar completamente, não colabar.
próximo à circulação sanguínea pulmonar.
A Capacidade Residual Funcional (CRF) – é o
Essa área inclui: Alvéolos + Sacos alveolares +
volume de ar que permanece nos Pulmões ao
Ductos alveolares + Bronquíolos respiratórios.
final de cada expiração normal, é importante
para a Função Pulmonar. A velocidade com que o ar novo alcança essas
aéreas é chamada de – Ventilação Alveolar.
A ventilação-minuto é a quantidade total de
novo ar levado para o interior das vias aéreas a Essa ventilação é um dos principais fatores
cada minuto é igual = determinantes das concentrações de Oxigênio
e Dióxido de carbono nos alvéolos.
Volume correte
VA (Ventilação Alveolar por minuto) – é o
X
volume total de novo ar que entra nos alvéolos
Frequência respiratória por minuto.
e áreas adjacentes de trocas gasosas a cada
O volume corrente normal é cerca de 500 minuto.
mililitros, e a frequência respiratória normal é de
É igual à Frequência Respiratória (FR) X a
12 respirações por minuto.
quantidade de ar novo que entra nessas áreas
a cada respiração;
Exemplo
VA = FR X (Vc – Vm)
V-M = Vc X FR
 VA = volume de ventilação alveolar por
V-M = 0,5L X 12respiração = 6L/min minuto
LETÍCIA TIMBÓ 77
Apostila Sistema Respiratório

 FR = frequência respiratória por minuto OBS: O Volume de ar normal do espaço morto,


 Vc = volume correte no homem adulto é cerca de 150 mililitros.
 Vm = volume de espaço morto (esse ar pode aumentar com a idade).
fisiológico.
Espaço Morto Patológico
Exemplo
Embolia Pulmonar – quando um trombo
VA = FR X (Vc – Vm) entope o vaso e não ocorre a passagem de
sangue. O paciente tem O², mas não tem
 FR = 12 respirações/min condição de ter troca, pois não esta
 Vc = 500mL/respiração passando sangue.
 Vm = 150mL/respiração
Enfisema pulmonar + Erro na ventilação
VA = 12 X (0,50 – 0,15) = 4,2L/min artificial

Espaço Morto Reflexos das Vias aéreas


É a área do sistema respiratório onde existe Reflexo do Espirro
O², mas não existe troca gasosa.
Aplicam-se as Vias Nasais
Exemplo: Nariz – Faringe – Traquéia.
Acontece quando ocorre irritação das
Vias Nasais – os impulsos aferentes passam
pelo 5º par craniano para o bulbo, onde o
reflexo é desencadeado.

 Estimulação mecânica ou química


 Depuração das vias aéreas superiores
 Nervo trigêmeo
 Núcleo do trato solitário, núcleo ambíguo.

Mecanismo

 Inspiração inicial
 Expiração forçada
Na expiração – o ar do “espaço morto” é  Abertura da glote
expirado primeiro, antes que qualquer ar dos  Fluxo aéreo respiratório explosivo
alvéolos alcance a atmosfera – portanto, esse
espaço é muito desvantajoso para remover os
gases expiratórios do pulmão.
LETÍCIA TIMBÓ 78
Apostila Sistema Respiratório

Reflexo da Tosse

Afeta as vias aéreas superiores e inferiores –


devido à presença de corpos estranhos em seu
interior, ativando impulsos neurais que iniciam o
processo da tosse na tentativa de expelir esses
corpos estranhos.

 Características semelhantes ao espirro


 Afetas as vias aéreas superiores e
inferiores
 Estímulos tussigênicos
 Localização – laringe, faringe, traqueia e
pleura.

Mecanismo

 Volume inspiratório acentuado


 Obliteração da laringe
 Expiração ativa – expulsão explosiva do
ar.

Referências:

 Livro Tratado de Fisiologia Médica –


Guyton e Hall 13ªed.
 Aula: Prof Ana Cristina Ribeiro – Uninta, dia
24/03/2021, das 14 às 16hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 79
Apostila Sistema Respiratório

O Pulmão possui 2 tipos de circulações:.

Circulação de Alta pressão e Baixo fluxo

Sangue Arterial Sistêmico.

Supre: Traqueia – Àrvore Brônquica


incluindo Bronquíolos terminais – Tecidos
de sustentação do Pulmão – Camadas
externas (adventícia) dos vasos sanguíneos.
Qual o motivo do fluxo ser elevado?
As Artérias Brônquicas (ramos da Aorta
Torácica) – suprem a maior parte de sangue Pois os vasos pulmonares são bastante
Arterial Sistêmico, com pressão que é apenas distensíveis, conseguindo receber grande
inferior à pressão aórtica. fluxo.

Circulação de Baixa pressão e Alto fluxo

Leva Sangue Venoso de todo o corpo para os Por que é baixa pressão?
Capilares alveolares – onde ganha Oxigênio (O²) Para ter um tempo/velocidade hábil para as
e perde Dióxido de Carbono (CO²) trocas gasosas ocorrem.
É lenta para que ocorra as – Trocas Gasosas.

A Artéria Pulmonar (recebe sangue do Anatofisiologia do Sistema


Ventrículo Direito) leva sangue para os capilares
– onde ocorrem as Trocas gasosas. Circulatório Pulmonar
As Veias Pulmonares, vão devolver o sangue Vasos Pulmonares
para o Átrio Esquerdo para voltar a Circulação
no corpo. Estão associados às Trocas Gasosas.
LETÍCIA TIMBÓ 80
Apostila Sistema Respiratório

Estende-se por 5cm Após esse sangue brônquico e arterial passar


além do ápice do pelos tecidos de suporte, ele é drenado para as
Ventrículo direito. Veias Pulmonares e entra no Átrio esquerdo.
Divide-se em ramos
Direito e Esquerdo Consequência – fluxo para o Átrio esquerdo e
(suprem os Pulmões) o Débito do ventrículo esquerdo são cerca de
Artéria Pulmonar ÚNICA artéria que 1% a 2% maiores do que o Débito do
leva sangue venoso ventrículo direito.
(Pobre em O²)
Possui grande Vasos Linfáticos
complacência – por
serem vasos finos, Estão em todo o tecido de suporte do Pulmão
curtos e distensíveis –
permitindo que as Iniciando no Tecido Conjuntivo que circundam
Artérias Pulmonares os Bronquíolos Terminais, cursando para o Hilo
acomodem o Volume do Pulmão e, indo para o Ducto Linfático
Sistólico do Ventrículo Torácico Direito.
direito.
São curtas e drenam Esses vasos removem as partículas que
Veias Pulmonares o sangue para o chegam aos Alvéolos e as proteínas plasmáticas
Átrio esquerdo. que escapam dos capilares pulmonares e
encaminha de volta para a Circulação Sistêmica
OBS: A Artéria Pulmonar possui circulação de
– ajudando a prevenir um Edema Pulmonar.
alto fluxo e baixa pressão – Veia Pulmonar
possui circulação de baixo fluxo e alta pressão.
Pressão no Sistema Pulmonar
Vasos Brônquicos
Pressão no Ventrículo Direito
Originadas na
Circulação Sistêmica As pressões no Ventrículo direito e Artéria
Circulação de Alta Pulmonar são muito menor do que na Aorta.
pressão e Baixo fluxo.
Responsável por 1% a Legenda:
Artérias 2% do Débito Traçados
Brônquicas cardíaco total da pressão
Possui sangue de pulso no
Oxigenado Ventrículo
Supre os tecidos de direito,
suporte dos Pulmões artéria
– Tecido conjuntivo + pulmonar e
Septos + Brônquios. aorta.

Essas
LETÍCIA TIMBÓ 81
Apostila Sistema Respiratório

curvas contrastam com a curva da Pressão Pressão Capilar Pulmonar Média


Aórtica muito mais alta.
Possui pressão relativamente baixa – que tem
Pressão Sistólica do importância na função de troca de líquidos
Ventrículo direito 25 mmHg
capilares.
Pressão Diastólica do
Ventrículo direito 0 – 1 mmHg Pressão Capilar
Pulmonar Média 7 mmHg
Pressão na Artéria Pulmonar
Pressão Atrial Esquerda e Venosas Pulmonares
Durante a Sístole – a pressão na Artéria
Pulmonar é igual à Pressão no Ventrículo Pressão média das 2 mmHg
Direito. Veias Pulmonares e (variando entre
do Átrio Esquerdo 1 e 5 mmHg)
Porém, depois que a válvula pulmonar se fecha
(ao final da Sístole) ocorre: NÃO é possível medir a pressão do Átrio
esquerdo do ser humano usando equipamento
 Rápida queda da Pressão Ventricular de medida direta – pois é difícil passar o cateter
 Lenta queda da Pressão Arterial através das câmaras cardíacas, chegando ao
Pulmonar Átrio Esquerdo.

Entretanto., a pressão atrial esquerda pode ser


estimada pela chamada – Pressão de
Encunhadura (em cunho) pulmonar.

Pressão de Encunhadura pulmonar


Essa medição ocorre pela inserção de
cateter em veia periférica até o Átrio
Direito, passando, ao lado direito do coração
Legenda: Pressões de diferentes vasos dos e através da Artéria Pulmonar até chegar
Pulmões aos pequenos ramos da Artéria Pulmonar
Pressão Arterial e, por fim, empurrando o cateter até que
Pulmonar Sistólica 25 mmHg ele fique encunhado firmemente neste
Pressão Arterial pequeno ramo.
Pulmonar Diastólica 8 mmHg
A pressão medida por esse cateter é
Pressão Arterial aproximadamente de 5 mmHg
Pulmonar Média 15 mmHg
É utilizada para estudar alterações da
pressão capilar pulmonar e pressão atrial
esquerda em paciente com Insuficiência
cardíaca congestiva.
LETÍCIA TIMBÓ 82
Apostila Sistema Respiratório

OBS: Só tem fluxo de sangue do local de maior Patologias Cardíacas


pressão para o local de menor pressão
Essas patologias podem desviar o sangue da
Circulação Sistêmica para a Circulação
Volume Sanguíneo dos Pulmões
Pulmonar:
É cerca de 450 mL – por volta de 9% do  Insuficiência esquerda do Coração
volume total de sangue em todo o
 Estenose ou Regurgitação mitral
Sistema Circulatório.
Essas patologias fazem com que o sangue se
Aproximadamente 70mL desse volume
acumule na Circulação Pulmonar, aumentando o
sanguíneo fica localizado nos Capilares
volume pulmonar por até 100% e causando
Pulmonares, e o restante é dividido igualmente,
grandes elevações nas pressões vasculares
entre as artérias e veias pulmonares.
pulmonares.
Pulmões = Reservatório de sangue
Como o volume da circulação sistêmica é
Sob várias condições fisiológicas e patológicas – aproximadamente 9x o da circulação pulmonar
a quantidade de sangue nos Pulmões pode – o desvio de sangue de um sistema para
variar desde a metade do normal até 2X o outro afeta o sistema pulmonar, mas costuma
volume normal. ter apenas leves efeitos na circulação sistêmica.

Fluxo e distribuição de sangue


Exemplo 1
O fluxo de sangue pelos Pulmões é igual ao
Quando a pessoa sopra o ar com força, Débito cardíaco – então, os fatores que
aumentando a pressão dentro dos controlam o Débito cardíaco, também
Pulmões – como durante o Sopro de controlam o Fluxo pulmonar.
Trompete – em torno de 250 mL de
Os vasos pulmonares atuam como tubos
sangue podem ser expelidos do Sistema
distensíveis que se dilatam com o aumento da
Circulatório Pulmonar em direção da
pressão e se estreitam com diminuição da
Circulação Sistêmica.
pressão.
Exemplo 2 Para que ocorre a aeração adequada do
A perda de sangue, pela Circulação sangue, ele deve ser distribuído para os
Sistêmica (por hemorragia), pode ser segmentos pulmonares onde os alvéolos estão
parcialmente compensada pelo desvio mais bem oxigenados.
automático do sangue dos Pulmões para Essa distribuição é feita pelo mecanismo de –
os Vasos Sistêmicos. Diminuição do oxigênio alveolar.
LETÍCIA TIMBÓ 83
Apostila Sistema Respiratório

Diminuição de Oxigênio Alveolar Gradientes de


Quando a concentração de O² no ar dos Pressão Hidrostática
alvéolos cai abaixo do normal – os vasos
Nos Pulmões sobre o Fluxo Sanguíneo regional
sanguíneos adjacentes se contraem, com a
pulmonar
resistência vascular aumentando por mais
de 5x nos níveis de O² extremamente Pressão é 15mmHg
baixos. Parte mais alta do menor que a pressão
Pulmão da Artéria Pulmonar
OBS: Esse efeito é o oposto ao efeito no nível do coração
observado nos Vasos Sistêmicos – que se Parte mais baixa do Pressão é 8mmHg
dilatam, em vez de se contrair, em resposta Pulmão maior.
a concentrações baixas de O².

A baixa concentração de O² pode estimular


a liberação de substancias vasoconstritoras
ou reduzir a liberação de um vasodilatados
– como óxido nítrico, do tecido pulmonar

A Hipoxia pode induzir diretamente a


vasoconstrição por inibição dos canais de
íons potássio sensíveis ao oxigênio nas
membranas celulares do músculo liso
vascular pulmonar.

Com baixas concentrações de O², esses


canais são bloqueados – o que conduz a
Legenda: Fluxo sanguíneo em diferentes níveis do
uma despolarização das membranas Pulmão de uma pessoa em pé em repouso e durante
celulares e a ativação dos canais de cálcio, o exercício.
provocando a entrada de íons cálcio.
Observa-se que, na posição ereta em repouso,
A elevação da concentração de cálcio existe pouco fluxo no topo do Pulmão – mas
provoca uma constrição das pequenas um fluxo 5X maior na porção inferior.
artérias e arteríolas.
Zonas 1, 2 e 3 de Fluxo Sanguíneo.
O aumento na Resistência Vascular
Pulmonar (como consequência de baixo O²) A Pressão Arterial faz com que o capilar se
– tem como função a distribuição do fluxo abra – mas a Pressão Alveolar com a entrada
sanguíneo para onde ele for mais eficiente de ar faz com que o capilar se feche.
LETÍCIA TIMBÓ 84
Apostila Sistema Respiratório

Quando a pressão do ar é maior do que a


pressão do capilar pulmonar – o capilar se
fecha e o fluxo é interrompido.

Sob diferentes condições pulmonares,


patologias e normais, podem ser encontradas
uma das 3 zonas de fluxo pulmonar:

Ausência de Fluxo
sanguíneo – durante
todo o Ciclo cardíaco
A Pressão capilar
Zona 1 alveolar NUNCA se
eleva acima da
Pressão do ar alveolar
Condições Patológicas
Fluxo sanguíneo
Intermitente – durante Em condições normais
os picos da Pressão
Arterial pulmonar Zona 2 e 3
Zona 2 Pressão Sistólica é Durante a Sístole
superior a Pressão do Área superior temos Pressão
ar alveolar suficiente para levar
Pressão Diastólica é sangue para a parte
inferior à Pressão do superior.
ar alveolar Zona 3
Fluxo sanguíneo Área inferior Há um suprimento
Contínuo de sangue contínuo
A Pressão no capilar
Zona 3 permanece maior do
que a Pressão do ar
alveolar durante todo O Exercício
o Ciclo cardíaco.
O exercício aumenta o fluxo sanguíneo por
OBS: Quando a pessoa está deitada não há todas as partes do Pulmão – pois, as pressões
uma diferença de pressão do coração e dos vasculares se elevam o suficiente para
pulmões e tudo fica em – Zona 3. converter os ápices pulmonares de Zona 2
para Zona 3.
LETÍCIA TIMBÓ 85
Apostila Sistema Respiratório

Durante o exercício intenso – o Fluxo


sanguíneo pelos Pulmões pode aumentar de
4 a 7x. Insuficiência Cardíaca Esquerda
Esse “fluxo extra” é acomodado nos Em uma pessoa saudável, a Pressão atrial
Pulmões pelo: esquerda NÃO passa de 6 mmHg
(mesmo durante exercício vigoroso)
 Aumento do número de capilares
abertos Entretanto, quando o lado esquerdo do
 Distensão de todos os capilares e coração falha – o sangue acumula-se no
elevação da velocidade de fluxo. Átrio esquerdo, consequentemente, a
 Aumento da Pressão arterial pulmonar Pressão do Átrio esquerdo se eleva até
valores de 40 a 50 mmHg.
As 2 primeiras alterações – diminuem a
OBS: Quando a pressão esta acima de 30
Resistência vascular pulmonar, elevando bem
– existem grandes chances do
pouco a Pressão Arterial pulmonar.
desenvolvimento de Edema pulmonar.

Dinâmica Capilar Pulmonar


O sangue capilar flui nas paredes alveolares
como uma “lâmina de fluxo” – por conta do
grande número de capilares.

Pressão Capilar
Pulmonar média 7 mmHg

Legenda: efeito sobre a Pressão Arterial pulmonar  Quando o Débito cardíaco é normal o
média – causado pela elevação do Débito cardíaco sangue passa pelos capilares em
durante o exercício.
0,8 segundos.
A capacidade dos pulmões de acomodar fluxo  Quando o Débito cardíaco está aumento –
sanguíneo muito aumentado durante o ele passa por 0,3 segundos.
exercício, sem elevar a Pressão arterial
OBS: esse tempo em Débito cardíaco deveria
pulmonar conserva à energia do lado direito do
ser menor, mas como temos muitos capilares
coração.
adicionais, eles se adéquam para acomodar o
Fluxo de sangue.
LETÍCIA TIMBÓ 86
Apostila Sistema Respiratório

Troca de Líquidos Manutenção dos Alvéolos secos

7 mmHg Os Capilares e o Sistema Linfático mantém o


Pressão do Capilar É baixa quando gradiente de pressão negativa nos Espaços
Pulmonar comparada à Pressão Intersticiais – dessa maneira, o líquido extra que
capilar funcional.
aparecer nos Alvéolos, será sugado por
Pressão do Líquido É mais negativa que a
encontrada no Tecido processo mecânico para o Interstício pulmonar.
Intersticial no Pulmão
subcutâneo periférico.
O excesso de líquido é removido pelos
Pressão 14 mmHg
É menos da metade Linfáticos pulmonares – assim, os Alvéolos se
Coloidosmótica no
Líquido Intersticial que a dos tecidos mantêm “secos” (exceto pela pequena
periféricos. quantidade de líquido que vaza do epitélio para
as superfícies de revestimento dos alvéolos
As paredes alveolares são finas e podem se
para mantê-los úmidos).
romper com qualquer pressão que chegue a
ser maior que a pressão do ar alveolar nos
Espaços intersticiais. – permitindo o acúmulo de Edema Pulmonar
líquido nesses espaços dos alvéolos.
Pode ocorrer pelo – aumento da filtração
Inter-relações nas Pressões dos Capilares pulmonares ou mau
funcionamento dos Linfáticos pulmonares.
As forças normais são direcionadas para fora –
e são maiores do que as forças direcionadas Alterações que provocam o aumento da
para dentro – gerando um Pressão do Líquido no Espaço Intersticial
processo de filtração média na Membrana do pulmonar – com grande aumento de líquido
capilar pulmonar. livre.

Causas comuns de Edema Pulmonar:


Essa pressão de filtração causa – leve fluxo
contínuo de líquido dos capilares pulmonares  Insuficiência cardíaca esquerda ou
para os Espaços Intersticiais (exceto por Doença da Válvula mitral.
pequena quantidade que evapora nos Alvéolos)  Lesão das membranas dos capilares
– o resto é bombeado de volta para a pulmonares
Circulação pelo Sistema Linfático pulmonar.
LETÍCIA TIMBÓ 87
Apostila Sistema Respiratório
Liquido na Cavidade Pleural
Sempre que a quantidade de líquido na
Cavidade Pleural aumenta – o excesso dele
é bombeado para fora pelos Vasos linfáticos.

Esse bombeamento de líquido gera uma


Pressão negativa.

Essa força negativa – é importante para


manter os Pulmões expandidos.

Derrame Pleural é um análogo ao Líquido


do edema nos tecidos e é chamado de
“Edema da cavidade pleural.”

O derrame pode ser causado por:

 Bloqueio da drenagem linfática da


Cavidade Pleural
 Insuficiência cardíaca
 Diminuição acentuada da pressão
coloidosmótica do Plasma
 Infecção ou inflamação nas
superfícies da cavidade pleural.

Referências:

 Livro Tratado de Fisiologia Médica –


Guyton e Hall 13ªed..
 Aula: Prof Fernando Luiz Oliveira – Uninta,
dia 16/03/2021, das 08 às 12hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 88
Apostila Sistema Respiratório

Após os Alvéolos serem ventilados com ar Dessa maneira, o O² difunde-se dos alvéolos
atmosférico – ocorre a difusão do Oxigênio para os capilares pulmonares (sangue) – pois a
(O²) dos alvéolos para o sangue pulmonar e a pressão parcial do O² (Po²) nos alvéolos é
difusão do Dióxido de carbono (CO²) MAIOR do que a Po² no sangue capilar
na direção oposta. pulmonar.
OBS: Na fisiologia respiratória não foca-se Após o sangue fluir para os Pulmões. o CO²
apenas no mecanismo de difusão, mas também
difunde-se para fora do sangue até os alvéolos
na sua intensidade. – pois a Pco² no sangue é maior do que nos
Associado a alvéolos.
Ventilação renovação de ar
Associado ao fluxo OBS: O transporte de O² e CO² pelo sangue
sanguíneo distribuído depende tanto da difusão quanto do fluxo de
Perfusão para o local de trocas sangue.
gasosas – Alvéolos.
Difusão gasosa
As duas tem que ser equalizadas – a Ventilação
tem que ser suficiente para entregar O² no É o movimento aleatório de moléculas em
alvéolo e depois no vaso, e a Perfusão deve todas as direções, através da Membrana
ser adequada para que uma quantidade correta respiratória e dos líquidos.
de fluxo sanguíneo chegue até os alvéolos para
receber O² e entregar CO² - visando uma
melhor eficiência nas trocas gasosas.

Transporte de O² dos Pulmões Tecidos

Os gases movem-se de um ponto para outro


Percebemos na imagem que após a retirada da
por – difusão.
divisória, as moléculas de gases começam a
Esse movimento é gerado por uma diferença expandir-se, ocupando todo o recipiente de
de pressão parcial do 1º ponto para o outro. forma homogênea (como ocorre nos vasos.).
LETÍCIA TIMBÓ 89
Apostila Sistema Respiratório

Dessa maneira, a pressão parcial é diretamente


proporcional à concentração das
moléculas de gás.
Para que a difusão ocorra é necessária uma
fonte de energia – promovida pelo movimento
cinético das próprias moléculas

A difusão permite que os gases movam-se


aleatoriamente de um lado para o outro – com
um fluxo preferencial que respeita o gradiente
de concentração.
Cada gás individualmente possui uma
Dessa maneira, a difusão sempre ocorre da
Pressão parcial = P1 e P2.
área de alta concentração de gás para a área
de baixa concentração – ou seja, do local de Quando se misturam esses 2 gases, suas
maior pressão para o de menor. pressões parciais contribuem com a –
Pressão total = Ptotal
Efusão
Essa contribuição é proporcional à
Ocorre quando as moléculas de gases escapam
concentração de gás na mistura – ou seja, as
do compartimento para outro através de
moléculas roxas são mais numerosas do que as
orifícios.
azuis, logo, nessa mistura a Pressão parcial do
Dessa maneira, os gases passam de um gás roxo é maior que a do gás azul.
compartimento para o outro até ficarem
Pressão de vapor
equilibrados em ambos os lados.
A pressão de vapor – é a pressão que as
moléculas fazem quando circulam
livremente no ar.

A Pressão parcial pode está associada à


Pressão de vapor.
OBS: Tanto a difusão como a efusão –
acontecem na dinâmica das Trocas gasosas.

Pressão Parcial
A pressão é gerada por – múltiplos impactos
de moléculas em movimento contra uma
superfície.
LETÍCIA TIMBÓ 90
Apostila Sistema Respiratório

Maior – transportou
Pressão de vapor um maior número de
da Acetona moléculas para a fase
de vapor.
Menor – transportou
Pressão de vapor um menor número de
da Água moléculas para a fase
de vapor.
Pressão de vapor
Pressão de vapor = zero
do Óleo (não se formou
moléculas de vapor)

Pressão Parcial de gases em líquidos

Concentração de gás dissolvido


Pressão Parcial =
Coeficiente de solubilidade

Coeficientes de solubilidade
Oxigênio 0,024
Dióxido de Carbono 0,57
Monóxido de Carbono 0,018
Nitrogênio 0,012 O sangue arterial sai pelos capilares pulmonares
Hélio 0,008 para a veia pulmonar e desemboca
no Átrio esquerdo.
Observa-se que é mais fácil transportar CO² no
sangue do que O², pois a solubilidade do OBS: O gás difunde-se do local de maior
CO² é maior. concentração para o de menor, ou seja, como
o O² é mais concentrado no alvéolo, ele vai
Troca Alvéolos – Sangue para os capilares, e o CO² é mais concentrado
nos capilares vai para os alvéolos –
Os Alvéolos estão intimamente associados aos gerando a renovação do ar.
Capilares pulmonares – a Artéria Pulmonar
encaminha sangue venoso para os capilares
pulmonares, e os capilares passam o O² do
alvéolo para a Hemácia.

Para que ocorra a combinação com a


Hemoglobina – ela libera CO² do vaso
sanguíneo para o alvéolo – transformando
sangue venoso em arterial.
LETÍCIA TIMBÓ 91
Apostila Sistema Respiratório

Troca O²
Fatores de difusão de gases através de
O O² realiza um fluxo do local de maior pressão
para o de menor.
líquidos
Diferença de pressão
Pressão parcial de O² no ar
inspirado = 160 mmHg Quanto maior a diferença de pressão –
maior a difusão dos gases no líquido.
Pressão parcial de O² no ar Solubilidade do gás no líquido
alveolar = 104 mmHg
Quanto maior a solubilidade do líquido –
mais rapidamente se difunde.
Pressão parcial de O² no
sangue venoso = 40 mmHg Coeficientes de difusão no líquido
Oxigênio 1,0
. Troca CO² Dióxido de Carbono 20,3
Monóxido de Carbono 0,81
O CO² faz o movimento contrário ao do O² - Nitrogênio 0,53
realizando fluxo do local de maior pressão para Hélio 0,95
o de menor.
O CO² difunde-se mais rapidamente no
sangue que o O².
Pressão parcial de CO² no
sangue venoso = 45 mmHg Área de Secção transversal do líquido

Quanto maior a área disponível para o gás


Pressão parcial de CO² no difundir – mais rapidamente sofre difusão.
ar alveolar = 40 mmHg
Distância necessária para o gás percorrer
no líquido
Pressão parcial de CO² no
ar inspirado = 0,23 mmHg Quanto maior a distância – mais
lentamente ocorre a difusão.
Ar alveolar X Ar atmosférico
Peso molecular do gás
O ar alveolar não possui as mesmas Quanto maior o peso molecular do gás –
concentrações dos gases no ar atmosférico mais lenta a difusão.

Temperatura do líquido (constante)

A temperatura NÃO influencia tanto – pois


somos homeotérmicos.
LETÍCIA TIMBÓ 92
Apostila Sistema Respiratório

O ar alveolar é substituído parcialmente pelo ar


atmosférico a cada respiração.

O O² é constantemente absorvido pelo sangue


do ar alveolar e o CO² difunde-se
constantemente do ar pulmonar para os
alvéolos.

O ar atmosférico seco que entra nas vias


respiratórias é umidificado antes de atingir os
alvéolos. Observamos que são concluídas 16 respirações
e ainda não se conseguiu eliminar totalmente os
OBS: O ar expirado sempre tem quantidade gases da 1ª respiração.
intermediária de Pressão parcial do gás,
comparado com o ar umidificado e o ar alveolar. A renovação do ar é bem lenta, devido a
Capacidade funcional residual (volume que
Isso gera duas consequências: mantemos no Pulmão após a respiração
normal) ser 2300 mL, e o volume corrente
 O fluxo de ar passa pelo trato (volume normal inspirado) ser 500mL – logo,
respiratório – se umidifica e a Pressão inspiramos 500mL, mas sempre temos
parcial do ar é aumentada quando o ar 2300mL de volume retino no pulmão.
se torna umidificado
 As pressões parciais de O² e CO² do ar Essa renovação de ar é proporcional a:
expirado são intermediárias no ar
umidificado e no ar alveolar.

Renovação do ar alveolar pelo atmosférico

A renovação total do ar possui um –


caráter lento.

Gases encaminhados
1ª respiração para os Alvéolos.
A quantidade de ar
2ª respiração original é menor
Uma quantidade maior  Quanto mais o tempo passa – mais gás
3ª respiração de gás original foi original é eliminado.
excretada
 Quanto maior a ventilação – menor a
4ª respiração
8ª respiração Um pouco mais de ar concentração de gás original nos
12ª respiração excretado alvéolos.
16ª respiração
LETÍCIA TIMBÓ 93
Apostila Sistema Respiratório

Concentração e Pressão parcial de O² nos


Alvéolos

Ar expirado
O ar expirado é uma composição do –
Espaço motor + Ar alveolar
Pouco menos de 1ª colunar de ar é o –
100 mL expirado Ar do espaço motor
2ª coluna de ar é uma
Mais de 90 mL mistura de – ar do
expirados espaço motor + ar
Maior a pressão alveolar.
Quanto maior a parcial de O² no Mais de 230 mL 3ª coluna de ar é o –
Ventilação alveolar alvéolo. expirados Ar alveolar
Menor a pressão
Quanto maior a parcial de O² no
absorção de O² alvéolo

Concentração e Pressão parcial de CO² nos


Alvéolos

Observamos que no ar expirado, a pressão


parcial do O² cai – pois o O² não esta presente
no ar expirado de forma majoritária, seu
objetivo é apenas estar na inspiração para ser
capturado pelo capilar alveolar.
Menor a pressão
Quanto maior a parcial de CO² no Já a pressão parcial de CO² aumenta – pois o
Ventilação alveolar alvéolo objetivo dele é expirar o CO², aumentando sua
Maior a pressão pressão parcial.
Quanto maior a parcial de CO² no
absorção de CO² alvéolo
LETÍCIA TIMBÓ 94
Apostila Sistema Respiratório

Difusão de gases através de No corte transversal percebemos vários


alvéolos próximos a capilares sanguíneos – para
Membranas respiratórias que ocorram as Trocas gasosas.

Se o alvéolo entrega O² para o capilar – o


capilar entrega CO² ao alvéolo.

Entre os capilares existe o – Líquido Intersticial.

Entre esses capilares e alvéolos existem o a –


Membrana Respiratória.

Unidade respiratória ou lobo respiratório – é a


unidade funcional do processo de
Trocas gasosas.

Essa unidade é composta por: bronquíolo


terminal + bronquíolo respiratório + ducto
alveolar + sacos alveolares + alvéolos.

Camadas da Membrana respiratória

1. Camada de líquido surfactante


2. Epitélio alveolar
3. Membrana basal epitelial
4. Espaço intersticial
5. Membrana basal capilar
6. Membrana endotelial capilar

Essa membrana possui uma


Legenda: Corte transversal das paredes alveolares. espessura de 0,6 mm.
LETÍCIA TIMBÓ 95
Apostila Sistema Respiratório

Fatores que afetam a difusão pela Capacidade de difusão da Membrana


Membrana respiratória Tanto em repouso,
como em exercício
Espessura da Membrana
– a capacidade de
Quanto maior a espessura – mais difícil é a difusão do CO² na
difusão dos gases por ela membrana
respiratória é MAIOR
 Edema Pulmonar – aumenta a quantidade
que o O² - pois se
de Líquido no Espaço intersticial, gerando
o CO² é mais
o aumento do diâmetro da membrana.
solúvel, ele também
 Fibrose – substituição do tecido normal
é mais solúvel para
por tecido fibroso (tecido mais rígido).
ultrapassar a
Diminuição da área superficial da membrana.
membrana
Proporção Ventilação/Perfusão
Quanto menor a área superficial – menor
a difusão pela membrana.

 Remoção de pulmão
 Enfisema – destruição dos alvéolos

Coeficiente de difusão do gás na


membrana

Quanto maior a solubilidade – maior a


difusão do gás na membrana.

Diferença de pressão parcial nos dois lados


da membrana Quando a Ventilação/Perfusão é normal significa
que – tanto o O² está sendo capturado pela
O² passa para a corrente sanguínea – pois
corrente sanguínea de forma eficiente, como a
a pressão parcial no lado do alvéolo é
corrente sanguínea está transportando CO²
maior que a pressão nos capilares.
para o alvéolo de forma eficiente.
CO² passa para o alvéolo – pois a pressão
Condições que diminuem a Ventilação/Perfusão
parcial no lado capilar é maior que a do
alvéolo.  Ventilação Nula
 Perfusão zero
LETÍCIA TIMBÓ 96
Apostila Sistema Respiratório
Ventilação Nula
Espaço morto anatômico + Alvéolo com
Não está chegando O² novo. ventilação e sem perfusão
= Espaço morto fisiológico.
Gera queda da Pressão parcial de O² no
alvéolo (podendo zerar) – já a Pressão
parcial de O² no sangue é maior, deixando
o sangue e indo para o alvéolo
(movimento contrário).

Isso ocorre até que as pressões alveolares


e sanguíneas igualem-se.

OBS: O normal seria que nunca se


equilibrassem, pois sempre tem O²
chegado ao alvéolo – mas nessa condição
atípica é necessário o equilíbrio de
pressões.

Perfusão Zero
Eliminação do fluxo sanguíneo do alvéolo.

A ventilação ocorre normalmente


(chegada de O²), mas não tem sangue
para receber.

Derivação fisiológica

Tem pouca ventilação para muito fluxo


sanguíneo.

Espaço morto fisiológico

Tem muita ventilação para pouca perfusão.

Também existe o – Espaço morto anatômico


– áreas que normalmente não fazem trocas Referências:
gasosas, mesmo tento O² disponível
(Cavidade nasal, Nasofaringe e Traqueia).  Livro Tratado de Fisiologia Médica –
Guyton e Hall 13ªed.
 Aula: Prof Fernando Luiz Oliveira – Uninta,
dia 24/03/2021, das 14 às 16hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 97
Apostila Sistema Respiratório

O Sistema Nervoso ajusta a intensidade da Grupo Grupo


Ventilação Alveolar de forma precisa às Respiratório Respiratório Centro
exigências corpóreas. – de modo que as Dorsal Ventral Pneumotáxico
Pressões de Oxigênio (Po²) e do Dióxido de Situado na
carbono (Pco²) no sangue arterial Situado na Situado na porção
porção dorsal parte dorsal
pouco se alteram.
do Bulbo ventrolateral superior da
O ritmo básico da Respiração é gerado pelo do Bulbo Ponte
Centro Respiratório. Inclui o
Responsável controle da
Responsável pela frequência e
pela Inspiração Expiração da amplitude
respiratória.

Grupo Respiratório Dorsal

Desempenha o papel mais importante no


controle da Respiração – pois o ritmo básico
respiratório é gerado nele
(Complexo Pré-Botzinger)

Situa-se no interior do
Núcleo do Trato Solitário (NTS)

Centro Respiratório O NTS corresponde à terminação sensorial


dos Nervos Vago e Glossofaríngeo – que
É composto por diversos grupos de neurônios transmitem sinais sensoriais para o Centro
localizados – bilateralmente no Bulbo raquidiano Respiratório através de:
e na Ponte do Tronco cerebral.
 Quimiorreceptores periféricos
Ele se divide em 3 grupos de neurônio:  Barorreceptores
Respiratório dorsal + Respiratório ventral +  Vários tipos de receptores nos Pulmões.
Centro pneumotáxico.
LETÍCIA TIMBÓ 98
Apostila Sistema Respiratório

OBS: Mesmo quando todos os nervos de alto nível de ventilação pulmonar


periféricos que entram no Bulbo forem (particularmente durante a atividade física)
seccionados e o Tronco cerebral for
transeccionado – esse grupo de neurônio ainda Centro Pneumotáxico
gera surtos repetitivos de Potenciais de ação Função principal = Limitar a Inspiração.
neuronais inspiratórios.
Aumenta a Frequência Respiratória (FR) e
Grupo Respiratório Ventral diminui a Amplitude na mesma proporção.
Situado em cada lado do Bulbo. Transmite sinais para a área Inspiratória e o
Suas funções diferem do Grupo respiratório efeito é – Controlar o ponto de desligamento
Dorsal em vários aspectos: da Rampa Inspiratória. – controlando a duração
da fase de expansão do ciclo pulmonar e
 Os neurônios desse grupo permanecem limitando a inspiração.
quase sempre inativos durante a
Respiração Normal – é induzido apenas Situa-se dorsalmente no Núcleo Parabraquial da
por sinais inspiratórios repetitivos. parte superior da Ponte e de KolluekerFuse.
 Não participa da oscilação rítmica básica Inspiração dura 0,5
responsável pelo Controle da Respiração. segundos
 Quando o impulso respiratório tende Sinal Pneumotáxico
(leve expansão dos
para que o aumento na Ventilação pulmões)
Intenso
Pulmonar fique acima do normal – os Aumenta a FR para
30 a 40 movimentos
sinais respiratórios se propagam para os
respiratórios por min.
neurônios respiratórios ventrais. – como Inspiração pode
consequência essa área contribui para o prosseguir por 5
Controle Respiratório extra. segundos ou mais
 A estimulação elétrica de alguns Sinal Pneumotáxico (enche os pulmões
neurônios no Grupo Ventral provoca a Fraco com excesso de ar)
Reduz a FR para 3 a
Inspiração, enquanto a estimulação de
5 movimentos
outros provoca a Expiração. respiratórios por min.
Portanto, esses neurônios contribuem tanto
para a Inspiração quanto para a Expiração.
Sinal Inspiratório em Rampa
OBS: são importantes na provisão de sinais É um sinal nervoso transmitido para os
expiratórios vigorosos para os Músculos Músculos Inspiratórios
Abdominais, durante a expiração muito intensa. (principalmente Diafragma)
– essa área atua como mecanismo
suprarregulatório quando ocorre necessidade
LETÍCIA TIMBÓ 99
Apostila Sistema Respiratório

Os sinais iniciam fracos e aumentam


progressivamente de 1 a 2 segundos
contraindo os Musculos da Respiração
levando o ar para os Pulmões.

Esses sinais cessam em abrupto – gerando


um relaxamento súbito dos Músculos
Inspiratórios

Ocorre a retração elástica dos Pulmões e


da Caixa Torácica – produzindo deflação
dos Pulmões de 2 a 3 segundos, até seu
volume normal – produzindo a Expiração.

Consequentemente, o sinal inspiratório é um


sinal em rampa.
Existem Receptores de Estiramento – situados
A vantagem da rampa está na indução de nas paredes dos Brônquios e Bronquíolos.
aumento constante do volume dos Pulmões
durante a inspiração – e não golfadas Eles são responsáveis pela transmissão de sinais
inspiratórias. pelos Nervos Vagos para o grupo respiratório
dorsal de neurônios – quando os Pulmões são
Qualidades da Rampa: excessivamente distendidos.

 Controle da velocidade do aumento do Esses sinais influenciam a Inspiração –


sinal em rampa. evitando os aumentos adicionais.
 Controle do ponto limítrofe da Mecanismo – quando os Pulmões são
interrupção súbita da rampa. excessivamente insuflados, os receptores de
estiramento ativam resposta de feedback que
Reflexo de Insuflação de “desativa” a Rampa Inspiratória, interrompendo a
Hering-Breuer Inspiração..

É um mecanismo de controle respiratório do Esse reflexo também aumenta a FR e diminui a


Sistema Nervoso Central que ajuda a controlar Amplitude.
a respiração.
LETÍCIA TIMBÓ 100
Apostila Sistema Respiratório

OBS: em seres humano esse Reflexo de


Hering-Breuer não é ativo até que o Volume
Controle Químico da Respiração
Corrente aumente para valor superior 3x o O principal objetivo da respiração é manter as
normal (cerca de 1500mL de ar) – sendo o concentrações apropriadas de Oxigênio, Dióxido
principal mecanismo protetor para evitar a
de carbono e íons de hidrogênio nos tecidos.
Insuflação Pulmonar excessiva (lesão tecidual)
Atua de forma direta
sobre o Centro
Insuficiência do Centro Respiratório Excesso de Dióxido de Respiratório
carbono ou Íons Gera aumento da
É uma das causas hidrogênio no sangue intensidade dos sinais
Concussão mais frequentes de motores inspiratórios
Respiratória Insuficiência do CR. e expiratórios para os
Aumento da pressão Músculos Respiratórios.
que gera compressão Elimina o ritmo
Não apresenta efeito
dos vasos que respiratório e a direto sobre o Centro
atividade do Bulbo.
suprem o CR Respiratório
Destrói as células Atua exclusivamente
Poliomielite neuronais na Oxigênio sobre os
Substância Reticular quimiorreceptores
Suicídio por Anestesia os periféricos situados
medicação indutora neurônios nos Corpos
de sono respiratórios carotídeos e aórticos.

Essa insuficiência do CR é uma anormalidade Efeitos do PCO² e íons H+ sobre CR


mais difícil de tratar – exceto quando se utiliza
São os estímulos mais poderosos.
a respiração artificial (Respirador)
Atuam sobre a área quimiossensível
OBS: existem poucos medicamentos
(fica na face ventral do Bulbo)
disponíveis que exercem influencia sobre o
CR (cafeína e picrotoxina).

Quando é necessária uma grande quantidade


de ar – os 2 centros (ventral e dorsal) são
aumentados, gerando o aumento da FR e
Amplitude.

Frequência Vai de 12 para 50/min


Amplitude Vai de 0,5 para 3L

OBS: Fatores regulatório = PCO² - pH – PO²


- sinais neurais das áreas de controle
muscular
LETÍCIA TIMBÓ 101
Apostila Sistema Respiratório

Os neurônios sensoriais na área quimossensível


são particularmente estimulados pelos
Íons hidrogênio.

Contundo os íons hidrogênio não atravessam a


Barreira Hematoencefálica com facilidade.

Então o CO² difunde-se rapidamente para o


interior dos neurônios, reagindo com o H²O
(água) = formando H²CO³ (ácido carbônico) -
que se dissocia em H+ (íons hidrogênio) e
HCO³ (íons bicarbonato).

OBS: O Dióxido de carbono sanguíneo possui


efeito mais potente na estimulação dos
neurônios quimiossensíveis em comparação aos
íons hidrogênios – pois, os íons possuem uma
baixa permeabilidade a Barreira
Hematoencefálica e já o Dióxido, atravessa a
barreira como se ela não existisse.
Leitura do Gráfico:
Portanto, sempre que a PCO² sanguínea Forte efeito do CO² Pelo fato de
aumenta, também a PCO² se eleva no líquido sobre a ventilação atravessar a Barreira
intersticial do Bulbo e no liquido Hematoencefálica
cefalorraquidiano. H+ não atravessam a Portanto, não
Barreira estimulam a
Em ambos os líquidos, o Dióxido de carbono Hematoencefálica respiração.
reage imediatamente com a água – formando
O CO² pode estimular neurônios
novos íons de hidrogênio.
quimiossensíveis – através dos capilares e pelo
Dessa maneira, são liberados mais íons Líquido cefalorraquidiano.
hidrogeio na área sensorial quimiossensível
Conferindo um sistema protetor duplo em
respiratória do bulbo quando se aumenta a
casos de exercícios intensos.
concentração sanguínea do Dióxido de carbono
do que quando ocorre aumento da O fluxo que passa pelo liquido
concentração sanguínea dos íons hidrogênio. encefalorraquidiano é capaz de aumentar os
níveis de CO² em tempo reduzido.
É por esse motivo que a atividade do CR tem
elevação muito intensa por meio das alterações
do Dióxido de carbono sanguíneo.
LETÍCIA TIMBÓ 102
Apostila Sistema Respiratório
CO² e feedcak
Somente em condições extremas – há
A concentração de CO² é controlada mudança no padrão ventilatório
pela Ventilação. (casos de Pneumonias – Cânceres – Altitude)

Quando há aumento de CO² a Os Quimiorreceptores periféricos são


ventilação aumenta eliminando o relevantes para detecção de variações
excesso de gás diluído. sanguíneas do Oxigênio – eles transmitem sinais
neurais para o CR encefálico, para ajudar a
OBS: Mecanismo importante, já que não
regular a
há outros mecanismos regulatórios
atividade
significativos.
respiratória.
Leva ao bloqueio
Aumento de CO² de todas as Vias Grande parte
Metabólicas. desses
Leva a Alcalose – quimiorreceptor
Tetania – es são
Diminuição de CO² Convulsões encontrados
evoluindo para nos –
óbito.
Corpos
Carotídeos e
Aórticos.
H+ e feedcak
Modifica a Ventilação Alveolar Corpos Carotídeos Corpos Aórticos
Localizados na
Diminuição de íon Aumento de íons Localizados ao longo
bifurcação das
H+ (baixo pH) H+ (alto pH) do Arco da Aorta.
Artérias Carótidas
Taquipneia Bradipneia comuns
Elimina CO² Retém CO² Fibras nervosas
aferentes cursam Fibras nervosas
pelos Nervos de aferentes cursam
Regulação pelo O² Hering e depois para pelos Nervos Vagos e
os Nervos depois para á área
Glossofaríngeos e respiratória dorsal do
As modificações na concentração de O² NÃO
área respiratória dorsal Bulbo.
tem efeito direto sobre o Centro Respiratório.
do Bulbo.
O Sistema tampão hemoglobina-O² distribui
O fluxo sanguíneo por esses corpos é
quantidades normais de O² aos tecidos –
extremamente alto – 20x o peso dos próprios
mesmo quando a PO² pulmonar se altera.
corpos, a cada minuto.
LETÍCIA TIMBÓ 103
Apostila Sistema Respiratório

Esses corpos
carotídeos tem
Exercício e Ventilação
múltiplas– Ventilação alveolar aumenta proporcionalmente
Células Glomosas a quantidade de trabalho realizado
– que fazem
sinapse direta ou Aumenta em níveis que podem chegar
indireta com 120mL/min (valor 20x maior do que o de uma
terminações respiração normal)
nervosas.
OBS: Não ocorre alteração dos valores de Pco²
Portanto, a - pH e Po² arteriais durante o exercício.
porcentagem de
Oxigênio
removido do Então o que causa o aumento da ventilação
fluxo sanguíneo na atividade física?
é virtualmente zero – isso significa que os Acredita-se que o Encéfalo durante a
quimiorreceptores sempre são expostos ao transmissão de impulso para os músculos
sangue arterial e sua Po² é Po² arterial. participantes da atividade física, transmita
impulsos colaterais para o Tronco cerebral
estimulando o Centro Respiratório.
Aclimatação
Os alpinistas ao escalaram a montanha
lentamente, durante alguns dias apresentam
respiração mais profunda – e
consequentemente, conseguem suportas
concentrações mais baixas de oxigênio
atmosférico. – esse fenômeno é chamado
de Aclimatação

A causa disso se deve ao fato do que


dentro de 2 a 3 dias, o Centro Respiratório
perde cerca de 80% de sua sensibilidade
às alterações de Pco² e dos íons de
. hidrogênio.
Legenda: Efeito do exercício sobre o consumo de
Oxigênio e a Frequência ventilatória
LETÍCIA TIMBÓ 104
Apostila Sistema Respiratório

O sangue oxigenado leva um tempo ate


alcançar os neurônios – inibindo a ventilação
excessiva
PCO² arterial durante 1 minuto de exercício e após seu
término. A hiperventilação inibe o CR iniciando um ciclo
oposto = aumento de CO² e diminuição de O²
Patologias - Respiração de Kussmaul.

Causas: retardo do transporte de O² e aumento


Fatores que modificam a Ventilação
do feedback negativo nas áreas de controle
Por meio de
Barorreceptores respiratório.

Pressão
Aumento da pressão Distúrbios respiratórios
= deprime o CR
diminuindo a Hipóxia
ventilação.
Psíquica Ansiedade = aumento Incapacidade do
da ventilação Oxigênio em atingir o
Geralmente são sangue nos Pulmões.
Sensorial Transitórios – por diminuição de
Água fria Hipóxia Hipóxica O² atmosférico,
Sinais neurais são obstrução ou
enviados às Cordas diminuição da
Fonação
vocais e ao CR membrana respiratória.
simultaneamente. Ocorre em casos de
Hipóxia Estagnante Insuficiência cardíaca e
Respiração de Cheyne-Stokes. choque circulatório
Ocorre a diminuição
Ocorre quando a pessoa respira da quantidade de
Hipóxia Anêmica
excessivamente promovendo grande remoção hemácias e
de CO² no sangue pulmonar e aumento de O² hemoglobina
pela mudança no padrão respiratório. Incapacidade de utilizar

Hipóxia Histotóxica Envenenamento por
Cianeto
(bloqueio de enzimas.)
LETÍCIA TIMBÓ 105
Apostila Sistema Respiratório

Dispneia membrana respiratória + redução da


difusão.
 Anormalidade respiratória multifatorial.
 Ocorre pelo acumulo de CO² nos
líquidos corporais.
 Geralmente são casos mais psíquicos.
 Neurose cardíaca (+comum)

Pneumonia

 Provoca Hipóxia Hipóxica


 Falta de aeração dos alvéolos – que
estão repletos de líquidos e eritrócitos
ou pelo edema que espessa a parede da
Membrana impedindo a difusão de
Oxigênio.

Enfisemas

 Ocorre quando as paredes alveolares


são destruídas.
 Área total do pulmão diminuída –
causando Hipóxia e aumento de CO² nos
órgão e tecidos.
 Infecções por fumo (causa + comum)

Atelectasia

 Colapso dos alvéolos e vasos sanguíneos


gerando diminuição do fluxo sanguíneo.
 É causado pelo Colapso do Pulmão.
 Perfurações no tórax por armas, facas
(causa + comum)

Tuberculose Referências:
 Ocorre a invasão do Epitélio pulmonar  Livro Tratado de Fisiologia Médica –
por macrófagos e tecido fibroso. Guyton & Hall 13ªed.
 Os bacilos destroem o Tecido pulmonar.  Aula: Prof Luis Antonio de Oliveira – Uninta,
 Acarreta no aumento do trabalho dia 22/03/2021, das 16 às 18hrs.
respiratório + redução da área da
LETÍCIA TIMBÓ 106
Apostila Sistema Respiratório

Métodos para estudo das Anormalidades


Respiratórias

Estudo dos Gases e pH do sangue Quando chegar a este


estado – o pH da
A determinação da: solução é função do
CO² e das
 Pressão parcial de oxigênio (Po²) concentrações do íon
 Pressão parcial de dióxido de carbono (CO²) bicarbonato
 Ph sanguíneo Use-a a Técnica
Polarografia
São os mais importantes testes de Uma corrente elétrica
desempenho pulmonar – para ajudar na flui entre um eletródio
determinação da terapia para Angústia negativo e a solução.
Respiratória aguda ou Anormalidades agudas do Caso a voltagem do
eletródio apresente
balanço ácido-base.
Determinação do Po² diferença maior que
Foram desenvolvidos métodos para fazer essas do sangue 0,6 volt com relação á
voltagem da solução
medidas em minutos, usando apenas gotas de
– o O² se deposita no
sangue. eletródio.
Usa-se eletródio de pH O fluxo da corrente
vai ser diretamente
Determinação do pH É gerado uma
proporcional á
do sangue voltagem e medido o
concentração de O² e
pH
da Po².
Usa-se eletródio
Quando a solução de OBS: as 3 técnicas são feitas no mesmo
bicarbonato de sódio aparelho, e todas podem ser feitas em 1 minuto,
Determinação do CO² é exposta a CO² -
utilizando-se amostra única de sangue.
do sangue este dissolve-se na
solução até um
estado de equilíbrio.
LETÍCIA TIMBÓ 107
Apostila Sistema Respiratório

Medida do Fluxo Expiratório Máximo Dessa maneira, além do nível crítico de força
expiratória, o fluxo expiratório máximo já foi
Conceito: é quando a pessoa expira em grande atingido.
intensidade, o fluxo expiratório de ar atinge um
Observe que no Gráfico a pessoa produz o
máximo além do qual não pode ser aumentado
Fluxo Aéreo Expiratório Máximo de mais de
mais, mesmo com esforço adicional.
400L/min – e independente do esforço que ela
Esse fluxo é maior quando os Pulmãos estão faça, este fluxo se mantém.
cheios de ar.
Conforme o volume vai ficando menor, o fluxo
expiratório máximo também diminui.

A razão para isso é que no Pulmão aumentado,


os Brônquios e Bronquíolos são mantidos
parcialmente abertos pela tração elástica das
paredes externas sobre suas estruturas –
conforme o Pulmão fica menor, essas
estruturas vão relaxando, de modo que os
Brônquios e Bronquíolos são colapsados mais
facilmente pela pressão externa do Tórax,
reduzindo a Taxa de fluxo expiratório máximo.

Anormalidade da Curva Fluxo-Volume


Expiratória Máxima
Gráfico mostra o efeito do aumento de
pressão nas paredes externas dos Alvéolos e
das Vias aéreas quando existe compressão da
Caixa Torácica.

A mesma pressão comprime as paredes


externas tanto dos Alvéolos quanto dos
Bronquíolos.

Existe uma tendência de colapso dos


Bronquíolos que se vai opor ao movimento do Gráfico mostra a curva normal de fluxo
ar para o exterior.
expiratório máximo-volume juntamente com 2
tipos de doenças pulmonares: Restrição
Quando os Bronquíolos estão colapsados – a força Pulmonar e Obstrução parcial das vias aéreas.
expiratória adicional pode aumentar o grau de pressão
alveolar, elevando o grau de colapso bronquiolar e a
resistência aérea – impedindo aumentos adicionais do
fluxo
LETÍCIA TIMBÓ 108
Apostila Sistema Respiratório

Capacidade Vital Expiratória forçada e


Volume Expiratório forçado

Restrição Pulmonar
Causa redução da Capacidade pulmonar
Total e Volume residual.

O pulmão não se expande ao seu


Volume normal máximo (mesmo com o
máximo esforço expiratório).

Acarretada por:

 Doenças fibróticas pulmonares como:


Tuberculose e Silicose
 Doenças que restringem a caixa torácica
como: Cifose, Escoliose e Pleurisia
fibrótica. É um teste com Espirômetro que mede – a
Capacidade Vital Expiratória Forçada.

Diferenças entre um Pulmão normal e um com


obstrução parcial das vias aéreas:
Obstrução das vias aéreas
 Pouca alteração dos volumes totais das
Causa aumento da Capacidade pulmonar
capacidades vitais expiratórias forçadas.
total e do Voluma residual
 Pouca diferença nos volumes pulmonares
Nesse caso, é mais difícil expirar do que básicos.
inspirar, visto que, possui tendência ao  Grande diferença entre as quantidades de
fechamento das vias aéreas que é ar que essas pessoas expiram a cada
aumentado pela pressão positiva extra segundo (especialmente no 1º segundo)
para expirar.
Registros de Volume Expiratório no 1º segundo:
O ar entra facilmente no Pulmão, mas fica
aprisionado. Pessoa normal 80%
Pessoa com obstrução
Exemplo = Asma. das vias aéreas 47%
Pessoa com
obstruções sérias 20%
LETÍCIA TIMBÓ 109
Apostila Sistema Respiratório

Esse efeito combinado com a infecção causa –


Enfisema Pulmonar Crônico Destruição de cerca de 50% a 80% das
“Excesso de ar nos Pulmões.” paredes alveolares – levando a esse quadro:

Doença na qual os Pulmões perdem a Pulmão Enfisematoso


elasticidade devido à exposição constante a
poluente ou tabaco – levando a destruição dos
Alvéolos.

Resulta das seguintes alterações:

1 - Infecção Crônica

Causada pela inalação de fumaça ou outras


substâncias que irritam os Brônquios e
Bronquíolos.

Essa infecção perturba os mecanismos normais


de proteção das Vias aéreas, acarretando –
paralisia parcial dos cílios do Epitélio Respiratório
(efeito provocado pela Nicotina).

Como consequência disso – o muco tem Pulmão Normal


dificuldade de ser mobilizado para fora das Vias
aéreas. Os efeitos fisiológicos do Enfisema Crônico são
Além disso, ocorre estímulo para secreção variáveis e dependem da gravidade da doença
excessiva de muco e também se observa a e dos níveis de Obstrução Bronquiolar versus a
inibição dos Macrófagos alveolares, que passam destruição parenquimatosa.
a serem menos eficazes no combate a Anomalias do Enfisema
infecções.
Resultando em um
2 - Infecção aumento do trabalho
O muco excessivo + edema inflamatório do Aumenta a resistência da respiração – pois a
das Vias aéreas força compressiva
Epitélio Bronquiolar causam Obstrução Crônica afeta os Alvéolos e
das pequenas vias aéreas. Bronquíolos.
Diminui a capacidade
3 - Obstruções das Vias aéreas
Perda de paredes de difusão pulmonar –
Torna-se difícil principalmente a Expiração – alveolares reduzindo a função de
ocasionando o aprisionamento de ar no interior oxigenação do
sangue.
dos Alvéolos e sua hiperdistensão.
LETÍCIA TIMBÓ 110
Apostila Sistema Respiratório

Algumas regiões são mais a perda das paredes alveolares.


bem ventiladas O resultado de todos esses efeitos é a
enquanto outras são “fome de ar” – que pode durar anos até que a
pouco ventiladas –
Hipoxia e Hipercapnia causem a morte.
gerando uma
proporção ventilação- Pneumonia
Obstrução de partes perfusão anormal.
do Pulmão A Derivação fisiológica
em algumas partes
resulta em aeração
insuficiente do sangue
e Espaço morto
fisiológico e em outras
resulta em ventilação
perdida.
A perda de grande
parte das paredes
alveolares diminui o
número de capilares
pulmonares.
A resistência vascular
pulmonar aumenta
É qualquer inflamação pulmonar em que alguns
Hipertensão Pulmonar com a frequência – ou todos os Alvéolos são preenchidos com
causando Hipertensão
Pulmonar. líquido e hemácias.
Sobrecarrega o lado
direito do coração e O tipo mais comum de Pneumonia é a
pode gerar bacteriana – causada por pneumococos.
Insuficiência cardíaca
direita. A Pneumonia se inicia com infecção alveolar –
a membrana pulmonar fica inflamada e muito
A Hipoxia (O² sanguíneo baixo) e Hipercapnia porosa, de modo que o líquido e até mesmo
(CO² sanguíneo alto) desenvolvem-se em hemácias e leucócitos escapam da corrente
virtude da Hipoventilação de muitos Alvéolos sanguínea para o interior dos Alvéolos.
LETÍCIA TIMBÓ 111
Apostila Sistema Respiratório

Esses alvéolos infectados ficam cheios de líquido


e células – ocorrendo disseminação da infecção
Atelectasia
por meio das bactérias ou dos vírus de alvéolo É o colapso
em alvéolo. alveolar.
Grandes áreas dos Pulmões ficam “consolidadas” Pode ocorre
– preenchidos com líquido e dendritos celulares. em áreas
localizadas ou
Em pessoas com pneumonia a função das
em todo o
trocas gasosas diminui em diferentes estágios
Pulmão
da doença.
As causas mais comuns são: Obstrução total
Nos estágios iniciais o processo pneumônico
das vias aéreas e perda de Surfactante. .
pode localizar-se apenas em um pulmão, com
redução da Ventilação Alveolar, enquanto o Obstrução das Vias aéreas
fluxo sanguíneo do Pulmão continua normal.
A Atelectasia secundária à obstrução das vias
Essa condição causa 2 anormalidades: aéreas geralmente resulta de:

 Redução da Área de superfície total  Bloqueio de muitos Brônquios de pequeno


disponível da membrana respiratória calibre por muco
 Diminuição da proporção ventilação-  Obstrução de Brônquio principal tanto por
perfusão. um grande tampão mucoso quanto por
algum objeto sólido (como tumor)
Ambos os efeitos causam Hipoxemia (O²
sanguíneo baixo) e Hipercapnia (CO² alto) O ar aprisionado é absorvido em minutos pelo
sangue que flui pelos capilares pulmonares.
Efeito da redução da proporção ventilação-
perfusão na Pneumonia = Pulmão maleável Colapso Alveolar
Enchimento dos
Diminuição da saturação média Pulmão rígido Alvéolos com líquido
de edema.

Esse processo é o resultado da Atelectasia de


todo o Pulmão – condição chamada de
Colapso maciço pulmonar.

O Colapso do Tecido pulmonar não apenas


oclui o alvéolo, mas também aumenta a
resistência ao fluxo sanguíneo.

Além disso, a Hipoxia nos alvéolos colapsados


causa – vasoconstrição adicional – em razão
LETÍCIA TIMBÓ 112
Apostila Sistema Respiratório

inchadas, além de produzirem muco extra, o


disso o fluxo sanguíneo pelo Pulmão
que dificulta a respiração.
atelectásico é bem reduzido. Felizmente, a
maior parte do sangue é desviada para as áreas É caracterizada pela contração espástica da
de pulmão ventilado (mais bem aeradas) musculatura lisa dos bronquíolos – o que
ocasiona sua obstrução parcial e extrema
A relação Ventilação-Perfusão é parcialmente
dificuldade para respirar.
comprometida.
Causa comum – é a hipersensibilidade contrátil
Falta de Surfactante
bronquiolar em resposta às substancias
O surfactante é secretado por Células Epiteliais estranhas no ar.
alveolares especiais (Pneumócitos tipo 2) e
possui a função de diminuir a tensão superficial Asma é provocada
Pessoas abaixo de por hipersensibilidade
no Alvéolo – prevenindo o Colapso Alveolar.
30 anos alérgica
Na doença da Membrana Hialina a quantidade (pólen das plantas)
Asma é provocada
de surfactante é tão reduzida que a tensão
por hipersensibilidade
superficial do liquido alveolar fica maior que o Pessoas com mais de às partículas irritativas
normal. – causando Colapso pulmonar ou 30 anos não alérgicas
enchimento alveolar por líquido. presentes no ar
poluído.
Muitos pacientes morrem de asfixia – quando
grandes porções dos pulmões ficam Pessoas alérgicas
atelectásicos.
Ela tende a formar grandes e anormais
Asma quantidade de anticorpos IgE.

Esses anticorpos causam reações alérgicas


A Asma é uma condição em que as vias aéreas
quando interagem com antígenos específicos
de uma pessoa ficam inflamadas, estreitas e
que proporcionam o desenvolvimento dos
anticorpos na 1ª ocasião.
LETÍCIA TIMBÓ 113
Apostila Sistema Respiratório

Pessoas com Asma Registros clínicos Asmáticos:

Os anticorpos estão ligados aos Mastócitos  Redução do Fluxo Expiratório Máximo


presentes no interstício pulmonar.  Redução do Volume Expiratório no
tempo.
Quando uma pessoa asmática respira o pólen
 Dispneia ou “fome de ar”
para o qual é sensível, este reage com os
 Aumento da Capacidade Residual
anticorpos ligados aos Mastócitos, que liberam
Funcional e Volume Residual Pulmonar –
várias substancias diferentes.
devido à dificuldade em expirar.
Entre elas:
 Aumento da Caixa Torácica – aspecto
 Histamina
de “Tórax em barril.”.
 Sustância de anafilaxia de reação lenta
 Fator quimiotático eosinofílico
Tuberculose
 Bradicinina
Nessa doença, os bacilos causam reação
Os efeitos de todos esses fatores combinados
tecidual peculiar nos Pulmões, incluindo:
geram:
 Edema localizado nas paredes dos  Invasão do tecido por Macrófagos
pequenos Bronquíolos  “Encarceramento” da lesão por tecido
 Secreção de muco espesso no interior fibroso que forma o – Tubérculo.
do lúmen bronquiolar
 Espasmos da musculatura lisa bronquiolar. Esse processo de encarceramento ajuda a
limitar maior transmissão dos báculos nos
OBS: Aumentam a resistência das vias aéreas. pulmões, ou seja, é a parte do Sistema de
proteção contra a extensão da infecção.
O diâmetro bronquiolar nas pessoas com asma:
Durante a Expiração Fica menor Caso o paciente que desenvolva tuberculose
Durante a Inspiração Fica MAIOR não faça o tratamento – esse processo de
encarceramento falha e os bacilos de
O que é causado pelo colapso bronquiolar
disseminam por todo o Pulmão – causando
durante o esforço expiratório que comprime as
destruição do parênquima com formação de
paredes externas dos bronquíolos.
grandes cavidades.
Visto que os bronquíolos dos asmáticos já
estão parcialmente ocluídos e recebem uma
oclusão adicional, resultante de pressão externa
– cria a obstrução grave durante a Expiração.

Ou seja, a pessoa asmática pode inspirar de


modo muito adequado, mas tem grande
dificuldade para expirar.
LETÍCIA TIMBÓ 114
Apostila Sistema Respiratório

O Estágio final da Tuberculose caracteriza-se: Proporção ventilação-


perfusão alveolar
 Por áreas de fibrose por todo o Pulmão anormal.
 Redução da quantidade total de tecido Diminuição da difusão
pulmonar funcional. pela Membrana
respiratória.
E esses efeitos geram: Desvios Desvios cardíacos
Arteriovenosos “direita-esquerda”
 Trabalho aumentado por parte dos Anemia ou
Musculos Respiratórios (em busca de anormalidade da
realizar Ventilação Pulmonar) Inadequação do hemoglobina
 Capacidade Vital e Respiratória diminuídas transporte sanguíneo Deficiência circulatória
de O² aos tecidos generalizada ou
 Redução da área da membrana
localizada.
respiratória Edema tecidual
 Aumento da espessura da membrana Envenenamento das
respiratória – acarretando na redução da enzimas de oxidação
capacidade de difusão pulmonar. Inadequação da celular
 Proporção Ventilação–Perfusão anormal capacidade tecidual de Diminuição da
nos Pulmões usar O² capacidade metabólica
celular.
Hipoxia Incapacidade dos tecidos de usarem O²

É a ausência de oxigênio suficiente nos tecidos A causa clássica para a incapacidade dos tecidos
para manter as funções corporais. usarem O² é o – envenenamento por cianeto.

Quase todas essas condições podem causa O cianeto bloqueia a ação da enzima citocromo
hipoxia celular grave por todo o corpo. oxidase – fazendo com que os tecidos fiquem
incapazes de usar O²
Algumas vezes, a terapia com O² é de grande
valor, já outras, é de valor moderado, e pode A deficiência de algumas enzimas oxidativas
até não tem valor algum. celulares teciduais também podem levar a esse
tipo de Hipoxia.
Causas de Hipoxia
Exemplo: Beribéri – várias etapas na utilização
Deficiência de O² na de O² e na formação do CO² estão
Oxigenação atmosfera.
inadequada comprometidas pela deficiência da Vitamina B.
Hipoventilação
Hipoventilação por Efeitos da Hipoxia no corpo
aumento da resistência
das vias aéreas ou Se grave o suficiente, ela pode causar morte
Doença Pulmonar diminuição da
Complacência pulmonar.
celular por todo o corpo.

Já em graus menos intensos, ela causa


LETÍCIA TIMBÓ 115
Apostila Sistema Respiratório

 Depressão da atividade mental Essa ação aumenta o


(algumas vezes gerando coma) gradiente de pressão
 Redução da capacidade de trabalho do O² para sua
difusão dos alvéolos
muscular.
para o sangue.
Transporte anormal
Terapia com Oxigênio de O² hemoglobínico,
deficiência circulatória
O O² pode ser administrado de 3 formas: ou derivação
fisiológica.
 Tenda com ar enriquecido com O² A terapia com O² tem
 Máscara com O² puro ou altas menos valor – pois o
concentrações O² normal já esta
 Cateter intranasal. disponível nos alvéolos.
Hipóxia por Anemia O problema é que um
ou mais dos
Tipos de Hipóxia mecanismos de
transporte de O² dos
A terapia com O² é pulmões para os
Hipóxia Atmosférica 100% efetiva tecidos está deficiente
A pessoa respirando – mesmo assim, uma
O² a 100% pode quantidade O² ainda é
mobilizar 5X mais o transportada no
O² para o interior dos estado dissolvido pelo
alvéolos em cada sangue.
respiração do que
pela respiração do ar
Hipóxia de normal.
Hipoventilação A terapia com O²
pode ser benéfica,
porém, isso não
provê benefício para
o excesso de CO²
causado pela
Hipoventilação.
Mesmo resultado da
Hipóxia de
Hipoventilação – visto
Hipóxia pela difusão
que a terapia com O²
prejudicada da pode aumenta a Po² Nos diferentes tipos de hipoxia causada pelo
Membrana Alveolar nos alvéolos uso inadequado de O² pelos tecidos, não existe
pulmonares. anormalidade na captação do O² pelos pulmões,
nem no transporte para os tecidos.
LETÍCIA TIMBÓ 116
Apostila Sistema Respiratório

Em vez disso, o Sistema Enzimático de Situações que as duas NÃO ocorrem juntas:
metabolização tecidual é incapaz de usar o O²
 Pouco O² no ar
que é fornecido. Portanto, a terapia com O² não
terá qualquer benefício mensurável.  Pouca Hemoglobina
 Envenenamento das enzimas oxidativas
Cianose
OBS: Quando se trata da redução da difusão
Pele com tonalidade azulada. pela Membrana Pulmonar – não vai ter
Hipercapnia, pois o CO² se difunde muito mais
Causada pela excessiva
rápido que o O². – o excesso de CO² deprime
quantidade de
a respiração.
hemoglobina
desoxigenada nos vasos
Dispneia
sanguíneos cutâneos
(especialmente Angústia mental associada à incapacidade de
capilares) ventilar.
Aparece onde o sangue artéria contenha mais Sinônimo é a “fome de ar”
de 5 gramas de hemoglobina desoxigenada em
cada 100 mililitros de sangue. Fatores

OBS: Uma pessoa com anemia quase nunca  Anormalidade dos


fica Cianótica. – pois não existem 5 gramas de gases respiratórios nos
hemoglobinas suficientes para ser líquidos corporais
desoxigenadas em 100 mililitros de sangue (principalmente pela
arterial. Hipercapnia)
 Trabalho dos Músculos
Pessoa com Policitemia vera (excesso de respiratórios
hemoglobina disponível) – tem frequentemente
 Estado mental
à Cianose.
OBS: Mais comum pelo excesso de CO²
Hipercapnia A pessoa para alcançar a taxa normal de CO² e
Excesso de CO² nos líquidos corporais. O² pode precisar respirar vigorosamente –
causando a sensação de dispneia.
OBS: Qualquer condição respiratória que cause
Hipoxia também causa Hipercapnia. Dispneia neurogênica ou emocional – alteração
no estado mental.
A Hipercapnia ocorre em associação à Hipoxia
quando esta é causada por – Hiperventilação
ou Deficiência circulatória.
LETÍCIA TIMBÓ 117
Apostila Sistema Respiratório

Respiração Artificial
Ressuscitador

Consiste em um tanque que supre O² ou ar.

Esse aparelho força o ar a entrar no Tubo


endotraqueal até chegar aos Pulmões do
paciente durante o ciclo de pressão positiva e
depois, permite que o ar flua passivamente para
fora dos pulmões durante restante do ciclo.

Respirador de Tanque (Pulmão de ferro)

O tanque possui válvulas que controlam as


pressões positivas e negativas.

Pressão Positiva Expiração


Pressão Negativa Inspiração

A pressão nos Pulmões fica maior que nas


outras partes do corpo – impedindo o fluxo
para o restante do corpo.

Essa maquina pode reduzir o Débito cardíaco –


retorno venoso inadequado ao Coração.

Referências:

 Livro Tratado de Fisiologia Médica –


Guyton & Hall 13ªed.
LETÍCIA TIMBÓ 118
Apostila Sistema Respiratório

Reação alérgica

São os Plasmócitos que produzem anticorpos


(IgE) – que entra em contato com os
Mastócitos, essa união desencadeia por parte
dos Mastócitos a liberação do seu conteúdo.

Essa degranulação do Mastócito afeta a célula


muscular lisa (gerando bronquiconstrição) +
plaquetas + terminações nervosas + vasos
sanguíneos + glândulas mucosas (aumentando a
secreção de muco e gerando estreitamento
das vias aéreas).

O Mastócitos ativado pelo anticorpo IgE +


antígeno, libera seus grânulos:

Histamina Ação rápida


É o processo mais frequente da árvore
Ação em médio
respiratória e é dessa reação que se Leucotrienos prazo
desenvolvem mecanismos de ação contra Citocina e Ação em longo
partículas exógenas que causam a Interleucinas prazo
Hipersensibilidade nos pacientes.
O Mastócito libera toda essa gama de
Muitos dos antígenos desencadeiam processos substâncias que atuam de forma
de ativação de células de memória. Pró-inflamatória.

Processo inflamatório Para tratar quadros inflamatórios a melhor


opção são os – Corticosteroides (bombinhas
Ao entrar em contato com partículas exógenas
os Linfócitos B os processam e o reexibem
para que outras células possam desencadear o
processo de imunologia.
LETÍCIA TIMBÓ 119
Apostila Sistema Respiratório
Exemplo – Asma
São os Antagonistas muscarínicos e Agonistas
Indução de contração beta²-adrenérgicos que tratam condições
da musculatura lisa respiratórias ligadas a bronquiconstrição.

Estreitamento do
Classe de fármacos
calibre de acesso ao ar Relaxam diretamente o músculo liso das vias
aéreas.
Obstrução das vias
aéreas
Agentes Simpaticomiméticos
Agonistas Beta²-adrenérgicos
Induzido pelos grânulos dos Mastócitos,
mediante a Histamina. Podem ser: Não seletivos e Seletivos.

Não seletivos

Não selecionam o receptor


(B¹ e B² adrenérgicos)

 Adrenalina
 Efedrina
 Isoproterenol

OBS: são usados apenas em casos de muita


emergência, como broncoespasmo profundo.
Terapia Medicamentosa do
Broncoespasmo Sua desvantagem é que eles – interferem em
receptores cardíacos, atua no receptor Beta²,
Broncoespamo é o aumento da contração mas também atua no receptor Beta¹, podendo
muscular lisa, vinculada aos bronquíolos. gerar uma desordem cardiovascular.
É um fator que gera obstrução das vias aéreas. Seletivos
Os medicamentos atuantes são: São agonistas especificamente do Beta²-
adrenérgicos
 Capazes de reduzir o IgE ligado aos
Mastócitos Podem ser de ação curta ou longa:
 Impedem a degranulação de Mastócitos
Utilizados quando
 Bloqueiam a ação dos produtos liberados necessários – crises
 Inibem o efeito da Acetilcolina na de leve a moderada
estimulação Vagal Ação curta intensidade
 Relaxam diretamente o músculo liso das Salbutamol –
vias aéreas. Terbutalina –
Fenoterol
LETÍCIA TIMBÓ 120
Apostila Sistema Respiratório

Utilizados de modo Mecanismo de ação das Metilxantinas


regular – caso de
terapia mais crônica A Fosfodiesterase é uma enzima que
Salmeterol – metaboliza o AMPc, as Metilxantinas bloqueia
Ação prolongada Formoterol essa enzima.
Caso tenha
inflamação, ele é As Metilxantinas atualmente não são mais
associado com os vantajosa, pois ela não atua no receptor beta²-
Corticosteroides. adrenérgico e sim no 2º mensageiro
(por isso sua ação é menos potente).
Efeitos dos Simpaticomiméticos
Além disso, essas drogas atuam inibindo os
 Broncodilatação
receptores de Adenosina, inibindo a liberação
 Inibição da degranulação de Mastócitos
de Histamina pelos Mastócitos e promovendo a
 Diminuição da permeabilidade capilar broncodilatação.
 Aumento do transporte mucociliar
 Estimula da Adenilato ciclase e aumenta Usos clínicos da Metilxantina
o AMPc..  Broncoespasmos agudos
Mecanismo de ação dos Beta-adrenérgicos  Asma noturna induzida por exercício

Estimulam a enzima Adenilato ciclase para Antagonistas Muscarínicos


aumentar o AMPC – gerando o relaxamento da
musculatura lisa das vias aéreas.  Brometo de
Iprátrópio
Metilxantinas  Sulfato de Atropina

 Teofilina Inibem o efeito da


 Teobromina Acetilcolina (influencia a
 Cafeína contração da musculatura
 Aminofilina lisa das vias aéreas)

Drogas de baixo custo e Mecanismo de ação dos Antimuscarínicos


utilizadas para tratar São antagonistas competitivos dos receptores
síndromes agudas e muscarínicos colinérgicos.
pontuais de leve a
moderado. A Acetilcolina causa bronquiconstrição, o
antagonista desses receptores (especificamente
Atualmente são pouco utilizados, pois são o receptor M3), impede a Acetilcolina,
menos potentes que os Beta²-adrenérgicos. favorecendo a broncodilatação.
LETÍCIA TIMBÓ 121
Apostila Sistema Respiratório

Usos clínicos dos Antimuscarínicos Inibidores das vias dos Leucotrienos


 Broncoespasmos agudo
São fármacos que bloqueiam a
 Intolerância aos Beta²-adrenérgicos
enzima 5-lipo-oxigenase (impedindo a
 Broncoconstrição causada por ar frio ou
produção de Leucotrienos e
toxicantes inalados agravando o quadro de constrição.)
 Bronquite crônica
 DPOC Exemplo: Zileuton

Associações E são antagonistas de receptores


de Leucotrienos.
Antagonistas
Muscarínicos + Tratamento de asma
Exemplo: Zafirlucaste e
Glicocorticoides crônica e severa
Montelucaste.
Antagonistas
Muscarínicos + Utilizado em
Agonistas Beta²- emergências
asmáticas. Classe de fármacos
adrenérgicos
Impedem o Mastócito de liberar seu conteúdo
Anticorpo Anti-IgE
Cromolina e Nedocromil
Classe de fármacos que
reduz a ligação do IgE Impedem a
aos Mastócitos. liberação de
Leucotrienos,
Exemplo: Omalizumab Histaminas,
Mecanismo de ação do Anticorpo anti-IgE Interleucinas e
Prostaglandinas.
Essa droga se complexa com o IgE, impedindo
a atividade do IgE e consequentemente não Usos clínicos
permitindo a ligação dele aos Mastócitos.
Ação preventiva antes
Resulta na não liberação dos grânulos do exercício ou
Administração única contato inevitável com
mastocitários
o alérgeno.
Desvantagem – Alto custo. Reduzem a
intensidade de
Classe de fármacos Administração regular sintomas e a
Bloqueiam a ação dos produtos liberados necessidade de
broncodilatadores
LETÍCIA TIMBÓ 122
Apostila Sistema Respiratório

São utilizados também em Rinoconjutivite


alérgica (em forma de spray nasal e gotas
Efeitos sobre os receptores dos
oculares)
Corticosteroides
Fármacos Anti-inflamatórios  Diminuem a transcrição dos genes que
sintetizam Interleucina 3 e 4
São os Corticosteróides
 Reduzem a quantidade de Eosinófilos e
Combatem o processo inflamatório da Linfócitos
obstrução das vias aéreas ou asma.  Bloqueiam a enzima Fosfolipase A²
Podem ser: sistêmicos ou inalatórios:  Aumentam a produção de receptores
Beta²-adrenérgicos
Sistêmicos Prednisona  Aumentam a expressão gênica e
Beclometasona – produção de citocinas anti-inflamatórias.
Inalatórios Fluticasona –
Budesonida –
Mometasona

Mecanismo de ação dos Corticosteróides

Atuam diminuindo a expressão gênica de


fatores pró-inflamatórios e aumentando a
expressão gênica de fatores anti-inflamatórios
(inibindo a produção de citocinas).

Efeitos dos Corticosteróides

 Efeito anti-inflamatório
 Inibem a infiltração dos Linfócitos e
Eosinófilos
 Reduzem a reatividade brônquica
 Diminuem a frequência das crises mais
profundas
 Aumentam o calibre das vias aéreas

OBS: NÃO relaxam diretamente o músculo liso,


por isso na asma crônica é importante associar
2 medicamentos.

Referências:

 Aula: Prof Webertty Mayk – Uninta, dia


26/03/2021, das 19 às 21hrs

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