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HUGO MELO
Fonte: tratado + otomaster + up
• Fascia superficial: envolve musculatura facial e platisma; estende-se do zigoma ate o tórax e a axila
• Fascia profunda:
- Superficial: circunda todo o pescoço; envolve glândulas parótidas e submandibulares, músculos ECM e
trapézio
- Visceral: envolve vísceras anteriores do pescoço (tireoide, laringe, traqueia, faringe e esofago)
- Profunda
1. Pre-vertebral: anteriormente aos corpos vertebrais, se estendendo ate posteriormente a espinha vertebral,
da base do crânio ao cóccix
2. Alar: vai de processo transverso a processo transverso por meio da linha media, superiormente da base do
crânio ate a altura da segunda vértebra torácica
• Bainha carotidea: envolve VJI, AC, nervo vago. Formada pelas 3 camadas profundas; se estende da base do crânio
ate a clavícula
- Limites:
- Inferior: digastrico/hioide
- Anterior: mandíbula
- lateral: mandíbula
1. Sublingual (superiormente)
- Tecido gorduroso
- Glangula submandibular
- Ducto de Wharton
2. Submandibular (inferiormente)
- Submental (central)
- Glândula submandibular
- 2 e 3 molar: EPF/ESM
• Abscesso Submandibular
- Origem:
- odontogenico (80%)
- 2 e 3 molares: ESM
- Celulite extensa (nao produz pus) + edema de consistência firme dos tecidos supra-hioides
- Limitado ESM
- Extensão direta
- Letalidade de 10%
- QC:
- Limites:
• Abscesso Periamigdaliano
- febre, toxemia
- Disfagia, odinofagia
- Voz “batata quente”, abaulamento polo superior e palato mole, desvio de úvula
- Local de drenagem: ponto de intercessão de uma linha imaginaria horizontal junto a base da úvula
e outra vertical lateral a aloja amigdaliana
3. Parafaringeo
- Formato conico ou pirâmide invertida, base no osso esfenoide e ápice no osso hioide
- Limites:
- Medial: fossa tonsilar
- Inferior: hioide
1. Pré-estiloide
2. Pós-estilóide
• Abscesso Parafaringeo
- Pos-estiloide: trismo discreto e tardio + envolvimento de grandes vasos e NC IX, X, XI, e XII
• Síndrome de Horner: paralisia do IX e XII nervos, envolvimento carótide: Enoftalmia + miose + ptose palpebral
- Contem:
- Masseter, pterigoides
- Tendo do m. Temporal
• Abscesso E. Mastigatorio
5. Parotídeo
• Abscesso Parotideo
- Ausência de trismo
- Origem: parotidite por litiase com obstrução do ducto, tumores, Síndrome de Sjogren
• Infra-hioides
1. Visceral anterior
- Limites:
- Origem: lacerações e perfuracaoes da parede anterior do esófago por trauma, corpo estranho, tiroide
- Drenagem: externa
• Supra e infra (compreendem todo o pescoço): superficial, retrofaringeo, danger space, pre-vertebral, bainha
carótidea
1. Superficial
2. Retrofaringeo
- Todo o pescoço
- Rafe mediana: conecta músculo constritor superior a camada profunda da fascia cervical profunda
• Abscesso retrofaringeo:
- Origem: processos supurtativos dos 2/3 posteriores do nariz, seios paranasais, tuba auditiva, da
nasofringe e das adenóides
- Torcicolo com inclinação do pescoço para o lado não afetado e rigidez de nuca
- Ausência de trismo
3. Danger
- Todo o pescoço
- QC: semelhante infeção ERF com evolução para toxemia e complicações intratorácicas (mediastinite,
empiema pleural)
4. Pre-vertebral
- Todo pescoço
• Abscesso Pre-vertebral
- Origem: abscesso de Pott, trauma penetrante, AIDS, TB de corpos vertebrais osteomielite, extensão do
ERF/danger
- Todo pescoço
- Fascia carótidea
- Formados por todos os folhetos da fascia profunda —> Envolvimento secundário de qualquer espaço
• Tromboflebite da Jugular
- Síndrome de Lemierre (Necrobacilose ou sepse pós-angina): tromboflebite da veia jugular com embolia
séptica pulmonar
- Usuários de drogas EV
- Etiologia: odontogenico, tonsilites, drogas EV, trauma, corpo estranho, sialodenite, osteomielite, epiglotite, IVAS,
iatrogenico, anomalia congenita, tumores
- Aerobios mais comuns: estreptococ piogenes, streptococo viridans, streptococos milleri, estafilococos,
haemophilus influenzae
• Diagnostico
• Historia clinica
- Screening
- Normal:
- 7mm - C2
- 14mm - C6 criancas
- 22mm - C6 adultos
- Sensibilidade 83%
- Achados: barramento dos tecidos de gordura cervicais cm sua supressão, massa com interface liquido/ar
de aparência cística ou multilobulado, anel contrastado na periferia com conteúdo hipodenso e presença de
gás nos espaços cervicais
• RNM
- Vantagens: seguranca, partes moles, sem artefatos, melhor nos casos iniciais
• Hidratação venosa
- Observação
- Abscessos <3cm
- Vigência de complicações
- Abscessos >3cm
- Diabéticos
- Angina de Ludwig
• ATB: mantido EV ate 48h febril —> VO
- Ceftriaxona + Clindamicina
• Complicações
• Ruptura de AC
- Mortalidade 20-40%
- Tratamento
• Mediastinite:
- Mortalidade alta
Cavidade oral
• Limites:
- Anterior: lábios
- Lateral: bochechas
• Dividida:
• Vestibulo
- Drenagem linfática 1A e 1B
- Posterior: úvula
- Irrigação: A. Maxilar
Lingua
• Papilas:
• 2 grupos de musculos:
• Inervacao
- Sensorial:
Faringe
• Tubo musculofibroso —> Da base do crânio ate a borda inferior da cartilagem cricoide
• 3 constrições faringeas:
• Transição orofaringe/laringofaringe
• Transição laringofaringe/esofago
• Dividida:
• Nasofaringe
• Limites
• Anterior: coana
• Lateral:
- Torus tubário (saliência formada pela base da parte cartilagínea da tuba auditiva, situada superiormente ao
ostio)
• Orofaringe
• Limites:
- Anterior: V lingual, linha que circunda a uvula, face anterior do pilar tonsilar anterior
- Posterior: parede faringea posterior (mucosa, submucosa, fascia faringotonsilar, musculo constritor da
faringe superior e fascia bucofaringea)
• Hipofaringe
• Plano do osso hioide na bora superior da epiglote ao plano inferior da cartilagem cricoide
• Musculos da faringe
• Faringeos constritores:
• Trigono de Lainer
• Trigono de Kiliiam
• Inervacao da faringe
• Vascularizacao da faringe
Palato mole
ANATOMIA EXTERNA
• Osso par, Base lateral do crânio
• Limites:
• Anteroinferior: zigomatico
• Superior: parietal
1. Porção escamosa
2. Porção timpânica
- Articula com a face anterior da apófise e a com a margem inferior da porção escamosa, formando
duas suturas (timpanomasoidea e tempanoescamosa)
3. Porção mastoídea
- Aspecto triangular
- Triangulo de MacEwen: delimitado pela união das linhas —> linha temporalis + linha imaginaria
traçada a partir da parede posterior do CAE ate encontrar a linha temporalis + outro tracado unido
suas bases (regiao onde se inicia o broqueamento da mastoidectomia)
- Espinha suprameatal (de Henle): pequena crista, a frente da área cribriforme, no bordo
posterior-superior do MAE
- A frente dessa goteira, numa região estreita entre a ponta da mastoide e a apófise estiloide,
existe o forma estilomastoideo, por onde emerge o nervo facial
4. Porção petrosa
- Forma de pirâmide, com base lateralmente (mastoide) e ápice que se estende ate o clivo
- Faces:
1. Face posteromedial
- Mais adiante encontra-se o poro acústico interno, que da passagem ao VII e VIII nervo
craniano
2. Face ântero-superior
- Forame oval, V3
3. Face inferior
• Forames:
• MAI: limite com a fossa posterior, onde sai VII, VIII e artéria labiríntica
• Forame bulbo-jugular
ANATOMIA INTERNA
• No limite inferior da apófise, é marcado uma saliência que corresponde a projeção interna da goteira
digastrica, próximo a este encontra-se a porção mastoídea do canal de Falópio, que comporta o nervo facial
• Orelha média
• O antro se comunica com o andar superior da orelha média (epitimpano - localiza o corpo e a curta apófise da
bigorna e a cabeça do martelo
• Saco endolinfático
• Localiza-se na dura-mater. Espaço real entre folhetos da dura-máter, onde circula endolinfa
• Fossa posterior pré-sigmoidea entre o nível do canal semicircular horizontal e o bulbo da via jugular
• Bloco labiríntico
• O canal semicircular horizontal, produz uma saliência óssea lisa que se projeta no antro
• Seio sigmoide faz trajeto curvo em direção anterior e inferior, ao entrar em direção ao pescoço ele muda de
direção para cima e forma uma saliência, o bulbo da veia jugular
• A cavidade do osso temporal que aloja o bulbo da jugular, se chama golfo da jugular
• A carótida interna penetre no osso temporal pela sua face inferior, a frente do golfo da jugular.
• Contem VII e VIII NC. VII apresenta 3 ramos: coclear, vestibular superior e vestibular inferior
• Conduto e dividido em dois andares pela crise falciforme (crista óssea horizontal)
TC (aula do UP)
- Ideal janela óssea
Identificar Estruturas:
1. Seio sigmoide
2. Golfo da jugular
3. Carotida
4. Cavidade glenóide
5. Côndilo da mandíbula
6. Nervo facial
7. Vestíbulo
8. Canais semicirculares
9. Cóclea
11. Ossiculos
• Superior + posterior: Angulo de Citelli (angulo sinodural formado entre a dura-matar e o seio sigmoide
• Função
- Aferente visceral especial: gustação dos 2/3 anteriores da língua (via nervo corda do tímpano)
- Aferentes viscerais gerais: sensibilidade da mucosa nasal posterior e marte do palato mole
- Aferentes somáticas gerais: sensibilidade da concha auricular, pavilhão auricular e meato acústico
externo
- Eferente viscerais gerais (parassimpáticas): inervação das glândulas submandibular e sublingual (via
nervo corda do tímpano) e glândulas lacrimais (via nervo petroso maior)
- Eferentes especiais (motoras): via núcleo motor do facial (estapédio, mimica, auricular, ventre posterior
do digástrico, estilohioide, platisma)
• 6 segmentos:
3. Labiríntico: segmento correspondente a passagem pelo canal de Falopio. de onde se origina o nervo
petroso maior. Faz trajeto medial para lateral, realiza uma curva anterior e superior, completando
quase 1/4 da circunferência em torno da cóclea e vestibulo, terminando no gânglio geniculado. Apos
isso faz uma curva, tomando um trajeto posterior e forma o primeiro joelho. 4mm
4. Timpânico: trajeto pela parede medial da orelha media. Apos o limite posterior da janela oval o canal
se curva para baixo, formando o segundo joelho a altura do CSC lateral. 12mm
• Pré-parotídeoos:
- Nervo auricular posterior: ramo auricular (musculos auriculares) e ramo occipital (ventre occipital
do músculo occipitofrontal)
- Temporal
- Zigomático
- Bucal
- Marginal da mandíbula
- Cervical
1. Nervo petroso superficial maior: sai na altura do gânglio geniculado —> fossa media extraduralmente
—> forame lacerum —> gânglio pterigopalatino —> envia fibras para glândulas lacrimais e palatinas
2. Nervo estapediano: origina segmento timpânico —> Musculo estapedio —> reflexo estapédico
3. Nervo corda do tímpano: é o maior ramo, origina no segmento mastoídeo —> ao longo da membrana
timpânica —> une ao nervo lingual, dois terços anteriores da língua + fibras secretoras para
glândulas submandibulares e sublinguais
• Limites do pescoço:
1. Occipital (posterior-superior)
- Limites:
- Fascia pré-vertebral: protege o plexo braquial, nervo frênico, tronco simpático, nervos motores para
musculatura cervical profunda
2. Supraclavicular (posterior-inferior)
• Triangulo anterior:
1. Submental:
2. Submandibular:
- Conteúdo: veia e artéria facial, ramo marginal da mandibua, glandula submandibular, nervo hipoglosso,
nervo milohioideo
3. Carotídeo
- Limites: borda anterior do ECM, borda posterior do ventre superior do mm. milohioideo, borda inferior do
ventre posterior do m. digástrico.
- Conteúdo: componentes da bainha carotídea (a. carotidea comum, interna e externa), VJI, ultimos 4
pares cranianos, alça cervical (raiz superior e inferior)
4. Muscular
EMBRIOLOGIA
• Inicio da 4 semana
• Final da 4 semana: 3 elevações —> processo frontonasal, processo maxilar e processo mandibular
- Processo frontonasal: desenvolve-se pela proliferação do mesênquima (nao é de origem dos arcos branquiais)
- Surgem duas elevações (ectoderma) na parte inferior do processo frontonasal: placoides nasais e olftatorios
• 5 semana:
- Placoide nasal lateral funde ao processo maxilar: forma parte superior da maxila, cartilagens externas nasais,
ducto e saco lacrimal
- Placoide nasal medial funde ao processo frontanasal: forma osso frontal, osso nasal, ponta nasal, columela,
filtro do lábio superior
• 6 semanas
- Ducto nasolacrimal: forma-se pelo sulco que surge entre processo maxilar e placoide nasal lateral
• Ao nascimento
- Surge porção posterior do septo: formando a lamina perpendicular do etmoide e a crista Galli
HISTOLOGIA
Epitélio
• Epitelio respiratório por epitélio estratificado pavimentos queratinizado ou não: metaplasia matura
Ligações intercelulares: zonulas de adesao, desmossomos, hemidesmossomos, juncao gap, juncoes firmes
Membrana basal
• Barreira de proteção
Lamina Própria
FISIOLOGIA
• Olfação
• Área olfatorio: teto da cavidade, superfície medial da concha superior e porção superior do
septo
• Detecção do odor:
- Odorantes ativa um grupo de receptores, gerando um “código glomerular” único para cada tipo de
odorante
• Climatização do ar
- Ar seco e frio: lesão irreversível dos cílios e metaplasia do epitélio ciliado pavimentos
- Sensação subjetiva de conforto nasal e igualmente relacionado a umidificado das cavidades nasais
• Filtração
• Via respiratório
• Válvula nasal: 50-60% da resistência do fluxo aéreo inspirado; direciona o fluxo de ar para cima, em direção a
concha média
• Respiração oral exclusiva: cai para 20% da resistência do fluxo aéreo; porém não e fisiológica, demanda mais
energia
• Ciclo nasal: mudança do volume das conchas nasais periodicamente, predominando unilateralmente, por mudança
dos calibres dos plexos venosos
• Congestão e descongestao alternantes, a cada 3-4h, resultantes de mudanças dos tônus simpática
- Maior no decúbito
• Tapete mucociliar:
- pH ligeiramente acido
• Transporte mucociliar
• Secreções nasais
• Glândulas:
- Mistas
• Células caliciformes:
- Bypassing
- Recirculacao do muco
- Hipersecrecao de muco
- Espessamento do muco
- Infecções
- Hipo/hipertermia
- pH
- Desidratação
- Cigarro
- Corpo estranho
• Vias de drenagem
• Seio maxilar: região do ostios maxilar localizado no infundibulo etmoidal, exteriorizando pelo hiato semilunar
• Seio frontal: batimento de medial para lateral e de superior para inferior; região do recesso frontal
• Seios etmoidais
- Infundibulo etmoidal —> face medial/superior da concha inferior —> drenagem anterior e inferior ao
ostios da tuba auditiva
- Recesso esfenoetmoidal —> superior a concha média —> póstero-superior ao ostios da tuba
• Pré-câmaras etmoidais: infundibulo etmoidal e recesso frontal, ocorre nessas regiões proximidade das mucosas
- Edema
Nariz externo
• Esqueleto osteofibrocartilaginoso
• Porção cartilagínea:
- Cartilagens acessórias
• Abertura piriforme: margeada pela maxila, por seus processos frontal (laterossuperiormente) e alveolar
(inferiormente- junção forma a espinha nasal anterior)
• Narina: concava, formada pela cartilagem alar menor, coberta por vibrissas (regiao vestibular)
• Válvula nasal
- Maior estreitamento
- Área da valvula: parede do septo nasal + assoalho da cavidade nasal + borda superior da cartilagem alar
menor + cabeça da concha inferior
Septo nasal
3. Vomer: porções superior, posterior, inferior (triangulo de base posterior); se articula com a crista maxilar
• Mucosa olfatoria ou pituitária: porção superior do septo + parede lateral + teto nasal.
• Classificação de Keros:
1. 1-3mm (nao ha lamela lateral)
2. 4-7mm
Conchas Nasais
• Meato medio
• Porcoes:
- Terço posterior (horizontal): inserção na lâmina papiracea e/ou na parede medial do seio maxilar
Seios paranasais
• Vida intrauterina:
• Seio maxilar
• Maior e primeiro seio a se desenvolver (3 meses de gestação), radiologicamente identificado após 5 mês de vida
- Ostio principal
• Seio etmoidal
• TC:
• 5 lamelas
1. Processo uncinado
- 3 possíveis inserções:
A. Lâmina papirácea
- Infundibulo etmoidal e recesso frontal separados; recesso frontal se abre no meato médio (drenagem
mais medial)
B. Concha média
C. Base do crânio
- B e C: recesso frontal e seio frontal drenam diretamente para o infundibulo etmoidal (drenagem lateral)
2. Bula etmoidal
4. Concha superior
5. Concha suprema
• Agger Nasi
• Endoscopia: elevacao da parede lateral do nariz (anteriormente a inserção vertical da concha média)
• Células de Haller
• Diagnóstico: TC
• Célula de Onodi
• Seio frontal
• Ausente no nascimento
• Bolhas Frontais (de Boyer): expansão de células etmoidais para seio frontal
• Seio esfenoidal
• Desenvolvimento:
- Nervo óptico
- Recesso carótico-óptico
- Nervo vidiano: canal pterigoideo assoalho; formado por fibras parassimpaticas do nervo petroso superficial
maior (1 ramo do facial) e fibras simpáticas do plexo carotídeo
• Linha maxilar: sutura óssea entre osso lacrimal e processo frontal da maxila
• Fenda bidimensional
• Fenda bidimensional
• Infundibulo etmoidal
• Espaço tridimensional
• Lateral: lâmina papiracea (maior parte), osso lacrimal, processo frontal da maxila
• Anterior: junção (em ângulo agudo) do uncinado com estruturas da parede lateral do
infundibulo
• Fontanela posterior: região entre seio maxilar e fossa nasal, onde não encontramos osso,
apenas mucosa
• Região translúcida
• Forame esfenopalatino:
• Recesso frontal
• Limites
• Recesso suprabular
SEMIOLOGIA
• Exame físico
• Inspeção estática
• Espelho de Glatzel
• Rinoscopia anterior: desvios de septo caudais, alterações em vestíbulos, coloração e tamanho de cabeça de
corneto inferior
• TC de seios da face
OBSTRUÇÃO NASAL
• Causas
• Características
• Intermitente ou continua
• Progressiva ou estável
• Sintomas associados
• Avaliação
• Exame físico
• Rinoscopia anterior
• Endoscopia nasal
• Laboratorio:
- Biópsias
• Exames de imagem
- Raio x 3 incidência: fraturas da pirâmide, desvios sépticas, hipertrofia de conchas, hipertrofia adenoide, corpos
estranhos, rinolitos
- TC: exame de escolha. Desvios septais, hipertrofia de conchas, rinossinusites, corpos estranhos, tumores
CRIANÇAS ENCATARRADAS
• Rinite X Adenoidite X RS
• Rinossinusite
• Por doença da mucosa Nasossinusal ( menos frequentes)
- Fibrose cística
- Discinesia ciliar
- Imunodeficiência
- RGE
- IVAS de repetição
- Adenoidite
- Rinite infecciosa
• Raio x de Cavum
• Nasofibroscopia
• Laboratorio:
- hemograma
- imunoglobulinas (A, G, M, E)
- frações do complemento
- Na e CL no Suor
ANATOMIA/FISIOLOGIA DA LARINGE
HUGO MELO
• Embriologia
• Primórdio respiratório inferior: inicia formação durante a quarta
semana de gestacao, logo abaixo da ultima bolsa faringea, como
um suco longitudinal mediano (sulco laringotraqueal)
• Estruturas:
• Histologia da laringe
• Mucosa: Epitelio respiratório (pseudo-estratificado cilindrico ciliado vibrátil)
• Membrana basal
• Região de transição
- Fibras elasticas, fibras colágenas, agua, minerais, glicoproteinas (fibronectina), glicosaminoglicanas (acido
hialuronico)
• Anatomia
• Arcabouço laríngeo: esqueleto osseocartilaginoso + membranas fibroelasticas +
musculatura intrínseca e extrínseca
• Impares:
• Pares:
- Aritenóide: forma de pirâmide triangular de grande eixo vertical, apoiada sobre a cricoide
- Base: processo vocal (insercao posterior do ligamento vocal) e processo muscular (insercao de m. CAP e
CAL
• Ligamento tireoepiglotico
• Ligamento hioepiglotico
• Ligamento glossoepiglotico
• Ligamento vestibular
- + cartilagem cricoide —> Membrana triangular ou cone elástico (linha de membrana abaixo das PPVV)
• Membrana cricotireoidea
• Musculatura
• Cricotireoideo (CT):
• Tireoaritenoideo (TÁ):
- Subdividido em:
• Aritenoideo (AA):
- Abdutor e tensor;
- Dividido em 3 compartimentos:
- Horizontal: promove rotação lateral das cartilagens aritenóides (estabilidade das pregas vocais) -
inspiração em repouso
- Adutor;
• Extrínseca:
• 3 regioes:
1. Supraglote: deriva dos primórdios bucofaríngeos (justifica caráter mais agressivo de tumores e com
maiores índices de metástases cervicais)
- Plano tangencial a porção superior das pregas vocais a 0,8cm inferiormente a este
• Motora:
• Sensitiva:
• Vascularização
- Seios piriformes e superficie medial da membrana quadrangular até as falsas cordas vocais
• Artéria laríngea inferior: ramo da artéria tireóidea inferior (proveniente do tronco tireocervical da arteria subclávia):
- Músculos e mucosas da região inferior da laringe: Musculos inseridos nas cartilagens aritenóides, mucosa
laríngea adjacente as falsas cordas vocais e ventriculo laríngeo
• Subglote: menos que a supraglote —> drena para linfonodos pré-traqueais e depois linfonodos superficiais
profundos inferiores
LARINGE INFANTIL
FISIOLOGIA
• Funções:
4. Abertura do EES
- Criancas: laringe alta, borda livre da epiglote, atras do palato mole, diminui o risco de aspiração
- Reflexos Laríngeos: ramos sensoriais do nervo laringeo superior e nervo laringeo recorrente
- Fechamento esfincteriano da laringe: pregas ariepigloticas, falsas pregas e as pregas vocais (a glote e
a barreira mais eficaz)
Fonacao
• Voz: som produzido pela vibração das pregas vocais e modificado pelas cavidades de ressonância
• Exalação
- Massa de ar --> pressão subglótica --> cordas vocais aduzidas e tensas --> supera a resistência glótica -->
fluxo de ar de alta velocidade
- Obs: uma capacidade vital reduzida leva a enfraquecimento da voz e a um periodo encurtado na produção do
som vocal sustentado
- Pregas vocais: energia mecânica gerada pelo fluxo expiratório —> energia acústica (teoria
mioelasticaaerodinamica)
- Força de fechamento:
- Efeito Bernoulli: aumento da velocidade do ar ao passar por uma região de estreitamento (glote) --> queda
da pressão perpendicular a parede dessa região (pregas vocais) --> efeito de sucção
- Fatores que afetam a mobilidade da mucosa: aderência do tecido submucoso, propriedades reológicas (de
fluidez) da mucosa, redundância de área da mucosa
• Características da voz
- é o que nos faz distinguir as vozes de duas pessoas, mesmo quando emitindo sons da mesma frequência
- Fatores principais para diferenças no timbre de voz: formato e movimento do trato vocal
- A maneira de abertura e fechamento glótico tambem afeta o timbre, porém em menor proporção
- R: rouquidão
- A: aspereza
- S: soprosidade
- A: astenia
- T: tensão
- I: instabilidade
- Fatores reguladores:
- Potência glótica: produto da pressão subglótico e fluxo de ar através da glote (mais importante)
- Função de transferência do trato vocal / ressonância: modulação do som glótico (menos importante)
- Menor frequencia na qual as pregas vocais vibram para cortar o fluxo de ar em pulsações glóticas,
correspondendo ao número de ciclos glóticos por segundo
- Homens: prega vocal mais longa e grossa; entre 65-200Hz (media 130)
- RN: 400
- É regulada principalmente por três fatores: tensão, massa e comprimento das pregas vocais
- Controle da frequencia:
- Alterações viscoelásticas:
• Fonação normal
• Os parâmetros são:
- Pressão subglótica
• Fechamento glótico
- = 0: vibração normal
- Ag0 critico: valor de Ag0 a partir do qual a glote nao fecha durante a vibração - oscila entre 0,01 a 0,05cm2
(>0,05 = voz rouca)
- Registro: modo de vibração variado das pregas vocais fornecendo diferentes qualidades vocais (principais
modos de fonacao)
- grau de adução
- Classficação:
- Registro de pulso (vocal fry): baixa frequencua (atividade minima musculo vocal e CT); fase fechada
prolongada
- Registro modal: média frequencia; subdividido em registros de peito, médio e cabeça (ação conjunta VOC e
CT, aumentando a acao do CT na mudança de registro), aumento do Pitch nessa ordem.
- Falsete: alta frequencia (ação primordial do CT); fase fechada pequena ou mesmo ausente
INFLUÊNCIAS HORMONAIS
Ciclo Menstrual
• Primeira fase: alta de Estrogenio --> efeito hipertrófico na mucosa laríngea, reduz a descamação superficial,
diminui a viscosidade do muco, aumenta a permeabilidade vascular e a oxigenação
• Segunda fase: alta de Progesterona --> efeito proliferativo na mucosa, acelera a descamação, aumenta
viscosidade do muco, resseca a laringe; suprime a liberação de potássio cerebral e muscular, levando a fraqueza
muscular;
• Sindrome Vocal Pré-menstrual: mais evidente em profissionais da voz, comum apresentar fadiga vocal, perda de
pianissimos e da potencia vocal, voz velada e alteração de harmonicos em registros altos; agravamento de nódulos
e a ocorrencia de hemorragia submucosa
Menopausa
• Alterações em torno dos 47 anos
• Disfonia
• Indicado fonoterapia
Hiperandrogenismo
Hipotireoidismo congenito
• Voz infantil
• Aumento da massa das pregas vocais, diminuicao da frequencia fundamental, fadiga vocal, perda da extensão
vocal
• Hipotireoidismo grave com mixedema: paresia ou paralisia de pregas vocais, devido ao aumento da glandula
tireoide, e edema do musculo cricoide, edema de nervo vago
Sindrome de Cushing
• Hipertrofia laringea e megafonia, voz profunda e aspera
CONTROLE NEURAL
• Considerações anatômicas
- Divide:
- Ramos mistos: motores para a musculatura intrínseca da laringe (exceto cricotireoideo) e sensitivos
(região subglotica)
- Nervo laríngeo recorrente esquerdo: superficialmente ao arco da aorta e segue ao longo da traqueia
até a laringe
- Nervo laríngeo recorrente direito: superficialmente a subclávia e sobe ao longo da traqueia até a
laringe
• Funções
• Motoras
- Musculatura intrínseca da laringe: Nervos laríngeos recorrentes e ramo externo do laríngeo superior (inerva
apenas músculo cricotireoideo)
• Sensitivas
- Receptores articulares: sensíveis à movimento articular; localizador cápsula fibrosa de todas as articulações
laringeas
- Receptores miotáticos: concentram-se na zona de transição entre as fibras musculares do músculo vocal e o
tendão que as conecta ao processo vocal da cartilagem aritenóidea, e na região anterior que se insere na
cartilagem tireoidea; propriocepcao da musculatura intrínseca da laringe, enviando ao SNC sobre o grau de
contração dessa musculatura.
• Reflexos laringeos
- Reflexos mucosos: sensíveis ao fluxo de ar inspiratório e expiratório, determinando o ciclo respiratório. Envolve
cricoaritenoideo posterior, tireoaritenoideo e cricotireoideo
- Reflexos articulares: ativação de músculos adutores (TÁ, CAL e CT) com redução de abdutores (CAP)
- Reflexo de fechamento glotico: reflexo de adição de pregas vocais, desencadeado por estimulação mecânica
da mucosa laringea
- Reflexo de inibição da respiração (Apneia): estímulo de líquidos na mucosa laringea por mais 2-3minutos
resultam em apneia irreversível
- Reflexo de deglutição: estimulacao do nervo laríngeo superior em receptores de toque na mucosa da face
laringea de epiglote, glote, pilares tonsilares e parede posterior de faringe
- Reflexo secretomotor: estimulacao do nervo laríngeo superior no terco distal da traqueia, pregas vocais,
pregas vestibulares e estruturas perilaringeas
- Fibras -> nervo vago -> lateralmente ao tronco cerebral -> nucleos
- Núcleo trato solitário: funções de respiração, deglutição e controle cardiovascular e mecanismos laringeos.
Através nervo laríngeo superior e glossofaringeo.
- Núcleo parabraquial
- Núcleo intersticial
- Subnúcleo dorsolateral
- Núcleo de Cajal
- Núcleo ambíguo: núcleo motor onde se encontra motoneuronios (3 tipos: ativados pela vocalização,
vocalização e expiração, e inspiração)
- Substância Cinzenta Periaqueductal (PAG): envolvida na vocalização. Formação reticular que circunda o
quarto ventrículo
- Córtex cerebral
- Córtex motor laríngeo: área 4 do córtex motor primário (de Penfield) e área 6 de Brodman (córtex pré motor
esquerdo)
• Controle motor
- Área motora primária do córtex cerebral -> trato corticobulbar -> núcleo ambíguo -> fibras para nervo
glossofaringeo, vago e nervo acessório -> deixam o crânio através forame jugular
- Ramo faríngeo: parte principal do prexo faringeo, músculos da faringe e palato mole (exceto músculo
tensor do véu palatino, inervado pelo trigemio)
- Nervo laríngeo superior: ramo interno (inervação sensitiva da laringe da supraglote até corda vocal) e
ramo externo (motor, inerva músculo cricotireoideo)
- Nervo laríngeo recorrente: inervação sensitiva abaixo da prega vocal e todos os músculos intrínsecos da
laringe (exceto cricotireoideo)
AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA
HUGO MELO
• Decibel (dB): unidade de medida relativa do som -> relaciona pressão sonora com pressão sonora de referência
(20uPa - menor pressão sonora que pode ser perceptível pela orelha humana)
- Nível de audição (NA): medida padronizada do que seria a audição normal (0dB NA)
TESTES DE DIAPASAO
• Desvantagens: subjetivo
• Aplicações
- Condutiva ou neurossensorial
- Suspeitar de otosclerose
- Teste por via aérea: 1,5cm do trago, hastes livres paralelas ao plano coronal
- Testes por via óssea: Teste de Weber, Teste de Schwabach, Teste de Bing, Teste de Gelle, Teste de Bonnier
• TESTE DE WEBER
1. Som ouvido igualmente bilateralmente —> WEBER indiferente (audição é normal ou perda auditiva similar
bilateral)
2. Som lateraliza para ouvido de melhor audição —> Neurossensorial do lado afetado
3. Som lateraliza para ouvido comprometido —> Perda condutiva do lado afetado
• TESTE DE RINNE
1. Positivo (VA>VO): escutado por via aérea após não ser escutado mais por via óssea —> audição normal e
perda neurossensorial
2. Negativo (VO>VA): quando o som não é escutado por via aérea —> Perda Condutiva (será percebida se Gap
aéreo-ósseo > 20dB
• TESTE DE SCHWABACH
A. Paciente ouvir mais tempo que examinador (Schwabach prolongado) ou >20seg—> perda condutiva
B. Paciente ouvir menos tempo que examinador (Schwabach encurtado) ou <20seg—> perda neurossensorial
- Teste negativo: via óssea > via cartilagínea —> suspeitar de otosclerose
- Teste positivo: via cartilagínea > via óssea —> normal ou perda neurossensorial
- Bing Positivo: diminuição da audição com a oclusão do CAE -> normal ou neurossensorial
AUDIOMETRIA TONAL
• Limiar auditivo tonal —> menor intensidade na qual o indivíduo responde corretamente para pelo menos 50%
das apresentações do estimulo
• Eixos:
Técnica —> Descendente-ascendente: intensidade diminuída de 10-10dB a cada resposta correta ate que o paciente
deixe de perceber o som; em seguida aumenta-se a intensidade em intervalos de 5-5dB até que a pessoa perceba o
estimulo novamente
Via aérea:
- Tom puro por fone (estímulo conduzido através da orelha externa, media ate a cóclea )
- OD: O, vermelho
- OE: X, azul
Via óssea:
- Mascaramento sempre!
Tipos de perda
A. Perda condutiva:
B. Perda neurossensorial:
Classificação da Perda
- Segundo Davis e Silverman: frequências 500, 1000 e
2000 Hz\
- Segundo OMS: 500, 1000, 2000 e 4000Hz
2. Leve: 26-40
2. Moderada: 41-60
3. Moderada: 41-70
3. Severa: 61-80
4. Severa: 71-90
4. Profunda: > 81
5. Profunda: >90
Tipos de curva
5. Em U
Mascaramento
- Ruído utilizado na via aérea ou via óssea, para evitar o fenômeno de lateralização (percepção do estimulo pela
orelha contra lateral a testada)
- Quando mascarar:
- Via ossea SEMPRE mascara. Exceto: quando os limiares da VO estiverem acoplados aos da VA (diferença <
ou igual a 10dB), e quando os limiares da orelha nao testada forem bem piores que o da testada.
• Composta por:
- seleção de AASI
- menor intensidade na qual o individuo detecta a presença do estimulo de fala em pelo menos 50%
- Indicado quando não e possível realizar LRF: crianças que não desenvolveram a linguagem oral, surdez
profunda, dificuldades psicológicas, neurológicas
- monossilabos-dissilabos, 25 vocábulos
- Classficacao :
1. Normal: 90-100%
- Complementação de audiometria tonal padrão (até 8.000Hz), para emitir sons extremamente agudos entre
9.000 e 20.000Hz
- Principalmente em pacientes: expostos a ototóxicos (tratamento com cisplatina), ruido, ou com queixa de
zumbido com audiometria tonal normal
IMITANCIOMETRIA
- Informa com precisão sobre a integridade funcional da orelha media, avaliando o conjunto timpano-ossicular,
tuba auditiva
- Rápido, indolor
Timpanometria
- Variação da complacência da MT
- Gráfico
- Classificação de Jerger:
- Sugere: rolha de cerume, sonda obstruida, otite media aguda ou com efusão,
malformações congênitas
Vantagens:
2. Menor tempo para realizar uma varredura em varias frequências (226 a 8.000Hz)
4. Maior eficiência na detecção de mudanças de maturacao da orelha media nos 6 primeiros meses de vida
- MT intacta
• Ausente:
- Anacusia bilateral
- Esta presente quando o limiar do reflexo acústico em indivíduos com perda neurossensorial é observado na
mesma intensidade que em indivíduos com audição normal
• Test de Fowler: a orelha recrutante necessita de menor incremento de intensidade que a normal para ter o mesmo
nivel de sensacao auditiva
• Teste SISI: porcentagem de percepçãp de 20 incrementos 1dB com intensidade acima de 20 dB do limiar
- 20-60: duvidoso
Decay do Reflexo
- Indicado caso: ausência ou elevação do limiar de reflexo unilateral, com timpanograma Tipo A e limiares
tonais normais ou perda auditiva moderada
- Normal: não se observa queda da contração do estapédio nos primeiros 10s e estimulação sonora com 500 e
1000Hz
- Decay Positivo: queda rápida e significativa (>50%) da contração do músculo nos primeiros 6s —> Lesão da
via auditiva ascendente ipsilateral (lesão retrococlear)
• Na presença de MT intacta a funcao da tuba auditiva pode ser inferida pela timpanometria
- Disfunção tipo C
• MT perfurada ou com tubo de ventilação: imitanciometria + CAE selado + aplicar pressão de 200daPa —>
orienta paciente a engolir gole de agua
• 1 gole —> 200; 2 gole —> 150; 3 gole —> 100; quarto gole —> 0
- Pressão não se altera por mais goles ingeridos (+200daPa)—> bloqueio total da tuba
EMISSÕES OTOACÚSTICAS
- Sons originados das propriedade micromecanicas nao lineares do funcionamento normal das CCE (contração
CCE) --> Amplificação coclear
- Normal --> perda neural, central, psicogênicas, tumores do VIII par (mas pode estar ausente)
• Espontâneas
• Evocadas
• Transientes (EOAT)
- Produto de distorção ideal = frequencia mais alta (F2) / frequencia mais baixa (F1) = 1,2
ELETROFISIOLOGIA DA AUDICAO
• Tipos de estimulo utilizado:
• Clique:
- Aumento da latência
- Diminuição da amplitude
- Mantem interpicos
Eletrococleografia
• Cóclea e nervo auditivo
- 3 eletrodos: positivo (testa), negativo (lobulo da orelha ou mastoide) e terra (lobulo da orelha ou mastoídeo da
orelha contralateral a ser testada)
• Onda I: porção distal do VIII par, próximo ao modíolo (1,4 - 1,8 ms)
• Indicacoes:
• Adultos:
• Crianças:
- Anormalidades ao nível do tronco encefálico, por imaturidade, lesões degenerativas e/ou tumorais SNC
• Parâmetros na avaliação:
- Diferenca interaural da latencia interpico I-V ou da Latencia da onda V (diferenca entre orelhas - <0,3ms)
• Achados
• Perda condutiva:
• Coclear
• Retro-coclear
- Deficiência auditiva coclear onde a ausência depende do limiar psicoacustico, geralmente ocorre
deficiências >80dB nas frequências de 1-4kHz
- Deficiência auditiva coclear com maior comprometimento das frequências altas, como deficiências auditivas
em rampa
- Atividade eletrofisiologica cortical envolvida nas habilidades de atenção, discriminacao, memoria, integracao e
tomada de decisão
- P300 tem sido empregado no estudo dos distúrbios cognitivos, neurologicos, neuropsiquiatricos e
comportamentais
- Indicação:
- Distúrbios do PAC em idosos com dificuldade de compreensão da fala em ambientes com competição sonora
- Algoritmo sofisticado, analise objetiva, detecção baseada em estatística par detectar e definir alterações auditivas
- Estimulação ate níveis próximos a 130 dB, podendo media a audição residual
• EOA, BERA
- Respostas:
2. Reflexo cóclea-pupilar: delicada contração ou dilatação da pupila desencadeado por ruído agudo
3. Reflexo de Moro: contração muscular de braços e pernas frente a ruído intenso; desaparece aos
4 meses
- Limitações:
• 6 meses a 2 anos
• Impedanciometria
• 2 a 6 anos
• Não ri
• Choro descontrolado
• Desatenção
• Processo de confirmação deve estar completo ate 45 dias após o seu encaminhamento
- Orientação da família
- Intervenção interdisciplinar
• Perda auditiva alvo —> uni ou bilateral, condutiva ou neurossensorial, de 30-40dB ou mais nas frequências
importantes para o reconhecimento da fala (500-4000Hz)
- A entrada dos sons no sistema auditivo periférico é critica para a mielinização, crescimento axonal e rearranjos
sinápticos de porções do sistema auditivo central, que ocorre ate os dois anos de vida
• Indicadores de risco para perda auditiva (IDENTIFICA APENAS 40-50% DAS PERDAS)
- Permanência na UTI >5 dias ou a ocorrência das seguintes condições independentes do tempo de
permanência: ventilação extracorporea, ventilação assistida, exposição a drogas ototoxicas (Aminoglicosideos
e/ou diuréticos de alca)
- Malformações craniofaciais
- Achados físicos que possam estar associado a alguma síndrome (neurofibromatose, osteoporose, Usher,
Waardemburg, Alport, Pendred, Jervell, Lange-Nielsen)
- Trauma craniano
- Quimioterapia
—> Presença de qualquer indicador = acompanhamento audiológicos e medico a cada 6 meses ate 3 anos de vida
• Metodos diagnósticos
• EOA
• BERA
• Avaliação otorrinolaringologica:
4. Exames de imagem:
• Intervenção precoce
- Remoção de cerume
- Implantes cocleares
CÂNCER DE LARINGE
HUGO MELO
Relações anatômicas
• 4 barreiras membranosas (barreira de proteção para disseminação de
neoplasia)
- Cone Elástico
- Membrana quadrangular
• Delimitam 6 espaços:
- Espaco de Reinke -
- Area supraglótica -
- Área subglótica -
- Área retrocricóidea -
- Espaço pré-epiglótico -
- Espaco paraglótico
Lesoes Pré-malignas
• Intraepiteliais escamosas
• Leucoplasias
• Eritroplasias
• Eritroleucoplasias
Leucoplasia vocal
• Fatores relacionados: Tabagismo, Trauma mecanico/Fonatorio, Deficiência nutricionais,
Infecções crônicas das vias aéreas, DRGE, AEM, Tumor
• Tratamento:
- Vitamina A, 50.000UI, 1 cp VO, 2x ao dia por 30 dias (promove diferenciação celular do tecido epitelial agindo
como antagonista da carcinogenese)
- Reavaliação em 1 mês
• Seguimento
- 6m a 1 ano: bimestral
Câncer da laringe
• Tipos:
• >90% CEC;
• Outros: Carciona Verrucoso (carcinoma muito bem diferenciado - variante do CEC; crescimento lento e baixa
agressividade), carcinoma de glândulas salivares menores, paragangliomas, adenocarcinomas, sarcomas,
linfomas, tumores neuroendócrinos
• Fatores de risco:
- Exposição ocupacional: fumaça de acido sulfurico ou niquel, fibras de amianto, fuligem de carvão mineral, feira
da madeira, vapores de aguarrás, oleos combustiveis, partículas de asbesto, inalação de pesticidas, gás
mostarda e etanol, exposição ao pó de cimento
- Dieta pobres em fibras, rica em gorduras saturadas, ricas em ovos e carnes vermelhas
• Fatores de proteção: leite, vegetais e frutas, aumento da ingesta de zinco e cha verde (contem polifenol)
• Quadro clinico:
- II-III: supragloticos
- II e IV: subglote
• Biopsia!!!
• Melhor prognostico: escassez linfática em região glotica (regiao mais comum), diagnostico em fases iniciais
(disfonia)
• Estadiamento
REDUZIDA (PARESIA)
N: ANTIGO
NOVO: N3b = qualquer
extravasamento extranodal
independente do tamanho
(pior prognostico)
• Tratamento
• Contra-indicacao cirurgica: doença disseminada, invasão de cartolina interna, base do crânio, musculatura
profunda cervical
• Tumores iniciais de glotes: tumores sem paralisia de prega vocal ou extensao extralaringeas; T1, T2, N0, M0 de
glote.
- Cirurgia ou RT
- RT: idosos, profissionais da voz (menor comprometimento vocal), se contra indicado cirurgia
- Cirurgia: tumores mais extensos (acometimento de comissura anterior e T2, diminuição de mobilidade de
prega vocal)
- Cordectomia endoscopica: ressecção parcial ou total de uma das pregas vocais. Tipos de
cordectomia. Tipo I (Decorticacao) para Carcinoma in situ.
- Cordectomia por laringofissura: remoção de uma prega vocal por via externa (laringofissura -
abertura na porção mais anterior da cartilagem tireoidea. Lesões de parte media da prova vocal e
apófise vocal
- Laringectomia frontal: Resseca a porção anterior da cartilagem tireóide (quilha - junção das duas
laminas) + comissura anterior + terco anterior de ambas pregas vocais. Tumores de comissura
anterior.
- Hemilaringectomia: ressecção da quilha + uma lamina da cartilagem tireóidea com seu conteúdo
(prega vocal, ventrículo de Morgagni, prega vestibular, comissura anterior e terco anterior da prega
vocal contralateral). Tumores que acometem uma prega vocal e se estendem para ventrículo de
Morgagni e prega vestibular.
- Laringectomia vertical subtotal: preservação de apenas uma das cartilagens aritenóides. Tumores
T2 bilaterais.
- Microcirurgia transoral a Laser (CO2 > diodo): minimamente invasiva (cordectomia endoscopica)
- vantagens: cirurgia rapida, pouco tempo de internacao e de recuperação, boa qualidade vocal,
retorno precoce as atividades laborais
- Resseccao da epiglote, espaço pre-epiglotico, PV, falsas pregas, toda cartilagem tireoidea,
mantendo 1 aritenoide, sutura de cricoide ao hioide e base de língua
- indicado para tumores que envolve comissura anterior, ventrículo e cartilagem tireóidea
• Tumores iniciais de supraglote: tumores sem paralisia de prega vocal ou extesnsao extralaringeas; T1, T2, N0,
M0 de supraglote
- Cirurgia:
- Laringectomia supracricoide: remoção da região glotica e supraglotica, com ou sem epiglote, com
preservação de aritenóides e cricoide. Para tumores gloticos + supragloticos.
- EC: unilaterais (tumores lateralizados) ou bilateral (tumores que atingem a linha media)
- Laringectomia total
- EC:
- N1: EC modificado
- N2a: EC clássico
• Seguimento oncológico:
• Indicações
- Rinossinusite crônica com e sem polipose nasal: falha no tratamento clínico, para penetração dos medicamentos
tópicos, complicações
- Mucocele e mucopiocele
- Dacriocistorrinostomia
- Pólipo antrocoanal
- Bola fúngica
- Fistula liquorica
• Contra-indicacoes
- Quando o recesso do seio maxilar não pode ser explorado com confiança
• Considerações anatômicas
• Parede lateral do etmoide: Lamelas (atravessam verticalmente o etmoide e formam o labirinto etmoidal
1. Processo uncinado
3. Concha media.
- 3 porções:
1. Vertical: terço anterior, inserção sagital na porção lateral na lamina crivosa (base do cranio)
2. Diagonal: terço medio, inserção frontal na lamina papiracea; divide o etmoide em anterior e
posterior. Denominada de Lamina Basal
3. Horizontal: terço posterior, inserção horizontal na lamina papiracea e/ou na parede medial
do seio maxilar
4. Concha superior: recesso esfenoetmoidal (regiao entre septo e concha superior), recebe drenagem do
seio esfenoidal e etmoidal posterior
5. Concha suprema
- Recesso frontal: dilatação do etmoide anterior que recebe drenagem do seio frontal; onde localiza estio frontal
- Linha maxilar: ponto de encontro entre osso lacrimal e processo frontal da maxila
• Celula de Haller: celulas etmoidais que se desenvolvem para o teto do seio maxilar
1. Tipo I: ate 3 mm
• Ostio acessório
- Forma-se devido a uma fragilidade da fontanela posterior (regiao translúcida, sem parte óssea)
• Celula Agger Nasi: celula etmoidal mais anterior ; anterior e superior a concha media
• Celula de Onodi: pneumatização do etmoide posterior para plano esfenoidal em direção ao tubérculo ótico
• Pre-operatorio
- Em caso de lesões inflamatórias severas: Amox+ clav + prednisona por 5-7 dias antes da cirurgia
- Teto do etmoide
- keros
- Morfologia do septo
• Anestesia Local X Geral —>deve ser escolhido baseado nos antecedentes do paciente, estado de doenca, grau de
ansiedade, grau de dificuldade da cirurgia, habilidade do cirurgiao..
- Se optado por anestesia geral, deve ser optado por anestesia endovenosa total com propofol e remifentanil
• Posicionamento cirúrgico
- Posição supina na mesa cirúrgica com cabeça elevada a 30 graus e levemente rodada em direção ao cirurgião
- Não e considerado procedimento esteril. Deve ser limpa a face e coberta com plano estéril que permita a
visualização dos olhos.
- Endoscópio Mao esquerda; dedo mínimo apoiado na ponta do nariz guiando o endoscópio; em geral óticas de
4mm, de 0 e 45 graus
- Lâmina papiracea
• Técnicas cirúrgicas
Uncinectomia
- Ótica O
- Palpar e sentir o movimento da apófise unciforme com palpados (ponta de bolinha) ou descolado de freer ou
de cottle
- ressecção de anterior para posterior com descolador ou de posterior para anterior com pinça back-bitter
- Se a decisão for realizar antrostomia, esta deve incluir o ostio natural de drenagem
- Caso haja ostio acessório este deve ser comunicado ao ostio natural
- limite lateral é a lamina papiracea. Alguns cirurgiões utilizam a palpação do globo ocular para avaliar o
movimento da lamina papiracea e sua identificação
Abertura da lamela basal (porção diagonal da concha media- divide etmoide anterior e posterior )
- Após abertura da bula etmoidal, observa-se posteriormente a lamela basal que se curva superiormente a um
plano vertical
- Sua abertura deve ser realizada 3-4mm medialmente do ponto a partir do qual curva-se superiormente em sua
porção vertical (tomando cuidado para não desestabilizar o corneto medio, uma vez que a lamela basal
corresponde a sua insercao)
Abertura do esfenoide
- A via de acesso depende de varias fatores, por exemplo a necessidade de exploração do seio etmoidal
posterior, a anatomia local, tipo de patologia e a experiencia do cirurgia
- Estamos próximos da área mais fina e frágil da porção anterior da base do crânio
- O recesso do seio frontal encontra anteriormente a artéria etmoidal anterior (se situa na região do etmoide
anterior, próximo ao teto do etmoide)
- Trauma de mucosa medial da concha media ou luxação com fratura superior da inserção vertical da concha
media
- Conduta: fixação da concha media no septo nasal com pontos, ou criação de sinequias entre septo nasal e
concha media
• Cuidados pós-operatórios
- ATB + corticosteroides por 7-10 dias é rotina; macrolideos por 3-6 meses, acredita que aumenta o batimento
ciliar
- Revisões semanais para aspirara secreções e monitorizar a evolução ate cicatrização da cavidade cirúrgica;
não brigar com crostas locais, gera dor e sangramento
• Complicações
• Menores: sangramentos controlados, infecção local, crostas, sinequias, estenose do ostio natural, enfisema
orbitario subcutaneo, dor nos dentes, epífora
- Complicações orbitarias: maioria das vezes atinge apenas a gordura orbitaria, que não deve ser
removida. Se for retirada alguma estrutura suspeita de gordura, lembrar que apenas a gordura boia
em solução salina, diferentemente de mucosa e osso.
• Maiores: anosmia, hematoma orbitaria, hemorragia nasal trans ou pós operatoria, meningite, fistula liquorica,
alterações visuais, sangramento intraorbitario ou intracraniano, trauma do tecido cerebral, morte
FRONTAL
• Recesso frontal
• Limites:
• Células e estruturas:
- Agger Nasi
- Processo uncinado
- Supra-bulla
- Frontal-bulla
• Cirurgias de Draf
ESFENOIDE
- Parede lateral:
- Recesso carotico-opticos
De superior
- Arteria carótida interna: promove uma proeminência na parede lateral, e seu trajeto e marcado para inferior.
por uma depressão no osso, o sulco carotídeo
• Classificação
3. Selar: mais comum. Pneumatizacao do corpo do esfenoide compreende a região abaixo da sela.
• Técnica
- Posição supina na mesa cirúrgica com cabeça elevada a 30 graus e levemente rodada em direção ao
cirurgião
- Anestesia geral + IOT + anestesia intravenosa total com uso de propofol e fentanil
- Em casos que cavidade nasal estreita, limitando passagem dos instrumentos cirúrgicos, deve-se
inicialmente realizar septoplastia + cirurgia de cornetos
• Vias de acesso:
- Acima do limite superior da coana, identifica-se o corneto superior e a parede anterior do seio esfenoidal
no recesso esfenoetmoidal
- O ostio do seio esfenoidal e visualizado no recesso junto a cauda da concha superior, cerca de 30-45
graus do bordo superior da cana
- Se obstrução do acesso pela cauda do corneto medio: deslocamento em direção a parede lateral ou
resseccao parcial com tesoura curva
- Identificação no ostio
• Via transetmoidal
- Nunca deve ser feita com movimentos em direção posterior devido a intima relação com nervo óptico;
deve ser feita sempre de maneira medial e inferior possível
• Via transeptal
- Criação de uma janela no septo nasal apenas de um lado; tamanho que vai variar dependendo do tipo
de acesso e o tipo de lesão;
- Forma-se um flap de um lado (retalho septal pediculado); permanecendo intacto o septo de um lado;
este flap poderá ser usado posteriormente para cobrir o local de abordagem
- Deslocamento da mucosa da porção central, não realizando movimentos de avulsao pois pode provocar
lesão de artéria carótida
- Ressecção da lesão
• Transplanum
• Transpterigoideo
• Transclival
DACRIOCISTORINOSTOMIA
• Afecções das vias lacrimais excretoras (VLE): 3-5% dos pacientes oftalmológicos
• Pontos chave:
• Válvula de Rosenmuller
• Saco lacrimal
• Válvula de Krause
• Ducto nasolacrimal
• Válvula de Hassner
• Anamnese
• Investigar obstrução:
- Idiopática: predisposição familiar, variações anatômicas e infecções recorrentes são fatores predisponentes
• Testes diagnósticos
• Teste de Milder:
- Instilação de colírio de fluoresceína a 2% no lago lacrimal. Colírio deve desaparecer em 3 min (jovens) a 5
min (idosos)
- Obstrução baixa com saco lacrimal dilatado: o corante pode ser drenado e permanecer no saco lacrimal
- Após expressão do saco lacrimal, haverá refluxo de secreção para o lago lacrimal
- Sentado, colírio e anestesia nasal. Após 2min, cotonete no meato inferior e verificar a presença ou não de
fluoresceína
- Obstrução
- Limpeza do lago lacrimal e irrigação com soro fisiológico para verificar se chega ao cotonete do MI
- Se soro com fluoresceína chegar ao MI: corante havia chegado até o saco, significa obstrução parcial
- Se soro sem fluoresceína chegar ao MI: corante não atingiu o saco, significa obstrução alta ou falha da
bomba lacrimal
• Irrigação das VLE: dilatação dos pontos lacrimais e injeção de SF nos canaliculo superiores e inferiores
• Exames complementares
• Endoscopia nasal
- Localiza obstrução ou estenose de via lacrimal, avalia grau de dilatação, estudo de estruturas vizinhas
- Da dados funcionais, pois não precisa cateterizar o canaliculo nem injetar sobre pressão
- Utilizar em suspeita de insuficiência de bomba lacrimal, afeccoes dos pontos, canaliculos, bloqueios e pós-
operatórios
• Dacriocistorrinostomia endoscópica
• Falhas: sangramento, falha de localização do saco, sinequia do flap, fibrose, granulação, pouca remoção óssea,
neoformação óssea
DESCOMPRESSÃO ORBITARIA
Oftalmopatia de Graves
• Doença autoimune orbitaria
• Descompressão orbitaria
• Tipos:
- Lateral
• Técnicas
- Remoção lâmina papiracea até o anulo de Zinn (não remover até o recesso frontal)
• Complicações: rinossinusite, mucocele maxilar ou frontal, fistulas liquorica, lesão de nervo óptico
SURDEZ
HUGO MELO
- Mais comum que as doenças do teste do pezinho, que down, que espinha bifida…
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
• Perda condutiva: cerúmen, OMS, perfuração MT, otite
media ou externa, estenose/atresia, defeito de MT,
colesteatoma, malformacao, otosclerose,
timpanoesclerose
Hipotireoidismo
• PANS lentamente progressiva acometendo todas as frequências
• Alteração hormonal
Doença de PAGET
• Hipoacusia uni/bilateral, mista, lentamente progressiva + deformidades ósseas
SURDEZ HEREDITÁRIA
PANS CONGENITA
• Idiopaticas (57%)
• Adquiridas:
• Genéticas:
- Cocleopatias
- Tipos
- Bilaterais
E (ears): malformações em orelha, nariz e
garganta
3. Rastreamento molecular do gene GJB2 (Conexina 26): todos os pacientes com surdez não
síndromica, sem causa definida
Má formação de Mondini
• Sindromicas (30%): associado a outras alterações fenotipicas
- ausência de aspiral apical
1. Alport:
+ alargamento do aqueduto
Insuficiência renal progressiva + PANS
coclear, vestibular e CSC
•
- Meningite de repetição +
• Inicia por volta de 10 anos
Perda auditiva
• Ligada ao X (80% dos casos de Síndrome de Alport)
2. Bronquio-oto-renal:
• Autossômica dominante
• Anormalidades do secundo arco branquial (pavilhao auricular em concha, apêndices auriculares, perda
condutiva, mista ou NS) + malformações renais
• Pode haver: ausência de ossiculos; cóclea e CSC hipodesenvolvidos (Malformacao do tipo Mondini)
3. Jervell e Lange-Nielsen
• Autossomica recessiva
4. Norrie
• Recessiva ligada ao X
5. Pendred:
• Autossômica recessiva
• Bócio devido falha do metabolismo do iodo (teste perclorato positivo) + PANS moderada a profunda
pré-lingual + Vestibulopatia periférica
• Outros: hipoplasia da cóclea (Mondini), aqueduto vestibular alargado, alargamento do saco endolinfático
6. Stickler
• Autossomica dominante
• Miopatia progressiva a partir dos 10 anos + degeneração vitreoretiniana, catarata, descolamento retina,
cegueira + PANS nas altas frequências não progressiva, leve
7. Treacher Collins
• Autossômica dominante
8. Cogan:
• Hipersensibilidade secundaria
• Adultos jovens
9. Waardenburg:
• Classificação clinica:
10. Usher:
• Retinite pigmentosa inicia na primeira década de vida + perda auditiva grave a profunda +
vestibulopatias
• Classficacao Clinica:
- Degeneração cócleosacular
S: sifilis
C: Citomegalovirose
R: rubeola
C: coxsackiose
H: herpes
Perda auditiva congênita
1. Citomegalovirus
• Causa mais comum de surdez congenita
• Doença de inclusão por CMV congênita: <5% dos casos, evolução grave, acomete multiplios órgãos
• Histopatologia: Lesão do giro basal da coclea, degeneração de CC, degeneração de neuronios cocleares e
vestibulares, hidropisia da cóclea e do saculo, colapso da membrana de Reissner
• Diagnóstico:
2. Rubeola
• Maior risco durante o primeiro semestre gestacional
• 2 e 3 trimestre nascem assintomáticas com infecção silenciosa —> 10-20% evoluem perda auditiva mais
tardiamente
• Diagnóstico:
- Isolamento do vírus da rubeola ou detecção do RNA na urina ou cultura de orofaringe durante primeiras
semanas de vida
- Titulos elevados de anticorpos antirrubeola em um criança não vacinada durante os primeiros meses de
vida
• Tratamento —> não ha tratamento especifico! Apenas direciona para minimizar consequências
• Histopatoliga: destruição de CCI e CCE, atrofia de membrana tectorial, atrofia de estria vascular,
degeneração de neuronios cocleares e vestibulares, degeneração sacular, fibrose com neoformacao óssea
2. Caxumba
• Virus da caxumba
• Diagnosticos:
- Elevação de 4x ou mais dos títulos sericos de anticorpos anti-caxumba entre amostras da fase aguda
3. Sarampo
• Paromixovirus
• Diagnostico:
- Identificação dos antígenos do vírus pela coloração por imunofluorescencia de celulas epiteliais
esfoliadas obtidas de swap de orofaringe, conjuntiva ou cavidade bucal
4. Febre lassa
• Adenovirose típica da Africa Ocidental
5. Varicela-zoster
• Síndrome de Hamsay-Hunt
• Virus varicela zoster latente no gânglio geniculado —> replica-se e migra para periferia através do nervo
facial
• Diagnostico
• Tratamento
- Antivirais
7. Sifilis
• Espiroqueta Treponema pallidum
• Historia rica
• Congenita
- Surdez neurossensorial
- precoce (logo ao nascimento ate 3 anos de idade): PANS profunda, bilateral e simétrica
• Adquirida
• Audiometria: curva plana + Discriminação pior que a esperada para os limites tonais
• Diagnostico: historia de perda auditiva + teste RPR positivo e FTA-ABS positivo ou VDRL positivo
• Tratamento
- Neurossifilis: Penicilina G cristalina, 2 a 4 milhões de unidades, EV, 4/4h por 10 dias + prednisolona VO,
1mg/kg ao dia
• 3 formas:
- Meningite —> agente atinge a escala timpânica através do ducto coclear patente ou do conduto auditivo
interno
- Frequencia de surdez 10% dos casos: Streptococo 20% causam perda, Haemophilus 12% e
Meningococo 5%
• Simétrica ou assimétrica
• Classificação
- 50% tontura
• Secundaria
- A/G/E/N/T/E
- VC/V/VC/C/V/C
• Neomicina: coclear
• Propranolol: VC
• Perda auditiva
• Fisiopatologia
- Aminoglicosideo: formação de radicais livres —> apoptose de CCE —> giro basal —> CCI —> gânglio espiral
- Gentamicina: quela o ferro —> produção de antiradicais livres —> oxida estruturas celulares
- Cisplatina: formação de radicais livres e inibição de enzimas antixoxidantes (glutationa)—> apoptose celular —
> CCE + células de sustentação —> CCI (comprometimento inicial na estria vascular)
• Avaliação
- EOAPD
• Otoprotetores: Fosfomicina, Tiossulfato de sódio (se liga irreversivelmente a cisplatina), d-metionina e l-metionina,
Salicilato de sódio (para gentamicina), Ginkgobiloba (para cisplatina), Vitamina E
SURDEZ CENTRAL
• Congênita ou adquirida
• Redução de IRF
• Dissociacao tonal-vocal
NEUROPATIA AUDITIVA
• EOA normais
• Intolerância a ruídos
• Fisiopatologia
- Hipoperfusao do tecido coclear —> isquemia —> formação de radicais livres —> ototoxicidade —> degeneração
sensorial e neural (neuroepitelio auditivo)
• Fatores de risco
- Ruído ambiental
- Drogas ototóxicas
- Sedentarismo
- Obesidade
- Diabetes + hiperinsulinismo: ativação da proteína quinase C —> complicações vasculares + alterações celulares +
distúrbios metabólicos
- Dislipidemia: aterosclerose —> redução das CC na espira basal, espessamento da camada intima, estenose do
lume da artéria espiral do modíolo, disfunção endotelial,
- Doencas cardiovasculares: altos níveis de homocisteina —> predispõe a doenças tromboembolicas + perda
auditiva
- Distúrbios hormonais
• Sensorial
- Mais comum
- Progride lentamente
- Pode ter zumbido
• Neural
- Rapidamente progressiva
- Moderada perda da audição para tons puros em todas as frequências
- Patologia: Lesão degenerativa nos neurônios cocleares e das vias auditivas centrais
• Metabólica (Estriapresbiacusia)
- Progressao lenta
• Mecânica
• Classificação
• Acumetria:
- Schwabach encurtado
• Audiometria:
- Neurossensorial
- Simétrica
- Bilateral
• Intervenção nutricional
• Compensação:
- AASI
- Implante coclear
• Inabilidade em transportar o bolo alimentar e a saliva da cavidade oral ao estomago, causado por qualquer
conducao que afete a integridade anatomica e funcional das estruturas orais, faríngeas, laríngeas ou esofágicas
FISIOLOGIA DA DEGLUTIÇÃO
• Fases
• Fase pré oral: fome, grau de saciedade, aspecto dos alimentos, ambiente, estado emocional, influencias sociais,
coordenacao mão-boca e posturas cervicais
• Fases:
• Preparatória:
- Voluntária
- Lingua: deslocamento para os dentes, mistura com saliva, elevação ao palato glosso (mm. digástricos,
genioglosso, genio-hioides e milo-hioides)
- Língua anteriormente contra o palato duro, impulsiona o alimento contra a orofaringe (movimentos
ondulatórios)
2. Faríngea
- Involuntária
- Contracao faringea: músculos constritores superior, medio e inferior contraem-se de maneira sequencial; ha
um encurtamento do funil faringe e a propagação de uma onda peristáltico da orofaríngeo a hipofaringe
- Fechamento laringeo: epiglote cobre a supraglote; fechamento laringe através das pregas ariepigloticas,
falsas pregas vocais e pregas vocais verdadeiras
3. Esofágica
- Ondas peristálticas primárias: iniciadas pela contração músculos constritores da faringe, com diminuição da
velocidade a medida que se afastam da faringe
- Peristaltismo secundário: distensão do corpo do esôfago; ondas primárias não são originadas / ondas de
reserva
• Lábios
• Lingua
• Esfincter velofaríngeo
• Fibras nervosas aferentes: nervo glossofaringeo (IX), vago (X), facial (VII), trigêmeo (V)
1. V:
- Sensibilidade: de toda cavidade oral, dois terços anteriores da língua e sensação de toda a face
- Lesao: dificuldade em formar o bolo alimentar, iniciar deglutição; escape precoce —> aspiração
2. VII:
- Corda do timpano: Sensibilidade gustatoria 2/3 anteriores da língua, impulsos para gânglios da glândula
submandibulares e sublinguais
- Motor: musculatura da expressão facial; deglutição: orbicular oral superior e inferior (contencao do alimento na
boca e compressão dos labios), músculo bucinador (contracao do queixo e contenção do alimento em contato
com dentes)
3. IX:
- Sensitivo: inervação tátil, térmica e dolorosa da orofaringe, tonsilas palatinas, pilares da fauce e terco posterior
da língua; fibras gustativas do terco posterior da língua
- Motor: músculo estilofaríngeo (eleva e dilata a faringe) e fibras parassimpaticas pós-ganglionares terminam em
celulas secretoras da glândula parótida
4. XII
- Lesao: dificuldade de manipulacao dos alimentos, comprometimento da ejeção oral do lado afetado
5. X:
- Inerva todos os maculos estriados da faringe e laringe, exceto o estilofaríngeo e o tensor do véu palatino
- 3 ramos principais:
- Ramo externo: músculo cricotireoideo (abrir via aérea pelo aumento do diâmetro AP da glote)
- Nervo laringeo inferior: músculos intrínsecos da laringe, exceto cricotireoideo; sensibilidade geral abaixo
das pregas vocais e mucosa do esôfago; fibras secretomotoras para as glândulas mucosas da laringe e
laringofaringe
- Lesão: acima saída laringeo superior —> paralisia e anestesia ipsilateral laringe e faringe
AVALIAÇÃO
• Caracterização do sintoma
• Doenças sistêmicas
Anamnese
• Queixas: tosse, engasgo, sensação de alimento na garganta
ou região torácica superior quando tentam engolir (diferente de sensação de globus)
• Uso de medicamentos
• Tosse:
Exame Fisico
• Avaliação do estado geral
• Palpação cervical
• Reflexo de tosse
Topografia
• Disfagia orofaríngea (alta): dificuldade para iniciar a deglutição;
aspiração, tosse, pigarro, regurgitação nasal
Avaliação complementar
• Investigação de: aspiração pulmonar, diagnóstico etiológico da
disfagia e avaliação das fases da deglutição
1. Videodeglutograma
- Metodo contrastado
- Indicação: casos de alterações esofagicas, DRGE, paciente que não colabora para VED
- Utilizado nasofibrolaringoscópio
- Indicações:
- Vantagem: melhor metodo para avaliacao da anatomia e aspectos neurológicos como a sensibilidade
faringolaríngea
- Técnica:
- Avaliação estrutural:
- Observação de fossa nasal posterior e palato durante repouso e fala (massas, assimetrias, fechamento
velofaríngeo)
- Avaliação funcional
- Mobilidade da lingua
- Penetração laríngea
- Reflexo de tosse
- Resíduos:
- Escape precoce
3. Outros exames:
• EDA: mandatária em pacientes com sintomas de alerta (disfagia, odinofagia, diminuição de peso, anemia ou
sangramento gastrointestinal)
• Manometria esofágica computadorizada: exame invasivo, padrão ouro na identificação das alterações motoras
do orgao.
• EED: esofago estomago duodeno contrastado; avaliação inicial da motilidade esofágica nas causas funcionais.
• Cintilografia gastroesofageana: útil para identificar refluxo gastroesofágico em crianças no período pos-prandial,
com pH neutro ou alcalino, que não seria diagnosticado pela pHmetria
• USG
• Eletromiografia da deglutição
• Eletromiografia laríngea
• TC
• RNM
Classificação
• Deglutição normal (Grau 0): contenção oral normal, reflexos presentes, ausência de estase salivar, alimentar e
aspiração, menos de 3 tentativas de propulsão para clareamento do bolo
• Disfagia leve (Grau 1): Estase pós deglutição pequena, mais de 3 tentativas para propulsão do bolo, ausência de
regurgitação nasal e penetração laríngea
• Disfagia moderada (Grau 2): estase salivar moderada, maior estase pós-deglutição, mais de 3 tentativas de
propulsão do bolo, regurgitação nasal, redução da sensisbilidade laringea com penetração, sem aspiração
laringotraqueal.
• Disfagia grave (Grau 3): grande estase salivar, piora acentuada de resíduos pós-deglutição, propulsão débil ou
ausente, regurgitação nasal, aspiração traqueal
Tratamento
• Abordagem da causa X tratamento do sintoma
• Vias alternativas
- gastrostomia
- nutrição parenteral
• Cirurgias
1. Reabilitação fonoterápica
- Modificação na dieta
- Estimulacao indireta: sensorial (tatil, térmica e gustativa), exercícios miofuncionais, vocais, e estimulação elétrica
funcional
- Estimulacao direta (com oferta de alimento): e indicada quando o paciente e capaz de deglutir com segurança
- Monobras facilitadoras
- Manobras posturais
- Manobras de limpeza
2. Tratamento clinico
- Drogas anticolinergicas 30min antes das principais refeições: minimizam a aspiração de saliva
- Amitriptilina (25-75mg/dia), Nortripitilina, Escopalamina (Gotas, Transdérmica, Gel transdérmico), Atropina (SL,
0,02mg/kg/dose, 6/6h)
- Tratamento de RGE
3. Tratamento cirúrgico
• Indicacoes:
• Tipos:
• Conservadores:
- Tireoplastia tipo I
• Radicais
- Moldes endolaríngeos
- Próteses glóticas
- Separação laringotraqueal
- Anastomose traqueoesofagiana
- Laringectomia
DISFAGIA INFANTIL
• Principais causas:
• DIsturbios neuromotores
- Centrais / Periféricos
- Lesoes cerebrais:
PRESBIFAGIA
• Envelhecimento: deterioração natural e progressiva
• Doenças incomuns
• Causa de desconforto respiratório de grau variado em crianças: aguda, insidiosa ao longo de meses e de forma
menos comum, ao longo de anos
Estridor
• Respiração ruídosa decorrente do turbilhonamento de ar em uma via aérea estreita
• Bifásico (inspiratorio e expiratório): glote em quadros graves e subglote (voz rouca com loudness diminuido,
choro débil)
• Estridor laringeo
• Abordagem
• Abordagem utilizada inicialmente vai ser norteada pelo grau de desconforto respiratório
- Intubacao endotraqueal
- Traqueotomia de urgência
• Anamnese
- Intubacao neonatal
- Presença de DRGE
- Qualidade do sono
• Exame fisico
- Gravidade do desconforto
- FR
- Nível de consciência
• Exames Complementares:
- Radiografia de pescoço (partes moles): evidenciar corpos estranhos e processos inflamatórios agudos da
laringe
- TC de pescoço
- Broncoscopia (casos em que não e possível o diagnostico com flexível; suspeita subglotica e traqueal ou
criança entubada)
• Diagnostico diferencial
• Congenitas (85%):
- Supraglotica: Laringomalacea
LARINGOMALÁCIA
• Causa mais frequente de estridor inspiratório no lactente (45-75%)
- Imaturidade neuromuscular com alteração do tônus laringeo modulada por alteração das funções nervosas
periféricas e centrais
• Quadro clinico:
- Estridor inspiratório
Classificação de Olney
• Diagnostico endoscópico:
- Tratamento anti-reflexo?
- Presenca de apneia, cianose, dificuldade de ganho ponderal, hipertensão pulmonar, cor pulmonale
• Fatores de pior prognostico: APGAR ruim, presença de outras comorbidades, lesão sincronica, sat02 em
repouso baixa —> Seguimento clinico mais próximo ou cirúrgica
• Comorbidades tendem a ter quadros mais graves: DRGE (65-100%), RLF, doenças neurologicas, cardíacas,
malformacoes, síndromes congênitas (5-20%) e lesão sincronica na via aérea
- DRGE: pressão negativa no esófago intratorácico —> vácuo —> impulsiona conteúdo do estômago para
dentro do esófago —> inflamação e edema de tecidos laringeos —> piora do comprometimento da via aérea
• Supraglotoplastia:
- Seccao das pregas ariepiglóticas, da porção superior da epiglote ou dos tecidos laringeos posteriores em
excesso
• Central ou periférica
• Diagnostico diferencial: fixação da articulação cricoaritenóidea - subluxacao, estenose glótica posterior e anquilose
• Tipos:
- Trauma de parto
- Quadro clinico:
- Disfonia
- Conduta: expectante
- Malformacao de Arnold-Chiari tipo II: conteúdo da fossa posterior herniado com compressão do nervo vago
bilateralmente
- Quadro clinico:
• Diagnostico
- Laringoscopia sob anestesia - palpação da articulação e da parede posterior da laringe (permite DD)
• Tratamento
• Observação (watchful waiting): comum regressão de 6-18 meses de vida (principalmente causas centrais)
• Traqueostomia precoce: incapacidade de manter saturação adequada mesmo com auxilio de ventilação
• Aritenoidectomia
• Aritenoidopexia
• Laringoplastia
• Tireoplastia Tipo I
ESTENOSE SUBGLÓTICA
• Terceira malformação congênita laringe mais comum (10-15%)
• Definição:
- Diâmetro < ou igual 4mm em RN a termo (tubo orotraqueal 2.5 tem 3,6cm)
- IOT?: Edema de mucosa, erosao e formação de tecido de granulação, causando uma estenose adquirida
sobreposta a estenose
• Embriologia
- 3 semana de gestação: na parede anterior do intestino primitivo surge uma evaginação mediana e uma goteira
que corresponde ao esboço do futuro trato respiratório
- 4 semana de gestação: a goteira origina 2 brotos caudais e surge um septo entre o intestino primitivo e a
goteira. Este septo ira migrar de forma ascendente separado completamente essas duas estruturas. Na porção
cefálica da goteira surge a laringe em formato de T ou Y
- 10 semana: recanalizacao completa da goteira com nova abertura do espaço glotico realizada por dois canais
de recanalizacao (em sentidos opostos) que surgem antes da décima semana
• Sintomatologia variada
• Diagnostico:
- Nasofibrolaringoscopia: rastreio
• Tratamento
• Cirurgia
• Split cricotraqueal anterior: incisão cervical com abertura mediana da cartilagem cricoide e dos primeiros
anéis traqueais
• Sintomas graves:
• Resseccao cricotraqueal (graus III e IV): ressecção completa da área de estenose com anastomose
termino-terminal da via aérea
MEMBRANA GLÓTICA
• Rara
• Clinica variável
• Classificação
ATRESIA LARÍNGEA
• Rara
• IOT, TQT
HEMANGIOMA SUBGLÓTICO
• Fase Proliferativa: ao nascimento, primeiros meses, até 1 ano —> Fase de involução: regressao ate 5 anos
• Sintomatologia
- Apos IVAS
- Estridor bifásico
• Diagnostico
• Tratamento
• Clinico:
• Cirurgico
- Endoscopico + laser
- Laringofissura
• Diagnostico:
- VED
- Quase assintomático
• Tipo III (20%): fenda ocupa toda cricoide, com ou sem comprometimento da traqueia
- II e III: sintomas mais evidentes, com aspirações e pneumonias de repetição. Estridor inspiratório e
expiatório.
• Tipo IV (3%): fenda laringotraqueal completa que acomete ate região intratorácica
- Muito grave
• Manejo
CISTOS LARÍNGEOS
• Cistos de retenção/Ductal
• Cisto sacular
- Quadro: obstrução da via aérea, choro abafado e disfagia, nos primeiros dias de vida
• Tratamento
• Traqueostomia
LINFANGIOMA
• Malformacoes dos ductos linfáticos
• Diagnostico
- Aspecto clinico
- Laringoscopia
• Tratamento
• Alterações laringeas + hipertelorismo, face arredondada, implamantacao baixa das orelhas, hipotonia, microcefalia,
pregas epicantais, estrabismo, anomalias viscerais
• Prognostico ruim
SINDROME DE RICHIERI-COSTA-PEREIRA
• Alterações laringeas + malformações de extremidades, micrognatia, glossoptose, fenda labio-palatina,
• Traqueostomia se glossoptose
DOENÇAS DA OLFACAO
Hugo Melo
Fonte: tratado + otomaster + up
• Conceitos
- Paladar: língua + olfato
- Anosmia: completa perda da olfação
- Hiposmia: diminuição
- Hiperosmia: aumento
- Disosmia: distorção, subdividida em parosmia (quando há um estímulo ambiental) e fantosmia (sem estímulo
ambiental, uma alucinação olfativa)
- Agnosmia: inabilidade de identificar ou de classificar um odor, embora percebido
- Prebiosmia: diminuição gradual com o passar dos anos
• Classificação
• Condutiva: bloqueio na chegada das moléculas de odor no epitélio olfativo. Obstrução nasal por rinite,
alterações anatômicas, tumores intranasal
• Neurossensorial: dano no epitélio olfativo e nos nervos olfativos.
• Central: acometimento da via olfatoria central (bulbo olfatorio, trato, estrias olfatorias, centros corticais da
olfação, TCE, tumor intracraniano, doenças degenerativas)
• Causas
1. Inflamatória: RSC, rinite alérgica
- RSC: mediadores inflamatórios (caspase-3 promove apoptose
celular), hipersecrecao das glândulas de Bowman
- Transtorno sensorial (alteração do epitélio olfatorio) e/ou transtorno
condutivo (alteração no fluxo aéreo na fenda olfatorio
2. Pós infecciosa: inicialmente condutiva, secundária a um edema da
mucosa nasal; em alguns torna neurossensorial/central pela lesão da
via olfatoria promovida pelo vírus
- Disosmia é uma queixa habitual
- Comum em mulheres
- Sem melhora com ciclo de corticoides
- 25-30% recuperam em 2 anos; 62% recuperam 1-5 anos
3. Traumática: Pior prognóstico. 3 mecanismos de lesão:
- Contusão ou fratura da área nasossinusal, com lesão da mucosa olfatoria (fraturas nasozigomaticas, fronto-
orbitais, le fort, fratura nasal e etmoidal
- Ruptura ou laceração dos nervos olfatorios
- Hemorragia intracraniana ou contusão das áreas cerebrais relacionadas a olfação
4. Obstrução nasal
5. Tumores intracranianos
6. Após exposição prolongada a Vicky-Vaporub nasal
7. Síndrome de Kalman: adolescente + hiposmia/anosmia + não desenvolveu carácteres sexuais secundários +
atrofia do bulbo olfatorio
8. Alzheimer, Parkinson
9. Envelhecimento
- Degeneração fisiológica que ocorre no epitélio olfatorio
- Troca do epitélio olfatorio por epitélio respiratório
- Uso de medicamentos crônicos + comorbidades
10. Gravidez
11. Drogas: álcool, cocaina, alucinógenos, analgésicos
12. Radioterapia
• Avaliação
- Anamnese: uni ou bilateral, repentino ou gradual, continua ou intermitente
- Nasofibroscopia
- Hiposmia + Endoscopia nasal normal —> TC SEIOS DA FACE —> Tc normal —> RNM DE ENCÉFALO
- Hemograma, glicemia, função hepática, função renal, função tireoidiana
- Gustação (gostos básicos, doce, salgado, azedo) x Paladar (gustação + olfação)
• Tratamento
• Corticoide sistêmico
- Prednisolona 40mg/dia por 7 dias
- SinusRinse com budesonida 1mg (Pulmicort), 7 dias
• Treinamento olfatorio: 4 essências (eucalipto, cravo, limão, Rosa), cheirar por 15seg, 2x ao dia, cerca de 2 anos
DOENCAS DA ORELHA EXTERNA
Hugo Melo
OTITE EXTERNA
• Meato acústico externo:
• Cerume:
- Hidrofóbica
- Ph 6,2-6,9
• Pelos
• Fatores predisponentes
• Trauma
• Substância cáustica
• Queimadura
• Atividades aquáticas
• Estágios de evolucao:
1. Pre inflamatório: cama lipídica que cobre a pele e retirada pela umidade ou trauma local
2. Inflamatório agudo:
- leve: hiperemia e edema de conduto com otorreia clara inodora e discreta dor no trago
- Moderada: dor e prurido mais intenso, lumen diminuído e retenção de otorreia seropurulenta
• Tipos:
• Otalgia localizada
• Reação linfonodal
• Tratamento
1. Drenagem
2. Analgesia + AINE
3. Gota otológica
4. ATB sistêmico
• 90% unilateral
• Mibrobiologia:
• Tratamento
2. Analgesia
- Em caso de MT perfurada ou TV
4. ATB sistêmica:
• Prevenção
• 1/3 medial
• Otalgia leve
• Prurido
• Hipoacusia/plenitude
• Formas: área focal de desepitelizacao, granulação polipoide focal e formação polipoide difusa sobre toda
MT
• Microbiologia:
- Proteus sp
- Pseudomonas aeruginosa
• Tratamento
1. Limpeza local
• Agente etimológico:
- Mycoplasma pneumoniae
• Tratamento
1. Analgésicos
2. Corticoides
3. Gotas otologicas
• Microbiologia:
• Tratamento
• Prurido intenso
• Indolor
• Hipoacusia
• Otoscopia: ressecamento do canal, não formação de cerume e descamação com acúmulo de debris
• Tratamento
1. Limpeza local
- Diprosalic 3 gotas, 12/12h por 21 dias, fazer e ciclos com intervalo de 7 dias
• Fatores relacionados
- Idoso
• Clinica:
- Imunossuprimido
- Otalgia intensa resistente ao uso de analgésico que piora a noite, por mais de 1 mês
- Acometimento de pares cranianos (2 meses após início): VII (75%), X (70%) e XI (56%)
• Estágios
- Cultura secreção
- VHS e PCR
- Biópsia tecido granulação deve ser feita de rotina (diagnóstico diferencial com CEC)
- Exame imagem
- TC com contraste (mais importante para extensão da doença): erosão osso timpânico e temporal e
base de crânio, velamento mastoide
- Cintilografia
- Presença de PFP
- Infecção fúngica
• Tratamento
3. Analgesia
4. ATB sistêmico
- Ceftazidina 2g 8/8h (Terceira geração) por 4-6 semana com ou sem amicacina, gentamicina ou
tobramicina
5. Oxigenação hiperbarica
6. Cirurgia
• Critério de cura
- Clínico: melhora da dor, controle dos níveis glicêmicos, normalização do PCR e VHS, normalização
otoscopia
• Recorrência
- Otalgia insidiosa
- Dor ATM
CELULITE E ERISIPELA
• Celulite: infecacao da pele da orelha externa e anexos
- Estreptococcus e estafilococcus
- Streptococcus pyogenes
• Tratamento
DERMATITES
• Inflamacoes superficiais de pele
- Acao irritante (acidos, alcalis, sabao, detergentes), alérgica (reacao de hipersensibilidade) ou brincos
- Prurido intenso
- Tratamento: controle de caspas (xampus a base de sulfeto de selênio ou zinco) e corticites tópicos (evitar
fluorados)
OSTEOMA E EXOSTOSE
• Provocam estenose óssea do CAE
• Grau de obstrução:
- Leve: <25%
- Moderada: 25-75%
- Indicações : otite externa/otorreia de repeticao, perda auditiva que interfira na qualidade de vida, acesso
cirúrgico a outras patologias
- Unilateral
- histopatologico: forma óssea lamelar irregular, com varios canais fibrovasculares e escassos osteocitos
- Bilateral
- Exposição repetitiva a banhos de imersão em agua gelada —> periosteíte crônica com proliferação dos
osteocitos e hiperostose
- Múltiplas lesões
- Histopatologico: laminas paralelas, concentricas, de osso subperiosteal, com raros canais fibrovasculares
OTO-HEMATOMAS
• Comum em esportes de contato, ou vitimas de acidentes
• Tratamento
- ATB profilático
• Queratose obliterante
- Bilateral
- Pele preservada
- sem osteonecrose
- Invasão do tecido escamoso numa área de erosão óssea com osteonecrose associada
- Unilateral, focal
- Classificação histológica
4. Estagio IV: invasão de estruturas vizinhas (mastoide, base de crânio, ATM ou nervo facial)
- Tratamento:
PAVILHÃO
Embriologia
• Pavilhão: Final da 4 semana --> 6 elevações ou tubérculos (Saliencias auriculares ou Tubérculos de His)
Classificação
• Orelha de abano
• 3 fatores associados: abertura do angulo cefaloconcha, hipertrofia da concha, um defeito na plicatura da anti-
hélix
• Orelhas constritas
• Classificaçao:
Tratamento
• Periodo neonatal: molde fixado com fitas adesivas por 2 semanas
Outros
• Orelha em ponto de interrogação:
- Carater hereditário
- Tratamento cirurgico
• Apêndices pré-auriculares
- Tratamento Cirurgico
- Fusão incompleta dos seis botões óticos; cuja origem 1 e 2 arcos branquiais
- Trajeto tortuoso, podendo formar proongamentos, chegando por vezes na parótida ou periósteo do osso
temporal
- Tratamento
- Incisão em meia-lua a partir do arco zigomatico anterior a fístula até o terço superior da
• Microtias
- Classificação de Weerda
- Displasia de primeiro grau: maior parte do pavilhão é reconhecidamente normal (deformidades menores);
reconstrução nao necessita de enxertos adicionais
- Displasia de segundo grau: algumas estruturas sao reconhecidas; reconstrução parcial usando enxertos
- Displasia de terceiro grau: nenhuma estrutura é reconhecida; reconstrução total. EX. anotia
CAE
Embriologia
• Forma-se a partir da primeira fenda branquial -
Tipos
• Duplicação CAE tipo I
- Localização : fistula externa no pescoço antero-lateral anterior ao musculo ECM e superior ao osso hoide
- Estreitamento do CAE
- Classificacao:
- Classificação de Altman
- Malformaçao moderada: CAE ausente, cavidade da OM pequena, placa atrésica presente, ossiculos
deformados e fixos, bom desenvolvimento de celulas da mastoide
Avaliação
• Audiometria tonal: avaliar PANS (contraindica cirurgia funcional)
• Imitanciometria
• BERA: pacientes que nao tem condições de fazer audio (6 mes de vida)
Cirurgia
• Idade ideal é 8 anos (mastoide esta com seu desenvolvimento quase completo)
• Indicacoes
• Absolutas: hipoacusia de conducao, fenda da orelha média presente, janelas presentes, facial bem posicionado
• Relativas: placa atrésica posicionada, ATM anteriorizada, epitímpano com bom espaço, mastóides bem
formadas
DOENÇAS DAS GLÂNDULAS SALIVARES
HUGO MELO
Embriologia
• Primeiro sinal das glândulas salivares aparece em torno do 35 dia de vida
• Origens diferentes:
Histologia
• Estrutura:
- Celulas mioepiteliais
• Sistemas:
- Sistema mioepitelial: celulas com função contrátil, com alguma função secretora
Anatomia
• 500-750ml de Saliva por dia: fluxo variável, redução pela manha e aumento a tarde, quase nulo durante o sono
• Parótidas
- Limites: póstero-superior: CAE; posteroinferior: ponta da mastoídeo; superior: arco zigomático; inferior:
músculo digástrico; anterior: masseter
• Submandibulares
- Encontra-se sob o angulo da mandíbula, encaixando perfeitamente no V formado pelos ramos do músculo
digástrico, tendo o osso hioide como apoio
- Ducto de Wharton: passa entre músculo milo-hioide e hioglosso, penetrando no assoalho da boca junto ao
freio lingual
• Sublinguais
Fisiologia
• Saliva: função digestiva, bactericida, gustacao, função imunológica, limpeza e proteção dentes
• Controle Neuroautonomo
- Simpatico e parasimpatico
• Unidade secretora
• Paralisia
• Massa fixa
Exame Fisico
• Palpacao
Exames Complementares
• USG
- Topografia da lesão
- Conteudo da lesão
- Guia o PAAF
• TC
- Característica da lesão
• Sialoressonancia Magnetica
• RNM
- Complementar a TC
• PAAF
- Diagnostico citologia
- Definição do tratamento
• Biopsia
CONGENITAS
• Raras
• Classificação:
- Tipo 2: abertura na região lateral superior do pescoço; intima relação com os ramos do nervo facial
• Malformacoes vasculares
- Higromas císticos
- Hemangiomas
- Malformacoes arteriovenosas
Síndrome de Sjogren
• Doença auto-imune
• Quadro clinico
• Diagnóstico
- Devemos suspeitar quando 2 dos 3: inchaço indiopatico, crônico e recorrente das glândulas salivares;
xerostomia idiopática; doença do tecido conjuntivo
- US: heterogeneidade das glândulas salivares, com múltiplas lesões pequenas, ovais ou redondas e
hipoecoicas ou anecoicas
• Tratamento
- Hidratação oral, uso de balas sem açúcar (as mais azedas), saliva artificial
SIDA
• Linfonodomegalia intraparotidea multifocal, geralmente bilateral
- Se houver uma deformidade facial ou sialadenite partida por compressão ductal —> tratamento cirúrgico
RANULA
• Sialocele do soalho bucal
SIALODENITES
- Mais comum
- Uni ou bilateral
- Quadro clinico: aumento difuso e doloroso acompanhado de cefaleia, febre, mal estar e adinamia
- Diagnostico é clinico!!
• HIV:
• Tratamento
- Etiologia: redução do fluxo salivar (calculos, estenose, desidratacao, medicamentos anticolinérgicos e/ou
diureticos), DM, PO cirurgia abdominal (3-5 dias pós cirurgia), ma higiene oral
• Quadro clinico
- Complicação - Abscesso
• Diagnostico:
• Tratamento
• Habitualmente unilateral
• Primeiro episódio inicia 1-2 anos de idade, recorrência entre crises 15dias a 2 meses
• Recorrentes de aumento da glândula parotida, prostracao e dor após a ingestão de alimentos (podendo ocorrer
trismo)
• S. Viridans
• Exames complementares:
- Sialografia: imagem tipo salsichão (deformidade do sistema ductal - sialoectasias ducais puntiformes)
- Sialoendoscopia: diagnostico/terapeutica
Sialodenite Cronica
• Quadro clinico:
- Sialogogos
- Sintomaticos
- Dilatacao
- Exerese
- Parotidectomia
Sialolitíase
• Etiologia:
- desconhecida;
- trauma;
- Sialodenite de repetição
- Gota
• Quadro clinico
- Recidivante
• Diagnostico:
- Exame de imagem: Raio-x simples, USG, TC sem contraste, sialografia (evitar a realizacao)
• Tratamento:
Sialodenose
• Aumento da glândula salivar não neoplasico e não inflamatório
• Assintomático
• Etiopatogenia desconhecida
• Fatores de risco: obesidade, desnutricao, alcoolismo, anorexia nervosa, hipovitaminose A, Má-absorcao: doença
celíaca, ancilostomíase
HIPOSSALIVACAO X SIALORRÉIA
Hipossalivacao
• Redução do fluxo salivar
- Sialometria:
- Fluxo salivar não estimulado, durante 10 min, volume salivar , < ou igual
0,1ml/min (N 0,3ml/min)
• Avaliação:
- Hemograma completo
- Imunoglobulinas serias
- VHS
• Etiologia:
- Doenças sistêmicas: Síndrome de Sjogren, doenças autoimunes (LES, AR, esclerodermia, cirrose biliar), DM,
SIDA, sarcoidose, infecções por VSH, doença renal cronica
• Tratamento:
- Saliva artificial
- Sialogogos:
- Contra indicado: ulcera gastrointestinal, asma, HAS, glaucoma, problemas cardiovasculares, Parkinson,
- Efeitos adversos: sudorese excessiva, nausea, diarreia, rinite, cefaleia, cervicalgia, aumento da FC e PA
Sialorréia
• Pode gerar a Babugem (ptilismo): incontinência salivar com escape sobre o lábio inferior
• Diversas condições neurológicas: paralisia cerebral, ELA, AVE, Parkinson, Down, deficiências fisicas,
encefalopatias, reação a drogas
• Condutas:
- Avaliar cavidade oral e nasal (obstrucao nasal gera postura de boca aberta)
• Tratamento
- Técnicas cirurgicas: redirecionamento dos duetos partidos e submandibulares, excisão das glândulas
sublinguais e das submandibular e ligadura do ducto da parotida, neurectomia transtimpanica
AFECCOES NEOPLÁSICAS
• 1% das neoplasias de cabeça e pescoço
• Localização: 80% parótida, 10-15% submandibular, restante nas sublinguais e glândulas menores
• Fatores de risco:
- Irradiação
- Herpes vírus 8
- Po de sílica
• Epiteliais (75%)
3. Oncocitomas
7. Linfadenoma sebáceo
• Nao epitelial
1. Hemangioma: massa amolecida; passa por fase de crescimento; involui com tempo
• Malignas - Epiteliais
• Baixo grau
• Grau intermediário
3. Carcinoma epimioepitelial
6. Cistoadenocarcinoma
7. Carcinoma sebáceo
8. Adenocarcinoma mucinoso
• Alto grau
4. Carcinosarcoma
7. Carcinoma indiferenciado
8. Carcinoma oncocitico
9. Carcinoma adenoescamoso
• Diagnóstico:
Benignos
1. Adenoma Pleomórfico
• Crescimento lento
• Maioria das vezes massa unica, nodular, consistência firme, levemente compressivel
• Tendencia a recidiva
2. Tumor de Warthin
• Homens / fumantes
• 50-60 anos
• Crescimento lento
• 2% dos TGS
• Nodulo unico, bem definido, mas pode ser multifocal, acinzentado por dentro
4. Adenoma Canalicular
• 1% dos TGS
• Tendem a multifocalidade
5. Oncocitoma (Raro)
6. Cistoadenoma
• Raro
• Parotida
• Mulheres
• circunscrito, pequeno
Malignos
• Mulheres, jovens/idosas
• Crescimento lento
• Assintomatico
3. Carcinoma Mucoepidermóide
• Mais mulheres
• Massa firme, discretamente avermelhada, com capsula parcial, contendo cistos em seu interior
• Neoplasia maligna mais comum na glândula submandibulares e menores (celulas ductais ou mioepiteliais)
• Tumores com Menor expressão de E-caderina —> tumor maior e produz metástases com mais facilidade
• Prognostico ruim
• Tratamento
EPISTAXE
Fonte: tratado + otomaster + FORL + up Hugo Melo
ANATOMIA
• Vacularizacao nasal 2 origens: carótida interna e carótida externa
• Arteria Carotida Externa
• Arteria maxilar
- Apresenta 3 segmentos:
1. Mandibular: emite ramos que irriga membrana do timpano, pavilhão auricular, ATM, mndibula,
sistema dentário e duramater
3. Pterigopalatino: emite ramos para cavidade e septo nasal, região infraorbital, palato
• Arteria esfenopalatina
- Visualizado endoscopicamente via endonasal posterior a crista etmoidal (saliência óssea formada
do encontro da lâmina perpendicular do osso palatino com o terço posterior, inferior e lateral da
concha média)
- Ramos:
- Ramo septal (Medial): artéria nasosseptal. Anastomoses com etmoidais e com a labial superior
maior (Area de Woodruff)
- Ramo nasal Lateral: artéria nasal lateral posterior. Irriga conchas medias, superiores, e inferiores,
meato medio e superior
- Emite cerca de 10 ramos. 2 importantes para vascularização nasal: artéria etmoidal anterior e
posterior
- Forma o Spoint
- Identificação: superfície anterior da bula etmoidal em direção ao teto do etmoide (atrás da bula)
• Drenagem
• Etiologia
• Fatores locais
- Trauma: digital, passagens de sondas
- IVAS
- Corpo estranho
- Spray nasal
- Alteração anatômica (MAV, desvio septal, perfuração septal)
- Cirurgia
- Tumores: Nasoangiofibroma Juvenil (jovem, masculino, epistaxe unilateral recorrente), estesioneuroblastoma,
leiomiossarcoma, carcinoma adenoide cístico, papiploma invertido
• Fatores sistêmicos
- Alteração vascular (aterosclerose): mucosas atróficas + ressecamento + altas pressões
- Coagulopatia: Hemofilia, Doença de VonWillebrand, leucemias
- HAS (61% dos casos de epistaxe severa)
- Drogas: tiazidicos, furosemida, heparina, digitalicos, AAS, betalactamicos, penicilina, aminoglicosideo
- Infeções
- Desnutrição
- Álcool: etilistas crônicos queda de Vit C e Vit K
- Alergia
• Doença de Rendu-osler-Weber (Telangiectasia Hemorrágica Hereditária)
- Autossômica dominante
- Diminuição da capacidade de contração dos vasos, formação de fistulas arteriovenosas
- Genes relacionados dos receptores endolglin (Cromossomo 9) e ALK1(cromossomo 21)
- Triade: telangiectasias (aranhas vasculares em nariz, boca, lábio, ponta dos dedos) mucocutaneas + epistaxes
recidivantes + historia familiar
- Tratamento
1. Hidratação nasal
2. Ácido tranexanico, tamoxifeno
3. Cauterização por laser
4. Dermoseptoplastia
5. Oclusão narinária (cirurgia de Young)
• Classificação
• Anteriores
- Plexo de Kiesselbach: ramo septal da artéria labial superior, artéria palatina maior, ramos terminais da artéria
esfenopalatina e ramos da artéria etmoidal anterior
- 90% dos casos
- Autolimitadas com resolução espontânea
• Superiores
- S-point
- Principal local de epistaxe idiopatica
- Região septal superior
- Ao nível da axila da concha media no septo nasal
- Ramos da artéria etmoidal anterior
- Grande volume, intermitente, anterior e posterior
• Posteriores
- Parede posterolateral do nariz, abaixo da concha media
- Plexo de Woodrufff
- Sangramentos volumosos, maior risco
- Mais comum após 40 anos (arteriosclerose + HAS)
• Abordagem
• Apos episódio autolimitada
1. Tratar etiologias se definidas (HAS, discrasias)
2. Lavagem nasal
3. Nebacetim (propriedade antibiótica + cicatricial)
• Epistaxe ativa
1. ACLS + avaliação Hemodinamica
2. Pressionar as narinas + flexionar a cabeça anteriormente
3. Compressas com gelo sobre o nariz
4. Solicitar: hemograma + tipagem sangüínea (em sangramentos intensos e prolongados)
- Coagulograma: se uso de anticoagulantes ou comorbidades associadas a alterações de coagulação
5. Paramentacao
6. Instrumental adequado
7. Anestesia topica + vasconstritor tópico
8. Acido tranexanico Ev: inibe a dissolução dos coágulos pelo bloqueio na formação da plasmina;
antifibrinolitico
• Abordam Especifica
• Cauterizacao química
- Indicação: local sangrante especifico, pequena monta
- Acido tricloroacetico ou nitrato de prata
- Primeiramente ao redor do sitio e secundariamente o centro
- Não cauterizar bilateralmente
- complicacoes: ressangramentos, ulceração septal e perfuração septal
• Cauterizacao elétrica
- Indicação: sangramento pontual persistente ou recorrência de sangramento após cauterização química ou
epistaxes posteriores
- Utilização de eletrocauterio
- Pos procedimento: gase com ATB tópico + ATB sistêmico
• Tamponamento
• Anterior
- Indicacoes: sangramento difuso ou nao localização ou falha na cauterização
- Opções: gase vaselinada, dedo de luva, esponja nao absorvível (Merogel), esponja absorvível (Gelfoam),
Tampao absorvível (Merogel)
- Permanencia mínima de 2 dias (48 horas)
- ATB (Ceftriaxona)
- Complicacoes: reflexo vagal, lesão de mucosa, sinequias, epifora, sinusite, sindrome do choque toxico (febre
subita, vomitos, hipotensao, choque, mialgia, rash cutâneo)
• Ântero-Posterior
- Indicação: sangramentos refratários ao anterior ou sangramentos de maior intensidade de local posterior
definido
- Opcao: sonda de Foley (48h)
- Internação + Sedativos + ATB
• Embolizacao
- Indicacoes: insucesso com tamponamento ou contraindicação a procedimentos cirúrgicos e tamponamento
- Menor complicacoes, mas quando presentes são mais graves
- Angiografia
- Vantagens: obliteração de vasos distais, angiografia define o sitio, anestesia local, menor tempo de internação
- Complicações: dor facial, paralisia facial, trismo, AVC, amaurose
• Cirurgia
- Indicação: epistaxes graves, profusas e difusas de difícil localização ou recusa de tampão ou falha no
tamponamento
• Ligadura da A. Esfenopalatina
- Técnica mais empregada (92% de sucesso)
- Ramos mais distais, mais próximos ao sangramento
- Anestesia geral
- Incisão ao longo da borda óssea posterior da fontanela posterior do meato medio, eleva-se o mucoperiosteo
ate encontrar o ramo, posterior a Crista etmoidal, e posterior cauerizacao ou ligadura com clipe vascular
• Ligadura da A. Etmoidal anterior
- Indicação: origem superolateral ou suspeita de lesão nos seios etmoidais, ou refratário a ligadura da
esfenopalatina
- Técnica externa via incisão de Lynch
- Lesao de artéria etmoidal anterior —> hematoma intraorbitaria —> isquemia nervo óptico —> amaurose
permanente: Conduta —> Cantotomia lateral imediata
• Ligadura da A. Maxilar
- Indicação: epistaxe posterior, recorrente refrataria a medidas conservadoras
- Via transmaxilar ou transoral
• Ligadura da A. Carotida externa
- Desvantagem: longe do ponto sangrante (maior índice de falhas)
- Tecnica: incisão da borda anterior do ECDM; expor V. Jugular interna, alca do nervo Hipoglosso, artéria
carotida comum; osso hioide aponta para carótida externa; ligadura mais próxima da faringea ascendente
FARINGOAMIGDALITES
HUGO MELO
• Suprimendo sangüíneo:
- A. Do canal pterigoide
- Ramo faringe da AM
• Inervacao: ramos IX e X
• Fossa tonsilar
• Irrigação:
• Drenagem: veias tonsilares -> veia palatina externa (principal causa sangramento
pós operatório), faríngea e facial
• Tonsilas linguais
Grau I: ocupam até 25% da
orofaringe
• Tonsilas tubárias
• Granulacoes parafaringeas
ADENOIDITES
• Adenoidite cronica: rinorreia constante, secreção em orofaringe, halitose, obstrução nasal crônica
AMIGDALITES
• Amigdalite aguda: febre, dor, disfagia, adenomegalia, hiperemia com ou sem exsudato
Formas clinicas:
- Eritematosas
- Pseudomembranosas
- Ulcero necróticas
- Vesiculosas
FARINGOTONSILITES VIRAIS
- 75% dos casos em criancas (menores de 3 anos quase 100%)
- Auto-limitado
- Agentes: adenovirus (20%), rinovirus, coronavirus, Herpes Simples, influenza, Coxsakie A, EBV, vírus sincicial
respiratório
- QC: febre baixa, exsudato em faringe e tonsilas, mialgia, coriza e obstrução nasal
- Tratamento de suporte
Mononucleose Infecciosa
• Agente: Vírus epstein-Barr (EBV); da família Herpesviridae
• Doença sistemica
- Outros: Hepatomegalia (30-50%), esplenomegalia (50%) e rash cutâneo apos uso de penicilina
(farmacodermia)
• Diagnostico:
- Exames laboratoriais:
• Diagnostico diferencial: Síndrome mono-like: CMV, HIV, T. cruzi, T. Condi, Rubeola, vírus da hepatite
• Tratamento:
FARINGOTONSILITES BACTERIANAS
- 20-40% dos casos
- Papel de outras bactérias: Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis ->
betalactamase —> recaidas de infecções streptococicas
- QC: dor de garganta, disfagia, febre alta, dor abdominal, cefaleia, gânglios submandibulares
Faringotonsilite Estreptococica
• Streptococcus pyogenes do grupo A (Beta-hemolitico do grupo A)
• Produzem estreptolisina O e a S —> lisam eritrocitos e danificam outras celulas (ex. miocardio)
• Quadro clinico: inicio abrupto, febre alta, dor intensa, adenopatia em cadeia jugulodigastrica, petequias em
palato
• Diagnostico: clinico!
- Confirmação laboratorial
- Exames sorológicos (ASLO): pouca utilidade (aumento após uma semana com pico em 2-3 semanas)
• Complicações
1. Escarlatina
- Língua em framboesa
2. Febre reumática
3. PANDAS
- Autoimune
4. GNDA pós-estreptococica
- Coagulopatia; SARA
• Complicações supurativas
1. Abscesso periamigdaliano
- Piora da odinofagia, disfagia, halitose, sialorêeia, mudança da voz, trismo, edema periamigdaliano e
deslocamento da úvula
2. Abscesso parafaringeo
3. Infecções do ERF
- Penicilina G benzatina, dose unica; 600.000 (peso <20kg), 1.200.000 (peso >20kg)
- Complicações supurativas: terapêutica clinica, observação 24-48h: cirurgia para drenagem do espaço
comprometido
Difteria
• Agente: Corynecterium diphtheriae (bacilo gram+ anaeróbio)
• Quadro clinico: queda do estado geral, dor de garganta discreta, febre, linfonodomegalia
• Diagnostico: cultura
• Tratamento:
- Isolamento respiratório
• 4 sintomas:
- Febre alta periódica (a cada 3-8 semanas, duracao 3-6 dias) + Estomatites + Faringite + Adenite cervical
• Tratamento: Suporte!
- Profilaxia: Colchicina
- Avaliar amigdalectomia
ULCERO-NECRÓTICAS
- Disfagia, odinofagia
• Tratamento
• Quadro clinico: Ulceração tonsilar, pouco dolorosa, unilateral de contornos elevados e endurecidos
• Diagnostico:
Câncer de amígdala
• Lesão ulcerada ou ulceronecr´tica unilateral
• Diagnostico: biopsia!
VESICULOSAS
Faringite Herpética
• HSV-1 é o mais associado
• Quadro:
- Linfadenopatia cervical
• Diagnóstico: clinico!
- Cultura viral
- ELISA
• Tratamento
Enteroviroses
• Amplo espectro de manifestações clinicas (exantemas, meningite, doença paralítica flácida, infecções respiratórias,
faringite linfonodular, pericardite, miocardite)
• Pode haver sobreposição de vírus na mesma síndrome
• Agentes: Coxsackievirus (A4, A5, A8, A10, A16, B3, B7) e Enterovirus 71
- Família Picornaviridae
- Mais comuns: CVA16 e EV71
- EV71: neurotropismo; mais associado a complicações neurológicas e morte
• Transmissão: oral-fecal, fluido vesicular, gotículas respiratórias, objetos contaminados
• Mais comum Crianças menores 5 anos
• Autolimitada
Herpangina
• Associada a varios tipos de Virus Coxsackie e Echo
• Aparecimento súbito de febre alta, anorexia, disfagia e odinofagia
• Vesiculas ou pápulas em uvula, palato mole, pilares anteriores, Branco-acinzentadas, muliplas, pequenas
(3-5mm) envoltas por halo hiperemiado —> ulceras em 2-3 dias
Doença Mao-Pe-Boca
• Altamente contagiosa, leve e autolimitada
• Tratamento
FARINGOTONSILITES CRONICAS
• Criptas ou sulcos profundos que favorecem a deposição de caseum, constituído de restos alimentares, cristais
de colesterina, descamacao epitelial e leucócitos degenerados
• Sintomatologia: irritação na garganta ou halitose e saída de material branco de odor feito das criptas
• Tratamento:
- amigdalectomia
ADENOAMIGDALECTOMIA
• Repercurssoes imunológicas
- Melhora dos sintomas em 88% das criancas asmáticas e em 18% das criancas com alergia nasal
Indicações
• Adenotonsilectomias
- Absoluta: obstrução por hiperplasia ( sintoma de desconforto respiratório, disturbios da deglutição, distúrbios
da fonação, retardo do crescimento, alterações do desenvolvimento craniofacial)
- Relativas:
- Tonsilites de repetição
- Abscesso peritonsilar
- Doenças imunomediadas pelo S. pyogenes ( FR, GNDA, Nefropatia Berger, pustulose palmoplantar)
- Má oclusão dental
• Amigdalectomia
- Malignidade
• Adenoidectomia
- Sinusite cronica/recorrente
- Neoplasia
Contraindicacoes
• Fenda palatina
• Disturbios de coagulção
• Impetigo peri-orificial
Técnicas
• Anestesia geral: tubo endotraqueal apropriado + balonete
• Medicações
- ATB profilatico
• Posição de rose/semi-rose
• Tonsila Faríngea
- Histopatológico
• Tonsila Palatina
- Incisão de acesso na loja: bordo marginal mediano do pilar tonsilar anterior, em toda sua extensao, com bisturi
- Irrigação salina
- Total ou parcial
- Utiliza-se: microdebridador, bisturi bipolar de alta radiofrequencia (Coblation) e o bisturi de alta radiofrequencia
pulsada
Pós-Operatório
• Extubação com paciente completamente acordado
- Vomitos ou hemorragia
- <3 anos
- Presença de comorbidades
Complicações
• Dor: mais prevalente (crianças toleram melhora) 5-10 dias
- Anasalamento e normal nos primeiros dias: avaliar I. velofaríngea, se persistir --> fonoterapia apos 2 meses
• Hemorragias
- Sangramento a. vomeriana
Fenda Palatina
• Em geral contra-indica A+A
- Uvula bífida
• Exame endoscopico: perda da convexidade linha media face superior palato mole devido a ausência m. Da úvula
(asa de gaivota)
Complicações pós-operatórias
• Complicações maiores: Hemorragias, Insuficiência respiratória
• Complicações raras: Insuficiência velofaringea persistente, Estenose nasofaringeas, Lesão da tuba auditiva,
Infecções cervicais
• Principais causas:
- Síndromes genéticas
- Distúrbios neuromusculares
• Desenvolvimento da face
- Fatores locais: denticao, habitos inadequados (chupeta, sucção de dedo), alteraçoes musculares e respiração
• Obstrução nasal: posição mais baixa da lingua e da mandibula e elevação da posição da cabeça --> alterações
craniofaciais
• Passagem do ar promove reabsorção ossea na parte interna das cavidades nasais e a deposição ossea na parte
externa, no palato (ocupando posição mais inferior) e nas paredes do seio maxilar (alargamento do arco maxilar)
• Caracteristicas faciais:
- Maxila atrésica
- Narinas estreitas
- Roncos
- Prurido nasal
- Sialorreia noturna
- Enurese noturna: aumento da pressao intra-abdominal causada pelo esforço respiratório contra a obstrução da
via aérea que é transmitido para bexiga
- Sono agitado
- Obstrução nasal
- Irritabilidade durante o dia, agressividade, isolamento social, disturbios de atencao (nao e comum sonolencia
diurna)
• Deficit no crescimento
• Cardiovasculares
• Exames complementares:
• Video nasolaringoscopia
• Teste alérgico
• Polissonografia
• Avaliação ortodônticas
• Avaliação fonoaudiologia
ANATOMOFISIOLOGIA DA AUDIÇÃO
HUGO MELO
ORELHA MÉDIA
• Fenda pneumatizada
• Originada da 1-2 fenda branquiais
• Limites:
- Anterior: óstio da tuba auditivo
- Posterior: ádito/antro
- Superior: teto da cavidade média
- Lateral: superfície interna da MT
- Medial: parede óssea da capsula ótica
• Dividida em:
• Epitimpano: cabeça do martelo, articulação incudomalear, corpo e ramo curto da bigorna, aditus ad antrum.
- Epitimpano anterior: espaço de Prussak (local onde iniciam colesteatomas adquiridos primários - localizado
entre colo do martelo, ligamento maleolar lateral e Pars Flacida da MT)
• Mesotimpano: corresponde a pars tensa, tuba auditiva e músculo tensor do tímpano
• Hipotimpano: limite com carótida interna e veia jugular
• OBS: Recessos importantes - recesso facial (localizado entre o nervo corda do tímpano e o nervo facial) e o
seio timpânico (recesso entre a iminência piramidal e a janela oval)
• Componentes: Membrana Timpanica, Ossículos, músculos tensor do tímpano e estapédio, tuba auditiva
1. Membrana Timpanica
• 3 camadas:
- camada externa: continuidade da pele do conduto, sendo uma fina camada de epitélio escamoso;
- camada média de tecido elástico (colágeno);
- camada interna, composta por epitélio cilíndrico ciliado estratificado
• 2 regiões: dividida pelas pregas maleares anterior e posterior
- flácida (membrana de Shrapnell - porção superior, sem camada media, mais suscetível a retracoes)
- tensa
• Costuma-se dividir a MT em quadrantes:
I) anterossuperior
II) anteroinferior
Ill) posteroinferior
IV) posterossuperior.
CÓCLEA
• Processo de transdução mecanoelétrica
• Estribo —> Platina —> Janela oval —> onda hidromecânica na Rampa vestibular (Perilinfa) —> helicotrema —>
Rampa timpânica —> Deflexao da membrana basilar com deflexão de estereocilios —> janela redonda
• Pressão —> vibração da membrana basilar —> órgão de Corti —> deflexão de Estereocilios
• Membrana tectorica: recobre o órgão de Corti,em íntimo contato com os esteriocilios das CCE, é responsável pela
flexão e deflexão dessas estruturas. Nao fazem contato com os estereocilios das CCI.
• Fisiologia coclear
• Transdução mecanoeletrica CCI
• Transducao eletromecanica CCE
• Transducao eletroquimica CCI
• Transdução mecanoeletricas
- Organela mecanossensível: feixe de estereocilios, organizados em alturas decrescentes e preenchidos por
filamentos de actina.
- A deflexão do feixe de estereocilios, desencadeada pelo movimento da endolinfa, leva à abertura de canais
iônicos de transdução.
- Existem conexões entre cada estereocflio lateralmente e a tip-link (constituido por cadeira 23 e protocaderina
15), que une a extremidade.
- O canal de transdução esta localizado próximo ao tip-línk (conexão de ponta).
- Quando o feixe estereociliar é defletido sobre o esterocilio mais alto, cada estereocfiio desliza sobre o
estereocfiio vizinho, fazendo com que o tip-link aumente a tensão, e essa tração abre mecanicamente o canal
de transdução. A abertura do canal induz um influxo maciço de cargas positivas na forma de cálcio e,
principalmente, potássio, abundantemente presente na endolinfa, e a célula despolariza. É, nesse momento,
que ocorre a conversão da energia mecânica do som em energia elétrica (transdução mecanoelétrica).
- A deflexao dos estereocilios na direção oposta, em direção ao estereocilio mais curto, leva ao relaxamento do
Tip-link, diminui a chance de abertura do canal e a célula hiperpolariza.
• Emissões Otoacústicas
- Tudo o que se move, e não está no vácuo, produz sons. Esse fenômeno, atualmente referido como emissões
otoacústicas
- Lesão em CCE promove deteriorização da amplificação coclear e reduzem ou eliminam as EOA, o que difere
de cóclea ativa e passiva
- Exposição a ruído e ototóxicos, como furosemida e aminoglicosídeos, são alguns exemplos de agentes que
alteram as emissões otoacústicas.
• Potenciais Cocleares
• Duas classes de potenciais:
1. Potenciais de Repouso: independentes do estímulo.
- Existem dois potenciais de repouso de maior importância.
- Potencial endococlear ou endolinfático: medido no interior da rampa média, sendo positivo
(+80mV) em relação à perilinfa das rampas do tímpano e do vestfbulo. Gerado pela estria vascular
que esta presente somente nas paredes laterais do ducto coclear
- Potencial intracelular: é o potencial negativo existente no interior das células do órgão espiral. O
potencial das células ciliadas externas é, em média, -70mV.
- Gera uma diferença de potencial de 150mV, que representa a maior diferença de potencial
encontrada em qualquer sistema biológico.
2. Potenciais Dependentes do Estímulo Acústico: ocorrem após um estímulo acústico, ou dependentes do
estímulo: As respostas elétricas desencadeadas pelo estímulo acústico são geradas pelas células ciliadas
do órgão espiral.
- Microfonismo coclear: influxo de K nas CCE, proporcional ao deslocamento da MB; simultâneo ao
som; não tem latência
- Potencial de acao: resultado do disparo sincronico das fibras do nervo auditivo; CCI
- Potencial de somacao: CCI e CCE; aparece com sons de alta freqüência
NERVO VESTIBULOCOCLEAR (VIII)
• Corpo celular está no gânglio espiral, que recebe dendritos da lâmina espiral e manda axônio para o núcleo
coclear
• Inervacao aferente
- Compostas por:
1. Neurônios tipo I: inervacao CCI, são células grandes, mielinizadas e bipolaridade, provável
neurotransmissor e o glutamato.
2. Neurônios tipo II: inervacao CCE, são células pequenas, axônio não mielinizados.
SNC
• Composto de:
1. Núcleos cocleares dorsal e ventral
2. Complexo olivar superior
3. Núcleos do lemnisco lateral
4. Colículo inferior
5. Corpo geniculado medial - Talamo
6. Córtex auditivo (Giro de Heschl)
1. NÚCLEOS COCLEARES
- Constituem as primeiras estruturas auditivas centrais da via ascendente.
- Localizados na face dorsolateral do tronco cerebral, próximo ao ângulo ponto-cerebelar. Recebem
aferências do n. auditivo, aferências centrais auditivas e não auditivas.
- As fibras do nervo auditivo se dividem rapidamente ao entrar no tronco cerebral em dois ramos,
caracterizando a tonotopia do núcleo coclear:
1. anterior ou ascendente: projeção para o núcleo coclear ântero-ventral.
2. posterior ou descendente: projetam-se no núcleo coclear póstero-ventral e no núcleo dorsal.
3. LEMNISCO LATERAL
- situado na ponte
- Três núcleos: dorsal, ventral e intermédio
4. COLÍCULO INFERIOR
- porção dorsal do mesencéfalo
- Centro de integração das mensagens auditivas (sem ele a percepção do som seria impossível)
- Resolução de frequência e localização
- Divisão: núcleos central, dorso-medial, lateral e dorsal
6. CÓRTEX AUDITIVO
- O córtex auditivo primário se localiza dentro da cisterna de Sylvius do lobo temporal (áreas 41 e 42 de
Brodman). Além da área primária (AI) há a área secundária (AII), área terciária (AIII), zona ectosilviana
posterior, franja suprasilviana e ínsula.
- especialização hemisférica do córtex auditivo central, característica muito discutível e que estaria
fortemente influenciada pelo aprendizado.
1. Lobo temporal direito: análise auditiva da mensagem sonora (discriminação de intensidade, duração
e timbre do som).
2. Lobo temporal esquerdo: tratamento fonético da mensagem sonora e compreensão verbal ou
semântica.
3. Lobo parietal e/ou opérculo temporal direito: compreensão da entonação emocional da mensagem
sonora.
FISIOLOGIA DO EQUILIBRIO
Hugo Melo
• Equilíbrio:
- Processamento central:
• Porçao óssea: externamente, como uma capsula óssea com a função de proteger o membranáceo.
• Porção membranácea:seu interior circula endolinfa (semelhante ao liquido intracelular - rico em potássio e pobre e,
sódio), que movimento as células ciliadas
• Entre as duas estruturas —> perilinfa (semelhante ao liquor - líquido extracelular, rico e, sódio). Função de
amortecer as vibrações ósseas.
• Canais Verticais:
• Ampola:
• Otólitos: cristais de carbonato de cálcio, que diante da movimentação da cabeça em qualquer direção promove o
deslocamento dos cílios
Movimento lineares:
- Macula --> Ragata (se encontra em plano vertical -parasagital , na parede medial)
• Ducto endolinfatico:
- atravessa o aqueduto vestibular (estreito canal ósseo) e se dilata formando o saco endolinfatico (dilatação fundo
cego recoberta por dura Mater
• Cristas ampulares e máculas otoliticas: cúpula gelatinosa onde encontram às células ciliadas
• Células ciliadas:
• Transdução sensorial
• Cada célula apresenta varios estereocilios e um cinocilio, que estão envolto pela cúpula (massa gelatinosa).
• Esterocilio em direção ao cinocilio: redução do potencial de repouso —> despolarização —> excitação
(glutamato)
• Cinocilio em direção ao esterocilio: aumento do potencial de repouso —> hiperpolarizacao —> inibição
(GABA)
• Canais horizontais:
- Transdução
- Ampulípeta (do canal para ampola)—> despolarização —> excitação (mais intensa)
- Ampulífuga (da ampola para o canal) —> hiperpolarizacao --> inibição (menos intensa)
• Canais verticais:
- Transdução
Irrigação
• Arteria Basilar —> Artéria cerebelar anteroinferior (AICA- Arteria Labirintica)—> Arteria auditiva interna:
• Neuronios
Nervo Vestibular
• Nervo vestibular + nervo coclear = nervo vestibulococlear (sensitivo), atravessa o MAI junto com nervo facial e
intermédio
1. Cálice: axônios espessos; terminações na zona central do neuroepitélio; disparam irregularmente e são
sensíveis a estimulação galvânica
2. Dimórficos: axônios espessos ou finos; terminações nas zonas centrais, intermediarias e periféricas do
neuroepitélio. Quando centrais, disparam irregularmente e são sensíveis a estimulações galvanicas,
rotacionais e lineares.
3. Botão: axônios finos; terminações na zona periférica do neuroepitélio. Disparam lentamente e regularmente,
pouco sensíveis a estimulos.
Núcleos Vestibulares
- AF dos CSC
- Predominantemente inibitórios
- Predominantemente excitatorios
- EF cerebelo e FR
- EF cerebelo e FR
- Relações entre nucleos vestibulares com cerebelo, mesencéfalo, tubérculos quadrigeminais, tálamo, córtex
cerebral, nucleos vestibulares contralaterais (através de fibras comissurais), centros medulares e nucleos
oculomotores.
• Vias comissurais (comissura vestibular): unem os núcleos vestibulares homólogos e simétricos bilateralmente
• Vias vestibuloespinhais:
1. Trato vestibuloespinhal lateral: origem no núcleo lateral e inferior, distribuindo-se ipsilateralmente a todos
os níveis medulares, com fibras motoras até região lombossacral.
2. Trato vestibuloespinhal medial: origem no núcleo medial é inferior, com contribuição do lateral. Neurônios
medulares do nível cervical
• Vias vestibuloculares
1. Fasciculo Longitudinal medial: formado por fibras de núcleos vestibulares para núcleos dos nervos
oculomotor, tróclea e abducente
- RVO
Cerebelo
Formação Reticular
RESPOSTAS VESTIBULARES
IV: Troclear
- 3 vias principais
3. Trato reticuloespinhal:
- Medula lombar
SEMIOLOGIA DO EQUILÍBRIO
ANAMNESE
- Vertigem rotatória
• Sintomas vestibulo-visuais
- Visão inclinada (“visual tilt”): sensação de inclinação do ambiente em relação a vertical visual
• Sintomas posturais
- Queda
—> Deve definir: data de inicio, intensidade, duração, frequencia, sintomas desencadeantes, sintomas associados
• Fatores desencadeante (Vertigem induzida/desencadeada)
- Visual/Auditivo
- Valsalva
• Antecedentes pessoais
• Uso de medicações
• Traumatismos recentes
• Exposição a ruído
• Disfunções de ATM
EXAMES FISICO ORL DETALHADO
"Doenças e condições simples podem produzir tontura, zumbido e/ou surdez."
Estático
• Teste de Romberg: ortostática, calcanhares unidos com pontas dos pés 30 graus, cabeça reta, braços estendidos e
olhos fechados
• Se dúvidas, sensibilização:
• Romberg Vestibular: queda ou oscilação importante para direita ou esquerda (lado lesado)
• Braços Estendidos: braços estendidos à frente, paralelos entre si, em seguida fechar os olhos
Dinamico
• Marcha com os olhos abertos e fechados (Teste de Babinski-Weil): caminhar de olhos abertos para frente, 5-6
passos e posteriormente voltar de costas, e depois com olhos fechados
• Lesão vestibular: desvio da marcha para o lado lesado, marcha em estrela (se unilateral)
• Patologia cerebelar (Marcha Ebriosa): a cada passo ocorre um desvio excessivo do corpo; início indeciso da
marcha; retardo da marcha; paradas incertas; passo desigual irregular
• Unterberger ou Prova dos passos de Fukuda: paciente marche no lugar com olho fechado e braços estendidos
• Anormal: Desvio maior que 45 graus para um dos lados ou deslocar-se mais que 1 metro
• Prova de Index-Nariz: braços estendidos ao lado do corpo, olhos fechados, manobras tocando com a ponta do seu
indicador e ponta do nariz
• Prova calcanhar joelho: deitado, colocar calcanhar sobre o joelho oposto e desliza-lo sobre a tibia em linha reta ate
o hálux
• Diadococinesia: movimentos repetidos e alternados em pronaçao e supinação das mãos sobre os joelhos
Nistagmo
• Sucessão de batimentos oculares, dotados de uma componente lenta e rápida, sucessivamente alterada
• Avaliacao: olho nu ou óculos de Frenzel (amplificam a imagem - 20 distrofias, e inibe o efeito inibidor da fixação
ocular)
Nistagmo Espontaneo
Nistagmo semi-espontâneo
- paciente olha 30 graus para a direita, para a esquerda, para cima e para baixo (H)
• Patologias periféricas:
• Patologias centrais:
- Sentido único
- Vertical, obliquo múltiplo
- Horizonto-rotatório
- Mesma intensidade de olhos abertos e olhos
- Fase lenta (lab) e rápida (corresponde a uma fechados
correção central)
- Não inibivel com a fixação ocular
olhar na direção da fase rápida (Lei de - Sintomas vestibulares são menos intensos
Alexander)
- Origens:
Nistagmo de posição
• Nistagmo posicional
• Nistagmo de posicionamento
- Diagnostico de VPPB; porem lesões localizadas SNS, região cervical, vasculares, fistulas perilinfaticas e
deiscência do canal semicircular posterior também podem causar
- Periférico:
- latência
- fatigável (esgota-se)
- acompanhado de vertigem;
- Central: vertical, latência ausente, paroxismo ausente, fatigabilidade ausente, vertigem ausente, não inverte sua
direção
1. Manobra de Dix-Hallpike:
- inicialmente sentado, cabeça rodada 45 graus para o lado a ser avaliado, a seguir paciente assume
rapidamente a posição de decúbito dorsal com hiperextensão cervical e cabeça pendente, mantendo a
posição da cabeça roda 45 graus. Volta a posição sentada e repete do lado oposto.
- Positiva: nistagmo com os olhos abertos acompanhados de vertigem, específico para VPPB.
• Canais posteriores
• Canais superiores
- Indicado para pacientes com limitações musculoesqueleticas em que a hiperextensão cervical e contra-
indicada
- Paciente sentado com cabeça rodada 45 graus para esquerda, a seguir é rapidamente deitado para a posição
de decúbito lateral direito
4. Manobra liberatória de Semont: não é específica de VPPB. Diagnostica e de reposicionamento. Vira a cabeça para
esquerda, e então mova o corpo rapidamente para decúbito lateral direito, mantendo a cabeça virada para
esquerda, em seguida mova para decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça na mesma posição
Manobras provocativas
1. Hiperventilação: respiração profunda por 30-60seg ou sintomas fóbicos e ansiedade; positivo em lesões
desmielinizantes, neuroma do acústico, portadores de esclerose múltipla
2. Manobra de valsalva: positivo em portadores de malformações como Arnold Chiari, malformações de cadeia
ossicular, fistula perilinfático, deiscência do canal superior
3. Sinal de Hennebert: pressão sobre o trágus. Positivo em pacientes com fistula ou deiscência de canal semicircular;
provoca vertigem ou nistagmo
- Olhar fixa em um ponto importante após o outro no campo visual, saltando de um para o outro (sacadas).
Movimento ocular lento (perseguicao) + sacadas no sentido oposto = nistagmo optocinetico
TESTE OF SKEW
• Teste de oclusão alternada de cada um dos olhos
• Normal: inclina a cabeça para um dos lados no plano frontal. Se lado direito, olho direito se eleva, e olho
esquerdo se abaixa; mantendo orbitas alinhadas.
• Lesão central: uma orbita em hipotropia (mais baixa), como se a cabeça estivesse inclinada
Bateria HINTS:
2. Nistagmo espontâneo
3. Teste of Skew
—> Se um dos itens assume padrão central—> indica complementacao da investigação para causa central
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR
EXAMES LABORATORIAIS
• Objetivo de descartar causas metabólicas, hematológicas, hormonais e autoimunes
1. Hemograma
2. Glicemia de jejum
5. VDRL
- Provas de atividade inflamatória: VHS, imunocomplexos circulantes, PCR, complemento total e frações
- Autoanticorpos: FR, FAN, anticardiolipina IgM e IgG, anticoagulante lupico, anti-tireoglobulina e anti-
peroxidase
- AngioRNM
EXAMES AUDIOLÓGICOS
• Avaliar vertigens decorrentes de distúrbios otologicos
2. Impedanciometria
ELETRO-OCULOGRAFIA
• 2 Tipos: eletronistagmografia (utiliza eletrodos) ou videonistagmografia (utiliza video)
• Composição:
- Nistagmo espontâneo
- Nistagmo semiespontaneo
- Oculomotricidade: torção cervical D e E, Decúbito lateral D e E, Rose, Sentado, Provas de privação vertebro
basilar
- Prova rotatoria
- Prova calorica
• Indicação:
- Traçar prognóstico
- Topodiagnostico
- Planejar RV
Eletronistagmografia
• Análise de nistagmos através do registro dos movimentos oculares no princípio de captação da diferença de
potencial entre córnea e a retina durante a movimentação ocular (Potencial Corneo-Retiniano).
Videonistagmografia (VNG)
• Captação de nistagmos através de óculos contendo varias microcâmeras. Os olhos são iluminados por uma luz
próximo ao infra vermelho e projetado em monitores de vídeo.
• Vantagens:
- Se positivo sugere lesão periférica: VPPB, enxaqueca, assimetria de tônus labiríntico, metabólicos
1. Espontaneo
2. Semi-espontâneo
3. De posição
- Latência: diferença de tempo entre o momento em que aparece o estimulo e o inicio do movimento
ocular; 180-250mseg
A. Hipométricas: olhar não atinge o alvo; vermix cerebelar, núcleo fastígios e lesões frontotemporais
- avalia a simetria dos nistagmos (velocidade, amplitude e frequência) e o ganho (0,75 a 1,0)
- Morfologia:
• Prova Calórica
- Resultados:
- IFO-: central
• Avaliação quantitativa
- Predomínio Labirintico:
- Se > 20: lesão em labirinto oposto, síndromes vestibulares perifericas, não progressão do estimulo ate
VIII par e não progressão do estimulo entre núcleos vestibulares e oculomotor
- Preponderância Direcional:
- O tônus vestibular resulta do equilíbrio entre impulsos facilitadores (macula e utrículo) e inibidores
(cerebelo); se lesão periférica (utriculo): nistagmo para o lado oposto da lesão; se lesão central
(cerebelo), nistagmo bate para mesmo lado da lesão;
- VACL (velocidade angular da componente lenta do nistagmo pós-calórico); normal 7-50 graus.
• Avaliação qualitativa
- Ausência do eixo inibidor da fixação ocular: o nistagmo pós calorico tende a ser inibido pela fixação ocular;
se não ocorrer pode indicar lesões de tronco
- Composição
- Resultados
- Curva de movimentos cefálico e ocular e idêntica - ganho RVO entre 0,8 e 1,0
- Curva de movimentos oculares tem velocidade reduzida - sacadas corretivas - ganho RVO < 0,68
- Sacada aberta: sacada corretiva apos o termino do movimento da cabeca: alteração do RVO
- Sacada coberta: sacada corretiva com inicio durante a movimentação cefálica: processo de compensacao
central
- Princípio:
- VEMP CERVICAL: musculatura cervical - ECM: avalia o saculo + nervo vestibular inferior
- estímulo sonoro —> sáculo —> nervo vestibular interior —> núcleo vestibular lateral —> trato
vestibuloespinhal —> neurônios motores ECM IPSI
- VEMP OCULAR: musculatura ocular - obliquo inferior: avalia o utrículo + nervo vestibular superior
PROVAS ROTATÓRIAS
• Rotações da cabeça gera RVO (Baseiam-se no principio da inércia)
• Testa ambos labirintos ao mesmo tempo (diferente da prova calorica)
• Avalia somente CSC lateral (nervo vestibular superior)
• Assimetria: é patológico! (Simetria não necessariamente significa ausência de lesão!)
• Avalia nistagmo:
- Prova rotatória pendular decrescente (PRPD): cabeça pendente 30 graus e colocado um capacete para
registrar os movimentos oculares e entao realizado movimento pendular em sentido horário e antihorario,
progressivamente decrescente ate parada total. Desvantagem: avalia 1 frequência
- Aceleracao Harmônica Sinusoidal: avalia 3 frequências. Avalia ganho, fase e simetria
- Step Rotation Test: cadeira roda a uma velocidade constante apos uma aceleração inicial e depois o
movimento da cadeira é repentinamente interrompido, Analise do periodo peri e pos rotatorio; avaliar a
esgotabilidade do RVO
- Prova Aceleração angular Impulsica (Prova de Barany): cadeira rotatória, cabeça fletida 30 graus; cadeira e
girada em sentido horário por 10 voltas (20seg) sendo parada bruscamente, observa-se nistagmo em
direção contraria ao giro; repetido em lado contralateral.
- Compara-se a duração de cada lado: normal cerca de 22 segundos
POSTUROGRAFIA
• Estuda o equilibrio dinâmico e estatico, com a capacidade de controlar as contribuições relativas das aderências
visuais, proprioceptivas e vestibulares
• Vantagens
• Principal teste: Sensory Organization Test, realizado seis situações (20seg cada, 3
repeticoes)
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
• Principios:
- Acelerar a compensação vestibular: processo complexo central que acontece após a injuria periférica e visa
através da neuroplasticidade a restauração do equilíbrio
• Medicamentos
1. Anticolinérgicos / antihistaminicos
• Acoes:
• EC: boca seca, sedacao, alteração do reflexo de acomodação visual, retenção urinaria aguda, irritação de
pele
• Drogas
• EC: sedacao, prejuízo da memoria, aumento do risco de queda, tolerância e dependencia, ansiedade,
insônia e tremor
• Drogas:
- Diazepan
- Lorazepan
- Agudos: 1mg/SL
• Drogas:
- Literatura discordante
- Melhora desempenho mental, portanto mais efetiva em paciente com insuficiência cerebral associada
• Pentoxifilina
- Acao: diminui a viscosidade sangüínea, aumenta a deformidade eritrocitaria, acao anti-inflamatória (anti-
TNF)
• Beta-histina
- Cuidado: ASMA!
5. Vasodilatadores direto
• Atuam diretamente na musculatura lisa dos vasos, causando relaxamento (discutivel efeito - desvio de fluxo)
• Drogas:
6. Bloqueadores dopaminérgicos
• Drogas:
7. Antidepressivos
• Drogas:
- Fluoxetina, hiperacusia
- Sertralina
- Paroxetina
- Venlafaxina
- Escitalopram
• Pressão 5-20cmH2o
RINOGENICA
• Mais comum
• Pode ser:
1. Traumáticas
- Iatrogenicas:
- Fatores de risco: reoperacao, poliposo nasal, cirurgia do frontal, experiência do cirurgião, Keros
III
- Sintomas:
1. Rinoliquorreia unilateral
2. Hiposmia/anosmia
4. Meningite
- Raras
- Classifica-se em:
- Alta pressão (alta PIC): Tumores, hidrocefalia, síndroma da sela vazia, hipertensão
intracraniana idiopática (HII)
- Baixa pressão (PIC normal): primárias ou idiopáticas; causada por anomalias congênitas,
osteomielite.
3. Pseudofistula
- Lesão em fibras simpáticas —> predominância de fibras parassimpáticas —> rinorreia abundante
- Glicose <20mg/dl
- glicofita: não deve ser preconizado; baixa especificidade e alta sensibilidade (postivo ate mesmo para
lagrimas)
• Dosagem beta-traço-proteina (prostaglandina D sintetase): baixo custo, resultado mais rápido, produzido nas
meninges e plexo coróide
- a 5%, na quantidade de 0,5 a 1ml diluída para 10ml de AD —> solução hipodensa, poucos minutos para
alcançar a cavidade nasal (permite colocação do paciente em posição cirúrgica - sentado ou cabeceira
elevada)
- Diluindo-se a fluoresceina no próprio liquor —> solução hiperdensa, horas para alcançar a cavidade nasal
(obriga colocar paciente em posição de trendelenburg
• Endoscopia nasal
• TC de alta resolução e cortes de 1mm: localização e planejamento Cirurgico , janela óssea, detecta defeito ósseo
• RNM ponderado em T2
Tratamento
- Tamanho pequeno
- Medidas
1. TC seios paranasais
2. Repouso no leito
4. Laxativos e amtitussigenos
7. Derivação lombar: após 7-10 dias do tratamento sem sucesso; 48h aberta e 24 fechada
8. Vacina pneumocócica: FLN ativa, passado de FLN ou com possibilidade de surgimento de FLN
• Cirúrgicas
• Indicacoes
- Espontâneas e tumorais
- Débito elevado
- PAF
1. TC
4. Anestesia geral
• Vias de acesso
• Craniotomia
- Maior morbidade
- Maior mortalidade
- Efetiva
• Endoscopia endonasal
- Menor morbimortalidade
- Efetiva
- Fechamento em camadas, em “selo d’água”: 3Fs —> fáscia + flap (retalho nasoseptal) + fat (gordura)
- Técnicas:
• Pós operatório
OTOGENICA
• Comunicação espaço subaracnoídeo e espaços aéreos do osso temporal
• Pode ser:
1. Traumáticas
2. Não traumáticas
- Tumores
- Osteites, osteomielites
- Espontânea
Diagnóstico
• Dosagem de glicose
• TC de alta resolução
• Cisternografia
• RNM
Tratamento
• Clínico x cirurgico
- Tégmen: mastoidectomia/aticotomia
Fonte: UP + Medrevisao
• Conceitos:
- Linguagem e a expressão e a recepção de ideias e sentimentos (verbal e não verbal - escrita, gestos)
• 2 grupos:
- Desenvolvimento infantil normal: aquilão de linguagem e fala normal ou especifico do sistema de linguagem
• Avaliação foniatrica:
• Anamnese foniatrica: saber o que perguntar; não ha marcadores biológicos específicos; entrevista semi aberta;
vinculo
- Desenvolvimento neuromotor
• Exame fisico:
• > 3 anos
- manipulacao silábica
- Coordenação apendicular
• Hipóteses diagnosticas:
• Atraso ou distúrbio
• Primario ou secundário
• Exames complementares:
• Exames metabolicos:
• Testes genéticos
• Síndrome do X frágil: deficiência intelectual hereditária mais comum, meninos, alteração de comportamento
associados a TDAH e TEA
Transtorno de aprendizagem
• Quadro persiste por pelo menos 6 meses, apesar de intervenções específicos para esta disfunção
• Devem estar presente: oportunidades pedagógicas, função adequada do sistema nervoso central, integridade SNP
• Aprendizado:
- Sensação
- Integração
- Simbolização
- Conceitualizacao
- Lateralidade
- Estrutura corporal
- Estrutura temporoespacial
- Capacidade de percepção
- Reconhecimento
- Memória
- Atenção
1. Transtorno de leitura
• Leitura de palavras de forma imprecisa ou lenta e com esforço (lê palavras de forma lenta e hesitante,
frequentemente adivinha palavras, tem dificuldade de soletra-las)
• Dificuldade para compreender o sentido do que é lido (pode ler o texto com precisão, mas não compreende a
sequência, as relações, as interferências, ou os sentidos mais profundos do que é lido
• Dificuldades para dominar o senso numérico, fatos números ou cálculo (conta com os dedos para adicionar
números de um dígito em vez de lembrar o fato aritmético)
• Dificuldades de reciocinio (por exemplo: tem grave dificuldade em aplicar conceitos, fatos ou operações
matemáticas para solucionar problemas quantitativos)
• Dificuldades para ortografar (ou escrever ortograficamente): por exemplo, pode adicionar, omitir ou substituir
vocais e consoantes)
• Dificuldades com a expressão escrita (comete múltiplos erros de gramática ou pontuação nas frases, emprega
organização inadequada de parágrafos)
- Região perisilviana e plano temporal: área de Wernicke (linguagem receptiva, processo fisiológico)
• Diagnóstico de exclusão
- Excluir: Perda auditiva, alterações neurológicas, alterações psicológicas, falhas no sistema educacional,
deficiência intelectual
INFECCIOSAS
Tuberculose
• Agente etimológico: Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch)
• Transmissao: via respiratória (goticular)
• Fatores de risco: falta de saneamento básico, aglomerações
• Novo aumento da TB: cepas de bacilos resistentes e AIDS
• Quadro clinico:
- Tosse hemoptóica, Dor torácica
- Rouquidao
- Febre e sudorese (noturnas)
- Perda ponderal
- Cavidade oral: TB primaria (menos comum, saliva acao germicida) OU TB secundaria (mais comum)
- Lingua, mucosa jugal, gengiva e palato
- Ulceracoes superficiais irrugulares, DOLOROSA, recoberta por fibrina, únicas ou múltiplas
- Outras: macroglossia, fissuras, nódulos e placas
- Nariz: acometimento raro. Pode haver obstrução nasal, epistaxe, rinorreia, prurido, esternutos, crostas e
cacosmia. Septo > concha inferior
• Diagnostico: aspecto clinico das lesões + sintomas constitucionais
• Raiox de torax, PPD, pesquisa de BK no escarro (BAAR)
• Biopsia: necrose caseosa e celulas gigantes de Langerhans
• Tratamento: 6 meses
- 2M: Rifampsina + H isoniazida + Z Pirazinamida + Etambutol
- 4M: RH
Sifilis
• Agente: Treponema pallidum (espiroqueta)
• Transmissão: sexual, transplacentaria, ou sangüínea
• Incidência aumentou co-infeccao HIV
• Ulcera oral pode ser vista em qualquer estagio da doença
• Primaria:
- Cancro duro ou protossifiloma, 2-3 semanas após contagio
- Boca e a localização extragenital mais comum
- 60% em lábios ou angulo da boca
- Ulcera endurecida, recoberta por crosta (ou pseudomembrana necrótica) + linfonodomegalia
- Remissão em 3-4 semanas
• Secundaria
- 6 sem a 6 meses após
- Oral: Lesões vermelho-escuras que coalescem em placas infiltradas, tornando opalescentes ou serpiginoso
- Cursa com lesões cutâneas vermelha, simétrica em tronco, membros, palmas e sola
• Terciaria
- 3-10 anos após a infecção
- Goma: granuloma destrutivo. Lesao endurecida, modulares, ulceradas.
- Na cavidade oral: linha mediana de palato duro, com uma ulcera, que tem grande poder destrutivo e de
fistulização
- Glossite luética: atrofia intensa da mucosa lingual
• Neurossifilis: pode ocorrer em qualquer estagio
• Congênita: dentes de Hutchinson (incisivos centrais superiores espaçados e com entalhe central), molares em
amora, nossa frontal, rinite persistente bilateral, nariz em dela, maxilares subdesenvolvidos, hepatomegalia,
esplenomegalia, anemia e linfonodomegalia
• Diagnostico: achado do treponema (campo escuro, cancro duro) ou reações sorologias (fase 2-3, VDRL e FTAabs)
• Tratamento: Penicilina G Benzatina, IM
- Primaria: 2.400.000 UI dose única
- Secundaria (<1 ano): 2 doses 2.400.000 UI
- Terciaria ou >1 ano: 3 doses de 2.400.000UI
Hanseniase
• Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen)
• Endemicos: Brasil, Nepal, India, Congo, Tanzania
• Afinidade pele e nervos periféricos
• Transmissão: contato prolongado entre pacientes multibaciliferos não tratados
• Período de incubação: 2 a 5 anos
• Manchas hipocromicas na pele com alteração sensibilidade
• Pode evoluir:
- Tuberculóide (paucibacilifera): pele, nervo, LN
- Virchowiana (multi): mucosa e vísceras
• nariz e a sede inicial das lesões
O
• Estágios:
- Rinite congestiva: rinorreia, obstrução nasal, epistaxe, lesões ulceradas e lepromas nodulares.
- Fase granulomatosa: infiltração de cor rósea pálida na região do septo e conchas nasais. Baciloscopia sempre
positiva
- Fase atrófica: ulceração, infecção secundária, diminuição da irrigação sanguínea do pericondrio, perfuração
septal, alterações da sensibilidade e perturbações do olfato
• Formas/Diagnostico
- Forma indeterminada: clinico. Manchas ou áreas na pele com distúrbio de sensibilidade (lesão neural)
- Tuberculóide: clinica/pesquisa do bacilo na linfa epidérmica (baixa +). Acomete pele, nervos e gânglios.
- Virchowiana: clinica/ pesquisa do bacilo na linfa epidérmica (alta +). Atinge mucosas e vísceras. Lesões de
mucosas nasofaríngeas. Lesões altamente baciliferas
- Intradermorreacao de Mitsuda: prognostico
• Tratamento: Dapsona + Rifampicina
- 6-36 meses forma paucibacilar
- Prolongado: multibacilar (associar Clofazina)
Actinomicose
• Bacilo anaeróbico gram-positivo
• Actinomyces israelli, Actinomyces bovis, A. naeslundi (microbiota natural)
• Infecção endógena, não ha transmissão de pessoa-pessoa
• Fatores de risco: ma higiene bucal, caries, extração dentarias, traumatismos, gengivites, tonsilite cronicas,
irradiações
- Outros: DM, imunossupressão
• Inflamação granulomatose —> abscessos e fistulas
• Normalmente quadro subagudo de evolução lenta
• Formas clinicas:
- Cervicofacial: mais comum 60%; infecção típica após cirurgia oral/ ma higiene
- Mandíbula , face, parotida, lingua, lábios, mucosa oral, dentes, gengva, cavidade nasal, espaço
parafaringeo;
- Comum entre 15-35 anos
- Estágio início por dor e tumefacao nodular, de consistência dura dos tecidos moles
- Evolui para flutuação e supuração com formação de fistulas que elimina secreção purulenta e grãos
(granulos de enxofre - massas compactas inodoras de elementos bacterianos)
- Toracica
- Abdominopélvica
• Diagnostico:
- Punção por agulha fina + cultura em meio de anaeróbios
- Biópsia
• Tratamento:
- Penicilina G 18-24 milhões UI diárias EV, 2-6 sem, continuando com Amoxicilina VO por ais 6-12 meses
Rinoscleroma
• Agente: Klebsiella rhinoscleromatis (bacilo gram negativo)
• Lentamente progressiva, assintomática por varios anos
• Nariz e o mais acometido, evoluindo para laringe, cavidade nasal, oral, traqueia e brônquios
• Fase evolutivas:
- Catarral: rinorreia, crostas e obstrução nasal, dura semanas ou meses
- Granulomatosa: nódulos e lesões infiltrativas; no nariz causa alargamento da pirâmide nasal e destruição do
septo
- Cicatricial: estenose do vestíbulo do nariz e laringe
• Diagnóstico biópsia!
• Histopatologico: grandes macrófago com citoplasma claro, vacuolado, é abundante (células de Mikulicz)
• Tratamento: Ciprofloxacino 250-500mg, 2x/dia 7-14 dias
Histoplasmose
• Agente: Hitoplasma capsulatum (fungo dimorfico - nitrogenio)
• Transmissao: inalação de esporos do fungo
• Exploração de cavernas (fezes de morcego e aves)
• Tornou-se mais frequente com surgimento da AIDS (comum em pacientes imunossuprimidos)
• Formas clinicas:
• Subclinica ou assintomatica: forma primaria; pode haver quadro respiratório autolimitado
• Doença pulmonar cronica: indivíduos que ja apresentavam comprometimento pulmonar
• Disseminada: indivíduos mais velhos e imunodeprimidas
• Lesao oral e nasal é rara; ocorre geralmente em idosos e imunossuprimidos
- Lesoes ulceradas, com bordas elevadas e dolorosas
- Maior freqüência em gengiva, palato e língua
• Manifestações sistêmicas: acometimento pulmonar, cutâneo, emagrecimento e hepatoesplenomegalia
• Diagnostico: histopatologico; cultura pode ajudar no diagnostico
- Detecção de antígenos na urina e no sangue
- Sorologia: falso negativo em imunossuprimidos
• Tratamento:
- Casos leves: Itraconazol, 100mg/dia, por 6 meses
- Casos graves: Anfotericina B, 50mg/dia
Paracoccidioidomicose
• Agente etimológico: fungo Paracoccidioides braziliensis
• Doença fúngica mais frequente
• Transmissao: via inalatória, fungo proveniente do solo (forma de micelio)
• Zona rural Brasil (SP/MG/RJ)
• Sexo masculino, 30-50 anos, habitantes de zona rural
• Formas clinicas:
- Aguda/Sugaguda: crianças, adolescentes, adultos jovens; pulmões e raro; mais comum baco, figado, medula
óssea e linfonodos.
- Cronica (90%): adultos >30 anos; instralacao > 6 meses; pulmões, mucosa VAS, pele
- Sequelar: cicatriz fibrótica (pulmoes, laringe, adrenais, pele)
• Lesoes orais: princ. Na forma cronica; 50 % dos casos
- Estomatite moriforme: ulceras rasas com fundo granulomatoso + hiperplasia granular fina + pontilhado
hemorrágico em amora
- Dolorosas e múltiplas
- Labios, gengiva, mucosa jugal, palato, lingua, assoalho
• Diagnostico:
- Raio x de tórax: asa de borboleta
- Identificação do fungo em raspados/biopsias e cultura; Técnica de Grocott ou coloração hematoxifilina-eosina
- Aspecto em Roda de leme
- Provas sorologias: diagnostico e seguimento
• Tratamento
- Itraconazol 200mg/dia 6-9 meses
- Sulfa+Trimetropim 800-1200 mg/160-240mg, 2x/dia por 12 meses formas leves, e 18-24 meses formas
moderadas
- Anfotericina B
Rinosporidiose
• Agente: fungo Rhinosporidium seeberi
• Acomete mucosas, principalmente nasal, mas pode acometer olhos, laringe, vagina, penis e pele)
• Masculino 20-30 anos
• Transmissão: trauma em mucosa com posterior infecção
• Sintomas nasais:
- Inflamação crônica do tipo polipóide
- Obstrução lenta e progressiva, Rinorreia sem odor fétido com esporos
- Massa vegetante única ou múltipla, séssil ou pediculada, avermelhada, friável e sangrante
• Diagnostico: biópsia + histopalogico + cultura
• Tratamento: remoção cirúrgica com margem de segurança (Não há tratamento clínico)
Leishimaniose
• Leishmaniose tegumentar americana
• 95% forma cutânea / 4% forma mucosa/mucocutanea
• Agente: protozoário Leishmania braziliensis, L. amazonensis, L. Guyanensis
• Transmissao: picada de inseto (Flebotomos - gente Lutzomyia) - mosquito palha ou Birigui
IDIOPÁTICAS
• 30-50 anos
• Negras
• Historia família
• Pulmao (94%); ganglios linfaticos (37%); pele figado e olhos (21%); ossos, musculos, glandulas exocrinas, coracao,
SNC, rins (10%); tonsilas palatinas (2,4%); nariz e mucosa oral (2,1%) e laringe (1,5%)
• Cutânea: lupus pernio (placas e nódulos vermelho-arroxeadas ou violáceas; nariz, bochecha, orelhas e labio)
• Mucosas: sao raras; cavidades nasais e paranasais; coriza, obstrução nasal, crostas
- Nódulos sobre o septo ou cornetos inferiores, branco ou opaco, discretas linhas hiperêmicas
- Infiltração difusa, com mucosa espessada, pálida, infiltrada e endurecida ao toque; com consequente estenose
de cavidades; pode ser observado perfuração septal ou pólipos
• Raio x de torax
• Teste de Kevin Siltzbach: granuloma epitelioide na Bx cutânea após 6 sem de injeção intradérmica do antígeno
• Biopsia: granuloma sem necrose caseosa; celulas gigantes (corpusculos de Schaumann, corpos asteroides de
Wolbach)
Doença de Crohn
• Doença inflamatória intestinal —> ativação de celulas T
• Nasal é raro! Mas pode ocorrer: obstrução nasal crônica, crostas, pólipos, RSC, perfuração septal, nariz em sela
• Lesão intra oral (8-9%): úlceras aftoides, inflamação difusão em lábio e gengiva, quielite angular
AUTOIMUNES
Granulomatose de Wegener
• Poliangeite sistêmica idiotia
• Acomete trato respiratório superior, inferior, rins --> reação inflamatória com necrose, formação de granuloma e
vasculite
• 20-40 anos
• Nasal: obstrução nasal crônica com rinorréia clara, ulceração e edema de mucosa nasal, parosmia, epistaxe,
perfuração septal, ulceração
• Sintomas nasais: dor nasal (condrite), hiperemia de mucosas (vasculite), que pode evoluir para
granulomas e perfuração septal
• Anticorpo antinuclear (ANA), Anti-DNA de dupla hélice, Anti-Sm, anticorpo antifosfolipídeo, FAN
+
Sindrome de Churg-Strauss
• Angeite granulomatosa e alérgica
• Granuloma eosinofilico
• Neuropatia periférica
• Tratamento: corticosteroide
Policondrite Recorrente
• Autoimune: Linfocitos T / HLA-DR4
• 20-60 anos
• Tratamento: corticosteroides
Granulomas de colesterol
• Resultados de hemorragia por trauma
• Diagnostico: histopatológico
• Perfuração septal, destruição das paredes mediais dos seios maxilares, destruição parcial de conchas
HALITOSE
Hugo Melo
Fonte: tratado + otomaster + up
• Situação onde são liberados odores desagradáveis pela boca ou outras cavidades aéreas levando a desconforto e
constrangimento
• 40% da população adulta
• Origem cavidade oral 80-90%
• Compostos sulfuramos voláteis (CSV):
- Sulfeto de hidrogênio (Sulfidreto - mais volateis), metilmecarptana, dimetilsulfeto
- Por degradação microbiana dos substratos orgânicos orais por bactérias BANA positivas
• Classificação
- Fisiológica:
• Matinal
- Redução fisiológica do fluxo salivar durante o sono (acumulo de celulas epiteliais descamadas)
- Hipoglicemia (acidos graxos volateis)
- Aumento da flora bacteriana proteolítica
- Desaparece após higiene oral após a primeira refeição da manhã
• Temporária
- Por álcool, alimentos (cebola, alho): liberação pulmonar posterior de Mercaptano
- Tagamismo (aumento da descamacao epitelial da mucosa oral, aumento da saburra), maconha
(xerostomia)
• Pseudohalitose
- Halitofobia
• Verdadeira
• Orais (80-90%)
• Higiene oral deficiente
• Saburra:
- Debris celulares, saliva e restos de alimento em Terço posterior da língua
- Aspecto esbranquiçado e amarelado
- Higiene e dieta inadequada, tabagismo, fissuras e glossites
• Amigdalites
- Tonsilite crônica
- Caseum: acúmulo de restos alimentares, debris celulares nas criptas das amígdalas
- Tratamento: medidas de higiene oral com bochechos e gargarejos, remoção mecânica,
vaporização a laser das criptas e amigdalectomia
- Tonsilite aguda: secreção purulenta, exsudato inflamatório e necrose tecidual —> mal hálito
• Candidíase oral
- Aroma característico levemente adocicado
- Queilite angular, forma pseudomembranas, hiperplasia ou eritematoso
- Diagnóstico: exame clínico ou micológico direto
- Tratamento: antifúngicos de uso local (nistatina) e sistêmico (cetoconazol, fluconazol,
itraconazol)
• Gengivites e periodontites
- Causas inflamatórias orais mais comuns
- Retração gengival e bolsas periodontais
- Restos alimentares, saliva e restos alimentares
- Sangramentos (gengivorragia)
- Bactérias anaeróbicas: Porhiromonas gingivalis, Treponema denticola, Bacterioides forsythus
• Tumores de cavidade oral: necrose tecidual, sangramento, infecção secundária
• Alteração da mastigação, movimentação da língua e degluticao: problemas oclusais, disfunção ATM,
paralisia facial, fissuras palatinas —> podem provocar acúmulo de restos alimentares
• Extra-orais (10-20 % dos casos)
- Nasossinusais: rinites, rinossinusites, tumores nasossinusais
- Alterações gastrointestinais: DRGE, obstipação, hérnias hiatais, divertículo de Zenker, acalasia,
megaesôfago, síndrome de má absorção, carcinoma gástrico, bezoar, gastrite com H pylori
- Metabolicos: DM (halito cetonico), cirrose (amonia), IRC (ureia)
- Alterações pulmonares: bronquiectasias, cavitações pulmonares, empíemas, abscessos pulmonares,
neoplasias; odor na expiração
- Medicamentos: antidepressivos, diuréticos, anti-histamínico podem reduzir o fluxo salivar;
cefalosporinas e metronidazol aroma metálico
- Ciclo menstrual: aumento da concentração de CSV durante o periodo pré menstrual
- Stress: aumento de CSV no hálito
- Xerostomia: dieta inadequada, desidratação, respiração bucal, radioterapia, síndrome de Sjogren,
medicamentos (descongestionantes nasais, broncodilatatores, anfetaminas, atropina, antidepressivos
triciclicos, anti-histaminicos, antiemeticos, IBP)
• Avaliação
1. Anamnese e exame físico
2. Avaliação organoléptico: 20cm da boca do paciente, após 4h sem se alimentar e sem higiene oral
• Exames complementares
• Nasofibrolaringoscopia
• Cromatografia gasosa
• Halimetria: Monitor de CSV - halimeter: concentração de CSV em partes por bilhão (método objetivo)
- > 100 ppb: halitose
- > 160 ppb: halitose importante
• Sialometria
• Tratamento
• Multidisciplinar
• Doença específica
• Orientações gerais:
- Escovação dos dentes e dorso da língua (raspadores)
- Alimentação rica em fibras e carboidratos
- Ingestão hídrica
• Tratar xerostomia se presente
• Medicamentos: sem álcool (danifica a mucosa, altera a flora normal)
- Clorexidine (Periogard): bactericida, custo alto, altera paladar, mancha o esmalte
- Periogard: gargarejo e bochecho por 1min, uma hora antes e depois de refeição e ingestão hídrica
- Cetilpiridineo: menos eficaz, sem os efeitos colaterais
- Dióxido de cloro (enxaguatorio, gel, spray): eficaz e seguro, inibe a proliferação de microrganismos
patogênicos, inibe a acao das desulfidrases, reage com os CSV formando sais (nao altera o equilíbrio da
flora normal), não mancha o esmalte
LARINGITES
Hugo Melo
Fonte: tratado + otomaster + up
Laringite Catarral
• Forma mais comum de Laringite aguda
• Quadro de nasofaringite viral ou bacteriana que evolui para edema de toda mucosa laringea
• Etiologia: Branhamella catarrhalis e Haemophilus influenzae
• FR: uso abusivo de voz, tabagismo, etilismo, RGE, poluição
• Quadro: globos faringe, faringalgia, dor no pescoço, que evolui para tosse seca/catarral e disfonia
• VL: edema glótica e supraglotico
• Tratamento:
• Eliminação dos fatores coadjuvantes
• Umidificação
• Corticoides
• ATB (penicilinas, cefalosporinas, macrolideos e quinolonas)
Epiglotite (Supraglotite)
• Envolve epiglote (principalmente face lingual), aritenóides, pregas ariepigloticas e bandas ventriculares
• Mais temida, grave
• Houve queda na incidência em crianças —> vacinação contra Haemophilus influenzae tipo B (inicio em 1989)
• Hoje mais frequente nos adultos imunodeprimidos
• Etiologia
- Haemophilus influenzae tipo B
- Streptococcus pneumoniae, Staphilococcus aureus, Pseudomonas, Neisseria meningitidis, klebsiella
pneumoniae
• Mais freqüente final do inverno/inicio da primavera
• Clínica
• Criança
- 2-7 anos (meninos)
- Sintomas iniciais: odinofagia, febre baixa e dispneia ao deitar
- 4 a 8 horas evolui —> Piora da disfagia, odinofagia intensa, febre alta, Sialorreia e acúmulo de secreção
—> piora dispneia
- Estridor inspiratório
- Posição Tripé: sentada, pescoço hiperextendido e boca aberta
- Disfonia e tosse não são comuns
• Adulto
- Acentuada odinofagia
- Disfagia com sialorreia
- Adenopatia cervical
- Otalgia
- Febre e queda do estado geral
- Dispneia e estridor —> sintomas tardios
- Abscesso epiglotico —> complicação rara —> TQT + drenagem
• Diagnóstico clínico
- Laringoscopia: supraglote edemaciado e hiperemiada, cor vermelho cereja
- Evitar estímulos (abaixador de língua e aspiração bucal): laringoespasmo reflexo
- Evitar o decúbito: queda da epiglote
- Raio x cervical em perfil na posição sentada: sinal do polegar (edema da epiglote)
- Hemograma infeccioso
- Hemocultura (raramente é positiva no adulto)
• Tratamento
1. Suplementação de oxigênio + umidificação
2. Nebulização com epinefrina a cada 30min (vasoconstricao, diminuição do edema e dilatação bronquica)
3. Hidratação com solução hipotonica
4. Corticoide (dexametasona)
5. ATB EV (cefuroxima, ceftriaxona ou ampicilina com cloranfenicol)
6. Observação clínica e fibroscópico seriadas (nos pacientes menos graves)
7. Suporte respiratório (IOT/TQT)
Difteria
• Etilogia: Corynebacterium diphteriae (toxina)
• Crianças maiores de 6 anos
• Clínica
- Febre baixa, tosse, dor de garganta e rouquidão
- Edema eritema da mucosa laringeo e faringea
- Exsudato em placa Pseudomembranosa (difícil descolar)
- Adenite cervical
- Toxina: paralisia das PPVV, miocardite e paralisia de pares cranianos
Coqueluche
• Etiologia: Bordetella pertussis
• Criança < 6 meses (não ocorre passagem de anticorpo intrauterino) e adulto
• Diagnóstico é Clínico
- Tosse paroxística clássica
- Febre e leucocitose (>20.000)
• Tratamento
- ATB: eritromicina (diminui o período de transmissibilidade)
- Suporte
Laringite Alérgica
• Alergia respiratória: aumento da secreção traqueobrônquico, diminuição da função pulmonar e alterações nas
membranas de revestimento nasal e faringeo
• Disfonias refratarias ao tratamento clinico —> pensar em Alergica
• Tosse seca, rouquidao, edema laringeo
• Associado: rinite alérgica, RLF, inalantes
• Estroboscopia: edema de pregas vocais, leve congestão venoarterial submucosa, fenda irregular
LARINGITES INFECCIOSAS CRÔNICAS (> 3 meses)
• Processo inflamatório granulomatoso
- Granuloma: grupo de células epitelioides (macrofagos que sofrem transformação morfologica) envolvidas por
linfocitos e celulas multinucleares gigantes (celulas de Langerhans) são frequentemente encontradas
• Adultos
• História de tabagismo e etilismo
• Quadro clínico
- Disfonia persistente > 20dias
- Excessiva produção de muco
- Disfagia
- Dispneia
- Tosse crônica
- Dor
- Perda de peso
• Diagnóstico diferencial de neoplasias malignas
• Biópsia, cultura de fungos e BAAR
• Tecido em solução salina
- Pesquisa BAAR
- Pesquisa direta para Leishmaniose
- Pesquisa direta para fungos
- Cultura para BK
- Cultura geral aeróbios e anaerobios
- Cultura para fungos (paradococo, histoplasmose)
- Cultura para Leish (meio de cultura bifásico NNN)
• Tecido em formol
- Histopatologico com coloração Ziehl-Nielsen (microbacterium), Giemsa (Leish e Histoplasmose), Groccot e PAS
(fungos)
- Imunohistoquimica para antígenos de Leish e Hanseniase
- PCR - TB, leishmaniose, Hanseniase
Bacterianas
• Tuberculose (causa mais frequente)
• Agente: Mycobacterium Tuberculosis
• Achados: homens, idosos
- Achados heterogêneos, 3 formas:
- Infiltrante: aumento de volume sem lesão da mucosa; infiltrado linfocitico
- Vegetante: tumoracao de consistência firme, pregas vestibulares e comissura anterior; proliferação de
tecido conjuntivo e infiltrado de celulas linfoides
- Ulcerante: ulceração secundária a necrose da mucosa
- Principalmente terço posterior da glote: espaço interaritenoideo, cartilagens aritenóides, superfície posterior
de PV, superfície laringea da epiglote
- Paralisia de prega vocal unilateral: comprometimento mediastinal do processo inflamatório (lesao nervo
laringe recorrente)
• Diagnóstico
- História de TB pulmonar
- Exames de imagem (raio x ou TC)
- Baciloscopia do escarro (pesquiza de BK)
- PPD
- Sorologia HIV
- Biopsia da lesão suspeita
• Tratamento —> Encaminhar para PNCT + notificação compulsória
- Bacilifero ate 15 dias de tratamento
• Hanseniase
• Mycobacterium leprae (Bacilo de Hansen - BAAR)
• Crianças são mais suscetíveis
• Período de incubação longo (3-5 anos)
• Classificado:
- paucibacilares: T Mitsuda + / índice baciloscopico < 2; mais frequente
- multibacilares: T Mitsuda - / índice baciloscopico >= 2
• Caráter descendente (inicia no nariz seguindo pela boca e laringe)
• Sintomatologia não patognomonica!
• Lesao laringea: aspecto nodular, granulomatoso, ulcerativo e fibrótico
• Diagnostico: lesões de pele (unica ou múltipla, hipopigmentada com perda de sensibilidade) + baciloscopia
positiva
• Exames complementares:
- Prova da histamina
- Prova da pilocarpina
- Baciloscopia
- Exame histológico e citologia
- PCR
- Sorologia
- Reação de glicolipideo fenólico 1
• Tratamento: poliquimioterapia (Rifampicima, Dapsona e Ciclofazimina)
• Sífilis
• Agente: Treponema Pallidum
• Transmissão: Relação sexual e congênita
• Congênita
- Precoce: do nascimento até 2 anos
- Mucosa laringea
- Tardia: > 2 anos
- Lesões gomosas, paralisia e prega vocal, alteração neurológica
• Coinfeccao com HIV 25%
• Achados:
- Localização preferencial de lesões em epiglote e pregas vocais
- Lesões nodulares ou ulceradas associados a pericondrite e fibrose
- Primária: cancro; lesão oral ulcerada, bordo elevado
- Secundária:
- Enantema, lesões ulceradas não dolorosas na mucosa laringea
- Adenite satélite
- Terciária:
- Epiglote, parte posterior da laringe, recidivaste
- Diversos estágios e lesões concomitantes: goma, infiltração, úlcera, hiperplasia, estenose laringotraqueal,
condrite
• Diagnóstico:
- Microscopia de campo escuro
- Sorologia positiva (VDRL, FTA-ABS)
• Tratamento
• 1/2, lesão recente (<1 ano): Penicilina Benzatina 2.4M, 1x
• 3aria / Latente tardia / duracao ignorada: Penicilina benzatina 2.4M, 1x semana, por 3 semanas
• Rinoscleroma
• Agente: Klebisiella rhinoscleromatis
• Achados:
- Escleromas subgloticos
- Lesões nasais
• Diagnóstico: Biópsia
• Actinomicose
• Agente: Actinomyces israelli
• Achados:
- Acometimento por extensão das lesões cervicais
- Eritema difuso, exsudato purulento, massa exofitica
• Diagnóstico: Biópsia
Fúngicas
• Candidíase (mais comum)
• Etilogia: Cândida
• Imunossupressos, idosos
• Achado isolado ou quadro sistêmico
• Achados:
- Edema de pregas vocais
- Disfonia
- Enantema (forma aguda atrófica)
- Placas esbranquiçadas esparsa (forma pseudomembranosa) ou vegetante (forma hiperplásica)
- Forma invasiva: estenose e disfonia permanente
• Doença definidora de SIDA
• Infecção oportunista
• Diagnóstico: exame micológico direto, cultura ou biopsia
• Tratamento: fluconazol, anfotericina B
• Histoplasmose
• Agente: Histoplasma capsulatum
• Transmissão morcegos e aves
• Pneumonite, vasculote, n. Recorrente
• Achados: granulomas na supraglote
• Diagnóstico:
- Testes cutâneos
- Biopsia + cultura
• Tratamento: itaconazol
• Blastomicose
• Agente: Blastomyces dermatidi
• Esporos por fezes de morcego ou pássaros, em cavernas, arvores ocas, contrucoes antigas e sótãos
• Achados:
- Lesões eritematosas de mucosa, pequenos abscessos, ulcerações de mucosa
- Membrana acinzentada
- Fibrose cicatricial
• Diagnóstico:
- Biópsia
• Paracoccidioidomicose
• Agente: Paracocciodioides brasiliensis
• Trabalhadores rurais
• Doença pulmonar (infecção primária) - disseminação linfo-hematogenia —> ascendente
- Forma aguda: jovens, linfadenomegalia
- Forma crônica: mais comum, adultos, lesões mucosas e pulmonares
• Acometimento laringe principalmente na forma crônica
• Achados:
- Enantema difuso
- Áreas de ulcerações, Lesões vegetante
- Mucosa com pontilhado hemorrágico como "picada de pulga” -eritema multiforme Aguiar Pupo
- granulomas na laringe e na árvore traqueo-bronquica
• Diagnóstico:
- Biópsia: fungo birrefringente com aspecto “roda de Leme” (nao e sempre identificado)
- Sorologia (Ensaio de Imunodifusao dupla - IDD, contraimunoeletroforese, IFI, ELISA)
• Tratamento:
- itraconazol, sulfa+trimetropim, anfotericina B (formas graves)
• Rinosporidiase
• Agente: Rhinosporidium seeberi
• Achados: granulomas polipoides com pontos amarelos, esbranquiçados que sangram facilmente
• Diagnóstico:
- Biópsia: esfregaço com coloração de May Grundwald e exame histopatologico
Parasitárias
• Leishmaniose Tegumentar Americana
• Agente: Leishmania brasiliensis (parasita intracelular)
• Picada de inseto (Flebotomo)
• Achados: lesões 1-2 anos após infecção
- Lesões nasais, que progridem para lábio, palato, faringe e laringe
- Lesões ulcerogranulomatosas em supraglote
• Diagnóstico:
- Reação de Montenegro (negativa ate dois meses após inicio da doenca)
- Isolamento do agente em exame histopatologico
- Sorologia positiva
• Tratamento: antimonial N-metil-glucamina
• Esquistossomose
• Agente: Shistosoma
• Achados:
- Massa exofitica granulomatosa
• Diagnóstico: história clínica e biópsia com isolamento do agente
DOENÇAS SISTÊMICAS COM MANIFESTAÇÕES LARINGEAS
Artrite Reumatoide
• Envolvimento laringe 20-70%
• Mulheres 2-3x mais, 40-60 anos
• Artrite da articulação cricoaritenoidea (mais acometida), articulação cricotireoidea, presença de lesões
- Nódulos de bambu (lesoes brancas ou amareladas, transversalmente na supraglote do terco medio das pregas
vocais): presentes tambem LES, sindrome de Sjogrem, esclerodermia
- Nódulos reumatóide: lesões submucosas, histologicamente correspondem a granulomas com necrose central
circundada por histiocitos, monócitos, fibroblastos
• Sintomas: disfonia, odinofagia, cansaço vocal, tosse, pigarro, globus faringe, dispneia, estridor
• Manifestações extra-articulares: quadros cutâneos, oculares pleuropulmonares, cardíacos, hamtologicos,
neurologicos, e esteometabolicos
• Sorologia: FR e anti-CCP (mais específico)
• Quadro clínico
- Fase aguda: laringe edemaciado e avermelhada, artrite da articulação cricoaritenoidea, limitação da amplitude
ou velocidade das pregas vocais
- Fase crônica: anquilose da articulação cricoaritenoidea, fixação em aducao
• Tratamento:
- Drogas modificadoras da doença: metotrexate
- AINE: alivio de sintomas
- Corticoide
- Imunossupressores
LES
• Doença inflamatório crônica multissistemica, autoimune
• Etiopatogenia: múltiplos genes + fatores ambientais + fatores hormonais
• Curso relativamente benigno
• Manifestações laringeas são raras
• Mulhres jovens, crianças e idosos
• Sintomas laringeos: disfonia, tosse, globus faringeo, odinofagia, estridor e dispneia
• Laringoscopia: inflamacao localizada ou difusa de estruturas laringeas
- pode haver fenda, paresia, ou paralisia
• Nódulos reumatoide e nódulos de bambu podem ser observados
• Diagnostico
- Laboratorio: FAN por Imunofluorescencia indireta, Anti-DNA nativo, anti-Sm
• Tratamento
- Antimaláricos, glicocorticoides
- TQT nos casos de obstrução aguda de vias aéreas
Policondrite Recidivante
• Doença rara tecido conectivo
• Episódios recorrentes de inflamação nas cartilagens das orelhas, nariz, laringe, arvore traqueobrônquica,
articulações e sistema cardiovascular
• Autoimunidade ao colageno tipo II / associação com outras doenças autoimunes
• Adultos entre 40-50 anos
• Leve predominância sexo feminino
• Sinais laringotraqueais em 15a 50 % dos casos
• Quadro clinico:
- Sintomas iniciais inespecificos / 20% casos condrite auricular, otalgia subita e intensa
- Sintomas troo respiratório: inflamação cartilagens laringeas, traqueias, e bronquicas: risco de obstrução de VA
- Dor em cartilagem tireóidea, disfonia, tosse seca, estridor ou dispneia pelo acometimento das cartilagens
laringeas
- Casos iniciais: edema subglote
- Casos avançados: fibrose e estenose subglotica por recorrência dos ataques-destruição anéis traqueais e
colapso respiratório
- Febre, letargia, perda de peso
• Diagnostico: critério clinico
• Tratamento
- AINE, imunossupressores, TQT, correção estenose ou stents para manter a permeabilidade arvore
traqueobrônquico
Granulomarose de Wegener (Granulomatose com Poliangeíte)
• Doença inflamatória sistêmica de causa idiopatica / vasculhe vasos de pequeno e medio calibre com formação de
granulomas necrotizantes e presença de anticorpos anticitoplasma de neutrofilo
• 60-70 ANOS
• Febre, sudorese noturna, perda de peso, fadiga e dores articulares
• Triade (Síndrome pulmão rim)
• Granulomas necrotizantes no trato respiratório: pneumonite bilateral com tosse e hemoptise, sinusite cronica,
ulceracao da mucosa nasal e da nasofaringe
• Vasculite
• Glomerulonefrite (aumento da creatina)
• Ulceração laringea 25%
• Estenose subglótica (manifestacao laringea mais comum) —> obstrução via aérea = TQT ou Laringotraqueplastia
• Diagnóstico: exame histopatologico e ANCA-C
• Tratamento: corticoides, ciclofosfamida, azatioprina e metotrexate
Sarcoidose
• Granulomatose crônica
• Etiologia desconhecida
• Autoimune anormal ou reações de defesa desordenada múltiplas desencadeadas por estímulos variados
• Predisposição genética + desencadeante ambiental (agente químico ou infeccioso) que funciona como antígeno
—> reações imunológicas
• Granulomas caseosos
• Mulheres, negros na 5 década
• Acomete linfonodo, pulmão, baço e fígado
• Síndrome de Lofgren: apresentação aguda: artrite, eritema nodoso, adenopatia pilar bilateral
• Laringe —> nódulos indolores na epiglote 3-5%
• Sintomas: disfonia e obstrução de VAS
• Diagnóstico
- Envolvimento de pelo menos 2 sistemas
- Granulomas não caseosos
- Exclusão de outras granulomatoses
- Biópsia
- Raio x de tórax
• Tratamento: corticoides sistêmicos ou intralesional
Amiloidose
• Doença caracterizada pela deposição extracelular de proteínas amiloides - são fibrilares, insolúveis e resistentes a
proteólise
• Etiologia desconhecida
• Cabeça e pescoço: nariz, seios paranasais, nasofaringe, cavidade oral, orofaringe, laringe e arvore
traqueobrônquica
• VAS: laringe é o local mais acometido; corresponde a 1% dos tumores de laringe, geralmente fenômeno localizado
• Masculino, 40-60 anos
• Classificação: localizada ou sistêmica / primaria ou secundaria
• Quadro clinico:
- Disfunção em diversos órgãos e sistemas, levando a falência renal, miocardiopatia, ma absorção
gastrointestinal, demencia, entre outras alterações
- Laringe: falsas pregas vocais, ventrículo de Morgagni, espaço subglotico, pregas vocais, pregas ariepiglotica e
comissura anterior
- Disfonia, Disfagia, dispneia, hemoptise, sensação de corpo estranho e apeei do sono / casos mais severos:
obstrução VAS
- Progressao lenta e sintoma crônicos
- Laringoscopia: lesão com aspecto de massa nodular ou amorfa difusa, transluziste e com epitélio sem
ulceração
• Histopatologico: depósitos de amiloides amorfos, extracelulares, homogêneos e eosinofilos / confirmação com teste
de proteolise por permanganato de potássio negativo
• Tratamento:
• clinico medicamentoso: corticoterapia local e sistêmica, quimioterapia e radioterapia
LESOES ORAIS
HUGO MELO
Fonte: tratado + otomaster + up
LESÕES BRANCAS
Leucoplasia
• Lesão mucosa branca não removível a raspagem, sem diagnóstico definido (nao tem características clinicas ou
histopatológicas de nenhuma outra doença) = diagnostico de exclusão
• Etiologia: tabagismo, etilismo, trauma crônico (mecanico ou quimico), infecções (Treponema pallidum, Candida
albicans, HPV)
• Mais comum em homens, >50 anos
• Displasia é observada em cerca de 5-25% dos casos
• Classficacao:
• Homogeneas (malignizacao 0,6-5%) - mais comuns
- Uniformes, finas e planas
- Bem demarcadas, com ou sem fissura
• Nao homogêneas (malignizacao 20-25%)
- Placas ou nódulos brancos intercalados com região Eritroplásicas, irregulares ou verrugosas
- Verrucosa proliferativa: multifocal, mais comum em mulheres, pouca associação ao tabagismo,
(malignicacao 70-100%)
• Lesão pré-maligna - malignização em 4-6%
• Carater mais agressivo: bordos indefinidos, lesão elevada, enrijecimento, descamacao
• Fatores de risco para malignização
- Forma não homogênea, principalmente as de aspecto verrucoso, vegetante ou com pontilhado hemorrágico
- Presença de displasia epitelial a histopatologia
- >2cm
- Localização em assoalho bucal ou ventre da lingua
- Paciente não fumante
• Biopsia e obrigatoria! (Teste de Shedd, azul de Toluidina)
• Tratamento
- Displasia leve, sem displasia, ou extensas: acompanhamento + Eliminação de fatores de risco + tratamento
clinico (Ex. Resposição de Vitamina A)
- Persistência da lesao = biópsia excisional
- Displasia moderada ou severa: Exérese cirurgica
- Seguimento clinico a cada 3-6 meses
• Cerca de 50% tem regressão da leucoplasia apos 6 meses a 1 ano da cessação do fumo!
Linquen Plano
• Doença inflamatória crônica, de pele e mucosas, potencialmente maligna
• 2% da população
• Entre 30-50 anos de idade;
• 60% são mulheres; M>H (3:2)
• Origem desconhecida; Mecanismos imunológicos —> resposta TH1
- Aumento de citocinas TNF-alfa, IL-1, IFN-alfa
- Hiperatividade de moléculas de adesão vascular
- Recrutamento e retenção de celulas T
• Associação com Doença hepática crônica (VHC)
• Lesoes orais + lesões de pele
- Lesões cutâneas: pequenas pápulas violáceas, pruriginosas em superficies flexoras de extremidades (50%
mucosa)
- Lesões orais (curso cronico):
- tipos reticular e erosiva sao as mais comuns. Em placa, atrófica e bolhosa.
- Localização mais frequente: mucosa jugal, seguindo-se gengiva e lingua
- 10% só mucosa atingida (forma mucosa)
• Malignização em 1-2% dos casos, principalmente os tipos atrófica e erosiva
• Tipos:
• Reticular (mais comum):
- Numerosas linhas queratóticas brancas entrelacadas, aspecto rendilhado (Estrrias de Wickham).
- Mais comum dorso de língua e mucosa jugal, com padrão bilateral e simétrico.
- Assintomático
• Placa:
- Lesao branca (tipo leucoplasia); distribuição multifocal
- mais comum em dorso de lingua —> Indolor
• Erosiva:
- Área central ulcerada e uma placa fibrosa ou pseudomembranosa recobrindo, de limites precisos e
irregulares. Cercada por periferia queratótica.
- É dolorosa.
- Acomete mucosa jugal, gengiva e dorso de lingua.
• Atrófica/ Hiperplasico/Hipertrofico
- Manchas vermelhas com estrias brancas, muito finas, principalmente em gengivas (gengivite)
- Ardor, sensibilidade e desconforto generalizado
- pode estar associada a forma reticular ou erosiva
• Bolhosa:
- Raro e curta duração
- As bolhas se rompem e deixam o leito ulcerado e doloroso. Semelhante a forma erosiva.
• Biopsia: ausencia de lesao cutanea?
• Estudos imunológicos:
- Imunofluorescencia direta: depósito de IgM, fibrinogênio e fibrina na junção dermoepidérmica
• AP:
- hiperqueratose e liquefação do leito das celulas basais e infiltrado linfocitário na lâmina própria
- Celulas ovoides eosinofilicas chamadas Corpos de Civatte no leito das células basais, sendo sugestivos de
liquen plano, porem não patognomônicas
• Tratamento:
- Se assintomatico: expectante e acompanhamento semestral
- Se dor: corticoides topicos (Clenil 200 spray), injeção intralesional e/ou sistemicos
- Terapia antifúngica (Daktarin gel oral)
- Derivados de Vit A tópico ou sistêmico (efeitos antiqueratinizantes e imunomoduladores)
- Evitar alimentos condimentados e acidos, bem como de dificil mastigação.
- Cessar o tabagismo
- Diminuir consumo de alcool
- Higiene oral rigorosa (com creme dental infantil)
- Evitar cremes dentais com Lauril sulfato de sodio e enxaguantes bucais com alcool
Candidiase Oral
• Patologia mais frequente no grupo das lesoes brancas da mucosa oral (98%)
• Agente: C. albicans, C. glabiata, tropicalis, krusei, parapsilosis
• Fatores predisponentes: Ma higiene oral, Protese dentária, Imunossupressao, ATB, Tabagismo, Gravidez, Doenças
do sistema endocrino (DM, I. Supra renal, hipoparatireoidismo)
• Fator protetor: fluxo salivar íntegro (IgA)
• Subtipos mais comuns: Brancas —> Candidiase pseudomembranosa e Hiperplásica cronica
• Pseudomembranosas:
- Forma mais comum
- Crianças e idosos
- Lesoes difusas
- Placas brancas e aderentes sobre a mucosa, destacaveis. Raramente dolorosas
• Eritematosa:
- eritema local ou difuso;
- Areas de despapilaçao e desqueratinização em dorso da lingua, deixando-a dolorosa, edemaciada e
eritematosa
• Queilite angular:
- areas de atrofia e hiperemia das comissuras labiais.
- Frequente em pacientes idosos que fazem uso de protese dentária por perda da dimensão vertical dos
lábios.
• Hiperplásica:
- menos comum;
- Placas espessas e brancas na mucosa, não destacaveis em mucosa oral, palato e língua (principalmente)
- Risco de malignizacao (producao de nitrosamidas) —> realizar biopsia
• Pode estar associado a envolvimento faringeo, laringeo ou esofagico; intensa disfagia, odinofagia, disfonia, estridor
e aspiração
• Diagnostico: Clinico! Confirmação pelo exame micológico direto do raspado da lesao + cultura/Bx
• Biopsia: reação inflamatoria superficial com ulceração na forma pseudomembranosa e hiperplasia epitelial nas
formas crônicas
• Tratamento
- Afastar fatores locais e sistêmicos predisponentes
- Orientar pacientes a deixar as próteses mergulhadas por pelo menos 30min em soluções de hipoclorito a 0,1%
ou clorexidina a 2% ou mesmo vinagre branco no minimo 2x por semana, mas se possível diariamente
- Topicos: - Orais: (formas mais resistentes, 14 dias)
- Violeta de Genciana solução 0,5%, 2x dia - Fluconazol 400mg, 1x dia, 14 dias
- Nistatina suspensão, bochechos, 3x dia - Itraconazol 200mg, 1x dia, 14 dias
- Miconazol gel, 3x dia, 2-4 sem - Cetoconazol 200mg, 2x dia, 14 dias
- Cetoconazol creme 2%, 3x dia, 14-28 dias
Fibrose Mucosa
• Afeccao bucal crônica, insidiosa e progressiva
• Multifatorial: noz de areia (pinangue)
• Mucosa jugal, faringe, terco superior do esófago
• Alteração de coloração (branca) e elasticidade (rigida)
• Limitação da abertura de boca
• 8% CCE
• Diversos tratamentos:
- Vitamina A, B, C, D e E, VO
- Injecoes intralesionais de enzimas proteolíticas (papaína, hialuronidade)
- Imunomoduladores (corticoide, colchicina)
- Casos avançados que limita abertura bucal —> Miotonia do M. Temporal + fisioterapia
Queilite Actínica
• Alteração difusa e pré-maligna do vermelhao labial inferior
• Exposição prolongada a radiação solar
• >40 aos
• Áreas ressecadas, atróficas e escamosas —> aspecto esbranquiçado
• Diagnostico —> Clinico + Biopsia
• Tratamento: agentes bloqueadores de sol; terapia com laser CO2, crioterapia, fotoabrasao
LESÕES VÉSICO-BOLHOSAS
- Vesiculas < 5mm X Bolhas > 5mm
Herpes Simples
• Tipo I esta mais frequentemente associado ás lesoes orais; tipo II, ás lesoes genitais
• Transmissao: contato com fluidos corporais infectados
• Quadro clinico:
- Gengivoestomatite herpética primária (Primoinfeccao): auto-limitado (1-3 semanas)
- Criancas 2-5 anos
- Infecção subclinica na maioria das vezes
- Estomatite, faringite, sialorreia, febre alta, artralgia, cefaléia e linfoadenopatia submandibular
- Fase prodromica (24-48h): formigamento, ardencia, desconforto
- Fase vesicular (1-2 dias): Pequenas vesículas
- Fase ulcerada (ate 2 semanas)
- Infecções recorrentes
- 16-45% dos casos, no grupo etário adulto
- Desencadeantes: luz UV, stress, febre ou trauma
- Ocorrem: junção mucocutânea dos lábios ou nas areas queratinizadas (palato duro, gengiva)
• Diagnostico: clinico!
• Histopatoliga: vesiculas intraepiteliais são formadas pela degeneração de células epiteliais infectadas pelo vírus.
Carcterizada histologicamente por apresentar membrana basal íntegra e células de Tzanck
• Tratamento:
- Sintomáticos
- Aciclovir pomada 5%: útil no inicio do quadro, na fase de hiperestesia
- Aciclovir em casos severos: 200mg, 5x/dia OU 400mg, 5x dia para imunossuprimidos
- Crianças: 15mg/kg, 5x dia
- Outros: Fanciclovir 250mg, 3x/dia por 5 dias; Valaciclovir 500mg, 2x dia
- Resistência ao aciclovir: Foscarnete EV, 40mg/kg, 3x dia ate resolução das lesões
Varicela-Zoster
• Virus varicela Zoster, da família Herpesvirus —> capacidade de latencia, ubiquidade e neurotropismo
• Varicela: Infecção primária causada pelo Vírus varicela-zoster
• Herpes-Zoster: Reativação do vírus latente (gânglio espinhal dorsal - nervo sensitivo)
• Outros: paralisia facial, surdez subita, síndrome de Ramsay Hunt
• Varicela
• Transmissao: contato direto ou por via respiratória
• Rash cutâneo com inicio em face, evoluindo para tronco e mais raramente membros.
• Aparecem Máculas —> erupção vesicular, pústula e ulceração com formação de crostas
• As mucosas bucal, palatina e faringea
• Tratamento
- Medidas de suporte
- Analgésicos e antitérmicos
- Banhos de permanganato de potássio 1:20.000
- Talcos anti-pruriginosos
- Imunossuprimidos: aciclovir 10-12mg/kg, EV, 8/8h
• Herpes Zoster
• Reativação do vírus latente em ganglios sensoriais em imunossuprimidos
• Zona torácica (53%), cervical (20%), trigeminal (15%), lombosacral (11%)
• Lesões orais nao raras, geralmente após cutânea
• Lesoes muito dolorosas, respeitando linha média e o dermatomo. Papulas eritematosas —> vesículas —> bolhas —
> ulceras —> áreas hemorrágicas
• Neuralgia pós-herpética: persistência da dor no dermátomo afetado, mesmo após resolução das lesões
- Risco em idosos
- Pode durar meses ou anos
• Diagnóstico:
- ELISA, PCR e pela imunofluorescencia direta
- Cultura viral e pouco útil
- Sorologia para diagnostico de infecção passada
• Tratamento
- Sintomaticos: corticosteroides (auxiliam no alivio da dor)
- Aciclovir: inicio nas primeiras 24h do aparecimento das erupçoes; 800mg. 5x/dia por 7 dias
- Fanciclovir 500mg 3x/dia por 7 dias
- Valaciclovir 1000mg, 3x/dia
- Carbamazepina: neuralgia pós-herpética
Eritema Multiforme
• Aguda autolimitada 2-3 semanas
• Reação de hipersensibilidade
• 20-30 anos
• Genética: gene HLA
• Desencadeada por infecções (HSV, tuberculose, mycoplasma pneumoniae), medicamentos (sulfadiazina, sulfa-
trimetrin, alopurinol, AINE, dipirona), neoplasias, estresse, radioterapia
• Fase prodrômico: cefaleia, nauseas, tosse, faringite, artralgia e febre alta
• Lesoes variável (macula, papula, vesicula, bolha)
• Clássica: maculas ou placas com lesão em alvo em face extensa das extremidades superiores
• Orais se iniciam nos lábios e mucosa labial —> progride enantema inicial e formação de bolhas, erosoes, e ulceras
• Epitelio necrótico pode permanecer algum tempo na forma de pseudomembrana acinzentada
• Tipos:
• Menor (Eritema Multiforme propriamente dito):
- Lesoes pequenas em alvo, < 3cm, Envolvimento de 1 mucosa (geralmente oral - labial sempre)
• Maior (Sindrome de Stevens-Johnson)
- lesões em alvo, > 3cm, 2 mucosas acometidas
- Qualquer mucosa: bronquica, nasal, oral, vaginal, uretral, anal
- <10% da superfície corporal
- Manifestações sistêmicas: febre, queda do estado geral, prostracao e toxemia
• Necrólise Epidérmica Tóxica (Doenca de Lyell)
- Idade mais avançada; principalmente mulheres
- Quadro febril seguido de exantema generalizado
- >3cm, envolvimento mucosa intenso (ocular, respiratorio, digestivo, urogenital)
- >20% da superfície corporal
• Diagnostico clinico + Biopsia e estudos imunológicos
• Tratamento: Se relação com ingestão de drogas - suspende-las
- Menor: ambulatorial; corticoterapia tópica e/ou sistêmica
- Maior: hospitalar
Penfigóide Bolhoso
• Doença autoimune (Mais frequente e mais intensa)
• Bolhas e vesículas subepidérmica, que podem afetar pele e mucosas
• Mulheres, 70-90 anos
• Sem predileção étnica
• IgG contra hemidesmossomos (desprendimento das celulas basais da membrana basal)
• Relaciona-se com uso de medicamentos: furosemida, losartana, amiodarona, ibuprofeno, ampicilina, cefalexina,
captopril e enalapril
• Quadro clinico: mucosa oral e ocular são as mais acometidas
• Cavidade bucal e o sitio mais comum (gengivite descamativa)
• Pode acometer conjuntiva ocular, mucosa nasal laringe, esofago, reto e pele
• Bolha mais tensa e resistente, com conteúdo seroso ou hemático + gengivite descamativa
• Deixam cicatrizes
• Diagnostico clinico
• Biopsia: bolha subepidérmica não-acantolitica
• Estudos imunológicos:
- Imunofluorescencia direta: deposito linear de Ac. IgG e C3 na lamina lúcida da membrana basal
- Imunofluorescencia indireta: presença de autoanticorpos anti-membrana basal em apenas 10-30% dos
pacientes
• Tratamento: Corticoides tópicos e sistêmicos
- Bochechos com peroxido de hidrogênio diluído em agua, elixir de dexametasona, triancinolona em orabase
- Infiltrações intralesionais
- Sistemico: Dapsona, prednisona, imunossupressores
- Imunossupressores (azatioprina, ciclosporina, dapsona, metotrexate)
LESOES AFTOIDES: Ulceracoes superficiais, DOLOROSAS, únicas ou multiplas, haloeritematoso, redonda ou ovóide
Doença de Behcet
• Vasculite crônica, recorrente, multissistemica
• Mais frequente no oriente médio (Rota da Seda)
• Adultos jovens (raro em criancas)
• Clinica: Triade!
- Aftas orais + Genitais + Uveite posterior
- Outros: artrite, artralgia, eritema nodoso, lesões em pequeno ou grandes vasos (ex. Aneurisma de a. pulmonar)
• Diagnostico: clinico; > ou igual a 4
- Lesao oral: 2 pontos - Vascular: 1 ponto
- Lesao genital: 2 pontos - Gastrointestinal: 1 ponto
- Lesão ocular: 2 pontos - Teste de patergia: 1 ponto
- Lesao cutânea: 1 ponto
• Tratamento: = EAR
- Colchicina: 3mg/dia nas formas cutaneomucósas e artríticas
- Formas graves: uso de ciclofosfamida com ou sem corticoide
Sarampo
• RNA vírus da família Paramixovírus (Queda pela cobertura vacinal)
• Coloniza epitélio respiratório da nasofaringe e dissemina
• Exantema maculopapular (Período de incubação: 10-14 dias)
• Prodromo: febre alta, mal-estar, coriza, tosse e conjuntivite; perdura por 2-4 dias
- Manchas de Koplik (sinal patognomonico): pápulas puntiformes isoladas ou agrupadas, esbranquiçadas ou
amareladas, sobre fundo eritematoso, na mucosa da bochecha, na altura dos dentes pré-molares
• Complicacoes: OMA necrotizante, pneumonia viral ou bacteriana secundaria, encefalite, candidose oral e estomatite
necrosante aguda
• Tratamento: medidas de suporte e controle da febre
PIGMENTADAS
Mácula oral
• Benigna, Relacionada a exposição solar
• Castanho clara a negra, Comum em lábios
Nevos
• Mancha ou pápula lisas, planas ou ligeiramente elevadas
• Pigmentadas, bem delimitadas, circunscrita e pequena
• Mais comum em palato
• Tipos:
- Intradérmico: mais comum
- Juncional: entre derme e epiderme; maior malignizacao
- Composto: em ambos
• Tratamento: cirurgico
Melanoma
• Tumor maligno
• Originado de um nevo ou sem um precursor
• Evolui com crescimento, irregular em forma e pigmentação, podendo ou não ulcerar
• Mais comum em palato duro e gengiva
• Tratamento: cirurgico + imunoterápico + quimioterápico
Doença de Addison
• Insuficiência adrenocortical primaria
• Queda de cortisol —> aumento ACTH + aumento MSH (Hormonio estimulador de melanócito)
• Estimulacao de melanócitos —> pigmentação de pele —> máculas bucais
• Sintomas sistêmicos: astenia, perda de peso, queda da PA, anorexia
• Tratamento: reposição de glicorticoide + NACL
Síndrome de Peutz-Jeghers
• Autossomico dominante
• 20 anos
• Mancha de coloração castanho claro a enegrecida, pele peribucal, lábios e mucosa + Polipose intestinal
(Hamartomas)
Neurofibromatose
• Autossomico dominante (NF-1 e NF-2)
• NF1: sardas axilares + 6 ou mais manchas café com leite
Síndrome de Albright
• Mutação Gene Gs-alfa
• Displasia fibrosa poliostótica + disfunção endócrina + puberdade precoce + máculas café com leite
Síndrome Laugier-Hunziker
• 30-50 anos
• Mulheres
• Hiperpigmentacao macular linear ou lenticular acastanhadas, solitária ou confluentes, assintomaticas em mucosa
oral (lábio, gengiva, língua) + pigmentação longitudinal de unha
Nao Melanocíticas
• Relacionadas a hemoglobina:
- Hemocromatose: sobrecarga de ferro
- Hemossiderose: degradação das celulas vermelhas; aspecto mancha marrom amarelado
• Ictericia: mucosa aspecto amarelado
• Varizes: face ventral da língua, idosos
• Hematoma: historia de trauma; temporários
• Hemangioma: planos ou labutados, pequenos ou extensos; risco de sangramento
• Medicamentos: Clofazimina, Cloroquina, Ciclofosfamida, Amiodarona, Zidovudina
• Metais pesados:
- Argiria (prata), Bismutismo (bismuto), Hidrargismo (mercurio), saturnismo (plumbismo - chumbo)
- Áreas azuis enegrecidas, bilateral, em arcadas (Linha de Burton)
LESÕES TRAUMÁTICAS
Anatomia/Fisiologia da Língua
• Orgao muscular —> comunicacao, paladar e mastigação
- Terco anterior: dorso, margens, ventre e ápice
- Terco posterior: base da língua
• Paladar: sensações originadas dos botões gustativos; salgado, doce, azedo, amargo
- Incapacidade de sentir sabor: ageusia
- Hipogeusia: diminuição do paladar
- Disgeusia: distorções do paladar
• Sabor (Gustacao) = paladar + olfato
• Botões gustativos
- Apresentam receptores químicos
- Lingua, Palato mole, úvula, epiglote, esófago proximal e mucosa das cartilagens laringeas
- Se encontram nas papilas:
- Papilas Fungiformes: lisas e avermelhadas, formato de cogumelo, região anterior da língua
- Papilas circunvaladas: são as maiores, ficam no pilar posterior da língua; formam o V lingual
- Papilas Foliaceas: margens laterais
- Papilas filiformes: permeiam todo o dorso da língua, longas e estreitas; não contem botões gustativos,
possuem corpúsculos de tato
• Fixada no assoalho da boca por músculos extrínsecos:
- Musculo genioglosso (ligado a mandíbula)
- Musculo hioglosso (ligado ao osso hioide)
- Musculo estiloglosso (ao processo estiloide)
- Musculo palatoglosso (ao palato
• Inervacao:
• Sensorial
- facial (VII): papilas fungiformes, via nervo corda do tímpano; palato mole, via nervo petroso superficial maior
- gsossofaringeo (IX): papilas cincunvaladas e foliaceas (margem posterior)
- vago (X): epiglote, esofago, laringe, via nervo laringeo superior
- Trigêmeo (V): distribuídas ao longa da cavidade oral
• Motora: Genioglosso
Lingua geográfica
• Glossite migratória benigna (1-3% da população)
• Relação com psoriase, alergias, distúrbios hormonais, DM, síndrome de Reiter, Down, deficiência nutricionais,
estresse, dermatite, uso de ACO, gravidez
• Predisposição familiar
• Áreas bem demarcadas de eritema + atrofia de papilas filiformes + circundadas por bordas serpiginosas e/ou
brancoamareladas
• Aparencia transitória e migratória
• Pode haver sensibilidade ou ardência
• Diagnostico: clinico
- Afastar carência nutricional: folato, B12 e ferro
• Tratamento: orientação + sintomáticos (anti-histaminicos, corticoide topico, anestesico)
- Laser de baixa potencia pode ser útil em casos sintomáticos
Anquiloglossia
• Possível envolvimento genético
• Limitações de movimento, fala e mastigação
• Tratamento: frenectomia + fonoterapia após
Macroglossia
• Aumento do volume da língua em proporção ao tamanho da cavidade oral
• Congenita ou adquirida (infiltracao de tecidos sangüíneos ou linfaticos)
- Amiloidose, mucopolissacaridose
- Sindromicos
• Exame clinico: língua denteada (marca do contato com a arcada dentaria)
• Biopsia: se suspeita de adquirida
• Tratamento: cirúrgico caso severo + controle da doença de base
Ulcera traumática
• Se sintomáticas: colutórios anestésicos + anti-inflamatório
• Se trauma removido —> cicatrização em 15 dias
- Caso contrario —> Biopsia!
Glossodinea
• Síndrome da ardência bucal na ausência de anormalidades
• Fatores relacionados:
- Ansiedade, depressão
- Carencias nutricionais (B12, ferro, ácido fólico, zinco), DM, candidate, alergias
- Alterações proteoliticas e na mastigação
• Mulheres > 50 anos + sono inadequado + preocupação com papilas proeminentes
• Critério clínico:
- Diariamente, >2h por dia por mais de 3 meses
• Manejo
- Orientações
- Antidepressivos:
- Clonazepam 1mg na boca por 3min e depois descartar, 3x dia, após as refeições por 14 dias
- Duloxetina, 20mg/dia por 2 semanas e depois 40mg/dia
- Considerar acido alfa lipóico 600mg/dia (antioxidante e neuroprotetor) de
- Psiquiatra ou psicologo
DISFONIAS
Hugo Melo
Fonte: otomaster + tratado + UP
• DISFONIAS: qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural da voz
• Causas:
• Avaliação:
- Avaliação da ATM
- Avaliação auditiva
LESÕES FONOTRAUMÁTICAS
• Lesões superficiais (epitélio e/ou camada superficial)
• Classficacao
• Fatores predisponentes
• Fatores Extrínsecos: Uso da voz, Profissão, Intensidade da voz, Cronicidade, Refluxo Laríngeo faríngeo,
Atopia
• Lesão fonotraumatica —> fenda glótica —> escape de ar adicional —> diminuição da pressão subglotica —>
esforço vocal —> hiperfuncao das estruturas laringeas —> Fonotrauma
5.Cessar tabagismo
8.Evitar abuso vocal durante a menstruação, em episódios de disfonia e na vigência de infecções de vias aéreas
superiores
NÓDULOS
• Espessamento em bordo livre bilateral na junção entre o terço anterior e médio (Local onde apresenta maior
amplitude de vibração e maior atrito)
• Fatores de risco: maior concentração de fibronectina, DRGE, alergias, distúrbios da glândula tireoide (hipo)
• Mulheres
• Mulheres: ângulo na comissura anterior é maior, então a amplitude de movimento gera maior impacto
• Quadro Clínico
• Tratamento
Crianças: expectante
PÓLIPOS
• Acomete mais profundamente a camada superficial (Trauma AGUDO excessivo)
• Quadro: disfonia de inicio súbito; voz rouca, soprosa, Pitch instavel e dificuldade da variação da intensidade
• Características:
- Séssil ou pediculada
• Classificação histologica:
• Polipo Gelatinoso: tecido conjuntivo frouxo, poucos vasos sanguineos, substancia de aspecto gelatinoso
• Pólipo fibrotico: tecido conjuntivo vascularizado, forma progressiva do gelatinoso (mais comum)
• Polipo displasico
• Tratamento
EDEMA DE REINKE
• Processo inflamatório CRONICO difuso superficial —> Edema —> Pobre drenagem linfática local
• Sexo feminino
• Características
- Pitch Grave
• Classificação:
• Tratamento
• Moderado a intenso: Cordotomia —> Retirada de material amorfo —> Cola de fibrina para aproximar mucosa
GRANULOMA DE CONTATO
• Região posterior, mais comum em processo vocal e corpo da cartilagem aritenóide
• Fatores: IOT, RGE, tosse crônica, trauma laríngeo prévio, abuso vocal
• Tratamento
1. Fonoterapia
2. Tratamento RGE
4. Inalação oral de esteróides: budesonida aerossol 50mcg (dose 400mcg/dia), 2 pus 4x/dia, seguido de
bochechos com agua para evitar efeitos colaterais —> Moniliase Oral
5. Botox em CAL
—> Pôs op: repouso vocal por 1 semana + ATB amplo espectro por 3 semanas + Prednisolona
• Prevenção
• Laringoscopia
PSEUDOCISTO
• Principalmente fonotrauma
• Lesão única, circunscrita, lisa, translúcida cujo aspecto se assemelha a uma protuberância cística
• Categorias de AEM
• Assimetria laringeas
• Desvios da proporção glótica: relação entre porção intermembranacea (região fonatória) e intercatilagínea (região
respiratória); Homem 1,3:1, Mulher 1:1, crianças 0,9:1
SULCO VOCAL
• Depressão ao longo do eixo longitudinal na mucosa da prega vocal paralela a borda livre
• Achados:
- Fenda fusiforme
• Histologia: camada superficial com múltiplas camadas de epitélio estratificado + certo grau de ceratose
• Classificação
• Estria:
- Estria menor (Tipo I): lábios se tocam formando cavidade virtual, identificada durante manipulação; não
atinge ligamento vocal;
- Estria maior (Tipo II): dois lábios que não se tocam, formando depressão em forma de canaleta,
consistência rígida e aderida a estruturas mais profundas, como ligamento vocal e músculo vocal
- Sulco bolsa (Tipo III): se assemelha ao sulco maior, seus lábios se tocam, formando uma cavidade no
interior da prega vocal; pregas vocais são mais volumosas
• Diagnóstico diferencial:
- Sulco vai além do processo vocal (diferente do sulco verdadeiro que respeita à área da prega vocal)
1. Fonoterapia: ineficaz
CISTO EPIDERMÓIDE
• Etiologia: provavelmente congênita
• Epitélio de revestimento malpighiano, com conteúdo de descamação epitelial (queratina e cristais de colesterol)
• Achados
- Submucosa
- Coloração branco-amarelada
• Classificação
• Profundo: separado do epitélio por um tecido conjuntivo; menor interferência na qualidade vocal
• DD:
1. Cistos de retenção —> revestimento glandular, com conteúdo mucóide (translúcido), não é considerado
tipo AEMC
2. Pseudocisto: sem capsula, se comporta como nódulo e unilateral, não altera onda mucosa, ha alteração
do formato durante estroboscópio
• Cirurgico é o definitivo
PONTE MUCOSA
• Congênita ou adquirida (ruptura de um custo epidermoide)
• Raro
• Etiologia congênita
VASCULODISGENESIA
• Vasos dilatados que não conservam a direção e as características normais
• Tratamento
- Cirurgia (Laser de CO2) se: hemorragia recorrente, aumento das varizes, desenvolvimento de pólipos, disfonia
severa, ineficácia da fonoterapia
FENDAS GLÓTICAS
1. Triangulares: triangulo com base na região da comissura posterior, classificando de acordo com a extensão do
sentido aneto-posterior
• Triangular médio-posterior:
- Indica-se fonoterapia
• Triangular ântero-posterior
- Fonoteria
- Fonoterapia
3. Paralelas: podem ser confundidas com as triangulares Antero-posteriores, mas esta não evidencia a formação
triangular
4. Duplas: fendas triangulares medio-posteriores com lesão de mucosa, predominantemente edema localizado, uni
ou bilateral, que produz abertura anterior
DISFONIAS FUNCIONAIS
• Muda vocal
• Nos distúrbios da muda vocal deve sempre avaliar a proporção glótica e carácteres sexuais secundários
• Disfonias psicogenicas
• Exame físico: esforços musculares na emissão, ataque vocal brusco, incoordenação pneumofonica
DISFONIAS NEUROLÓGICAS
ALTERAÇÕES NA INERVACAO DA LARINGE
- Paralisia de pregas vocais, Disfonia espasmódica e Tremor vocal
• Central
1. Lesões supranucleares de neuronios motores superiores (AVC, meningite): não geram imobilidade (nucleo
ambíguo representação cortical bilateral) —> espasticidade, assimetria na coaptacao glotica e
repercussão na fala; envolvimento da língua e palato: disartria e distúrbios da fase oral degluticao
3. Paralisia nuclear/Lesões neurônios motores inferiores do núcleo do vago (Malformacoes de Arnold Chiari,
Siringobulbia, tumores e trauma)
4. Síndrome de Wallenberg: obstrução da artéria cerebelar posteroinferior ou artéria vertebral, gerando infarto
na porção dorso-lateral do bulbo. Manifestações variáveis de acordo com estruturas afetadas (sindrome
cerebelar, paralisia velofaringea, síndrome oculossimpatica de Claude Bernard-Horner)
• Periférica
- Causas: traumatismo por acidente, iatrogenicas, cirurgias do pescoco, cirurgias torácicas, compressão
por tumores extralaringeos, doenças cardiopulmonares (cardiomegalia, aneurisma da aorta, pericardite)
- Sintomas dependem da posição (quanto mais lateral e/ou arqueada, maiores os sintomas)
- Pouco frequentes
- Ramo externo—> Inerva Musculo Cricotireoideo: adutor. Promove estiramento da prega vocal, com
aumento da tensão e afilamento da barda livre, decorrentes da aproximação das cartilagens cricoidea e
tireóidea. Dificulta a emissão de agudos, modulação da voz, na fala e o canto
• Alterações na inervacao
- Laringeo superior
- Nervo vago
• Paralisia X Imobilidade:
- Luxação
• Diagnóstico
- Exame otorrinolaringológicos: palpacao do pescoço, avaliação dos pares cranianos (ênfase em movimento do
palato, da língua e parede posterior da faringe)
- Paralisia do hemipalato (elevação do lado contralateral e desvio da úvula) e da hemifaringe (sinal da cortina,
deslocamento da parede posterior da faringe): lesão vagal
- Laringoscopia
- Emissão de agudos: avaliação do músculo cricotireoideo e então do ramo externo do laríngeo superior
- Eletromiografia: confirma
- Via transcutanea
• Identificação etiologica
- Desconhecida, solicitar: TC base de crânio até arco aórtico; Raio x de tórax; EDA (2anos)
• Conservador: paralisias unilaterais medianas ou paramedianas, com pouco ou nenhum repercussão clinica —>
fonoterapia (visa a aproximação da prega vocal cotralateral)
• Cirúrgico: paralisias intermediaria, lateral e paramediana com arqueamento importante —> visam aumento
volumétrico das pregas vocais —> melhor fechamento glotico
- Paralisias bilaterais
- Definitivo:
Tremor vocal
3. Tremor distônico
- Tarefa-fonatoria dependente
• Meia idade
• Hereditariedade
Distonia
- Mais frequente
- Esporádicas
- Forma focal (um grupo muscular restrito) e segmentar (regiões contíguas do corpo): são mais comuns. Adultos,
feminino. Relaciona o início a episódio traumático
- Forma generalizada (varias partes do corpo são acometidas): mais comum em crianças. Pode ser familiares ou
não. Forma família mais frequente e autossômico dominante (DYT-1 e DYT-6)
• Classificação
- Voz tensa estrangulada, com quebras de sonoridade (geralmente no meio da palavra) e evidência de
esforço vocal
- Tremor distônico: uma variação, em que as hiperaducoes são rítmicas; ausência de termos com emissão
do S e assobio
2. Abdutora (8%)
- Espasmos do CAP
3. Mista
4. Respiratória
• Tratamento
- Neurectomia do ramo tireoaritenoideo do nervo laringeo inferior associada a miectomia parcial do músculo
tireoaritenoideo com laser CO2
• Distensão venosa
• Estroboscópio:
Mioclonia
• Movimento involuntário, subito, breve duração causada pela contração muscular ou sua inibição
• Secundarias: mais frequentes; doenças neurodegenerativas, doenças de deposito, alterações cerebrais difusas,
doenças metabólicas, infecções, AVC / permanece durante o sono
Síndrome Parkinsoniana
• Dois dos seguintes sinais clínicos: tremor de repouso, bradicinesia, rigidez
• Alteração vocal: diminuição loudness e soprosidade, rouquidão leve, fala monótona, articulação menos definida,
alteração da velocidade da fala / períodos de trechos acelerados
• Disfagia: redução sensibilidade laringea e reflexo de tosse; risco de morte por pneumonia aspirativa
• Tratamento disartrofonia: princípios metodos Lee Silverman: aumento esforço vocal e intensidade
• Com o tempo, pode haver alteração mobilidade das PPVV uni ou bilateral
• Qualidade vocal: soprosidade, tensao, rouquidao, baixa intensidade, Pitch agravado / hipernasalidade
• Paralisia de língua com fasciculacoes / fala pastosa e lenta, articulação progressivamente compromete a
inteligibilidade da fala
• Disfagia progressiva
Esclerose Múltipla
• Doença inflamatória de origem autoimune
• Destruição das bainhas de mielina dos axonios do SNC: interrupção do fluxo normal dos impulsos nervosos
• Disfagia
TIREOPLASTIAS
• Modalidade cirúrgica funcional que ajuda a melhorar a voz por reestruturar o arcabouço laringeo
- Indicações
- Atrofia ou arqueamento da prega vocal: idade avançada, doença neurológica, ou causas idiopáticas
- Técnica cirúrgica
- Nasofibroscooia intraoperatoria
- Fixação da prótese
- Pós operatório
- ATB 7 dias
- Complicações
- Técnica: alargamento da glote anterior com confecção de retalho de pericondrio externo e colocação de
enxerto de silicone e cartilagem
- Indicações: disfonia espasmódica, falsete mutacional refratário, vozes masculinas finas, disfonias
soporosas de alta frequência (fenda glótica pequena e amplitude de vibração reduzida)
- Objetivo: aumento da frequência vocal; simula músculo CT (aumento da tensão das pregas vocais
através da aproximação cricotireoidea)
• Preparo Cirurgico
- Identificação dos pontos de referência cirúrgica (cartilagem cricóidea e a incisura e a margem inferior da
cartilagem tireoide)
• Aducao de aritenóidea
• Indicações
- Paralisia de prega vocal unilateral com fenda glótica ampla ou a prega fixada em posição lateral
• Técnica
- Incisão horizontal no mesmo nível da tireoplastia Tipo I, mais longa lateralmente 1-2 cm
• Complicações
VIDEOESTROBOSCOPIA
CICLO FONATÓRIO
• Fase fechada
• Fase de abertura
• Fase de fechamento
• Fase fechada
—> Efeito Estroboscópico: junção de varias ciclos vibratórios que foram captados em momentos distintos pela luz
estroboscopica
• Area glótica inicial (Ag0): área existente imediatamente antes da vibração se iniciar; pregas vocais em posição de
fonação sem fluxo aéreo
PARAMETROS VIBRATORIOS
1. Freqüência fundamental
2. Periodicidade
3. Amplitude de vibração
4. Onda mucosa
• Causas: corpo com paralisia flácida, músculo quase tão frouxo (sem tonus),
5. Fases de vibração
6. Simetria/assimetria de vibração
• Assimetria de amplitude
7. Fechamento glótico
Embriologia
• 8 semana de gestação, osso frontal e nasal sofrem ossificação intramembranosa
• Formam espaços na região anterior da face:
• Fontículo nasofrontal
- Espaço entre osso nasal e frontal
• Espaço pre-nasal
- Espaço entre ossos nasais e cápsula nasal (precursor das
cartilagens nasais e do septo
- Precursor das cartilagens nasais
• Forame cego
- Espaço entre etmoide e osso frontal
- Se conecta com espaço pré nasal
• Divertículo dural
- Protrai-se através do osso nasal e frontal
- Crescimento do processo frontal dos ossos nasais
- Divertículo retrai pelo forame cego
- Se fechamento incompleto: ma formações
- Persistência dá dura-máter aderida a pele
- Em diversos graus e formatos
Classificação
• Persistência osteo-membranosa
• Atresia de coana
• Estenose de abertura piriforme
• Cisto naso-lacrimal
• Tecido ectopico/malformado
• Glioma nasal, encefalocele (neurogênico)
• Cisto dermoide (ectodermico + mesodermico)
• Hemangioma (mesodermico)
CISTOS DERMOIDES
• Depósito de tecido filial em localização extradural sem ligação com o SNS ou espaço subaracnoídeo
(meningoencefalocele sem conexão com SNC)
• Massa cerebral extracraniana sem a herniacao da dura-mater
• Por apresentar conexão com o SNC através de uma fina haste de tecido neural
• Teoria de formacao: Fechamento da sutura craniana que isola um tecido cerebral fora dos limites do crânio
• Benigna, localmente agressiva
• Sexo masculino
• Apresentação
- Massas extranasais (60%)
- Lesão avermelhada subcutânea
- Firmes, não compreensíveis, não pulsáteis, lisas
- Próximo a glabela
- Dorso nasal pode ser alargado
- Intranasais (30%)
- Obstrução nasal
- Exteriorização pelas narinas ou comandas
- Massas polipoides róseas, firmes
- Não compressivel
- Não pulsátil
- Não distende pelo choro ou compressão da veia jugular (sinal de Fustenberg -)
- Combinados
• TC e RNM
• Biópsia é contraindicado
• Tratamento: excisão completa
- Extranasal: semelhante aos cistos dermoides
- Intranasal: craniotomia; etmoidectomia; via endoscópica transnasal
ENCEFALOCELES
• E incomum
• Desenvolvimento deficiente do palato primário e crescimento ósseo excessivo do processo nasal da maxila
• A deficiência do desenvolvimento do dente incisivo ocasiona estreitamento da porção inferior da cavidade nasal
• Incisivo central único (mugaincisivo) em 60% dos casos
• Manifesta-se nas primeiras semanas de vida
• Diagnóstico incorreto de atresia coanal (sintomas semelhantes)
• Diagnóstico:
- Exame físico
- TC: medir largura da abertura piriforme (distância entre os aspectos mediais da maxila) no nível do meato
inferior, no plano axial (ECAP < ou = 8mm; normal > ou = 11mm)
• Tratamento
• Paliativo
• Cirurgia: via sublabial, alargar margens ósseas laterais e inferiores com broca
MASSAS CERVICAIS
HUGO MELO
• Desafio diagnostico
• Expectativa do diagnostico
• Investigação diagnostica
• Anamnese
• Exame fisico
- Exame completo da CP
- Inspeção e palpação
• Nasofibrolaringoscopia
- Hemograma, VHS
- Sorologia: Mononucleose, Toxoplasmose, Rubeola, CMV, Doença da arranhadura do gato, SIDA, Sifilis
• Classificação
- Cisto dermóide
- Teratoma
- Ranula mergulhante
- Laringocele
- Pseudotumor da infância
- Linfonodos, linfomas
LESOES INFLAMATORIAS
• Causa mais comum de massa cervical na infância, não congênita
- Retro-auricular
- Occipital
• Persistência = vigilância
• Principais causas: Mononucleose, CMV, toxoplasmose, HIV, Doença da arranhadura do Gato (Bartonella hanselae),
tuberculose, sifilis
• Exames complementares:
- PPD, escarro
• <1% CA papilifero
• Crianças 5 anos
• Tratamento
• Recorrencia 2,6 a 5%
CISTO DERMÓIDE
• Aprisionamento de tecido epitelial das linhas embrionárias contendo ecto e endoderma
- Se acima: elevação do assoalho da boca, projetando língua para cima e para trás
ANOMALIAS BRANQUIAIS
• Embriologia:
- Arcos são formados por mesoderma e revestidos por ectoderma com grande capacidade de diferenciação
- Formação de estruturas da CP
• Tratamento cirúrgico com elevada taxa de recorrência e aumento do risco de lesão do N. Facial
• Diagnostico
- Clinica
• Tratamento cirúrgico
• Quando apresentam abertura externa, localizam-se na mesma posição do 2 arco, porem a abertura interna
localiza-se no seio piriforme
• Tratamento cirúrgico
HEMANGIOMA
• Malformacao vascular
• Incidência 10%
LINFANGIOMA
• Presente ao nascimento 90%
METÁSTASES CERVICAIS E DD
HUGO MELO
ANATOMIA
• Descrição de linfonodos: crânio-caudal e póstero-anterior
• Niveis:
- Limites: ventre anterior do m. Digástrico; osso hioide; limite posterior da glândula submandibular
superficialmente ao músculo milo-hoideo; corpo da mandíbula
- Limites:
• IIB: posterior
- Limites:
- Limites:
- Inferior: clavícula
• V: Trígono posterior: linfonodos médios e inferiores da cadeia acessória, linfonodos ao longo da artéria cervical
transversa, linfonodos supraclaviculares
- Limites:
- Inferior: clavícula
• Subdivide-se: plano transversal que passa pela borda inferior do arco anterior da cartilagem cricoide
• VA e VB
- Limites:
• Laringe / Hipofaringe —> II, III, IV (Obs: extensão subglotica —> VI)
Area Tonsilar: II, III, IB
- Base da lingua
Hipofaringe: II, III, IV
- Palato mole
- Região retrocricoidea
- Zona marginal de laringe (epiglote supra-hioidea, pregas ariepigloticas, mucosa sobre aritenoides)
DIAGNÓSTICO
• Clinico
• 70-75% acurácia
• Radiologico
• USG
• RNM
• 90-95% acurácia
• PAAF
• Avaliação citologica
• imunocitoquimica
• Evitar biopsia aberta: ruptura de cápsula (extravasamento capsular), alteração da drenagem linfática; piora o
prognostico
ESTADIAMENTO
• N0: pescoço negativo
• N3b: qualquer metástase independente do tamanho com extravasamento extranodal positivo (pior prognostico)
—> Pior prognostico: extensão extracapsular do linfonodo, maior numero de metástases cervicais, niveis IV e V
ESVAZIAMENTO CERVICAL
• Classificação
• Quanto a indicação:
- Eletivo: N0
- Terapeuticos: N+
• Quanto a lateralidade:
- Unilateral
- Bilateral
• Quanto a extensão:
- Radical modificado: I-V + preservação de pelo menos 1 das estruturas (m. ECM, VJI, nervo acessório)
- Seletivo:
- EC supra-omo-hioideo: I-II-III
- EC lateral: II-III-IV
- EC central: VI
- Ampliado: remoção de 1 ou mais cadeias linfáticas ou estruturas não linfáticas não ressecadas no EC
radical
- Superseletivo
- 1 ou 2 níveis contíguos
- Casos selecionados: tratamento eletivo para cN0 e doença residual pós QRT (esterilizacao dos
LND)
• 75% CEC
• Extensa procura pelo sitio primário: oroscopia e palpação, VR/VL, EDA, raio-x de torax, TC de face e pescoço
- Base da língua
- Nasofaringe
- Hipofaringe
• Diagnostico:
- PAAF
• Tratamento
Complicações de EC
• IB: lesão de nervo hipoglosso, lingual e marginal mandibular
Diagnosticos diferenciais
• Historia, habitos, e antecedentes
• Sintomas sistêmicos
• Cisto branquial
• Cisto tireoglosso
• Hemangioma
• Linfangioma
MUCOCELE
HUGO MELO
Fonte: MEDREVISAO
• Lesoes benignas, encapsuladas, preenchidas por muco e recobertas por epitélio da mucosa respiratória (cisto de
revestimento epitelial)
• Primaria: obstrução do ostio de drenagem do seio paranasal comprometido por processos crônicos
• Quadro clinico
- Esfenoidais: comprimem nervos (II, III, IV, V2, VI, esfenopalatino, vidiano), seio
cavernoso, carotida, dura
• complicacao: fistula
• Traamento
Fonte: tratado
• Cuidados orais
- Evitar açúcar
- Hidratação de lábios
- Agentes tópicos:
- Clorexidina 0,12%: bochechos, tem efeito antiplaca bacteriana e acao antimicrobiana (nao previne ou trata
a mucosite)
- Benzidamina: AINE; bochechos contendo duas colheres de sopa em meio copo de agua morna
- Crioterapia: manter pastilhas de gelo na boca por aproximadamente 1h (vasoconstricao diminui o aporte de
quimioterápicos a região oral)
- Suplementacao de Glutamina
BENIGNOS
• Neoplasicas e não neoplasicas
• Classificam-se:
- Tumores epiteliais
- Tumores conjuntivos
- Adquiridos
TUMORES EPITELIAIS
1. Papiloma
2. Ceratoacantoma (Pseudocarcinoma)
- Nódulo, evolui para ulceração crateriforme e área central coberta por queratina
- Tratamento:
3. Nevo
TUMORES CONJUNTIVOS
1. Fibroma
- > 35 anos
- Exames radiológicos: lesão litica, multiloculada ou uniloculada, com septacoes e calcificacoes na matriz
- Histopatologia: tumor capsulado ou nao, constituído por adipocitos e septos de tecido conjuntivo
• Hemangioma
- Predomina em mulheres
- Manifestam algumas semanas após o nascimento —> proliferam no primeiro ano —> involuem em
alguns anos
- Classificado:
C. Mistos
- Tratamento
• Linfangioma
- Cistos multiloculares, de tamanhos variáveis, preenchidos por fluido amarelo claro, alguns
interconectados, de crescimento lento e progressivo (nao involuem com a idade)
- Diagnostico clinico
- USG confirma
- Tratamento
- Tipos:
• Leiomioma
• Rabdomioma
- Tratamento cirúrgico
TUMORES NEUROGENICOS
1. Neurofibroma
2. Schwanoma
- Padrão histopatologia:
A. Antoni A: tumor compacto, com células fusiformes, núcleos em paliçada e corpúsculos de Verocay
(agrupamentos de células fusiformes com citoplasma pouco definido)
- Malignizacao de 27 a 76%
2. Mucocele
3. Rânula
- Tratamento: Via intra-oral ou via cervical; Marsupialização; Simples drenagem da lesão; Resseccao da lesão
e da glândula; Criocirurgia; Excisão a laser de CO2
- Complicações: recidiva, deficit sensitivo da língua (lesao nervo lingual), lesão do ducto de Wharton
MALIGNOS
• Tumores malignos - 95% CEC
• >60 anos
• Fatores predisponentes
- Tabagismo e etilismo —> atrofiam o epitélio oral permitindo maior exposição a carcinógenos
- Radiação solar (labios), Ma higiene oral, Proteses mal adaptadas, Gengivite crônica, Deficiência de ferro e
ribavirina, Infecções pelo HPV, herpes I, EBV, consumo de mate chimarrão
• Cafe, Dietas ricas em Vit A, C, E, frutas citricas, verduras tem menor risco
• Áreas de maior risco: soalho da boca, porção ventrolateral da lingua, palato duro, espaço retromolar
• Pior prognostico:
- Grau de diferenciacao
Lesoes Cancerizáveis
• Apresentacao: leucoplasias, eritroplasias, fibrose submucosa oral, líquen plano, queilite actinica, queratose palatina
e lúpus eritematoso
• Eritroplasias
• Atipia e desarranjo celular intensos limitados ao epitélio, sem comprometer a membrana basal
CEC
• 90% das neoplasias malignas orais
• Lesao mais comum: lesão mucosa ou submucosa unica, indolor, com crescimento progressivo
• Suspeita: ulceração persistente, indolores, irregular, endurecimento (infiltracao tumoral) e fixação as estruturas
adjacentes
• Quadro clinico: local mais acometidos —> base da língua, região tonsilas
- Estagios mais avançados: odinofagia, disfagia, hemorragia, amolecimento dos dentes, trismo, otalgia
• Exames:
• Metastases
• Estadiamento
• Tratamento
- Cirurgia:
- Margens de 1cm
- Pull Through: ressecção em monobloco, com EC, mantida continuidade de arco mandibular
- Pescoco:
- Com metástase: resposta a cirurgia e melhor; EC radical modificado (I-V) + RDT pós operatória (multiplos
linfonodos, ruptura capsular, invasão perineural ou perivascular)
- Pescoco N0: T2 (exceto lábio e palato duro), T3, T4 - RDT ou DSC (I-III) supra-omo-hioideo
• Acompanhamento:
- >5anos: anual
• Idosos, com higiene dental precaria, próteses mal ajustadas e habito de mascar fumo
• Tumor muito bem diferenciado, geralmente vegetante, sem tendencia a invasão e metastases (evitar RDT)
MALIGNA DE LÁBIO
• Anatomia
• Vascularizacao: ACE -> artéria facial -> artérias labiais superior e inferior
• Drenagem linfática
• Inervacao:
- Sensitiva: nervo trigêmeo —> ramo mandibular (labio inferior) e ramo maxilar (labio superior)
• Etiologia:
- Casos avançados: destruição do labio, invasão ossea de mandibula, anestesia cutânea (nervo mentoniano)
• Tipos histológicos:
- Carcinoma basocelular: origina da pele ao redor e invade o vermelhao; 1-2% dos casos
• Diagnostico: biopsia!
• Mal prognostico: tumores >3cm, tumores comissurais, metástase linfonodal, recorrência do tumor, invasão
perineural ou mandibular, tumores pouco diferenciados
• Seguimento: mensal no 1 ano, bimestral no 2 ano, trimestral no 3 ano, quadrimestral no 4 ano, e semestral a partir
do 5 ano
TUMOR ALVEOLAR
• Relativamente raro
• Tratamento:
• homens, 6 década
• Tratamento:
NÓDULOS TIREOIDIANOS
HUGO MELO
• Câncer de Tireoide
- No Brasil incidência de 1%
NÓDULOS DE TIREOIDE
• Palpaveis e Achados de exame (incidentalomas) tem mesmo risco de
malignidade
• Se:
Investigação
• Dosagem de TSH
- Nódulo quente (hiperfuncionante): investigação para Hipertireoidismo (Nao se faz necessário PAAF)
• USG:
- Limites imprecisos
- Presença de microcalcificacoes
- Margens irregulares
• Classificação
• Risco muito baixo: risco <3%; espongiforme (agregacao de Multiplus componentes microcisticos em mais
de 50% do volume) ou parcialmente cístico e sem características de malignidade
• Risco baixo: risco 5-10%; solido, regular, iso ou hipoecoico ou parcialmente cístico, regular, sem
microcalcificacoes ou extensão extratireoideana ou altura maior que largura
• Risco intermediário: risco 10-20%; nodulo solido hipoecoico, fino halo, sem microcalcificacoes, extensão
extratireoideana ou altura maior que largura
• Risco alto: risco 70-90%: nódulo solido hipoecoico ou componente solido hipoecoico de um nódulo
parcialmente cístico com margens irregulares ou microcalcificacoes ou altura Maior que a largura ou
margens calcificadas com pequenas área de extrusao, evidencia de extensão extratireoideana
- PAAF
• PAAF
• Conduta
- 7% não diagnóstica
• Citologia benigna II
- Testes moleculares
• Citologia suspeita - V
- Conduta: cirurgia
• Situações especiais
• Gestantes
TUMORES MALIGNOS
• Neoplasia malina mais comum do sistema endocrino
• Classificação
• Indiferenciado: anaplásico
Adenoma Folicular
• Tumor benigno mais comum
• Mulheres
• Bem diferenciado
Carcinoma Folicular
• > 40 anos
• Pior prognostico: idade avancada, tumores maiores que 4cm, invasão vascular extensa
• Exames Pré-operatórios:
- US
• Lobectomia + istmectomia
- Microcarcinoma papilifero
- baixo risco (menor que 4cm, sem extensão extratireoideana, sem evidencia de metástase)
• Terapia Adjuvante com I 131: devem fazer para melhor captação um hipotireoidismo (supressao por 3-4
semanas)
- Alto risco
- Tumor papiliferos com histologias agressivas (Celulas altas, esclerosante difusa e insular)
• Inibidores da Quinase (Sorafenibe, Pazopanibe, Sunitibe): atuam no receptor do fator de crescimento endoteliais
vascular (VEGFR)
- Metastase
• Radioterapia
• Metastases cerebrais
• Metastases pélvicas
• Seguimento 6-24m
• USG/Imagens
• Baixo risco: CDT intratireoidiano, sem evidencia de extensão extratireoideana, sem invasão vascular (ou
invasão vascular mínima < 4 vasos acometidos ) ou sem metástase cervical (exceto metástase linfonodo de
baixo volume (N0 ou menos que 5 micrometastases equivalentes a linfonodos menores do que 0,2cm no maior
diâmetro)
• Risco intermediário: extensão extratireoideana microscópica, metástase para linfonodos cervicais (N1 clinico
ou > 5 linfonodos acometidos <3cm na maior dimensao), captação de iodo no pescoço fora do leito
tireoidiano, invasão vascular ou histologia tumoral agressiva
• Alto risco: extensão macroscópica extratireoideana, ressecção tumoral incompleta, metástase a distancia,
acometimento linfonodo de grande volume (qualquer metástase >3cm na maior dimensao) ou valores de Tg
elevados após a cirurgia
• Taxa de sobrevida em 10 anos de 85%, caindo para 40% se meta linfonodo positivo
Tumores Indiferenciados
Carcinoma Anaplasico
• Tumor mais raro de tireoide (<1%)
• Mais agressivo
Embriologia
• Ossiculos
1. Primeiro arco branquial: martelo, bigorna e mandíbula cartilaginosa interligados pela cartilagem de Meckel
2. Segundo arco branquial: processo estiloide, osso hioide, estribo, processo lenticular da bigorna e o cabo
do martelo compõe a cartilagem de Reichert
Fatores de risco
• IVAS
• Creche, escola
• Inverno
• Tabagismo passivo
• Aleitamento materno
• DRGE
• Atopia
Etiopatogenia
• Tripé:
1. Fatores imunológicos: sistema imunológico da criança e imaturo (igG - princ. IgG 2, da Mae diminui ate os 6
meses de vida e queda de IgA)
2. Fatores anatomicos
- Tuba auditiva:
- Mecânica:
- Bacteria: S. pneumoniae (35%), H. Influenza não tipavel (30%), M. Catarrais (10%), S. Pyogenes (5%)
Evolucao
Hiperemia —> exsudação —> supuração —> coalescência
Quadro clinico
• Otalgia subita
• Hipoacusia de condução
• Plenitude auricular
• Otoscopia:
- Abaulamento
- Hiperemia radial
Tratamento
• Bom prognostico
• Observação inicial:
- 6 meses a 2 anos: sem sintomas de gravidade e sem otorreia com OMA unilateral
- > 2 anos: sem sintomas de gravidade e sem otorreia com OMA bilateral
• Antibiótico
- Indicado:
3. Otorreia
4. Sintomas de gravidade
7. Imunodeficiencias
8. Anormalidades craniofaciais
- Clavulanato se: amoxicilina < 30 dias, conjuntivite, cobertura para produtores de betalactamase, sem
melhora após 48-72h
- Amoxiclina + clavulanato
- Duracao:
- Otalgia severa
Recorrente
• 3 ou mais em 6 meses OU 4 ou mais em 12 meses
• Fatores de risco:
- Adenoide: não pelo tamanha e sim por ter função de reservatório bacteriano (biofilme)
- Frequentar creche
- Tabagismo passivo
• Abordagem
- Profilaxia com vacinação: influenzae (todas >6meses), pneumococo (PCV7, PCV 10-D, PCV13 - todas >6
meses), e HiB (protege meningite, pneumonia, artrite, epiglotite, NAO OTITE)
Cronologia
- Aguda < 3sem / Subaguda 3 sem a 3 meses / Crônica > 3 meses
Quadro clinico
- Maioria assintomático (ausencia de sinais de infeccao, febre, otalgia)
- Otoscopia:
- Tipos de fluidos:
3. Sanguinolento
4. Purulento
Investigação
• Inpedanciometria
• Audiometria
- Tipos de audio:
Tratamento
1. Expectante: ausência de fatores de risco para dificuldades de desenvolvimento —> observar por 3 meses
- Manobras de valsava
- Anti-histamínicos e descongestionantes
- Exceção para < 3 meses: atraso de linguagem, disacusia neurossensorial, autismo, S. down, fenda
palatina
- Atelectasia adesiva
• Critérios:
Fisiopatologia
• Disfuncao tubária —> privação de oxigênio
- Alergia
- DRGE
• Patógenos: misto
Avaliação auditiva
• Completa e mandatória
2. Cadeia ossicular: erosão (interrupcao da cadeia), fixação oscular por timpanoesclerose, osteogenese
e/ou fibrose. Acometimento bigorna (91%), estribo (69%) e martelo (54%)
3. Fenda auditiva: efeitos de massa por liquido, granuloma de colesterol, colesteatoma e tecido de
granulação
- Mista
Classificação
• OMC não colesteatomatosa: formas clinicas —> perfuração timpanica e retração timpanica
- 3 fatores importantes:
- Disfunção tubária
- Elasticidade da MT
- Pode Evoluir:
- Para estabilidade
- Para perfuração
- Tratamento
1. Parte tensa:
• Perfuração timpânica:
• Tipo:
- Subclassificação:
- Otorreia persistente
- Tratamento
• OMC colesteatomatosa:
• Colesteatoma: acumulo de queratina esfoliada na orelha media ou outras áreas pneumatizadas do osso
temporal
- Debris de queratina
- Tensa ou mesotimpanico posterior (33,8%): quadrante póstero-superior da parte tensa, mais frequente em
crianças
- Indeterminado (16%)
• Adquirido
• Quatro teorias
4. Proliferação papilar: infecção que levou a proliferação de cães epiteliais nas camadas basais da
parte tensa ou parte flácida
• Primário:
• Secundário:
• Congênito:
- Tipo de Keratoma
- DD:
• Quadro clínico
- Hipoacusia
• Otoscopia:
- Perfuração ampla
- Otorreia importante
- Retração
- Lamelas
- Pólipos
• Exames complementares:
1. Audiometria:
2. TC
- Erosão óssea
3. RM
- Difusão - restrição
• Tratamento
- Cirurgico
• OMC silenciosa
- Alterações histopatológicas irreversíveis da mucosa de revestimento da OM, sem a presença de perfuração
timpânica
- Predisposição a complicações
COMPLICAÇÕES
• Extensão do processo infeccioso/inflamatório para além dos limites do revestimento mucoperiosteal da orelha
média
• Sinais de alerta:
- Vertigem
- Nistagmo
- PFP
- Sinais meníngeos
Extracranianas
• 2x mais frequente
Abscessos
• Disseminação lateral:
- Abscesso retroauricular
- Abscesso temporozigomatico
• Disseminação cervical:
- Abcesso de Bezold
- Abcesso parafaríngeo
1. Abscesso retroauricular/subperiosteal
• Quadro
- Sinais de toxemia
- OMA: miringotomia
2. Abscesso temporozigomatico
• Quadro
3. Abscesso parafaringeo
• Desconforto a degluticao
• Febre persistente
• Quadro:
• Tratamento
- ATB EV
2. Drenagem do abscesso
• 3 mecanismos:
• Tratamento
- OMC: pior prognostico; cirurgia o mais breve possível —> exploração cirúrgica do canal do facial com
descompressão do local acometido + timpanomastoidectomia
Petrosite
• Complicação tardia
• Quadro clinico
- Síndrome de Gradenigo: otite media/otalgia + dor retrorbitaria (NC V) + paralisia abducente (NC VI)
• TC ou RNM é fundamental
• Tratamento
- ATB parenteral
- Drenagem cirúrgica
Labirintite
• Disseminação através da janela redonda
• Tipos
1. Labirintite serosa
2. Labirintite supurativa
- Estágios
• Tratamento
2. Anti-eméticos
3. Anti-vertiginosos
4. Corticoide
5. Reabilitação vestibular
Fistula labiríntica
• Complicação associada a colesteatoma (7%)
• Diagnostico
- Confirmação: intraoperatorio
• Tratamento: Cirurgico
Intracranianas
• Pouco frequente
• Alta morbimortalidade
Meningite
• Complicação intra mais comum
• Quadro:
• TC ou RNM antes da punção (excluir lesões expansivas, devido risco de herniado amigdaliana)
• Tratamento
- OMA: miringotomia
- OMC: mastoidectomia
Abscesso cerebral
• Segunda complicação intra mais comum
• Tromboflebite/disseminação hematogenica
• Quadro clínico:
- Fase asssintomatica/latência
- Fase de expansão: febre, redução do nível de consciência, cefaleia intensa, vômitos, papiledema, sinais
neurológicos focais
• TC + RM
• Tratamento
3. OMC: mastoidectomia
• Agente: Streptococcus
• Quadro clinico
- Sinal de Griesinger: edema e rubor retroauricular (por trombose da veia emissária da mastoide)
• Tratamento
- Se negativa ou tenha pus: abertura do seio com remoção do trombo ou drenagem do trombo intacto
- Anticoagulante: indicado se extensão para seio transverso e jugular, sinais de hipertensão intracraniana
- RM de controle
CIRURGIAS
Timpanoplastia
• Fatores de prognóstico
- Perfuração central, pequenas X perfurações amplas (>50%), totais, que atingem o anel timpânico
- Timpanoesclerose
• Timpanoplastia na crianca:
- Particularidades: tuba auditiva mais curta, estreita e horizontal, alimentação na posição deitada e regurgitação,
presença de tecido linfoide, maior predisposição a IVAS
• Premissas
- Presença de disacusia neurossensorial grave ou anacusia: acompanhar paciente, não realiza cirurgia
- Patologia bilateral: operar primeiro o lado em que otorreia seja mais frequente ou lado tecnicamente mais fácil
• Técnica
1. Anestesia local
3. Bloqueio do nervo auricular maior e do nervo auricular temporal e do CAE nos 4 pontos cardeais
4. Enxerto
• fáscia temporal
• Enxerto de pericondrio
5. Vias de acesso
• Transmeatal
• Retroauricular
• Lempert - endaural
- Enxerto por debaixo do remanescente anterior da perfuração e sobre o sulco timpânico posterior
• Complicações
- Elevação do angulo tímpano-meatal anterior: frequente na técnica lateral, ma função vibratória com mau
resultado auditivo
- Tontura
- Alterações gustativas
- Paralisia facial
- Persistência do zumbido
- Material sintético: próteses titânio parciais (PORP) ou totais (TORP), próteses de bigornas
Cirurgias de Mastoide
• Indicações
- Distúrbios vestibulares
- Implante coclear
• Técnicas
• Incisão
- Incisão retroauricular
- Incisão de lempert
- I: suprameatal
- Fossa cribriforme
- Arco zigomático
- Linha temporal
- Ponta da mastoide
• Princípios cirúrgicos:
- Limites:
- Timpanotomia posterior
• Técnicas
- Mastoidectomia simples
- Acesso Cirurgico a estruturas de osso temporal, drenagem de mastoidite, parede posterior do CAE
intacta
- Timpanomastoidectomia
- Mastoidectomia radical
- Cirurgia de Bondy
- Indicações: colesteatoma atical, orelha média livre de doença, sem acometimento de cadeia
ossicular
• Meatoplastia
- Incisão em Y
- Pós operatório:
- Analgesia e ATB
- Aspiração e observação
• Complicações
- Paralisia facial
- Lesão vestibular
- Disgeusia
- Herniadas cerebral
- Sangramento
- Estenose da meatoplastia
TUBA AUDITIVA
• Canal osteocartilaginoso
• Funcao: igualar pressão orelha media, drenagem de secreções e proteção da orelha media
• 4 músculos relacionados:
3. Músculo salpingofaríngeo
• Musculo tensor do véu palatino e Musculo tensor do tímpano = inervados pela porção mandibular do trigêmeo
• Mecanismos:
- Degluticao, bocejos
- Absorção de gás na orelha media —> pressão negativa intratimpanica —> deslocamento gradual
passivo da MT —> encurtamento passivo do músculo tensor tímpano com contração reflexa—>
contração reflexa do músculo tensor do veu palatino —> abertura tubarea —> normalização da pressão
intratimpanica
• Estrutura
Disfuncoes Tubarias
• Obstrução ou Patencia
• Obstrução:
- Mecanica
- Adenoide, tumores
- Disfuncional: rinite alergica, desvios septais, hipertrofia de cornetos, pólipos nasal, traumas, malformações
congênitas como fissuras palatinas, alterações tireoideanas, alergia alimentar
• Quadro clinico
• Patencia
• Autofonia
• Plenitude aural
• Audiometria + Imitanciometria
• Tratamento
• Disfunção com ausência de efusão: descongestionantes nasais sistêmicos e corticoterapia e limpeza nasal com
solução fisiológica
• Exercícios mioterápicos
• Tubo de ventilação:
- Exceto em: disacusia neurossensorial, atraso de linguagem, autismo, síndrome de Down, cegueira, fenda
palatina —> TV pode ser instalado mais precocemente
• Avaliação adenoamigdalectomia
• Dilatacao tubarea com balao cateter via endonasal —> disfunção tubária crônica
Barotrauma
• Todo efeito deletério aos tecidos decorrente de diferencial de pressão entre uma cavidade anatômica preenchida
por gás e o ambiente —> requer mecanismo ativo, voluntário e rápido —> se ineficaz —> dilatacao vascular,
edema da mucosa, formação de exsudato, hemorragia, ruptura do
tecido
• Mudanças de pressão
• Mergulho
- Touca de natacao, tampões de ouvido, impactacao de cerume, otite externa aguda ou outra obstrução —>
não entrada de agua no CAE —> espaço não ventilado —> edema cutâneo, equimose, ruptura timpânico
- Tratamento:
- Manobras de valsalva
- Cirurgia: audição piorar ou não melhorar após 24-48h ou vertigem incapacitante persistir
• Viagens aéreas
• Oxigenioterapia
- Pode atingir pressão 2.000mmHg no sangue arterial e 400mmHg nos tecidos por um período de 4 semanas
• Prevenção
- Realizar manobra de valsava a cada 1-2m de descida —> se bloqueio ocorrer —> subir alguns metros e tentar
equalizar
OTOSCLEROSE
HUGO MELO
- Osteodistrofia localizada —> anquilose da platina do estribo e/ou envolvimento generalizado da capsula ótica
- Caucasianos e hindus
• Etiopatogenese
• Teoria enzimática: reação auto-imune, liberação de enzimas hidrolíticas e proteases por histiócitos e osteócitos
• Fisiopatologia
- Fatores hormonais
- Fatores mecânicos
• Otosclerose X Otospongiose
- Inicia reabsorção perivascular que afeta osso endoconwdral (anterior a janela oval - fissula ante fenestram
ou zona Cozzolino)
• Classificação
• Clinica: Sintomática secundaria a fixação da platina do estribo —> perda auditiva condutiva ou mista
• Coclear (endósteo): invasão do endósteo coclear sem a fixação do estribo —> perda auditiva neurossensorial
• Otosclerose muito avançada: envolvimento extenso da capsula ótica + acometimento neurossensorial profundo
(limiares >ou iguais 85dB na via aérea e sem resposta aos estímulos por via óssea)
• Achados:
• Histopatologia
- Janela redonda
- Cadeia ossicular
- Ligamentos
- Otoscópio normal
- Hipoacusia comum
- Tontura incomum
• Aspectos audiológicos/vestibulares
- Condutiva: Paracusia de Willis: melhor capacidade auditiva em ambientes ruidosos (sem valor diagnostico)
• Impedanciometria
- Timpanometria Ar
- Efeito On-Off: deflexão no inicio e fim do estimulo reflexo estapediano (mudanca no eixo de rotação da platina)
- fase inicial da doença
• Diagnostico
• Diagnostico é clinico!
• TC de osso temporais
- Achados:
• Doenças associadas
• Doença de Camurati-Engelmann
• Diagnosticos diferenciais:
- Perda da energia hidráulica, PA condutiva, Vertigem, Fenômeno de Tulio (ruido), Hennebert, Resposta positiva
no VEMP, Reflexos presentes —> TC diagnostica!
• Tratamento
• Expectante —> Indicacoes: PA condutiva leve, unilateral —> Seguimento com audio
• Medicamentoso:
- Indicacoes:
- Contraindicacoes a cirurgia
- Não reverte componente auditivo da fixação da platina do estribo, mas pode diminuir progressão ou estabilizar
- Fase de otospongiose —> rápida piora auditiva (PANS), acúfenos e vertigem —> Terapia medicamentosa
- Associado a Ca e Vit D
- Opções:
- Efeitos colaterais: nauseas, vomitos, gastrite, epigastralgia, nefrite, dores musculares, alteração
coagulacao, intoxicação neurológica, artralgia
- Alendronato 70mg/semana < rizendronato 35mg/semana, (VO), por 12 semanas - controle audiometria
3. Flavanoides
- Ipriflavona, galascorbina,quercitina
• AASI
- Insucesso cirurgia
- Contraindiacoes a cirurgia
• Outros para reabilitação auditiva: BAHA, VIBRANT, Carina, Maxum, Implante coclear
• Cirurgia
• Bilateral —> opera primeiro pior lado
- Perda condutiva ou mista com boa reserva coclear - limiar ósseo ate 30dB
• Tipos:
- total
• Estapedioplastia: curotomia anterior + laser —> separa terço anterior fixo do posterior móvel
• Contraindicacoes:
- Orelha única
- Perfuração de MT
- IVAS
• Tecnica:
2. Infiltração CAE
4. Reatalho timpanomeatal
7. Medição (4,5mm)
- Aspirador tamanho 8
• Achados intra-operatórios
• Cuidados pós-operatório
- Primeiras 24h:
- Internação
- Repouso relativo
- Decúbito elevado
- Proteção auricular
- Primeiros meses:
- Seguimento audiometria
• Complicações
- Perfuração da MT
- Sangramento
- Desarticulação de cadeia
- Platina flutuante
- Paralisia facial
- Fixação incudo-maleolar
• Diminuição gradual da acuidade auditiva induzida por exposição prolongada a sons acima de 85dB NPS durante
o exercício profissional
• Neurossensorial
• Bilateral
• Irreversível
• Simétrica
• Predominio nas fases agudas, com entalhe em V, centrado em uma das frequências, 3000, 4000 e 6000 Hz
• Idade
• PTS (Permanente threshold shift)
- Alterações irreversível
• Homens
- Perda de CCE, CCI e degeneração
• Uso de ototóxicas
neural
• Exposição a vibrações
• Deficiência de ferro
• Hidropisia endolinfatica
• Presbiacusia
• Tabagismo
História evolutiva
• Fase acomodação
- Zumbido
- Zumbidos frequentes
- Isolamento social
• 5-10 anos de exposição: cóclea muito sensível a ação do ruido. Elevação 1.05dB/ano nas frequências de 2-4KHz
• 10-50 anos de exposição ate a idade de 55 anos: evolução mais lenta 0,3 a 1.6 dB/ano
• A partir dos 55 anos de idade: maior aceleração da perda; super ajuntado aos efeitos da presbiacusia
Diagnóstico
• Anamnese
- Intensificação do zumbido
- Algiacusia, plenitude
- Hipoacusia
• Áudio única:
- Compatível normalidade
- Estabilidade auditiva
• Interpretação
Regulamentação NR-7
• TODOS expostos a ruído:
- Após 6 meses
- Anualmente
- Demissional
Tratamento
• Reabilitação auditiva!
• Prevenção!
- Programa de conservação auditiva (PCA) em ambientes de trabalho com exposição ao ruído acima de 85dB
medido em decibelímetro
- Protetores com atenuação ativa com filtros acústicos (proteção a partir de 2KHz; compatível com outros
EPI cefálicos)
• O potencial da lesão esta relacionado com a intensidade, duração e distancia da fonte sonora
• Mecanismo de lesão:
- Mecanicos: movimento abrupto da membrana basilar rompe cílios ou ate mesmo as células ciliadas
- Metabólico: trauma continuo —> excesso liberação de glutamato e radicais livres, aumento do fluxo de
potássio e cálcio —> isquemia
• Fadiga auditiva: ruído traumatizante sem lesão permanente na orelha interna. Recuperação de 2 min ate 16 horas
• Clinica
- Uni ou bilateral
- Sintomas súbitos
- Hipoacusia
- Hiperacusia dolorosa
- Instabilidade
- Cefaleia
- Tensão muscular
• EOA: a função das células ciliadas externas são as primeiras estruturas afetadas na orelha interna
• Tratamento
5. Drogas antiapoptoticas
- Metilprednisolona 15mg/kg/dia
PAPILOMATOSE RESPIRATÓRIA
HUGO MELO
• Principal causa de neoplasia benigna da laringe (80% dos tumores benignos da laringe)
• Não displásicos: 6-11 são mais comuns: 3-6% de risco malignizacao (>11); outros: 2, 4 e 57;
• Displásicas 16 e 18
• Tipos de lesões:
- papilomas propriamente dito: palato mole, pilares, úvula; apresentam colocaracao rosea e são
pediculados; subtipos 6 e 11
• Complicações: obstrução de vias aereas (em laringe), risco de malignizacao, complicações do tratamento
(sinéquias, e cicatrizes)
• Aspecto
- Junção escamocelular
- Exofítica
- Pedunculada ou nodular
- Superfície irregular
- "Cachos de uva “
• Quadro clinico laríngeo: Disfonia (mais comum), Obstrução de via aérea, Estridor inspiratório (bifásico), Tosse
• Classificação
1. Juvenil
- Muito agressiva
- Alta recorrência
2. Adulta
• Tratamento
• Laríngeo
1. Cirurgia —> anestesia geral + IOT (contra indicado TQT, maior disseminação via aérea inferior)
2. A laser
2. Coadjuvantes
2. Tratamento intralesional:
4. Tratamento anti-reflexo
1. Segmento supranuclear: leva impulsos elétricos do córtex, no giro pré-central do lobo frontal ate o núcleo do facial
3. Segmento infranuclear: caracterizado pelo nervo facial, que chega as fibras musculares da mimica facial
• As fibras axonais motoras (córtex) —> via trato corticomedular, cruzam a linha media —> núcleos faciais
contralaterias no tronco encefálico —> musculatura da mimica facial da hemiface oposta
• Existem fibras neurais oriundas do córtex que não cruzam a linha média do tronco encefálico e estimulam o núcleo
facial responsavel pela inervação da porção superior da hemiface homolateral
- Paralisia apenas do quadrante inferior da hemiface - Toda hemiface homolateral ao lado lesado
contralateral
- Flácida
- Espástica
- Bloqueio de condução em graus variáveis
- Provas elétricas normais
• Classficacao
- Disfuncoes associadas: proximidade VI, V, VIII, trato corticoespinhal, espinotalamico, fibras s. Simpático
• I) Neuroparaxia: compressão do fluxo do axoplasma; condução nervosa preservada; não ocorre degeneração
• II) Axonotmese: compressão mais intensa; degeneração walleriana distal a lesão; endoneuro preservado
ETIOPATOGENIA
• Maioria ocorre no trajeto intertemporal do nervo facial (devido estar envolto por um canal ósseo)
• Principal causa: Paralisia de Bell (55-80%), seguido da causa traumatica (30%), tumores, infecciosas
• Inicio subito, geralmente unilateral, acompanhada ou não de otalgia + historia de diferença brusca de
temperatura ou IVAS
• Recorrência em 7%
- Sinais de trauma
- Infecção otológica
- Paralisia ao nascimento
2. Causas congênitas
• Agenesia do nervo facial, Sequencia de Moebius (paralisia facial bilateral, paralisia do nervo abducente uni ou
bilateral, anomalias de extremidades e envolvimento de outros nervos cranianos), Ramo labial inferior (CULLP);
3. Infecciosas
• Viral: herpes simples tipo I, varicela zoster, Epstein-Barr, CMV, vírus da caxumba, do sarampo, e HIV
- VHS 1 (paralisia de Bell?): paralisia da hemiface aguda, não contagiosa, isolada ou acompanhada de dor
retroauricular, disgeusia, cefaleia, alteração da sensibilidade da faringe, alteração no lacrimejamento e
hiperacusia.
- PFP + lesões vesicobolhosas na concha auricular (aparecem antes da PF em 60% dos casos, e depois
em 15%)
- 50% sequelas
• Bacteriana
- Otite media aguda —> tratamento imediato com paracentese + ATB (Ceftriaxona)
- Doença de Lyme:
- Hanseniase
4. Traumáticas
• Diretamente: fraturas do osso temporal (princ. transversal) e da mandibula, trauma de parto, lesões por arma de
fogo ou arma branca e iatrogenicas (mastoidectomias - local mais comum de lesão e no segundo joelho
próximo ao CSC lateral, estapedotomia, paratidectomias, ritidoplastias, resseccoes de tumores intracranianos
de fossa posterior, cirurgias buco-maxilo-faciais, embolizacao tumoral)
5. Vasculares
6. Metabólicas
7. Neurológicas
8. Neoplasias
• Schwannoma (tumor do VIII NC), infiltração de tumores malignos (carcinomas das orelhas, tumores de parotida,
linfomas, rabdomiossarcoma, leucemias agudas) e tumores benignos (tumor glomico jugular, schwannoma
vestibular, meningeoma e colesteatoma congênito)
• Características:
- Dor
9. Outras
• Sindrome de Melkersson-Rosenthal:
- Jovens do feminino
- Etiologia desconhecida
AVALIAÇÃO CLINICA
• Associação de sintomas como:
- Redução da gustação
- Dor retroauricular
- Algiacusia
• Exame Clinico
- Repouso: abolição das rugas frontais da testa, rebaixamento da ponta a sobrancelha, olho mais aberto ou
pálpebra inferior caida do lado afetado, nariz desviado em virgula para o lado são, abolicao do sulco
nasolabial, desvio e depressão da comissura labial, lábio superior e inferior desabados e bochecha flácida
- Movimento: elevar as sobrancelhas, fechar os olhos, sorrir e fazer bico com os lábios
- Sinal de Bell: redução da oclusão palpebral, nota-se a rotação do globo ocular para cima
- Sinal de lagrima do crocodilo: ao se alimentar apresenta intenso lacrimejamento; lesão mais grave do nervo
facial, durante a regeneração neural, a migração de fibras axonais eferentes da glândula salivar para a
glândula lacrimal via nervo petroso maior
• Avaliação topográfica
- Avaliação da gustação dos 2/3 anteriores da língua: se diminuída, sugere lesão acima da emergenciais
nervo corda do tímpano
• Exames complementares
• Laboratório: hemograma, sorologias, PCR DNA viral na saliva para VHS e VVZ
• Exames de Imagem
• Indicação: exame fisico atipico, progressão lenta para melhora em 3 semanas, sem melhora em 4 meses
- compara o numero de fibras nervosas funcionantes do lado normal com o lado afetado
- Eletromiografia:
- indicado em fases mais tardias (> 14-21 dias ate 4-5 meses) de evolução
- avalia a resposta do nervo analisando a atividade elétrica da musculatura facial (avalia a placa neural)
- Ausência de sinal na placa mioneural, indica degeneração total, enquanto a presença de potenciais
indica regeneração axonal.
TRATAMENTO
• Farmacologico
1. Corticosteroide
- Dexametasona 8mg/dia por 10 dias, 4mg/dia por 5 dias, 4mg/dia por 5 dias
2. Aciclovir 200-400mg, VO, 4/4h por 7-10 dias OU Valaciclovir 500mg (20mg/kg/dose - máximo de
1000mg/dose), 12/12h por 7 dias (se síndrome de Ramsay Hunt a dose pode ser dobrada)
4. Colirios a base de metilcelulose e pomadas oftálmicas (o ressecamento da córnea pode gerar ulceração e
perda de visão)
5. Toxina botulínica em fases tardias de sequela, aplica no lado normal de forma a obter simetria da face
• Terapia psicológica
• Terapia motora: indicação tanto na fase aguda como na fase sequelar; reduziu sincinesia
• Cirurgico:
1. Descompressão do nervo facial: melhorar a circulação sangüínea do nervo e criar condições para sua
regeneração.
- Indicação: definida por avaliação clinica e testes eletrofisiologicos com degeneração >90%; efetiva
ate 30 dias do inicio da doença
2. Anastomose do nervo facial: quando ha perda de substancia do nervo facial na fase aguda
4. Derivação neural: utiliza fibras de outro nervo para anastomose (uso do hipoglosso ou acessorio)
5. Transplante de enxerto livre neuromiovascular: paralisias faciais tardias quando ha incapacidade dos
músculos responderem a reinervacao
7. Ritidoplastia: fases tardias com flacidez muscular unilateral, para correção da assimetria e flacidez
cutânea
8. Cirurgias palpebrais: efeito estético, para melhora do fechamento ocular; tarsorrafia provisoria,
cantoplastia lateral e medial, colocação de peso de ouro na pálpebra superior
PERFURAÇAO SEPTAL
• Interrupção bilateral do mucopericondrio septal, com subsequente necrose e destruição da cartilagem subjacente
• Causas
1. Iatrogenicas: cirurgia nasal (mais comum), corticoterapia nasal, cauterização da mucosa, intubação
nasotraqueal, criocirurgia de cornetos
5. Neoplasias
• Sintomas: obstrucao nasal (39%), crostas (43%), epistaxe (58%) e assobio (10%)
• Se bordos recobertos por mucosa, menor a chance de ser relacionada a doenças graves
- Prognostico
- Perfuração septal grande (>2cm) tava de sucesso de 78% e Pequenas (<2cm) 93,8%
- Diâmetro vertical >50% da altura total do septo, menor prognostico por presença de mucosa
insuficiente
- Retalhos obtidos do septo nasal, pavimento e /ou tecto da fossa nasal são mais eficazes que
retalho do corneto inferior e extranasal
- Extranasal: retalho livre de antebraço irrigado pela artéria radial, retalho pericraniano, retalho
da mucosa sublabial, retalho musculomucoso com pediculo na artéria facial
- Melhor quando suturas desfasada de um lado e outro da perfuração com aproximação máxima
dos bordos
- Incisão hemitransfixante
- Dissecção subpericondral ate o anel fibroso ao redor da perfuração, tanto cranialmente como
ventralmente
- Dissecção do mucopericondrio do assoalho nasal de ambas as fossas nasais ate a inserção do corneto
inferior, bem como posteriormente ao defeito septal
- Separação da mucosa que circunda a perfuração septal, com lamina de bisturi n11 ou faca de Wullstein
- Incisão de descarga a nível da inserção do corneto inferior para deslizar e cobrir o defeito; se defeitos
maiores realizar incisão de descarga superior
- Sutura da incisão
- Pós operatório: ATB + retirar tamponamento com 2 dias + placa de silicone ate 5 a 21 dias
- Flap pedicéulado ao próprio bordo da perfuração que foi mantido inato para garantir vascularização
- Fixar superiormente
- Ao lado ipsilateral da retirada do flap encerra a perfuração com enxerto do corneto inferior
- Fixa tal enxerto com sutura a mucosa circundante fio absorvível 5-0
- Placa de silicone bilateral fixado com ponto trans-septal (retirada com 15 dias)
• Retalho gengivolabial
- Rinoplastia aberta
- Encurtamento de septo
CIRURGIA PLÁSTICA
HUGO MELO
Histologia da pele
• Epiderme:
• subdivide em 4 camadas
- Camada córnea
- Camada granulosa
- Camada espinhosa
- Camada basal
• Estruturas de aderência:
- Desmossomos: mais
concentrados em planos mais profundos (Tonofilamentos e Desmogleinas)
• Estrutras:
- Glandula sudorípara Apocrina: drenam via pelos, secreção do sebo (glandulas ceruminosas)
• Hipoderme
Anatomia da Face
• Musculatura da expressão facial
• Frontal
• Nasais
- Musculo procerus
- M. Nasal anômalo
- M. Dilatador do nariz
• Vascularizacao
• Arterial
• ACE:
• ACI:
- Arteria oftalmica:
- Arteria supraorbital
- Arteria supratroclear
• Inervacao sensitiva
• Nervo Trigemio:
- Nervo Lacrimal
- Nervo supratroclear
- Nervo supraorbital
- Nervo infratroclear
- Nervo nasal
- Nervo infraorbital
- Nervo malar
- Nervo temporal
- Nervo mentoniano
- Nervo auriculo-temporal
Análise Facial
• Linhas de tensão:
- Sempre que possível as incisoes faciais devem ser colocadas nessas linhas
naturais
• Plano vertical: labio superior é mais fino (um terço) que o inferior
• Sobrancelhas:
• Ângulos
• Incidência frontal:
• Plano facial: linha vertical (meridiano zero de Gonzalez Ulloa) que parte do násio
até o ponto mais proeminente do mento, a qual se une com outra linha
horizontal (linha horizontal de Frankfurt), traçada desde a borda superior do
conduto auditivo externo, passando pela borda infraorbital.
• Incidência lateral:
- Dorso reto
• Raiz nasal:
- Classificação:
- Vista de frente
RINOPLASTIA
• Parte caudal do septo nasal: constituida pela cartilagem do septo nasal que se
articula com a lamina perpendicular do etmoide, o vomer e o processo palatino
da maxila
- Angulo nasolabial
- Septo nasal
- Conchas nasais
Técnicas cirúrgicas
• Anestesia
- Anestesua geral: paciente inseguros, cirurgias com alto grau de dificuldade, cirurgião com pouca experiência
• Acessos
1. Fechada: transcartilaginosas
• Retrógrada
• Transcartilaginosa
- Incisao na pele do vestíbulo, que ja serve de marca para incisão na cartilagem lateral inferior,
retirando-se uma faixa cefálica
2. Semi-aberta (Delivery): não provoca cicatriz externa; possível analisar de forma dinâmica a relacao ponta-dorso
3. Aberta:
Tratamento do dorso
• Enxerto de dorso
• Redução de dorso:
• Osteotomias:
- Lateral
- Ponta globosa: aumento do angulo de cada domo separadamente, alem de aumento da distancia
interdomal
- Ponta bulbosa: angulo de cada domo apresenta-se normal, mas o angulo de divergência e aumentado
- Ponta em caixote: formato retangular do lóbulo nasal na visão de base; nela encontramos o aumento do
angulo de divergência intercrural e alteração no arco domal
• Sua rotação:
- Ponta ptótica: angulo nasolabial é muito agudo, com aspecto de queda de ponta
• Enxerto: Fontes de enxerto: septo, cartilagem da concha auricular (princ. Para dar
volume), costela
• Enxertos de crus lateral: indicados para crus lateral deformada, enfraquecida ou mal
posicionada
- Turn in flap da crus lateral (Auto Strut): reintroduzir a margem cefálica ressecada
da crus lateral em uma bolsa dissecada de sua pele vestibular, com a finalidade
de reforço de sua estrutura
- Valvula nasal interna: posicionado entre o bordo caudal da CLS e a margem cefálica da CLI
- Indivíduos de pequena/média estatura: crus medial 5mm de largura, e a crus lateral 8mm
- Suturas Domal e interdomal: a sutura domar realizada em U, 2-3mm do ponto máximo de altura do
domes, os pontos são feitos independentes de cada lado e o ponto interdomal os une, realizado em sua
porção mais cefálica. Fios absorvíveis como Vicryl ou PDS 5-0
• Aumentar a rotação
- Lateralizacao dos Domus (Lateral crural steal): para angulo nasolabial agudo com ponta hipoprojetada.
Aumenta o comprimento da crus medial, e reduz o comprimento da crus lateral. Empurrando a ponta
cefalicamente.
- Sobreposicao das cruras laterais (Lateral Crural Overlay): encurtamento da crus lateral por meio de
seccao transversal da mesma e promovendo um deslizamento da porção
medial por sobre a porção lateral
• Diminuir a rotação
• Aumentar a projeção
- Enxertos pré-maxilares
- Tongue in Groove
- Strut columelar
• Diminuir a projeção
Rinoscoliose (Laterorrinia)
• Desvio da pirâmide nasal em relação a linha media facial
• Cartilaginosa:
- Regularização do dorso
- Spreader graft
• Ossea
- Septoplastia
Rinoplastia em Afrodescendente
• Particularidades:
- ENA hipodesenvolvida
- Dorso baixo
Nariz em Sela
• Deformidade caracterizada por perda de altura de dorso osteocartilaginoso, perda de suporte e definição da
extremidade nasal
• Alterações anatômicas responsáveis por IVN: colapso do rebordo alar, colapso do dorso nasal cartilaginoso, desvio
septal alto, hipertrofia de cornetos inferiores, nariz com ponta severamente mergulhante, columela alargada e
desvio septal caudal.
• Diagnostico
- Uso de dilatadores nasais externos: verificando se ocorre melhora da obstrução e diferenciar o local acometido
posicionando sobre a asa nasal (crus lateral) ou sobre o dorso nasal cartilaginoso (porcao caudal da CLS)
- Manobre de Cottle tradicional: traciona-se região da bochecha lateralmente, verificando se ocorre melhora da
obstrução. Nao distingue acometimento de externa ou interna.
- Manobra de Cottle modificada: utiliza-se um estilete de metal, ou mesmo uma cureta otológica, para empurrar
lateralmente a região da CLS ou da CLI, verificando em qual ocorre melhora da obstrução
• Tratamento
• Valvula nasal externa: principal causa iatrogenica e a ressecção excessiva de crus lateral
- Columeloplastia: permite estreitamento da columela e/ou correção da crus medial mais alargada.
Realização de um ponto sepultado na columela com fio inabsorvivel (nylon 4-0), através de uma incisão
ca columela de 1-2mm (nó fica nessa local sob a pele)
- Batten graft: utilizado em colapso de rebordo alar, decorrente de ressecção exagerada de crus lateral
em uma cirurgia previa ou fragilidade congênita da crus lateral.
- Enxerto de contorno (Alar rim graft): utilizado para correção de desproporção na relação asa-
columelar, quando a retração de asa for menor do que 2 mm e para correção de IVN externa leve a
moderada. Enxerto de dimensões aproximadas de 2,5 a 6mm de largura e 20 a 25 mm de extensao.
Locado em uma bolsa dissecada paralela ao rebordo alar .
- Strut de crus lateral (Lateral crural strut graft): correção de "ponta em caixote”, crus lateral mal
posicionada (“ponta em parenteses”), retração de asa nasal, crus lateral concava ou convexa e IVN
externa. Enxerto de 18-25mm de extensão e 4mm de largura, locado em uma bolsa sob a crus lateral.
- Turn in flap de crus lateral: corrigir crus lateral côncavas em excesso, convexa ou frageis, IVN externa.
Pré-requisito, crus lateral pelo menos 12 mm. Consiste na dobra da crus lateral sobre ela mesma no
sentido longitudinal.
- Spreader grafts (mais utilizado): retangular, medem cerca de 2-3mm de espessura e 4-6mm de largura,
20-35mm de comprimento. Colocado em um bolsao subpericondreal, paralelos a margem superior do
septo nasal, entre a cartilagem quadrangular e a inserção septal da cartilagem lateral superior.
- Autospreader grafts
Rinoplastia Revisional
• Tempo: pelo menos 6 meses (orientar paciente quanto as expectativas e limitações)
• 2 causas:
- V invertido: ressecção excessiva de dorso cartilaginoso CLS, pele fina, osso nasal curto
• Dorso:
- Remoção excessiva: enxertos cartilaginosos; técnicas laminares, Free diced cartilage, Turkish delight
Complicações
• Hemorragias, Hematoma e abscesso septal
• Perfuração septal
• Sinéquias
• Laterorrinias
• V invertido
PLASTICA FACIAL
• 4 decada:
- Queda de sobrancelhas
• 5 década
- Sulcos glabelares
- Pés de galinha
- Jowls
• 6 década
- Ptose nasal
• 7 década
• 8 década
• Toxina botulinica
- Pregas nasolabiais
- Depressao pré-jowls
- Area periobitaria
- Mento
- Contorno mandibular
• Blefaroplastia
• Frontoplastia
• Ritidoplastia
Blefaroplastia
• Anatomia:
• Componentes
- Músculo orbicular:
- Porção palpebral:
- Porcao orbital
- Bolsas de gordura
• Músculos
• Avaliação pré-operatório
• Avaliação psicológica
• Avaliação sistêmica
- Hemograma, coagulograma
• Avaliação oculopalpebral
- Superior: 2mm abaixo do limbo (borda da córnea) ( valores maiores que 2mm —> ptose)
- Posição de inserção dos cílios: canto interno 2-4mm inferior ao canto externo
- Mulher: arqueado. Pouco acima do rebordo orbitário. Dois Terço medial ascendente e terço lateral
descendente
- Vetor ocular
- Tilt palpebral
• Documentação fotográfica
• Técnica operatória
• Superior
• Apreensão e tração delicada da bolsa com pinça sem dente, realizando pequena incisão em sua capsula
- Compressao sutil do globo ocular produz hermiacao da gordura facilitando sua identificação
• Inferior
- Incisão lateral/obliquo ao canto externo do olho de 6-10mm, que se inicia pouco caudal ao canto
externo e com direção a cabeça do supercilio contralateral
- Colocação de um ponto de reparo na borda da pálpebra inferior com fio mononylon 5-0 para tração
- Incisao do músculo orbicular pré-septal paralela a borda incisada da pele, preservando a porção pré-
tarsal aderida ao tarso e descolamento do retalho miocutaneo, com exposição do septo orbitario
- Resseccao de pele em sentido lateral ao redor de 50% do excedente que ultrapassar o limite lateral da
incisão subciliar
- Severa: cantoplastia
- Sutura
• Transconjuntival
• Técnica
- Abertura de toda a conjuntiva na área abaulada a compressão do globo ocular ou 6,5mm do rebordo
ciliar
- Vaporização da base
• Pós operatório
• Analgésicos
• Repouso
• Massagens
• Edema
• Complicações
• Cicatriz inestética
• Assimetrias
• Bolsas residuais
• Deiscência do M. Elevador
• Ectrópio
ECTRÓPIO E ENTRÓPIO
• Etiologia:
• Nao cicatricial:
- Congenito
- Flacidez palpebral
- Queimaduras
- Dermatites (penfigo)
- Traumas
- Cirurgia
• Tecnicas:
• Ectropio:
• Entropio
- Tecnica de Wheeler
- Tecnica de Feldstein
OTOPLASTIA
- Lobulo projetado
Anatomia
• Embriologia: origina do primeiro (mandibular) se segundo (hoideo) arcos
branquiais
• Inervacao
• Arterial
• Occipital
• Veias
• Temporal superficial
• Auricular posterior
• Jugular externa
• Retromandibular
Relações craniofaciais
Classificação
• Orelha mal-formada
• Anotia: ausência
• Orelha desproporcional
• Macrotia
• Orelhas pequenas
• Orelha em abano
- Crescimento completo do pavilhão ao redor de 6-7 anos de vida (nao e fator relevante para retardar a
cirurgia)
- Unilateral é raro
- Assimetrias frequentes
- Características:
- Subdesenvolvimento da antélice
- Superdesenvolvimento da concha
- Protrusao do lóbulo
- Ideal em Idade pré-escolar 5-6 anos (cartilagem e mais facilmente moldavel) —> mas pode ser realizada
em qualquer idade
- Necessidade X Interesse
• Contorno e posição de ambas orelhas devem se igualar, mas não obrigatoriamente simétricas
• Outros:
• O pavilhão auricular não devera ficar grudado na cabeça (angulo ao redor 90)
• Medializacao do lóbulo
Técnica
• Avaliação pré-operatória e planejamento cirúrgico: fotos e termo de consentimento
• Marcação
• Curativo compressivo
- Analgesicos se dor
Complicações
• Precoces: ate 14 dia
• Tardias: após 14 dias
• Infecções e necrose
• Metade dos casos de recidiva - trauma
• Parestesia
• Orelha em telefone
• Pericondrite
• Estreitamento de CAE
• Deiscência de sutura
• Hipercorrecao: quando angulo pavilhão/cabeca
• Obstrução parcial ou total do CAE
< 20
• Hiperestesias e disestesias
RECONSTRUCAO DA ORELHA EXTERNA
• Estagios de reconstrução
- Medicao
- Aquisição de costela
- Criação do lóbulo
• Complicacoes:
- Deformidade torácica
- Infecção
• Avaliação:
• Lesao após 21 dias: potencial acao da unidade motora (avaliar placa motora)
• Tecnicas:
• Crossover:
• Anastomose facial-facial
- Em geral 1 a 4 enxertos
• Anastomose trigêmeo-facial
MENTO
• Definições:
• Indicações:
- perda condutiva
- Perdas sensorioneurais de grau leve a moderado, discriminacao vocal não esta muito comprometida
- Perda grau severo com discriminacao vocal ruim --> sucesso do AASI não sera grande, paciente ainda
dependendo grande parte da leitura orofacial
- Zumbidos associado a algum grau de perda auditiva (com ou sem gerador de som)
- Perda profunda não consegue bons resultados (grande comprometimento da orelha interna)
• Componentes
• Analógico:
- Omnidirecional ou Direcional
• Beneficios do Digital:
ORIENTAÇÕES
- Memórias de programação
• A protese propiciara maior beneficio mas nao a perfeição
• Molde
- Acrilico ou silicone
- Importante boa adaptação no CAE --> evitar fenômeno de retroalimentação (feedback/microfonia) —> som
aplificado retorna ao microfone por um vazamento, e é novamente amplificado —> causa um ciclo de
amplificação/reamplificacao —> “apito"
• Retroauriculares: graus leve a profunda, adaptação aberta ou fechada. Perdas severas ou profundas modelos
com o receptor no canal (som entregue mais proximo da MT - maior amplificação)
• Intra-auricular: acomoda-se na concha e parte mais externa do conduto. Perdas leves, severa/profunda
• Intracanal: fica alojado no CAE (menos perceptível). Perdas leve a moderado/severo. Melhor amplificacao pela
maior proximidade da MT)
• Microcanal: inserção mais profunda dentro do CAE. Casos de perdas leve a moderada/severas.
- BAHA
- Bone Bridge
- Sophono
• Paciente com perda auditiva condutiva ou mista sem beneficio com AASI
• PA condutiva:
- Destreza manual
• Indicacoes:
A. Condições anatômicas (atresias, cavidades abertas) ou infecciosas de orelha media e/ou externa que
impossibilite adaptação de AASI
B. Limiar medio melhor que 60dB para via óssea nas frequências de 0,5, 1, 2 e 3 kHz na orelha a ser
implantada
C. Índice de reconhecimento de fala em conjunto aberto maior que 60% em monossílabos sem AASI
- A, B e C
- D. A diferença interaural entre as medias dos limiares por via óssea de 0,5, 1, 2 e 3 kHz não deve exceder a
10dB e ser menor que 15dB em todas as frequências
A. PANS unilateral severa a pronfuda sem benefícios com a adaptação de AASI no lado a ser implantado e
com a orelha contralateral normal
B. Limiar medio pior que 71dB para via aérea nas frequências de 0,5, 1, 2 e 3 kHz na pior orelha, a ser
implantada
C. Limiar medio melhor que 25dB para via óssea nas frequências 0,5, 1, 2 e 3 na melhor orelha
• Pre-operatorio
- Audiometria T+V
- TC de ossos temporais
- Avaliação pré-operatória
• Cirurgia
- Relativamente simples
- Tecnica:
3. Expõe periósteo
5. Pino e conector
6. Sutura pele
• Complicações
- Hipertrofia de pele
- Infecção crônica
- Falha na osteointegracao
• Tipos:
• Parcialmente implantáveis
- Vibrant Soundbridge
- Maxum
• Totalmente implantáveis
- Carina
- Esteem
• Tipos de estimulo
• Piezoeletricas: Esteem
Vibrant Soundbridge
• Bobina eletromagnética que quando estimulada transmite vibração a orelha interna
• Perda NS:
- Timpanometria normal
- Timpanoesclerose
Maxum
• Bobina no estribo + Processador no CAE + Energia eletromagnética
• Indicacoes:
• Contra indicação:
- Patologias retrococleares
- Infecções de ouvido
- Zumbido persistente
Esteem
• PANS moderada a severa + boa discriminação
• Indicacoes:
- Perda NS bilateral
Carina
• Microfone subcutâneo
IMPLANTE COCLEAR
- Avaliação multidisciplinar
• Avaliação ORL:
- Comorbidades
- Presença de VIIIpar
- Responsável por surdez congênita DFNB1 e DFNA3 —> prejuízo isolado na cóclea
- Excelentes resultados com IC comparados com outras sindromes, pois preserva a função cognitiva central
• Avaliação fonoaudiologia
- No momento do diagnostico
• Indicação:
• Neuropatia auditiva
• Pré-lingual
- Idade mínima:
• Pós-lingual
• Cegueira
- Sequencial ou simultâneo
• Contra-indicacoes
- Contraindicacoes sociais: expectativas irreais da familia, família sem possibilidade de manutenção, baterias
• Vacinas no Pre-operatorio
- Pneumococo 23
- Hemofilos
• Procedimento:
- Feixe de eletrodos deve ser inserido no interior da cóclea (via janela redonda ou cocleostomia) e posicionado na
escala timpanica
• Telemetria
- Testadas as impedâncias dos eletrodos -> verificando a presença de curto ou circuito aberto
• Pos operatório:
- Sem cocleostomia
- Dexametasona típica e IV
- Inserção cuidadosa
- Eletrodos mais curtos ou inserção parcial —> estimulam as frequências moderadas e altas
- Pacientes > 18 anos + perda auditiva profunda em frequências agudas + preservação em graves (Em rampa
decrescente)
- Critérios
- Limiares tonais < ou igual 60dB nas frequências de 250, 500 e 1000 Hz e limiares tonais >80dB nas
frequências de 2000, 3000 e 4000Hz na orelha a ser implantada
- Etiologia diferente de otosclerose, meningite, doença autoimune, mal formação e ossificação coclear
• Complicações
- Mastoidite
- Extrusão do IC
- Lesão de carótida
- Fistula liquórico
• Prognostico:
- Etiologia
- Plasticidade neural
- Ambiente estimulador
Malformações cocleo-vestibular
• 30% dos pacientes implantados
- Inserção incompleta
- Trajeto do nervo facial aberrante (17-27%) —> maior chance de estimulação e lesão do mesmo
Otite media
• OMS: tratar antes do IC, colocar TV no mesmo tempo cirúrgico
- Tratamento previamente ao IC
Ossificacao coclear
• Meningite, otosclerose, surdez auto-imune, OMC, trauma
• Componentes:
• Unidade interna: Receptor/estimulador com eletrodos implantados cirurgicamente no tronco (nucleos cocleares do
4 ventriculo)
• Indicacoes:
- NFII (depende da preservação do nervo, pode realizar na mesma cirurgia da exerese do tumor)
• Cirurgia
- Local preferido para colocação do eletrodo e o forame de Luschka (terminacao lateral do 4 ventriculo) onde se
encontra o Núcleo Coclear ventral e parte inferior do Núcleo coclear dorsal
- A correta posição do implante e baseada nas respostas obtidas na audiometria de tronco por respostas elétricas
(ABR elétrico)
- O cabo de eletrodos e inserido num nicho baseado na parede posterior do osso petroso
• Acesso translabirintico:
- Indentificacao N. Facial
• Acesso retrossigmoideo:
- preferido por NC
- preferido em crianças
• Ativação:
- Em Ambiente cirúrgico: risco de estímulos não auditivos do tronco cerebral - com monitoramento
eletrocardiografico, PA, oximetria e assistência de um anestesista
- Os limiares e o nível de conforto de cada eletrodo são aferidos para selecionar a melhor configuração
- Os canais que desencadeiam sons desagradáveis ou efeitos não auditivos são desativados
• Pos operatório:
- UTI 24 horas
- Medidas anti-fistula
- Ceftriaxona
• Complicações
- Paralisia facial
- Fistula LCR
- Sangramento
RINITES
Hugo Melo
Fonte: otomaster + tratado + up + CONSENSO 2017
Rinite alérgica
• Reação de hipersensibilidade Tipo I (mediado por IgE) na mucosa nasal e dos seios paranasais após exposição a
alergeno (inflamação eosinofilica mediado por IgE)
• Prevalência em aumento gradativamente (10-20%)
• Associação com asma (quase 100%), dermatite atopica, urticária e alergias do sistema digestivo
• Teorias:
- Exposição crônica a poluentes atmosféricos
- Diminuição da exposição a antígenos na infância
• Classificação
• Sazonal:
- Presentes em determinadas época do ano
- Relacionado a antígenos sazonais (polens)
- Comum em países de clima temperado e sul do Brasil
• Perene:
- Sintomas são mais duradouros (ao longo de todo o ano)
- Relacionado a antígenos perenes, como por exemplo poeira domestica (acaros)
• Circunstancial
• Ocupacional
• Fatores desencadeantes:
• Aeroalérgenos: elementos proteicos solúveis de baixo peso molecular
- Acaros: liberam partículas fecais, cobertas por proteases resultantes de resíduos de degradação da lisina
- Fungos: ambientes umidos, plantas no interior do domicilio
- Baratas: desprendem proteínas oriundas da renovação e decomposição corporal, provenientes da saliva, de
secreções e de material fecal
- Animais: alergeno produzido pelas glândulas sebáceas e secretado pela pele
• Irritantes inespecificos: odores fortes, gás de cozinha, fumaça de cigarro, poluentes atmosfericos e ocupacionais
• Inalação de ar frio e seco: estimulo de fibras C (nao adrenérgico e não colinergico) e do sistema nervoso
parassimpático
• Raramente os antígeno alimentares estão associados a rinite alérgica
• Quadro clínico
• Sintomas: um ou mais
- Obstrução nasal: bilateral ou intermitente (exacerbacao do ciclo nasal
fisiológico), mais acentuada a noite
- Rinorreia clara anterior e/ou gotejamento posterior
- Espirros
- Prurido: nariz, palato, olhos, faringe, laringe, ouvidos
- Hiposmia
- Sintomas extranasais: prurido ocular, otológico e faríngeo, lacrimejamento
• Exame físico
- Olheiras
- Edema de pálpebras e cianose periorbitaria (estase venosa por obstrução
nasal crônica)
- Dupla Linha de Dennie-Morgam: acentuação da prega pálpebral inferior
- Prega nasal horizontal (“saudação do alérgico”)
- Anormalidades do crescimento craniofacial: palato ogival, fáceis alongada,
lábio superior insuficiente, exposição gengival, mandíbulas retraídas
• Endoscopia nasal
- Hipertrofia + palidez de cornetos
- Cauda de corneto inferior em amora
- Degeneração de concha média
• Tratamento
1. Não farmacológica: mantidas pelo menos 3-6 meses para
observar algum beneficio
• Prevenção primaria
- Evitar o tabagismo
- AME ate os 6 meses de idade
- Evitar ambientes úmidos e com poluentes internos
- Eliminar substancias irritantes do meio ambiente: Retirada de
animais domesticos, fungos, baratas, acaros
• Prevenção secundaria
- Redução de poeira domestica e acaros: lavar roupa de cama
semanalmente, encapar travesseiros e colchões, usar
aspiradores de pó, usar pano úmido na limpeza, remover
carpetes e brinquedos de pelúcia, colocar colchões, tapetes e
travesseiros expostos ao sol pelo menos 3 horas
- Manutenção constantes de ar condicionado, ventiladores
• Tratamento não medicamentoso
- Lavagem nasal com solução salina
2. Farmacológicas
• Anti-histamínico (anti-H1): agonistas inversos
- Principal mediador liberado na degranulacao de
mastocitos
- 4 subtipos de receptores de histamina: HR1, HR2, HR3,
HR4; todos pertencem a a família de receptores acoplados
a proteína G
- Aliviam sintomas da fase imediata da RA: prurido nasal,
espirros, rinorreia, sintomas oculares e bloqueio nasal
- Primeira geração:
- Altamente lipofílicos, penetra na barreira
hematoencefálica, promovendo efeito sedativo e efeito
anticolinérgicos
- Duração variável de 8-12 horas
- Cetotifeno, clemastina, desclorfeniramina, hidroxizina,
prometazina
- Segunda geração:
- Moléculas grandes, pouco lipofílicas;
- Pouco ou nenhum efeito anticolinérgico,
antidopaminérgico, antisserotoninérgico
- Duração 24horas
- cetirizina, desloratadina, ebastina, fexofenadina,
levocitirizina, loratadina, rupatadina, bilastina,
azelastina
• Descongestionantes (catecolaminergicos,
imidazolicos)h
- Estimulantes adrenergicos —> vasoconstricao
- Tópico:
- não utilizar por mais de 7 dias
- risco de efeito rebote
- CI < 6 anos
- efedrina, fenilefrina, tuaminoeptano, nafazolina, oximetazolina, xilometazolina,
fenoxazolina
- Sistemicos: pseudoefedrina (CI <4 anos), fenilefrina
• Corticosteroides
- Redução local do numero de mastocitos, diminuição do influxo de basofilos e eosinofilia; inibem ação da
fosfolipase A, sobre acido araquidônico, com diminuição de prostaglandinas e leucotrienos
- Via topica: melhoram todos os sintomas da RA
- Inicio de acao em 7-12 horas
- 50-70% da dose é deglutida e absorvida no estômago
- Uso por 8 semanas —> reavaliação —> reajuste
- Potencia (afinidade com receptor): FF > FM > PF > DPB > CIC > BUD
- Lipofilia (maior permanência no tecido nasal): FM > CIC > FF > DPB > BUD
- BUD único cat B para gestantes
- Não exceder a dose de 400-440mcg/dia
- Primeira geração: muita absorção sistêmica, maior
biodisponibilidade, exemplos são a budesonida
- Segunda geração: menor biodisponibilidade sistêmica,
mometasona, fluticasona
- Efeitos colaterais: locais (lesoes e sangramentos, perfuração
septal), sistêmicos (interferencia no eixo HHA, efeitos oculares,
efeitos sobre o crescimento, reabsorção ossea, efeitos
cutaneos)
- Sistemico: não estão indicados para o controle de sintomas da RA,
pode ser indicado em caso de sintomas graves
• Cromoglicato dissodico (2 e 4 %)
- Estabilizador da membrana de mastócitos, inibindo a degranulacao
- Pouca ação sobre obstrução
- Indicado para profilaxia (efeito após 2-4 semanas)
- Utilização 4-6x dia
- Uso em lactentes
• Anti-colinergicos (brometo de ipratropio)
- Para rinite do idoso
• Antileucotrienos
- Alivio de obstrução nasal e rinorreia
- Indicados: RA concomitante com asma, naqueles com dificuldade de adesão ao corticoide nasal, RSC com
polipose, doença respiratória exacerbada por aspirina (AERD)
- Montelucaste
- 4mg (sache ou comprimido): 6 meses e 5 anos
- 5mg (comprimido): 6-14 anos
- 10mc (cp): > 14 anos
3. Imunoterapia: modula a resposta inflamatória, promovendo aumento de Linfócitos Th1, e maior produção de
IgG4
- Única terapia capaz de alterar a historia natural da doença alérgica, reduzindo produção de IgE
- Via SC ou SL
- Adultos e crianças > ou igual 5 anos
- Doses e concentrações progressivas, por aplicações semanais (fase de inducao), seguida de fase de
manutenção a cada 4-8 sem
- Duracao do tratamento 3-5 anos
- Indicações:
- Doença mediana por IgE
- Falha na higiene ambiental
- Falha na resposta farmacológica
- Resposta insatisfatória
- Não aderência ao tratamento crônico
- Efeitos indesejáveis
- Má resposta:
- Novas sensibilizações alergenicas
- Exposição mantida a desencadeante não alergenicos
- Não inclusão de alergenos relevantes
- Doses e/ou padronização inadequados
- Anafilaxia durante imunoterapia
1. Chame ajuda
2. Dar 0,3ml de epinefrina IM
3. Acesso venoso
4. Terapias emergentes
• Anti-IgE (omalizumab)
• Anti-IL5 (Mepolizumab)
• Anti-IL4 e IL13 (Dupilimab)
• Botox (rinorreia)
RINOSSINUSITES
HUGO MELO
• Fisiopatologia: multifatorial
• Muco
• Transporte mucociliar
• Vias de drenagem
Etiologia
- Diminuição dos receptores gustativos do amargo —> queda do óxido nítrico (bactericida e aumenta o
batimento ciliar)
• Fatores ambientais: alergia, tabagismo, irritação, poluição, viroses, bactérias, fungos, estresse
• Fatores estruturais: desvio septal, concha bolhosa, concha média paradoxal, células de Haller, doença dentária,
corpo estranho, trauma Mecanico
Classificação
• Aguda recorrente: 4 ou mais episódios por ano, cada um com duração <12 sem
• Leve: 0 - 3 cm
• Moderada: 3 - 7 cm
• Grave: 7 - 10 cm
AGUDA
• A ação dos vírus na mucosa causa destruição epitelial, edema, aumento da produção de muco e liberação de
mediadores inflamatórios
• Perda de ciliar e células ciliadas, atinge o máximo cerca de 7 dias após a infecção
• Microbiologia
• Classificacao:
• RSA viral ou resfriado comum: autolimitada, cerca de 10 dias (historia natural do Rhinovirus)
• RSA pós-viral: persistência dos sintomas após 10 dias, com sintomas mais brandos
• RSA bacteriana: evolução de uma pequena porcentagem dos pacientes com RSA-pós viral (0,5-2%)
• Sintomas persistentes por >10 dias do início do quadro sem evidencia de melhora clinica OU Inicio com
sintomas graves ou febre alta (maior ou igual 39) e secreção nasal purulenta ou dor facial por 3-4 dias
consecutivos OU recaída (dupla piora) de sintomas após um infecção viral típica com duração cerca de 5-6
dias e que ja havia melhorado inicialmente
• Febre>38
• Diagnostico é clinico!
1. Bloqueio/obstrucao/congestao nasal
3. Pressão/dor facial
5. Tosse (crianca)
- Falha terapêutica
• Tratamento
1. Amoxicilina
- Crianças: 45mg/kg/dia 2x
- Caso falha: possibilidade de aumentar a dose: crianças 80-90mg/kg/dia 2x, e adultos 1000mg 3x dia
2. Amoxicilina/clavulanato
3. Cefuroxima (10-15mg/kg em 2x/dia e adultos 500mg 2x) ou Ceftriaxona (50mg/kg em única tomada ao
dia EV ou IM - se melhora clinica em 24h, continua com VO)
4. Sulfametaxazol-trimetropin
• Microbiologia
• Sintomas predominantes
- Cefaleia
- Hiposmia ou anosmia
2. Corticosteroides
4. Coadjuvantes
Polipose
• PNS: degeneração da mucosa nasossinusal, que normalmente se inicia no meato medio e acarreta a
degeneração polipoide desta mucosa e a dos seios paranasais envolvidos
- Dano tecidual —> Fatores TSLP e IL-33 e IL-25 —> ativam imunidade adaptativa tipo II —> produção de
IL-5 e ativa linfócitos Th2 —> IL-4 e IL-13 —> Linfócitos B —> IgE —> ativa mastócitos —> recrutamento
de células inflamatórias e eosinofilos
• Exame fisico:
• Classificação
1. Critérios EPOS
3. LK na endoscopia
5. Teste olfatorio
7. Exames laboratoriais: imunoglobulina séricas (IgE, IgM, IgG, IgA), cloro e sódio no suor, alfa1 antitripsina,
PANCA, CANCA
• Diagnóstico diferencial
- Asma
- Polipose nasal
• Fibrose cística
- Reação não alérgica e não mediana por IgE com broncoespasmo e rinorreia
- > 40 anos
• Tumores - unilateral
• Tratamento
1. Corticosteroides
2. Antibióticos
- Longo prazo (12 sem): reduzem o polipo e diminui recorrência pós cirúrgica
4. Cirurgia:
- Queixa primaria de obstrução nasal, hipersecrecao, alteração do olfato sem melhora com tratamento
clinico
- Sintomas persistentes em vias aéreas inferiores sem melhora com tratamento medicamentoso
- Complicações
**lavagem com alto volume: 40ml de Soro + 1 flaconete de Pulmicort Respules, 20ml em cada narina, a noite
Fúngica
• Assintomática
• Emaranhado de hifas no interior do seio sem invasão tecidual e com mínima reação inflamatória de mucosa
• Aspergillus
• Único seio: maxilar e mais comum (Maxilar > esferoide > frontal > etmoide)
• Frequente recidiva
• TC:
- Osteíte
- Alargamento osteomeatal
- Imagem radiopaca/heterogenea
• Tratamento:
- Lavagem nasal
- Não antifúngicos
• Bilateral
• Tratamento
2. Corticosteroides sistêmicos (40mg 4 dias, 30mg 4 dias, 20mg 4 dias, 10mg 4 dias) + tópicos
prolongados
• Imunodeficiente: DM, AIDS, LES, QT/RT, transplantados de medula, neutropenia grave (<500)
• Quadro clinico:
• Endoscopia:
- Invasiva: formação tipo hifas em submucosa com ou sem invasão angiocentrica, necrose tecidual com
poucas celulas inflamatórias
• Tratamento
3. Antifúngico EV
- Neutrófilo <1000
• Prevenção em ambientes hospitalares com imunodeprimidos: não permitir plantas ou flores na unidade
2. Crônica indolente
• Imunocompetentes
• Invasão subepitelial
• Tratamento
2. Antifúngico EV
3. Crônica granulomatosa
• Imunocompetentes
• Aspergilus Flavus
• Histopatologia: fibrose perivascular, granuloma não caseoso, células gigantes do tipo Langhans
• Proptose
• Tratamento
- avaliação órbita
• Categorias
1. Órbita (60-75%)
2. Intracraniana (15-20%)
3. Óssea (5-10%)
Orbitarias
• Anatomia orbitaria :7 ossos (frontal, maxilar, zigomático, esfenoidal, lacrimal, etmoidal, palatino)
• Septo orbitário
- Mesoderma
• Microbiologia
• Quadro
- Edema palpebral, eritema e dor orbital súbitos —> proptose, quemose e dor a movimentação ocular
- Acometimento bilateral
1. Grupo I: pré-septal
A. Celulite
B. Abscesso
- Edema periorbitario
- TC seios paranasais
- ATB VO + CE VO
- reavaliar em 24h
A. Celulite/Flegmao
B. Abscesso subperiosteal
- Sem oftalmoplegia
- Proptose <5mm
• Tratamento cirúrgico
- ATB + CE EV
- Sinusectomia
A. Celulite difusa
- Difuso
B. Abscesso
- ATB + CE EV
- Sinusectomia
1. Avaliação oftalmo
3. Hemograma PCR
4. ATB EV empírica
5. CE EV
- Indicacoes: abscesso, alteração acuidade, ausência de melhora em 48 de ATB EV, piora na vigência de
ATB EV, progressão rápida, acometimento do nervo óptico
Ósseas
• Osteomielite
• Staphilococcus aureus
• Tumor de Pott
• Edema mole em região frontal que pode formar Fistula cutânea (Pott’s Puffy Tumor)
• Conduta
Intracraniana
• Mais comum: empiema subdural (33%), abscesso cerebral (27%), meningite (24%), abscesso extradural (20%) e
depois as tromboses venosas
RINOSSINUSITE EM UTI
• Estrutura ciliar:
- Nexina: conexões radiais e circunferenciais; mobilidade e resistência, não tem função contrátil
• Pode haver OME (Audiometria a cada 6meses) + Polipose Nasossinusal + Alterações pulmonares
• Sindromes:
• Síndrome de Kartagner
• Síndrome de Young
• Diagnóstico
• Combinação de vários
- Primárias
- Secundárias
- Edema ciliar
4. Testes genéticos
5. Teste de sacarina
- Sensível e barato
• Tratamento
1. Fisioterapia respiratória
2. Lavagem nasal
• População caucasiana
• Mutação no gene regulador da condutância transmembranar de fibrose cística (CFTR) - responsável pelo
funcionamento dos canais de cloro e agua nas células epiteliais
- Gera fluxo de sódio e água para dentro das células e membrana apical impermeável ao cloro
- Desbalanço hidrossalino
- Acarreta edema destas células e aumenta a viscosidade da secreção nas vias aéreas
- Suscetibilidade a colonização
• Sintomas:
• Suor salgado
• Achados característicos:
- Pseudomucocele maxilar bilateral (medializacao da parede lateral das fossas nasais + mucocele com ostio
livre)
• Diagnostico
• Teste do suor
• Avaliação genética
• Tratamento
4. CE tópicos
5. Cirurgico
Imunodeficiências
- 2 ou mais sinais
- Hemograma
- Imunoglobulina (G, A, M, E)
- Exames radiológicos
• Classificação
• Primárias
- Hereditárias e congênitas
- Cuidados gerais:
• Agamaglobulinemia ligada ao X
• Mais frequente
• Diagnóstico: IgA sérica total < 10; IgA1 e IgA2 diminuídas; células B circulantes são normais ou
imaturas
2. Hipogamaglobulinemia ligada ao X
• Sexo masculino
3. Síndrome de Di George
• Hipocalcemia; convulsões
4. Síndrome de Wiskott-Aldrich
• Eczema
• Trombocitopenia
• Infeccoes de repetição
• Secundárias
- Adquiridas
- Transitórias ou permanentes
- Exemplos:
4. AIDS
• Aumento tumores
5. DM
• Pneumococo
• Exame fisico
• Rinorreia citrina
• Tratamento
• PREVENCAO
• Tratamento
• RS fúngica invasiva:
• Cirurgia, indicacoes:
- ATB EV sem melhora mantendo febre e quadro clinico inalterado pelo menos 72h
- RS fungica invasiva
RLF
Hugo Melo
• Refluxo gastro-esofágico que atinge um nível superior ao EES e que pode acometer faringe, laringe e arvore
bronquica
• Alteração do clearence e da motilidade esofagiana, sem participação acida ou peptica
• Irritação química local (dilatacao do espaço intercelular) + estimulo e reflexo vagal a partir da irritação esofagiana
• Doença do refluxo:
- Nao erosiva: mais frequente; diagnostico clinico, teste terapêutico
- Erosiva: apresentação clássica, com lesões ao exame endoscópico; recidiva 80-90%; considera tratamento de
manutenção
• Mecanismos de proteção:
- EEI
- Motilidade esofagiana
- Resistência da mucosa esofágica a lesão tecidual
- EES
- Batimento muco-ciliar
- Saliva
- Presenca de anidrase carbônica
• Sintomas
- Pigarro e necessidade de limpar a garganta
- Bolo faringeo
- Rouquidão, disfonia, fadiga vocal, voz mais grave
- Aspereza, ressecamento ou ardência na garganta
- Tosse crônica
- Odinofagia (e otalgia)
- Disfagia (e engasgos)
- Drenagem pôs nasal
- Apneia
- Sialorreia, amargor na boca e halitose
- Espasmos laringeos diurnos
• Sinais
- Laringite posterior: edema e eritema da laringe posterior, especificamente das aritenóides
- Pseudosulco vocal: edema subglótico que se estende até comissura posterior
- Edema eritema da região interaritenoidea
- Edema de pregas vocais
- Edema de pregas vestibulares e eversao do ventrículo
- Redundância da mucosa retrocricoidea
- Leucoplasias
- Polipos, ulceras, granuloma, tumores,
• Principais: cordite, edema interaritenoideo e pseudosulco
• Crianças: regurgitacao, engasgos na alimentacao, croup recorrente, estridor, laringoespasmo, rinites, sinusites,
adenoidites, haltose, caries, laringomalacia, tosse seca cronica, laringite aguda
• Diagnostico
- Anamnese
- Tipicos: Pirose e regurgitação (valor preditivo, baixa especificidade), sialorréia, eructação, plenitude e
opressão retroesternal (2 ou mais x/semana, por no mínimo 4-8 semanas)
- Atipicos: dor torácica, tosse, laringite, asma, rouquidao, pigarro e globus
- Aumento da pressão intra-abdominal (obesidade)
- Video-esofagografia e manometria (disfagia associada)
- Cintilografia (criancas): refluxo do conteúdo gástrico após ingestão de Tc99
- EDA:
- Indicação: sintomas > 2x/semana, > 4 a 8 semanas
- Sensibilidade 50%
- Recomendada antes do inicio do tratamento
- Todos com idade > 40-45 anos
- < 45 anos com sinais de alerta
- Phmetria e impedancia esofagianas de 24 horas
- Antes de intervenção cirúrgica
- Pacientes com sintomas típicos ou atípico e EDA negativa
- Pacientes refratários ao tratamento com IBP
- Pesquisa de refluxo não acido
- Dor torácica refrataria ao tratamento
- Teste terapêutico: indicação:
- < 45 anos sem sinais de alarme (anemia, hemorragia digestiva, emagrecimento, disfagia, odinofagia,
idosos, historia familiar de câncer)
• Tratamento
—> Os sinais ou sintomas de maior alerta são anemia, hemorragia digestiva, emagrecimento, disfagia e odinofagia,
além da presença de sintomas de grande intensidade, principalmente os que têm início recen-te em pacientes idosos e/
ou com história familiar de câncer.
1. Medidas comportamentais
- Elevação da cabeceira da cama (15cm): pode ser desnecessária para aqueles sem sintomas noturnos
- Moderação da ingestão dos seguintes alimentos: alimentos gordurosos, citricos, cafes, chocolate, bebidas
alcoolicas e carbonatadas, hortela, tomate e derivados
- Refeições fracionadas, mastigar bem, não beber líquidos durante alimentacao
- Cuidados com medicações: anticolinergicos, teofilina, antedepressivos triciclicos, bloqueadores dos canais
de calcio, agonista beta adrenergicos, alendronato
- Evitar deitar-se por 2h após refeições
- Evitar refeições copiosas
- Redução drastica ou cessãcao do tabagismo
- Redução do peso corporal
2. Tratamento Medicamentoso
- Alcalinos (ou antiácidos), alginatos e sucralfato; controle imediato dos sintomas ou em associação com
outras drogas, usadas como medicação de escape.
- Bloqueadores dos receptores H2 da histamina (cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina), são prescritos
apenas em situações em que o IBP não pode ser empregado.
- Procinéticos (metoclopramida, domperidona e bromoprida) são eficazes para o alívio da pirose. Empregados
em associação com IBP em pacientes com quadro de dismotilidade associada ao refluxo
- Inibidores da bomba de prótons (IBP)
- classe mais utilizada de fármacos
- ciclo de seis a doze semanas de tratamento para a fase aguda
- São indicados:
- Dose plena: tratamento inicial do refluxo gastroesofagofaríngeo não complicado
- Dose dobrada: pacientes com complicações ( estenose, úlcera ou esôfago de Barrett) ou com
manifestações atípicas (por período prolongado, em geral de seis meses de tratamento).
3. Tratamento cirúrgico:
- Considerar em pacientes com leucoplasia de prega vocal, câncer de laringe e estenose subglotica
- Outras indicacoes: não resposta ou incompleta resposta a IBP, não seja medicação
- Sintomas laringeos demoram muito mais para resolver que os sintomas esofágicos - 4-14 meses
- Fundoplicatura de Nissen
- 93% dos pacientes com sintomas clássicos respondem bem a cirurgia
- 56% dos pacientes com queixas supraesofagicas respondem a cirurgia
- Melhora preditor de resposta a cirurgia (paciente que responderem a terapia com IBP)
SEPTOPLASTIA + CORNETOS
Hugo Melo
Fonte: tratado + otomaster + FORL + up
• Considerações Anatomicas
• Válvula nasal
- Formado pelo bordo caudal do septo nasal e o bordo inferior da cartilagem lateral superior
• Septo nasal
• Avaliação clínica
• Exame físico
- Nasofibroscopia
- Teste da vasoconstrição
• Rinometria acústica
• Rinomanometria
2. Valvula nasal: porção septal medial da cabeça do corneto inferior, borda caudal da
cartilagem nasal lateral superior, assoalho nasal e septo nasal (area 2 de Cottle)
3. Atrio: área correspondente ao teto da pirâmide nasal; inferior a cartilagem nasal lateral
superior e osso próprio nasal
• OBSTRUCAO NASAL
• Localização
2. Desvio central
• Tipo:
• Grau:
I. Desvio discreto
II. Septo toca a parede lateral, mas perde o contato com uso de vasoconstritor
• Indicações
3. Epistaxes recorrentes
5. Sinusite crônica
6. Neoplasias septais
—> Crianças: adiada ate cerca de 16 anos para evitar interferência ao crescimento nasal
- Traumatico pode ser corrigido mais cedo (nunca antes dos 3 anos)
• Princípios da septoplastia
• Técnicas Cirúrgicas
3. Tricotomia;
4. Infiltração do septo nasal com solução de lidocaína a 2% e 1:80.000 de adrenalina, atraves de agulha fina
(gelco N 24); injetar no plano entre pericondrio e cartilagem e entre periósteo e osso, promovendo
hidrodisseccao
5. Incisão da mucosa ao nível da junção septocolumelar hemitransfixante expondo a parte caudal so septo,
estendendo desde borda superior do septo ate a espinha nasal
7. Descolamento com aspirador-descolador, com movimentos sucessivos para cima e para baixo
- Deixar uma fita em L de 1 cm de largura entre as áreas de sustentação; todo o resto pode ser retirado
- Nunca devem ser retirados por avulsas, SEMPRE através de torção ate produzir fratura
• Técnica de Killian
- Incisão anterior ao desvio —> descolamento do mucopericondrio —> incisão transfixante —>
descolamento lado oposto
• Técnica de Cottle
- Incisao hemitransfixante
• Técnica de Metzenbaum
- Indicação: desvio anteriores ou em crianças (nao e indicado para desvios posteriores osseos)
5. Bolsão columelar
6. Sutura transfixante
• Técnica extracorporea
• Técnica endoscópica
- ATB ?!
• Complicações de Septoplastia
• Hematoma
- Prevenção com realização de incisão de drenagem inferior, sutura transeptal, colocação de talas septais e
tampões nasais (24-48h)
• Perfuração septal
• Sinequias
- Maior freqüência quando realizada septoplastia associado a procedimentos em paredes laterais (cirurgia de
cornetos, dacriocistorrinostomia, cirurgia dos seios paranasais)
• Fistula liquóricas
- Mais temida
• Rinorreia gustatoria
• Osteomielite
OSSEO MUCOSO
CAUSA ANATOMICA AMBIENTAL
RESPOSTA AO TTO SEM EFEITO BOA RESPOSTA. SE FALHA APOS 2 MESES —>
MEDICAMENTOSO CIRURGIA
• Indicacao
• Hipertrofia mucosa
• Hipertrofia óssea
• Técnicas
• Turbnectomias
- Complicações: Síndrome do nariz vazio (perda da mínima resistência aérea necessária para o fluxo
nasal, promovendo ressecamento e formação de crostas)
• Tratamento ósseo
- Após elevação total do flap, utiliza-se a tesoura para ressecar a mucosa lateral e lamina óssea.
Resseccao deve ser paralela a inserção do corneto
• Tratamento mucoso
• Cauterização submucosa
- Diminui complicações
• Laser
• Radiofrequencia
- Instrumentos tipo agulha, adentra em pontos conduzindo altas temperaturas e então dano térmico e
redução volumétrica
- Ex: Coblator, geram corrente elétrica alternada causando agitação ionica ao nível celular, vaporização e
lesão termica (60-90 graus)
• Microdebridador (Shaver)
- Nervo vidiano (Pterigoideo) consiste na junção de fibras parassimpaticas do nervo petroso superficial maior
e fibras simpaticas do nervo petroso profundo. O nervo vidiano passa pela entrada do osso esfenoidal
emerge no canal pterigoideo e chega ao gânglio pterigopalatino, dividindo-se em três ramos: nervo nasal,
nervo lacrimal e nervo palatino maior.
- Nervo nasal posterior: alcance a mucosa nasal através do forame esfenopalatino, na região superior do
meato superior.
• Complicações
- Hematoma
- Sangramento
- Sinusite
- Síndrome do nariz vazio: respiração paradoxal, por menor área de contato em cavidade nasal; predispõe para
ozena
• Colocação de algodão embebido por solução de lidocaína a 2% com adrenalina 1:2.000, na face anterior da
concha media em um plano parassagital
• Exposição da pneumatizacao
• Incisão interior e outra superior com tesoura endoscópica reta, no sentido anteroposterior, e em seguida incisão
vertical posterior comunicando as duas
- Escarificacao da porção medial da concha media e do septo nasal, proporcionando sinequia nessa Egito
- Ponto com fio absorvivel, entre a porção medial da concha media e o septo nasal
SONO
Hugo Melo
FISIOLOGIA DO SONO
- O sono - um estado marcado pela diminuição da consciência, redução dos movimentos musculares esqueléticos
e lentificação do metabolismo - tem função restauradora essencial e importante papel na consolidação da
memória.
• Estagio W (acordado):
• NREM
- Repouso físico
- Superficial e fugaz
N2 HIPOATIVO HIPOATIVO +++ +++
- Atividade teta (4-7cps); pode haver alfa < 50% da época
• Estagio N2:
- Fusos do sono: ritmos mais rápidos nas regiões centrais de aspecto fusiforme (surtos de 5 a 7 ondas de
12 a 15Hz, em forma de crescendo-decrescendo )
• Estagio N3:
- Sono de ondas extremamente lentas (0,3 a 2Hz) = Sono Delta (20% da época)
- Redução adicional da FC e FR
- Sono profundo
• Estagio N4
- Sono Delta
- Despertar difícil
• Estagio R (REM):
- Auxilia a memória
- Atonia muscular, que atinge toda a musculatura corporal, exceto o diafragma e os músculos oculomotores
- Sonhos
• NREM e REM alternam durante a noite, em ciclos que duram cerca de 90min (4-6 ciclos por noite)
• OBSTRUTIVOS
Fisiopatologia
• Anatomia da VAS
- 2 regiões principais de resistência durante o sono: retropalatal (principal sitio de obstrução) e retroglossal
- Obstrução de via aérea —> esforço respiratório + Hiperventilação —> hipocapnia —> relaxamento da
musculatura faringea —> piora da obstrução
- Loop Gain: razão da resposta ventilatória e o distúrbio ventilatório (> ou igual a 1 = Instabilidade ventilatória;
resposta ventiladora exagerada frente ao inicio da obstrução de via aerea)
- Se reduzido —> não ativa o recrutamento de músculos dilatadores —> sono instável
- Volume pulmonar reduzido —> deslocamento do diafragma e tórax rumo a cabeça —> perda da tração caudal
da faringe —> maior predisposição ao colapso
- Mecanismo compensatório pelos apneicos —> Pressão negativa intrafaringea —> Hiperfuncao dos músculos
dilatadores da faringe—>Maior quantidade de fibras musculares tipo II (contração rápida e maior fatigabilidade)
- Músculo constritor superior da faringe e palato faríngeo —> principais constritores da faringe —> dilata a VAS
- Trauma vibratório crônico —> hipertrofia/atrofia de músculos faringeos, fibrose (aumento de colageno tipo 1)—
> redução da expansão faríngea
• Fatores genéticos
Fatores de risco
• Obesidade
• Sexo masculino
- Faringe mais longa (Se iguala em mulheres na pós menopausa) —> favorece a obstrução
• Idade
- Deteriorização do reflexo do músculo genioglosso (ocorre com o aumento da pressa negativa faríngea)
Consequências
• Sonolência diurna excessiva, fadiga, déficits cognitivos, irritabilidade, distúrbios do humor
- Estimulação de Corpo Carotideos —> Aumento do Tônus simpático e catecolaminas —> Aumento da PA e FC
Avaliação do paciente
Grau I: ocupam até 25% da
orofaringe
1. Anamnese e EF
Grau II: 25-50%
• Cavidade nasal
- Hipertrofia adenoideana
2. Questionários
3. Exames subsidiários
• Vídeo Nasofaringolaringoscopia
• Sonoendoscopia induzida por drogas (DISE) (sob sedação - ex , midazolan, propofol, dexmedetomidina)
- Indicação:
• Exame de imagem
Diagnóstico
B. Polissonografia demonstra:
- Cincos ou mais eventos respiratórios predominantemente obstrutivos por hora de sono ou por
hora de monitorização
C. Polissonografia demonstra:
- Quinze ou mais eventos respiratórios predominantemente obstrutivos por hora de sono ou por
hora de monitorização
Tratamento
- Insucesso: redução menor que 50% comparado com o basal, mantendo IAH
>5/H
Tratamentos Conservadores
• Medidas comportamentais
• Perda de peso: alargamento da faringe; Não gera diminuição da língua e do palato mole
- ingesta esporádica aumenta NREM, diminui REM; crônico gera insonia, parasonias, hipersonia
• Evitar tabagismo
• Evitar sedativos e relaxantes musculares: miorrelaxantes na musculatura faríngea, reduz sono REM,
aumenta tempo total de sono
• Terapia posicional
• Saliências na região posterior do tórax (Tennis Ball Technique - costurar uma bola de tênis na parte posterior
do pijama), alarmes…
• Dilatadores nasais (Provent, Airing): indicado para pacientes com Insuficiência de Válvula nasal
• Medicamentoso
• Metilxantinas (aminofilina, teofilina): agem no controle ventilatório, podem reduzir apneia central
• Aparelho intra-oral
• Indicação: Roncos primários , SAOS leve a moderado, não adaptação ao CPAP, associação com terapias
• Tipos:
2. Retentores de língua
• CPAP (Aparelho de pressão aérea positiva): Gerador de fluxo; SAOS moderada a grave
- Não elimina a doença, mas impede que apneia e suas consequências apareçam
- Titulação ótima: IAH <5/h, saturação >90%, poucos despertares e vazamento mínimo pela mascara
- Efeitos:
- Beneficos: aumenta o volume expiratorio pulmonar final, melhora a patencia da via aérea, diminui a pós
carga cardiada, aumenta o DC; reduz PCR, Colesterol total, homocisteina, leptina; queda PA sistolica
noturna, PA media de 24h e PA diastolica de 24h
- Colaterais:
- Tipos:
• Pressão continua com alívio expiratório: CPAP com alivio expiratório (C-Flex e similares)
Tratamentos Invasivos
• Indicacao: ronco primario, SAOS leve, SRVAS, ausência de dessaturacao significativa na oxiemoglobina, ausência
de sonolência diurna, ausência de obstrução importante de VAS, ausência de alterações craniofaciais, indivíduos
não obesos e higidos, sem doenças neruromuscular ou uso de drogas com acao neuromuscular, ausência de
reflexo nauseoso exacerbado.
3. Radiofrequência: reducao volumétrica tecidual - aplicação em 3 pontos (base da língua, cornetos inferiores e
palato mole)
5. Injeção roncoplástica (indicado para roncos primários e apneia leve): injeção de agente esclerosante na
camada submucosa de palato mole
• Beneficios: melhorar a qualidade de vida e do sono, amenizar a intensidade dos roncos, reduzir a
sonolencia, diminuir a pressão do CPAP e aumentar sua adesão.
- Septoplastia
- SPN
2. Cirurgias faríngeas:
• UPFP
- Amplamente realizada e modificada por vários autores —> Foco na linha média
- Versão 1: Faringoplastia Expansora do esfíncter (Pang e Woodson 2007): retalho com rotação em
direção ao pterigoide
- Versão 2: Faringoplastia de Relocação (Li e Lee 2009): retalho reposicionado sem miotomia
- Versão 3: Faringoplastia Expansora Funcional (Sorrenti e Piccin 2013): separação entre o retalho e o
constritor superior da faringe com miotomia caudal do retalho
4. Cirurgias esqueléticas:
• Avanço do M. Genioglosso
• Distração osteogênica da mandíbula: indicado para pacientes pediátricos com SAOS por micrognatismo
congênita e grave
• Disjunção maxilar: aumento do diâmetro transversal; Le Fort I + osteotomia do palato duro + aparelho
(criancas não necessita cirurgia, so o aparelho)
• Avanço transpalatal
• Avanço mandibular
Indicação AMM:
• Expansão de maxila
• Menor 45 anos
• IMC <25
• IAH < 45
• Indicações:
• Tratamento ortodontico prévio
- Hipoxemia severa
- Deformidade esquelética
- Síndromes/Patologias Neuromusculares
• Criança laringe elevada, conexão epiglote e palato mole —> respiração e deglutição simultâneas.
• Fisiologia criança
• < 6 meses: 50% sono ativo (REM) e 50% sono calmo (NREM)
• Fatores de risco
• Hipertrofia adenoamigdaliana
• Sintomas noturnos: ronco habitual, dificuldade respiratoria, pausas respiratorias, sono agitado, boca seca,
enurese, bruxismo
• Sintomas diurnos: respiração oral, cefaleia matinal, dificuldade de acordar, alterações de humor, déficit de
atenção/hiperatividade, sonolência diurna
• Consequências a longo prazo: baixo rendimento escolar, alteração da PA, resistência a insulina, deficit no
crescimento e desenvolvimento, alteração Dentoalveolar (palato ogival, atresia maxilar, retrognatia, aumento
da face no sentido longitudinal (face alongada)
• Polissonografia, indicações:
• Maiores de 3 anos
• Obesidade
• Doenças neuromusculares:
• Sindrômicos
• Anemia falciforme
• Critérios polissonograficos
1. IAH < 1/h
• Tratamento
• Controle do peso
• Cirurgico
- Fatores de falha terapeutica: IAH elevada pre cirurgia, obesidade, idade >7 anos e asma
• CPAP
• Ronco primário e SRVAS: sem apneia, hipoxia e hipercapnia —> PSG normal
• SAHOS e síndromes
• Mucopolissacaridose
• Avalia TQT
POLISSONOGRAFIA
• “Monitorizacao de variáveis fisiológicas e neurofisiologicas durante o maior período de sono do individuo em
laboratório especializado por pessoal tecnicamente capacitado.”
• Indicação:
- Ronco + AOS
- Suspeita de outros distúrbios respiratórios do sono (Síndrome de resistência de vias aéreas superiores,
Síndrome da respiração de Cheyne Stokes, Síndrome da hipoventilacao do sono)
- Titulação de PAP
- Insônia
- Distúrbio PLM (distúrbio de movimento periódico de membro)/ SPI (Síndrome de pernas inquietas)
• Tipos
1. Polissonografia basal de noite inteira: 7 parâmetros (EEG, EOG, EMG mento, ECG, fluxo aereo, esforço
respiratorio, saturação de oxiemoglobina) + acompanhamento em laboratório do sono
4. Polissografia “Split-Night”: primeira metade sem e a outra metade com CPAP (IAH>40 em 2 horas)
• Indicação:
• Não é apropriada:
- Comorbidades que possam prejudicar a acurácia do exame: Doença pulmonar moderada a severa,
doença neuromuscular, ou insuficiência cardíaca
- Suspeita de outros distúrbios do sono: insônia, parasonias, narcolepsia, apneia central, PLMS
• Desvantagens
• Parâmetros
1. EEG: sistema internacional 10-20; eletrodo na região Frontal (F- ritmo dela, ondas lentas), Central (C- ritmo
theta, fuso sono) e Occipital (O- ritmo alfa, vigilia).
2. EletroOculograma (EOG): verifica movimento ocular Lento (inicio do sono) e movimentos rápidos (REM)
direita e esquerda
6. Esforço respiratório: Cintas torácica e abdominal: avalia as incursões respiratórias, posição do paciente,
dos membros inferiores e roncos
9. Registro de ronco
• Tipo II: mínimo de 7 canais de registro, incluindo EEG, EOG, EMG, ECG, fluxo aéreo, esforço respiratório e
saturação de O2 + pode ser realizado em domicílio sem Técnico
• Tipo III: pelo menos 4 canais de registro (fluxo aéreo, esforço respiratório, FC e saturação de oxigênio) +
não avalia fases do sono (nao diferencia vigília de sono) e sim parâmetros Cardio-respiratórios
• Conceitos
• Apneia (termístor)
• Redução no registro da pressão nasal > ou igual 30% do fluxo, que perdure por 10 segundos +
• Aumento do esforço respiratório, que não atinge queda como a hipopneia, seguido por um despertar
(paciente não acorda mas muda fase do sono para N1)
• Não contar PLM num período 0,5 seg antes ou depois de apneia ou hipopneia
• Microdespertar
• Ao EEG, alteração abrupta na freqüência (>16Hz), com duração mínima de 03seg, precedidos por no
mínimo 10seg de sono estável
- Diferenciar:
- IER (índice de eventos respiratórios): monitoração portátil do sono; não sabe o tempo total de sono e sim o
tempo de registro
• O que valorizar:
• IAH
• IDR
• Ronco
• Interpretação do hipnograma
• Laudo
1. Tempo total registro (TTR) mínimo 06 horas
8. Eventos respiratórios
4. Latências: NREM: 15-20min (varia com a idade) / REM: 11. Micro-despertares (normal entre 10-15/hora)
70-90min
12. Eventos cardiacos: FC, arritmias
SURDEZ SÚBITA
Hugo Melo
Fonte: tratado + otomaster + up
Etiopatogenia
• 80% idiopático, para estes sugere-se os seguintes mecanismos envolvidos:
• Distúrbios microcirculatorios
- Hemorragia por HAS descontrolada, uso de anticoagulante, discrasia sanguínea
- Trombose por dislipidemia ou hipercoagulabilidade
- Espasmos que favorecem efeitos trombóticos
Isquemia —> radicais livres + acidose + queda ATP —> morte de células ciliadas
• Infecção viral inaparente
- Presença de vírus na orelha interna: herpes, caxumba, sarampo, influenza e adenovírus
- Alterações anatomopatológicas degenerativas em ossos temporais de pacientes com surdez súbita
• Processo autoimune
- Nao ha marcador especifico
• 20% apresenta diagnostico definido
Quadro clínico
• Idade > 45 anos (75%): pico sexta década
• Unilateral (90%): raro acometimento bilateral simultâneo ou na evolução
• Plenitude auricular pode proceder a hipoacusia em algumas horas ou dias
• Zumbido (75-85%)
• Tontura (40%)
• História prévia de IVAS (25-35%)
Exame físico
• ORL completo (atenção especial à otoscópia para descartar outras causas)
• Exames pares cranianos
• Avaliação do equilíbrio estático e dinâmico
• Teste diapasão (diferencia condutiva de neurossensorial)
Exames complementares
• Audiometria tonal e vocal: confirmação do diagnóstico, termino do tratamento e intervalos posteriores
• Tipo de curva: graves/ascendente (17%), agudas/descendente (29%), plana (42%) e total (13%)
• Severidade da perda: leve (30-40dB), moderado (40-70dB), SEVERO (70-90dB) e profundo (>90)
• EOA: avaliar função das células ciliadas externas
• BERA: avaliar via auditiva central
- Realizar após alguns dias de evolução pela intensidade do estímulo usado
• Imitanciometria
- Alguns autores desaconselham seu uso para evitar trauma adicional a uma cóclea já em sofrimento
• Laboratoriais
1. Hemograma (avaliar viscosidade sanguínea, anemia)
2. Coagulograma
3. Bioquímica, ureia e creatinina (I. Renal)
4. Glicemia de jejum: distúrbio metabólico
5. Lipidograma
6. PCR de lagrima ou saliva pode identificar vírus (herpes simples)
7. VHS
8. CTF e TG: dislipidemia
9. TSH/T4L: tereoidiopatia
10. Cardiolipina, anticorpo anticardioplipina
11. VDRL
12. HIV
13. Provas autoimunes em perdas rapidamente progressivas
*Academia americana não indica exames laboratoriais!
• RNM crânio pre e pós contraste (gadolineo) com ênfase nas estruturas da orelha interna (TODOS)
- 3-10% sao causados por schwannoma
- 26% portadores de schwannoma vestibular tem surdez súbita
- Via compressão da artéria labiríntica
- Retorno da audição não exclui schwannoma
• TC contrastada de ossos temporais: evidenciar alterações ósseas
• USG com Doppler de carótidas, vertebrais e intracranianas: pacientes de risco para problemas de aterosclerose ou
tromboembolismo
Tratamento
• 32-65% melhora espontânea parcial ou total
• Seguimento: audiometria
- 54,5% melhoram no primeiros 10 dias de
tratamento
- Resultados auditivos definitivos
- 78% em 1mes
- 97% em 3 meses
- Apenas 1 paciente (0,6%) apresentou melhora
após 6 meses
- Por isso seguimento —> 6 MESES
• Melhores respostas se tratamento indicado até 72 horas, com ainda boa recuperação ate 10 dias
1. Corticosteroides, dose plena por 10-14 dias, com retirada progressiva (iniciar até 14 dias do inicio)
- Prednisona (1mg/kg/dia - ate 60mg/dia), pelo menos 10 dias, sem reduzida paulatinamente após em 2-4
semanas
- Outras opções: hidrocortisona ou dexametasona
- Não ha contraindicações absoluta para DM e HAS, desde que internados e controle cuidadoso
- Contra indicado em glaucoma
- Corticoide intratimpanico: tratamento de resgate ou contraindicações de CE VO; dexametasona (5, 8 ou
24 mg/dl) ou metilprednisolona (20, 40 ou 62,5 mg/dl).
- Dexametasona 24mg/ml: Cabeça posicionada 45 graus, solução é aspirada em seringa 1ml;
anestésico local (lidocaina a 10% embebida em algodão); 0,3-0,5ml injetada na fenda timpânico
(gelco n22)
2. Câmara hiperbarica
- Casos severos a profundos, ou evoculacao insatisfatória
- Evitado em suspeita de deiscência do CSC superior, pós-trauma ou após estapedotomia
3. Antivirais
- aciclovir 1 a 2g por dia divididos em 5 doses
- Fanciclovir 3g dia dividido em duas tomadas
- valaciclovir 1,5g dia dividida em três tomadas
4. Hemorreologicos:
- pentoxifolina, AAS, piracetam, Ginkgo Biloba
5. Expansores plasmáticos:
- Dextran 40, 10 ml/kg/dia ou 500ml em 2hs 1x/dia
- Restrito para pacientes haja evidencias de causa vascular
TOSSE CRONICA
HUGO MELO
• 2 mulheres X 1 homem
• Etiologia multifatorial
- DRGE e RLF
- Asma atípica
- Tosse crônica de origem neurogênica: neuropatia vagal pós viral: tosse de instalação subita, laringoespasmo e
pigarro - diagnostico de exclusão
• Arco reflexo:
- Estimulos mecânicos ou químicos —> estimulam receptores das fibras nervosas aferentes do epitélio colunar
ciliado das VAS e VAI (faringe ate os bronquios)
- Maioria dos receptores: laringe, carina, bifurcação brônquios médios e grandes; região paranasal (trigemio);
faringe (glossofaringeo); canal auditivo externo e membrana timpânica (n. vago); esófago, estomago e pleura
(vago); diafragma e pericárdio (frenico)
- Impulsos aferentes (perifericos e centrais) - nervo vago - centro da tosse ao nível da medula —> integração e
coordenação informações —> impulsos eferentes via nervo vago para laringe e arvore traqueobrônquica, via
nervo frênico e nervos motores espinhais C3 e S2 para mm intercostais, abdominais e pélvicos e diafragma
—> tosse
• Fases da Tosse
- Segunda fase (fase compressiva): fechamento valvular laringe e supraglote + contração músculos expiratorios
(parede torácica, diafragma, abdome e assoalho pélvico) - aumento da pressão VAI
- Expiratoria: abertura esfíncter laringeo - explosão do ar que se encontrava sob alta pressão
• Etiologias
• Paciente refratário, estenose subglotica, estendas laringe posterior, microaspiracao com fibrose pulmonar —>
fundoplicatura de Nissen
3. Neuropatia pós-vagal
• Diagnostico de exclusão
4. Aspiracao crônica
6. Bronquite eosinofilia
• Tosse e dispneia
• Semana após inicio da medicação, podendo ocorrer ate meses ou anos após
8. Bortella Pertusis
• Tosse comprida: quadro viral inespecífico; rinorreia hialina, ardor e incomodo na garganta, rinorreia posterior e
pigarro - após 2 sem tosse incoercível e estridor inspiratório
• Macrolideo ou sulfa
9. Tosse psicogenica
• Exclusão
• Crianças e adolescentes
• Psicoterapia e fonoterapia
TRAQUEOSTOMIA
HUGO MELO
• Indicacoes:
• IOT prolongada
• SAHOS
• Contraindicacoes, Relativas:
• CEC laringe
• Papilomatose laringea
• Alterações fisiológicas:
- Canula, balao
• Compressão esofágica
- Balao insuflado com alta pressão: isquemia traqueal, traqueomalácia, fistula traqueo-esofágica (cuff
+SNE)
• Posicionamento do paciente
• Incisao na pele horizontal ou vertical 3-5cm: distancia média entre fúrcula esternal e proeminência laríngea
(cartilagem cricoide)
• Emagrecimento do subcutâneo
• Flap em U invertido
• Ponto Bjork
• ATENCAO!
• Traqueostomia de urgência
• Incisão vertical
• Hemostasia
• Traqueotomia percutaneo
• Procedimento eletivo
• Técnica de Seldinger
• Traqueostomia em crianças
• Traqueia delicada
• Pós-operatório
• Raiox de tórax
• Complicações
• Intra-operatórias
- Sangramento
- pneumotorax, pneumomediastino
• Precoces
- Sangramento
- Traqueobronquite
- Celulite
- Enfisema subcutâneo
- Decanulacao
• Tardias
- Granuloma supraestomal
TRAUMA CERVICAL
HUGO MELO
Fonte: UP
• Zonas
• Entubacao orotraqueal
• Entubacao nasotraqueal
• Mascara laringe
• Cricotireoidostomia
- Procedimento de urgência
- Tecnincas
1. Cirurgica
- Incisao longitudinal
- Divulsao
- Posicionamento de canula
- Fixação
2. Por punção
- Complicações
- Sangramento
- Laceração esofágica
- Hematoma
• Traqueostomia
• Quando explorar:
- Pacientes instáveis:
- Choque
- Borbulhamento
- ACI
- VJI
- NC V e VII
Sinais e Sintomas
1. Hemotimpano
2. Perfuração timpânico
- Vertigem: tardio; resulta tanto da concussão do labirinto posterior como de sua ruptura
Exame físico
- Perfuração de MT
- Hemotímpano
- Laceração do MAE
- Otorragia
- Traço de fratura passa anterior ao rochedo do osso temporal (sistema vestibulococlear) —> extralabirintica
- Mais comum ocorrer: laceração de conduto auditivo (a otoscopia observa traço vertical), perfuração de MT;
desarticulação de cadeia oscular
- Menor chance de lesão do nervo facial (paralisia facial 10-20%): em porção timpânico e mastoídea
- Subclassificacao:
1. Tipo I: linha de fratura acomete escama vertical, porção escamosa do MAE e região posterior de cavidade
timpânico; pode acometer gânglio geniculado do nervo facial
2. Tipo II: linha de fratura acomete escama vertical, região suprameatal do MAE e parede anterior da
cavidade timpânica; pode acometer gânglio geniculado
3. Tipo III: acomete escama vertical, região superior e posterior do MAE, mastoídeo, parede sutura
petroescamosa, ate região anterior da membrana timpanica. Relaciona com lesão do nervo facial em
segmento timpânico e mastoideo. Pode acometer canal carotideo
- Maior chance: de lesão do nervo facial (50% paralisia facial): mais comum porção labiríntica e timpânico
- Independente do orifício de entrada do projetil: quase sempre aloja na eminência mastoídeo adjacente ao
processo estilomastoideo
Condutas
• ELETIVO
• Avaliação intermediária:
• TC mastoideo: ênfase cápsula ótica, canal do falopio, cadeia ossicular (sinal da bola de sorvete), locais
de fistulas
• Acumetria (weber) + A/I
• Exame otoneurologico
B. Paralisia facial,
• Acompanhamento: Plegia tardia, paralisia leve, sem sinais de compressão do canal de falópio
• cirurgia:
- Indicado:
2. TC com fratura do canal de Falópio ou presença de fragmentos ósseos sobre o nervo facial
- Abordagens:
1. Ruptura neural completa ou em mais da metade do diâmetro —> sutura do nervo ou enxerto
(sural ou auricular magno); nenhum caso de enxerto a função facial retorna a normalidade
2. Perda do coto proximal (PAF) —> anastomose hipoglossofacial (pode ser feito ate 2 anos da
lesao)
1. Observação
3. Proteção auricular
- MT perfurada —> Avaliar perda auditiva A+I —> se perda —> Timpanotomia exploradora
FONTE: MEDREVISAO
• Classificação
• Trauma externo
- Contuso / frontal
- Arma de fogo (lesao mais difusa, quanto > velocidade > lesao)
• Trauma interno
• Diagnostico
- Palpacao: crepitação
• Estabilização VA / Sangramento
• Exames subsidiários:
• RNM axial
- Repouso, cabeceira elevada, nebulizacoes, repouso vocal, dieta liquida fria, drogas anti-refluxo
• GRUPO 2: edema, hematoma, sem fraturas, lesões menores da mucosa sem descobrimento de cartilagem,
alteração do trato respiratório
- TQT
• Avaliação do trauma
2. Estabilização de fratura
• Contornos faciais
• Oclusão dentaria
• Palapacao de mandíbula
4. TC (ideal)
• Objetivos do tratamento
FRATURAS NASAIS
• 3 lugar dentre todas as fraturas humanas (40-50% das fraturas maxilofaciais)
• Crianças
- Fraturas nasais em partos, por forca na expulsão ou pelo uso de fórceps (6-10%)
• Septo ósseo
• Prognostico
- Intensidade e direção da forca aplicada: impactos laterais provocam mais fraturas que os frontais
- Tipo I: porção mais anterior dos ossos nasais e do septo (mais comum)
- Tipo II: alem de afetar os ossos nasais e o septo, apresenta lesão da apófise frontal da maxila
- Classificação Markowitz-Manson
- Tipo II: cominutiva leve, tendao cantal medial fixado a fragmento ósseo
- Tipo III: cominuição importante, tendao cantal medial inserido a diminutos fragmentos ósseos
- Clinica: lateralizacao do canto medial da orbita, aumento da distancia intercantal e diminuição da rima
palpebral, sugere telecanto traumático (distancia >40mm)
• Tipos:
- Unilateral ou bilateral
• Diagnóstico é clínico!
• Tratamento -> para todo paciente com deformidade estética e/ou funcional
- Conservador: sem desvios de fragmentos ósseos e cartilagíneos ou ausência de deformidades estéticas e/ou
funcionais
- Desvios ou instabilidade
- Redução nas primeiras 3 horas (na ausência de edema) ou após 3-5 dias (apos regressão do edema)
- Tipos de reducao:
- Redução aberta:
- Hematoma septal
• Complicações
- Hematoma de septo: obstrução nasal (espessamento fibrotico e sinequias), perfuração de septo (necrose de
cartilagem)
- Deformidade em sela
FRATURA DE MANDIBULA
• Aspecto biomecânico
• Musculatura mastigatória
• Classificação
• Quadro clinico
- Ma-oclusao
- Fraturas condilares
- Fraturas subcondilares: assimetria facial, desvio da mandibular para o lado afetado, desvio da linha media
dental para o lado comprometido e mordida aberta
- Objetivos secundários: redução anatômica dos fragmentos mandibulares, fixação dos focos, controle da
infecção
- Redução aberta: maioria acesso intra-oral, fixação rígida associado com BMM
• Complicações
• Classificação
• Clinica
- dor/afundamento
- Hipoestesia
- Epistaxe
- Rinoliquorreia
• Tratamento
- Parede anterior
- Afundamento, perda óssea >1cm, fraturas deslocadas: fixação (se infecção, retirar o osso e reconstrução
após 12 meses)
- Ducto frontonasal
- Resseccao mucosa
- Parede posterior:
- >25% de extensão: exploração cirurgia (flap osteoplástico com obliteração)/ cranializacao (remocao
completa da parede posterior)
FRATURA DE MAXILA
• Diagnostico bimanual
• Le Fort
- Palato flutuante
• Tratamento
- Redução anatômica
FRATURA DE ORBITA
• Sexo masculino (80%)
• 20-39 anos
•Tipos:
-Blow-out
- Blow-in
-Mais comum
- Diminuição do volume orbitario
• Tratamento
- Conservador: casos de fraturas sem herniacao do conteúdo orbitario para as cavidades nasais, sem lesão
muscular, enoftalmia ou hematomas
- Cirurgico:
- Encarceramento muscular
- Aumento do volume orbitario (CT - área desviada; tamanho do defeito do assoalho >1cm2
• Vias de acesso
- Subciliar
- Transconjuntival inferior
- Palpebral superior
- Subtarsal
- Calota craniana
- Titânio
- Polietileno poroso
- Resina de mamona
- Antrotomia ampla
- ATB
DISFUNÇÕES DE ATM
HUGO MELO
Fonte: Tratado
Anatomia
• Principal músculo mastigatório: músculo pterigoideo externo
- Região medial e lateral: ligado ao condilo por ligamentos de fibras colagenas densas independentes
• Movimentos funcionais ATM: ligamentos anterior e posterior permitem rotação posterior do menisco, levando o
condilo a uma posição anterior
Etiologia
• Primarias: osteoartroses, fraturas, infecções, tumores e disfunções internas
• Secundarias: associada a disfunções musculares (dor miofacial, bruxismo, fibromialgias, tenomiosites, caimbras),
alteracoes de oclusão dentaria
Clinica
• Dor espontanea, a palpação e a movimentação da mandíbula
• Estalos e crepitação
- Mais presente pela manha, durante a escovacao dos dentes, e podem ate desaparecer
- Alterações de deslocamento permanente do disco: estalo tanto ao abrir ou fechar a boca , repetidos e
constantes
• Travamento de boca
• Luxacao de disco: bilateral, inabilidade de fechar a boca, protrusao de mento, tensão e espasmos da musculatura
da mastigação, salivação excessiva, dificuldade na fonação e dor na região da ATM
Avaliação
• Palpacao do músculo pterigoideo lateral: resistência aos movimentos de abertura e fechamento da boca, com
espasmo do músculo pterigoideo
• Abertura da boca: plano vertical mulheres 35mm, homens 40mm; plano lateral 8mm
- Desvio transitório
• Radiografia simples transparietal com a boca aberta e fechada; Panoramica da arcada dentaria
• RNM
• Artroscopia diagnostico/terapeutica
Tratamento
• Conservadores
- Bloqueio nervoso
Relaxantes musculares
- Artroscopia
- Placas dentarias
- Meniscectomia
Etiologia
- Gene produtor proteína MERLIN (schawannomina): proteína reguladora da divisão das células de Schwann
• NF tipo 2 (acometimento do SNC) - um tipo das três formas clinicas da doença de Von Recklinghausen
- Schwannoma do VIII nervo bilateral associado ou não a outro tumores intracranianos e ou espinhais
(meningiomas, gliomas, neurofibromas, hemangiomas, sarcomas
- Crescimento: CAI —> cisterna pontina —> cerebelo e/ou tronco cerebral
- Tumores intracanaliculares apresenta crescimento mais lento que aqueles com extensão
extracanalicular
- Tecidos Antoni A: tecido compacto, com células fusiforme em paliçadas que se agrupam em formações
circulares, os corpos de Verocay
- Tecidos Antoni B: consistência mais frouxa/esponjosa, em forma de “casa de abelha”, com varias
formação císticas e microcisticas
Estágios evolutivos
1. Tumor exclusivamente intracanalicular
3. Tumor com grande projeção cerebelopontina tocando no cerebelo e/ou tronco cerebral
Quadro clínico
- não está relacionado com o tamanho do tumor e sim com a expressão genética do tumor
• Tontura
- Sintomas vertiginosos não são comuns; devido ao crescimento lento e compensação por mecanismo
central
- NC V: quando crescimento anterior —> hipoestesia/dor facial, terço medio da face é o mais acometido (sensivel a
carbamazepina)
- NC IX, X e XI: acometimento por crescimento postero-inferior —> tumores grandes —> síndrome do forame
jugular (disfagia, disfonia, queda do ombro)
- Cerebelar: raro; pode resultar em incoordenação motora, tremor, dismetria e marcha com base alargada
- Síndrome do APC aguda (Deteriorizacao neurológica subita): raro. Quadro agudo de: hipoacusia, paralisia facial,
hipoestesia, rouquidao, sonolência e sinais do trato longo
• Exame físico
- Otoscópio normal
Exames complementares
• Audiometria/Imitanciometria
- unilateral
- Intervalo I-III>2,3ms
- Ausência da onda I
Cirurgia
• Conservadora: paciente de risco, idade avançada, tumor pequeno <2cm com crescimento lento 3mm/ano e
assintomático (RNM 6-6 meses e depois anual)
- Indicação: tumores pequenos com crescimento lento ou acelerado, tumores grande e irregulares,
pacientes inoperaveis, doença residual pós-cirúrgica
• Cirurgia:
• Objetivo
- Manutenção da vida
- Preservar audição
MENINGIOMAS
- Sensível à radioterapia
CISTOS EPIDERMOIDES
• Lesao epitelial benigna com acúmulo progressivo de queratina e colesterol
• Quadro clínico: espasmos faciais, NC VII, cefaleia, sintomas cerebelares, alterações do NCV e VI
OUTROS TUMORES
1. Schwanomas do V: alterações de sensibilidade da face; nasce centrado no cavo de Meckel
2. Schwanomas do forame jugular (IX, X, XI) —> síndrome do forame jugular (disfonia, disfagia e queda do ombro)
- Quadro clinico:
3. Mucocele
- Útil nos casos em que ha boa audição pre operatória (vantagem de se preservar a função auditiva)
- Tumores maiores
2. Translabirintica
- Mastoidectomia ampliada (via de acesso mais lateral), expondo dura-máter da fossa posterior
retrossigmoidea e pre-sigmoidea e a dura-máter da fossa media, em seguida labirintectomia
- Tumores menores 2cm (nao permite remoção de tumores que estendem a cisterna bulbopontina)
4. Retrolabirintica
- Remove toda porção posterior do osso temporal com preservação do bloco labiríntico
- Tumores pequenos, notadamente os intracanaliculares (nao atinjam o fundo do CAI), com boa audição
pré-operatória
Paragangliomas
• Tumores benignos neuroendócrinos derivados de células das cristas neurais (paraganglios)
• 2 tipos:
• História familiar (7-9%): multicentricos, tendencia maior a malignidade; jovens 20-30 anos
• Classificação de FISCH
C. Tumor envolvendo região infralabirintica do osso temporal e extensão para ápice potroso sem invasão
intracraniana
D. Extensão intracraniana
• Quadro clínico
- PFP
• Exame físico
- Pares cranianos
- Medir sempre a PÁ
• Exames de imagem
- TC com contraste: tumor homogeneo, bem delimitado, com intenso ganho de contraste que ocupa FJ
- Tumor hipervascular com rápido enchimento arterial e esvaziamento venoso, com intenso blush tumoral
- Amgioressonancia
• Tratamento
- Indicação exclusiva de RT: tumores inoperáveis ou paciente idosos sem condições clinicas para
tratamento cirúrgico
• Pré operatório
- Embolização arterial: menor tamanho, facilita a remoção (2-5 dias antes da cirurgia); principal
artéria embolização faringea ascendente
• Acessos
• Complicações
1. Hematomas
2. Infecção
5. Fistula liquorica
RINOFARINGE
BENIGNOS
- Cisto de ThornWaldt
- Angiofibroma Juvenil
- Teratoma
Cisto de ThornWaldt
• Aparece na vida embrionária
Teratoma
• Raro
• Presente no nascimento
MALIGNOS
- Raro
- Piores prognósticos dentro dos tumores malignos da CCP (proximidade com a base do crânio e diagnostico
tardio)
- Predominam:
Carcinoma
• 2 picos: jovens 30 anos e adultos 40-50 anos
• Predomínio em homens
• Fatores de risco
• Ambientais
- Hidrocarbonetos policiclicos, niquel (28x), madeira (ADC), produtos texteis, refinados de petróleo, gás
mostarda,
- Tabagismo
- Pior prognostico
• Quadro clinico: assintomático por longo período —> principal: massa cervical + OME
- Adenopatia cervical póstero-superior (angula da mandíbula ou inferior a ponta da mastoide) indolor —> mais
comum (87%)
- Hipoacusia unilateral condutiva produzida pela Otite media secretora secundaria a disfunção tubaria
- Acometimento maxilar do nervo trigêmeo: hipestesia maxilar, cefaleia temporal e dor facial
- Diplopia (VI)
• Posterior: VII-XII
2. Nasofibroscopia
• IgA total
• Anti-EA
• TNM
- T1: tumor na nasofaringe com extensão para orofaringe e/ou cavidade nasal, sem extensão parafaringea
- T3: tumor na nasofaringe com extensão para estruturas ósseas da base do crânio e/ou seios paranasais
- T4: tumor na nasofaringe com extensão intracraniana, nervos cranianos, hipofaringe, orbita, fossa
infratemporal e espaço mastigador
• Tratamento
• Ressecçao cirúrgica
- Indicação:
• Seguimento
Linfomas
• Segunda doença maligna + frequente de CCP
• Nodal (70-80%)
• Linfomas de células NK
• Quadro clinico
- Obstrução nasal
- Secreção nasal
- Epistaxe
• HIV positivo + obstrução nasal + linfadenopatia —> Videonaso —> se massa = Biopsia!
• Biopsia
1. Histologia: infiltrado polimorfo, com células de aparência normal e células atípicas, de permeio a
plasmocitos, eosinofilos e histiocitos
2. Imunofenotipo: CD2+, CD56+, CD3 superfície -, CD3 citoplasmático + e grânulos citotoxicos (granzina B,
perfurina e antígeno intracelular 1)
• Tratamento
3. Quimioterapia/Radioterapia
- Estadios I e II: QT
OROFARINGE
• Tumores malignos:maioria CEC 80-90%, outros: tumor de glândulas salivares, linfomas (nao Hodgkin de celulas B)
• > 50 anos;
• Fatores predisponentes : tabagismo, etilismo, ma higiene oral, radiação, avitaminose, HPV, EBV, dietas pobres em
frutas e vegetais, consumo de erva mate fervente
• Fatores protetores: frutas cítricas (laranja, tangerina, limao), vegetais verdes escuros, alho, suplementada de vit A
(30mg de betacaroteno diário e 25.000UI de retinoide —> indicado para pacientes de risco)
CEC invasivo
• Quadro clinico: odinofagia (podendo irradiar para face e pescoco), disfagia, halitose, trismo, sangramento, otalgia
• Exames:
- Biopsia
- Nasofibrolaringoscopia + EDA
- TC com contraste
- RNM
• Metastases
• Estadiamento
• Tratamento
• Base de língua: tratamento controverso (T1-T3: RDT + braqui; T4: cirurgia + RDT)
ESPACO LATEROFARINGEO
• Parafaringeo, faringomandibular, pterigomandibular, pterigofaringeo, faringomaxilar
• Estruturas nobres
• 70-80% benigno
• Tumor primário:
- 10-15% glomicos
- Malignos: GI salivar
• Paraganglioma:
- Tumor neuroendócrino, derivado dos paraganglios extra adernais do sistema autônomo (distribuido por arco
aortico, paraganglioma laringe superior e inferior, corpo carotideo, vago, jugulotimpanica
- Tratamento cirúrgico
• Clinica:
- Massas assintomáticas
- Angulo da mandíbula
- sintomas: corpo estranho, dispneia, apneia, disfonia, S. Horner, disartria, perda auditiva
• Diagnostico tardio
- US
- RNM (mais importante): diferencia pelas características t1/t2 (adenoma pleomorfico, tumores nervosos,
paraganglioma)
• Tratamento
- RT adjuvante
- Cirurgia:
- Acesso lateral a base do cranio: tumores volumosos, invasão de base de cranio, reconstrução com retalho
- Reconstrução: enxerto nervo, correção para rima labial e simetria da face, retalhos musculares
- Complicações: neuropatia de pc, derramamento de conteúdo tumoral, dor, trismo, paralisia facial
temporaria, fraqueza palatal
HIPOFARINGE
• >95% CEC;
• Fatores predispondentes: tabagismo, etilismo, deficiências nutricionais, exposição a vírus oncogenicos, DRGE ?
• Prognostico ruim: diagnostico em estágios avançados (clinica tardia), agressividade, metástase linfonodal precoce,
alta incidência de metástase a distancia
• Melhor sobrevida: retrocricoides (45%), parede posterior (36%), seio piriforme (33%)
• Quadro clinico:
- Assintomatico no inicio
- Disfagia 48%
• Exames:
- Tumor seio piriforme e retrocricoide - placas planas com bordas elevadas e ulceração superficial
• Exames:
- TC e RNM cervical
• Biopsia!!!
• Estadiamento
• Tratamento
• Reabilitação
- Laringe eletrônica
• Seguimento: 1-3 meses no primeiro ano, 2-4 meses no segundo ano, 3-6 meses no terceiro ano , 4-6 no quarto e
no quinto ano, e a cada 12 meses a partir do quinto ano.
• Fossas anteriores
- Tetos orbitários, lâmina cribriforme e seio frontal
• Fossas média
- Componente ósseo: esfenóide, temporal e parietal
- Corpo: fossa hipofisaria, sela turcica, processos clinoides anteriores e posteriores, clivus, seio esfenoidal,
plano esfenoidal
- Forames:
- Canal óptico: II
- Fissura orbital superior: III, IV, V1, VI, veia oftálmica superior
- Redondo: V2
- Foram espinhoso: artéria e veia meningea media, ramo meningeo do nervo mandibular
- Nervo vidiano:
• Fossas posteriores
- Componente ósseo: porção petrosa do osso temporal, parietal e occipital
- Forames:
Fossa pterigopalatina
• Espaco entre parede posterior do seio maxilar e o processo pterigoide
• Penetra a ultima porção da Arteria Maxilar interna -> porção pterigopalatina, emite ramos
- A. Alvéolar postero-superior
- A. Infra orbital
- A. Palatina
- A. Esfenopalatina
- A. Nasal posterior
Seios venosos
• Canais venosos entre a dura-matar e o periósteo interno revestido por endotélio
TUMORES NASOSSINUSAIS
HUGO MELO
Fonte: Trato + otomaster + medrevisao
- Baixa incidência
Avaliação
• Sinais e sintomas
• Nasais
- rinorreia, epistaxe
• Orbitais
- Dor retro-orbitaria
• Orais
• Faciais
• Auditivos
• Intracranianos
- Cefaleia
• Exame ORL/Pescoco
• Exame endoscópico
• Biopsia
• Lavagem + citologia
• Endoscopia de contato
BENIGNOS
Papiloma de Vestibulo (Verruga vulvar)
• Epitelio escamoso (transicao muco-cutâneo)
• HPV
• Lesao vegetante
• Róseo-esbranquicada
Papiloma Nasossinusal
• Tumores benignos nasossinusais mais comuns
• Composto por celulas colunares bem diferenciadas ou por epitélio respiratório ciliado
• 3 tipos Histologicos:
• Jovens
• Exofitico ou vestibular
• Raramente malignizam
• Histologia: crescimento endofitico do epitélio para dentro do estroma, respeitando a membrana basal
• Etiologia desconhecida: mais aceita é a teoria viral, HPV, principal 6 e 11(na genese), 16 e 18 (na malignizacao)
• Clinica
- Tumor polipoide, irregular, lobulado, firme, não translúcido, cor rosa clara a cinza, UNILATERAL —> pode
atingir grandes dimensões
- Sintomas inespecificos
- Seio esfenoidal: surge sintomatologia neruologica e visul, para posteriormente aparecerem outras queixas
• 3 categorias:
ESTADIAMENTO DE KROUSE
• TC: exame de escolha —> alargamento do infundibuliforme etmoidal, T1: tumor totalmente confinado a cavidade nasal sem
destruição óssea; área de insercao uma região de hiperostose
acometimento dos seios
• Tratamento sempre cirúrgico: Acesso externo (rinotomia lateral ou T2: complexo ostiomeatal e seio etmoidal e/ou porção
medial e superior do seio maxilar com ou sem
Degloving médio-facial) ou Técnica endoscópica
emvolvimento da cavidade nasal
• Objetivo: remover o tumor, a mucosa de inserção e seu periosteo, ideal e T3: parede lateral, inferior, superior, anterior ou
brocar o osso
posterior do seio maxilar, o seio esferoide e/ou seio
frontal
Nasoangiofibroma Juvenil
• Neoplasia benigna mais comum da nasofaringe (0,05% a 0,1% dos tumores da CCP)
• TRIADE: Adolescentes do sexo masculino (9-19 anos) + obstrução nasal unilateral + epistaxe
• Etiologia desconhecida:
- Teoria mais aceita: massa tumoral formada malformação vascular originada de remanescentes da artéria do
primeiro arco branquial sob estimulação hormonal que sofrem micro-hemorragias, edema e reparação fibrosa
- Posterior: rinofaringe
- Intracraniana 10%
- Extradural - mais comum: através do seio esfenoidal, base do processo pterigoide, FOS
• Tratamento
Hemangiomas
• Tumor frequente de partes moles: raro em trato nasossinusal
• TC: massa com realce na fase contrastada, pode ter remodelamento ósseo
Hemangiopericitoma
• Tumor raro nasossinusal (comum em MMII)
• Origem: pericitos dos capilares de Zimmerman (celulas com poder contrátil sem miofibrilas)
• 30-50 anos
• Clinica: epistaxe, obstrução nasal, dor facial, hipestesia infraorbital, epifora e proptose
• TC: massa unilateral não calcificada, com captação variada de contraste que pode deslocar estruturas adjacentes
e erodir o osso
- Irressecaveis: RT
- Secreção de FGF-23 —> inativacao da bomba sódio-potássio no tubulo proximal dos rins —> fosfatúria —>
queda de fosfato —> desmineralização e enfraquecimento dos ossos
Pólipos Coanais
• Surgem na parede dos seios paranasais por obstrução de glândula mucosa —> cisto de retenção —>
exteriorização pelo ostio do seio acometido
• Crianças e jovens
• Seio de origem:
- Polipo de Killian: seio maxilar ate coanas (antrocoanais), inserção mais comum na parede posterior do seio
• Naso: unilateral, aspecto por vezes gelatinosos, alargando meato medio, e se maxilar, exteriorizando-se através do
ostio acessório
• Abaulamento liso e compressivel do assoalho lateral, que desloca corneto inferior para cima
• Unilateral
• Tratamento: exerese
Rinolito
• Corpo estranho com acumulo de depósito calcário —> anos depois, massa pétrea e fétida
NEUROGENICOS
Meningiomas
• Extensao direta de meningioma intracraniano (maioria) ou meningioma extracraniano originado a partir de tecido
ectópico
Neurinomas (Schwanoma)
• Origem nas celulas de Schwann dos nervos cranianos, periféricos ou anatômicos - exceto nervos óptico e olfatorio
(FPP/FIT - base do crânio)
• Nariz e seios paranasais em 4% dos casos —> divisão oftálmica e maxilar do nervo trigêmeo
• Risco de malignizacao 2%
• Diagnostico: Histopatologico
• Neurofibromatose tipo II
• Tratamento: exerese
TUMORES ESQUELÉTICOS
Cordoma
• Tumor ósseo muito raro
- Curso lento
- Cefaleia fronto-occipital
- Obstrução nasal
Condroma
• Cartilaginosos
Osteomas
• Neoplasia óssea benigna mais comum dos seios paranasais
• 30-40anos;
Sndrome de Gargner:
• Frontal (57 a 75%) > etmóide > maxilar > esfenoide (F E M ES)
Displasia fibrosa
• Tumor fibro-ósseo
• Evolução lenta
• 2 tipos:
• Geralmente e assintomática
Fibroma ossificante
• Principal diagnostico diferencial da forma monostotica da displasia fibrosa
• Diferencial: metástase
MALIGNOS
- 5,7% dos tumores malignos de cabeça e pescoço
- Raros na infância
5. Hidrocarbonetos e petróleo
• Sintomatologia
• Obstrução (48%)
• Edema malar
• Rinorreia (37%)
• Epistaxe (35%)
• Diplopia/alteracao visual
• Massa cervical
Carcinoma Epidermoide
• Mais comum (80% dos tumores malignos nasosinusais)
• Seios maxilares (70%), cavidade nasal (20%), complexo etmoidal (10%) e seio esfenoidal (1%)
• Sintomas:
- Se seio maxilar: alterações visuais (invasão orbitária), trismo (invasão fossa pterigopalatina), lesão em
cavidade oral (invasão do palato duro) e invasão do endocranio.
- Pior prognóstico (75% a mais): anestesia facial, edema facial, diplopia, dor localizada em dentes, massa
palato ou rinofaringe, proptose ocular, invasão de pele e metástase linfonodo níveis I, II e retrofaríngea
• Exames complementares
- TC: lesão expansiva irregular, realce heterogeneo pós-contraste, áreas de destruição óssea e necrose
- RNM: sinal intermediário, áreas de hemorragia (hipersinal T1) em seu interior, com realce intenso e
heterogêneo
Adenocarcinomas
• Origem glandular (glandulas salivares menores dos seios paranasais)
• Classificacao
• Tipos histológicos
- Maior índice de recidiva local entre os tumores nasais (65-90%) e metástase a distancia (25-50%)
- Tratamento: exerese e RT
• Origem: crista neural, surgindo a partir da mucosa olfatoria da fossa nasal superior
• Quadro clinico
- Pressão nasal
- Descarga nasal
- Obstrução nasal
- Hiposmia
- Dor facial
- Epistaxe
• Classificação Kadish/Morita
- Estagio C: doença estendendo além da cavidade nasal ou dos seios; extensão a orbita/base de crânio
• Exames complementares
- TC: lesão expansiva com centro no teto da cavidade nasal, aspecto em alteres, com comprometimento
superior e inferior a placa cribriforme
• Tratamento:
- Meta -> QT + RT
Melanoma
• 15% dos melanomas: região de cabeça e pescoço
• Homens = mulheres
• Brancos
• Localização
• Tratamento
- Radioterapia: controverso
Tumores Metastaticos
• Raros
Melanoma Mucoso
• Lesões muito agressivas
• Prognostico sombrio
Carcinoma indiferenciado
• Muito agressivo com acentuada invasão local
Rabdomiossarcoma
• Região da cabeça e pescoço em 40% dos casos (8% trato nasossinusal)
• Disseminação hematogenica
• Tratamento
- QT sistêmica - micrometastases
Osteossarcoma
• Tumor maligno ósseo mais frequente
• Fatores de risco
- Displasia fibrosa
- Doença de Paget
- Retinoblastoma
- Trauma anterior
• Tratamento
- Cirurgico
TUMORES LINFORRETICULARES
Linfoma
• Bimodal: adolescentes e idosos
• Geralmente não-Hodgkin
• 10% acometimento extranodal -> Anel de Waldeyer acometido em 66% dos casos
• Imunodeprimidos
• Tratamento
- Tumores localizados RT
- Tumores sistêmicos QT e RT
DIAGNOSTICO
- Comportamento insidioso —> diagnóstico tardio
• Videoendoscopia
• Radiografia simples
• Por Sebileau: posição coronal; duas linhas, uma no soalho das orbitas e outra no soalho dos seios
maxilares:
• Por Ohngren: perfil; linha unindo canto interno do olho ao angulo da mandíbula
• Suspeita de malignidade:
1. Destruição óssea
3. Necrose tumoral
4. Linfadenopatia
6. Invasão intracraniana
• BIÓPSIA!!
ESTADIAMENTO
TNM 2017
• Seio Maxilar
- T2: erosão ou destruição óssea, mas não inclui extensão para parede posterior do seio maxilar e laminas
pterigoides
- T3: invade pelo menos uma das estruturas: parede posterior do seio maxilar, tecido subcutaneo, assoalho ou
parede medial da orbita, fossa pterigoide ou seios etmoidais
- T4a: invade pelo menos uma das estruturas: orbita anterior, pele da bochecha, laminas pterigoides, fossa
infratemporal, lamina cribriforme, seios frontal ou etmoidal
- T4b: invade pelo menos uma das estruturas: ápice da orbita, dura-mater, cerebro, fossa craniana media,
nervos cranianos (exceto V2), nasofaringe e clivus
- T1: restrito a um subsitio da cavidade nasal ou seio etmoidal, com ou sem invasão ossea
- T2: dois subsitios ou sitio adjacente nasoetmoidal, com ou sem invasão óssea
- T3: parede medial/soalho da orbita, seio maxilar, palato duro ou lamina cribriforme
- T4a: ápice da orbita anterior, pele do nariz/bochecha, fossa craniana anterior, laminas pterigoides, seio frontal/
etmoidal
• Todos os sítios
- N
- M
TRATAMENTO
• Extensão para fossa infartem-oral e base de crânio: Fator de risco para recidiva local
Contra-Indicação cirúrgica:
1. Invasão orbitaria bilateral em doente que ainda enxerga
3. Invasão de ACI
• Abordagem endoscópica
• Vantagens: não necessita incisões faciais e osteotomias, menor tempo de hospitalizacao, menor morbidade,
menos dor no pós operatório, visualização de regiões profundas
• Desvantagens: limitação no intuito curativo, instrumental complexo, corredor estreito, limitado na exenteração
de orbita, resseccoes de pele, maxilectomia, porção anterior do osso frontal, a duramater e parenquima
cerebral
• Maxilectomia medial
• Translocacao facial
• Abordagem: mobilização da maxila juntamente com retalho facial, com posterior reposicionamento
• Maxilectomia total
- Possível preservação: não ha invasão significativa da gordura orbitaria, dos músculos extrínsecos, dos
nervos e ápice orbitario
Radioquimioterapia adjuvante
• Indicação: carcinomas indiferenciados ou margens cirúrgicas acometidas
Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83(3):330---340
Brazilian Journal of
OTORHINOLARYNGOLOGY
www.bjorl.org
ARTIGO ORIGINAL
a
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Faculdade de Medicina, Programa de Pós-graduação em Ciências
Fonoaudiológicas, Belo Horizonte, MG, Brasil
b
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Faculdade de Medicina, Departamento de Fonoaudiologia, Belo Horizonte, MG,
Brasil
KEYWORDS Abstract
Vestibular nerve; Introduction: The vestibular evoked myogenic potential is a potential of mean latency that
Motor evoked measures the muscle response to auditory stimulation. This potential can be generated from
potential; the contraction of the sternocleidomastoid muscle and also from the contraction of extraocular
Labyrinth vestibule; muscles in response to high-intensity sounds. This study presents a combined or simultane-
Vestibular disorders; ous technique of cervical and ocular vestibular evoked myogenic potential in individuals with
Saccule and utricle changes in the vestibular system, for use in otoneurologic diagnosis.
Objective: To characterize the records and analyze the results of combined cervical and ocular
VEMP in individuals with vestibular hyporeflexia and in those with Ménière’s disease.
Methods: The study included 120 subjects: 30 subjects with vestibular hyporeflexia, 30 with
Ménière’s disease, and 60 individuals with normal hearing. Data collection was performed by
simultaneously recording the cervical and ocular vestibular evoked myogenic potential.
2530-0539/© 2016 Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este é um
artigo Open Access sob uma licença CC BY (http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/).
Vestibular evoked myogenic potentials 331
Results: There were differences between the study groups (individuals with vestibular hypore-
flexia and individuals with Ménière’s disease) and the control group for most of wave parameters
in combined cervical and ocular vestibular evoked myogenic potential. For cervical vestibular
evoked myogenic potential, it was observed that the prolongation of latency of the P13 and N23
waves was the most frequent finding in the group with vestibular hyporeflexia and in the group
with Ménière’s disease. For ocular vestibular evoked myogenic potential, prolonged latency of
N10 and P15 waves was the most frequent finding in the study groups.
Conclusion: Combined cervical and ocular vestibular evoked myogenic potential presented rele-
vant results for individuals with vestibular hyporeflexia and for those with Ménière’s disease.
There were differences between the study groups and the control group for most of the wave
parameters in combined cervical and ocular vestibular evoked myogenic potential.
© 2016 Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Published
by Elsevier Editora Ltda. This is an open access article under the CC BY license (http://
creativecommons.org/licenses/by/4.0/).
O significado das respostas elétricas, o circuito neural número muito reduzido de atraso nas latências nas ondas
envolvido e o comportamento dessas respostas, em indiví- P13 e N23.19
duos normais, já foram bem demonstrados.6 No entanto, Em contrapartida, outro estudo encontrou respostas alte-
apesar da descrição dos achados desse exame em diferentes radas para o VEMP cervical nas orelhas assintomáticas dos
afecções neurológicas e otoneurológicas, ainda há muito a indivíduos com doença de Ménière, mas não encontrou
ser esclarecido e estudado.3,4,7 diferença significante entre as latências das ondas P13 e N23
Em estudos feitos com indivíduos com hipofunção vesti- das orelhas comprometidas e assintomáticas. Neste mesmo
bular unilateral, os autores observaram grande variabilidade estudo, os autores observaram ausência de resposta na ore-
de respostas para o VEMP cervical e para o VEMP ocular.8---15 lha assintomática em 20% dos casos. Para os autores, esse
Para os indivíduos com neurite vestibular superior observou- fato evidencia o valor dos potenciais evocados miogênicos no
-se ausência de resposta para o VEMP ocular e respostas diagnóstico da hidropsia sacular oculta, sem manifestações
normais para o VEMP cervical. Contudo, para os indivíduos clínicas.20
com neurite vestibular inferior verificou-se ausência de res- O presente estudo justificou-se pela possibilidade de
posta para o VEMP cervical e respostas normais para o VEMP avaliar as vias vestibulares ipsilateral descendente e con-
ocular.10---12 tralateral ascendente, simultaneamente, em indivíduos com
Para os indivíduos com síndrome de deiscência do canal alterações otoneurológicas, colabora para a acuidade da
semicircular superior observaram-se amplitudes aumenta- técnica de VEMP cervical e ocular combinado, bem como
das tanto para o VEMP cervical quanto para o VEMP ocular. para seu uso na avaliação otoneurológica atualmente usada.
Segundo a literatura, há uma correlação significativa entre o O objetivo do estudo foi caracterizar o registro e anali-
tamanho da deiscência e as amplitudes do VEMP ocular.13---15 sar os resultados do VEMP cervical e ocular combinado em
Para os indivíduos com neurinoma vestibular observou-se indivíduos com hiporreflexia vestibular e em indivíduos com
prolongamento das latências para o VEMP cervical, o que doença de Ménière.
pode ser atribuído à compressão tumoral sobre o trato
vestíbulo-espinhal e da bainha de mielina sobre o nervo
vestibular inferior. Em relação ao VEMP ocular, foram encon- Método
tradas respostas reduzidas ou ausentes para a maioria dos
indivíduos com neurinoma vestibular.16 Os procedimentos desta pesquisa foram aprovados pelo
Pesquisadores têm usado o VEMP na avaliação de paci- Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Fede-
entes com a doença de Ménière.17---21 Tendo em vista que ral de Minas Gerais (UFMG), sob o protocolo n◦ CAAE
o mecanismo pelo qual se instalaria a crise de hidrop- 32505314.0.0000.5149 (conforme Resolução 466/12 do Con-
sia endolinfática é controverso e que a etiopatogenia da selho Nacional de Saúde --- Conep).
doença persiste no domínio das especulações científicas, Esta pesquisa caracterizou-se por um estudo de tipolo-
novos instrumentos clínicos são necessários para auxiliar na gia descritiva, de análises qualitativa e quantitativa. Foram
identificação da hidropsia sacular.18---20 convidados a participar 120 indivíduos de 18 a 59 anos.
Em estudo que usou o VEMP cervical e ocular para avaliar A amostra, então, foi composta por um grupo de estudo
indivíduos com doença de Ménière os autores observaram formado por 30 indivíduos com hiporreflexia vestibular, por
que o VEMP ocular apresentou um número maior de ausên- 30 indivíduos com diagnóstico de doença de Ménière unila-
cia de respostas, quando comparado com o VEMP cervical. teral e por um grupo controle, pareado por idade e gênero,
Para os autores, a justificativa para tal ocorrência deve-se, formado por 60 indivíduos sem diagnóstico de desordens
provavelmente, ao fato de o utrículo estar mais relacio- periféricas da orelha interna. O grupo controle foi dividido
nado com a função auditiva em baixas frequências do que o em dois grupos com 30 indivíduos cada. O Grupo Controle 1
sáculo.17 (GC1) foi pareado com o de indivíduos com hiporreflexia ves-
Os estudiosos também observaram que as respostas tibular e o Grupo Controle 2 (GC2) foi pareado com o de
para o VEMP variaram conforme a fase da doença de indivíduos com doença de Ménière.
Ménière, aguda ou de intervalo entre as crises. Na fase Os participantes da pesquisa foram selecionados na
aguda, a amplitude do VEMP ocular, contralateral à ore- Faculdade de Medicina da UFMG, no Ambulatório de Audiolo-
lha afetada, apresentou respostas aumentadas, enquanto a gia do Anexo São Geraldo do Hospital das Clínicas da UFMG
amplitude do VEMP cervical, ipsilateral à orelha afetada, e no Centro de Diagnóstico Otorrinolaringológico, através
apresentou respostas atenuadas.17 da técnica de amostragem não aleatória, do tipo amostra-
Em estudo que avaliou a função otolítica em indivíduos gem por conveniência. Os participantes da pesquisa foram
com doença de Ménière durante a fase aguda e no período de informados pessoalmente sobre os objetivos da pesquisa, a
intervalo entre as crises, os pesquisadores relataram que o ausência de danos à saúde, a garantia de sigilo de suas iden-
aumento da amplitude da onda N10 foi maior durante a fase tidades ou quaisquer outras características que pudessem
aguda. Entretanto, o aumento da amplitude da onda N10 foi identificá-los e o roteiro da pesquisa. Após os devidos escla-
muito maior para o lado contralateral ao ouvido afetado do recimentos, todos os participantes assinaram o Termo de
que para o lado ipsilateral ao ouvido afetado.18 Consentimento Livre e Esclarecido.
Em outro estudo, os autores verificaram grande inci- A coleta de dados foi realizada no Ambulatório de Audio-
dência de ocorrência de respostas alteradas para o VEMP logia do Anexo São Geraldo do Hospital das Clínicas da UFMG
cervical nas orelhas assintomáticas dos indivíduos com e no Centro de Diagnóstico Otorrinolaringológico. Os indi-
doença de Ménière. Para os autores, o VEMP pode ser um víduos do grupo de estudo foram submetidos a avaliação
recurso auxiliar no estadiamento e seguimento da doença otorrinolaringológica e todos os indivíduos (grupo de estudo
de Ménière. Esses pesquisadores observaram também um e grupo controle) foram submetidos a avaliação audiológica
Vestibular evoked myogenic potentials 333
básica, que foi constituída por: anamnese, meatoscopia, auditivo tone burst com intensidade de 120 dBnHL. Neste
audiometria tonal liminar, logoaudiometria, timpanometria estudo, foi usado filtro passa-banda de 10 a 1.500 Hz. Para a
e pesquisa dos reflexos acústicos. obtenção de cada registro, foram apresentados 100 estímu-
Na anamnese, o participante forneceu informações como los com frequência de 500 Hz na velocidade de apresentação
dados pessoais, história audiológica e aspectos relaciona- de quatro estímulos por segundo. A janela de análise foi de
dos à saúde. Para fazer a meatoscopia usou-se otoscópio da 50 ms. Cada indivíduo foi submetido a, pelo menos, duas
®
marca Heine , modelo Mini 2000. A audiometria tonal limi- estimulações de cada lado, para verificar a reprodução do
nar e a logoaudiometria foram feitas em cabina acústica e potencial. Os valores de impedância foram verificados antes
com audiômetro de um canal, modelo AD 229b, da marca de cada registro, deveriam situar-se abaixo de 5 K.
®
Interacoustics , com fones TDH-39 e vibrador ósseo B-71. Para aplicar o potencial evocado miogênico vestibular, a
A timpanometria e a pesquisa dos reflexos acústicos foram pele do participante foi limpa com álcool absoluto seguido
feitas por meio do analisador de orelha média, modelo AZ7, de pasta abrasiva, os eletrodos de superfície receberam uma
®
da marca Interacoustics . pequena quantidade de pasta eletrolítica e foram fixados
Foram usados como critério de inclusão, para construir com fita adesiva. Para o registro, o eletrodo ativo (eletrodo
o grupo de estudo, indivíduos com hiporreflexia vestibu- negativo) do Canal 1 foi colocado a 1 cm abaixo da pálpe-
lar definida pela avaliação vestibular (eletronistagmografia bra inferior e o eletrodo de referência (eletrodo positivo)
ou vectoeletronistagmografia) e outro grupo com indivíduos foi colocado a 1 cm do eletrodo ativo. O eletrodo ativo do
com diagnóstico de doença de Ménière definido pelos cri- Canal 2 foi colocado, no lado oposto ao do Canal 1, na borda
térios da Sociedade Bárány. A Sociedade Bárány define os anterior do músculo esternocleidomastóideo, em seu terço
seguintes critérios clínicos para a doença de Ménière: ocor- superior, e o eletrodo de referência na região da fúrcula
rência de dois ou mais episódios espontâneos de vertigem, esternal. O eletrodo terra foi colocado na fronte (Fpz). Por-
com duração de 20 minutos a 12 horas; perda auditiva tanto, esse posicionamento permitiu o registro do potencial
neurossensorial (acomete principalmente as frequências evocado miogênico vestibular ocular e cervical de forma
médias) no ouvido afetado em pelo menos uma ocasião simultânea, o Canal 1 foi usado para o registro do VEMP
antes, durante ou após um dos episódios de vertigem; ocular e o Canal 2 para o registro do VEMP cervical.
presença de sintomas auditivos flutuantes, como perda de No momento do exame, o participante foi orien-
audição, plenitude aural e zumbido, no lado afetado; e sinais tado a sentar-se à cadeira e manter rotação da cabeça
e sintomas que não são explicados por outro diagnóstico para o lado oposto ao da orelha estimulada, o que provoca
vestibular.22 a contração do músculo esternocleidomastóideo. Ao mesmo
Foram usados como critérios de inclusão, para construir tempo, o participante foi instruído a olhar para um alvo fixo
o grupo controle, participantes sem queixas auditivas, sem localizado na parede da sala de teste e, logo em seguida,
queixas vestibulares e/ou doença otológica pregressa e com para um ponto fixo localizado acima do alvo, o qual formava
avaliação audiológica dentro dos padrões de normalidade. um ângulo de visão vertical de 30◦ acima do plano horizon-
Considerou-se avaliação audiológica dentro dos padrões de tal formado pela cabeça do participante. Posteriormente,
normalidade a presença de limiares tonais por via aérea o registro do VEMP cervical e ocular contralateral foi feito
até 25 dBNA nas frequências de 250 a 8.000 Hz e limiares com a mesma técnica.
tonais por via óssea até 15 dBNA nas frequências de 500 Após a coleta, os dados foram tabulados e submetidos a
a 4.000 Hz, com diferença entre os limiares de via aérea análise estatística. A análise estatística foi feita por meio
e via óssea menor ou igual a 10 dB, curva timpanométrica do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS)
do tipo A e presença de reflexos acústicos nas frequências versão 20.0. Inicialmente foi feita a análise descritiva, que
de 500, 1.000, 2.000 e 4.000 Hz. Para a avaliação dos limi- compreendeu medidas de tendência central (média e medi-
ares tonais, foram considerados os critérios estabelecidos ana), de dispersão (desvio padrão) e de posição (máximo e
por Silman e Silverman23 e para a curva timpanométrica os mínimo). A normalidade das amostras foi observada por meio
critérios estabelecidos por Jerger.24 dos testes de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk. Além da
Foram excluídos do estudo os participantes portadores estatística descritiva, foi feita a estatística inferencial por
de doenças neurológicas, neoplasias, otites, perfuração da meio do teste t de Student e do teste de Mann-Whitney, para
membrana timpânica, com antecedente de trauma crani- comparação de duas amostras independentes, e por meio
oencefálico, cirurgia otológica pregressa e participantes do teste t de Student pareado e do teste de Wilcoxon para
impossibilitados de fazer o movimento de rotação cervi- comparação das amostras pareadas. O teste de qui-quadrado
cal e de movimentação ocular. Sabendo-se que a doença de foi aplicado para comparação das frequências obtidas pelo
Ménière pode apresentar, na avaliação vestibular, hiporrefle- cálculo do índice de assimetria e para comparação entre
xia vestibular, foram excluídos do grupo de indivíduos com a perda auditiva e os resultados do VEMP cervical e ocu-
hiporreflexia vestibular aqueles com suspeita e/ou diagnós- lar combinado. Foi adotado o nível de significância de 5%
tico de doença de Ménière. (p ≤ 0,05). Consideraram-se como tendência à significância
Após a avaliação audiológica básica, os participantes estatística os resultados no nível de 10% (p ≤ 0,10).
foram encaminhados para a avaliação eletrofisiológica por
meio do potencial evocado miogênico vestibular.
O potencial evocado miogênico vestibular foi feito em Resultados
ambiente confortável e silencioso com o equipamento da
®
marca Labat , com dois canais. Os estímulos foram apre- A média de idade da população estudada foi de 49,4 anos
sentados por meio de fones de inserção modelo ER 3A, com (DP = 7,03) para o grupo de indivíduos com hiporreflexia
olivas de espuma descartáveis. Foram usados como estímulo do nistagmo pós-calórico e para o GC1 foi de 49,1 anos
334 Silva TR et al.
20 45
19
40
18 40
16
35
14
12
12 30
10 26
23
10 25
8
20
5 6
5
4 15
3 3 3 12
2 10
7 6
0
Nenhuma Assintomática Sintomática Assintomática 5
2 2 2
alteração + Sintomática 0
0
Hiporreflexia Doença Ménière Aumento latência Aumento latência Aumento latência Ausência de Normal
P13 N23 P13 e N23 resposta
Figura 1 Distribuição da frequência do resultado do VEMP cer-
Hiporreflexia Doença Ménière
vical e ocular combinado, por lado afetado, para os indivíduos
com hiporreflexia vestibular e para os indivíduos com doença Figura 2 Distribuição da frequência do resultado do VEMP cer-
de Ménière (n = 30). vical, por orelha, para os indivíduos com hiporreflexia vestibular
e para os indivíduos com doença de Ménière (n = 60).
(DP = 7,12). Para o grupo de indivíduos com doença de
Ménière, a média de idade foi de 46,2 anos (DP = 8,66) e 40
36
para o GC2 foi de 46,1 (DP = 8,53). 35
A análise descritiva, para o grupo de indivíduos com
30
hiporreflexia vestibular e para o GC1, pode ser visualizada 26
na tabela 1. Pode-se observar que, para o VEMP cervical, a 25
22
média dos valores de latência, tanto para a onda P13 quanto 20
para a onda N23, foi maior para o grupo de indivíduos com 15
hiporreflexia vestibular. Para o VEMP ocular, a média dos 15
10
valores de latência das ondas N10 e P15 foi maior para o 10
7
grupo de indivíduos com hiporreflexia vestibular.
5
A análise descritiva para o grupo de indivíduos com 0 1 2 1
Tabela 1 Medidas de tendência central, dispersão e posição para latência (ms) e armplitude (V) para o VEMP cervical e ocular
combinado para os indivíduos com hiporreflexia vestibular e para os indivíduos do grupo controle (GC1)
Tabela 2 Medidas de tendência central, dispersão e posição para latência (ms) e amplitude (V) para o VEMP cervical e ocular
combinado para os indivíduos com doença de Ménière e para os indivíduos do grupo controle (GC2)
Discussão 25
23
Tabela 3 Comparação entre os indivíduos com hiporreflexia vestibular e o grupo controle (GC1) para latência (ms) e amplitude
(V) para o VEMP cervical e ocular combinado
quanto no de indivíduos com doença de Ménière, não houve orelhas assintomáticas para os indivíduos com neurite ves-
diferença entre as orelhas. Entretanto, as orelhas assinto- tibular e para os indivíduos com síndrome de deiscência
máticas dos indivíduos do grupo de estudo apresentaram do canal semicircular superior.8---14 Para os indivíduos com
alteração nas respostas do VEMP cervical e ocular combi- neurinoma vestibular não foram encontradas alterações nas
nado. orelhas assintomáticas.16
Em estudo feito com indivíduos com doença de Ménière, Os potenciais evocados miogênicos vestibulares propi-
os autores observaram prolongamento da latência da onda ciam informações que podem ser úteis na avaliação do
P13 nas orelhas assintomáticas em 15% dos indivíduos. Para comprometimento do sáculo e do utrículo nas mais diver-
os autores, a alta pressão endolinfática, que dificulta a sas doenças otoneurológicas, tanto na orelha comprometida
transmissão do som, poderia provocar o prolongamento quanto na orelha assintomática. As doenças otoneurológicas
da latência da onda P13 na orelha assintomática, desde comprometem de forma distinta os diferentes seguimentos
que a audição, no lado não afetado, estivesse prejudicada.20 labirínticos, por isso tanta heterogeneidade das respos-
No presente estudo, observou-se que em sete (23%) indi- tas nas doenças com comprometimento unilateral.8,9,19---21
víduos do grupo com doença de Ménière que apresentaram As alterações encontradas no VEMP cervical e ocular
prolongamento da latência da onda P13 na orelha assintomá- combinado nas orelhas assintomáticas do grupo de estudo
tica havia perda auditiva no lado não afetado. Para alguns também podem ser justificadas pelo fato de o VEMP avaliar
autores, o prolongamento da latência da onda P13 sugere não somente as estruturas neurais, mas principalmente as
lesões retro-labirínticas.21 estruturas sensoriais do sáculo e do utrículo, que são sensí-
Para os indivíduos com hiporreflexia vestibular, as res- veis e capazes de responder ao estímulo acústico, embora
postas para o VEMP cervical e ocular variam conforme o não contribuam para a capacidade auditiva.8,19
tipo de doença otoneurológica que afeta o sistema vesti- Em relação ao índice de assimetria, observou-se que
bular. Na literatura consultada, observou-se alteração nas tanto para o grupo de indivíduos com hiporreflexia vestibular
338 Silva TR et al.
Tabela 4 Comparação entre os indivíduos com doença de Ménière e o grupo controle para latência (ms) e amplitude (V) para
o VEMP cervical e ocular combinado
Parâmetros Doença Ménière GC2 Valor-p
quanto para o grupo de indivíduos com doença de Ménière o A onda bifásica P13-N23 ocorreu na orelha comprometida
valor variou de 0 a 88%. A literatura descreve como normais da maioria dos indivíduos com hiporreflexia vestibular e da
valores até 47%.15 A grande variabilidade das respostas deve- maioria dos indivíduos com doença de Ménière. Entretanto,
-se às diferenças individuais do grau de contratura, tônus a onda bifásica P13-N23 apresentou-se com valores de latên-
e massa do músculo estudado, apesar da padronização da cia aumentados, seja apenas para a onda P13, apenas para
postura do indivíduo durante o VEMP cervical.1---3 a onda N23, ou para ambas, em 17 (57%) orelhas comprome-
O aumento do índice de assimetria da amplitude dos tidas no grupo de indivíduos com hiporreflexia vestibular e
potenciais sugere hiperssensibilidade da mácula sacular. em dez (33%) orelhas comprometidas no grupo de indivíduos
Na doença de Ménière, esse aumento indica hidropsia com doença de Ménière.
sacular.19---21 No presente estudo, dois (7%) indivíduos do A ausência de resposta do VEMP cervical é atribuída
grupo com doença de Ménière apresentaram aumento no à contração muscular insuficiente durante a avaliação, à
índice de assimetria. Por outro lado, em dois (7%) indivíduos afecção vestibular periférica oculta ou hipossensibilidade
do mesmo grupo observou-se ausência de respostas ipsi ou do sáculo, devido ao envelhecimento da mácula sacular em
contralateral ao lado comprometido, o que sugere arreflexia idosos.1---3,9 No presente estudo, o VEMP cervical apresentou-
da mácula sacular e, portanto, um estágio mais avançado da -se ausente em um (3%) dos indivíduos do grupo com
doença desse órgão.19---21 hiporreflexia vestibular e também em um (3%) dos indivíduos
No grupo de indivíduos com hiporreflexia vestibu- do grupo com doença de Ménière.
lar, observou-se que sete (23%) indivíduos apresentaram A ausência de resposta do VEMP cervical nos casos de
aumento no índice de assimetria e que dois (7%) deles apre- doença de Ménière sugere hidropsia sacular. A depender
sentaram ausência de respostas ipsi ou contralateral ao lado do grau da severidade, alguns indivíduos podem apresen-
comprometido. tar uma degeneração irreversível do epitélio sensorial da
A integridade do reflexo sáculo-cólico é confirmada pela mácula sacular.17,19---21 A ausência de resposta na orelha não
presença da onda bifásica P13-N23 do VEMP cervical.17,19,20 comprometida foi encontrada em 3% dos indivíduos, tanto
Vestibular evoked myogenic potentials 339
Tabela 5 Comparação entre o grau de perda auditiva, por orelha, na hiporreflexia vestibular e na doença de Ménière em
relação ao resultado do VEMP cervical e ocular combinado (n = 60)
Resultado VEMP
no grupo com hiporreflexia vestibular quanto no grupo com de indivíduos com doença de Ménière. Esse fato é coerente
doença de Ménière. Esses achados podem evidenciar o valor com a literatura consultada e sugere que a função utricu-
do VEMP cervical no diagnóstico da hidropsia sacular oculta, lar pode estar mais relacionada com a função auditiva em
sem manifestações clínicas. baixas frequências do que a função sacular.1,2,4,5,17
A integridade do reflexo utricular é confirmada pela O VEMP depende, exclusivamente, da integridade do sis-
presença da onda bifásica N10-P15 do VEMP ocular e tema vestibular, pode ser registrado em indivíduos com
depende da modalidade do estímulo (via área ou óssea) perda auditiva.1---3 No presente estudo, houve diferença
e da ação dos músculos oblíquos inferiores envolvidos no entre os resultados do VEMP cervical e ocular combinado
movimento dos olhos.4,5 A onda bifásica N10-P15 ocorreu na em relação à audição, tanto para os indivíduos do grupo com
orelha comprometida da maioria dos indivíduos com hiporre- hiporreflexia vestibular quanto para os do grupo com doença
flexia vestibular e da maioria dos indivíduos com doença de de Ménière.
Ménière. Entretanto, a onda bifásica N10-P15 apresentou- O VEMP não é influenciado pelo nível de audição do
-se com valores de latência aumentados, seja apenas para sujeito avaliado. Entretanto, o aumento do grau da perda
a onda N10, apenas para a onda P15, ou para ambas, em auditiva pode sugerir maior comprometimento dos órgãos
18 (60%) orelhas comprometidas no grupo de indivíduos com da orelha interna, inclusive o sáculo e o utrículo.1,2,4 No
hiporreflexia vestibular e em 11 (37%) orelhas comprometi- presente estudo houve maior frequência de alterações no
das no grupo de indivíduos com doença de Ménière. VEMP cervical e ocular combinado em relação ao grau da
O VEMP ocular representa a via do reflexo vestíbulo- perda auditiva leve para os indivíduos com hiporreflexia ves-
-ocular. Quando um reflexo ausente ou assimétrico é tibular. Para os indivíduos com doença de Ménière houve
encontrado, lesões em qualquer ponto ao longo da via pre- maior frequência de alterações em relação ao grau da perda
cisam ser consideradas. Reflexos atrasados são tipicamente auditiva moderada. Portanto, esses resultados devem ser
observados em doenças do sistema nervoso central. A litera- considerados com cautela, uma vez que há dados não coe-
tura consultada descreve uma variedade de resultados para rentes com a literatura consultada.1,2,4
o VEMP ocular. As respostas variam conforme a doença que A literatura descreve que, na estimulação por via aérea,
afeta o sistema vestibular (periférica ou central), sua fase, alterações na orelha média provocam alterações no regis-
o estímulo usado, a intensidade e a duração do estímulo.4---6 tro em relação ao aumento de latência desse potencial.
Portanto, torna-se difícil estabelecer comparações, visto Entretanto, a condição da orelha média não teria efeito sig-
que estudos com metodologias semelhantes não foram nificativo no registro do VEMP na estimulação por via óssea.6
encontrados. Ressalta-se que a metodologia deste estudo usou
Embora não tenham sido encontradas diferenças para a estimulação por via aérea; entretanto, a amostra, tanto
frequência das respostas normais e alteradas no VEMP cer- para o grupo controle quanto para o grupo de estudo,
vical e ocular, o VEMP ocular apresentou maior número de não apresentou indivíduos com alteração de orelha média.
alterações quando comparado com o VEMP cervical, tanto no Assim, os resultados encontrados não sofreram influência da
grupo de indivíduos com hiporreflexia vestibular quanto no condição da orelha média.
340 Silva TR et al.
O VEMP cervical e ocular combinado apresentou 7. Iwasaki S, Fujimoto C, Kinoshita M, Kamogashira T, Egami N,
resultados diversos para os grupos estudados. Essa diver- Yamasoba T. Clinical characteristics of patients with abnormal
sidade resulta dos diferentes processos fisiopatológicos ocular/cervical vestibular evoked myogenic potentials in the
das doenças. As diferenças encontradas podem fornecer presence of normal caloric responses. Ann Otol Rhinol Laryngol.
2015;124:458---65.
informações sobre quais os receptores e/ou vias apresen-
8. Chou CH, Wanga SJ, Young YH. Feasibility of the simultaneous
tam disfunção. No entanto, novos estudos com metodologia
ocular and cervical vestibular-evoked myogenic potenti-
semelhante e que envolvam as mais diversas doenças oto- als in unilateral vestibular hypofunction. Clin Neurophysiol.
neurológicas devem ser feitos. 2009;120:1699---705.
As taxas de morbidade das diversas doenças otoneu- 9. Chiarovano E, Zamith F, Vidal PP, Waele C. Ocular and cer-
rológicas associadas ao diagnóstico tardio justificam o vical VEMPs: a study of 74 patients suffering from peripheral
desenvolvimento de métodos cada vez mais acurados para o vestibular disorders. Clin Neurophysiol. 2011;122:1650---9.
diagnóstico dessas doenças. Tendo em vista que o neurinoma 10. Oh SY, Kim JS, Yang TH, Shin BS, Jeong SK. Cervical and ocu-
vestibular afeta cerca de duas pessoas por 100.000 habi- lar vestibular-evoked myogenic potentials in vestibular neuritis:
tantes, que a neurite vestibular é responsável por 15% comparison between air- and bone conducted stimulation. J
Neurol. 2013;260:2102---9.
das causas de vertigem e que a doença de Ménière
11. Shin BS, Oh SY, Kim JS, Kim TW, Seo MW, Lee H, et al. Cervi-
afeta aproximadamente 43 pessoas por 100.000 habitan-
cal and ocular vestibular-evoked myogenic potentials in acute
tes, o VEMP cervical e ocular combinado configura-se como vestibular neuritis. Clin Neurophysiol. 2012;123:369---75.
um método auxiliar no diagnóstico e monitoramento das 12. Halmagyia GM, Webera KP, Curthoyscn IS. Vestibular func-
doenças otoneurológicas.11,16,21 tion after acute vestibular neuritis. Restor Neurol Neurosci.
É importante salientar que, assim como qualquer outro 2010;28:37---46.
potencial evocado, não há correlação específica entre 13. Janky KL, Zuniga MG, Schubert MC, Carey JP. The effect of
alteração e doença, pois muitas anormalidades encontra- increased intracranial pressure on vestibular evoked myogenic
das são semelhantes em diversas doenças. Por outro lado, potentials in superior canal dehiscence syndrome. Clin Neu-
o VEMP apresenta diversas vantagens a serem consideradas: rophysiol. 2015;126:780---6.
fácil execução e interpretação, é não invasivo e confortável 14. Zuniga MG, Janky KL, Nguyen KD, Welgampola MS, Carey JP.
Ocular versus cervical VEMPs in the diagnosis of supe-
para o paciente. Desse modo, o método merece inclusão na
rior semicircular canal dehiscence syndrome. Otol Neurotol.
rotina clínica da avaliação otoneurológica. 2012;34:121---6.
15. Welgampola MS, Myrie OA, Minor LB, Carey JP. Vestibular-
Conclusão -evoked myogenic potential thresholds normalize on plugging
superior canal dehiscence. Neurology. 2008;70:464---72.
16. Chiarovano E, Darlington C, Vidal PP, Lamas G, Waele C. The role
O VEMP cervical e ocular combinado apresentou resultados of cervical and ocular vestibular evoked myogenic potentials in
relevantes para os indivíduos com hiporreflexia vestibular e the assessment of patients with vestibular schwannomas. PLoS
para os indivíduos com doença de Ménière. Houve diferença ONE. 2014;9:105---26.
entre o grupo de estudo e o grupo controle para a maioria 17. Gürkov R, Flatz W, Louza J, Strupp M, Krause E. In vivo visua-
dos parâmetros das ondas no potencial evocado miogênico lization of endolymphatic hydrops in patients with Meniere’s
vestibular cervical e ocular combinado. disease: correlation with audiovestibular function. Eur Arch
Otorhinolaryngol. 2011;268:1743---8.
18. Manzari L, Tedesco AR, Burgess AM, Curthoys IS. Ocular and cer-
Conflitos de interesse vical vestibular-evoked myogenic potentials to bone conducted
vibration in Ménière’s disease during quiescence vs during acute
Os autores declaram não haver conflitos de interesse. attacks. Clin Neurophysiol. 2010;121:1092---101.
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VESTIBULOPATIAS
Hugo Melo
Vertigem
• Periférica (85%)
• Central (15%)
severos)
- Sinais neurológicos: disdiadococinesia,
- Alterações do equilíbrio
dismetrias, disartria, rigidez de nuca, alterações
- Audiência de sinais neurológicos
em pares cranianos, cefaleia
- Nistagmo horizonto-rotatório
- Nistagmo múltiplo (horizontal, vertical, obliquio,
- Compensação rápida
rotatorio)
- Mais branda
TOPODIAGNOSTICO
Localização anatômica
• Orelha interna: perda auditiva, zumbido, plenitude, otalgia
• Tronco cerebral: diplopia, disartria, dormência, fraqueza, Drop attacks (queda brusca)
• Horas —> Meniere (atinge o pico em minutos, persiste por 1-2 horas, desaparece gradualmente nas horas
seguintes)
• Dias —> Neurite Vestibular (inicio gradual), Infarto Labirintico (Inicio abrupto)
PERIFÉRICAS (Labirintites)
• Etiologias:
- 50% definidas: síndrome/doença de meniere, doenças metabólicas, neuronite vestibular, doenças vasculares,
TCE, pós cirurgia de estapedotomia, enxaqueca (pseudo VPPB), surdez súbita
• Teorias
• Vertigem:
- Rotatória
- Desencadeada pela posição da cabeça: hiperextensao da cabeça, ao deitar, levantar, virar quando deitado
- Duração de segundos
- Recorrente
- Canais superiores
• Diagnóstico
• CSP
• Canalolitiase
- Duração <1min
- Dix-Hallpike: nistagmo torcional batendo em direção a orelha inferior / nistagmo vertical para cima
- Crescendo e decrescendo
- Fatigabilidade
• Cupulolitiase
- Duração >1min
• Canalolitiase
• Cupulolitiase
• CSL
• Canalolitiase
- Duração <1min
- Nistagmo horizontal em direção a orelha inferior (geotrópico) para ambos os lados, muda de direção
quando a cabeça e virada para o lado oposto, mais intenso do lado afetado, não fatigava
• Cupulolitiase
- Duração >1min
• Tratamento
• Manobras posicionais
2. CSA: Manobra de Yacovino ou manobra de Epley modificada ( = Epley, só que inicia pela orelha sadia)
3. CSL:
• Acompanhamento
• Recorrencia
- VPPB persistente: não ha fim do nistagmo e da vertigem após 10 sessões semanais monitoradas pelo medico
- Bloqueio canalicular (Canalith jam): bloqueio da cúpula —> Realizar manobra reversa
Fístulas Perilinfáticas
• Comunicação entre o espaço perilinfático e orelha média
- Ambas 42%
Sindrome de terceira Janela:
- Fistula labiríntica
- Desencadeado por:
• Tratamento
• Casos agudo: repouso 10 dias, cabeceira elevada + tratar causa base (HIC, tosse, espirros)
• Persistência de sintomas > 4semanas ou piora auditiva —> Timpanotomia exploradora, e uso de pericondrio,
fascia ou periosteo para correção
• Etiologia, teorias:
• Congênita: falha pós natal na pavimentação óssea do CSCsuperior; anomalia na deposição do otocisto primitivo
• Completa ou incompleta
• Sintomas:
- Fenômeno de Tulio
- Sinal de Hennebert
- Hipoacusia de transmissão
• Exames complementares
- Gap aéreo ósseo de 5-10dB em 2 ou mais frequências, particularmente nos graves + reflexos positivo
• Impedanciometria: normal
• Eletrococleografia: elevação do potencial de soma relativamente ao potencial de ação (SP/AP > 0,4)
• Tratamento
• Conservador: alterações de estilo de vida (evitar situações que causam exacerbação dos sintomas, como por
exemplo ruídos intensos)
- Técnicas:
- Repavimentacao
- Abordagem transcanal minimamente invasiva com reforço das janelas redonda e/ou oval
Neurite vestibular
• Inflamação do nervo vestibular (princ. superior) ou de seus ramos ou gânglio de Scarpa
• Etiologia
- Viral ou bacteriana
- Alérgica, autoimune
Síndrome vestibular aguda +
- Metabólico, hormonal
sintomas auditivos = indicador
de doença neurológica
• Quadro + historia de IVAS
2. Tratamento sintomático:
- Hidratação venosa
- Medicamento, 3 classes:
3. Tratamento etiológico
Cinetose
• Enjoo do movimento
• Associação: enxaqueca, mal de Debarquement (perca da sensação do referencial estático após viagem de barco)
a DMA (doenças do metabolismo do açúcar)
- VC/V/C
• Principais drogas
• Genta/Estrepto: vestibular
• Neomicina/Tobramicina: coclear
Paroxismia Vestibular
• Prevalente em homens, e crianças
• Fisiopatologia:
• Etiologia:
• Critérios diagnósticos (Vertigem súbita intensa sem aviso, que joga paciente no chao)
- 1 critério objetivo: RNM demonstrando compressão neurovascular (mais comum VIII-AICA), nistagmo induzido
por hiperventilação na ENG, hipofuncao vestibular progressiva a ENG ou resposta ao tratamento com
anticonvulsivantes
• Tratamento (nao ha resposta com supressores vestibulares) —> realiza-se teste terapêutico
- Casos refratários —> Tratamento cirúrgico com a descompressão microvascular do oitavo nervo
Doença de Meniere
• Classificação
- Doenças associadas: enxaqueca, DTM, sinusites, otites, surdez súbita, otosclerose, doenças autoimunes,
alergia, DM, hipo/hipertireoidismo
• Tetrade sintomatica: Vertigem recorrente + perda auditiva flutuante neurossensorial + zumbido + plenitude
aural
- Definida:
- 2 ou mais episódios de vertigem espontânea de 20min a 12h
- Provável:
T3 (13%): SM familiar
1. Audiometria!
2. Eletrococleografia: registros dos potenciais endocleares (não faz parte dos critérios)
- S 62%, E 95%
- Hidropisia endolinfatica:
- Relação potencial de somaçao/potencial de ação (relacao PS/PA) mais utilizada para o diagnostico
- Principalmente através do ECM, onde avaliar o saculo (principal estrutura acometida pela hidropsia)
• Tratamento de manutenção
- Mudanças comportamentais: deve evitar —> Estresse, Desidratação, Privação do sono, Fadiga, Ingesta
exagerada de sódio, acucares refinados, hidratos de carbono, Alcool e tabaco
- Reabiliacao vestibular
- GinkgoBiloba
- Facilitacao da compensação central do equilíbrio —> analogo da histamina com ação antagonista
dos receptores H3 pos-sinápticos e agonista fraco dos receptores H1 pre-sinópticos —> aumento
de fluxo sangüíneo na microcirculacao —> aumento da reabsorção da endolinfa
• Procedimentos cirúrgicos
- Injeção intratimpanica
- Labirintectomia
- Neurectomia vestibular
- Vestibulares: tontura tipo instabilidade ou flutuação, outras vezes sensação de cabeça vazia/oca
• Laboratório:
• Tireoide, anti-TPO, anti-TGO, Hemograma, Perfil lipídio, Glicemia de jejum e Hb glicada, VDRL, Cortisol
matinal, Vitamina B12, Homocisteina
• Tipos
3. Hiperinsulinemia ou Hipoinsulinemia
• insulina
- Microfonia coclear
• glicose
- Potencial endolinfatico
• Vertigem em crises
• Dislipidemia
• Quadro clínico
- Instabilidade
- Plenitude aural
• Alterações hormonais
- Hormônios tireoidianas
- Gatilhos hormonais
- Gravidez
- Climatério
CENTRAIS
- Mais comuns:
Migranea Vestibular
• Doença de integração multissensorial do SNC
• Critérios
- A) Pelo menos 5 episodios com sintomas vestibulares moderados/severos com Duração de 5min a 72h
- Fonofobia ou fotofobia
- Aura visual
- A) Pelo menos 5 episodios com sintomas vestibulares moderados/severos com Duração de 5min a 72h
• Testes diagnósticos
• Crise
• Fora da crise
- Alteração oculomotricidade
• Tratamento
2. Drogas profiláticas
- 3 ou mais crises por mês, maior que 1 hora, que afetam vida diária
- Anti-depressivas: amitriptilina (Amytril, 10mg a noite —> 50mg) , paroxetina, sertralina, escitalopram (Esc
10mg de manha)
- Vit B12
3. Crise: triptanos
• Sintomas físicos da vertigem postural fóbica + fatores comportamentais = tontura crônica subjetiva
• 2 mulheres / 1 homem
• Precipitantes: vestibulopatias, ataques de panico ou ansiedade, trauma cerebral leve, disautonomia, problemas
medicos
• Sintomas:
• Tontura tipo instabilidade e certos tipos de tontura nao vertiginosa (cabeça leve, enevoada, pesada, nublada
ou de algodao)
• Sensações dissociativas
• Diagnostico clinico! —> Posturografia: exame complementar com grande auxilio diagnóstico
• Tratamento:
• Normalizacao do sono
• Terapia medicamentosa
Síndromes cervicais
• Síndromes que provocam sinais e sintomas cefálicos: vertigem e/ou desequilíbrio
• Etipatogenia:
- Artrose - osteofitoses
• Insuficiência vertebro-basilar
- Sintomas:
- Desequilíbrio intercrise
- Drop-attacks
- Incoordenação
- Fraqueza MS e MI
- Isquemia VB
- Exames complementares:
- Angiografia
- AngioRNM
- Doppler transcraniano
2. Síndrome de Klippel-Feil
- Sinostose atlanto-axial
- Down / AR
4. MF de Arnold-Chiari
• Insidiosos
• Meningiomas
• Cistos epidermoides
• Núcleos vestibulares
• Tipos de lesões
Síndromes cerebelares
• Tumores: primários são os mais frequentes
• Degenerativas
VESTIBULOPATIA NO IDOSO
• 65% > 60 anos, 75% >70 anos
- Vestibular: perda de celulas ciliadas e perda neuronal —> redução da percepção das frequências altas,
redução na discriminação dos tons, alteração da VOR, diminuição da amplitude e aumento da latência do
cVEMP e o oVEMP, deterioração dos canais semicirculares, sáculo e utrículo e das suas vias centrais
- Somatossensorial: neuropatia
• Causas:
- Cerebrovascular 0-70%
- Psquiatrica 0-40%
• Causas: complexa
• Diagnostico:
- Anamnese
- Teste do Get Up and Go: > 20 seg mobilidade reduzida e risco de queda
- Teste monofilamentar
- Exame otoneurologico
- Posturografia
• Exames complementares:
- Audiometria: redução da percepção nas frequências altas e da discriminação dos sons puros
- Videonistagmografia: resultado variáveis nas provas caloricas, pode ter diminuição da velocidade da
componente lenta do nistagmo, diminuição do ganho do VOR e aumento da latência das sacadas
• Tratamento/Prevencao
- Avaliar visão
- Tratar osteoporose
- Medicamentosa
- GinkgoBiloba
- Implante vestibular
VESTIBULOPATIAS NA INFANCIA
- Causas mais comuns: doencas da orelha media, VPBI (Vertigem Paroxistica benigna da Infancia), migranea
• Otites médias
- Tontura + hipoacusia
• Neurite vestibular
• Traumas cranianos
• Malformações
• Paroxismia Vestibular
- Precursor da VPBI
- Episodios de torção cervical da cabeça para um lado e do corpo para lado oposto, SEM DOR
- Resolução espontanea
• VPBI
- Causa mais comum de tontura entre as crianças, depois de afastadas as doenças da orelha média
- 3-8 anos
- Antecedentes de migrânea
- Critérios diagnósticos:
- Acompanhada de pelo menos 1: nistagmo, ataxia, vomito, palidez, medo, fotofobia, fonofobia
• Migranea Vestibular
- Historia familiar
- Ativação do sistema Trigeminovascular (inervação das meninges e vasculatura cerebral via ganglio trigeminal):
serotonina
Avaliação
• Exame fisico semelhante ao adulto
1. Controle alimentar: aumenta da ingesta hidrica, excluir frituras, cafeína, alimentos ricos em tiraminas (queijos,
chocolates, bebidas alcoolicas, lentilha, amendoin e outras sementes; aumenta a liberacao de epinefrina e
predispoe ao ataque de migrânea) e nitritos (presunto, bacon, salsicha, salame, atum; promovem
vasodilatação e induz ao ataque de migrânea), açucar livres
2. Higiene do sono
6. Reabilitação vestibular
REABILITAÇÃO VESTIBULAR
- Equilibrio postural = interação sistema vestibular + proprioceptivo + visual
• Principios
4. Restauração celular
• Protocolos
- Adaptaçao vestibular
- fixar o olhar em um cartao a frente e movimenta-lo progressivamente mais rápido no plano horizontal e
depois vertical; acompanhar movimento com os olhos sem movimentar a cabeca
- Manter o equilibrio em pé, apoiando as maos a parede com os pés paralelos e afastados e depois juntos, e
a seguir colocar um a frente do outro. Tirar o apoio, estender os braços ate coloca-los ao longo do corpo
- Estimulação optocinetica
- Movimentos da cabeça em plano horizontal 10x progressivamente mais rápido, focalizando em alvo fixo, e
depois vertical
- marchar no lugar em cima de um travesseiro ficando o olhar a frente, olhos abertos depois fechados
• Realidade virtual
• Fisioterapia aquatica
• Procedimentos cirúrgico
- Gentamicina intratimpanica
- Crioterapia
- Saculotomia
- Cocleossaculotomia
- Shunt otico-perotico
- Labirintectomia transcanal
- Labirintectomia transmastoidea
Hugo Melo
• Ilusão auditiva, ou seja, sensação sonora não relacionada a uma fonte externa sonora
Fisiopatologia:
Causas
1. Causas otologicas: otite media, cerume, alterações de cadeia ossicular, otoesclerose, hidropisia endolinfatica,
presbiacusia, schwannoma vestibular, surdez subita, PAIR, trauma acústico, ototoxicidade
4. Alterações de ATM
6. Comportamentais: abuso de cafeína, chá mate, chá preto; abuso de carboidratos e lipideos;
Avaliação
• Tempo de inicio?
• Unilateral ou bilateral?
• Sintomas associado: hipoacusia, plenitude auricular, vertigem, otalgia, dor em ATM, sono, hipersensibilidade
auditiva
- Hiperacusia: reação anormal a sons, desconforto fisico quando exposto a sons (intensidade baixa media
ou forte
- Misofonia: atitude negativa ao som; sons repetidos (mastigacao, estalar de labios, cliques..)
desencadeiam reação exagerada
- SIM: vascular
- NAO: muscular (associado com ansiedade, sons) - mais rápidos que o batimento cardíaco
• Laboratório
1. Hemograma
UP inclui:
- Zinco, Mg, Cobre
3. Perfil lipídico
- Acido folico
- Ferritina
5. VHS
- Homocisteina
6. VDRL
- Coenzina q10
• Avaliação audiologica
• Limiar de desconforto auditivo (LDL): normal de 90-110dB, avaliação da hipersensibilidade auditiva(não pedir I)
• Zumbido unilateral com ou sem perda auditiva assimétrica com queda da discriminação de fala: avaliar lesão
retrococlear
Origem
1. Otológico
2. Cardiovasculares
3. Metabólicos
• Sistema somatossensorial
- Gânglio trigeminal e gânglio medular dorsal emitem projeções excitatorias para o núcleo coclear
- 2/3 pacientes com zumbido tem modulação pela estimulacao tátil de pontos gatilhos miofasciais localizado
na mandíbula, ATM, regiões da cabeça e pescoço ou pela movimentação ocular
- Exames de imagem:
1. TC: lesões vasculares que comprometem ossos (massas, artéria carótida aberrante, anomalias do BJ)
2. RNM: tumores
• Vasculares (81% dos zumbidos rítmicos): pulsáteis, mulheres, variam conforme mudanças de decúbito e
alterações da FC e DC
- >50 anos
- Ausculta cervical
- Arterias:
- Trajeto aberrante da artéria carótida: massa avermelhada pulsátil no mesotimpano que nao
muda coloração com pneumotoscopia
- Persistência a. Estapediana
- Venosas:
- Mulheres jovens
- Fluxo turbulento na VJI por pressão da segunda vértebra cervical ou aumento do retorno venoso
(anemia, tireotoxicose, gravidez)
- Melhora com suave pressão da veia jugular ou rotação cervical ipsilateral, valsava
5. Paraganglioma
• Musculares
3. Tuba patente
- Autofonia
4. Odontogenica: ATM
- Plenitude auricular
- Zumbido flutuante
Tratamento
- Medicação: Ciclobenzaprina
7. Hipersensibilidade auditiva
- Medicação: IRSS
- Enriquecimento sonoro
8. Terapia sonora
• TRT
- 2 fases
- Evitar o silêncio
9. Medicamentos
- Preferir monoterapia
- Se melhora, usar por mais 30 dias e iniciar redução até retirada, se possível
- Opções:
- Avaliação audiológica
- Exames de imagem: zumbido unilateral, perda auditiva assimétrica, sinal neurológico localizadores ou pulsátil