Você está na página 1de 159

Esboços de

Mensagens que

Pr. Marivaldo Rodrigues


Sermões Evangelísticos

Volume 1
Mensagens Evangelísticas 2

Toda a Escritura é inspirada por Deus


e proveitosa para ministrar a verdade,
para repreender o mal, para corrigir
os erros e para ensinar a maneira
certa de viver; a fim de que todo
homem de Deus tenha capacidade e
pleno preparo para realizar todas as
boas ações.

II Timóteo 3:16-17
Mensagens Evangelísticas 3

APRESENTAÇÃO

O grande propósito de Deus é que sejamos semelhantes ao


seu Filho Jesus Cristo. Para alcançar esse objetivo, Ele dispõe de
Sua poderosa Palavra que é o manual de instruções para uma vida
reta e justa diante do Senhor. Para que a Palavra tenha plena
operação no coração do homem, o Espírito Santo levanta e
capacita outros homens tementes a Deus e que tiveram suas vidas
transformadas pelo poder do Evangelho para que possam ser
instrumentos por meio dos quais a Palavra viva de Deus possa ser
ministrada e internalizada nos corações.
O propósito desta apostila é fornecer subsídios em forma de
esboços de mensagens e estudos bíblicos que foram pregados por
mim ao longo de alguns anos que auxiliarão o expositor da Palavra
a enriquecer suas mensagens.
Que este modesto trabalho possa contribuir de maneira
significativa no ministério de ensino e pregação da Palavra de
Deus e que muitas vidas sejam transformadas pelo poder de Deus.

Marivaldo Macedo Rodrigues


Ano de 2017
Mensagens Evangelísticas 4

SUMÁRIO

O JUÍZO FINAL ...................................................................................................................... 6

A GLÓRIA DE CRISTO COMO FILHO DO HOMEM ........................................................... 7

A GRANDE TRIBULAÇÃO ................................................................................................... 10

A INCAPACIDADE HUMANA ............................................................................................. 13

A PARÁBOLA DO SEMEADOR ........................................................................................... 15

A PARABOLA DO FILHO PRODIGO .................................................................................. 20

A FÉ SALVADORA ............................................................................................................... 23

A PORTA DO REINO I ......................................................................................................... 26

A PORTA DO REINO II – BATISMO NAS ÁGUAS............................................................. 34

A PORTA DO REINO III– O DOM DO ESPÍRITO SANTO ................................................. 39

A PORTA ESTREITA ............................................................................................................. 45

A PREVISIBILIDADE HUMANA E SUA INCAPACIDADE MORAL .................................... 47

A REALIDADE DO INFERNO .............................................................................................. 50

A SALVAÇÃO DA ALMA ..................................................................................................... 52

A TERRIVEL NATUREZA DO PECADO E SUA CURA ........................................................ 55

ARREPENDIMENTO E CONFISSÃO ................................................................................... 58

ATÉ QUE PONTO ALGUÉM PRECISA SER BOM PARA SER ACEITO POR DEUS? ......... 61

ATRAINDO O OLHAR DE JESUS ........................................................................................ 66

DETECTANDO A RAIZ DO MAL NA HUMANIDADE ....................................................... 68

DUAS PORTAS, DOIS CAMINHOS E DOIS DESTINOS .................................................... 71

IMPLICAÇÕES DA VERDADEIRA FÉ .................................................................................. 74

O CHAMADO EFICAZ ......................................................................................................... 76

O GRANDE TRONO BRANCO ........................................................................................... 80

O NOVO CORAÇÃO ........................................................................................................... 85


Mensagens Evangelísticas 5

O OLHAR QUE SALVA ........................................................................................................ 88

O PODER DO EVANGELHO ............................................................................................... 92

O QUE JESUS PODE FAZER POR VOCÊ ............................................................................ 93

O QUE LEVA ALGUÉM A RECUSAR UM CONVITE IRRECUSÁVEL ................................. 94

A SÍNDROME DE NAAMÃ ................................................................................................. 98

O VALOR DO PRECISOSO SANGUE DE JESUS .............................................................. 101

OLHAI PARA MIM E SEREIS SALVOS .............................................................................. 106

PERTO DE JESUS OU LONGE DELE. QUAL A SUA DECISÃO? ...................................... 109

A CEGUEIRA ESPIRITUAL E SUA CURA ........................................................................... 113

UM BREVE SUMÁRIO A RESPEITO DAS COISAS QUE VIRÃO...................................... 116

SALVAÇÃO ........................................................................................................................ 119

TRANSFORMANDO O FRACASSO EM SUCESSO ......................................................... 123

UM TEMPO ESPECIAL CHAMADO - "HOJE”, E O PERIGO DO ADIAMENTO ............. 126

LIÇÕES POR TRÁS DA CURA DO ENDEMONINHADO GADARENO ........................... 128

O CASTIGO DOS POVOS E O REINO DE DEUS ............................................................. 131

O ENDEMONINHADO GERASENO ................................................................................. 133

OBEDIÊNCIA – A RESPOSTA CORRETA DA FÉ .............................................................. 137

ARREPENDIMENTO, A PORTA DO PERDÃO E RECOMEÇO ......................................... 140

UM CONVIDADO FORA DO PADRÃO ........................................................................... 143

CONFISSÃO E OBEDIÊNCIA............................................................................................. 145

O SURPREENDENTE CONVITE DE JESUS ....................................................................... 148

O NOME DE JESUS ........................................................................................................... 150

PERDIDOS E ACHADOS ................................................................................................... 152

POR QUE POUCAS PESSOAS SERÃO SALVAS ............................................................... 155


Mensagens Evangelísticas 6

O JUÍZO FINAL
Apocalipse 20.11-15

Está para acontecer um grande julgamento na história.Ele determina


o destino eterno de todos os homens, hoje o homem é advertido
quanto esse julgamento eminente.

I - O que será?

- Será o ultimo e definitivo juízo de Deus, onde se decidira o destino


eterno dos homens.

II – Quando será?

- Será apos a segunda ressurreição geral dos mortos, (Dn 12:2; Jo 5:28-
29).

III – Quem estará lá para ser julgado?

- Todos os homens em corpo e alma

- Os anjos caídos (2 Pe 2:4; Jo.6)

- Os crentes (2 Cor 5.10), porém o julgamento do crente não será


condenatório (Jo 5.24; Rm 8.1)

IV – Qual será o critério no julgamento?

- A lei de Deus (Rm 12:2), judeus.

- A lei da natureza inscritas nos corações (Rm1: 18-23), os gentios.

- A graça – a luz da revelação (o sangue de Jesus)

V – Qual será a sentença?

- A condenação eterna, segunda morte, (Ap 21.8; Dn 12.2; 1 Co 6.9-


10; Gl 5.19-21)
Mensagens Evangelísticas 7

A GLÓRIA DE CRISTO COMO FILHO DO HOMEM


Hb 1.1,2; 2.5-3.1; 2Co 4.3-5

O humanismo propõe que o homem tem poder em si mesmo para se


tornar como Deus. Ele ensina que as raízes e sementes da perfeição
estão bem no profundo do ser humano; ele só precisa cavar bem
fundo para achá-las. Não há necessidade de alguma intervenção
externa. Deus não precisa intervir enviando Cristo ao mundo. O
homem tem como se levantar e melhorar a si mesmo. Ele é uma
criatura maravilhosa no profundo do seu ser. Quanta cegueira!

A redenção está na direção de outro tipo de humanidade e em um


poder para redimir. Esse poder está em Jesus, porque nEle há algo que
satisfaz a Deus – a perfeição, a justiça. Sim, ele tem os recursos para
redimir a raça humana e conduzi-la a um novo e extraordinário estado
de existência e satisfação em Deus.

O título “Filho do Homem” que Jesus atribuiu a si mesmo é uma


designação de sua humanidade, que ele foi gerado como homem, ou
como humanidade. Ser Filho do Homem não significa apenas que ele
se colocou ao nosso lado, recebendo carne e sangue, tornando-se
assim um homem e estando aqui como homem entre os homens.

I. A importância de Cristo como Filho do Homem é que Ele é um


protótipo de uma nova humanidade

- Agora no universo de Deus existem duas humanidades: a


Humanidade de Adão, que era a única, e outra humanidade agora,
diferente, de carne e sangue, mas sem a natureza pecaminosa da
primeira humanidade, isenta de tudo aquilo que alienou e separou
essa humanidade de Deus e a colocou debaixo do Seu juízo;
Mensagens Evangelísticas 8

- Deus em sua infinita santidade e perfeição pode olhar para essa nova
humanidade com prazer e total satisfação e dizer: “Este é o meu filho
amado, em quem tenho prazer” (Mt 3.17).

- A importância de Cristo como Filho do Homem é que Deus deu início


a uma nova humanidade segundo sua própria mente e perfeito
propósito

- Em seu Filho está o protótipo da nova humanidade, à qual Deus vai


reestruturar a raça humana (Rm 8.29; 5.19).

- A humanidade adâmica corrompeu-se por meio do pecado e ficou


sujeita a influência e ao poder da morte (Rm 5.12; Gn 6.5-7), e ao
domínio de Satanás. Seus valores mais nobres foram destruídos e
estabeleceu-se a corrupção geral de suas mentes e corações gerando
só maldades e perversidades (Rm 1.28-32).

Três juízos de Deus sobre os homens que rejeitaram o seu


conhecimento:
1. Os entregou à imundícia e à idolatria (VV 24,25);
2. Deus os entregou às paixões infames (vergonhosas) 26,27;
3. Deus os entregou a uma disposição mental reprovável (28)

- Com o pecado de Adão, a morte passou a reinar em todas as esferas


da existência humana, mas com a vinda de Jesus, veio a justiça e o
dom da vida para todos os que crêem (Rm 5.21; 1Co 15.21,22)

- A grande realidade sobre um verdadeiro cristão é que ele está


progressivamente sendo mudado em outro, está se tornando
diferente (1Co 15.45-49, 51,52.

- Não é uma questão objetiva de fé em Cristo como algo exterior. É


mais que isso. É viver por Cristo interiormente (Gl 2.19,20).
Mensagens Evangelísticas 9

- Deus assim entrou nesta esfera da humanidade na pessoa de Seu


Filho, representando uma nova ordem de humanidade, e, pela união
vital com Cristo, uma nova raça (criação) está brotando, uma nova
ordem (2Co 5.17)

- Uma nova espécie de humanidade está crescendo secretamente e


avançando para aquele Dia, quando haverá a manifestação dos filhos
de Deus. Aí a maldição será dissipada e a própria criação será libertada
da escravidão da corrupção para a liberdade da glória dos filhos de
Deus (Rm 8.19-21).
Mensagens Evangelísticas 10

A GRANDE TRIBULAÇÃO
Isaías 26.21; Mateus 24.21

O que será a Grande Tribulação? Que eventos acontecerão neste


período negro da história? Quem passará por ela? Quanto tempo vai
durar? Por que ela vai acontecer? Quando ela vai acontece?

I. A grande tribulação será...

1 – Um tempo de turbação, juízos, castigos e ira

2 – O começo da purificação da terra

3 – Um tempo de angústia para Israel (Jr 30.7)

4 – O Dia do Senhor (Ez 30.3; 1Ts 5.1-3)

5 – A septuagésima semana profetizada por Daniel (Dn 9.24)

II. Acontecerão os seguintes eventos durante a Grande


Tribulação...

1 - O povo de Israel voltará à Palestina

2 – Um grande líder mundial será levantado – o Anticristo (2Ts 2.1-12;


Ap 13.1,2; Dn 8.9; Ap 13.11-18)

a) Ele fará um acordo de paz com Israel durante três anos e meio,
como que querendo ajudá-la, mas será uma obra de engano (Dn 9.27);

b) Finalmente ele revelará seu plano e iniciará uma grande


perseguição ao povo de Israel que é chamado “Um tempo de angústia
para Jacó”, que culminará da Guerra do Armagedom (Ap 16.13,14);

c) Ele estabelecerá um governo mundial e todos os moradores da terra


terão que se submeter a ele e vai proclamar-se Deus e exigirá
adoração para si;
Mensagens Evangelísticas 11

3 – As sete taças da ira de Deus serão derramadas para castigar os


homens maus – será o castigo dos homens por terem rejeitado o
Messias

III. Os que passarão pela Grande Tribulação...

1 – Os judeus de todo o mundo que rejeitaram o Messias (Jr 30.1-7)

2 – Todos os que ficarem no arrebatamento

3 – Todos os gentios que rejeitaram o evangelho de Cristo (Ap


7.9,13,14)
IV. Quanto tempo vai durar... (1260 dias)

1 – Vai durar sete anos divididos em duas partes de três anos e meio

2 – Na primeira metade haverá um tempo de paz aparente e


enganadora arquitetada pelo anticristo

3 – Na segunda semana haverá grandes juízos e castigos sobre todos


os que habitam na terra

V. Por que ela vai acontecer

1. Levar os homens a se arrependerem de seus pecados (Ap 16.11).


2. Destruir o império do AntiCRISTO (Ap 16.10).
3. Desestabilizar o atual sistema mundial. (Dn 2.34,35)
4. Implantar o reino de Nosso Senhor JESUS CRISTO (Dn 2.44).
Verdade Prática: Só há um meio de se escapar da Grande Tribulação:
manter-se fiel a Nosso Senhor JESUS CRISTO, aguardando fielmente
o seu retorno.
Ap 3.10 A Grande Tribulação não alcançará os crentes
Mensagens Evangelísticas 12

“Visto que guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te


guardarei da hora da tribulação que há de vir sobre todo o mundo,
para provar os que habitam sobre a terra”.
1Ts 1.10

VI. Quando irá acontecer...

1 - Após o arrebatamento da Igreja (1Ts 1.10)


2 - Na metade da 70ª Semana de Daniel.
Mensagens Evangelísticas 13

A INCAPACIDADE HUMANA
"Ninguém pode a vir mim, se o Pai que me enviou não o trouxer."
João 6.44

Em primeiro lugar, quero falar sobre a incapacidade humana, e em


que ela consiste. Em segundo lugar, as atrações do Pai – o que elas
são, e como elas são exercidas sobre a alma. E então concluirei
considerando um doce consolo que pode ser derivado deste
aparentemente árido e terrível texto.

I. Primeiramente vemos a INABILIDADE DO HOMEM

"Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer."


Onde situa-se esta incapacidade?

- Primeiro, ela não reside em qualquer defeito físico.

- Nem tampouco, esta incapacidade reside em alguma deficiência


mental. Posso crer nas declarações que Cristo fez, assim como nas
declarações de quaisquer outras pessoas. Não há deficiência de
faculdade na mente: o homem é capaz de apreciar como um mero ato
intelectual a culpa do pecado tanto como a responsabilidade de um
assassinato.

Onde reside realmente está incapacidade do homem?

Ela reside no profundo de sua natureza. Através da queda, e pelo


nosso próprio pecado, a natureza do homem tem se tornada tão
rebaixada, depravada e corrompida, que é impossível para ele vir a
Cristo sem a assistência de Deus o Espírito Santo. (Ex. do lobo e da
ovelha)

Assim pois, a razão pela qual o homem não pode vir a Cristo, não é
porque haja incapacidade em sua mente ou corpo, porém, porque sua
Mensagens Evangelísticas 14

natureza está tão corrompida que não tem nem o querer nem o poder
para vir a Cristo, a menos que seja trazido pelo Espírito.

Mergulhemos mais profundamente na questão. Vou tentar mostrar no


que consiste esta inabilidade do homem, em suas mais minuciosas
particularidades.

1. Primeiramente, ela reside na obstinação da vontade humana.

2. Novamente, não somente é a vontade obstinada, mas o


entendimento está entenebrecido (ICo 2.14; 2Co 5.4).

3. Consideraremos agora está incapacidade nas afeições, que


constituem uma grande parte do indivíduo e que estão também
depravadas. O homem, tal como ele é antes de receber a graça de
Deus, ama qualquer e todas coisas mais do que as coisas espirituais.

4. Uma vez mais – a consciência, também tem sido subjugada pela


queda.

II. Nosso segundo ponto é AS ATRAÇÕES DO PAI.

"Ninguém pode vir mim, se o Pai que me enviou não o trouxer."

Como, pois, traz o Pai os homens?

1. Pela pregação da Palavra do evangelho (Rm 10.17)

2. Pelo convencimento do Espírito Santo (Jo 16.8)

- Abrindo o entendimento das pessoas (At 16.14)

- Convencendo-o do seu pecado e necessidade de perdão


Mensagens Evangelísticas 15

A PARÁBOLA DO SEMEADOR
Mateus 13.3-9

A Palavra de Deus é a semente. Toda semente tem em si um princípio


germinativo. Nela está contida a vida da planta. Do mesmo modo há
vida na Palavra de Deus. Cristo diz: "As palavras que Eu vos disse são
espírito e vida." João 6:63. "Quem ouve a Minha palavra e crê nAquele
que Me enviou tem a vida eterna." João 5:24. Aquele que pela fé aceita
a Palavra, recebe a própria vida e o caráter de Deus.

À que caiu à beira do caminho (13.19)

Representa a Palavra de Deus quando cai no coração de um ouvinte


desatento.

O homem ouve, sim, a Palavra, mas não a entende. Não discerne que
ela se aplica a ele próprio. Não reconhece suas necessidades nem seu
perigo. Não percebe o amor de Cristo, e passa pela mensagem de Sua
graça como alguma coisa que não lhe diz respeito.

Como o calcado caminho, pisado pelos pés de homens e animais, é o


coração que se torna estrada para o comércio do mundo, seus
prazeres e pecados. Absorvido em aspirações egoístas e atitude
pecaminosa, o coração se endurece "pelo engano do pecado". Heb.
3:13. As faculdades espirituais são enfraquecidas.

Como os pássaros estão prontos para tirar a semente do caminho,


assim também Satanás está atento para tirar da mente os princípios
da verdade divina. Teme que a Palavra de Deus possa despertar os
negligentes e ter efeito sobre o coração endurecido. Satanás e seus
anjos estão nas reuniões onde o evangelho é pregado. Instiga a crítica
ou insinua dúvida e incredulidade. A linguagem do orador ou suas
maneiras podem não agradar o ouvinte, e ele se detém sobre esses
Mensagens Evangelísticas 16

defeitos. Assim, a verdade de que carecem, e que Deus lhes enviou


tão graciosamente, não causa impressão duradoura.

No Pedregal (13.20,21)
Muitos que professam religião são ouvintes de pedregais. Como a
rocha está sob o sedimento de terra, está o egoísmo próprio do
coração natural sob os bons desejos e aspirações. O amor ao próprio
eu não está subjugado. Ainda não viram a terrível maldade do pecado,
e o coração não está humilhado pelo sentimento de culpabilidade.
Esta classe pode ser convencida com facilidade e parecer de
promissores conversos, mas só possuem religião superficial.

Aceitam logo a Palavra, mas não calculam o custo. Não ponderam o


que deles exige a Palavra de Deus. Não a confrontam diretamente
com todos os seus hábitos de vida e não se submetem
completamente à sua direção.

O ardente sol de verão, que fortifica e amadurece o grão sadio, destrói


aquele que não tem raízes profundas. Muitos aceitam o evangelho
para escapar ao sofrimento e não para serem libertos do pecado.

Regozijam-se algum tempo pensando que a religião os livrará de


dificuldades e provações. Enquanto a vida decorre suavemente,
podem parecer coerentes. Todavia desfalecem sob a ardente prova da
tentação. Não podem levar o opróbrio por amor de Cristo. Ofendem-
se quando a Palavra de Deus lhes aponta algum pecado acariciado ou
exige renúncia e sacrifício. "Duro é este discurso; quem o pode ouvir?"
João 6:60.

Entre os Espinhos (13.22)

A semente do evangelho cai muitas vezes entre espinhos e ervas


daninhas; e se não ocorrer uma transformação moral no coração
Mensagens Evangelísticas 17

humano, e se não forem abandonados velhos hábitos e práticas da


anterior vida pecaminosa, se não forem expelidos da alma os atributos
de Satanás, a colheita de trigo será sufocada. Os espinhos serão a
colheita, e destruirão o trigo.

A graça só pode florescer no coração que está sendo preparado


continuamente para as preciosas sementes da verdade. Os espinhos
do pecado crescem em qualquer solo; não precisam de cultivo
especial; mas a graça necessita ser cultivada cuidadosamente. Se o
coração não for guardado sob a direção de Deus, se o Espírito Santo
não refinar e enobrecer incessantemente o caráter, revelar-se-ão na
vida os velhos costumes. Podem os homens professar crer no
evangelho; mas a não ser que sejam por ele santificados, nada vale
sua religião. Se não obtiverem vitória sobre o pecado, este estará
obtendo vitória sobre eles. Os espinhos que foram cortados, mas não
desarraigados, brotam novamente, até sufocar a alma.

Cristo especificou as coisas que são perigosas para a alma. Como


relata Marcos, menciona Ele os cuidados deste mundo, os enganos
das riquezas e as ambições de outras coisas. Lucas especifica:
cuidados, riquezas e deleites da vida. Estes são os que sufocam a
Palavra, a crescente semente espiritual. A alma cessa de extrair
alimento de Cristo, e extingue-se no coração a espiritualidade.

Muitos que podiam produzir frutos na obra de Deus tornam-se


propensos a conquistar riquezas. Toda a sua energia é absorvida em
negócios, e sentem-se obrigados a desprezar as coisas de natureza
espiritual. Deste modo separam-se de Deus. É-nos recomendado nas
Escrituras não sermos "vagarosos no cuidado".

Os cristãos precisam trabalhar, precisam ocupar-se em atividades, e


podem fazê-lo sem cometer pecado. Mas muitos se tornam tão
Mensagens Evangelísticas 18

absortos em negócios que não têm tempo para orar, para estudar a
Bíblia, para procurar e servir a Deus.

Muitos pais procuram promover a felicidade dos filhos, satisfazendo-


lhes a sede de prazeres. Permitem-lhes tomar parte em esportes e
participar de festinhas sociais, e fornecem-lhes dinheiro para gastar
livremente em ostentação e satisfação própria. Quanto mais se
condescende com o desejo de prazer, tanto mais forte ele se torna. O
interesse desses jovens é absorvido gradualmente no divertimento,
até que chegam a considerá-lo o objetivo da vida. Formam hábitos de
ociosidade e condescendência que lhes tornam quase impossível se
tornarem cristãos resolutos. I João 2:15 e 16

Em boa Terra (13.23)

O "coração honesto e bom" (Luc. 8:15), do qual fala a parábola, não é


um coração sem pecado, pois o evangelho deve ser pregado aos
perdidos. Cristo disse: "Eu não vim chamar os justos, mas sim os
pecadores." Mar. 2:17. Quem se rende à convicção do Espírito Santo é
o que tem coração honesto. Reconhece sua culpa e sente-se
necessitado da misericórdia e do amor de Deus. Tem desejo sincero
de conhecer a verdade para obedecer-lhe. O bom coração é um
coração crente, que deposita fé na Palavra de Deus. É impossível
receber a Palavra sem fé. "Porque é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que O
buscam." Heb. 11:6.

Não basta simplesmente ler ou ouvir a Palavra. Aquele que anela que
as Escrituras lhe sejam úteis, precisa meditar sobre a verdade que lhe
foi apresentada. Precisa aprender a significação das palavras da
verdade por sincera atenção e pensar devoto, e sorver profundamente
o espírito dos oráculos sagrados.
Mensagens Evangelísticas 19

"E dão fruto." Os que, tendo ouvido a Palavra, a guardam, produzirão


fruto pela obediência. Recebida na alma, a Palavra de Deus se
manifestará em boas obras. O resultado será visto na vida e caráter
semelhantes aos de Cristo. Jesus dizia de Si mesmo: "Deleito-Me em
fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a Tua lei está dentro do Meu
coração." Sal. 40:8. "Porque não busco a Minha vontade, mas a
vontade do Pai, que Me enviou." João 5:30. E a Bíblia diz: "Aquele que
diz que está nEle também deve andar como Ele andou." I João 2:6.
Mensagens Evangelísticas 20

A PARABOLA DO FILHO PRODIGO


Lucas 15.11-32

I. Mostra-nos a possibilidade de um novo começo

- O contexto desta parábola demonstra essa esperança, pois os


pecadores e publicanos “chegavam-se a ele” para o ouvir, pois
sentiam que havia esperança até mesmo para eles (Mt. 9.10).

- Do ponto de vista dos religiosos da época – os fariseus e escribas,


os publicanos e pecadores eram considerados como irrecuperáveis e
os irritava ver Jesus ter qualquer tipo de associação com essas pessoas
(Mt 9.11).

- Eles os considerava tão irremediáveis e sem possibilidade de perdão


que nem sequer mantinha contato com eles, ignorando-os
totalmente.

- O fato de estarem sempre aos pés de Jesus para ouvi-lo era uma
prova clara que acreditavam na possibilidade de serem perdoados e
restaurados diante de Deus, por causa das coisas que lhes ensinava.

II. Estabelece condições bem definidas para o novo começo

- Enquanto que nas duas parábolas anteriores, se vê a figura de Deus


buscando o homem perdido, sem este empreender qualquer esforço
pessoal para ser restaurado, na parábola do filho pródigo outro
aspecto dessa verdade é revelado, que é o arrependimento pessoal..

- Para que possamos tirar proveito desse novo começo oferecido pelo
evangelho, precisamos observar os seguintes pontos:

1. Devemos enfrentar nossa situação com franqueza e


honestidade.
Mensagens Evangelísticas 21

- O filho pródigo só enfrentou a situação quando estava na mais


absoluta miséria. Enquanto desfrutava dos prazeres que a vida podia
lhe dar, não se preocupava com a distância do Pai. Assim é com muitos
hoje, se apegam a qualquer coisa que passa a ser um paliativo para a
vida e engana-lhes o coração perdido. É a ilusão do espelho que nos
faz acostumar com nossa imagem.

- Muitos que percebem a terrível realidade de suas vidas, fogem,


evitando pensar a respeito. Mas o primeiro passo para o caminho de
volta é enfrentar com honestidade a situação em que nos
encontramos.

- Você já fez isso? Já encarou seus erros e sua atual situação? O que
vc é hoje em comparação com o passado? Olhe para suas mãos, elas
estão limpas? Olhe para o seu caráter – ele continua integro? Olhe
para si mesmo – que resposta terá? O que vc está comendo? O que
está alimentando a sua alma?

2. Devemos entender que há somente um a quem podemos


recorrer, e somente uma coisa a fazer.

- Antes de cair em si, o jovem da parábola tentou de tudo. Buscou


ajuda dos amigos de farra, bateu em portas, mas elas estavam
fechadas. Enquanto ele pôde conduzir-se dependendo dos seus
próprios recursos ele o fez.

- Todos os recursos dele acabaram e também o das pessoas. Mas os


de Deus nunca acabarão.

- Enquanto você tiver onde se amparar – amigos, dinheiro, prestigio,


sucesso, etc, você nunca clamará ao Pai eterno porque tem a sensação
de auto-suficiência.
Mensagens Evangelísticas 22

- Mas quando tudo acabar, os recursos, os bens, a alegria, a satisfação,


então você olhará para Deus e perceberá que seus recursos jamais
acabarão e ele é o único que realmente pode mudar a sua vida.

3. Ao se voltarem para Deus precisam saber que nada podem


pleitear perante ele, exceto sua misericórdia e compaixão.

- Quando o pródigo saiu de casa ele disse “Dá-me”, mas agora, de


volta arrependido ele suplica “Faze-me”. Antigamente ele sentia que
era alguém, disposto a exigir seus direitos, mas agora ele se sente
reduzido a nada, que não é ninguém. A humildade finalmente entrou
em seu orgulhoso coração.

- Você meu amigo, não tem direito de exigir qualquer perdão de Deus,
mas se humildemente se voltar para ele com arrependimento, seus
braços estarão abertos para te receber.

4. Ao se voltarem para Deus, precisam aceitar as novas roupas e a


nova vida que só ele pode dar e entrar na sua festa de amor.

- Roupas novas (justiça de Cristo), sandálias para os pés (novo estilo


de vida) e anel para seu dedo (aliança com Deus)
Mensagens Evangelísticas 23

A FÉ SALVADORA
(Lucas 7.36...)

I. O QUE SALVOU essa mulher? No caso da mulher penitente, seus


grandes pecados foram perdoados e se converteu numa mulher de
extraordinário amor: amou muito, pois muito lhe foi perdoado.

As lágrimas dessa mulher, suas tranças soltas secando os pés do


Salvador, o fato que se aproximou de seu Senhor apesar dos que O
rodeavam, enfrentando seus orgulhosos comentários com uma
determinação muito firme e resoluta de honrar a Jesus; certamente,
entre aqueles que têm amado o Salvador, não viveu ninguém maior
que esta mulher que foi uma pecadora. E sem dúvida, apesar de tudo
isso, Jesus não lhe disse: "teu amor te salvou." O amor é uma maçã
de ouro da árvore cuja raiz é a fé, e o Senhor teve o cuidado de não
atribuir ao fruto isso que só pertence à raiz.

Esta mulher cheia de amor também foi muito notável por seu
arrependimento. Observem bem essas lágrimas. Não eram lágrimas
de emoção sentimental, mas uma chuva procedente da dor do
coração pelo pecado. Ela havia sido pecadora e o sabia; ela recordava
muito bem a multidão de suas iniquidades, e sentia que cada pecado
merecia uma lágrima, e ali estava ela, desfazendo-se em lágrimas,
porque havia ofendido seu amado Senhor. E sem dúvida não foi dito:
"teu arrependimento te salvou."

Ser salva causou seu arrependimento, mas o arrependimento não a


salvou. A dor pelo pecado é uma mostra temporã da graça em seu
coração, e sem dúvida não foi dito em nenhuma parte: "tua dor pelo
pecado te salvou." Ela era uma mulher de grande humildade.
Aproximou-se do Senhor por trás e lavou Seus pés, como se somente
Mensagens Evangelísticas 24

se sentisse capaz de ser uma serva de baixa categoria, encontrando


prazer ao fazê-lo para servir o Senhor.

Sua reverência por Ele havia alcançado um ponto muito elevado; ela
o via como um rei, ela beijou os pés do Senhor de seu coração, do
Soberano de sua alma, mas não acho que Jesus tenha dito: "tua
humildade te salvou" ou que tenha dito: "tua reverência te salvou";
mas pôs a coroa sobre a cabeça de sua fé e lhe disse expressamente:
"tua fé te salvou, vá em paz."
II. QUE TIPO DE FÉ salvou essa mulher?

No caso da mulher penitente, sua fé estava fixada unicamente em


Jesus. Foi uma fé Nele, sem nenhuma mescla. A mulher abriu seu
caminho até Ele, suas lágrimas caíram sobre Ele; seu unguento foi para
Ele; suas tranças soltas foram uma toalha para Seus pés; não lhe
preocupava mais nada. Todo seu espírito e toda sua alma estavam
absorvidos Nele. Ele podia salvá-la; Ele podia apagar seus pecados. Ela
acreditava Nele; ela o fez para Ele.

Pouco sabemos das lutas internas da mulher penitente quando


passou pela porta da casa de Simão. "Ele te rejeitará," diria o duro
fariseu. Como te atreves a manchar as portas dos homens honestos."
Mas sem se importar com o que poderia ocorrer, ela atravessa as
portas, aproxima-se dos pés do Salvador que estão estendidos para a
entrada, estando Ele recostado à mesa, e ali se mantém. Simão a vê:
queria que seu olhar a secasse, mas o amor dela por Cristo estava
muito bem arraigado para ser secado por ele.

Toda fé verdadeira enfrenta oposição. Se sua fé nunca enfrenta


provas, não é fé verdadeira. "Esta é a vitória que vence o mundo, nossa
fé".

A fé dessa mulher foi confessada abertamente.


Mensagens Evangelísticas 25

Ela traz unguento e ungirá Seus pés, mesmo na presença dos fariseus,
que irão criticá-la abertamente. Ela amava seu Senhor, e ia proclamá-
lo de qualquer forma, mesmo na própria casa do fariseu, já que não
havia uma oportunidade mais conveniente; e então ela se adianta e,
sem palavras, mas com ações muito mais eloquentes que as palavras,
diz, "eu te amo. Estas lágrimas o demonstram; este unguento vai
difundir seu conhecimento, conforme seu doce perfume encha a
habitação; e cada fio do meu cabelo será um testemunho de que eu
pertenço ao Senhor e Ele pertence a mim." Ela proclamou sua fé.

Observem também que a mulher não falou. Há algo muito belo no


silêncio de ouro da mulher, que era mais rico do que teria sido seu
discurso de prata. Aventuro-me a dizer que o silêncio da mulher falou
tão poderosamente como a voz de muitos homens do tempo de Jesus.
Há mais eloquência nas lágrimas que aspergiam e nas tranças soltas
que secavam os pés do Salvador do que no grito de muitos homens.
Mensagens Evangelísticas 26

A PORTA DO REINO I
Atos 2.38

Como parte do plano de Deus de voltar a unir todas as coisas sob um


único cabeça – Cristo, o Senhor (Ef 1.9-10) – a proclamação do
Evangelho do Reino convoca a pessoa a se entregar ao senhorio de
Jesus Cristo, numa profunda dependência do Espírito Santo e viver
sob o governo de Deus. Mas para entrarmos no reino de Deus existe
uma porta pela qual devemos passar. Ninguém se coloca sob o
governo de Deus sem passar por ela.

Em Atos 2.22-39, imediatamente após o derramamento do Espírito


Santo, vemos a igreja começando a obedecer a ordem do Senhor para
fazer discípulos. Nessa ocasião, uma poderosa proclamação do
evangelho resultou na conversão de 3000 pessoas. Podemos observar
também qual foi o procedimento dos apóstolos para com aqueles que
creram: eles os conduziram para a porta do Reino de Deus.

Pondo-se de pé, juntamente com os outros apóstolos, Pedro iniciou


proclamando sobre Jesus. Essa foi a primeira parte da mensagem. Ele
falou sobre:

- Seus milagres, prodígios e sinais (v 22, obra tremenda e gloriosa)

- Sua morte na cruz (v23, mostrando que o Pai o entregou)

- Sua ressurreição (v24-32, usando duas provas: as promessas feitas a


Davi e o testemunho deles mesmos, que viram a Jesus ressuscitado)

- Sua exaltação (v33-35)

- O Senhorio de Jesus Cristo (v36)

Esta proclamação sobre Jesus, sua vida, morte, ressurreição, exaltação


e senhorio é que produz fé no coração daquele que ouve. Ninguém
Mensagens Evangelísticas 27

pode experimentar o novo nascimento se não for pela fé no Senhor


ressuscitado (Rm 10.9).

Quando os que ouviram Pedro, creram na sua palavra e temeram


(v37), ele lhes deu a segunda parte da mensagem (v38). Na primeira
parte (v22-36) ele falou do que Jesus fez. Agora ele vai falar do que
Jesus quer que nós façamos. Atos 2.38:

E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado


em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o
dom do Espírito Santo.

Aqui há uma indicação clara. São três realidades distintas que devem
ser experimentadas logo no início de nossa vida com Cristo.

 As duas primeiras são condições para entrarmos no reino de


Deus.
 A terceira é uma promessa de Deus para aqueles que preenchem
as condições.
Podemos dizer que esta é a Porta do Reino. A fé na proclamação de
Jesus não é a própria entrada no reino. A fé é a base, aquilo que vai
dar poder para entrar, vai dar poder para ser um filho de Deus (Jo
1.12).

- A fé é a porta do reino, ela é o que dá poder para entrar.


A porta de entrada do Reino de Deus constitui em:

a) Arrepender-se

b) Ser batizado em nome de Jesus

c) Receber o dom do Espírito Santo

Em resumo, Pedro falou de duas coisas: Jesus e a Porta do Reino.


Isto é o que devemos falar para fazermos discípulos.
Mensagens Evangelísticas 28

Falar da obra de Jesus na esperança de que os homens creiam sem


colocar as condições para que sejam discípulos, produz uma fé que
não tem como se expressar e logo se torna uma fé morta. Este tem
sido um dos principais erros da igreja neste século.

Por outro lado, falar das demandas (exigências) do reino, sem


comunicar a graça de Jesus Cristo, produz uma religiosidade legalista
e sem poder. Do mesmo modo que estar arrependido e batizado sem
receber o Espírito Santo implica numa vida infrutífera no desempenho
do seu serviço.

É necessário comunicar a verdade sobre Jesus (v22-36), os


mandamentos e a promessa (v38). A verdade produz fé para a
obediência, os mandamentos direcionam essa obediência e a
promessa capacita para o testemunho.

1. Arrependimento

Para compreendermos o que é arrependimento, devemos analisar


como tudo começou naqueda do homem (Gn 3.1-7). Temos aqui a
descrição da entrada do pecado no mundo. Geralmente se diz que o
pecado de Adão foi a desobediência, mas isto não define exatamente
o problema. Na verdade, a desobediência já é um fruto do pecado, é
uma consequência do pecado e não o próprio pecado.

A raiz do problema

A chave para chegarmos ao entendimento está nas palavras “...como


Deus, sereis conhecedores do bem e do mal”. (v5) e “...árvore desejável
para dar entendimento”. (v6).

Por que o entendimento era tão tentador para Adão? Por que queria
tanto ter entendimento, a ponto de se arriscar ao castigo da morte
que Deus tinha prometido?
Mensagens Evangelísticas 29

Até aquele momento, ele vivia numa relação de total dependência


de Deus, necessitava da orientação de Deus para tudo; era dirigido
por Deus e pela sua sabedoria (ver Pv 8.22-31). Para que ele queria o
conhecimento e a sabedoria que vinham de uma árvore e não de
Deus? Adão queria dirigir a própria vida, queria fazer sua própria
vontade, ser seu próprio Deus. Adão queria independência.

Isto não foi algo que Adão fez, foi uma decisão interior no seu
coração. Uma disposição de ser INDEPENDENTE, de ser o dono da sua
própria vida. O pecado foi consumado pela desobediência, mas foi
gerado por uma atitude interior de rebelião.

Quando Adão pecou, sua própria natureza humana se degenerou. O


pecado se tornou parte de sua natureza, e, portanto, a herança de
toda a raça humana, pois todos são descendentes de Adão (Rm 5.12;
Gn 5.3). O problema de Adão é agora o problema de toda a raça
humana. Qual o nosso problema então?

O nosso maior problema aos olhos de Deus não está nas coisas
erradas que fazemos, mas, sim na nossa atitude interior de
Independência e rebelião. Todos os pecados que cometemos são
consequência desta disposição interior. Quando no meu interior há
uma atitude de independência (sou dono da minha vida, faço a minha
vontade), como consequência disto, os meus atos no meu dia a dia
não irão agradar a Deus. Entendemos então, que o problema principal
é a INDEPENDÊNCIA (o pecado), enquanto que os atos pecaminosos
(os pecados) são a consequência.

Aqui cabe uma pergunta:

É suficiente que o homem abandone alguns pecados mais grosseiros


(como vícios, a orgia, idolatria, o adultério...), e creia em Jesus para o
Mensagens Evangelísticas 30

perdão dos seus pecados, sem, no entanto, resolver o seu problema


fundamental que é a independência?

A resposta é NÃO. Deus quer atingir a raiz do problema. Ele quer que
mudemos de atitude, que abandonemos a INDEPENDÊNCIA e nos
tornemos DEPENDENTES dele. A palavra do Evangelho de Jesus não é
para curar superficialmente a ferida do homem. Deus quer tratar a
causa do problema e não apenas a consequência. E para isto ele
mandou o seu Filho Jesus. Ele não veio apenas trazer o perdão dos
pecados, mas veio trazer a solução do problema do pecado e da
rebelião. E como fez isso?

Pregando o Evangelho do Reino (Mt 4.23; 9.35; Mc 1.14,15; Lc 4.43;


8.1; 9.60; 16.16). Os apóstolos também pregaram o evangelho do
reino (At 8.12; 19.8; 20.25; 28.23,30,31).

O que é o evangelho do reino? O Evangelho do reino é o fim da


rebelião e da independência do homem. Deus quer perdoar, mas
também quer governar, quer reinar sobre o homem para restaurar a
glória perdida de sua criação.

2. O que é arrependimento?

Na língua grega, a palavra que aparece é “metanóia”, que significa


mudança de mente, mudança de atitude interior.

Que mudança é esta? É a troca de uma atitude de INDEPÊNDENCIA


para uma atitude de DEPENDÊNCIA. Da atitude de rebelião (faço o
que eu quero) para a atitude de submissão (pertenço a Deus para fazer
a sua vontade). Quando mudamos a nossa atitude para com Deus,
mudam também nossos atos. Quando mudamos apenas os nossos
atos (deixamos de fazer algumas coisas que consideramos erradas),
mas continuamos no interior com uma atitude de independência,
estamos ainda em rebelião e necessitamos de arrependimento.
Mensagens Evangelísticas 31

3. O que o arrependimento produz?

Pelo conceito comum, arrependimento é um mero sentimento de


tristeza pelos pecados cometidos. Agora, Deus está nos revelando
algo mais sólido: por meio do verdadeiro arrependimento, temos
o nosso interior totalmente mudado, vivemos uma nova vida,
estamos com uma atitude correta diante do nosso senhor.

Toda a pregação de Jesus estava impregnada dessa mensagem. Jesus


não pregava um evangelho “fofinho”, um evangelho de ofertas, mas
pregava um evangelho contundente e extremamente exigente. Toda
a sua pregação visava levar o homem a um verdadeiro
arrependimento, a uma revolução interior. Ele mostrou de que
maneira prática o homem poderia experimentar este arrependimento.

4. Que é necessário para se arrepender e se tornar um discípulo


de Jesus? Basicamente quatro coisas: (Mc 8.34-35; Lc 14.33)

1ª. Negar-se a si mesmo (Mc 8.34). Não é apenas negar alguns


pecados. É...

2ª. Tomar a cruz (Mc 8.34). Mas o que é tomar a cruz? É....

3ª. Perder a vida (Mc 8.35). Como ocorre isto? Devo morrer
literalmente? Não. Está é uma realidade espiritual, é o próprio
arrependimento. Até hoje, a vida era minha, eu era meu dono. Mas
agora, eu perco minha vida porque a entrego para Deus. A partir de
hoje ele é o meu dono. Deus só pode governar a minha vida se eu a
entrego voluntariamente. Mas para fazer isto eu devo estar disposto
a perdê-la. Mas arrependimento também envolve....

4ª. Renunciar a tudo que possui (Lc 14.33). Se eu próprio já não


pertenço a mim mesmo, muito menos as coisas que eu possuía. Agora
tudo pertence a Deus. Família, emprego, casa, móveis, automóvel,
salário, poupança, etc. tudo é de Deus.
Mensagens Evangelísticas 32

Mas agora temos mais uma pergunta a responder:

É esta a mensagem que a igreja tem pregado? Lamentavelmente, não.


A pregação da igreja tem sido muito mais um evangelho de ofertas
do que do reino.

Quando Jesus colocava as condições do reino, Ele sempre começava


com “se alguém quer ser meu discípulo...”, e logo a seguir vinham
as condições. Essas eram condições para ser um discípulo, para ser um
convertido, um salvo. Eram condições para entrar no reino de Deus.
Não era uma opção para ser mais consagrado, para crescer na fé, ou
para se tornar pastor. O arrependimento, com tudo o que significa e
produz, está na ENTRADA DA PORTA e não no caminho.

Muitos estão pregando um evangelho “fofinho” (apenas creia e nada


mais), e depois querem estreitar o caminho. Mas quem vai querer
perder a vida se na entrada já lhe prometeram a salvação e vida eterna
sem condição alguma? Esta pregação tem enchido a igreja de
religiosos que não estão submissos a autoridade de Jesus. Devemos
mudar esta situação, e o principal para isto é entender que:

Submissão total a autoridade de Jesus não é uma opção para o


salvo, mas uma condição para ser salvo.
4. Três tipos de pessoas

Em face desta verdade podemos observar que hoje há no mundo três


tipos de homem. O primeiro não quer saber de Deus, o segundo
está muito interessado em Deus. O terceiro vive para Deus. São
eles:

O incrédulo: não é necessariamente um ateu. É alguém que não tem


interesse em Deus. Qual é o seu problema? É que ele governa sua
própria vida. Controla todas as áreas de sua vida conforme a sua
Mensagens Evangelísticas 33

vontade e para seu próprio prazer. Tem o EU no centro de sua vida.


Ele vive para si mesmo.

O religioso: É muito diferente do incrédulo. Acredita em Deus, lê a


Bíblia, ora, canta, vai a reuniões, chama Jesus de Senhor, etc. Mas qual
o seu problema? O mesmo do incrédulo. Tem o EU no centro. Vive
para si mesmo. E Deus? Deus existe para abençoá-lo, curá-lo, serví-lo
e salvá-lo. É um quebra-galho. Está pior que o incrédulo porque está
vivendo em um grande engano religioso.

O discípulo: Não vive para si mesmo. Vive para Deus. Toda a sua vida
está estruturada em função da vontade de Deus. Jesus é o seu Senhor.
Este experimentou um verdadeiro arrependimento. Que diferença
entre um discípulo e um religioso! Que amor! Que prontidão! Que
docilidade! Como cresce e frutifica! Graças a Deus pela revelação do
seu reino.

O verdadeiro arrependimento tira o homem do centro e coloca


Jesus no centro de tudo.

Ver ainda: (Mt5.20; 6.25-34; 7.13; 7.21-23; 8.18-22; 9.9; 10.37-39;


11.28-30; 13.44,45; 16.24-25; 19.29; Lc 9.23-26; 9.57-62; 12.29-34;
14.25-33; 18.18-30; Jo 12.24-26; At 3.19; 17.30).
Mensagens Evangelísticas 34

A PORTA DO REINO II – BATISMO NAS ÁGUAS


Atos 2.38

Este é outro passo que está associado à porta do reino. Não é um


passo do caminho. Não é para depois de algum tempo de vida cristã.
Está na PORTA. Ao falar sobre arrependimento, precisamos esclarecer
a diferença entre o que a Bíblia ensina e alguns conceitos errados que
a igreja tem abraçado. Agora, ao falar sobre batismo, também
precisamos de esclarecimento, porque o batismo também está
carregado de conceitos humanos que retiraram do batismo a sua
tremenda importância e o rebaixarem a um plano inferior, afirmando
que não passa de um mero “símbolo” de nossa morte com Cristo, ou,
pior ainda, um simples testemunho público da nossa fé.

Mas o batismo é mais que isto. Está revestido de sentido e de


realidade espiritual. Isto é o que nos afirma Jesus e os apóstolos.
Vejamos o que as Escrituras nos ensinam:

I. A palavra de Jesus

Mt 28.18-20 - No texto de Mateus, Jesus colocou o batismo no início


da vida com Ele. Primeiro batizar e depois ensinar a guardar as
coisas que Ele ordenou. Não diz que é para primeiro ensinar e depois
batizar.

Mc 16.16 - Marcos é mais forte e muito claro; “Quem crer e for


batizado será salvo”. A igreja vive como se Jesus tivesse falado:
“Quem crer e for salvo, deve ser batizado”. Por que a maior parte
da igreja crê que o batismo não é tão importante para a salvação?
Será que Jesus estava entusiasmado e exagerou um pouco? Sabemos
que não.

II. A prática dos Apóstolos


Mensagens Evangelísticas 35

Em todo o livro de Atos encontramos nove casos de batismo.


Analisando todos estes casos nós podemos perceber um fato muito
significativo. É algo comum a todos eles: em todos os casos o batismo
foi imediatamente após receberem a palavra. Os apóstolos não
esperavam nem sequer um dia. Há alguns casos que são até estranhos.
Vejamos:

No pentecostes (At. 2.38,41): batizaram 3000 em um só dia. Por que


não foram batizados aos poucos? Por que não procuraram primeiro
conhecer toda aquela gente? (havia muitos que eram de outras
cidades).

Os samaritanos (At 8.12): o único requisito era dar crédito à palavra


do reino e ao nome de Jesus. Não era necessário passar por provas
nem necessitavam de meses de estudos bíblicos.

O etíope (At 8.36-38): Era um gentio. Filipe nem o conhecia. Talvez


por isso, havia uma pergunta: “há algo que impede que eu seja
batizado”? A resposta foi: “É lícito te batizares”. Novamente não
necessitava de uma escolinha para batismo.

Paulo (At 9.17,18; 22.13-16): Foi o caso que demorou três dias, mas
porque ele estava isolado e cego. Não havia quem o batizasse. Ainda
assim, quando Ananias foi até ele e perguntou: “Por que te demoras?”
(At. 22.16).

Cornélio e a família (At 10.44-48): Aqui eram muitos gentios que


Pedro não conhecia, mas ele mandou batizá-los imediatamente,
mesmo sabendo que os judeus em Jerusalém iriam estranhar e
questionar (Cap. 11).

Lídia e a família (At 16.13-15): Este caso é o mais interessante. O


verso 25 mostra que tudo começou por volta da meia noite quando
se sucederam uma série de acontecimentos (vs. 26-31). Depois Paulo
Mensagens Evangelísticas 36

e Silas pregaram para toda a família do carcereiro (vs. 32). A seguir o


carcereiro foi lavar os vergões dos açoites de Paulo e Silas, e então
foram batizados naquela mesma noite (vs. 33). Mas era madrugada!
Para que tanta pressa? Paulo não podia nem mesmo esperar o
amanhecer? O que os apóstolos viam de tão importante no batismo
para serem tão apressados em batizar? Certamente que para eles não
era apenas um símbolo. Tampouco era um testemunho público de fé
(em vários casos não havia público nenhum). Mas que era então?

Vejamos primeiro outros casos.

Crispo e outros (At 18.8): Novamente a única condição para ser


batizado era receber a palavra (criam e eram batizados). Os apóstolos
tinham uma só prática.

Os 12 efésios (At 19.4,5): Logo que foram ensinados sobre Jesus,


foram batizados.

Vimos então que a prática dos apóstolos era muito diferente do que
a igreja pratica hoje. Para eles, o batismo era algo tão importante, tão
fundamental e indispensável, que quando alguém recebia a palavra
era batizado imediatamente, não importando quem fosse. Nem que
horas eram. O que era o batismo para eles? Isto é que veremos no
próximo ponto:
III. O ensino dos Apóstolos

Há vários textos nas cartas dos apóstolos que nos dão indicações e
ensino sobre batismo. A maioria destes textos fala das realidades
espirituais que estão associadas ao batismo, sem dizer claramente o
que é o batismo. Mas o texto de Gálatas 3.27 lança uma luz sobre o
assunto:

Gl 3.27 “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo


vos revestiram”.
Mensagens Evangelísticas 37

Os apóstolos não viam apenas um batismo nas águas, mas um


batismo em Cristo. Era mais que um símbolo, porque aquele que se
batizava, pela fé era unido a Cristo, mergulhado em Cristo e revestido
de Cristo.

Alguém poderia perguntar: Mas o que nos une a Cristo não é a fé?
A resposta é sim. Mas o batismo foi a maneira que Jesus determinou
para esta fé se expressar e se consumar. A água do batismo não tem
nenhum poder em si mesmo. Se alguém não creu, nem se arrependeu
(ou também uma criança), entrar nesta água, não acontece nada. Mas
se alguém desce a estas águas com fé, pela fé é unido a Cristo Jesus.
Aleluia!

Muitos na igreja hoje pensam que há duas realidades separadas: uma


realidade espiritual interior e um sinal exterior que não passa de um
símbolo. Quando a pessoa crê, é unida a Cristo. Depois vem o batismo
como um símbolo do que já aconteceu. Por isso, demoram tanto para
batizar os novos. Mas os apóstolos não viam assim. Eles viam que
juntamente com o sinal exterior operava uma graça interior pela fé
daquele que era batizado. Por isso tinham tanta urgência. A igreja hoje
trocou o sinal exterior que Jesus estabeleceu por outros sinais como
“levantar a mão” e “ir à frente”.

Outro texto que também lança luz sobre o assunto é Rm 6.3. É


interessante notar que aqui Paulo fala de duas coisas: uma que os
romanos já sabiam e outra que talvez ignorassem. O que já sabiam?
Que haviam sido batizados em Cristo (esta é a essência do batismo).
O que eles ignoravam? Que como consequência, estavam mortos com
Cristo. (esta era uma das verdades associadas ao batismo).

Muitos têm ensinado que o batismo significa morte e ressurreição


com Cristo. Isto tem boa dose de verdade, mas confunde um pouco o
próprio batismo com as suas consequências.
Mensagens Evangelísticas 38

 O batismo é basicamente uma coisa: união com Cristo, Ser


mergulhado nele. A morte do velho homem e a ressurreição de
uma nova vida são, juntamente com outras coisas, a consequência
direta e imediata de sermos unidos a Ele.
Enumeramos abaixo todas as realidades espirituais que estão
diretamente associadas ao batismo.

1. A morte de Jesus é a nossa morte. Portanto, estamos mortos para


o pecado (Rm 6.3,4,6; Cl 2.12; 3.3), para o mundo (Gl 6.14) e para a lei
(Rm 7.4; Gl 2.19)

2. A sua ressurreição é a nossa nova vida para servirmos a Deus (Rm


6.4,8,11; 2Co 5.17; Ef 2.5,6; Cl 2.12).

3. Sua exaltação é a nossa vitória sobre todas as potestades (Ef


1.20-23; 2.6). Embora estes textos não se refiram ao batismo, é
evidente que a nossa posição nele nos confere tais privilégios. E foi no
batismo que fomos colocados nesta posição.

4. Somos lavados e purificados (At 22.16). Aqui caberia a pergunta:


Mas o que nos purifica do pecado é o batismo ou o sangue de Cristo?
Certamente é o sangue de Jesus. Mas quando? Quando somos
unidos a Ele pelo batismo.

5. Somos salvos (Mc 16.16; 1Pe 3.21)

6. Somos introduzidos no corpo de Cristo que é a igreja (1Co 12.13).


Quando estávamos no mundo éramos independentes de Deus e
independentes dos homens (ninguém tem o direito de se meter na
vida de ninguém). Agora, não nos tornamos apenas dependentes de
Deus, mas da sua igreja (submissão de uma aos outros).

Conclusão
Mensagens Evangelísticas 39

A PORTA DO REINO III– O DOM DO ESPÍRITO SANTO


Atos 2.38

Conhecer e experimentar a presença e o poder do Espírito Santo é um


dos grandes privilégios que Satanás e as barreiras humanas tem
tentado derrubar. O batismo no Espírito Santo é uma experiência
simples e é para todos os filhos de Deus, devendo ser encarado de
forma prática. Não adianta saber tudo sobre o Espírito Santo e não ter
uma experiência com ele.

O Espírito Santo - Nosso Deus, em quem nós cremos, é um Deus


Triuno, existe em três pessoas inseparáveis, o Pai, o Filho e o Espírito
Santo (2Co 13.13; Jd 1.20).

Muitas vezes nas Escrituras o Espírito Santo aparece representado por


um símbolo (fogo Lc 3.16, vento At 2.2, água, rio, chuva Jo 7.37-39,
óleo Zc 4.2-6, selo Ef 1.13, pomba Mt 3.16). Porém, o Espírito Santo
não é nenhum desses símbolos, apenas é representado por eles.

O Espírito Santo é uma pessoa - O Espírito Santo tem todas as


características de uma pessoa: Ele ama Rm 15.30; fala Ap 2.7; Hb 3.7;
ensina 1Co 2.13; se entristece Ef 4.30; auxilia 2Tm 1.14; intercede
por nós Rm 8.26-27; tem vontade própria 1Co 12.11; podemos ter
comunhão com ele 2Co 13.13.

O Espírito Santo no Antigo Testamento - O Espírito Santo está


presente na obra de Deus desde sempre até hoje. Só no A.T., aparece
em mais ou menos 88 citações. Eram manifestações fortes, repentinas
e sobrenaturais, capacitando uma pessoa para uma determinada
tarefa e depois o Espírito se retirava.
Mensagens Evangelísticas 40

Mas o Senhor prometeu que derramaria do Seu Espírito sobre toda a


carne, sobre todo o seu povo, dando a eles um novo coração e
finalmente vindo habitar dento de cada um (Joel 2.28-29).

A obra de Jesus e a promessa do Espírito Santo - Jesus enquanto


esteve em carne, ele não operava nem agia segundo a sua divindade,
tinha se esvaziado (Fp 2.6-8). O Verbo se fez carne, se fez homem, e
como homem dependia do Espírito Santo para pregar e curar, orar etc.
Tudo que Ele fez e ensinou foi pelo poder do Espírito Santo (At 10.38;
Lc 3.21-23; Lc 4.14-21). Depois que foi ungido, Ele Ele passa a operar
no poder e na força do Espírito Santo, curando, operando milagres e
fazendo discípulos.

Também Ele prometeu enviar esse mesmo Espírito sobre todos os que
cressem no seu nome (Jo 7.38-39; Jo 14.15-20).

Tendo Jesus dado sua vida por nós e ressuscitado, esteve com os
discípulos por um espaço de 40 dias. Nesse período, Ele ordenou aos
seus discípulos que esperassem em Jerusalém até que do alto fossem
revestidos do poder do Espírito Santo (Lc 24.44-49; At 1.3-8).

O cumprimento da promessa - Os discípulos, obedecendo sua


ordem, após a sua ascensão ao céu, aguardaram a promessa em
Jerusalém, até que aconteceu no dia de Pentecostes (At 2.1-6).
Quando as pessoas viram e ouviram o que estava acontecendo com
aqueles 120, correram para ver e perguntaram o que era aquilo, ao
que Pedro respondeu que era o cumprimento da promessa de Joel (Jl
2.28-29; At 2.14-21), acrescentando que a promessa seria para seus
ouvintes e para todos os que o Senhor haveria de chamar ao
arrependimento, determinando assim que seus ouvintes se
arrependessem para receber a mesma experiência (At 2.38).
Mensagens Evangelísticas 41

Essa promessa também se cumpriu em Samaria com os que iam se


convertendo (At 8.14-17); com Saulo de Tarso (At 9.17); com Cornélio
(At 10.44-47); com os discípulos de Éfeso (At 19.1-7).

Estes textos, junto com At 2.38, desfazem dois enganos muito comuns
na igreja:

1º engano: os grupos tradicionalistas costumam rejeitar a ideia


ensinada pelos grupos pentecostais, de que há uma experiência a
mais, além da conversão, chamada “batismo com o Espírito Santo”.
Para isso, se apoiam com razão em Atos 2.38, dizendo que se o
homem cumpre as duas condições (arrependimento e batismo), o
terceiro ingrediente (o dom do Espírito Santo) é dado
automaticamente pelo Senhor, visto que é uma promessa e Deus não
pode falhar. Afirmam, “todo aquele que creu e se batizou já tem o
dom do Espírito Santo, não necessita outra experiência”.

Entretanto, esta argumentação tropeça nos textos de At 8.14-17 e


19.1-7. Se assim fosse, como Paulo perguntaria aos discípulos de Éfeso
se haviam recebido o Espírito Santo quando creram? E como explicar
o fato de os samaritanos já batizados no nome de Jesus não terem
recebido o Espírito Santo?

2º engano: os grupos pentecostais apoiados nos textos acima


pregam corretamente que há uma experiência a mais. Entretanto,
geralmente acrescentam At 1.4 (esperassem a promessa), e falam da
“espera”, dando a entender que este dom deve ser esperado, buscado
e até suplicado. Este ensino vai para o outro extremo, porque ignora
que o dom do Espírito Santo já foi dado a todos os que creram (At
2.38-39), porque Jesus já foi glorificado (Jo 7.39).

Onde está o equilíbrio? Está em entender que por um lado o dom


do Espírito Santo já foi dado a todos os que creram, e que portanto,
Mensagens Evangelísticas 42

não necessitamos esperar nem buscar aquilo que Deus já nos deu.
Mas por outro lado, quando alguém se converte ao Senhor, deve ser
instruído a respeito deste dom, receber imposição de mãos e se
apossar da promessa de tal maneira que ele seja evidente, palpável e
consciente (At 2.4; 8.17-18; 10.44-47; 19.2,6). Não é uma busca e uma
espera, mas também não é algo automático e inconsciente.

Se não é automático por que dizemos que está na porta? Acontece


que não é automático, mas deve ser imediato. Não é necessário
esperar dias, meses ou anos. Faz parte da porta. É para ser
experimentado no inicio da nossa vida com Jesus. Na verdade, deveria
ser no mesmo dia em que nos batizamos em Cristo Jesus.

Ilustração: Alguém recebe uma caixa de presente no seu aniversário.


Ele não sabe que essa caixa contém três objetos. Pega os dois
primeiros, fica maravilhado e dá graças a Deus. Entretanto não vê o
terceiro objeto na caixa, e fecha colocando-a de lado. Depois começa
a orar a Deus pedindo justamente o objeto que está na caixa e ele não
sabe. Ou seja, já lhe foi dado o presente, mas ele não tomou posse,
não o recebeu por ignorância. Quando ele for devidamente
informado, então deveria abrira caixa e “receber” aquilo que “já lhe
fora dado”.

Na verdade, quando alguém crê no senhor e se batiza, recebe o


Espírito Santo. Mas esta é a habitação do Espírito. O Espírito vem
morar em seu interior. Todos os que crêem têm o Espírito Santo
habitando em seu interior. Nascem de novo (1Pe 1.23; Tg 1.18; Jo
3.36). Mas aqueles que já tem a habitação do Espírito Santo, agora
devem receber o revestimento de poder que é o dom do Espírito
Santo.

O que é o Batismo com o Espírito Santo? Este batismo é um dom,


um presente. Não é um prêmio. Um prêmio é dado para alguém que
Mensagens Evangelísticas 43

merece; um presente não tem nada a ver com merecimento. A virtude


é daquele que dá e não daquele que recebe.

Também é uma experiência definida e pessoal. Aquele que recebe fica


consciente disto (At 19.2). É um revestimento de poder (Lc 24.49). É a
capacitação para ser uma testemunha de Cristo (At 1.8).

O batismo com o Espírito Santo não é tudo. Não é um atestado de


maturidade. Isto explica porque muitas vezes encontramos irmãos
que pregam e ensinam com unção, ou outros que são usados com
manifestações de poder e de milagres, mas quando vamos conhece-
los na intimidade nos decepcionamos com suas vidas. Seu
relacionamento em casa com a esposa e filhos e na igreja com os
irmãos, não demonstra o caráter de Cristo.

O batismo com o Espírito não opera nenhuma mudança no caráter.


Isto requer um contínuo esvaziamento, uma contínua operação da
cruz de Cristo, um quebrantamento contínuo que vem pela aceitação
das determinações de Deus em nossas vidas, com louvor e ações de
graças (Ef 5.18-20). Já o batismo com o Espírito é uma capacitação
para fazer a obra (At 1.8).

Batismo com o Espírito Santo é a mesma coisa que ser cheio do


Espírito?

Duas palavras são usadas no texto bíblico para designar dois aspectos
da experiência com o Espírito.

“ficar cheio”, é uma experiência repentina e momentânea, mas não


uma continuidade. É dada para cumprir um determinado trabalho. É
revestido de poder para testemunhar, para profetizar, para fazer a
obra de Deus.
Mensagens Evangelísticas 44

“ser cheio”, aqui não é como uma experiência do momento, e sim


uma continuidade. Não está relacionada com uma obra a fazer mas
sim com a vida.

A primeira idéia tem a ver com o ser enchido de fora para dentro; a
outra, dá a entender um enchimento de dentro para fora.

A primeira é um derramamento, a segunda é um transbordamento.

A 1ª nos dá poder, a segunda nos enche de vida.

A 1ª é para testemunhar falando de Cristo, a segunda é para mostrar


o caráter de Cristo.

A 1ª nos capacita para manifestar os dons do Espírito Santo descritos


em 1Co 12.7-11, a segunda nos capacita para manifestar o fruto do
Espírito (Gl 5.22,23).

A 1ª é uma experiência definida. A segunda é um processo de


crescimento.

A maior diferença é que a primeira se recebe na porta, sem nenhuma


condição além do arrependimento e batismo, e a segunda requer um
contínuo esvaziamento, uma contínua operação da cruz de Cristo, um
quebrantamento contínuo que vem pela aceitação das determinações
de Deus em nossas vidas com louvor e ações de graças (Ef 5.18-20)

Como receber o batismo com o Espírito Santo?

1º - ouvir com fé e crer na promessa de Deus (Gl 3.2,14)

2º - Pedir com fé (Lc 11.9-13; Mc 11.24; Tg 1.6,7)

3º - Depois de pedir, não é para ficar esperando, mas é para receber


o dom dando graças, louvando e falando em línguas.
Mensagens Evangelísticas 45

A PORTA ESTREITA
Lucas 13.23,24

O evangelho de Cristo não foi oferecido para debate ou discussão, e


sim para a nossa aceitação e fé. Ele não busca a nossa aprovação, mas
exige nossa obediência. Ao invés de responder à pergunta do homem,
Jesus lhe disse o que fazer. Ele não dirigia debates mas dava
instruções. Se realmente levamos a sério a questão da salvação, ao
invés de dissertarmos a respeito apenas para demonstrar a nossa
brilhante intelectualidade – nosso dever não é expressar nossas
próprias opiniões e idéias, mas discernir o que Deus pensa.

Vamos examinar esta palavra “porfiar” e considerar exatamente o que


ela significa. O importante para todos vocês que desejam a salvação e
estão preocupados a respeito – o importante é que vocês
compreendam exatamente o que a salvação significa, e então, com
persistência e constância, com diligencia e seriedade, com esforço e
propósito, lutem para alcançá-la.

I. Há uma voz chamando os homens à entrar pela porta da


salvação

- Nada é mais comum para homens e mulheres, quando Deus assim


fala com eles, e sentem a convicção do Espírito Santo, do que fazer
todo possível para se livrarem dos sentimentos perturbadores e
dolorosos que surgem como resultado.

- Há muitas pessoas que como Saul, rei de Israel, se cercam de


harpistas quando estão angustiados e atormentados em sua alma,
mas tão logo se sintam aliviados, voltam para a sua vida de pecado e
corrupção. O som da harpa de Davi pode lhes trazer alívio, mas não
remove a mancha do seu pecado, e não transforma sua vida (1Sm
16.23).
Mensagens Evangelísticas 46

- O som da harpa pode talvez abafar a voz de Deus (a voz da


consciência) aos ouvidos, mas não pode impedir o seu julgamento.

- Muitas pessoas recorrem à harpa para sufocar a voz da própria


consciência e o diabo se aproveita para tornar o seu som ainda mais
aprazível a fim de enganar o coração orgulhoso e manter o homem
em seus pecados e longe de Deus.

II. A porta está aberta a todos aqueles que entendem a urgente


necessidade de salvação

III. Nem todos conseguirão entrar pela porta, por que?

IV. Há muitos que admiram a porta, assentam-se à sua entrada,


mas não entram por ela

V. A porta da arca de Noé ficou aberta por 100 anos, mas a


geração do seu tempo não quis entrar pela porta e pereceram, por
que?

Cuidado com o adiamento da sua salvação.


Mensagens Evangelísticas 47

A PREVISIBILIDADE HUMANA E SUA INCAPACIDADE MORAL


Josué 24.14-24; Jeremias 17.9-10

A palavra desencorajadora de Josué parece desconcertante e


incoerente, pois temos a prática motivadora de convidar as pessoas a
“servirem” a Deus. Fazemos convites eloqüentes e desafios
emocionados, levando as pessoas a uma decisão pelo Senhor para
servi-lo. Então, vem Josué e usa essa palavra desconcertante: “não
podereis servir ao Senhor”. Nada poderia ser tão desanimador e
desencorajador do que estas palavras. Mas qual será o seu verdadeiro
significado? Por que Josué usou tais palavras? Estava ele querendo
afastar o povo de Israel do Senhor? Como seria Josué visto em nossos
dias de grande mobilização evangelística e missionária para levar todo
o mundo a servir ao Senhor?

I. Josué está falando com base no conhecimento que ele próprio


tinha da natureza inconstante do Israel

a) Josué peregrinou durante 40 anos pelo deserto com o povo de


Israel e isso lhe permitiu observar a conduta pecaminosa do povo em
cada situação

- Todas as vezes que murmuraram contra Deus, revelando um coração


murmurador

- Tinha um coração rebelde (Dt 9.24)

- Não creram que o Senhor os poderia introduzir na terra de Canaã


(Nm 13.25-33

- Se corromperam com o bezerro de ouro

- Se prostituíram em Baal Peor


Mensagens Evangelísticas 48

II. Eles tinham um coração obstinado e inclinado a desobediência


e disso Deus sabia (Dt 5.23-29)

- Embora suas palavras fossem de temor e reverência, suas ações


foram de rebeldia, incredulidade e infidelidade;

- A ingratidão seria uma característica indelével da conduta de Israel


(Dt 8.11-20)

- Deus conhecia a conduta pecaminosa de Israel, que não lhe conferia


mérito algum para conquistas (Dt 9.4-6);

- A base sobre a qual Deus estabeleceu sua aliança com Israel foi o
compromisso feito a Abraão, Isaque e Jacó (9.5)

III. Há em nós porventura um coração semelhante ao de Israel?

- O homem não regenerado não pode servir a Deus – não se trata de


incapacidade física, mas moral, sua natureza decaída

- A lei de Deus é perfeita; quem pode ter a esperança de cumpri-la?


Se um simples olhar pode cometer adultério, quem observará a lei em
todos os pontos (Mt 5.28)

- A mente carnal é inclinada para a vontade própria, para a busca dos


seus próprios interesses, ou seja, luxúria, o egoísmo, a inimizade, o
orgulho e todos os demais males (Rm 8.7)

- Não foi também Pedro que fez uma afirmação semelhante a Israel?
(Lc 22.31-34)

IV. Essa verdade nos desencoraja para as seguintes ações:

1. Confiar na justiça própria, rejeitando a misericórdia e a graça de


Deus
Mensagens Evangelísticas 49

2. Confiar nas cerimônias ou em qualquer outra religiosidade exterior,


uma vez que são insuficientes (Hb 10.11)

A existência do pecado em nós amarra-nos a certas conseqüências,


das quais não temos condições de fugir.

O homem não pode ser salvo por obediência perfeita, pois não pode
realizá-la; não pode ser salvo por obediência imperfeita, pois Deus não
a aceitará (evangelista inglês)
Mensagens Evangelísticas 50

A REALIDADE DO INFERNO
Mateus 5.29

Ao contrário do que muitos pensam, Jesus em seu ministério terreno


falou muito a respeito do inferno como sendo uma realidade
inquestionável, citada 162 vezes no N.T. 60 citadas por Jesus. Em uma
simples definição inferno significa: “lugar destinado ao suplício das
almas dos perdidos”. Há, porém, quatro palavras traduzidas inferno
em algumas versões da Bíblia:

Sheol – hb. mundo dos mortos (Dt 32.22; 2Sm 22.6; Sl 9.17; Pv 5.5;
9.18; 23.14; 27.20)

Hades – gr. Corresponde a sheol, o lugar das almas que partiram deste
mundo (Mt 11.23; Mt 16.18; Lc 16.23; Ap 1.18)

Gehena – termo usado para designar um lugar de suplício eterno (Mt


5.22, 29, 30; 10.28; 18.9; 23.15, 33; Lc 12.5; Tg 3.6)

Tartaroo - derivado de tártaros, o mais profundo abismo do hades.


Tartaroo quer dizer, encarcerar no suplício eterno; precipitar no
inferno (2Pe 2.4; Dn 12.2 – vergonha, horror eternos; o fogo eterno Mt
25.46; eterna destruição 2Ts 1.9; o juízo eterno Hb 6.2; o seu fim é ser
queimado Hb.6.8; em algemas eternas Jd 6; fogo eterno Jd 7; fogo e
enxofre Ap 14.10; 20.10; 21.8; a fumaça do seu tormento sobe pelos
séculos dos séculos Ap 14.11; lago de fogo Ap 19.20; 20.14,15; a
segunda morte Ap 20.14.

I. Quem criou o inferno e onde ele fica?

Deus criou o inferno para prisão e punição do diabo e seus anjos


malignos (Mt 25.41);
Mensagens Evangelísticas 51

Segundo a bíblia nas profundezas da terra (Sl 63.9; Ef 4.9; Nm 16.28-


33; Jó 38.17; Pv 15.24; Mt 12.40; At 2.31; Rm 10.7)

II. Qual o propósito da criação do inferno?

Para punir e banir o mal para sempre

III. Quem serão os habitantes eternos do inferno?

Satanás, os anjos caídos e todos os ímpios que rejeitaram a Deus e ao


seu Cristo (Pv 27.20; Mt 25.41; Ap 20.10-15)

IV. O que fazer para não ir para lá?

Arrepender-se dos seus pecados – crer em Jesus como único salvador


– obedecer ao evangelho – servir a Deus
Mensagens Evangelísticas 52

A SALVAÇÃO DA ALMA
I Tessalonicenses 5:23; Mateus 16:24- 28

I Co 5:5 - este texto fala da salvação do espírito. Rm 8:23 - este texto


diz respeito a salvação do corpo. No entanto vamos examinar o que
pertence a salvação da alma. O que significa a salvação da alma? É o
que vamos examinar.

Deus coloca diante do pecador o céu ou o inferno para que ele


escolha. Deus também coloca o reino e o mundo diante do cristão
para que ele escolha. Escolhemos o reino ou o mundo? Quão triste é
que o pecador goste de escolher o céu, ao passo que um grande
número de cristãos prefere ter o mundo! Muitos de nós pensamos que
ser salvo é suficiente; no entanto vamos perceber que depois que
nascemos de novo Deus coloca o futuro reino diante de nós para
escolhermos.

Aquele que está satisfeito agora perderá a satisfação na glória e não


desfrutará mais. Quão intimamente enlaçada está a nossa alma ao
mundo! Amar a alma neste mundo é gratificar-se a si mesmo neste
mundo (Rm 13.14). Comer e se vestir bem, ter muitos amigos e fãs, e
gozar de fama e louvores entre homens - tudo é desejável mas fazem
alentar a alma! No entanto aquele que alenta sua alma agora a
perderá no reino.

Perder a alma não é ir para o inferno fazendo com que a alma sofra
mas é não poder reinar com o Senhor (Ap 2.26-27). No entanto aquele
que tiver ganhado sua alma neste mundo perderá sua alma neste
aspecto durante a era do reino. Todo aquele que está satisfeito nesta
era, que tem sua alma satisfeita agora - não terá nada no reino. Aquele
que odeia sua própria alma nesta era, que não permite que sua alma
seja satisfeita e gratificada nesta era mas ao invés disto vira as costas
Mensagens Evangelísticas 53

para o mundo e volta a sua face para Deus, ganhará sua alma no reino.
Para se ganhar no futuro, se deve perder alguma coisa hoje (Mt 10.39;
Mc 8.34-36; Lc 9.23-24).

Quando o Filho de Deus estava na terra, a cruz era a única coisa que
ele tinha como propriedade; todo o resto Ele tomou emprestado. A
manjedoura era emprestada, a moradia era emprestada, o asno sobre
o qual ele entrou em Jerusalém era emprestado, a sala onde Ele comeu
a páscoa era emprestada, e finalmente o túmulo no qual ele foi
sepultado era emprestado. Todas as coisas no mundo exceto a cruz
era tomado emprestado pelo Senhor. Entretanto como somos muito
diferentes dEle!

Todo aquele que vence o pecado entra no céu e todo aquele que
vence o mundo entra no reino. Deus nos chama para abandonarmos
o mundo e buscar o reino, odiar a nossa própria vida e amar o reino.

Hb 11:13-16. Aqui nos é dito que tipo de fé é esta. É crer que Deus
tem preparado uma cidade no reino para eles (Fp 3.20), é crer que
neste mundo eles são nada mais que estrangeiros e peregrinos, é crer
que sua pátria não está neste mundo, e é crer que sua herança esta
no futuro e não nesta presente era. Esta cidade fortificada nunca cairá.
Os justos crêem neste fato dia a dia, e eles dia a dia vivem por esta fé.
E fazendo assim, a alma está sendo salva por esta fé. Que pena que
muitos crentes se esquecem que eles são somente estrangeiros e
peregrinos nesta era! 1 Pd 1:3-9; 2.11; João 12:25

O que significa amar nossa alma? É satisfazer todos os nossos


desejos e agradar todas as nossas paixões. Se o Senhor, por exemplo,
nos chama para deixar de fazer uma certa coisa, precisamos pôr de
lado a nós mesmos e então obedecer ao Senhor. Todas as vezes que
o obedecemos, devemos nos pôr de lado. Não teremos sucesso em
buscar obedecer a vontade do Senhor se amamos nossas próprias
Mensagens Evangelísticas 54

almas. Como um exemplo a mais, o Senhor poderia querer que


abandonássemos esta coisa ou aquela pessoa que carinhosamente
amamos. Continuaríamos a segui-Lo se amássemos nossas almas?
Quão freqüentemente somos apegados a uma pessoa ou a uma coisa
a ou uma questão. Muitos são cercados por amigos; eles recusam
deixar suas almas caminharem insatisfeitas.

Porque é tão duro para o homem não amar sua própria alma?
Porque por não amar sua alma, ele deliberadamente a faz sofrer. Amar
sua alma é não deixá-la sofrer. No entanto por amá-la, a pessoa
invariavelmente a perderá. Porque ela já terá cedido para sua alma os
excessivos desejos e paixões.

Quando a alma sofrerá perda? No tempo em que o Senhor


estabelecer o reino. Qualquer um que amar sua alma nesta era não
estará apto para desfrutar da glória com o Senhor no tempo futuro.
Cremos que tanto a possessão da vida eterna bem como a entrada no
céu são assuntos certos e positivos. Mas com relação ao assunto do
reinar no reino milenar e experimentar futuro desfrute na alma - isto
requer que não amemos nossas almas hoje.

A multidão dos que são apenas salvos entrará no céu no futuro, no


entanto eles poderão não estar aptos para entrar no reino de Deus.
Mas para aqueles que sofreram na terra e abandonaram alguma coisa
por amor a Cristo, estes receberão muito mais naquele dia mais alto
louvor, e grande glória (Mt 19.27-30). Possamos cada um de nós sofrer
por Cristo, para que coroas possam ser colocadas em nossas cabeças
naquele dia. Mas para que isto aconteça, nossa alma precisa ser salva.
Vamos ser mais pobres, vamos ser feridos, vamos sofrer mais e
abandonar todas as coisas por amor ao Senhor. Que Deus possa nos
abençoar.
Mensagens Evangelísticas 55

A TERRIVEL NATUREZA DO PECADO E SUA CURA


2Sm 12.13

Como explicar a conduta imoral de Davi? Como uma pessoa como


Davi foi capaz de cometer um ato tão hediondo e repugnante,
contrariamente a tudo o que acreditava e defendia? Seria mera
fraqueza, falta de conhecimento, esquecimento de tudo que havia
aprendido? Seria carência afetiva ou crise conjugal?

Não. É algo profundamente grave e tem um poder extraordinário – e


pior, está em mim e em você.

Nem sempre se manifesta da mesma forma, entretanto, tem a mesma


natureza – o pecado.

Quantos de nós não lamentamos nossos fracassos morais em nossa


experiência pessoal? Conflitos intensos e constantes no interior da
alma. Você teria coragem de declará-los em público? Gostaria que
todo o mundo soubesse?

Com base na história do pecado de Davi com Bate Seba vamos


analisar a terrível natureza do pecado e sua cura divina.

I. Longe de ser uma fraqueza ou negação, é uma força


extraordinariamente poderosa e capaz de nos cegar; uma força
que consegue derrotar até a natureza humana mais forte

- Ela é capaz de nos levar a varrer para um lado todos os outros


interesses e considerações nobres por um tempo (2Sm 11.18-21).

- Sob a pressão do pecado, as coisas mais importantes (família, amor,


respeito, dignidade, justiça, e até o próprio Deus), ficam
completamente sem importância.
Mensagens Evangelísticas 56

- É uma paixão consumidora e devastadora (Davi queria saber apenas


de uma coisa – a morte de Urias, ignorando todos os outros assuntos
importantes da batalha).

- Observemos a maneira como os homens arriscam sua reputação, seu


caráter, sua honra, sua dignidade, e às vezes, até a sua própria vida e
saúde para satisfazer um desejo (o pecado de Amnon 2Sm 13.1-15;
Tg 1.14,15).

- O pecado paralisa nosso melhor juízo. É uma batalha entre a


consciência e essa força, este poder terrível, ele na maioria das vezes
prevalece (Rm 7.15-20).

- Conhecer o certo e o errado não nos preserva do pecado, pelo


contrário, traz a consciência dele, não sua cura (Rm 3.20; 7.7-11).

II. O pecado é completamente indefensável e merece punição (Gn


2.15-17; 3.8)

- Porque o próprio homem condena o pecado e admite que merece a


mais severa punição (2Sm 12.1-7b)

- O instinto de autodefesa e autopreservação são dois elementos da


alma que se levantam para nos defender. Mas Deus, sabiamente
quebrou essa base na vida de Davi (Rm 2.15).

- O próprio Deus que tem o direito e o poder diz o mesmo sobre a


natureza repugnante do pecado (2Sm 11.27). A Bíblia revela-nos que
Deus é santo e odeia o pecado (Is 59.1,2). Sua ira abrasadora se levanta
contra ele, e Ele declarou que não tem desculpa para o pecado (Ec
7.29).

A alma (vida) é um dom de Deus aos homens; o propósito não é que


a usemos para a nossa gratificação pessoal, mas para a sua glória. Ele
nos deu esse tesouro para que o guardemos e o preservemos, para
Mensagens Evangelísticas 57

que o manejemos de modo apropriado e desejado por Ele, e para que,


no fim prestemos contas a Ele da nossa mordomia (Ec 12.13,14; 2Co
5.10).

Ninguém tem o direito de viver como quer e manejar a imagem de


Deus como lhe apraz. Que é que você tem feito com seu corpo? (1Co
6.20).

Deus em Cristo nos oferece uma nova vida de poder e de vitória sobre
o pecado, uma vida de real felicidade, paz e alegria (Jo 8.34, 36)

II. Todos nós temos roubado a Deus, todos pecamos, todos temos
desprezado a voz divina e rejeitado sua oferta. Mas Deus na sua
misericórdia nos perdoa e nos cura quando nos arrependemos (Is
53.4-6)
Mensagens Evangelísticas 58

ARREPENDIMENTO E CONFISSÃO
Salmo 51

O primeiro passo no arrependimento - É convicção do pecado, ou


seja, é a confissão de nossa pecaminosidade.

O primeiro passo é que o homem tem que reconhecer e confessar sua


pecaminosidade.

Aqui, então, constatamos os passos e os estágios através dos quais


um homem inevitavelmente passa quando se torna convencido e
convicto do seu pecado. Eu simplesmente quero enumerá-los e
sublinhá-los.

O primeiro passo é este: o homem chega ao conhecimento e


reconhecimento do fato de que ele tem cometido pecado. (Sl 51.3)

Esse é sempre o primeiro passo. Devemos parar e pensar, devemos


parar por um momento e examinar-nos de frente, encarar a vida que
temos vivido, o que fizemos, e o que estamos fazendo. Reconheço que
isso é muito desagradável, e as pessoas não gostam de um evangelho
que diz coisas como essas. No entanto, se queremos conhecer a
salvação de Deus, temos que nos arrepender, e o primeiro passo é a
convicção de pecado, e a maneira inicial para alguém se tornar
convicto de pecado é parar e olhar para si mesmo.

“Amigo, você tem encarado a si mesmo?” Esqueça as outras pessoas.


Levante um espelho diante de si mesmo, olhe através dele para a sua
vida, olhe para as coisas que você tem pensado, feito e dito, olhe para
o tipo de vida que você tem levado. Está satisfeito com ela?

Segundo passo. O segundo passo é um reconhecimento exato do


caráter ou natureza do que nós temos feito.
Mensagens Evangelísticas 59

Isso é perfeitamente colocado aqui em três palavras. A primeira é a


palavra “transgressão”, a segunda é “iniqüidade”, e “pecado” é a
terceira. Agora, deixem-me dizer um pouco sobre essas três palavras.

Transgressão Significa rebelião, significa a revolta da vontade contra


a autoridade, e especialmente contra uma pessoa de autoridade.

Transgressão implica num desejo de fazer a própria vontade, um


desejo de fazer o que queremos fazer, o que nós gostamos de fazer.
Isso envolve uma escolha deliberada, envolve um ato de contestação
ativa. Sempre significa que fazemos alguma coisa que nossa própria
consciência nos diz ser errada. Isso é um ato voluntário e deliberado
de desobediência, uma violação de autoridade — esse é o significado
de transgressão.

Iniqüidade significa perversão, e isso foi óbvio no caso de Davi. “Lava-


me completamente da minha iniqüidade! — a coisa impura, esse ato
terrível.

Pecado significa errar o alvo, e essa é uma maneira muito boa de


defini-lo. O pensamento que ele transmite é este: que não estamos
vivendo conforme deveríamos viver.

O passo número três é que o homem reconhece e confessa que


tudo isso é feito contra Deus e diante de Deus.(v. 4)

O próximo passo é que o homem descobri que não tem


absolutamente nenhuma desculpa, nenhum direito. 4

O último passo é que o homem percebe e reconhece que sua


natureza é essencialmente má 5

O último passo é o que Paulo descreveu no sétimo capítulo da Epístola


aos Romanos: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não
Mensagens Evangelísticas 60

habita bem algum... Miserável homem que eu sou! quem me livrará


do corpo desta morte?” (versículos 18 e 24).
Mensagens Evangelísticas 61

ATÉ QUE PONTO ALGUÉM PRECISA SER BOM PARA SER ACEITO
POR DEUS?
Mateus 5.17-20

Os fariseus eram um grupo religioso que se originou dois séculos


antes de Cristo. Eles eram líderes de um movimento para trazer o povo
de volta a uma submissão estrita à palavra de Deus e eram
considerados geralmente como os servos mais espirituais e devotos
de Deus. A oposição vigorosa de Jesus contra eles deixava muitos
perplexos. A maioria das pessoas daquele tempo pensava que se
alguém fosse fiel ao Senhor, certamente seriam os fariseus. O Senhor
decididamente inverteu os valores do mundo (Lucas 16:15). Se Jesus
fosse retornar hoje, a quem ele se oporia? Seriam aqueles a quem
respeitamos bastante? Ele nos atacaria como criticava os fariseus?
Precisamos pesar as razões por que Jesus os repreendia e então olhar
cuidadosamente para nossas próprias vidas (Mateus 5:20; 16:6,12).

Os fariseus tinham a lei nas mãos. Conheciam a santidade divina ali


revelada. Conheciam as exigências divinas no tocante à conduta dos
justos, mas admitiam não poder atingir esse padrão. Portanto,
imaginaram um sistema que, em essência, burlava as exigências da lei,
possibilitando aos homens atingir um conjunto de padrões
substitutivos. Diziam os fariseus que se alguém vivesse segundo a
interpretação que eles davam à lei, seria aceitável a Deus.

Eles codificaram as Escrituras em 365 proibições e 248 mandamentos,


e ensinavam que aqueles que observassem esses mandamentos,
seriam aceitáveis aos olhos de Deus. Todavia, todos esses
mandamentos relacionavam-se com a conduta exterior.
Interpretavam a lei de Deus para aplicá-la somente aos atos exteriores
e nunca aos pensamentos que os geravam. Diziam ser errado
assassinar, mas nada diziam sobre o ódio que produz o homicídio.
Mensagens Evangelísticas 62

Diziam ser errado cometer adultério, mas nada sobre a luxúria que
causa o adultério. Diziam ser errado furtar, mas nada diziam sobre a
cobiça que leva o homem ao furto. Enquanto a pessoa não fosse
apanhada em algum delito, ela seria justa aos olhos dos fariseus.

A nação gemia sob a tradição dos fariseus e não se julgava à altura


nem mesmo da interpretação que eles davam à lei. O povo buscava
alguém que o livrasse do peso do sistema farisaico. Apegando-se às
palavras de Cristo, esperavam que ele os livrasse da responsabilidade
de estarem à altura das tradições farisaicas e das invioláveis demandas
da lei, e assim Deus os aceitasse como eram.

Vemos este conflito com muita clareza em Marcos 7.7 onde o Senhor
adverte os discípulos contra a doutrina dos fariseus. O farisaísmo
originou-se dos homens e não de Deus, (Mc 7.8-9).

Jesus mostrou que o sistema dos fariseus é contrário à Palavra de


Deus. E deu um exemplo específico (Mc 7.10-13). Segundo a lei de
Moisés, quando o pai ou a mãe envelhecia e adoecia, não podendo
prover para seu próprio sustento, cabia aos filhos a responsabilidade
de sustentá-los. Era uma responsabilidade de origem divina. O
sustento dos pais custava dinheiro. Os fariseus, amantes do dinheiro,
não desejavam contribuir para o sustento dos pais segundo suas
necessidades, como exigia a lei; daí que o farisaísmo inventou um
meio de burlar a lei.

A lei dizia que algo consagrado a Deus não podia ser usado para fins
seculares. Um jarro ou vaso, consagrado ao serviço do Senhor no
tabernáculo, vencida a fase de sua utilidade, não poderia ser usado no
lar. Tinha de ser destruído porque era de Deus. Um animal oferecido
como sacrifício a Deus devia ser amarrado com cordas às pontas do
altar e não poderia voltar ao rebanho. Era de Deus. Os fariseus
inventaram, pois, uma fórmula pela qual pronunciavam a palavra
Mensagens Evangelísticas 63

Corbã, que significa "um presente" ou "consagrado a Deus". Diziam,


assim, que tudo quanto possuíam era de Deus, e não tinham o direito
de usá-lo.

Ouvindo uma batida à porta e vendo o filho que se tratava de seu pai
indigente em busca de auxílio, já sabia que teria de separar-se de
algumas coisas tão queridas. Ao dirigir-se à porta, ele diria "Corbã",
tudo está consagrado a Deus. Abriria a porta, veria o pai, abraçá-lo-ia,
reafirmar-lhe-ia seu amor filial, e o traria para dentro da casa. Sem
dúvida, perguntaria: "Papai, que posso fazer pelo senhor?"

Diria o pai: "Filho, sua mãe e eu estamos sem nada. Não temos com
que comprar alimento, e lhe pedimos que cumpra sua
responsabilidade filial para conosco."

Com lágrimas de crocodilo o filho diria: "Oh, se eu soubesse... Acabo


de consagrar a Deus tudo o que tenho, e o senhor sabe que a lei não
me permite retomar de Deus aquilo que lhe consagrei." E o pai iria
embora com sua necessidade.

Os fariseus aprovavam este comportamento. Um pai podia deixar a


casa do filho para morrer de fome; o filho podia reter o que era seu,
contando com a bênção farisaica. Para eles, isso era justiça. O Senhor
mostrou que mediante essa prática haviam burlado a lei de Deus e
ainda chamavam a isso de justiça.

1. Cristo e a lei (vs. 17,18). Ele veio não para revogar a lei e os
profetas, deixando-os de lado ou anulando-os, nem tampouco para
endossá-los de maneira estéril e literal, mas para cumpri-los.

O verbo traduzido por "cumprir" significa literalmente "encher" e


indica, que "as palavras de Cristo não eram uma revogação daquelas
primeiras, mas uma exposição e o cumprimento delas".
Mensagens Evangelísticas 64

Primeiro, o V.T. contém ensinamento doutrinário. "Tora",


geralmente traduzido por "lei", significa, na verdade, "instrução
revelada"; e o V.T. realmente instrui-nos sobre Deus, sobre o homem,
sobre a salvação, etc. Todas as grandes doutrinas bíblicas se
encontram nele. Mas, ainda assim, foi apenas uma revelação parcial.
Jesus o "cumpriu" todo, no sentido de completá-lo com a sua pessoa,
seus ensinamentos e sua obra.

Segundo, o V.T. contém profecia preditiva. Grande parte dela


contempla o dia do Messias, profetizando-o por meio de palavras ou
apresentando-o em figuras e tipos. Mas não passa de previsões. Jesus
a "cumpriu" integralmente, no sentido de que o predito aconteceu
com ele. A primeira declaração do seu ministério público foi: "O tempo
está cumprido..." (Mc 1:14). Várias vezes é declarado que as Escrituras
deram testemunho dele (Mt 1.22; 2.15, 23; 4.14; 8.17; 12.17; 13.35; 21.4;
26.56; Lc 24.44; Jo 13.18)

Terceiro, o V.T. contém preceitos éticos, ou a lei moral de Deus. Mas


eles são freqüentemente mal interpretados e até mesmo
desobedecidos. Jesus os "cumpriu", em primeiro lugar, obedecendo-
os, pois ele "nasceu sob a lei" e estava determinado a "cumprir toda a
justiça" (Gl 4.4; Mt 3.15). Ele fez mais do que obedecê-los
pessoalmente; ele explica o que a obediência implicará para os seus
discípulos. Ele rejeita a interpretação superficial da lei pelos escribas e
fornece a verdadeira interpretação. O seu propósito não é mudar a lei,
muito menos anulá-la, mas "revelar toda a profundidade do
significado que pretendia conter". Portanto, ele a cumpre, anunciando
as exigências radicais da justiça de Deus".

O apóstolo Paulo ensinou esta mesma verdade com muita clareza. Sua
declaração de que Cristo é "o fim da lei" (Rm 10.4), não significa que
agora estamos livres para desobedecê-la (Rm 8.4), mas justamente o
Mensagens Evangelísticas 65

oposto. Significa, antes, que a aceitação de Deus não é através da


obediência à lei, mas através da fé em Cristo, e a própria lei dá
testemunho destas boas novas.

2. O cristão e a lei (vs. 19,20)

A justiça do cristão ultrapassa de longe a justiça dos fariseus, em


espécie mais do que em grau. Não é uma questão de os cristãos
conseguirem obedecer a 248 mandamentos enquanto os melhores
fariseus só conseguiram fazer 230 pontos. A justiça do cristão é maior
do que a justiça dos fariseus porque é mais profunda, porque é uma
justiça do coração. A preocupação de Jesus era pela "moralidade pro-
funda". Os fariseus contentavam-se com uma obediência externa e
formal, uma conformidade rígida à letra da lei; Jesus ensina-nos que
as exigências de Deus são muito mais radicais do que isto. A justiça
que lhe agrada é uma justiça interna, de mente e de motivação, pois
"o Senhor vê o coração" (1Sm 16.7; Lc 16.15). Era uma nova justiça de
coração, que os profetas tinham previsto como uma das bênçãos da
dispensação messiânica (Jr 31:33; Ez 36.27).

Jesus era ainda mais radical, pois se os essênios pediam "cada vez mais
obediência", ele pedia "obediência cada vez mais profunda". Portanto
é esta obediência profunda, que é a justiça do coração e que só é
possível naqueles em quem o Espírito Santo operou a regeneração e
nos quais agora habita. É por isso que a entrada no reino de Deus é
impossível sem uma justiça maior (isto é, mais profunda) do que a dos
fariseus. É porque tal justiça é evidência do novo nascimento, e
ninguém entra no reino sem ter nascido de novo (Jo 3.3,5).

Os discípulos cristãos têm de seguir a Cristo, não aos fariseus. Não


temos liberdade de tentar rebaixar os padrões da lei para torná-la
mais fácil de obedecer. Essa era a casuística dos fariseus, não dos
cristãos. A justiça cristã tem de exceder à justiça dos fariseus.
Mensagens Evangelísticas 66

ATRAINDO O OLHAR DE JESUS


Lucas 17.11-19

Todos aqueles 10 leprosos tinham algo em comum: a necessidade de


cura do corpo e a reintegração social – principio essencial de
pertencer, de ser aceito e valorizado como pessoa. Todos padeciam
de um mal comum entre eles – a lepra, uma praga infecciosa crônica
produzida por um bacilo chamado bacilo de Hansen. Era um mal
físico-emocional que atingia a vida social do indivíduo que por sua
vez criou um outro grupo social distinto - o grupo dos leprosos.
Sentiram a necessidade de se unirem para terem aquilo que a
sociedade da época não podia lhes assegurar – calor humano, afeição
e aceitação. Mas o que os levou a clamar a Jesus pedindo ajuda? Por
que Jesus os curou? Como podemos obter a atenção e a cura do
mestre em nossa vida?

I. Sabiam que aquele não era o tipo de vida para o qual haviam
sido destinados

- Aquela vida impunha várias restrições

- Não eram vistos com bons olhos

- Em algum momento de suas vidas haviam gozado de liberdade e


aceitação

II. Quando surgir a oportunidade, agarre-a

- Quando viram que Jesus passava por ali imediatamente começaram


a clamar

- Talvez nunca mais Jesus passasse por ali

- Saíram da acomodação e foram ao encontro de Jesus


Mensagens Evangelísticas 67

III. Reconheça a gravidade do seu mal e impossibilidade de


aproximar-se de Deus (Is 59.1,2)

- Eles sabiam que não podiam chegar perto de Jesus por causa de sua
lepra, mas o seu clamor podia ser ouvido

- Sabiam que eram imundos e impuros

IV. Decida correr riscos se quiser a sua vida mudada

- Eles sabiam que aquela atitude poderia expo-los ao ridículo e ser


motivo de chacota

- Além de leprosos loucos gritadores

- A fé verdadeira exige riscos e eles sabiam que era tudo ou nada

- Se você quer uma mudança radical em sua vida, tem que ter uma
atitude radical

V. Tenha tanta fé que seja capaz de agir conforme o que Jesus diz,
mesmo antes de ver qualquer evidência positiva

- Eles obedeceram a ordem de Jesus, e após irem ao sacerdote foi que


ficaram limpos

- Dê passos de fé com Cristo, que se tornarão passos de vitória

- Após alcançar a vitória, não esqueça de agradecer aquele que


transformou a sua vida e amá-lo intensamente (Lc 7.36-50)
Mensagens Evangelísticas 68

DETECTANDO A RAIZ DO MAL NA HUMANIDADE


João 3.19

Toda pessoa racional e inteligente está consciente que peca. Toda


pessoa que é sincera consigo mesma e que, ocasionalmente pára afim
de prestar atenção à voz da consciência, é forçada a reconhecer esse
fato. Que todos cometemos pecados é um fato reconhecido
universalmente, embora com certa relutância por parte de muitos,
mas a questão é sobre a raiz do mal em nossa vida. Como podemos
diagnosticar com precisão o mal que nos atinge? Qual a causa desse
problema da humanidade? E o que para resolver este problema?

Há paciente com muita dor do lado direito no leito de um hospital.


Um amigo leigo e um médico o visitam, certamente terão conclusão
totalmente diferentes quanto a origem daquela dor. O leigo, ou amigo
do paciente poderá dizer: “É um problema de indigestão e logo vai
passar, depois da medicação”. O médico por sua vez, depois de fazer
os exames e analisar tecnicamente a situação do paciente, chegará ao
seguinte diagnóstico: “Seu problema é apendicite (inflamação do
apêndice fecal, uma bolsa em forma de verme do intestino grosso) e
se não operar imediatamente poderá até morrer”. O tratamento da
apendicite é a retirada do apêndice, cirurgia chamada de
apendicectomia.

I. As várias teorias sobre o mal na vida do homem

Antropologia - Filosofia - Psicologia - Moralismo

Suzane Von Richthofen, 19 anos, estudante de direito da Pontifica


Universidade Católica (PUC), em São Paulo, filha de pais intelectuais e
herdeira de um patrimônio respeitável, movida por uma atitude
doentia e apaixonada, planejou com o próprio namorado Daniel
Cravinhos de Paula e Silva, 21 anos, a morte dos pais. Realizaram este
Mensagens Evangelísticas 69

intento, o que fizeram no dia 31 de outubro de 2002, por volta da


meia-noite, com a ajuda do irmão de Daniel Cristian de Paula de 26
anos. Com barras de ferro previamente reforçadas com pedaços de
madeira, eles espancaram Marísia e Manfred Albert, os pais de Suzane
até a morte.

“Esse crime assusta porque rompe com qualquer ética moral, cultural
e familiar. Sob qualquer ponto de vista, assassinato do pai ou da mãe,
são considerados bizarros, anormais em todas as épocas, etnias e
sociedades”, afirma Guido Palomba, psiquiatra forense, autor do livro
Loucura e Crime.

Como a ciência pode nos ensinar a entender o que passou pela cabeça
da Suzane e dos irmãos Cravinhos nesses dias que antecederam a
morte do casal?

Jesus Cristo veio para revelar a causa do problema essencial da


humanidade e anunciar sua cura. O evangelho não defende uma
teoria, mas declara e proclama um fato. O texto lido nos apresenta
dois obstáculos que se colocam entre muitas pessoas e a fé em Jesus
Cristo (Jo 1.1-11).

II. O conhecimento desprovido da revelação pode cegar-nos para


a verdade de Deus

- Jesus não correspondeu a muitas das expectativas dos judeus;


contrariou uma boa parte delas, e por causa disso o consideraram um
impostor e, finalmente, o mataram.

- Hoje não é diferente com os moralistas e pensadores do nosso


tempo. Estão buscando a solução do problema essencial do homem
no futuro, quando na verdade, deveria olhar para o passado e ver que
a luz já veio e os homens não a aceitaram.

III. A verdadeira razão do mal na vida do homem


Mensagens Evangelísticas 70

- Gostamos do pecado, sentimos prazer nele, e nos deliciamos com o


seu sabor (Jo. 8.34). Gostamos dele, mesmo sabendo que é ilícito e
ilegal. Nele encontramos nosso prazer e felicidade, nosso deleite e
alegria para as nossas vidas.

...E o que odiamos?

- Qualquer coisa que perturbe o nosso deleite, ou nos torne infelizes


do ponto de vista do humanismo, ou sugira que estamos errados (1Rs
22.8)

- Sabemos quase tudo sobre a verdade, todavia a odiamos porque ela


nos condena e faz com que nos sintamos miseráveis (Mt 21.33-46).

- Nossa natureza é assim: ela ama as trevas e odeia a luz. É depravada,


pervertida; prefere o errado ao certo e prefere o mau ao que sabe ser
bom.

- Reconheça que é a sua natureza que está errada, seu coração, sua
personalidade, seu próprio ser (Jr 17.9). Reconheçam também, que à
medida que os anos passam, sua tendência não é de melhorar, e sim
de piorar (1Jo 1.9). E só Jesus, a luz do mundo pode mudar a sua
realidade interior (2Co. 5.17).
Mensagens Evangelísticas 71

DUAS PORTAS, DOIS CAMINHOS E DOIS DESTINOS


Mt. 7.13-14; Jr 21.8; Lc 13.23,24

Muitos procuram uma porta espaçosa e um caminho largo, porque


querem facilidade.
O Senhor Jesus afirmou que há apenas uma porta que conduz o
homem à vida; um caminho que determinará a qualidade de vida aqui
bem como seu destino eterno. Mas apresenta outra que revela a
tragédia das escolhas humanas. Façamos uma analogia dessas portas.

I. A porta larga

- É uma porta de engano. Embora seja larga e aparentemente fácil de


entrar, o seu fim é a perdição (Pv 14.2); (o engano de Eva);

- É atraente, pois apela para o desejo descontrolado que o homem


tem pelo prazer, poder, riqueza e auto satisfação (1Jo 2.13-15);

- É a porta das ilusões que leva o homem a uma falsa sensação de


realização pessoal e sucesso;

- É a tentativa da salvação sem a cruz, da paz sem Deus e da libertação


sem a verdade;

- Ela leva ao caminho dos vícios, da prostituição, da religiosidade vazia


e das falsas virtudes que aprisiona as almas ingênuas dos homens;

- O fim desse caminho é o próprio inferno, habitação e confinamento


eterno de Satanás e seus anjos.

II. A porta estreita

- É a verdadeira porta da esperança que nos leva ao caminho apertado


que nos conduz à vida eterna;
Mensagens Evangelísticas 72

- Essa porta e esse caminho é uma pessoa – Jesus Cristo, o filho de


Deus (Jo 10.7,9; Jo 14.6)

- Esse caminho não leva à riqueza deste mundo, à fama ou à


popularidade, nem aos aplausos, não leva aos prazeres carnais, mas
leva-nos à paz com Deus, ao perdão dos pecados, a uma vida
abundante (J0 10.10); a uma nova maneira de viver (2Co 5.17), à vida
eterna com Deus;

- Nos leva aos pastos verdejantes que realmente alimentam a alma


faminta e às águas tranqüilas que refrigeram as almas aflitas (Mt
11.28).

III. Por que essa porta é difícil de ser encontrada?

- Por causa dos falsos mestres e das falsas religiões, que


engenhosamente elaboram suas próprias fórmulas para o bem-estar
do homem e que bradam em alta voz: este é o caminho, andai por ele!

- Fazem promessas mirabolantes de prosperidade, cura, paz,


felicidade, falando a mentira como se fosse verdade;

- Por causa do engano de Satanás que tem tirado dos homens a


capacidade de compreender e enxergar a verdade em Jesus (2Co 4.4)

- Por causa da busca desenfreada pela satisfação imediata e busca


frenética pelo prazer do mundo (1Jo 2.13-15)

IV. Como entrar por essa porta?

- Por meio do arrependimento de pecados e da verdadeira fé em


Cristo Jesus;

- Através da confiança exclusiva em Jesus Cristo como único e


suficiente salvador (At 16.31);
Mensagens Evangelísticas 73

- Através do reconhecimento de que só existe uma verdade que liberta


do poder do pecado (Jo 8.32), da necessidade do perdão de Deus, da
salvação pela graça divina, do amor de Deus;

- Através da desistência. Desistir de viver sem Deus, desistir de pecar,


de buscar a salvação na religião e na moralidade, desistir dos prazeres
transitórios do pecado;

- Através da renúncia do orgulho, do egocentrismo, da auto-


suficiência, da independência de Deus, da rebeldia e da mentira;

1. Esta porta está aberta para todos. Portanto, regozijemo-nos e


entremos!

2. Esta porta é estreita. Portanto, esforcemo-nos!

3. Esta porta será fechada. Portanto, apressemo-nos!

Noé entrou pela porta da arca e ficou em segurança.


Mensagens Evangelísticas 74

IMPLICAÇÕES DA VERDADEIRA FÉ
Hebreus 11.6

Todas as pessoas têm algum tipo de fé. Elas acreditam sempre em


alguma coisa. Essa fé é um fator determinante para a existência de
suas vidas. Existe tipos de fé. Existe a fé natural, que é capacidade de
acreditar nas coisas relacionadas a essa vida ou em si mesmo. Existe
também a fé religiosa, a mais conhecida e praticada de todas. É a fé
em Deus, ou de Jesus, ou de Buda, ou de Padre Cícero, etc. Mas existe
um tipo de fé que está acima de qualquer domínio humano –
chamamos de fé sobrenatural ou fé salvadora. Mas que evidências
comprovam a existência dessa fé?

I. A verdadeira fé é a capacidade de responder a uma revelação


divina.

- Noé sendo divinamente avisado por Deus, respondeu com fé


construindo a arca conforme a ordem divina (Hb, 11:7).

- O povo da cidade de Nínive respondeu com arrependimento à


mensagem do castigo de Deus proclamada pelo profeta Jonas (Jn 3.4-
9)

- Abraão ao receber a revelação divina, obedeceu saindo de sua terra


sem saber para onde ia (Hb 11.8);

- Moisés ao ouvir a voz de Deus na sarça em chamas, voltou ao Egito


para libertar o povo de Israel do domínio de faraó

II. A verdadeira fé é a capacidade de aceitar e abraçar a verdade


de Deus como revelada nas Escrituras

- A Bíblia afirma que todos os homens são pecadores (Rm 3.23)

- A Bíblia diz que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23)


Mensagens Evangelísticas 75

- A Bíblia diz que haverá um julgamento universal e que todos os


homens serão julgados por Deus conforme as suas obras (At 17.30,31)

- A Bíblia diz que o homem nunca terá verdadeira comunhão com ele
até que se arrependa dos seus pecados e os abandone (Is 59.1,2)

III. A verdadeira fé nos leva a experimentar todas as promessas de


Deus em Cristo Jesus

- A nossa justificação (Rm 5.1)

- A nossa reconciliação com Deus (Rm 5.11)

- A vida eterna em Cristo Jesus (Jo 5.24; 3.16)

- A salvação eterna (At 16.31; 4.12)

- Uma nova vida em Cristo nova criatura (2Co 5.17)

- Nossa relação de filiação com Deus (Jo 1.12)

- O abandono do pecado e a busca da santificação em Cristo (Cl 3.1-


10)

- A certeza de um dia ir habitar no céu com Deus (Fp 3.20,21)


Mensagens Evangelísticas 76

O CHAMADO EFICAZ
Lucas 19:5

Zaqueu tinha a curiosidade de ver ao maravilhoso Homem Jesus


Cristo, o qual estava colocando o mundo de cabeça para baixo, e
causando uma imensa excitação nas mentes dos homens.
Freqüentemente tem sido comprovado que a curiosidade é uma das
melhores aliadas da graça.

Movido por este motivo, ele desejava ver a Cristo; porém dois
obstáculos se interpunham no caminho: o primeiro havia uma
multidão tão grande de pessoas que ele não podia se aproximar do
Salvador; e o segundo, ele era tão excessivamente baixo de estatura
que não tinha a menor esperança de poder ver-Lhe por sobre as
cabeças das outras pessoas. Que fez, então? Fez o mesmo que alguns
garotos estavam fazendo — pois os garotos daquela época eram, sem
dúvida, iguais aos garotos no tempo presente — que se empoleiraram
nos ramos das árvores para ver a Jesus, enquanto Ele passava.

Embora Zaqueu fosse um homem velho, sobe numa árvore e ali se


acomoda no meio dos garotos. Os meninos estavam muito temerosos
deste velho publicano severo, temido também pelos próprios pais
deles, para poderem derrubá-lo ao solo com um empurrão ou causar-
lhe qualquer tipo de inconveniência.

Contudo, antes que Zaqueu tivesse visto a Cristo, Cristo havia fixado
Seus olhos em Zaqueu, e detendo-Se debaixo da árvore, Ele olha para
cima, e lhe diz: “Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje
em tua casa”. Zaqueu desce rapidamente; Cristo vai a sua casa; Zaqueu
se converte num seguidor de Cristo, e entra no Reino dos Céus.

1. O chamado eficaz é uma verdade muito graciosa


Mensagens Evangelísticas 77

- Porque Zaqueu era um personagem que segundo supomos, seria o


último a ser salvo;

- Pertencia a Jericó, uma cidade historicamente má – mas não importa


a sua origem, se a graça eficaz te chama, é um chamado eficaz;

- Zaqueu também tinha uma ocupação extremamente má, e


provavelmente enganava o povo para se enriquecer.

Na verdade, quando Cristo foi a sua casa, se desatou um murmúrio


nas pessoas, pois tinha ido para ser hóspede de um homem que era
um pecador. Porém, irmãos, a graça não faz distinção alguma, a graça
não respeita às pessoas, mas Deus chama a quem quer, e Ele chamou
a este homem, o pior dos publicanos, na pior das cidades, envolvido
na pior das ocupações. Além do mais, Zaqueu era um dos candidatos
menos prováveis para ser salvo, pois era rico.

Ah! Muitos de vocês têm subido na árvore de suas próprias boas


obras, e se empoleirado nos ramos de suas santas ações, e confiado
no livre-arbítrio das pobres criaturas, ou descansado em alguma
máxima mundana; contudo, Jesus Cristo eleva Seus olhos para olhar
para pecadores orgulhosos, e os convida a descer.

2. Foi um chamado pessoal. (Jr 1.5)

3. Em terceiro lugar, é um chamado apressador - “Zaqueu, desce


depressa”.

Dizem que o caminho para o inferno está pavimentado com boas


intenções. O caminho para a perdição está cheio de ramos de árvores
sobre as quais os homens estão sentados, pois freqüentemente eles
arrancam os ramos das árvores, mas, eles mesmos, não descem. Há
alguns que enchem seu caminho de promessas de arrependimento, e
assim avançam mais facilmente e sem ruído à perdição.
Mensagens Evangelísticas 78

Porém, o chamado de Deus não é um chamado para amanhã: “Hoje,


se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na
provocação”. O amanhã é um engano. Amanhã, ah! Amanhã pode ser
que abras teus olhos no inferno, no meios dos tormentos.

4. Trata-se de um chamado que humilha. “Zaqueu, desce depressa”.

Agora, pecadores orgulhosos, ser orgulhoso não lhes serve de nada,


nem tampouco o se agarrar à árvores; Cristo lhes pede que desçam.
Oh, tu, que moras com a águia na rocha escarpada, tens que descer
de tua elevação; tu, por meio da graça, cairás, ou de outra maneira
cairás um dia sob a vingança. Ele “derribou do seu trono os poderosos,
e exaltou os humildes”.

5. Continuando, é um chamado afetuoso. “Pois me convém ficar


hoje em tua casa”.

Todos eles “murmuravam, dizendo que Ele se hospedara com homem


pecador”. Bom, eu sei o que alguns de seus discípulos pensaram: eles
pensaram que era algo muito imprudente; poderia prejudicar Sua
reputação, e ofender ao povo.

Pobre pecador, meu Senhor é um Senhor mui afetuoso. Ele quer ir à


tua casa. Que tipo de casa tens? Uma casa que tens feito miserável
com tuas bebedeiras?; uma casa que tem sido poluída com tua
impureza?; uma casa que tem sido desonrada com tuas maldições e
blasfêmias?; uma casa onde manejas negócios sujos, dos quais
estarias feliz de se livrar.

6. Não foi somente um chamado afetuoso, mas um chamado


permanente também. “Pois me convém ficar hoje em tua casa”.

7. Foi um chamado necessário. “Zaqueu, desce depressa, pois me


convém ficar hoje em tua casa”.
Mensagens Evangelísticas 79

8. Foi um chamado eficaz, pois vemos os frutos que produziu


Mensagens Evangelísticas 80

O GRANDE TRONO BRANCO


Apocalipse 20.11

I. O QUE JOÃO VIU. Foi uma cena do último dia: Esse maravilhoso
dia cuja data da ocorrência não se pode prever.
Ele viu no céu um grande trono branco. Não estamos sem governante,
legislador e sem juiz. Este mundo não tem sido entregue para que os
homens façam o que quiserem, sem um legislador, sem um vingador,
sem Um que outorgue recompensar e imponha castigos. O pecador
em sua cegueira olha, mas não vê o trono branco, então clama: “viverei
como me der na cabeça, pois não há míngüem a quem eu deva prestar
contas”; mas João viu claramente um trono e um governante pessoal
sentado nele, que estava ali para exigir de seus súditos a prestação de
contas (2Co 5.10; Ec 12.13-14).
Este governante moral é o próprio Deus, que tem um indiscutível
direito de reinar e governar. Ele criou tudo, e não julgará Ele tudo?
Como Criador, ele tem o direito de ditar suas leis, que são a verdadeira
suma de tudo que é bom e verdadeiro, então, por isso, Ele tem o
direito eterno de governar. Ele pode confrontar e contestar todas as
suas criaturas e dizer: “Eu sou o Senhor, e não há outro”.
O inferno sente o terror desse trono. As correntes de fogo, esses
tormentos indizíveis, é a sombra terrível do trono de Deus.
Este é o trono que João contemplou, vejam como é impossível escapar
do seu juízo, quando o grande dia do Juízo Final for proclamado. Onde
poderia escapar os inimigos de Deus? Em nenhum lugar há um refúgio
que proteja do altíssimo (Sl 139.7-12; Pv 15.3).
“Vi um grande trono branco” – Por que é branco? Acaso não indica
sua pureza imaculada? Não poderemos achar nenhum outro trono
branco.
Mensagens Evangelísticas 81

Este é um grande trono branco, de uma monarquia consagrada e


santa que não está manchada com o sangue contaminado da injustiça.
É branco também porque o rei que se assenta nele é puro. Escutem
atentamente as três repetições sagradas do hino que o coro de
serafins canta: “Santo, santo, santo é o Senhor do Exércitos”.
Além disso, o trono é puro porque a lei que o Juiz mostra é perfeita.
Não há nenhuma falha no livro dos estatutos de Deus. “Os
mandamentos do Senhor são retos”; são verdadeiros, todos são
justos. “A Lei do Senhor é perfeita e restaura a alma”. E como é bom
um trono branco de onde flui uma lei como esta.
É um trono branco, pois jamais se deu um veredicto dele que o réu
tivesse algo para reclamar. Talvez algumas pessoas aqui vejam isso
como um senso de esperança, mas para os ímpios será exatamente o
oposto.
Se você tivesse que ser julgado diante de um tribunal impuro, talvez
pudesse escapar; se o Rei não fosse santo, a impiedade poderia, talvez,
ficar sem castigo; se a lei não fosse perfeita, as ofensas poderiam
escapar graças a parcialidade. Mas ali diante do trono puro: “Pecador
indolente, que será de ti ali?”
A próxima palavra que é usada é o adjetivo “grande”. Trata-se de um
“Grande trono branco”. É devido a grandeza daquele que se assenta
sobre ele, o grandioso Deus de toda a criação, da terra, do céu e do
inferno, o Rei eterno, imortal, invisível, e que julgará o mundo com
justiça, e os povos com equidade.
Todos os grandes e pequenos estarão diante desse grande trono
branco.
Que maravilhosa visão! A morte colocou a todos em uma tumba igual,
e agora o julgamento os coloca de frente para o mesmo tribunal, para
receber a sentença de Um que não teme nenhum rei, e que não se
espanta ante nenhum tirano, que não faz acepção de pessoas, antes
disso, dispensa uma sentença imparcial para todos.
Mensagens Evangelísticas 82

Você pode imaginar este quadro? Terra e mar cobertos de seres


viventes que uma vez estiveram mortos. O inferno está vazio, e o
sepulcro perdeu suas vítimas! Que espetáculo será! Os anjos estarão
reunidos! Não haverá o som dos tambores, senão o toque da
trombeta do arcanjo e o tocar da harpa de milhões e milhões de
santos.
Será um grande trono branco, por causa dos assuntos que serão
julgados ali. Não será uma mera contenda acerca de uma ação
judicial por uma propriedade e coisas assim. Nossas almas hão de ser
julgadas ali; nosso futuro estará em jogo, não por um certo tempo,
não por um século, mas para sempre.
Sobre essas balanças penderão o céu e o inferno; o destino de cada
homem e de cada mulher, será declarado positivamente desde o
trono! (Rm 2.16)
Mesmo tu, um crente, passará em prova diante dEle; não permitas que
nada te engane com a ilusão de que não serás julgado: as ovelhas se
apresentarão diante do grande Pastor como os cabritos, aqueles que
usaram seus talentos foram chamados a prestar contas junto com o
que enterrou o dinheiro, e os próprios discípulos foram advertidos de
que todas as suas palavras ociosas seriam levadas a juízo.
Não se requererá testemunhas para declarar sua culpa, pois o Juiz
sabe todas as coisas. O Cristo ao qual depreciaste, te julgará; o
Salvador, cuja misericórdia pisaste, e a fonte em cujo sangue não
desejou se lavar, o depreciado e abandonado pelos homens – é Ele
quem dará a justa sentença contra ti.
II. AS INFERÊNCIAS QUE FLUEM DE UMA VISÃO COMO ESTA, e
dar assim uma lição e aplicação da visão.
Vocês podem ver o grande trono branco e o que está assentado sobre
ele? Então, permitam provar a mim mesmo. Independentemente da
profissão que fiz, terei que comparecer diante do grande trono
branco. Tendo mostrado um bom caráter e boa reputação entre meus
Mensagens Evangelísticas 83

irmãos em cristo; sou solicitado que ore em público e minhas orações


podem ser muito admiradas, mas ainda não foram pesadas nas
últimas balanças, e o que aconteceria ser fosse achado em falta!
Que há em teu coração em tuas orações particulares? És um simples
caçador de dinheiro? Vives como os outros vivem? Teu prazer está em
deleites passageiros? Teu coração está comprometido com o trono do
céu? Tens um coração endurecido para as coisas de Deus? Tens pouco
amor por Cristo? Sua religião não é nada mais que uma farsa pública?
Ó pense nesse trono branco, pense nesse trono branco!!
Como será então diante daquele terrível tribunal? Não podes suportar
um pequeno auto-exame? Como poderás suportar esse exame da
parte de Deus? Se as balanças da terra te dizem que estás em falta,
que mensagem não te diria as balanças do céu? Examinem-se agora!
(2Co 13.5).
O julgamento começa pela casa de Deus (1Pe 4.17). Qual então será
o fim dos que não obedecem ao evangelho? (2Ts 1.7-10). Há um
observador que toma nota de tudo que fazemos, e Ele o publicará
diante do universo reunido (Ec 11.9-10). E todos nós aqui estamos
prontos para nos reunir naquele grande dia?
Suponha que agora, todos aqui nos assustássemos com uma explosão
estonteante e terrível, e se escutasse uma voz? “Vinde ao Juízo,
Venham ao Julgamento, venham agora.” Muitos não iriam sair
correndo para se esconder? Quão poucos de nós poderiam caminhar
sem titubear por esses corredores para sair ao ar livre, dizendo: “Não
temo o juízo, pois “nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus”.
Irmãos espero que haja alguns entre nós que possam ir alegremente
a esse tribunal, mesmo que tivéssemos que passar pelas garras da
morte para alcançá-lo.
Quando William Carey estava perto da morte, ordenou colocar em
sua lápide este verso: “Sendo um culpado, fraco e indefeso verme,
Mensagens Evangelísticas 84

Aos amáveis braços de Cristo me rendo, Ele é minha fortaleza, e


minha justiça, Meu Jesus é meu tudo.”
Gostaria de acordar na eternidade com um verso parecido com esse
em minha mente, como desejo dormir neste mundo com uma
esperança como essa em meu coração: “Nada em minhas mãos
trago, Somente a cruz me apego”
Quem entre vocês morrerá esta semana? Oh! Ponderem bem a
pergunta! Quem entre vocês habitará com as chamas consumidoras?
Quem entre vocês viverá no fogo eterno? Se soubessem quem são,
desejaria molhá-los com lágrimas. Se soubesse quem há de morrer
esta semana, desejaria me achegar e sentar-me ao seu lado e insistir
que pensasse nas coisas eternas.
Mas não sabemos, e portanto, lhes imploro pelo Deus vivo que corram
apressadamente para Jesus através da fé. “Prepara-te para te
encontrares com teu Deus!” Ele vem! Prepara-te agora!“Assim diz o
SENHOR: No tempo aceitável te ouvi e no dia da salvação te ajudei” -
As portas da misericórdia não estão fechadas. Teu pecado não é
imperdoável. Você ainda pode encontrar misericórdia. Cristo convida.
Suas gotas de sangue caem por ti.

Hb 4.16 - final
Mensagens Evangelísticas 85

O NOVO CORAÇÃO
Ezequiel 36.26

(Sl 8.3-5) (Jd 1.6) Deus não teve misericórdia dos anjos; Ele lhes fez
puros e santos, e deveriam ter permanecido assim, porém visto que
deliberadamente se rebelaram, Ele arremessou-lhes de seus brilhantes
tronos para sempre, e sem uma só promessa de misericórdia, lhes
encerrou nas sólidas masmorras do destino, para sofrer o tormento
eterno. Ainda que o homem seja um ser inferior, tendo ele também
caído, Deus desceu de sua glória e lhe disse: “Darei a vocês um
coração de carne para que me amem”.

I. Em primeiro lugar, existe a necessidade desta grande promessa

- A natureza humana está muito longe de ser apenas melhorada. Não


é como uma casa que precisa de pequenos reparos, tais como
substituir uma telha ou fazer um reboco no teto. Não, ela está
completamente corrompida. Até seu alicerce está arruinado. Do teto
ao alicerce, não há uma viga sequer que não tenha sido comida pelos
cupins (Is 1.4-6; Rm 3.10-18; Gn 6.5-6). Deus não faz tentativas ou
experimentos com o homem; Ele não escora as paredes com estacas
ou pinta novamente as portas; mas determina que a velha casa seja
completamente derrubada, e uma nova seja construída em seu lugar.

- Vocês podem tentar se reformar, mas irão descobrir sua


impossibilidade, e lembrarão que mesmo se pudessem, não seria esta
a obra que Deus requer; Ele não quer reformas, mas transformação;
Ele não deseja um coração um pouco melhorado, mas um novo
coração.

- Deus odeia a natureza depravada, e portanto esta deve ser tirada,


antes que possamos ser aceitos por Ele. Deus não odeia o nosso
pecado tanto como nossa pecaminosidade. O Senhor não está irado
Mensagens Evangelísticas 86

somente contra nossos atos manifestos, mas contra a natureza que


dita os atos. Ele diz: "Em vão será que façais o fruto bom, se a árvore
permanece corrupta. Em vão tratais de adoçar a água, enquanto a
própria fonte está poluída" Deus está irado com o coração do homem;
Ele tem uma ira contra a natureza depravada do homem, e Ele a tirará
e a arrancará totalmente antes de admitir este homem em alguma
comunhão com Ele. Há, portanto, uma exigência de uma nova
natureza, e que nós a devemos ter, ou de outro modo, jamais
poderemos ver Seu rosto com favor.

II. Em segundo lugar, qual é a natureza desta grande mudança


que o Espírito Santo opera em nós?

- O dar ao homem um novo coração e um novo espírito é uma obra


única e exclusiva de Deus (At 4.12). Poderia o homem com seu velho
e apodrecido coração desenvolver um novo coração a partir de sua
energia vital?

- Quando Deus coloca um novo coração no homem, não é porque o


homem mereça um novo coração - porque não há nada de bom em
sua natureza, que possa ter movido Deus a lhe dar um novo espírito.
O Senhor simplesmente dá ao homem um novo coração, porque Ele
assim o deseja; esta é sua única razão.

- Enquanto o coração do homem for depravado e vil, ele nunca terá


desejo por um novo coração.

- Mas o fato é que o homem nunca buscou, nem jamais buscará um


novo coração ou um espírito reto, até que, antes de tudo, a graça de
Deus comece essa obra nele (Ef 2.1).

- E além do mais, esta mudança é instantânea. A santificação do


homem é obra de toda uma vida; mas o dar ao homem um novo
coração é uma obra instantânea; em um único segundo, mais rápido
Mensagens Evangelísticas 87

que a luz de um raio, Deus coloca no homem um novo coração, e faz


dele uma nova criatura em Cristo Jesus (2Co 5.17).

- Você pode estar aqui, sentado em seu banco, como inimigo de Deus,
com um coração ímpio; duro como uma pedra; morto e frio; porém se
o Senhor quiser, a centelha da vida cairá em tua alma, e nesse
momento começarás a tremer - começará a sentir; você confessará
seus pecados, e correrá para Cristo pedindo misericórdia.

III. Em terceiro lugar: as evidências do novo coração

- Se você odeia o pecado, esta não é a natureza humana; se anelas ser


amigo de Deus, esta não é a natureza humana; se desejas ser salvo
por Cristo, esta não é a natureza humana; se desejas sem condição
alguma de vossa parte, que Ele vos tome para serem Seus, para
preserva-los e guardá-los na vida e na morte.
Mensagens Evangelísticas 88

O OLHAR QUE SALVA


Números 21:9

I. Em primeiro lugar, observemos a pessoa em perigo mortal, para


qual a serpente de metal foi feita e erguida.

(Nm 21:9). As serpentes venenosas chegaram até o meio do povo


porque eles haviam desprezado o caminho e o pão de Deus.

Reclamaram do caminho de Deus. Mas o caminho de Deus não foi


detestável – Sua coluna de fogo e sua nuvem foram adiante deles (Dt
1.33); Moisés e Arão os guiaram como um rebanho. Mas desprezaram
o caminho de Deus e quiseram seguir seus próprios caminhos. Essa é
uma das maiores idiotices do homem- não se contentar em esperar o
caminho do Senhor e prosseguir nele – preferir um desejo e um
caminho próprio.

Reclamaram do alimento que Deus proveu. Deu-lhes a melhor


parte, pois “o homem comeu comida dos anjos‟ (Sl 78:25), mas se
referiram ao maná como um título ultrajante. Disseram: “e a nossa
alma tem fastio deste pão tão vil” (Nm 21:5), achando eles que era
uma comida não substancial e que só serviria para inchá-los, já que
era de fácil digestão e não produziria neles o aquecimento e a
tendência de se desenvolver doenças (o que uma dieta mais pesada
produziria). Descontentes com seu Deus, eles reclamaram do pão que
Ele colocou em suas mesas, que sobrepujava qualquer outro alimento
que um homem já havia comido antes ou depois.
A picada da serpente foi dolorida. O veneno aquece e inflama o
sangue e cada veia se torna um rio em ebulição, crescendo com
aflição. Em algumas pessoas o veneno de víboras que chamamos de
pecado inflamou suas mentes. Eles estão sem descanso, descontentes
e cheios de medo e angústias. Não se pode esperar que prestem uma
Mensagens Evangelísticas 89

atenção calma e sóbria à mensagem da Graça. O pecado os atemoriza


tanto que se rendem como homens mortos.
Muitos pereceram como resultado do pecado. Não temos dúvidas
do que o pecado pode fazer, pois a Palavra nos ensina que “o salário
do pecado é a morte” (Rm 6:23), e ainda, “o pecado, sendo
consumado, gera a morte.” (Tg 1:15). Nosso Senhor Jesus nos fala dos
condenados que irão para o juízo eterno, onde haverá choro, gemidos
e ranger de dentes. Não devemos ter nenhuma dúvida quanto a isso
(Mt 13.41-42, 49-50; 25.41)!
II. Qual foi o remédio provido para esta pessoa
Foi para os homens picados pela serpente ardente que a serpente de
bronze foi erguida e é para os homens realmente envenenados pelo
pecado que Jesus foi pregado na cruz. Os Israelitas não tiveram
dúvidas sobre o efeito mortal veneno, pois viram muitos de seus
amigos morrerem da picada das serpentes e ajudaram a enterrá-los.
Eles sabiam por que os outros estavam morrendo e tinham certeza
que era por causa do veneno das serpentes ardentes que estava em
suas veias. Não podiam presumir que seriam mordidos e, ainda sim,
viveriam.
Para as mordidas das serpentes ardentes no deserto não havia
qualquer remédio exceto o que Deus havia mandado, e à primeira
vista, era um remédio bem incomum. Uma simples olhada para uma
serpente numa haste? Como poderia a cura efetuar-se somente
olhando para uma serpente? Isso parecia, de fato, ser brincadeira o
fato de a pessoa olhar para o objeto que causou sua desgraça. Acaso
o que traz morte pode trazer vida? Quando Jesus foi crucificado, nosso
velho homem e o próprio pecado foram crucificados com ele (Rm 6.6;
2Co 5.21; Gl 3.13).
Assim como havia apenas uma serpente de bronze no acampamento
de Israel para prover cura e livramento do efeito mortal do veneno,
também só existe um Salvador que é Cristo, o Senhor (At. 4.12). Cristo
Mensagens Evangelísticas 90

foi picado pela serpente no seu calcanhar, mas a pisou com seus pés
na cabeça e a destruiu. A serpente de bronze também aponta para a
aniquilação final de Satanás que aterroriza a existência humana.
Por isso, devemos olhar apenas para o salvador com fé, se quisermos
viver.
Que reconfortante saber que Jesus ainda salve o pior dos pecadores
que, por meio d‟Ele, se achegue a Deus. Um ladrão moribundo
contemplou o resplendor dessa serpente de bronze quando olhou
Jesus ao seu lado naquela cruz e isso o salvou! De igual maneira, você
e eu podemos olhar e viver, pois “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e
hoje, e eternamente” (Hb 13:8).
III. Em terceiro lugar, consideremos a forma de aplicação do
remédio.
Quando as serpentes venenosas apareceram no arraial de Israel. Em
todo lugar haviam serpentes e grandes perigos. Ninguém estava
seguro, assim como hoje ninguém está livre do poder e da influência
do pecado. A segurança estava em olhar para a serpente de bronze.
Não havia nenhum método, ou prece ou cerimônia. Só o olhar para a
serpente de bronze pendurada na estaca trazia a cura do veneno.
Creia n‟Ele, você que é pecador - pois este é o significado espiritual
de “olhar‟- e seus pecados serão perdoados! E ainda mais: seu poder
mortal cessa de operar em seu espírito. Há vida quando olhamos para
Jesus! Acaso isso não é suficientemente simples?
IV. A cura efetuada
Essa cura era de eficácia universal para todos que a usavam. Não havia
nenhum caso, em todo o acampamento, em que um homem olhava
para a serpente de bronze e morria. E não haverá nenhum caso em
que um homem olhe para Jesus e permaneça condenado! Quem crer
será salvo (At 16.31).
Mensagens Evangelísticas 91

V. Ainda há uma lição para quem ama o Senhor. O que devemos


fazer?
Devemos imitar Moisés, cuja responsabilidade foi erguer uma
serpente de bronze sobre uma haste. É nosso compromisso também,
que levantemos o Evangelho de Cristo para que todos possam vê-lo!
Tudo que Moisés teve que fazer foi levantar a serpente à vista de
todos.
Isso é o que devemos fazer com nosso Senhor. Temos que pregá-lo,
ensiná-lo e fazê-lo visível a todos os olhos!
Quem vai olhar para Jesus nessa hora maravilhosa? Oh, queridos
amigos, querem ter vida ou não? Desprezarão Cristo e morrerão?
Agarre-se a isso. Olhe para Jesus imediatamente. Que o Espírito te
conduza gentilmente a isso.
Mensagens Evangelísticas 92

O PODER DO EVANGELHO
Romanos 1:16

I – O evangelho é um poder divino

1 – Originado no propósito eterno de Deus.

2 – Manifestado na vida e sofrimento do filho.

3 – Aplicado em nós por obra do espírito. (Jo16: 8)

II – O evangelho é um poder salvador

1 – Salva-nos do castigo do pecado (Lc 7:50) (Rm 5:10)

2 – Salva-nos do domínio do pecado (6:14)

3 – Salva-nos da presença do pecado

III – O evangelho é um poder universal

1 – Seus benefícios são oferecidos a todos (Jo3: 16)

2 – Seu poder é suficiente para todos

3 – Suas condições estão ao alcance de todos


Mensagens Evangelísticas 93

O QUE JESUS PODE FAZER POR VOCÊ


Mateus 20:29-30

1 – Pode perdoar seus pecados

(Mc 2:3-12; Lc 7.48-50; 1Jo 2:12) - O paralítico, a meretriz.

2 – Pode te libertar das cadeias espirituais

(Mc 1:23-27; Mt 12:22; Lc 9:42) - O mudo e cego, um


endemoninhado na sinagoga.

3 – Pode te libertar do poder do pecado

(Jo8: 34-37)

4 – Pode nos livrar da condenação do inferno

(Rm 8:1)

5 – Pode nos da a paz verdadeira

(Rm 5:1; Jo14: 27).

6 – Pode nos transformar em nova criatura

(2 Co 5:17; Jo1:12)

7 – Pode curar suas enfermidades físicas e da alma

(Mt 4:23; 8:14-17).

8 – Pode te dar a vida eterna

(Jo3: 14-15; 5:24; 10:27-28).

9 – Pode dar a maior prova de amor

(Rm 5:8; Jo3: 16; 1Jo 3:16).


Mensagens Evangelísticas 94

O QUE LEVA ALGUÉM A RECUSAR UM CONVITE IRRECUSÁVEL


Lucas 14:16-20; Isaías 55:1-3

Nenhuma das escusas tinha base em necessidade real. Fizeram,


porém, seus próprios planos de prazer, e estes lhes pareciam mais
desejáveis do que comparecerem à festa, como prometeram. O "não
posso ir" era unicamente um véu para a verdade - "não faço questão
de ir".

As escusas denunciavam espírito mundano e preocupado. Estes


convidados ficaram presos pelo interesse em outras coisas. O convite
que se comprometeram a aceitar foi rejeitado, e o generoso amigo,
ofendido por sua indiferença.

Pela grande ceia, Cristo representa as bênçãos oferecidas pelo


evangelho. A provisão é nada menos que o próprio Cristo. Ele é o pão
que desceu do Céu; e dEle procedem as torrentes da salvação. Os
mensageiros do Senhor anunciaram aos judeus a vinda do Salvador,
apontaram a Cristo como "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo". João 1:29. No banquete que preparou, Deus lhes ofereceu a
maior dádiva que o Céu podia conceder. "Se alguém comer desse
pão", disse Cristo, "viverá para sempre." João 6:51.

Todavia, para aceitar o convite ao banquete do evangelho, precisariam


subordinar seus interesses materiais ao propósito de receber a Cristo
e Sua justiça. O coração absorto em afeições terrenas não pode ser
entregue a Deus. Devemos seguir o Cordeiro de Deus, aonde quer que
vá. Deve ser escolhida Sua direção, e Sua companhia apreciada mais
que tudo (Mt. 10:37).

O mesmo se dá hoje. As desculpas apresentadas ao recusar o convite


para o banquete encerram todos os motivos apresentados para
recusar o convite do evangelho. Declaram que não podem prejudicar
Mensagens Evangelísticas 95

suas perspectivas materiais dando ouvidos às reivindicações do


evangelho. Consideram seus propósitos temporais de valor maior que
as coisas da eternidade.

Outros insistem nas dificuldades que surgiriam nas relações sociais se


obedecessem ao convite de Deus. Dizem que não podem estar em
desarmonia com seus parentes e conhecidos. Deste modo denunciam
fazer o mesmo que os descritos na parábola (Lc. 14:20). Muitos há que
permitem que a esposa ou o marido os impeçam de atender ao
convite de Deus. Diz o esposo: "Não posso ir à ceia, enquanto, minha
senhora, a isso for contrária.

Muitos filhos desejam ir, mas como o pai e a mãe não atendem ao
convite do evangelho, pensam que sua presença não é esperada.

Não atendem ao convite do Salvador, porque temem causar divisão


no círculo da família. Pensam que negando obediência a Deus,
asseguram a paz e a prosperidade do lar; porém, isto é uma ilusão.
Rejeitando o amor de Cristo rejeitam aquilo que, somente, pode
emprestar ao amor humano pureza e estabilidade. Não só perderão o
Céu como também a verdadeira felicidade pela qual o Céu foi
sacrificado.

A rejeição dos judeus ao convite do evangelho, abriu a porta da


pregação aos gentios, pois foi isso que Paulo e Barnabé afirmaram aos
judeus (At 13:46-48).

A Bíblia declara que nos últimos tempos os homens estariam absortos


em prazeres e enriquecimento. Estariam cegos para as realidades
eternas. (Mt. 24:37-39; 2Tm 3.1-5).

O mesmo se dá hoje. Os homens lançam-se à caça de lucro e


satisfação própria como se não houvesse Deus, nem Céu, nem vida
futura. Nos dias de Noé foi dada a advertência do dilúvio vindouro
Mensagens Evangelísticas 96

para despertar os homens de sua impiedade e convidá-los ao


arrependimento. Assim a mensagem da próxima vinda de Cristo visa
a despertar os homens de seu enlevo nas coisas temporais. Destina-
se a acordá-los para o senso das realidades eternas, para que atendam
ao convite para a ceia do Senhor.

O Senhor chama Seus servos para levar a mensagem ao povo. A


Palavra da vida eterna deve ser dada aos que perecem em seus
pecados.

Não devemos esperar que as almas venham a nós; precisamos


procurá-las onde estiverem. Há multidões que nunca serão alcançadas
pelo evangelho se ele não lhes for levado (Rm 10.14,15).

Se víssemos pessoas rolando a um precipício, não hesitaríamos em


socorrê-las, qualquer que fosse sua posição ou profissão.
Semelhantemente, não devemos hesitar em advertir os homens do
perigo da alma.

A ordem dada na parábola, "força-os a entrar" (Lc. 14:23), tem sido


freqüentemente mal-interpretada. Denota, porém, de preferência, a
urgência do convite e a eficácia dos estímulos apresentados. O
evangelho jamais emprega força para conduzir homens a Cristo. Sua
mensagem é: "Ó vós todos os que tendes sede, vinde às águas." Isa.
55:1. "E o Espírito e a esposa dizem: Vem! ... E quem quiser tome de
graça da água da vida." Apoc. 22:17. (Apoc. 3:20).

Se o amor de Deus não for apreciado, e não se tornar um princípio


que habite em nós, para abrandar e sujeitar a alma, estaremos
completamente perdidos. Se o amor de Jesus não sensibilizar o
coração, não há outro meio pelo qual podemos ser alcançados (Lc.
13:34-35).
Mensagens Evangelísticas 97

Vivemos no tempo em que a última mensagem da graça, o convite


final, está sendo enviado aos homens. A ordem "sai pelos caminhos e
atalhos" (Luc. 14:23), está atingindo seu cumprimento final. A toda
pessoa será apresentado o convite de Cristo.

Os mensageiros estão dizendo: "Vinde, que já tudo está preparado."


Lc. 14:17. O Espírito Santo apresenta todo o estímulo para vos
constranger a ir. Cristo aguarda algum sinal que demonstre que o
ferrolho está sendo puxado, e a porta de vosso coração Lhe está sendo
aberta.

Os anjos esperam levar para o Céu a boa nova de que outro pecador
perdido foi achado. Os exércitos celestiais aguardam, prontos para
tocar suas harpas e cantar um hino de alegria, porque mais um
pecador aceitou o convite para a ceia do evangelho.
Mensagens Evangelísticas 98

A SÍNDROME DE NAAMÃ
2Reis 5.1-14

A orientação do homem de Deus, Eliseu, foi que ele desse sete


mergulhos no Jordão. Aparentemente uma tarefa fácil para qualquer
pessoa nas condições em que ele se encontrava. Mas o que
aconteceu? Seu orgulho disfarçado pelo senso de dignidade o fez
recusar a proposta “humilhante”.

Ficou indignado porque não foi recebido com a honra que


esperava, nem com o ritual que já fazia parte de sua religiosidade. Ao
contrário, recebeu apenas uma ordem com as seguintes palavras: “Vai,
lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne te tornará, e ficarás
purificado”.

Que ultraje! Essa é a maneira de receber o general do grande Império


da Síria? Que orientação simplória para alguém acostumado aos
grandes desfiles reais e de transitar nos corredores pomposos do
império.

Não é assim que acontece conosco? Precisamos ser perdoados,


purificados dos nossos pecados, salvos do mundo, e Deus nos
apresenta uma cruz, apenas isso. Nossa mente religiosa não assimila
muito bem a idéia da cruz, pois parece ultrajante e humilhante. É mais
interessante o caminho da religião, das boas obras, da justiça própria,
do mérito, do conforto.

De alguma forma nos identificamos com Naamã, porque o nosso


coração também é orgulhoso. Queremos que Deus nos salve à nossa
maneira. Recusamo-nos a mergulhar no sangue purificador de Jesus
Cristo. Preferimos continuar com nossa religiosidade vazia e disfarçar
a nossa lepra moral com boas obras, preces e devoções. Mas isso não
Mensagens Evangelísticas 99

resolve. Temos que atender à voz que diz: “Este é o caminho, andai
nele”

De fato, a cruz é loucura para os que perecem em seu orgulho carnal,


para os que confiam em suas obras, em sua religiosidade, em sua
justiça, em si mesmo. A cruz de Cristo é a fraqueza revelando a grande
força e poder de Deus para os perdidos de todos os tempos e de
todos os lugares.

Naamã continuou leproso, até decidir obedecer a ordem do


homem de Deus. Até quando você continuará em seus pecados? Até
quando irá adiar a sua salvação? Até quando permanecerá escravizado
pelo pecado e subjugado pelo pai da mentira que é o diabo? Até
quando ficará observando a porta sem entrar por ela? Questionando
inutilmente os planos de Deus para sua salvação. É hora de decidir e
olhar para Cristo com fé e esperança.

Naamã tinha outro grande problema. Além de um forte orgulho


pessoal, tinha também um sentimento nacionalista e preferencial.
Haviam dois rios localizados na região de Damasco, capital da Síria
que, segundo sua opinião eram bem melhores que todas as águas de
Israel, Abana e Farpar. Que insensatez! Mas aqueles rios nunca
puderam curá-lo de sua lepra. Podiam até ser grandes rios de águas
límpidas e doces, mas a sua cura estava no Jordão. Jordão significa
“aquele que desce” ou “lugar onde se desce”. Esse rio deságua no Mar
Morto. Seu comprimento é 190 Km e nasce na encosta do Monte
Hermon. O rio tem profundidade média de 1 a 3 metros e largura de
30 metros.

Foi para o Jordão que afluíram grandes multidões de Jerusalém, de


toda a Judéia e províncias adjacentes para serem batizadas por João
Batista, para purificação dos seus pecados. Mas Naamã considerava
impróprio aquele rio para sua cura. Meu amigo(a), a cura da sua alma
Mensagens Evangelísticas 100

está unicamente em Jesus Cristo, e este crucificado. Suas opiniões


religiosas poderão cegar você para o verdadeiro milagre da salvação.

Os questionamentos de Naamã só retardavam a sua cura, até que


alguém lhe abriu os olhos para enxergar a sua tolice. Os próprios
servos de Naamã foram seus conselheiros para desviá-lo de sua
insensatez (2Rs 5.13). Depois de repensar a situação, decidiu atender
a ordem do homem de Deus. Foi, e mergulhou sete vezes no Jordão.
Para seu espanto e alegria, a sua carne tornou-se como a de um
menino e foi purificado da sua lepra.

O que você estaria disposto a fazer para ter os seus pecados


perdoados e sua alma salva? Quanto você pagaria para entrar no
reino celestial? O que você seria capaz de fazer para se livrar dos vícios
e paixões que dominam a sua alma?

Há algo simples que tem de ser feito. Você precisa mergulhar em


Cristo, pelo batismo. Confessá-lo como Senhor da sua vida e confiar
unicamente nele para sua salvação e paz. Abra mão de todas as suas
opiniões e prerrogativas e deixe seu coração ser invadido pela fé em
Jesus Cristo e terás o perdão dos seus pecados e a purificação da sua
alma (1Jo 1.8,9).
Mensagens Evangelísticas 101

O VALOR DO PRECISOSO SANGUE DE JESUS


1Pedro 1.18,19

O precioso sangue de Cristo é útil ao povo de Deus de muitas


maneiras. A verdadeira preciosidade de algo vai depender de sua
utilidade para nós em tempos de aflições e provas. Um saco de pérolas
seria para nós muito mais precioso do que um saco de migalhas de
pão, porém, vocês devem ter ouvido a história do homem no deserto
que, já cambaleando, quase morto, tropeçou num saco e abrindo-o
esperançoso de que pudesse ser a mochila de algum viajante com
alguma comida, encontrou nele apenas pérolas! Quanto mais valioso
teria sido para ele se se tratasse de pedaços de pão! Eu digo, na hora
da necessidade e do perigo, o uso que podemos fazer de alguma coisa
constitui sua verdadeira preciosidade. Isto pode não estar de acordo
com a política econômica, mas está de acordo com o bom senso.

1. O precioso sangue de Cristo tem um poder redentor

Ele redime da lei. Éramos escravos dela; Cristo pagou o preço do


resgate e a lei não é mais o nosso mestre tirano. Estamos
completamente livres dela. A lei tem uma terrível maldição: qualquer
que violar um de seus preceitos deve morrer. (Gal. 3:13). Pelo temor
de sua maldição, a lei infligia um contínuo pavor àqueles que estavam
debaixo dela; eles sabiam que a tinham desobedecido, e permaneciam
todo o tempo de suas vidas sujeitos à escravidão, temendo que a
morte e a destruição viessem sobre eles a qualquer momento.

(Heb. 10:1). Nossa lei está cumprida, pois Cristo é o fim da lei para a
justiça; nosso cordeiro pascal foi imolado, pois Jesus morreu: nossa
justiça está terminada, pois somos completos nEle; nossa vítima está
morta, nosso sacerdote entrou além do véu, o sangue foi aspergido,
estamos limpos e livres de qualquer contaminação, "Porque (Ele)
Mensagens Evangelísticas 102

aperfeiçoou para sempre os que são santificados" (Heb. 10:14).


Valorizem este precioso sangue, meus amados, porque foi assim que
Ele os redimiu da escravidão e de cativeiro que a lei impôs sobre Seus
seguidores.

2. O valor do sangue está principalmente em sua expiação eficaz

Em Levítico somos alertados que "é o sangue que fará expiação pela
alma" (17:11). No regime da lei Deus nunca perdoou pecado à parte
do sangue. Isso era uma constante: "sem o derramamento de sangue
não há remissão" (Heb. 9:22). O sangue, e somente o sangue, tirava o
pecado e permitia ao homem chegar-se ao trono de Deus. O sangue
é a grande expiação. Não há esperança de perdão para o pecado de
qualquer homem, a não ser que sua punição seja sofrida totalmente.
Deus precisa punir o pecado. A punição do pecado não e um arranjo
arbitrário, mas faz parte da constituição de um governo moral. Deus
nunca se desviou disso e nunca o fará. "Ele, de modo algum,
inocentará o culpado" (Ex. 34:7).

Eu posso oferecer sacrifícios, mortificar meu corpo, ser batizado,


participar das ordenanças, orar de joelhos até que endureçam; posso
ler palavras devocionais e até decorá-las, celebrar missas, adorar em
uma língua ou em cinqüenta línguas; porém não posso ser
reconciliado com Deus a não ser pelo sangue de Cristo, pelo "precioso
sangue de Cristo".

Deus apresentou Cristo para ser a propiciação pelos nossos pecados.


Oh, recebam a propiciação pela fé no Seu sangue e estejam em paz
com Deus.

3. O precioso sangue de Cristo tem também um poder purificador

Em I João 1:17 lemos "...e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos
purifica de todo o pecado". O pecado é uma praga para o homem que
Mensagens Evangelísticas 103

o comete e uma coisa para Deus que o aborrece (Is 59.1,2), Eu preciso
ser purificado, preciso ser lavado das minhas iniqüidades, ou nunca
poderei ser feliz.

Agora sabemos que é pelo precioso sangue que o pecado é


purificado. Homicídio, adultério, roubo, seja qual for o pecado, há
poder em Cristo para tirá-lo de uma vez e para sempre. Não importa
quantas sejam, ou quão enraizadas nossas ofensas possam estar, o
sangue clama: "Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata,
eles se tornarão brancos como a neve, ainda que sejam vermelhos
como o carmesim, se tornarão como a branca lã" (Is. 1:18)

4. Outra virtude do sangue de Cristo é seu poder de preservação

Vocês compreenderão melhor isto ao se lembrarem da terrível noite


no Egito, quando o anjo da destruição estava do lado de fora para
destruir os inimigos de Deus. (Ex. 12:13).)

Oh, quão precioso é este escudo vermelho! Minha alma curva-se sob
ele quando os dardos do inferno estão sendo lançados. Esta é a
cobertura que é feita de púrpura; deixe a tempestade vir e o dilúvio se
levantar, deixe até mesmo o granizo abrazador descer, debaixo deste
pavilhão carmesim minha alma pode descansar segura, pois, o que
poderá tocar-me quando eu estou coberto com Seu precioso sangue?

5. O sangue é precioso por causa de sua influencia comovedora


no coração humano. (Zac. 12:10) Cicatrizes

6. O mesmo sangue que comove tem um afável poder de pacificar


(Rm 5.1)

7. Ainda outra magnífica virtude do sangue de Jesus é seu poder


de dar acesso (Hb 10.19-23)
Mensagens Evangelísticas 104

Se tentarem ter um relacionamento com Deus, baseado em seus


próprios méritos, suas experiências, suas crenças, vocês falharão; mas
se tentarem se aproximar de Deus estando em Jesus Cristo, terão êxito
fazê-lo, e por outro lado, Deus irá ao seu encontro quando Ele os vir
na presença do Seu Ungido.

8. O sangue é realmente precioso pelo seu poder confirmador (Hb


9.16, 17)

Sabemos que nenhum testamento jamais foi válido sem que vítimas
tenham sido imoladas e sangue aspergido; e é o sangue de Jesus que
ratifica a Nova Aliança, tornando suas promessas em benção para
todos os salvos. Daí ser chamado de "o sangue da aliança eterna".

9. Resta outra virtude do precioso sangue a considerar — seu


poder vivificador (Jo 6:53)

Se vocês querem conhecer este poder, devem vê-lo manifestado,


como nós geralmente fazemos, quando cobrimos a mesa com a toalha
branca e colocamos sobre ela o pão e o vinho. O que significa para
nós esta ordenança? Significa que Cristo sofreu por nós e que já
havendo sido lavados em Seu precioso sangue, e assim limpos, vimos
à mesa para tomar o vinho como um símbolo da maneira pela qual
vivemos e nos alimentamos de Seu corpo e de Seu sangue

Oh, amados, quando desfalecerem em seus espíritos, esse vinho os


confortará; quando suas tristezas forem muitas, bebam e esqueçam
suas misérias, e não se lembrem mais de seus sofrimentos. Quando
vocês estiverem muito fracos e abatidos, por amor às suas almas, não
tomem somente um pouco mas bebam para satisfazer-se bastante do
vinho bem amadurecido, o qual fluiu do próprio coração de Cristo.

10. Finalmente, o sangue tem um poder vencedor (Apoc. 12:11)


Mensagens Evangelísticas 105

E agora, poderíamos usufruir deste sangue? Pode ser alcançado? Sim,


é gratuito, tanto quanto cheio de virtudes, gratuito para toda alma
que crê! Quem quiser vir e crer em Jesus encontrará a virtude deste
sangue em sua vida neste dia. Afaste-se de seus próprios feitos e atos.
Volte seus olhos à completa expiação que foi feita, ao maior resgate
já pago; e se Deus o capacitar, pobre ouvinte, a dizer hoje neste lugar:
"eu tomo este precioso sangue para ser minha única esperança" você
será salvo, e poderá cantar conosco!
Mensagens Evangelísticas 106

OLHAI PARA MIM E SEREIS SALVOS


Isaias 45.22

Esse é um texto simples. Ele diz “olhai”! Isso não requer muito esforço
físico. Não é como levantar o pé ou a mão. Apenas “olhar”. Você não
precisa ir para a faculdade para aprender a olhar. Mas muitos de vocês
estão olhando para si mesmos, e isso não ajuda. Muitos estão olhando
para as circunstâncias que estão fora do seu controle, para os
problemas e dificuldades. Muitos estão olhando para o seu passado
de derrota e erros e estão sendo assombrados pelas lembranças
dolorosas e pela culpa. Isso não pode ajudar.

O Senhor Jesus Cristo disse: “olhem para mim”, eu sou tudo que vocês
precisam.

Davi declarou: “elevo os meus olhos para os montes, de onde me virá


o socorro?!”. Talvez seja essa a sua situação. Você está em um vale de
trevas e perigos. No desespero da vida. Cercado por grandes feras e
inimigos mortais que querem tragar a sua vida. Então você, em um
ato de desespero olha para os montes e faz a pergunta: “de onde me
virá o socorro?” (Sl 121.1). Talvez você esteja fazendo essa pergunta
agora.

Essa é a resposta de Deus pra você: “Olhai para mim e sereis alvos!”.

Essa terrível realidade da experiência humana demonstra a


necessidade de olhar para além das circunstâncias, para além dos
próprios pecados e para além da própria religião

1. Por que então, o homem tem que olhar para Deus?

a) Porque o homem não pode salvar a si mesmo


Mensagens Evangelísticas 107

Nunca encontrarão conforto em si mesmos. Não adianta olhar para si


e para os problemas. Só encontrarão mais desespero e trevas! Vocês
precisam de luz, e só há um que tem essa luz. Vocês precisam de paz
e só há um que pode lhes dar essa paz.

O homem está perdido em seus delitos e pecados (Rm 3.10-18; Jo


8.34; Rm 7.23,24).

Miserável homem que sou – essa é a exclamação desesperada do


homem perdido e morto em seus delitos e pecados.

b) Porque a sua situação pecaminosa exige um veredito – a morte


(Rm 6.23)

c) Porque a sua dívida é humanamente impagável e não há nada


que possa fazer para reparar os danos do pecado em sua vida.
d) Porque o pecado o tornou inimigo de Deus e não há nada que
ele possa fazer para reconciliar-se com Deus novamente.

e) Porque, só Deus pode tirá-lo desse vale de trevas e desespero


– a salvação pertence somente a Deus

- Por meio de Jesus Cristo o seu filho, que ofereceu-se a si mesmo


como propiciação pelos nossos pecados (1Jo 2.2; 4.10). Só o sacrifício
de Jesus consegue desviar a ira de Deus de nós para Jesus Cristo. O
propiciatório simbolizava a misericórdia de Deus cobrindo a violação
das leis contidas nas tábuas que estavam na arca. A ira de Deus era
aplacada, desviada por meio deste sacrifício de sangue. Propiciação
significava isso.

- Ao olhar para Jesus, encontramos a paz que nosso coração tanto


necessita

- Ao olharmos com fé para Jesus, somos libertos do poder do pecado


e Deus nos tira do vale das sombras e do lamaçal de pecado (Sl 40.2)
Mensagens Evangelísticas 108

- Olhar para Jesus é reconhecer nele a nossa única fonte de vida,


salvação e libertação e confiarmos inteiramente no seu amor e graça
(Jo 3.14,15)

Assim como os rebeldes e desobedientes israelitas tiveram que olhar


para a serpente de bronze pregada na estaca no meio do arraial no
deserto para não perecerem sob o efeito do veneno das víboras
venenosas, nós precisamos olhar com fé para aquele que foi levantado
no madeiro para a nossa salvação, e se não fizermos isso, morreremos
em nossos pecados (Jo 8.24)
Mensagens Evangelísticas 109

PERTO DE JESUS OU LONGE DELE. QUAL A SUA DECISÃO?


Lucas 8.35-39

Todos nós fazemos parte de um dos grupos em que se encontra


dividida a raça humana: ou queremos nos livrar de Jesus Cristo, ou
então, queremos estar com ele, entregando-lhe inteiramente a nossa
vida. Não existe uma terceira opção. Ou somos a favor dele, ou somos
contra ele.

Qual é a sua atitude com relação a Jesus? Qual é a sua atitude para
com a salvação que ele lhe oferece? (a minha experiência com a
repórter).

O que temos no relato bíblico é que aquele gadareno que foi liberto
queria ir e estar com Jesus, mas os outros cidadãos daquele lugar
queriam se livrar dele.

Qual é a sua posição nesta hora? Seu destino eterno depende disso.
Qual é a sua posição? Seja sincero! Examine-se a si mesmo!

Qual era o problema desses gadarenos?

1. Estavam possuídos de um espírito de temor. Esse milagre gerou


neles um grande pavor, por isso rogaram que Cristo saísse de sua
terra. Mas quais são as causas desse temor?

a) Por causa do milagre em si e os extraordinários resultados que


ele provocou. Temor é uma sensação que sempre acompanhou as
manifestações milagrosas de Jesus (ao acalmar o mar e a tempestade,
a transfiguração, a pesca maravilhosa, a visão de Isaías, Israel no
monte Sinai, etc.). Deus está tratando com o homem, gerando nele
uma sensação de temor. Mas o diabo o encoraja e tenta persuadir a
sua vítima inocente de que esse poder é prejudicial, que ele está
perdendo o controle da sua vida, e pode vir a perder o juízo, a perder
Mensagens Evangelísticas 110

a razão. Não prestem atenção a voz do diabo! Porque o poder que


você está sentindo é o que acalma a tempestade e restaura a ordem
ao caos. É o poder de Deus.

b) Por causa do sentimento de culpa. É justamente essa convicção


que a presença de cristo traz ao nosso coração quando dele nos
aproximamos. Foi o que Pedro sentiu quando teve um contato com
Cristo pela primeira vez (Lc 5.8) e também de Isaías ao ter a visão do
trono de Deus (Is 6). Talvez se Jesus não se retirasse logo, aqueles
gadarenos seriam desmascarados diante do todos e seus “podres”,
seus pecados viriam a tona. Eles estavam com medo disso. Jesus os
convenceu dos seus pecados e fez com que se vissem a si mesmos
como realmente eram. Hoje muitos homens e mulheres estão
tentando se livrar de Cristo pela mesma razão. A pregação do
evangelho traz à tona sua pecaminosidade e eles percebem que estão
errados, mas preferem se livrar de Cristo que se livrar da culpa.

- Não gostamos de nada que nos faça infelizes ou miseráveis, e a


princípio esse é exatamente o efeito produzido pela presença de
Cristo. Ele nos desmascara e esquadrinha o nosso interior, até as
maiores profundezas (Sl 139.1-3). A convicção de pecado é algo
desagradável e alarmante, e a natureza humana faz o possível para
escapar dela e evita-la ou se livrar dela.

- Mas se compreendêssemos que Cristo faz isso para o nosso bem!


Para nos livrar da condenação do inferno. Que é o prelúdio da
conversão – que aquele que nos dá consciência de culpa também
pode remove-la, se apenas permitir que ele o faça.

- Ao invés de fugirem ou se manterem longe porque a convicção é


muito dolorosa, agradeçam a Deus por ela e peçam que ele complete
a obra (Sl 139.23-24).
Mensagens Evangelísticas 111

c) O outro elemento deste temor era um sentimento de que aquele


que fizera tudo aquilo pelo endemoninhado, e que tinha feito aquilo
aos porcos, não só tinha poder suficiente para fazer o mesmo a eles,
mas provavelmente insistiria em usar este poder! Ele parecia capaz de
fazer qualquer coisa, e ninguém poderia impedi-lo.

- Há os que sugerem que foi a perda dos porcos que causou aquele
sentimento. Talvez tenha sido, em parte, porém, uma perda maior
estava envolvida. Ele mudaria suas vidas completamente. Eles os
controlaria e governaria. E isso significaria um fim a tudo o que eles
gostavam e em que se deleitavam. Teriam que renunciar a todos os
seus pecados. Seria um fim a todos os seus prazeres, e eles perderiam
a sua “liberdade” – seriam escravos de Cristo! O problema de muitos
hoje não está em aceitar ou não o evangelho, mas as mudanças que
isso acarretará em suas vidas e relacionamentos.

- Seguir a Cristo pode significar perda financeira, perda do emprego,


amigos e muitas outras coisas, pelo menos por um tempo. Os
gadarenos viram isso e ficaram alarmados. Mas eles viram apenas
metade do evangelho. Estavam cegos de que Cristo podia fazer por
eles o que já tinha feito por esse endemoninhado. Antes que Jesus
lhes mostrasse a outra metade do evangelho, eles pediram que ele se
retirasse. Como muitos hoje em dia, eles compreenderam que havia
poder no evangelho, porém não entenderam que era o poder de Deus
para a salvação.

Mas o que exatamente motivou esse homem que havia sido


curado a desejar seguir o Senhor?

1. Seu senso de gratidão a Cristo, e seu desejo e anseio de


expressá-lo.
2. Ele queria que sua condição abençoada continuasse e fosse
permanente. Aquele que trouxera tanto alívio e tanta paz àquele
Mensagens Evangelísticas 112

gadareno estava agora na iminência de partir e talvez aquele


pobre homem nunca mais o visse. E ele não queria isso. Há,
Senhor, tenho medo de confiar em mim mesmo! Tenho medo que
esses demônios voltem a me atormentar, quero ficar ao teu lado.
Não posso depender de mim mesmo!
- Um homem não é um cristão até que tenha consciência de sua
fraqueza e da força do inimigo. O cristão não confia em sim
mesmo, não depende de sua própria força. É a consciência da sua
própria fraqueza e da força do inimigo que o leva a Cristo
continuamente.

- A batalha contra o diabo é desigual. Homens maiores que nós,


já foram vencidos pelo inimigo. O poder do inimigo e as nossas
fraquezas e erros são sempre boas razões para permanecermos
com Cristo.

3. O homem queria estar com Cristo porque compreendeu que


o poder de Cristo que o libertara, também podia mantê-lo
livre.
Mensagens Evangelísticas 113

A CEGUEIRA ESPIRITUAL E SUA CURA


João 8.32; 2Co 4.4; Lc 23:34

O evangelho coloca o homem diante de fatos que o obriga a tomar


sérias decisões que afetarão definitivamente sua vida. Entretanto,
satanás, o inimigo de Deus e das almas dos homens, tem se
aproveitado da incredulidade e desinteresse dos homens pelo
evangelho para impedir que eles venham ao pleno conhecimento da
verdade e se percam para sempre. A impossibilidade do homem de
aceitar o Evangelho de Cristo provém de sua cegueira com respeito a
si mesmo e a Deus. O que podemos observar dessa cegueira espiritual
imposta pelo inimigo? Como ter os olhos abertos para a verdade?

I. Os homens tornaram-se cegos para a sua miserável realidade

- Se o homem conhecesse a si mesmo, considerando-se ímpio,


maligno e rebelde, não somente por si próprio, mas por ser – como é
– filho de Adão, desconfiaria de si mesmo, de ter possibilidade de
justificar-se por si próprio (Rm 3.10-18,23);

- Por causa de sua natureza e posição, são inimigos de Deus, e,


portanto, passíveis de sofrer a força destruidora de sua ira (Rm 1.18...,
Ef 4.17-19; Jo 3.36; Is 59.1-2);

II. Tornaram-se cegos quanto ao conhecimento da natureza de


Deus e glória do seu Filho

- Sua perfeita santidade, seu eterno poder e soberania

- Seus direitos como Criador sobre toda a sua criação (Sl 24)

- Ficou cego quanto a glória do Filho de Deus (Jo 1.1-5, 10, 14)

- Quando vimos a glória de Jesus, algo maravilhoso acontece (1Jo 3.2)


Mensagens Evangelísticas 114

VI. Os homens tornaram-se cegos com respeito ao juízo vindouro


e sua inevitável condenação

- Deus tem reservado um dia (tempo) em que julgará todos os homens


(Ec 12.13-14; Atos 17.31; Rm 2.16; 1Pe 4.5; Ap 20.11-15)

- Como nos dias de Noé, muitos estão cegos e despercebidos acerca


do perigo do juízo iminente (Mt 24.37-39);

V. Os homens tornaram-se cegos para a única verdade que pode


libertar suas almas da escravidão do pecado. Tornaram-se cegos
para a verdade de Deus e tornaram-se vitimas da mentira de
satanás.

- O fato de terem rejeitado o amor à verdade, passaram a aceitar a


mentira do inimigo para a destruição de suas almas (2Ts 2.8-12).
“Muitos homens odeiam a verdade, por amor daquilo que
tomaram por verdadeiro” Santo Agostinho

- O evangelho é o único poder salvador das pobres almas dos


homens (Mc 16.15; Rm 1.16; Ef 1.13)

- Apenas a fé em Jesus Cristo pode libertar a alma dos homens do


cativeiro espiritual do pecado (Jo 8.36)

- Ao deixarem de enxergar a verdade em Jesus, esta passa a lhe causar


um terrível desconforto (Jo 3.19)

A decisão dos gadarenos com respeito ao Senhor Jesus revela como


nosso coração pode estar na escuridão (Lc 8.37,38; At 16.14; Hb 3.7,8)

VI. Como ter os olhos abertos para a verdade de Deus?

- Busque com sinceridade conhecer a verdade de Deus revelada por


meio de sua palavra (At 8.29-39 – O eunuco; At 16.14-15)
Mensagens Evangelísticas 115

- Admita sua cegueira espiritual e incapacidade de conhecer a verdade


por si próprio (2Co 3.14-18)

- Abra o coração para ouvir a palavra de Deus (Hb 3.7-8; Tg 1.21; Is


55.3)

- Aceite a verdade de Deus para sua vida, revelada no evangelho


Mensagens Evangelísticas 116

UM BREVE SUMÁRIO A RESPEITO DAS COISAS QUE VIRÃO


2Tessalonicenses 2.1-4

I. A primeira coisa que está para acontecer é o arrebatamento dos


crentes vencedores.
Todos aqueles em cujas vidas a cruz trabalhou profundamente serão
arrebatados. Mas aqueles que apesar de serem salvos ainda estão
misturados com o mundo e comprometidos com pecados
permanecerão na terra e passarão pela Grande Tribulação e serão
recebidos ao soar da sétima trombeta. Somente os santos vitoriosos
e vigilantes estão prontos para serem recebidos.
II. Durante este tempo o Império Romano reviverá, e uma pessoa
muito forte será o seu imperador.
Ele receberá certos poderes de Satanás a fim de fazer sinais e
prodígios de mentira (2Ts 2.7-10). Ele se proclamará Cristo e roubará
o coração de muitos judeus. Naquele período os judeus já terão
retornado à sua terra natal, mas muitos deles são incrédulos. Eles
reconstruirão o templo e restaurarão os seus antigos louvores e
sacrifícios. Por temerem poderes externos, eles farão uma aliança com
o Anticristo por sete anos para receber a sua proteção. Sem dúvida,
haverá um remanescente dos que crêem na palavra de Deus e se
opõem ao nome do falso Messias.
III. No meio desses sete anos, haverá um sinal nos céus, pois o
dragão vermelho (Satanás) será lançado para baixo dos céus para
a terra (Ap 12.7-12).
Ele estará cheio de ódio contra os santos de Deus – esses judeus que
carregam o testemunho de Deus. Ele tornará o coração do Anticristo
– o Imperador Romano – contra esses judeus (Ap 12.13-17).
IV. Mas enquanto Satanás perseguir esses que pertencem a Deus,
Deus punirá aqueles que pertencem a Satanás.
Mensagens Evangelísticas 117

As “trombetas” e as “taças” mencionadas no livro de Apocalipse serão


manifestações da ira de Deus contra o Anticristo e os habitantes da
terra. Ao punir o mundo, Deus espera que eles se arrependam, mas o
mundo persistirá no mal e não se arrependerá (as trombetas Ap 8.2,
6-13; 9.1-6, 13-21; 11.15-19) (as taças Ap 15.1,6,8; 16.1-12,17-21)
V. Através do poder de Satanás, o anticristo quebrará o seu pacto,
interromperá todos os sacrifícios e ofertas, e erigirá a imagem-
ídolo para que as pessoas a adorem (Mt 24.15-22; Dn 9.26,27).
Os falsos profetas virão para persuadir as pessoas a adorar a imagem
(Ap 13.15-17). Assim que a imagem é erigida, o remanescente irá
imediatamente para o deserto. Embora Satanás possa usar muitos
meios para destruí-los, Deus cuidará deles durantes os três anos e
meio (Ap 12.6,13-17)
VI. Não tendo nenhum escoadouro para a sua ira, Satanás se
voltará para perseguir aqueles crentes que não foram
previamente arrebatados.
Muitos serão martirizados (Ap 13.7). Mas ao soar da sétima trombeta,
os crentes que ficarem na terra serão também arrebatados por que
eles terão aprendido obediência através dos sofrimentos e terão sido
agora aperfeiçoados.
VII. Então o Anticristo reunirá todas as nações para vir e atacar os
judeus (a guerra do Armagedom). (Dn 11.40-45; Zc 14.1-3)
Os judeus fugirão da cidade (ver Zac. 14). Isso acontecerá na conclusão
do último sete mencionado em Daniel, quando o Senhor Jesus virá
dos céus com Seus santos e Seus pés tocarão o Monte das Oliveiras.
Ele salvará os filhos de Israel e destruirá as nações que guerrearem
contra Ele. Então começará o reino milenar (Ap 16.12-16).
Isso é um esboço geral do livro de Apocalipse. No entanto, aqueles
que crêem no Senhor e que têm sido fiéis, vigilantes, em prontidão,
vencedores e em oração já terão sido arrebatados para os céus antes
de essas coisas virem sobre o mundo. Não haverá necessidade de eles
Mensagens Evangelísticas 118

passarem pela Grande Tribulação. Por isso, nós devemos ter o espírito
de arrebatamento agora. Que possamos não estarmos envolvidos
com as coisas desse mundo para que possamos ir quando a hora
chegar. Os “poderes da era vindoura” (Hb 6.5) deveriam ser manifestos
nas vidas dos santos hoje. Mas, muitos hoje parecem estar deficientes.
Mensagens Evangelísticas 119

SALVAÇÃO
Marcos 16.16

Salvação é uma questão de posição (Rm 5:19a).

Desde que alguém esteja em Adão, ou seja, no mundo, essa pessoa


está em oposição a Deus e é, portanto, inimiga de Deus. Sua posição
está errada, pois é uma posição de perdição. Essa é a história dos não
salvos.

Ser salvo indica, além do recebimento da vida eterna, a separação de


uma determinada irmandade. Portanto, ter vida eterna é uma questão
puramente pessoal, ao passo que ser salvo envolve os aspectos
pessoal e corporativo.

Salvação envolve deixar uma raça e passar a pertencer a outra. Vida


eterna simplesmente indica onde a pessoa entrou mas não de onde
ela veio.

Segundo a Bíblia, há quatro fatos com respeito ao mundo:

(a) O mundo está condenado ou julgado diante de Deus (Jo 7.7; 12.31);

(b) O mundo jaz no maligno (1Jo 5.19; Jo 14.30);

(c) O mundo crucificou o Senhor Jesus (Jo 1.10; Jo 14.30; 16.20); e

(d) O mundo é inimigo de Deus (Jo 15.18, 19; 17.14, 16; Tg 4.4).

O mundo não apenas peca, mas também crucificou o Senhor Jesus.


Portanto, o mundo é inimigo de Deus. Esses são os quatro fatos
fundamentais sobre o mundo, independente de sua conduta, já estão
julgados e, portanto, encontram-se em estado de perdição.

O que está errado com as pessoas neste mundo é muito mais do que
os atos injustos que cometem; é a própria posição diante de Deus que
Mensagens Evangelísticas 120

está errada. Como pode alguém abandonar o mundo se este ainda o


atrai? Mas se um dia essa pessoa tiver seus olhos abertos para ver a
posição em que o mundo se encontra diante de Deus, por mais
atraente que o mundo possa ser, ela o abandonará. Portanto, salvação
diz respeito à libertação de um relacionamento impróprio com o
mundo bem como de uma posição indevida neste mundo.

Precisamos ser iluminados de forma a ver que a raça à qual


pertencemos está errada e corrompida. O mundo em que vivemos
está errado pois matou o Senhor Jesus e, portanto, constituiu-se em
inimigo de Deus. Já está julgado por Deus. Precisamos ser libertos
desse relacionamento. Precisamos ser livrados dessa posição.

O que, então, significa salvação? Ser salvo é ser libertado dessa


irmandade, dessa posição, e desse relacionamento com o mundo. Em
outras palavras, é sair do mundo (At 2.40; Jo 17.16). Salvação é ser
salvo do mundo, para fora do mundo, não apenas ser tirado do
inferno, pois o mundo esta sob julgamento de Deus.

O batismo segue o crer

Não há dúvida de que quem crê no Senhor Jesus tem vida eterna (Jo
3.16). Tão logo uma pessoa crê no Senhor Jesus, ela recebe vida eterna
e, portanto, goza o favor de Deus para sempre. Mas devemos nos
lembrar: crer sem batismo ainda não é salvação. Sim, você creu e, de
fato, tem vida eterna. Mas você ainda não é considerado uma pessoa
salva aos olhos do mundo.

Enquanto você não for batizado, as pessoas não o considerarão salvo.


Por quê? Porque ninguém sabe que você é diferente do resto do
mundo. Você precisa se levantar e ser batizado, declarando o fim do
seu relacionamento com o mundo. Então, e somente então, será salvo.

O que é batismo? (At 2.38; 22.16)


Mensagens Evangelísticas 121

É a sua emancipação do mundo. O batismo o liberta da raça à qual


você pertencia. O mundo sabia que você era um com ele, mas no
momento em que é batizado, o mundo imediatamente se conscientiza
de que você não tem mais nada com ele. A amizade mantida por
tantos anos chegou ao fim. Você foi sepultado e sua carreira no
mundo terminou (Rm 6.4). Antes do batismo, você sabia que tinha vida
eterna. Após o batismo, você sabe que é salvo. Todos agora
reconhecem que você pertence ao Senhor, pois você é dEle.

“Quem crer e for batizado será salvo”. Por quê? Porque tendo crido e
tendo sido batizado, agora torna-se patente qual é a nossa posição -
estamos em Cristo (2Co 5.17). Se não houvesse fé, não haveria aquele
fato interior que traz realidade. Mas com a realidade interior, o
batismo coloca a pessoa fora do mundo e põe fim ao seu
relacionamento com ele. Batismo, portanto, é separação.

Sem batismo não há testemunho

“Quem, porém, não crer será condenado”. O não crer é suficiente para
condenação. Se uma pessoa pertence à irmandade do mundo, sua
descrença sela sua condenação. Por outro lado, aquele que crê deve
ser batizado, porque enquanto não for batizada tal pessoa não terá
testemunhado de forma visível que saiu do mundo.

Há três fatos surpreendentes no mundo religioso do judaísmo,


hinduísmo e islamismo.

O judaísmo persegue os batizados. Entre os judeus, alguém pode ser


cristão secretamente, sem ser perseguido. A maior dificuldade para
centenas e milhares de judeus não é crer no Senhor Jesus mas ser
batizado. Uma vez batizada, a pessoa pode ser lançada expulsa e
deserdada.
Mensagens Evangelísticas 122

O hinduísmo hostiliza os batizados. Na Índia, ninguém o incomodará


se você não se batizar. Mas tão logo alguém se batiza, tal pessoa é
hostilizada. É como se o mundo não se importasse com que pessoas
tenham vida eterna mas resistisse a qualquer um que seja batizado.

O islamismo mata os batizados. A reação do islamismo é mais severa.


É raro encontrar uma pessoa convertida do islamismo para o
cristianismo, pois os muçulmanos matam tais pessoas. Dentre os
muçulmanos, aqueles que criam deveriam ser imediatamente
mandados para longe, caso contrário, em dois ou três dias após o
batismo seriam mortos.

O batismo é um anúncio público que declara: “Saí do mundo”. Nunca


entenda a palavra “salvação” como significando algo puramente
pessoal.

Segundo a Bíblia, é mais uma questão de sair do mundo do que de


escapar do inferno.

O batismo significa sua morte

Quando alguém é batizado, ele declara que saiu do mundo. O batismo


é muito eficaz em dizer isso às pessoas. Você precisa sair da antiga
esfera da vida. Ter vida eterna é uma questão do seu espírito diante
de Deus; mas ser salvo é seu testemunho para o mundo, declarando
que você não mais tem parte nele.
Mensagens Evangelísticas 123

TRANSFORMANDO O FRACASSO EM SUCESSO


Lucas 5.1-11

Desastre, desgraça. Ruína, perda. Mau êxito; malogro. De alguma


forma todos nós experimentamos fracassos na vida. Eles fazem parte
da nossa existência. Embora ele seja uma realidade em nossa vida,
seus efeitos ou conseqüências são determinados pela atitude que
tomamos com relação a ele. Quando é que o fracasso torna-se uma
arma de destruição da nossa vida? Como podemos extrair do fracasso
forças para obtermos o sucesso? Que passos tomar para que isso
aconteça?

I. É destruidor quando o vemos como o fim das possibilidades

- Pedro e seu irmão André estavam lavando as redes, porque haviam


desistido da pescaria

- Desânimo, desistência e um sentimento de derrota na alma (o caso


de Judas)

II. É destruidor quando permitimos que feridas emocionais


permaneçam em nossa alma

- Há muitas pessoas que permitem feridas no seu coração e tornam-


se incapazes de tentar de novo e encarar a vida corajosamente

- Desenvolvem em seu coração a síndrome do perdedor que o faz


pensar que nunca conseguirá vencer na vida

- Essas feridas ou traumas os tornam pessimistas e passam a ferir


outras pessoas com sua influência negativa

III. É destruidor quando não compreendemos o seu verdadeiro


significado
Mensagens Evangelísticas 124

- O fracasso é como sintomas de uma doença, seu propósito é apontar


para algo mais sério – como por exemplo a falta de entusiasmo de ir
para a igreja pode ser um sintoma de um problema de falta de
relacionamento com Deus.

- O fracasso também é como um teste de perseverança para


desenvolvermos um senso de propósito e direção – como no caso de
Pedro, ele passou toda a noite e não pescou nada – mas sob o
comando de Cristo ele voltou e alcançou o sucesso.

IV. Quando o fracasso torna-se o caminho para o verdadeiro


sucesso

- Quando reagimos com discernimento, procurando rever nossos


valores e atitudes diante da vida, de Deus e das pessoas (quando
Pedro nega Jesus);

- Quando permitido ou ordenado por Deus, ele nos faz perceber que
estávamos indo na direção errada (Jn 1.1,2,17; 2.1-10), e nos leva ao
arrependimento.

- Quando ele expõe a superficialidade dos nossos relacionamentos e


a religiosidade vazia da nossa alma (o filho pródigo)

- Quando traz à tona nossas mazelas e pecados (a morte do primeiro


filho de Davi com Bate-Seba)

V. Como transformar o fracasso em sucesso

- Recomece com uma nova perspectiva (Lc 5.5)

- Determine seguir a orientação de Deus para sua vida

- Confie no amor de Deus pela sua vida e no seu propósito de fazer


de você um filho melhor (Hb 12.4-6)

- Mude suas atitudes com relação aos seus relacionamentos e valores


Mensagens Evangelísticas 125

- Tente de novo

- Ouça e obedeça a voz de Cristo


Mensagens Evangelísticas 126

UM TEMPO ESPECIAL CHAMADO - "HOJE”, E O PERIGO DO


ADIAMENTO
Salmo 95.6,7 e Hebreus 3.12-19

O perigo especial - "não endureçam o coração", por indiferença,


descrença, pedindo sinais, com presunção, prazeres mundanos.

Pecadores rogados a ouvirem a voz de Deus. "Ouçam sua voz",


porque:

1. A vida é curta e incerta.

2. Vocês não podem prometer, corretamente nem legalmente, dar o


que não é seu.

3. Se vocês adiarem, mesmo que seja só até amanhã, vocês estarão


endurecendo seus corações.

4. Há grande razão para crer que, se vocês adiarem isto hoje, vocês
nunca começarão.

5. Depois de certo tempo Deus pára de lutar com pecadores.

V. 7. Esta suposição, Se ouvirem, e a conseqüência inferida disso, não


endureçam o coração, evidentemente demonstram que um ouvir
correto evita a dureza de coração, (Êx. 17.7); especialmente o ouvir da
voz de Cristo, isto é, o evangelho.

É o evangelho que faz e conserva um coração terno (William


Gouge).

Vs. 8-11.

1. O temeroso experimento de Israel de tentar a Deus.

2. O resultado terrível.
Mensagens Evangelísticas 127

3. Que não seja tentado de novo.

V. 10. O erro e a ignorância que são fatais.

V. 11. O momento fatal da entrega de uma alma, de como pode ser


apressado, quais os sinais disso, e quais os resultados terríveis.

VERS. 10-11. O acender, crescer, e a força total da ira divina, e seus


resultados temíveis.

Ontem, é história; amanhã é um mistério; o hoje é uma dádiva, é


por isso que se diz que é o presente.
Mensagens Evangelísticas 128

LIÇÕES POR TRÁS DA CURA DO ENDEMONINHADO GADARENO


Lucas 8.26-36

I. A miserável condição daqueles sobre os quais satanás reina (Mt


12.43-45)

- Aquele pobre homem estava totalmente dominado por satanás,


tanto no corpo como na alma;

- Enquanto permanecido nessa situação, deve ter sido um grande


peso para a sua família e para todos que vivam ao seu redor

- Sua capacidade mental estava sob a orientação de uma legião de


demônios;

- Sua força física estava sendo utilizada apenas para sua própria
vergonha e injúria

- Embora casos de possessão sejam mais raros atualmente, Satanás


continua exercendo domínio sobre os corações das pessoas. Ele as
impulsiona a cometerem toda sorte de pecados e hábitos destrutivos
para arruinarem as suas almas

II. O absoluto poder que nosso Senhor possui sobre satanás

- O Senhor Jesus ordenou o espírito imundo que saísse daquele pobre


homem;

- Imediatamente aquele homem viu-se livre daquela miserável


situação

- Os muitos demônios que o possuíam tiveram que deixa-lo porque o


Senhor Jesus estava ordenando;
Mensagens Evangelísticas 129

- Não apenas isso, mas perdendo o poder e domínio daquela


“morada”, suplicaram ao Senhor que não os atormentassem e que não
os mandasse para o abismo, confessando assim a supremacia de Jesus
sobre eles.

- Embora fossem poderosos, viram-se impotentes diante da grandeza


e poderio de Jesus – até para causarem mal aos porcos, tiveram que
pedir permissão ao Senhor Jesus. Jesus triunfou sobre Satanás e todos
os demônios na Cruz (Cl 2.15; 1Jo 3.8; Mt 28.18; Hb 2.14; Ap1.12-18);

- Não há em nós mesmos qualquer força ou poder contra Satanás e


seus demônios. São superiores em poder e força e isso nos levaria ao
desespero se não fosse nosso amado Salvador que veio ao mundo
para destruir a força e o domínio do inimigo das nossas almas.

- O Senhor Jesus é mais forte que o “valente bem armado” que está
sempre batalhando contra a nossa alma. O Senhor Jesus é capaz de
nos livrar do poder e do domínio de satanás. Um dia o Senhor o
esmagará debaixo dos nossos pés e o prenderá no inferno (Rm 16.20;
Ap 20.1,2);

- Felizes os que ouvem e seguem a voz do nosso Senhor, não temerão


a força do inimigo e jamais serão confundidos ou vencidos (Rm 8.37)

III. A maravilhosa transformação que Cristo realiza nos escravos


de Satanás.

- Lucas declara que acharam o homem de quem saíram os demônios


“vestido e em perfeito juízo, assentado aos pés de Jesus”.

- Como antes era visto aquele homem? Como alguém que não tinha
jeito. Ninguém conseguira ajuda-lo antes, mesmo com as correntes e
cadeias para tentar impedi-lo.
Mensagens Evangelísticas 130

- A história daquele homem era conhecida. Ele era um terror para toda
a vizinhança. Alguém indesejável por conta da maldade produzida em
sua vida pelos demônios. Entretanto, num instante, sua vida teve uma
mudança miraculosa e maravilhosa – as coisas velhas já passaram, eis
que tudo se fez novo.

- Não, porém esquecer que embora essa cura tenha sido admirável e
miraculosa, não é tão maravilhosa quanto cada exemplo de resoluta
conversão a Deus, quando a pessoa passa do domínio de satanás para
a liberdade dos filhos de Deus (At. 26.17-18);

- O homem não está em seu “perfeito juízo”, enquanto não se


converte a Deus; não está em seu lugar adequado, enquanto não se
assentar aos pés de Jesus; ele não estará vestido, enquanto não se
revestir do Senhor Jesus.
Mensagens Evangelísticas 131

O CASTIGO DOS POVOS E O REINO DE DEUS


Isaías 24.1-6

Quando a injustiça não é corretamente punida, o mal cresce na terra


(Ec 8.11). Deus criou o homem para reinar em justiça na terra e dessa
forma abençoá-la. Sermos criados à imagem e semelhança de Deus
diz respeito também à consciência moral do certo e do errado, e a
livre opção para fazer o bem. Mas a partir do pecado do primeiro
homem da terra, esta passou a ser amaldiçoada (Gn 3.17-19).

Toda vez que os homens pecam, a terra sofre as consequências que


ocorrem em seus vários níveis, desde o aspecto social, econômico,
político e geracional.

A corrupção dos homens do tempo de Noé atraiu o julgamento


divino, através do dilúvio que aniquilou toda aquela geração (Gn 6.5-
7)

Deus destruiu as cidades de Sodoma e Gomorra por causa do nível


de maldade e injustiça que havia na vida dos seus habitantes (Gn
13.13; 18.20-21; 19.12-13, 24-25)

Deus desarraigou os cananeus da terra de Canaã e a deu a Israel,


o povo da sua aliança para nela habitar com leis justas e santas (Êx
23.23)

- Havia uma medida de maldade que ainda não havia sido atingida,
por isso, Deus ainda não havia desapossado os cananeus e amorreus
(Gn 15.16)

- O povo de Israel deveria praticar obras justas na terra que passaria a


possuir e não ter a mesma conduta pecaminosa daquelas nações que
seriam expulsas (Dt 12.29-30; 18.9, 14).
Mensagens Evangelísticas 132

Deus preparou um tempo e um dia em que julgará todas as nações


(Sl 9.17; 67.4; 82.8; Is 2.4; 34.1-2)

- Deus reina sobre o seu reino (Sl 22.28)

- Tudo que suja e corrompe o seu reino será destruído, retirado do


seu reino (Mt 13.41; 2Ts 1.7-9)

O tempo desse julgamento foi predito e sinalizado ao longo da


revelação bíblica

- Na profecia de Joel que se refere a um derramamento do Espírito


Santo sobre uma geração de fiéis antes que viesse o grande e terrível
Dia do Senhor (Joel 2.28-30)

O propósito desse julgamento é restaurar a ordem da criação e


redimí-la

- Isto é claramente sinalizado por Paulo quando fala da libertação que


a criação terá do cativeiro (Rm 8.19-23)

- O universo não se destina ao aniquilamento (destruição total), mas


à renovação (2Pe 3.13; Ap 21.1)

- No final de tudo, haverá cura das maldições e perfeita paz produzida


por meio do Trono de Deus e do Cordeiro (Ap 22.1-5)

As 20 guerras mais mortais acontecendo hoje no planeta

Afeganistão, Ásia, Argélia, África, Boko


Haram, Palestina, Cisjordânia, Conflito árabe israelense, EI, Estado
Islâmico, EIIL, Filipinas, Guerras, Iraque, Israel, Iêmen,
Líbia, Mali, Nigéria, Paquistão, Somália, Sudão, Sudão do
Sul, Síria, Tailândia, Ucrânia, Violência política, Índia
Mensagens Evangelísticas 133

O ENDEMONINHADO GERASENO
Lucas 8.26-39

Vemos nessa cena três forças diferentes em ação: Satanás, a


sociedade e o Salvador. Essas mesmas forças continuam operando
em nosso mundo, tentando controlar a vida das pessoas.

Primeiro, vemos o que Satanás pode fazer às pessoas, pois ele é como
um ladrão, cujo maior propósito é destruir (Jo 10:10; e ver Ap 9:11). O
texto não diz quantos demônios controlavam esse homem, mas é
possível que a possessão resultasse de ele ter se entregado ao pecado.
Os demônios são "espíritos imundos" que se apoderaram facilmente
da vida de quem cultiva práticas pecaminosas.

Uma vez que se entregou a Satanás, o ladrão, esse homem perdeu


tudo: o lar e a comunhão com amigos e familiares; a decência, pois
andava nu pelo cemitério; o domínio próprio, pois vivia como animal
selvagem, gritando, autoflagelando-se e ameaçando as pessoas; a paz
de espírito e o propósito de viver. Se Jesus não tivesse atravessado
uma tempestade para resgatá-lo, teria permanecido nessa situação
terrível.

Não devemos jamais subestimar o poder destrutivo de Satanás, pois


ele é nosso inimigo e, se pudesse, devastaria todos nós. Como um leão
que ruge, procura nos devorar (1 Pe 5:8, 9). É Satanás quem trabalha
na vida dos incrédulos, tornando-os "filhos da desobediência" (Ef 2:1-
3). O homem no cemitério é, sem dúvida alguma, exemplo extremo
do que Satanás pode fazer às pessoas.

A segunda força operando nesse homem era a sociedade, mas esta


não conseguiu muita coisa. Ao se ver diante de pessoas problemáticas,
a sociedade não é capaz de fazer nada além de isolá-las, colocá-las
sob vigilância e, se necessário, prendê-las (Lc 8:29). Com todas os seus
Mensagens Evangelísticas 134

avanços científicos, a sociedade continua não sendo capaz de lidar


com os problemas causados por Satanás e pelo pecado.

Chegamos, assim, à terceira força: o Salvador. O que Jesus Cristo fez


por aquele homem?

Em primeiro lugar, foi até ele com sua graça e amor, enfrentando até
uma tempestade. Há quem creia que os demônios causaram a
tempestade. É possível que Satanás estivesse tentando destruir Jesus,
ou pelo menos impedí-lo de se aproximar daquele necessitado. Mas
nada impediria o Senhor de ir àquele cemitério e libertá-lo.

Jesus não apenas se aproximou dele como também lhe falou e


permitiu que falasse com ele. Os moradores da região evitavam todo
e qualquer contato com o endemoninhado, mas Jesus tratou-o com
amor e respeito. Ele veio buscar e salvar os que estavam perdidos (Lc
19:10).

Jesus o libertou com seu poder e sua palavra do domínio daqueles


demônios

I. Vemos no texto o misterioso reconhecimento de Jesus por parte


daquele que estava possuído.

a) Embora a alguma distância da costa, quando o endemoninhado viu


Jesus, correu e adorou-o, ou seja, caiu prostrado diante dele.

b) Nem mesmo os discípulos chegaram a entender quem Jesus


verdadeiramente era, mas o endemoninhado gritava: “Que tenho eu
contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?”.

A súplica desesperada dos demônios para que Jesus os não enviasse


para fora daquela província evidentemente reflete o medo que têm
da punição eterna (cf. Lc 8.31, “para o abismo”, ou para “a perdição
eterna”). Reconhecendo a autoridade de Jesus e a própria derrota,
Mensagens Evangelísticas 135

todos aqueles demônios lhe rogaram, pedindo permissão para


entrar em uma grande manada de porcos que andava ali pastando.

E os que apascentavam os porcos fugiram e o anunciaram na


cidade e nos campos. Onde mais poderiam contar a história? E muito
natural que os homens, inclusive os proprietários dos porcos, tenham
saído para ver o que tinha acontecido. Eles foram ter com Jesus, mas
viram o endemoninhado, o que tivera a legião, e “temeram”. Aquele
que antes se enfurecia entre os sepulcros, “não andava vestido” (Lc
8.27), e que era completamente destituído da razão, agora estava
assentado, vestido e em perfeito juízo.

II. Homens pecadores pedem ao seu único Salvador para que não
os salve

- Quando as testemunhas oculares descreveram a libertação do


endemoninhado e a destruição dos porcos, os habitantes de Gerasa
começaram a rogar a Jesus que saísse do seu território.

- Talvez eles temessem que viesse a acontecer uma perda ainda maior,
e Jesus atendeu ao pedido deles. Nenhum outro milagre que Jesus
realizou recebeu tal resposta negativa.

IV. Em um nítido contraste estava o pedido do homem que fora


endemoninhado, o homem curado rogava-lhe que o deixasse
estar com ele.

Marcos 5 apresenta três pedidos: os demônios pediram que Jesus os


mandasse entrar nos porcos (v12); os cidadãos pediram que Jesus
fosse embora (v17); e um dos homens recém-libertos pediu que Jesus
o deixasse segui-lo (v5:18). Jesus atendeu os dois primeiros pedidos,
mas não o último.

- Jesus colocou uma responsabilidade sobre o gadareno, embora


novo na fé, pois não permitiu que o acompanhasse.
Mensagens Evangelísticas 136

- Vai para tua casa e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor


te fez e como teve misericórdia de ti. Aqueles que tinham banido
Jesus do seu litoral teriam, assim, um mensageiro pregando em Seu
lugar.

Corajosa e vigorosamente, o ex-endemoninhado obedeceu; em


seguida, começou a anunciar (20) em Decápolis quão grandes
coisas Jesus lhe fizera. Observe que o gadareno identificava o
Senhor com Jesus (19-20; veja Lc 8.39). O seu testemunho indiscutível
evocava admiração. Todos se maravilhavam.
Mensagens Evangelísticas 137

OBEDIÊNCIA – A RESPOSTA CORRETA DA FÉ


Mateus 19.16-30 / Lucas 19.8-10

A salvação segundo a Palavra de Deus é mediante a fé (Ef 2.8-10).


Entretanto, essa fé traz consigo certas implicações e exigências. A
questão é: “o que realmente significa crer?”. A verdadeira fé, portanto,
faz com que o homem se submeta a Cristo e à sua vontade,
independentemente das circunstâncias. É impossível ter fé e não
dispor o coração para a obediência. Fé, portanto, significa não apenas
acreditar, mas submeter-se à verdade de Deus revelada no evangelho.
Os dois exemplos do jovem rico e de Zaqueu revelam aspectos da fé
que precisam ser considerados.

I. Vemos em primeiro lugar que tanto o jovem rico como Zaqueu


tiveram o desejo e a iniciativa de se aproximarem de Jesus

- No caso do jovem rico, este aproximou-se de Jesus com o interesse


de saber que bem deveria realizar para herdar a vida eterna.

- No caso de Zaqueu, este queria saber quem era Jesus

- Ambos tinham algo em comum – a necessidade consciente de


salvação

- Entretanto, uma era religioso e praticante da lei e o outro, não;

II. Em ambos os casos, o Senhor Jesus mostrou-se disposto a estar


e conversar com eles

- No caso do jovem rico, Jesus buscou responder às suas indagações.

- No caso de Zaqueu, o Senhor Jesus lhe deu a feliz notícia que iria
pousar em sua casa, que seria seu hóspede.

III. Mas a resposta que deram ao Senhor Jesus não foi a mesma
Mensagens Evangelísticas 138

- No caso do jovem rico, após ouvir a exigência de Jesus para obter a


salvação, retirou-se triste, sem lhe dar qualquer resposta

- No caso de Zaqueu, percebendo a censura dos religiosos que


estavam em sua casa, levantou-se e publicamente confessou seu
pecado e decisão de abrir mão de bens que possuía para obter a
salvação.

IV. Lições que aprendemos com o jovem rico e Zaqueu

- Deus nos dá a mesma oportunidade de nos arrependermos e


crermos no Seu filho, mas nem todos dão a mesma resposta ao
convite da graça

- Nem todos sabem aproveitar a preciosa oportunidade que Deus está


dando de mudarem suas vidas

- Nem todos enxergam a grandeza e excelência da salvação eterna


oferecida pelo evangelho

- Muitos, diante do desafio do evangelho, contabilizam apenas as


perdas e as coisas que teriam que renunciar e não os ganhos e por
isso, permanecem sem salvação.

- Embora a salvação seja pela graça, ela pode nos custar tudo nesta
vida e o Senhor Jesus deixou isso muito claro nos seus ensinos (Mt
10.37-38; Lc 14.26, 33; Mc 8.35)

V. Por fim, o que realmente faltou ao jovem rico?

- Faltou obedecer a orientação de Jesus. Ele não quis obedecer,


porque seu coração estava apegado aos seus bens materiais

- Não conseguiu enxergar a riqueza eterna que poderia adquirir pela


obediência a Cristo
Mensagens Evangelísticas 139

- No caso do jovem rico as palavras de Jesus foram: “Quão dificilmente


entrará um rico no reino dos céus!”

- No caso de Zaqueu, a palavra de Jesus foi: “Hoje veio salvação a esta


casa, pois este também é filho de Abraão!”

O grande problema daquele jovem e de muitas pessoas é que ficam


preocupados com as coisas que deveriam renunciar por seguir a Cristo
e acabam perdendo as verdadeiras riquezas de Cristo.

Na verdade, não querem obedecer. O coração está preso ao pecado


ou às coisas desta vida – inclusive na religiosidade e por isso, não
conseguem obedecer ao chamado de Deus para a salvação.

Mas como Zaqueu, seu coração pode nesta noite responder com
obediência ao chamado de Deus e você poderá tomar posse da vida
eterna
Mensagens Evangelísticas 140

ARREPENDIMENTO, A PORTA DO PERDÃO E RECOMEÇO


Lucas 15.17-24

A história do filho pródigo aponta para a tragédia das ações humanas


e suas consequências e para o insondável e constante amor de um
Deus que não desiste do pecador. Ao contar essa parábola, o Senhor
Jesus descreve com riqueza de detalhes a insanidade e arrogância em
querermos deixar a segurança e a paz da presença e proteção de Deus
para nos aventurarmos no mundo em busca de aventuras e novas
experiências, e as consequências advindas desta trágica decisão.

I. A parábola mostra-nos que é possível estarmos em um ótimo


lugar, tendo todos os privilégios da graça e do amor, e mesmo
assim, preferirmos outras experiências.

- Foi justamente o que aconteceu com o primeiro casal, Adão e Eva


que deixaram-se seduzir pelas palavras da serpente, escolhendo o
caminho escorregadio da independência e autodeterminação. Israel
deixou as fontes de águas vivas e cavou cisternas rotas que não retém
água (Jr 2.13).

- O fato do pai ter repartido a herança mostra que Deus não quer que
permaneçamos com Ele se não for de todo coração.

II. Mostra-nos também como somos capazes de desperdiçar os


nossos tesouros e riquezas com banalidades e coisas que não
satisfazem verdadeiramente a alma.

- A falta de uma profunda consciência de significado e propósito tem


feito muitas pessoas buscarem em coisas banais dessa vida algo que
lhes dê felicidade e satisfação.
Mensagens Evangelísticas 141

- O coração do homem sempre foi inclinado às inovações do pecado


como afirma Eclesiastes 7.29: “Eis aqui, o que tão-somente achei: que
Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias.”

III. Embora o pródigo tenha saído de casa, nunca havia saído do


coração do seu pai, embora tivesse sido desprezado e desonrado
o seu pai, ainda havia espaço para ele dentro de casa.

- Em Isaías 55.7 lemos: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem


maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se
compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em
perdoar.”

IV. A parábola também nos mostra que momentos de deserto são


necessários para que percebamos quais são as nossas verdadeiras
necessidades

- Talvez, se nunca houvesse acabado seu dinheiro, o filho pródigo


jamais teria decidido voltar para casa.

- A escassez e a fome que ele experimentou, o fez perceber que havia


deixado para trás o ambiente onde jamais poderia padecer de fome

- O fato de ninguém lhe dar nada, nem comida, aponta para a


incapacidade do mundo em suprir nossas verdadeiras necessidades.

V. O cair em si aponta para o despertar da consciência quando


esta é atingida por um raio de luz revelando que aquele nunca
fora e nunca seria o lugar onde ele deveria estar

- Também aponta para o fato que aquele não era o tipo devida que
ele deveria estar vivendo.

VI. Sua afirmação: “Quantos trabalhadores de meu pai têm


abundância de pão e eu aqui pereço de fome”, aponta para a
Mensagens Evangelísticas 142

maravilhosa graça Deus derrama até sobre os mais humildes e


simples pecadores que comem à sua mesa.

VII. A sua decisão de se levantar e ir ao encontro do seu pai revela


que o verdadeiro arrependimento implica numa mudança de
atitude e numa tomada consciente de decisão em direção ao
conserto e ajustamento da vida com Deus.

- Ele sabia que ao voltar para casa, não seria rejeitado e que lá teria a
abundância de comida que não estava tendo no mundo.

VIII. A atitude do pai ao ver o seu filho voltando para casa revela
o anelo de Deus em que os pecadores se convertam a ele de todo
coração

- Percebe-se que voltando ele para casa, o pai o avistou quando ele
ainda estava longe. Isto aponta que o pai reconhece o seu filho
mesmo à distância, mesmo moribundo, mesmo mendigo, mesmo
maltrapilho, mesmo carregado de pecado, mesmo deformado pelo
sofrimento que suas escolhas lhe trouxeram.

- Vemos ainda, que o pai moveu-se de intima compaixão. Seu coração


foi tomado de um profundo sentimento de dor e aflição ao perceber
o estado em que se encontrava o seu filho. Sentimento de piedade e
tristeza em favor dos desventurados.

- Observe a atitude do pai em correr ao encontro do filho. Ele nem


esperou o filho aproximar, correu logo ao seu encontro e o beijou num
gesto de profundo amor e aceitação. Ele não se importou com a
sujeira e o mal cheiro. Ele queria apenas abraçar e sentir o seu filho
perto novamente.
Mensagens Evangelísticas 143

UM CONVIDADO FORA DO PADRÃO


Mateus 22.11-14

I. Está claro na parábola que todos os presentes haviam sido


convidados para a festa de casamento do filho do rei

- O convite à salvação é universal. O Senhor Jesus ordenou aos seus


discípulos que fossem por todo o mundo e pregassem o evangelho a
toda criatura;

- A participação da festa não era meritória, ou seja, nenhum daqueles


convidados tinha a dignidade necessária para participarem daquele
tipo de evento;

II. Todos entraram no salão de festa cheio de luz e alegria do filho


do rei

- Isso dava a todos eles o direito de participar dos privilégios e alegrias


da festa

- A alimentação era gratuita, assim como tudo que pudessem


consumir na festa

III. Entretanto, havia um padrão que não poderia ser


desobedecido – todos deveriam estar trajando vestes nupciais

- Isso aponta para um princípio fundamental de Deus – não apenas a


salvação, como também o meio para alcançá-la dependerá de
algumas condições que o pecador deverá obedecer;

- Embora todos estivessem no salão, havia um homem que não estava


com veste nupcial e foi questionado pelo rei ao entrar no ambiente
da festa;
Mensagens Evangelísticas 144

- Embora o texto omita o significado daquela veste, podemos


considerar o fato que Deus já estabeleceu a perfeita justiça de Cristo
como único meio para salvação dos pecadores;

- Faltou àquele homem a humildade necessária para aceitar a veste


que havia sido providenciada pelo rei;

- Provavelmente ele decidiu permanecer naquele ambiente fora do


padrão, com suas próprias vestes, negligenciando as vestes doadas
pelo rei.

IV. O fim daquele homem foi ser lançado nas trevas exteriores,
contrastando o brilho e a alegria do lugar de onde foi expulso.

- Isso demonstra o juízo de Deus sobre aqueles que não aceitam a


perfeita justiça do seu filho, mas se apoiam em sua própria justiça.
Mensagens Evangelísticas 145

CONFISSÃO E OBEDIÊNCIA
Mateus 7.21-23

Parece que temos um paradoxo, uma contradição acerca desse


assunto na Palavra de Deus. Em Romanos 10.9, Paulo nos assegura
que se confessarmos a Jesus como Senhor e crermos nEle, seremos
salvos; mas em Mateus 7.21, Jesus afirma que nem todo que declara
que ele é Senhor entrará no Reino de Deus. Como compatibilizar esses
dois textos? Confessar a Jesus e crer nele não é suficiente? O que a
Palavra de Deus tem a nos dizer sobre isso?

I. A primeira coisa que precisamos compreender é que a confissão


de Jesus como Senhor pressupões a total rendição da nossa vida
a Ele.

- Uma vez que o confessamos como Senhor, significa que a partir


desse momento, ele passa a ter total domínio da nossa vida

- Só compreenderemos o significado da confissão, se


compreendermos o sentido da palavra “senhor”, que em grego é a
palavra “kurios”, que significa “mestre a quem se deve seguir com
lealdade absoluta”.

- Jesus deixou claro que confessá-lo sem obedecê-lo não tem nenhum
sentido nem eficácia para a nossa vida (Lc 6.46). Como mestre, ele
estabelece para nós um novo padrão de conduta que deve ser
observado rigorosamente e que a não observância desses ensinos
resultará em fracasso em nossa jornada espiritual (Mt. 7.24-27)

II. Em segundo lugar, a confissão de Jesus como Senhor é apenas


o início da obra de salvação da alma e não a única coisa.
Mensagens Evangelísticas 146

III. Em terceiro lugar, precisamos compreender que o evangelho


é a proclamação de Jesus como Senhor e não apenas como
Salvador (2Co 4.5)

- Quando pessoas vêm a Cristo apenas como salvador, poderão sofrer


um terrível fracasso em sua busca, porque não há salvação genuína
sem senhorio genuíno.

- O evangelho não é apenas a proclamação da salvação em Jesus, mas


também um chamamento dos homens ao arrependimento e
submissão total a Deus.

- As palavras de Pedro no primeiro sermão pregado diante de uma


multidão de ouvintes atentos foram estas: “Saiba, pois, com certeza
toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus
o fez Senhor e Cristo.” (At 2.36)

IV. As palavras de Jesus em Mateus 7.21-23, não fazem compreender


que é possível pessoas fazerem obras em seu nome e ainda assim,
irem para o inferno

- Porque, embora usem o nome de Jesus para fazerem obras


grandiosas, não se submeteram verdadeiramente à sua palavra e não
obedeceram a Deus e ao evangelho

- O texto de Mateus 7.21 é claro em dizer: “Nem todo o que me diz:


Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus.”

- Portanto, confissão sem obediência não torna ninguém apto a entrar


no reino de Deus

O evangelho que se tem pregado atualmente oferece uma falsa


esperança aos pecadores. Promete-lhes que terão a vida eterna,
apesar de continuarem a viver em rebeldia contra Deus. Na verdade,
Mensagens Evangelísticas 147

encoraja as pessoas a reivindicarem Jesus como salvador, mas


podendo deixar para mais tarde o compromisso de obedecê-lo como
Senhor. Promete livramento do inferno, mas não necessariamente
libertação da iniquidade.
Mensagens Evangelísticas 148

O SURPREENDENTE CONVITE DE JESUS


Mateus 11.25-28

Deus na sua soberania e glória, decidiu ocultar as coisas pertinentes


ao seu reino dos sábios e entendidos segundo a carne para revelar
aos simples e pequeninos. Por isso Jesus afirmou que para entrarmos
no reino de Deus, temos que nos tornar simples como uma criança
(Mc 10.15). Uma vez que os grandes e sábios (líderes religiosos auto-
suficientes) rejeitaram a Jesus e a glória do reino, ele se dirige agora
aos simples e pequeninos, conforme Paulo afirma em 1Corintios 1.26-
29. “Os segredos do reino não são revelados àqueles que são sábios
no seu próprio conceito, mas àqueles que têm a mansidão dos bebês
e uma ânsia pelo conhecimento semelhante à das crianças”. O Pai ama
o filho e entregou todas as coisas em suas mãos (Jo 3.35).

Os três imperativos aqui sugerem três temas sob o título “O repouso


que Jesus nos dá”. São eles: 1) Vinde; 2) Tomai; 3) Aprendei.

I. Para quem é o convite

- Para aqueles que estão cansados de suas pesadas cargas. Este


convite recorda Jeremias 31.25, onde o Senhor ofereceu descanso ao
seu povo na nova aliança: “Eis, portanto, que restaurarei o ânimo do
abatido, animarei o exausto e darei forças aos enfraquecidos”

O primeiro tipo de pessoas eram em parte os que estavam sob a lei


que era mal interpretada pelos líderes religiosos e tornava a vida das
pessoas mais pesada. Embora todo esforço para levar tal carga, isso
não lhes trazia qualquer alivio ou paz.

O segundo era referente ao peso esmagador do pecado e da culpa do


homem, sobre o seu coração. Aqueles cuja consciência é perturbada
pela culpa escravizadora.
Mensagens Evangelísticas 149

Mas o convite também cabe aos cristãos que estão cansados e fracos

II. O que ele promete para os que aceitam o convite

- Eu vos darei descanso

III. O que ele propõe no convite

- Que todo aquele que se acha cansado, tome lugar em sua canga e
aprenda dele. Em certo sentido, colocar-se debaixo de sua autoridade.

- Ele disse em certo sentido: “vinde à minha escola e aprendei comigo”

“A vida muda quando aprender se torna mais importante do que


estar certo”
IV. Que características ele apresenta dele mesmo

- Sou amável e humilde de coração, não como os líderes religiosos do


seu tempo que eram implacáveis e sem amor.

V. Que consequências haverá de andarmos e aprendermos dele

- Acharemos descanso para as nossas almas (Sl 23.2,3)

VI. Quais as características do seu jugo e da sua carga

- Jugo bom e carga leve (1Jo 5.3). Os mandamentos de Deus não são
penosos nem pesados para aqueles cujo coração foi iluminado pela
graça de Jesus Cristo.
Mensagens Evangelísticas 150

O NOME DE JESUS
Filipenses 2.9-11

Cada nome tem seu significado. O nome também aponta para traços
do caráter. O nome também pode ter relação com a história ou
acontecimentos específicos. Mas há um nome de tem um significado
muito especial para todos nós – o nome de Jesus! O texto que lemos
nos revela que Deus lhe deu um NOME que está sobre todo nome.
Não apenas isso, mas também está escrito que o propósito desse
nome é para que se dobrem diante dele TODOS os que estão no céu,
na terra e debaixo da terra. Não apenas isso, mas também, que toda
língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para a glória de Deus!
Então, analisemos os segredos por trás desse nome:

I. O segredo por trás do significado do nome

- O nome de Jesus significa “o Senhor é a Salvação”. Isso aponta para


sua identidade messiânica e também para o propósito para o qual ele
foi enviado.

- O seu nome foi dado por Deus através da mediação do anjo, quando
este veio a Maria anunciar o seu nascimento (Lc 1.31)

- Com a notícia da sua vinda ao mundo por meio da uma virgem, foi
estabelecida a sua missão com base no significado do seu nome, Mt
1.21 “Porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”.

- Também foi dito que ele seria grande, seria chamado Filho do
Altíssimo e Deus lhe daria o trono de Davi – governo e ele reinaria
para sempre e seu reino jamais teria fim ou limite (Lc 1.32-33)

II. O poder do seu nome

- Para perdoar pecados (1Jo 2.12; At 10.43)


Mensagens Evangelísticas 151

- Para curar enfermos e expulsar demônios dando testemunho do


evangelho (At 3.6; Lc 10.17

- Para realizar sinais e maravilhas

III. A excelência e majestade do seu nome

- Ef 1.20, 21

III. O seu nome como chave para obtermos resposta às nossas


orações

- Jo. 14.13, 14; 15.16; 16.23, 24

IV. O seu nome como fonte e poder de salvação

- At 4.12

- Aquele que invocar o seu nome será salvo (Rm 10.9, 10, 13

V. O seu nome como tema principal da pregação do evangelho

- At 8.12

VII. O seu nome deve ser santificado em nossos lábios

- 2Tm 2.19
Mensagens Evangelísticas 152

PERDIDOS E ACHADOS
Lucas 15.1-3, 11-24

I. Como a religiosidade e o legalismo podem tornar nossos


corações insensíveis e preconceituosos

- Os fariseus e mestres da lei consideravam-se tão justos e santos, que


olhavam com desprezo aqueles que não viviam conforme o padrão
moral que praticavam, razão por que censuraram o Senhor Jesus por
receber pecadores e publicanos e comer com eles

- Muitas vezes somos como esses líderes; desenvolvemos certo


padrão de espiritualidade e passamos a olhar os que não seguem o
mesmo padrão com certo desprezo e preconceito.

- Qualquer prática religiosa desprovida de amor e misericórdia não


passa de engano

- As pessoas que mais buscamos evitar, podem ser justamente as que


Deus quer salvar

II. Nesta parábola Jesus combate a falsa ideia de que apenas


pessoas de boa reputação são aceitas por Deus

- Jesus demonstra isso ao acolher aqueles que ninguém aceitava

- A aceitação é uma das mais profundas necessidades humanas e em


nome da satisfação dessa necessidade, muitos se entregam a muitas
práticas e crenças

- Jesus abre uma porta de esperança para todos aqueles que,


rejeitados pela religião, buscam uma nova chance para corrigir as suas
vidas
Mensagens Evangelísticas 153

III. Temos nas três parábolas a surpreendente revelação da alegria


dos céus quando um pecador, arrependido volta-se para Deus

- Nas três parábolas, a história sempre termina em festa, revelando o


coração acolhedor e amoroso de Deus por nós

- A explicação para essa alegria é o insondável amor de Deus pelos


homens caídos. O amor se alegra com a verdade

IV. A história do filho mais novo retrata a história da humanidade


caída

- A parábola retrata a terrível inclinação humana para os prazeres


transitórios e ilícitos da vida, resultando na total depravação (Rm 3.10-
18)

- A busca de uma vida de satisfação vazia fora dos limites da vontade


de Deus. Por que o filho mais novo quis sair de casa? Desejo por
aventura, ou uma forte inclinação para o mal? Muitos rejeitam a Deus
porque seus corações são inclinados para o mal e no caminho de Deus
não poderão andar com práticas pecaminosas.

- No Édem, Deus expulsou o homem do jardim; na parábola do filho


pródigo, ele saiu por conta própria. No Édem, o homem perdeu seus
direitos, na parábola do filho pródigo, ele abriu mão dos seus direitos
ao sair de casa. No Édem, o homem foi proibido de voltar ao jardim,
na parábola do filho pródigo, o pai recebeu o filho de volta com muita
alegria.

V. A parábola do filho pródigo complementa as duas anteriores


apresentando a responsabilidade do homem com respeito a
salvação

- Enquanto na parábola da ovelha perdida e da dracma, Deus é


retratado como alguém que busca até encontrar, sendo o homem o
Mensagens Evangelísticas 154

objeto passivo da salvação (Ez 34.16; Lc 19.10), na parábola do filho


pródigo, o homem é quem toma a iniciativa de voltar-se para Deus
em arrependimento (Is 55.6-7; At 3.19)

VI. A parábola também revela em que situação o ser humano


finalmente chega a uma decisão sensata na vida

- O filho pródigo decidiu voltar pra casa porque estava passando fome
e não tinha como comprar comida. Isso revela algo terrível na nossa
natureza caída; enquanto estivermos absorvidos pelos prazeres
transitórios do pecado e tendo as condições para alimentar os apetites
da carne, permaneceremos longe de Deus, no pecado.

- O filho pródigo lembrou que havia comida em abundância na casa


do seu pai. Não lembrou do amor do pai, da segurança da família, da
riqueza da fazenda; apenas lembrou da comida que havia em
abundância na casa do seu pai.

- O que o levou a pensar na comida da casa do seu pai foi a sua fome.
Isso significa que temos que ter um motivo para nos voltar para Deus.
Qual é o seu?

- Falência espiritual? Crise na família? Enfermidade? Perdas?


Depressão? Desespero? Desejo por uma libertação? Busca por
significado? Aceitação?

- O filho, arrependido, voltou apenas pela comida, mas o pai o


surpreendeu perdoando-o e restaurando a dignidade de filho. Venha
a Deus nesta noite e ele irá te surpreender!
Mensagens Evangelísticas 155

POR QUE POUCAS PESSOAS SERÃO SALVAS


Lucas 13.22-30

Deixamos sempre as coisas para a última hora! Quantos de nós já não


ouvimos esta frase? Temos a tendência de adiar decisões e ações
importantes, e por causa disso, sofremos sérias consequências (sobre
o recadastramento biométrico). O texto que acabamos de ler
apresenta-nos o grande risco de muitos perderem a maior e mais
importante oportunidade de suas vidas por causa da negligência ou
prioridades erradas.

A pergunta feita a Jesus trazia consigo o seguinte questionamento:


“Quantos entrarão no reino de Deus?” Serão muitos ou poucos que
terão tal privilégio? O texto apresenta a resposta de Jesus à pergunta.

I. Em primeiro lugar, uma pergunta notável e intrigante

- São poucos os que se salvam?

II. Em segundo lugar, uma resposta admirável

1. Ao invés de satisfazer a curiosidade da pergunta, Jesus encoraja


a diligência no sentido de buscar entrar pela porta com certa
medida de esforço. (Mt 7.13-14)

- Isso significa que é algo em que não podemos descuidar. Não


devemos esperar por ninguém. A esposa não pode esperar pelo
marido, nem o marido pela esposa. Os filhos não devem ficar
esperando pelos pais. Precisam logo entrar porque a porta irá se
fechar. Os inimigos da nossa alma são muitos e conspiram contra a
nossa salvação. Devemos entrar logo e não ficar adiando decisão tão
importante.
Mensagens Evangelísticas 156

- Não devemos perguntar a opinião dos outros nem consultar quem


quer que seja. Devemos entrar pela porta estreita e salvar a nossa
alma! Não devemos também ficar pensando sobre o que ficará para
trás ou que teremos pela frente. Temos que ouvir a voz do Senhor nos
convidando e entrar.

- Somos responsáveis diante da porta aberta e do convite da graça, e


nos é exigida uma resposta imediata – esforçai-vos por entrar pela
porta estreita!

- Não devemos permanecer parados, nem permanecer no pecado e


na escuridão; devemos entrar pela porta estreita. Ficar de fora e não
entrar é uma atitude insensata e perigosa! A bíblia diz que: “Ficarão
de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas,
e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.” (Ap 22:15).

- Deus nos abriu uma porta de salvação! Não entrar por essa porta é
uma loucura.

2. Ele ainda informa que muitos no futuro tentarão entrar, mas


não conseguirão. Quando o proprietário da casa fechar a porta,
muitos ficarão de fora sem conseguir entrar. Insistirão desesperados,
mas será tarde demais.

- O trono da graça será removido e será estabelecido o trono do juízo

- O convite de amor será substituído pela voz de trovão que dirá:


“Apartai-vos de mim malditos para o fogo eterno preparado para o
diabo e seus anjos.” (Mt 25.41)

- O amor paciente de Jesus será substituído pela ira do Cordeiro (Ap


6.16-17)
Mensagens Evangelísticas 157

3. O motivo de muitos ficarem de fora, é porque não quiseram


entrar no tempo oportuno, quando a porta ainda estava aberta (Is
55.6)

Muitas pessoas não entram hoje pela porta por várias razões:

a. Porque o coração está absorvido com os deleites e prazeres desta


vida

b. Porque pensam ser uma decisão que pode ser tomada depois

c. Porque não percebem a urgência do convite de Deus

d. Porque não percebem o miserável estado de pecado e perdição em


que se encontram suas almas

e. Porque acreditam que mesmo fora do tempo da graça poderão se


salvar

4. O comer e beber ao redor da sua mesa e ouvir suas pregações


sinalizam o descaso que tiveram em não aproveitar a oportunidade
que estava sendo ofertada pela pregação do evangelho. (Hb

5. Muitas pessoas foram a Jesus para serem curadas e até mesmo para
ouvirem seus ensinos, sem, contudo, fazerem qualquer coisa mais
séria em favor de suas almas perdidas. Seus corações continuavam
endurecidos (Hb 3.7-11)

III. Como entrar por essa porta? (At 2.38; Is 55.7)

- Arrependendo-se dos seus pecados

- Crendo em Jesus Cristo como o filho de Deus e único salvador


pessoal

- Confessando-o como Senhor da sua vida


Mensagens Evangelísticas 158

- Passar a obedecer ao evangelho da salvação que consiste no


caminhar no caminho estreito de Cristo.
Mensagens Evangelísticas 159

OBRAS CONSULTADAS

A Bíblia
Comentários Bíblicos
Charles Spurgeon
Martyn Lloyd-Jones
Dicionários
Watchman Nee
Outros

Você também pode gostar