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IMW S.

A 1

Curso Propósito

IMW Santo Antonio da Serra

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LIÇÃO 1 – Módulo 1
CHAMADOS COM UM PROPÓSITO
Desde que o homem habitava o Éden havia questões extremamente relevantes com as quais ele teria de lidar e
que por isso mesmo o tornariam vulnerável.
Não sem motivo, o inimigo o atacou exatamente no ponto, transformando em caos grande parte da criação de
Deus e mais especificamente, o próprio homem, separado do seu criador pelo pecado.
Quais eram essas questões?

“Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, os vossos
olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal” - Gn 3: 4-5 – foi o argumento
usado por Satanás.
Controle sobre o meu destino, controle sobre a vida, sobre o ser, e mais ainda, ser como Deus! Que
proposta fantástica estava sobre a mesa! Mas era falsa, como está provado.
Quem somos afinal? Qual o nosso valor? A que viemos? Estas perguntas acompanham a existência
humana e, para muitos, ainda sem resposta, embora elas já estejam claras na Palavra de Deus.
Estas são três questões básicas da vida:
1. IDENTIDADE: QUEM SOU EU?
Na criação, Deus deixou clara a sua intenção quando formou o homem:

“Façamos o homem a nossa imagem e conforme a nossa semelhança” - Gn 1:26.


Não era algo acrescentado à criação, mais um elemento ou um ser vivo a habitar a face do planeta. Era um ser
que tinha uma identificação, uma referência: o próprio criador. Não sabemos a abrangência de imagem
e semelhança, mas podemos identificar alguns aspectos em que somos semelhantes a Deus:

 Espirituais – o nosso espírito é imortal, viverá para sempre, eternamente;


 Inteligentes – somos capazes de pensar, escolher, decidir;
 Relacionais – desejamos, amamos, trocamos afetos;
 Dotados de consciência moral – julgamos, discernimos o certo e o errado, responsáveis.
Todas as pessoas e não apenas os crentes trazem a imagem e semelhança de Deus, embora distorcida e afetada
pelo pecado.
Jesus Cristo foi enviado por Deus para restaurar em nós sua imagem e semelhança plena.

“O Filho é o resplendor da sua glória e a expressa imagem da sua pessoa” - Hb 1:3


Tudo o que podemos saber e aprender de Deus está expresso em Jesus Cristo. Nem mais, nem menos.
A proposta falsa de Satanás no Éden, perseguida em todos os tempos pelos homens é a mesma de hoje: ser
como Deus. Mas nós não seremos como Deus. Somos a criação e não o criador.

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A proposta de Deus é nos fazer semelhante a Jesus, que é a perfeita imagem do Pai.

Isto não significa o sucesso do ponto de vista humano, facilidades, domínio e controle de todas as coisas, posses
materiais, aliás, algo que vem sendo muito propalado e confundido no meio evangélico e não tem nada
a ver com a vida abundante prometida por Jesus - Jo 10:10.

 Deus quer desenvolver em nós o caráter de seu filho Jesus;


 Deus quer que sejamos santos. Ef 4:22-24;
 Deus está muito mais interessado no que somos do que naquilo que fazemos.
Para isso, Deus usa um processo na nossa vida pelo qual somos tratados, provados e aperfeiçoados para cumprir
o seu propósito.
O processo de santificação, de moldar o caráter, é lento e será tanto mais demorado quanto menos nos
submetermos ao tratamento de Deus conosco. Analogamente, dará resultados mais rápidos quanto
mais nos submetermos a ele. É preciso haver sujeição a Deus.
Vivemos na geração do imediatismo: CtrlC/CtrlV; fast-food, just in time; tempo real etc. Queremos ver
resultados imediatos em tudo, preferencialmente sem nos dar trabalho.
O tratamento de Deus conosco não é assim.
Para restaurar a sua imagem em nossa vida, Deus desenvolveu um projeto fantástico:

 Ele nos gerou novamente, por uma semente perfeita, mudando a nossa natureza de tal
forma que agora podemos receber aquilo que por ele nos é dado. - I Pe. 1:4;
 Deus criou novas bases de relacionamento conosco, recebendo-nos como filhos e não
como estranhos e nos trata como tais. – Jo 1:12;
 Deus colocou em nós seu Espírito Santo, para fazer em nós e por nós aquilo que é de
seu propósito – I Ts 4:7-8;
 Restaurou a nossa identidade com ele a tal ponto que Jesus é a nossa própria vida – Cl
3:4.
Quando nos perguntarem qual é a nossa identidade podemos responder que somos plenamente identificados
com Jesus Cristo.

ANOTAÇÕES
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2. IMPORTÂNCIA: QUAL É O MEU VALOR?

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Alguém já disse que o modo de enxergar a sua vida molda-a, e o modo como você a define determina o seu
destino. A maneira como vemos a vida, e mais especificamente, a nossa vida, é expressa na forma como
nos relacionamos com os outros, como nos vestimos, o que usamos - maquiagens, jóias, tatuagens,
adereços etc., nos nossos valores, prioridades, metas etc.
Que tipo de pessoas faz parte dos nossos relacionamentos e o que temos visto hoje desfilando diante de nossos
olhos nas ruas? Como as pessoas estão se expressando? O querem dizer?
Nós precisamos enxergar a vida e expressá-la do ponto de vista de Deus.
Estamos vivendo no planeta Terra, nesta era, neste país, nesta cultura, nesta família, com esta estatura, peso e
cor da pele e não há nada de errado nisto.
Você precisa compreender o seu valor.
2.1 - Deus planejou você
Você foi concebido na mente de Deus antes mesmo de ser concebido no ventre de sua mãe. Você pode ter sido
um filho indesejado e não planejado por seus pais, mas você foi desejado e planejado por Deus. Você
não é fruto do acaso. Você é exatamente dessa forma porque Deus tem um propósito em você ser assim
– Sl 139:15-16.
Entender isso motiva a sua vida.
2.2 - Você foi programado por Deus
Talvez já tenhamos pensado alguma vez que nascemos na época errada; que o mundo antigo ou dos nossos pais
teria sido muito melhor, ou que o seu tempo ainda não chegou.
Muitas pessoas emigram na expectativa de uma vida melhor em outro lugar, de ver um mundo novo, outra
cultura mais atraente etc.
Se você está vivo, qualquer que seja a sua idade ou contexto em que estiver é porque Deus programou você
para estar aqui e agora, At 2:46, e não em outro lugar, fruto de sonhos e fantasias ou até
descontentamento. A menos, é claro, que Deus o esteja chamando com um propósito para uma obra
específica em outro lugar.
 Saiba que o seu lugar é aqui - Is 45: 18;
 Saiba que o seu tempo é hoje - Ec 7:10.
Entender isso dá sentido a sua vida.
2.3 - Você foi regenerado por Deus
Algumas pessoas pensam muitas vezes que são apenas mais um no meio da multidão. Não são notadas nem
queridas, nada de especial lhes foi reservado na vida. A sensação de solidão toma conta de muitos,
levando-os ao desânimo, depressão, frustrações etc.
Mas tudo está sob o controle de Deus. Mesmo as coisas que nos parecem insignificantes não o são para Deus,
pois nada é insignificante na vida.
A Palavra de Deus diz que você foi gerado novamente de uma semente incorruptível, que é a própria palavra de
Deus. - I Pe 1:23
Isso não foi por acaso. Foi da vontade de Deus, uma escolha dele. Deus o escolheu no meio de bilhões de
pessoas para se relacionar com você e porque tem um propósito para sua vida.
Entender isso valoriza a sua vida.
2.4 - Deus tem algo para fazer através de você

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Quantos planos você já fez? Quantos sonhos acalentou? Quantos conseguiu realizar? De todos eles, quais foram
embasados nos planos e propósitos de Deus para sua vida?
Saiba que Deus tem muito a fazer por você e através de você e que somente a uma pessoa no mundo foi dado o
privilégio de realizar: você mesmo.
Quando Deus criou o homem, também tinha planos claros para ele, de cuidar daquilo que pertence a Deus. - Gn
1:28.
Deus o planejou, programou, regenerou e chamou porque também tem planos claros para sua vida: continuar a
fazer aquilo que Jesus começou. Ele confiou isto a você. Mt 25:21
Você só tem esta vida para fazer o que ele espera de você. O que ele lhe propõe aqui é temporário, mas o que
ele lhe promete para depois é eterno – 2 Tm 4:7-8
Entender isso redireciona sua vida.
ANOTAÇÕES
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LIÇÃO 2
3. IMPACTO: QUE DIFERENÇA FAÇO NO MUNDO?
Muitos estão passando pela vida e seu modo de viver não afeta positivamente ninguém. Passam despercebidos.
Deus não planejou isso para o homem.
Jesus disse que veio para que nós tivéssemos vida e vida em abundância, isto é, primeiramente com significado
e propósito e depois, eterna.
Qual é o propósito da sua vida?
Quando atendemos ao chamado de Deus entendemos o significado e o propósito da vida.
Talvez você pense que sua vida é inexpressiva, incapaz de afetar quem quer que seja. Saiba que Deus está
atuando poderosamente no mundo e quer você ao lado dele, para formar uma equipe poderosa, capaz
de transformar a vida das pessoas com algo que seja verdadeiramente impactante, duradouro, eterno.
Você precisa compreender que faz parte deste plano.

3.1 – Deus tem atribuições para você


Cumprir sua missão no mundo é propósito de Deus para sua vida.
Você tem um MINISTÉRIO, que é seu serviço junto ao corpo de Cristo, discipulando vidas que se multiplicarão
em outras vidas – Mt 28:19.

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Você tem uma MISSÃO no mundo, que é seu serviço junto aos que não crêem, levando a Palavra de Deus a eles.
Parte dessa missão é compartilhada com o corpo de Cristo, e todos devem fazê-lo. Mas há uma
responsabilidade que é específica e somente você pode executá-la. – 2 Co 5:18.
Entender isso motiva sua vida.

3.2 – A sua missão é a mais importante obra da sua vida


Muitos têm seu nome lembrado ao longo da história por causa de grandes feitos, grandes obras, grandes
descobertas. Mas nenhuma vida foi tão impactante quanto a de Jesus de Nazaré. E Deus nos chama para
dar continuação à sua missão.
Jesus nos chamou não apenas para vir a ele, mas para ir por ele. A ordem de evangelização foi dada cinco vezes
de formas diferentes – Mt 4:19.
Isso foi colocado por ele, não como opção de vida, mas como compromisso – Mt 28:19-20.
Partindo do Rei, a determinação é compulsória, ou seja, desprezá-la é desobediência – Ez 3:18.
Deve ser entendida como um privilégio, pois somos honrados com a posição de colaboradores de Deus na
construção do seu reino – 2 Co 5:18.
E não somente por isso, mas por trabalhar com Deus – 2 Co 6:1, e ser exemplo no mundo como verdadeiros
embaixadores – 2 Co 5:20.
Falhar em nossa missão é desperdiçar a vida que recebemos do Senhor – At 20:24.
Entender isso valoriza sua vida.

3.3 – Sua missão é a obra mais impactante para a vida dos outros
Alguém já disse que nem todos os parlamentos que se reuniram, nem todos os exércitos que já marcharam,
nada teve tanto impacto quanto a vida de Jesus de Nazaré. A sua mensagem atravessa os séculos
transformando vidas. Tudo o que se pode fazer por alguém, fora de Jesus Cristo, terminará quando a
vida dessa pessoa chegar ao fim. O melhor que se pode fazer por alguém é contar a ela como obter a
vida eterna – At 4:2.
O melhor para se fazer com a vida é gastá-la em algo que sobreviverá à própria vida, algo que permanecerá para
sempre. Esta é a boa parte que não nos será tirada – Lc 10:42
A sua missão é a única no mundo e fará diferença no destino eterno das pessoas e no seu próprio destino – Jo
9:24.
Entender isso redireciona a sua vida.

3.4 – Sua missão é o custo mais precioso da sua vida


Missão não é algo que agregamos à nossa vida. Substitui todas as outras coisas: sonhos, planos, ambições,
privilégios etc.
O enfoque tem de mudar: não é Deus abençoar o que eu estou fazendo, mas eu fazer o que Deus está
abençoando – Rm 6:13.
Nada fará tanta diferença na eternidade do que o cumprimento do seu propósito – 2 Tm 4:7-8.

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Entender isso o colocará dentro do propósito de Deus para sua vida.

4. CHAMADOS COM UM PROPÓSITO


Já vimos até aqui que, pelo nosso relacionamento com Jesus Cristo, recebemos uma nova identidade, uma clara
afirmação do nosso valor pessoal e um chamado para fazermos diferença em nossa geração. De modo a
tornar mais clara a definição do Propósito de Deus para nossa vida, vamos exemplificá-la através de
alguns personagens bíblicos:
4.1 – Adão
Adão, o primeiro homem, foi criado à imagem de Deus. Ele já nasceu perfeito, sem pecados, com identidade e
valor bem definidos. Mas mesmo assim Deus lhe deu um chamado, uma missão, um propósito bem
claro:
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E
Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a;
dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela
terra” Gn 1:27-28.
Alguns cristãos pensam que o único e importante propósito de Deus para nós é sermos como ele. Ser é mesmo
fundamental e todos devemos buscar uma completa mudança de vida. Mas Adão já era como Deus e
mesmo assim o Senhor o chamou para fazer algo para ele. E o chamado de Deus foi: Ser fecundo,
multiplicar, encher a terra e dominá-la, ou seja, exercer liderança e influência.
Quando Deus teve de trazer o juízo do dilúvio e recomeçar a história da humanidade por meio de Noé, o mesmo
propósito de Deus lhe foi retransmitido, com as mesmas palavras, ou seja: “Abençoou Deus a Noé e a
seus filhos e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra” Gn 9:1.
4.2 – Abraão
Abraão foi chamado por Deus, que tratou profundamente com ele a ponto de transformá-lo num homem de fé
e obediência, chegando até a mudar o seu nome de Abrão, Pai Exaltado, para Abraão, Pai de uma
multidão. Seu próprio nome revela o propósito de Deus de fazer dele o pai de uma grande nação. Em Gn
12:1-3 e 15:5-6 vemos claramente que o mesmo desejo que Deus tinha para Adão e para Noé agora é
retransmitido a Abraão, ou seja, o pai de uma grande nação e que toda a terra fosse abençoada a partir
dele e de sua descendência.
O próprio Jesus sempre enfatizou que estava em missão, não apenas para salvar o povo judeu, mas a
todos os moradores da terra. Ser e fazer sempre foram enfatizados por ele, pois dizia: “Se
alguém me ama, guardará a minha palavra” – Jo 14:23 e “Vós sois meus amigos, se fazeis o que
eu vos mando” – Jo 15:14.
Sua ordem final aos discípulos foi para irem por todo o mundo e fazerem discípulos de todas as nações.
4.3 – Paulo
O apóstolo Paulo vivia em função do propósito de Deus para sua vida, e ele mesmo testemunha dizendo:
“Então, eu perguntei: Quem és tu, Senhor? Ao que o Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu
persegues. Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci, para te
constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais
te aparecerei ainda, livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, para lhes
abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a
fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé
em mim. Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial. ” – At 26:15-19.

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Deus tem nos dado uma visão celestial e também não podemos ser desobedientes a ela.
Cada um desses heróis bíblicos encontrou em Deus a sua identidade, cada um foi profundamente tratado em
seu caráter e valor pessoal e todos foram grandemente usados por Deus, pagando o preço de
completarem o chamado de Deus para eles.
E Deus continua o mesmo. Nunca mudará. Jesus veio para formar uma geração de filhos crentes em Deus,
regenerados, cada dia mais semelhantes a ele e que encham a terra de muitos outros crentes
semelhantes a Jesus. Este é o propósito de Deus para a igreja: “Sermos uma família de muitos filhos
semelhantes a Jesus”.
A missão da Igreja não podia ser diferente: Levar o evangelho a todas as pessoas e transformá-las em
verdadeiros discípulos de Jesus.
Assim, não é coincidência que sempre tenhamos que enfatizar algumas palavras, tais como: multiplicação,
frutos, fertilidade, crescimento, liderança – RELACIONAMENTO.
Desde Adão, Deus mesmo expressou através delas o seu sonho para o nosso planeta: “Pois a terra se encherá
do conhecimento da glória do SENHOR, como as águas cobrem o mar” Hc 2:14.
Cremos fortemente que nestes dias, Deus nos tem dado uma estratégia de crescimento e pastoreio da
igreja através da multiplicação de muitos e muitos GCEUs por toda a cidade. Através deles,
todos podemos cumprir o chamado de Deus, dando frutos, multiplicando e exercendo liderança
transformadora em muitas vidas. E um dia, toda a terra se encherá mesmo da glória de Deus.
Amém!
ANOTAÇÕES

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5. PERGUNTAS QUE VOCÊ DEVE RESPONDER


1. O que será o centro da sua vida? = Adoração.
• Para quem você irá viver
• Em torno de que construirá sua vida
2. Qual será o caráter da sua vida? = Discipulado – I Tm 4:16
• Que tipo de pessoa você quer ser
• Deus se interessa mais em quem você é do que em o que você faz
3. Qual será a contribuição da sua vida? = Serviço – Jo 15:16
• O seu ministério no corpo de Cristo
• A sua missão no mundo

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Material gentilmente cedido pela IBCBH Igreja Batista Central de Belo Horizonte

LIÇÃO 3
UMA IGREJA COM PROPÓSITOS
UMA IGREJA COM PROPÓSITOS

Introdução:
O segredo na vida é fazer as perguntas certas! Quando se fala em crescimento da igreja,
normalmente se pergunta: O que fará a nossa igreja crescer? Esta é uma pergunta errada. A
pergunta certa deve ser: O que está impedindo nossa igreja de crescer? Além disso, o
enfoque normalmente tem sido colocado no lugar errado. O enfoque deve estar na saúde da
igreja e não no seu crescimento. Uma igreja saudável cresce. Esta é a lei da natureza. O
organismo (a igreja é um organismo vivo) que não cresce está doente. A chave para a igreja
do século XXI, portanto, está na saúde espiritual da igreja e não no seu crescimento.
UMA IGREJA DIRIGIDA POR PROPÓSITOS
1.0 - O que motiva a nossa igreja?
Toda igreja é dirigida ou motivada por alguma coisa. Existe uma força que guia, uma pressuposição
controladora, uma convicção motivadora por trás de tudo o que acontece. Se olharmos a
palavra ‘dirigir’ no dicionário, acharemos esta definição: “guiar, controlar ou direcionar”.
Este direcionamento pode não estar escrito em nenhum lugar, ele pode ser desconhecido
para a maioria das pessoas da Igreja. Provavelmente nunca houve uma votação para aprovar
tal direcionamento. Mas, ainda assim, ele existe e influencia cada aspecto da vida da Igreja.
Qual é a força que direciona e motiva nossa igreja?
1) Igrejas dirigidas pela tradição: Nas igrejas dirigidas pela tradição, a frase preferida é: “Nós sempre
fizemos isso deste jeito”. O alvo da igreja dirigida por tradições é simplesmente perpetuar o
passado. Mudanças são quase sempre vistas de uma forma negativa e a estagnação é
interpretada como sinônimo de “estabilidade”. Igrejas mais antigas têm a tendência de se
agarrar a certas regras, regulamentos e rituais, enquanto as mais jovens tendem a se unir a
um propósito e uma missão. Em algumas igrejas a tradição é tanta que qualquer outra coisa,
inclusive a vontade de Deus, se torna secundária. Alguém disse que as sete últimas palavras
de uma igreja são: “nós nunca fizemos isto deste jeito antes”.
2) Igrejas dirigidas por personalidades: Nesta igreja o fato mais importante é: “O que o líder da
igreja quer? ” Se o pastor está servindo na igreja por muito tempo, certamente é a
personalidade que a motiva. Mas se a igreja tem uma história de sempre mudar de pastor,
um ou mais leigos de destaque na igreja certamente são esta força polarizadora. Um dos
problemas comuns de uma igreja dirigida por personalidades é que o planejamento é

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sempre determinado pelo passado, necessidades e inseguranças do líder, não pela vontade
de Deus e pela necessidade do povo. Outro problema é que esta igreja é colocada em
cheque quando a personalidade dirigente a deixa ou morre.
3) Igreja dirigida pelas finanças: A questão que ronda a mente de cada pessoa numa igreja dirigida
por finanças é: “Quanto isto vai custar? ” Nada é tão importante quanto as finanças. O
debate mais quente nessa igreja é sempre sobre o orçamento. Boa mordomia e entrada
financeira são elementos essenciais em uma igreja sadia, mas finança nunca poder ser um
fator controlador. O item principal deve ser o que Deus quer que a Igreja faça. Igrejas não
existem para produzir lucro. A razão da existência de uma igreja não deve ser “quanto
conseguimos economizar? ”, mas sim, “quantos nós conseguimos salvar? ”.
4) Igrejas dirigidas por programas: O programa feminino, o coral, a escola dominical, e o estudo
bíblico são exemplos de programas que muitas vezes são a força que motiva certas igrejas.
Numa igreja dirigida por programas, toda energia está concentrada em se manter o que foi
planejado. A igreja dirigida por programas, em vez de desenvolver o povo, trabalha somente
no preenchimento de cargos. A comissão de nomeações é o grupo mais importante da
igreja. Se os resultados não são os esperados, as pessoas envolvidas culpam a si mesmas por
não trabalharem o suficiente. Ninguém jamais questiona se o programa ainda funciona ou
não.
5) Igrejas dirigidas por construções: Winston Churchill disse uma vez: “Formamos os nossos prédios
e depois os prédios nos formam”. Muitas vezes uma congregação está tão ansiosa por ter
um prédio bonito, que os seus membros gastam mais dinheiro do que eles têm. O maior
item do orçamento é o pagamento da manutenção das instalações. Fundos necessários para
operar ministérios têm de ser desviados para pagar intermináveis prestações e assim o
verdadeiro ministério da Igreja sofre. Para isso serve a expressão chinesa: “Em vez de o
cachorro balançar o rabo, o rabo balança o cachorro”.
6) Igrejas dirigidas por eventos: Se olharmos o calendário de uma igreja dirigida por eventos,
ficaremos com a impressão de que a meta daquela igreja é manter o povo ocupado. Sempre
tem alguma coisa acontecendo, todos os dias da semana. Existe muito trabalho em igrejas
como esta, mas não necessariamente produtividade. Uma igreja pode ser ocupada sem
entender qual o propósito de tanta ocupação. Alguém precisa questionar: “Qual o propósito
de cada uma de nossas atividades? ” Numa igreja dirigida por eventos, o número de
programações que uma pessoa frequenta é principal medida de fidelidade e maturidade.
7) Modelo bíblico - uma igreja dirigida por propósitos: Devemos começar olhando para tudo o que a
nossa igreja faz, através da ótica dos propósitos colocados pelo Novo Testamento e ver
como Deus deseja que ela seja equilibrada em todos eles. Vejamos At 2.42-47:
42) E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.
43) Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.
44) Todos os que creram estavam juntos, e tinham tudo em comum.

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45) Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém
tinha necessidade.
46) Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa, e tomavam as
suas refeições com alegria e singeleza de coração,
47) louvando a Deus, e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o
Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”.
A partir do texto percebemos cinco propósitos para a igreja: reunir; edificar; adorar; ministrar;
evangelizar. Igrejas fortes são construídas sobre um propósito. Enfocando igualmente todos
os cinco propósitos, nossa igreja irá desenvolver um equilíbrio sadio, que produzirá um
crescimento duradouro. “Muitos são os planos do coração do homem, mas é o propósito do
Senhor que permanecerá” (Pv 19.21).
[Comentário: Estes propósitos irão fortalecer as oito marcas de qualidade de uma Igreja que cresce:
Liderança capacitadora; Ministérios orientados pelos dons; Espiritualidade contagiante;
Estruturas funcionais; Culto inspirador; Grupos familiares; Evangelização orientada para as
necessidades; Relacionamentos marcados pelo amor fraternal. Planejamentos, programas e
personalidades não duram, mas o propósito de Deus prevalecerá].
8) A importância de ser dirigido por propósitos: O ponto de partida de cada Igreja deve ser a
questão: “Por que existimos? ” Até que saibamos qual é a razão de existência de nossa
Igreja, não temos um alicerce, nem motivação nem direção no ministério. Se estamos
ajudando uma nova Igreja a começar, nossa primeira missão deve ser definir o seu
propósito. É muito mais fácil colocar a base correta quando se começa uma nova Igreja, do
que tentar endireitá-la depois que ela existe há anos. Se ministramos numa Igreja que está
estável, declinando, ou está simplesmente desencorajada, nossa missão principal é redefinir
o seu propósito. Esqueçamos qualquer outra coisa, até que tenhamos estabelecido novos
propósitos nas mentes de nossos membros. Resgatemos uma visão clara do que Deus quer
fazer em nossa Igreja e através dela. Não existe nada no mundo que vai revitalizar mais
rápido uma Igreja desencorajada do que redescobrir esse propósito. Igrejas são iniciadas por
diversas razões. Algumas vezes são razões inadequadas: competição, orgulho
denominacional, necessidade de reconhecimento de um líder, ou algum outro motivo não
louvável. A não ser que a força motivadora que rege a Igreja seja bíblica, a saúde e o
crescimento da Igreja nunca serão o que Deus deseja. Igrejas fortes não são construídas
sobre programas, personalidades ou artifícios, e sim sobre os propósitos eternos de Deus.
ANOTAÇÕES
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LIÇÃO 4
2.0 - Definindo seus propósitos
1) Liderando a definição dos propósitos:
a) Atentar ao que a Bíblia diz: os seguintes textos bíblicos podem ser estudados:
 Mt 5.13-16; 11.28-30; 16.15-19; 18.19-20; 22.36-40; 24.14; 25.34-40; 28.18-20.
 Mc 10.43-45.
 Lc 4.18-19; 4.43-45.
 Jo 4.23; 10.14-18; 13.34-35; 20.21.
 At 1.8; 2.41-47; 4.32-35; 5.42; 6.1-7.
 Cartas de Paulo: Rm 12.1-18; 15.1-7; 1 Co 12.12-31; 2 Co 5.17; 6.1; Gl 5.13-15; 6.1-2; Ef
1.22-23; 2.19-22; 3.6, 14-21; 4.11-16; 5.23-24; Cl 1.24-28; 3.15-16; 1 Ts 1.3; 5.11.
 Cartas pastorais: Hb 10.24-25; 13.7, 17; 1 Pe 2.9-10; 1 Jo 1.5-7; 4.7-21.
Nestes textos atente para o seguinte:
 Observe o ministério de Cristo aqui na terra.
 Atente às imagens que há nos nomes da Igreja.
 Note os exemplos das igrejas no Novo Testamento.
 Examine os mandamentos de Cristo.
b) Buscar respostas para quatro perguntas:
 Por que a igreja existe?
 O que devemos ser como Igreja? (Quem e o que somos?)
 Qual é a nossa missão como Igreja? (O que Deus quer que façamos no mundo?)
 Como vamos fazer isto?
c) Escrever cada uma das descobertas.
d) Resumir as conclusões em uma frase.

2) O que faz uma declaração de propósitos eficiente?

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a) É bíblica: ela expressa a doutrina da igreja do NT (nós não decidimos quais são os
propósitos da igreja, apenas os “descobrimos” no Novo Testamento).
b) É específica: deve ser simples e clara; não querer abordar todos os assuntos.
c) É transferível: que seja fácil de memorizar.
d) É mensurável: deve possibilitar que a igreja seja avaliada a partir da mesma.

3) Duas grandes passagens:


a) Mt 22.37-40: o grande mandamento.
b) Mt 28.19-20: a grande comissão
Os dois textos resumem tudo o que a igreja deve ser e fazer.

4) Os cinco grandes propósitos da igreja


Uma igreja com seus propósitos está comprometida com os cinco aspectos constantes no texto do
grande mandamento e da grande comissão:
a) Amar a Deus com todo o coração: adoração. Adorar a Deus é o primeiro propósito da
igreja! A igreja existe para adorar a Deus. Adorar vem antes de servir!
b) Amar ao próximo como a si mesmo: ministério. A igreja existe para ministrar ao povo.
Ministério é demonstrar o amor de Deus aos outros. Cada vez que tocamos alguém
com amor estamos ministrando. A igreja deve ministrar a todos os tipos de
necessidades: físicas, emocionais e espirituais! A igreja deve preparar os santos para a
obra do ministério (Ef 4.12). [ver o livro: A hora e a vez dos leigos].
c) Ir e fazer discípulos de Jesus: evangelismo. A igreja existe para comunicar a Palavra de
Deus. Nossa missão é evangelizar o mundo (2 Co 5.20). A evangelização é tão
importante que Jesus comissionou os discípulos em cinco vezes ocasiões: Mt 28.19-20;
Mc 16.15; Lc 24.47-49; Jo 20.21; At 1.8.
d) Batizar os que foram feitos discípulos: comunhão. O batismo introduz na comunhão e
identifica o novo crente com o corpo de Cristo. Como crentes somos membros de um
corpo; somos chamados a participar. Batismo é a visualização da integração no corpo
de Cristo. [Lembremos que no início da igreja cristã o batismo acontecia após a
confissão de fé, neste contexto que surgiu o Credo Apostólico, como credo batismal].
e) Ensinar a obedecer: discipulado. A igreja existe para educar e edificar o povo de Deus.
Em seu sentido literal Mt 28.19 que dizer: “indo batizando e ensinado”. Estes três
aspectos são os elementos essenciais no processo de formar discípulos de Jesus.
Ensino e obediência estão intimamente ligados (Ef 4.12-13; Cl 1.28).

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ANOTAÇÕES
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3.0 - Aplicando seus propósitos


Aplicar os propósitos é parte mais difícil. Passar de uma declaração de propósito para as ações
dirigidas por estes propósitos estabelecidos requer uma liderança que esteja totalmente
comprometida com este processo. Isso leva tempo. É preciso muita paciência! São
necessários: muita oração, planejamento, preparo e experimentar como vai funcionar. O
importante é concentrar-se no progresso, não na perfeição. Existem dez maneiras de ser
dirigido por propósitos:
a) Conquistar novos membros com propósitos. O caminho é começar de fora para
dentro e não de dentro para fora. Isto quer dizer: começar o trabalho com os não-
crentes, levá-los à fé, ensiná-los e capacitá-los para que assumam um ministério. O
problema, quando se começa o trabalho com um “núcleo de crentes” é que este
grupo acaba desenvolvendo uma comunhão tão fechada que acaba perdendo o
contato com os não-crentes. Por conseguinte, perde-se o ímpeto evangelizador e a
comunidade deixa de crescer.
Comentário: Aqui temos uma visão diferente. O método tradicional é começar com um
núcleo compromissado de crentes maduros. Tenho percebido que na minha prática
esta forma proposta de Warrem é mais eficiente].
b) Desenvolver programas ao redor de propósitos. De acordo com a proposta acima,
cada círculo de compromisso corresponde a um propósito. Ao usar os cinco círculos
de compromisso como uma estratégia para as atividades o público-alvo também vai
estar identificado, assim como o objetivo. Sempre deve ficar bem claro qual o
objetivo de cada programa. As atividades ou programas devem estar sempre à
serviço dos propósitos estabelecidos.
c) A capacitação do povo deve ter um propósito claro. É preciso ter bem claro onde se
quer chegar com os cursos e programas de capacitação. Existem basicamente quatro
passos na capacitação:
 Primeiro: levar a pessoa à fé em Jesus e ajudá-la a ser membro da igreja;
 Segundo: ajudar o novo crente no crescimento espiritual;
 Terceiro: ajudar o crente a que encontre o seu ministério, conforme seus dons;
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 Quarto: capacitar o crente a ganhar outros para Cristo.


Assim se completa o circuito. O objetivo da capacitação é transformar frequentadores da igreja
em missionários.
d) Começar pequenos grupos com um propósito. Pode-se ter os mais diversos grupos
com objetivos diferentes. Não é preciso e nem é bom que todos os grupos queiram a
mesma coisa. Nesta diversidade reside a saúde.
e) Contratar obreiros com um propósito específico. Cada pessoa tem algo que gosta
mais de fazer e o faz melhor. É preciso que todo obreiro trabalhe naquilo que se
sente vocacionado. As pessoas que sentem amor pelo que fazem têm mais
motivação. Existem inúmeros ministérios na igreja. [Aqui é importante ver mais uma
vez o livro: A hora e a vez dos leigos; outro material que vamos trabalhar neste ano
aborda com detalhes este aspecto].
f) Organizar a estrutura a partir dos propósitos. A estruturação do trabalho pode ser
feita com base nos propósitos. Assim, podem ser criadas as mais diferentes equipes
de trabalho, cada uma com um objetivo bem claro para alcançar um aspecto de
algum dos propósitos.
g) Pregar com um propósito claro. As pregações precisam atingir todos os cinco
propósitos da igreja. É preciso planejar a pregação. Séries com temas específicos.
h) Elaborar o orçamento baseado nos propósitos da igreja. A forma mais rápida de
descobrir quais as prioridades de uma igreja é olhar o orçamento e o calendário de
atividades. A forma como gastamos nosso tempo e dinheiro mostra o que é
importante para nós.
i) Organizar a agenda conforme os propósitos. É possível destinar dois meses por ano a
cada um dos propósitos. Desta forma, a cada bimestre a igreja estará trabalhando
com mais ênfase em dos propósitos. Se os propósitos não forem agendados eles não
serão enfatizados!
j) Avaliar os propósitos. A avaliação é fundamental para que se possa corrigir os erros e
distorções durante a caminhada. Sem avaliação não é possível corrigir a direção.
Quanto mais membros entenderem e se comprometerem com os propósitos mais
fortes a igreja serão.
ANOTAÇÕES
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Material organizado pelo Pr. Josias Moura de Menezes Site: www.josiasmoura.wordpress.com Apostila
Baseada no Livro uma Igreja com Propósitos por Rick Warren

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LIÇÃO 5 – Módulo 2
“Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela. ”
Mateus 16:18
A Igreja é um projeto de Deus. É o projeto principal de Deus. A igreja é fruto da pré-ciência de Deus.
Deus a projetou antes da fundação do mundo. Pré-ciência é um tempo de Deus chamado Aions.
Tempo de Deus não é o tempo Cronos, tempo do homem, não é o tempo Kairos. Aions é uma
definição grega para o infinito. O homem só conhece o tempo a partir do “haja de Deus”, da
criação revelada em Genesis. Não nos foi dado a revelação do tempo Teos, tempo de Deus.
Mais a igreja já estava nos PLANOS De DEUS ANTES DA CRIAÇÃO DE TODAS AS COISAS.
Nós pensamos que conhecemos a igreja, mas não conhecemos porque ela é antes de nós.
I - A IGREJA É MOVIMENTO, NÃO UM MONUMENTO.
Quando falamos IGREJA, o que vem em nossa mente? Prédio, culto, endereço fixo, CNPJ? Apesar da
igreja ter tudo isso, a igreja não se restringe a isso. Vejamos:
a) A igreja não é um prédio. O apóstolo Paulo escreveu: “Deus não habita em templos feito
por mãos humanas”. O prédio só é igreja quando a igreja está dentro dele. A igreja se
reúne em um prédio, mas o prédio não é a igreja.
b) A igreja não é uma instituição. Ela tem endereço, estatuto, CNPJ, livro de atas, rol de
membro, mas isso não é igreja. Isso são os registros da igreja, a legalização da igreja
junto ao Estado. Tem pessoas que estão registradas no livro de membros da igreja e
pensam que por isso é igreja, mas isso não é o suficiente para ela ser igreja.
c) A igreja não é estática, fixa, limitada.
 A igreja é pessoas indo e vindo. Carregando a Glória de Deus. Como os sacerdotes
carregavam a Arca da Aliança, a presença de Deus, a igreja hoje carrega a Glória e
Nome de Deus a todas as nações, até a última casa, até todos os indivíduos.
 A Igreja é um movimento que não para. Toda vez que o vento sopra sobre ela, ela se
movimenta, gira, anda, cresce.
 A igreja é dois ou três reunidos em Nome de Jesus.
 A igreja é um adorador, um intercessor que se apresenta diante de Deus para buscá-
lo e adorá-lo.
II – IGREJA DO ANTIGO TESTAMENTO
A Bíblia permiti-nos construir o conceito de que o povo de Israel do Antigo Testamento pode ser
chamado de Igreja. No texto de Atos 7: 38 encontramos “É este Moisés quem esteve
na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos pais; o
qual recebeu palavras vivas para nos transmitir”. A palavra utilizada no texto para

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“congregação”, literalmente é a palavra grega usada para “Igreja” (“eclésia”). Lucas está
dizendo aqui no texto o seguinte: “É este Moisés quem esteve na ‘igreja’ no deserto”. É
exatamente o que Lucas está dizendo. O princípio é de que a igreja envolve o povo que se
congregava no Antigo Testamento. Sabemos, à luz do Novo Testamento, que a igreja é formada
pelos eleitos de Deus, os escolhidos do Senhor antes da fundação do mundo e esse povo eleito
por Deus é regenerado, justificado, santificado e vive uma vida corporativa característica de um
povo tirado de rumos distintos para um caminho comum. O Novo Testamento nos dá a visão
muito clara de que os que pertencem à igreja do Senhor são aqueles que foram salvos
regenerados, santificados, convertidos.
Apesar de podermos enxergar no Antigo Testamento a Igreja, vamos ver nessa igreja muitas diferenças
nas formas de adorar e servir a Deus. A igreja do A.T. constrói sua liturgia e práticas baseadas
nas leis cerimoniais. Uma vez que todos as ordenanças das leis cerimoniais se cumpriram em
Jesus Cristo, certamente as formas e locais de adorar a Cristo no Novo Testamento passaria por
grandes mudanças.
Vejamos:

ANTIGO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTO


Todo o Mundo - Atos 1:8
Receberão poder quando o Espírito Santo descer,
Local Geográfico Israel
sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém
em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra".
Todas as Cidades - João 4:21 e 24
"Creia em mim, mulher: está próxima a hora
em que vocês não adorarão o Pai nem neste
Cidade da Adoração Jerusalém
monte, nem em Jerusalém.
Deus é espírito, e é necessário que os seus
adoradores o adorem em espírito e em verdade"
No Templo e nas Casas – At 2:42 a 47
Local da Adoração Templo
Casas de Lídia, Áquila e Priscila, Filemon, etc.
  Todo Crente faz parte do Sacerdócio Real - I Pe 2:9
Sacerdócio limitado a "Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real,
Uma Tribo Levi nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as
  grandezas daquele que os chamou das trevas
  para a sua maravilhosa luz".
Dia Específico de Todos os Dias, em Espírito e em Verdade
Adoração Sábado "Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome,
  ali eu estou no meio deles". Mt 18:20
Finalidade Preservação da Lei A Glória de Deus

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"Com o fim de sermos para louvor da sua glória,


nós os que primeiro esperamos em Cristo"; Ef 1:12
Fazer Discípulos - Mt 28:19 e 20
Prioridade Cumprimento da Lei
"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações".

ANOTAÇÕES:
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III – A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA


Quando o imperador Constantino decidiu aceitar o Cristianismo, no início do séc. IV, seus motivos
foram predominantemente políticos, mas tiveram um significado transcendental, pois,
posteriormente, o Cristianismo tornar-se-ia a religião oficial do império.
Para poder consolidar o Cristianismo, foi necessário criar estruturas mais complexas para manter a
disciplina. Da igreja do primeiro século, os presbíteros foram substituídos por uma hierarquia
de bispos e começou a emergir uma estrutura diocesana. A Igreja Cristã desenhou sua própria
organização baseando-se no Império Romano. Os bispos reuniam-se em sínodo nas capitais
provinciais e os pertencentes a centros metropolitanos recebiam dignidades especiais. Roma,
que havia sido a sé de São Pedro, recebeu uma primazia de honra, apesar de que seus bispos
deviam compartilhar hierarquia e poder com os de Antióquia e os de Alexandria e, depois, com
os de Constantinopla e os de Jerusalém.
A organização institucional da Igreja foi o resultado de uma evolução gradativa. Nos primitivos tempos
da nova religião, os cristãos se reuniam em casas particulares, compartilhando de refeições,
fazendo orações e recontando histórias da missão de Jesus.
É nesse século, e, nesse processo de institucionalização do cristianismo que a Igreja de Cristo sofreu
uma de suas maiores perdas. Os cristãos, até então perseguidos por Roma, agora já não o eram
mais, tiveram seus bens devolvidos, voltaram para suas casas, e passaram a congregar em
templos construídos e controlados pelo Império Romano. A igreja que até aqui, como um
pássaro voava as alturas alcançando os lugares mais longínquos, agora, com uma de suas asas
cortadas, se confinava aos templos e as liturgias engessadas pelo Império Romano.
Nesse período a igreja deixa de ser um movimento e se torna uma instituição. A igreja que até então se
reunia no templo e nas casas, ia de cidade em cidade pregando o evangelho de Cristo,

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plantando igrejas por onde passava, agora começa a se reunir apenas nos templos para ouvir
sermões preparados e pregados pelos padres da Igreja Católica (universal) Romana.
E daí por diante desandou. Protocolo imperial, procissão, incenso, vestimentas especiais para os
ministros, e a congregação participava cada vez menos. Quando algum pagão se convertia ele
era submetido a um longo processo de disciplina e ensino, para ter certeza de que o novo
convertido entendia e vivia sua nova fé, e então ele era balizado. O novo convertido, então,
seguia seu bispo como guia e pastor, para descobrir o significado da sua fé nas situações
concretas da vida. Mas Constantino sempre se reservou o direito de determinar ele mesmo
suas atitudes religiosas, pois considerava-se "bispo dos bispos".
ANOTAÇÕES:
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IV - RETORNANDO A ECLESIOLOGIA BÍBLICA DOS TEMPOS DE JESUS


Jesus é o grande protagonista dessa transição. A igreja do Novo Testamento, nova aliança, tem em
Jesus o seu principal fundador, alicerce e sustentador. Qual foi o método, a maneira, a logística,
a administração com que Jesus fez essa transição?
Devemos olhar para Ele porque Ele não deixou nada escrito em tábuas, Pergaminhos ou Papiros.
Nunca andou além de 150 Km de diâmetro e sua mensagem já dura mais de dois mil anos e já
se tornou conhecida por mais de 90% das pessoas que já pisaram nessa terra. Em três anos de
ministério deixou uma mensagem defendida por bilhões de pessoas de idiomas diferentes,
culturas diferentes, locais diferentes e muitos desses dispostos até mesmo a morrerem
pregando essa mensagem.
Não vale a pena estudar como ele fez? Não vale a pena fazer do jeito D’Ele? Entender o caminho que
Jesus percorreu é fundamental para uma atualização da igreja.
Como Jesus Fez essa transição?
1. Trabalho duro. Jesus exerceu a profissão de carpinteiro até aos seus 30 anos. Ao iniciar
seu ministério fez declarações como:
 “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”. João 5:17
 “E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu
faço sempre o que lhe agrada”. João 8:29

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Jesus não apenas fazia, Ele fazia sempre. O que vivemos hoje é resultado de intenso trabalho do
Nosso Senhor Jesus. Viver o modelo de igreja que Cristo nos deixou, na essência, exige
trabalho duro.
2. Jesus fez isso com muita oração. Jesus teve sua vida marcada pela oração. Os
evangelhos estão cheios de citações das retiradas de oração, dos momentos de orações,
das orações de Jesus. Algumas orações de Jesus se tornaram pedagógicas para nós:
 Oração do Pai Nosso – Mateus 6:9-13
 Oração Sacerdotal – João 17
 Oração no Getsêmani - Mateus 26:39
Jesus não apenas orou, mas nos mandou orar também.
 “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está
pronto, mas a carne é fraca”. Mateus 26:41
 “Orai, pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara".
Mateus 9:38
3. Jesus planejou seu ministério.
4. Jesus chamou líderes para estar com Ele nessa missão. Jesus escolheu os doze, os
setenta e os cento e vinte.
“Jesus subiu a um monte e chamou a si aqueles que ele quis, os quais vieram para junto dele.
Escolheu doze, designando-os como apóstolos, para que estivessem com ele, os enviasse
a pregar”. Marcos 3:13,14
5. Jesus formou e treinou seu GCEU.
ANOTAÇÕES:
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V – A IGREJA DE ATOS DOS APOSTÓLOS.

IGREJA CONVENCIONAL IGREJA GCEU


O Prédio é a Igreja As Pessoas são a Igreja
LOCAL
Apenas as instalações da igreja De casa em casa e no templo

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RELACIONAMENTOS
Remoto, pouca transparência Íntimo, um ajuda ao outro
DISCIPULADO
Classes, cadernos, ausência de prática Orientação e modelo, prática
DONS ESPIRITUAIS
Limitado pela estrutura Usado por todos, para edificar outros no GCEU
EVANGELISMO
Depto. De Evangelismo. Menos de 5% Envolvido O GCEU é uma rede que pega muitos peixes
SLOGAN DO EVANGELISMO
Venha Crescer Conosco, Pare de Sofrer Vá e faça discípulos
COMPROMISSO
Fortalecer a Instituição Expandir o Reino de Deus
PRINCIPAL TAREFA DA LIDERANÇA
Dirigir os programas da igreja Desafiar, nutrir e apoiar novos discípulos
TAREFA PRINCIPAL DOS PASTORES
Pregar bons sermões, fazer casamentos,
Equipar pessoas para exercer seus ministérios
sepultamentos, visitas
TESTE DE LIDERANÇA
O que você sabe? Como você serve?
VIDA DE ORAÇÃO
Escolha individual, geralmente limitada Constante, fortemente enfatizada
ÊNFASE
A congregação é o foco principal Os GCEU são o foco principal
SISTEMA DE APOIO
Problemas, procure o pastor Os membros do GCEU edificam uns ao outro
COMUNHÃO
Semanal - Depois do culto Contínua, com investimento de vida conjunta no Reino
EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO AOS MEMBROS
Frequência, trabalhar em programas Ministrar uns aos outros, multiplicar-se
PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS
10 a 15% dos membros fazem todo o trabalho 90% dos membros estão ministrando uns aos outros
TAMANHO DOS GRUPOS
Grandes e Impessoais Pequenos e de relacionamentos mais profundos
GRUPOS PEQUENOS
Estudo bíblico em salas de aula Estudos bíblicos compartilhados entre os irmãos
EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO AOS MEMBROS
Frequência, trabalhar em programas Ministrar uns aos outros, multiplicar-se

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A igreja de Atos é uma igreja que voa com “duas asas”; GRUPO PEQUENO & GRUPO GRANDE. “Todos
os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos
participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a
simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos”. -
Atos 2:46,47
A igreja de Atos 2 era capaz de:
• Resistir à perseguição
• Penetrar no mundo
• Equipar os santos
• Mudar a sociedade
• Adorar a Deus
• Edificar a si mesma
• Treinar líderes
Como essa igreja conseguiu viver esse novo tempo de Deus para nós?
 A Presença de Cristo - Atos 2:17-21, Atos 2:25-28
 Comunidade de Grupos Pequenos & Grupos Grandes. Atos 2:46: Templo/Casa em casa -
Atos 5:42: Templo/Casa em casa - Atos 20:20: Publicamente/Casa em casa.
Constate as diferenças entre as igrejas que optam pela estrutura convencional e aqueles que quebram
os paradigmas e vivem um ministério de igreja em GCEU:

ANOTAÇÕES:
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E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a
Jesus Cristo. Atos 5:42

MÓDULO 3
GRUPO DE CRESCIMENTO, EDIFICAÇÃO E UNIDADE - GCEU
1. O QUE NÃO É GCEU?

Para explicarmos o que é um GCEU, primeiramente precisamos dizer o que não é um


GCEU.
GCEU não é:

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Grupo de Oração - Este tipo de grupo está interessado somente em crescer no


movimento de oração. Os grupos familiares são recheados de muita oração e os dons do Espírito
fluem com liberdade; no entanto, quem vai ao grupo está se vinculando e crescendo como igreja.
Precisamos saber que a oração e os dons são apenas os ingredientes; o prato principal ainda
precisa ser preparado.
Grupo de Estudo Bíblico - Este tipo de reunião não estimula a comunhão e geralmente
são liderados por pessoas que se consideram grandes mestres e que gostam de demonstrar
conhecimento teológico; o incrédulo não é bem-vindo. São estéreis e não servem como estrutura
de igreja.
Grupo de comunhão entre crentes ou Grupo de Crescimento - As pessoas
interessadas neste tipo de grupo desejam um crescimento espiritual num ambiente fechado e
exclusivista. Importante salientar que o crescimento apenas acontece quando estamos em contato
e interagindo com o ambiente que nos rodeia.
Grupo de cura interior e de apoio - Os que desejam participar deste tipo de grupo estão
interessados em terapias para a cura de seus traumas emocionais. Neste tipo de grupo as pessoas
têm um problema real e querem se livrar dele. São grupos semelhantes aos Alcoólatras
Anônimos, em que as pessoas falam de seus problemas vez por vez, semana após semana. Este
tipo de grupo leva o amor, mas falha em levar os membros a Cristo.
Ponto de Pregação - São grupos conhecidos como aquele em que as pessoas freqüentam
sem compromisso. Elas vêm e vão, e o grupo é apenas um ajuntamento. Tais grupos têm como
deficiência básica o fato de não compartilhar a realidade da vida do Corpo.
Então, o que é GCEU?
O GCEU é a igreja que se reúne aos domingos nos cultos de celebração e durante a semana nas
casas com o objetivo de evangelizar, confraternizar, edificar e servir.
GCEU é RELACIONAMENTO, é ESTILO DE VIDA!
O GCEU é uma estratégia eficaz de evangelização, de discipulado e de pastoreio e não
um sistema de governo de igreja. São grupos que se reúnem nos lares, escolas, empresas ou no
trabalho, gerando vida e desempenhando um papel de grande importância para alcançar pessoas
para Cristo. Ali elas são cuidadas e pastoreadas por líderes capacitados pelo Curso Propósito.
É um “grupo de cinco a quinze pessoas que se reúnem regularmente para cumprir os
mandamentos das Escrituras de amar uns aos outros, estando ao mesmo tempo integralmente
ligados a uma igreja local e com olhar voltado para o mundo”. (NEWMANN, 1993).

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IMW S.A 24

O grupo busca ser uma comunidade e para isso precisamos entender que o GCEU é muito
mais do que reunião semanal. Quando nossa percepção do grupo é limitada à reunião semanal,
então não estamos envolvidos em comunidade. A vida em comunidade existe fora dos cultos e
das reuniões.
O relacionamento é mais importante que a reunião. É no relacionamento que crescemos
como servos, aprendemos a viver a vida cristã, somos supridos e também suprimos os outros em
amor.

O GCEU visa à edificação dos crentes - o foco é o evangelismo e a multiplicação, mas o


objetivo específico da reunião é a edificação.
O GCEU almeja a multiplicação - apesar de a reunião não ser apenas evangelística, todo
o projeto final de edificação do grupo visa à multiplicação: crentes comprometidos são crentes
frutíferos.
O GCEU tem um lugar definido para a reunião, criando um senso de identidade,
constância e segurança; é impossível produzir um ambiente familiar se nos reunirmos a cada
semana em uma casa diferente. Por isso, não basta ter um lugar de reunião, é preciso que o grupo
se reúna numa base regular.
O GCEU tende a ser homogêneo porque quando participamos de um grupo, buscamos
nele aquelas características que nos identificam com os demais e nos sentimos muito mais à
vontade para compartilhar. Além disso, ao evangelizar nossa tendência é priorizar pessoas do
nosso círculo de amizade. Normalmente estudantes se reúnem com estudantes, profissionais com
profissionais; se é jovem, a tendência é evangelizar outro jovem, se é casado vai procurar outro
casado.
Também devemos levar em conta o seguinte:
 O GCEU não sobrevive quando as funções substituem Jesus;
 Somente quando Jesus é o centro é que ele alcança todo o seu potencial e podemos dizer que
é um GCEU verdadeiro;
 O GCEU permite que a igreja aumente sua influência e sua presença na sociedade;
 O alvo do GCEU é a multiplicação. A multiplicação deve ser a principal motivação de todo
GCEU.

CUIDADO! GCEU não é:

 Grupo de oração;
 Grupo de estudo bíblico;

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IMW S.A 25

 Grupo de comunhão entre crentes;


 Grupo de cura interior e de apoio;
 Ponto de pregação;
GCEU não é um ministério que toma uma parte de nossa vida. Ela está centrada em
Cristo e tudo o que fazemos se dá em função de cumprir o “Ide” de Jesus.
1. GCEU, PARA QUÊ?

O GCEU conduz as pessoas a um comprometimento real com o Senhor Jesus Cristo e de uns para
com os outros. Esta estratégia leva à permanência dos crentes na Igreja e promove um crescimento
espiritual nos novos membros, bem como um crescimento numérico sustentável, evitando a evasão,
fechando a “porta dos fundos”, para que as pessoas conheçam a Deus e tenham intimidade com ele.
A comunhão fortalece o Corpo de Cristo e traz à unidade do Espírito, conforme vemos no livro de
Atos e de Efésios. Esta comunhão tem motivo duplo: ajudar e ser ajudado, edificar e ser edificado. No
grupo há crescimento espiritual, aprendizado prático e comunhão em amor. A expressão “uns aos outros”,
no Novo Testamento - Rm 12.10; I Pe 1.22; I Jo 3.23 -, refere-se a mandamentos, a aprofundamento de
relacionamentos entre irmãos. Isso se torna possível quando a família da fé se aproxima e caminha em
comunhão, como os crentes da Igreja Primitiva.
À medida que a Igreja cresce numericamente, Deus abençoa o seu Corpo com os diferentes dons,
utilizando-os na sua edificação - Ef 4:11-14. Através da GCEU todos poderão exercer seus dons e os
relacionamentos vão se estreitando, criando um clima de apoio e ajuda mútua. O impacto da igreja grande
e cheia do Espírito Santo impressiona, mas o cuidado pastoral se tornará muito mais eficaz no
relacionamento desenvolvido nas células. Queremos que cada membro seja pastoreado, cuidado e
amparado e isso só se materializa no GCEU.
Assim, os GCEUs foram criados:
• Para desenvolver o espírito comunitário, nutrindo seus membros, capacitando-os a serem testemunhas do
evangelho e do poder de Deus;
• Para que seus membros se tornem íntimos, ajudando-se mutuamente, praticando o amor e o serviço,
aprendendo a orar, perdoar, amar o próximo, compartilhar a fé, suas necessidades, enxergar as
necessidades do irmão e exercitar os dons espirituais;
• Para que seus membros sejam levados ao treinamento de liderança, multiplicando os GCEUs.

Para desenvolver a visão de ministério para o serviço, assim como o evangelismo e o


discipulado.

2. QUAIS OS OBJETIVOS DE UM GCEU?


COMUNHÃO - Desenvolvimento de vida compartilhada, alvos comuns e aliança mútua. Isso significa
fomentar o amor de uns pelos outros.

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IMW S.A 26

A comunhão retira as impurezas - Em primeiro lugar, assim como o sangue tem o poder de
retirar as impurezas do nosso organismo, a vida de Deus circulando entre membros do corpo expele todo
tipo de impureza na vida dos membros. Quanto mais a vida de Deus fluir em um grupo, maior será a
expressão da santidade pessoal.
A vida de Deus se manifesta plenamente nos relacionamentos. Quando estamos conectados uns
aos outros, em vínculos de amor é comum vivermos a vida espontaneamente, eliminando as impurezas do
pecado. Se tudo na igreja se resume em fazer coisas, então nos tornamos uma organização morta. Uma
organização morta é apenas uma instituição, um monumento. Mas um corpo existirá quando formos
membros uns dos outros, pois “ajudados e consolidados pelo auxílio de toda junta, efetua o seu próprio
crescimento pela vida de Cristo” Rm 12:5; Ef: 4:l6
A comunhão mata os germes - Um dos componentes do sangue são os leucócitos ou glóbulos
brancos, cuja função é promover a defesa do organismo celular em outras palavras, eles são os agentes de
defesa do corpo humano e têm a propriedade de atacar e destruir os germes invasores do organismo.
Semelhantemente, a vida de Deus, que circula entre os membros do corpo de Cristo, destrói as setas do
diabo e expulsa os demônios invasores.
Cada membro precisa compreender a importância de estarmos juntos, de ministrarmos uns aos
outros, de funcionarmos como um só corpo e não tem nada a ver com o prédio, é uma relação viva
desenvolvida nos pequenos grupos.
A comunhão alimenta os GCEUs - Assim como os membros do corpo humano são supridos e
alimentados pelo sangue, a vida de Deus também supre e alimenta os membros do Corpo de Cristo, na
comunhão uns com os outros. Os membros podem ser muitos, mas a vida que circula entre eles é a
mesma: a vida de Deus.
Muitos podem argumentar que são alimentados nos cultos pela Palavra ministrada, e isto é bom e
necessário. Mas há um tipo de fortalecimento que é mais que aprender algo novo, é ver e ouvir
repetidamente o mesmo ensino, no relacionamento espontâneo entre irmãos. A comunhão alimenta o
membro e fortalece a vida.
A comunhão traz energia - Ainda que a forma e o estilo de comunhão possam variar, o crente que não
experimenta uma vida de intimidade em um GCEU já perdeu o real sentido do que significa ser membro
do corpo.
Quando estamos vinculados uns aos outros, somos supridos de energia e vigor espiritual. O poder
de Deus é a sua própria vida, liberada na comunhão. Uma coisa é a oração individual, outra, muito
diferente e mais poderosa, é a oração em um grupo. O mesmo se pode dizer da adoração, do louvor e da
celebração. O sangue da vida de Deus é o poder disponível a todos quando estamos conectados no corpo.
A comunhão mantém a temperatura – Assim como o sangue tem a propriedade de manter a
temperatura do corpo humano, um GCEU cheio de vida, invariavelmente, é um lugar quente,
cheio do fogo do Espírito. Quando não há vida, os membros se tomam frios; mas onde o sangue

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circular, a temperatura se elevará. Existem muitas pessoas que se esfriaram porque estão sós.
Individualismo, definitivamente, é uma palavra que não combina com cristianismo. Uma brasa
sozinha logo se apaga. É curioso que a Bíblia fala muito mais de comunhão na igreja do que de
evangelismo. Talvez a melhor estratégia de evangelismo seja a verdadeira e genuína comunhão
entre os irmãos. Jesus disse que o mundo nos reconheceria como seus discípulos se nos
amássemos uns aos outros. É na comunhão que testemunhamos esse amor.

Você notou quantas coisas a vida de Deus pode operar em nós? Basta que os membros
estejam devidamente ligados pelo auxílio “de toda junta, segundo a justa cooperação de cada
parte” - Ef 4:l6.

Precisamos ser cuidadosos para que a nossa comunhão não se transforme em clube social e,
assim, sermos distraídos por outras coisas. Tudo isso foi dito para mostrar o quanto são importantes os
vínculos de comunhão na Igreja. Por isso, cada líder deve priorizar a comunhão do seu grupo.
Cada membro do GCEU deve estar vinculado a outro membro em amor. Cada um deve ter a
quem se sujeitar em amor para receber edificação pessoal e suprimento. O discipulador natural de uma
pessoa é aquele que o ganhou para Cristo, mas mesmo aqueles que já têm muitos anos de convertidos
devem se submeter a outro que seja reconhecido como mais maduro e experiente na fé. Não deve existir
ninguém sem vínculo.
EDIFICAÇÃO – O GCEU oferece o ambiente para o crescimento espiritual, aprendizado prático
de disciplina e amor através do ouvir a palavra de Deus e do comprometimento com as funções e
privilégios da igreja local.
Este é o segundo objetivo do GCEU: compartilhar a palavra de Deus com vida. Ou seja, não é
ensinar muito, mas ensinar de forma correta, com revelação.
Cada GCEU precisa ter um nível forte de compartilhamento da Palavra. Quando falamos de nível,
não nos referimos à erudição nem à cultura dos irmãos, mas ao fogo que queima quando a palavra é
ministrada. Quando temos o coração incendiado pela palavra, contagiamos todo o grupo.
O ensino ministrado deve ser fruto de revelação. O líder não precisa saber muito, mas aquilo que
ele falar, por mais simples que seja, deve ser de coração, fruto da luz de Deus no seu espírito, uma palavra
forte, não necessariamente profunda ou erudita. Talvez o grupo não tenha aprendido algo profundo, mas
foram ministrados de forma correta.
EVANGELISMO – O GCEU é o lugar onde inserimos novos membros. É onde alimentamos,
guardamos e suprimos os novos irmãos. Isso significa ganhar almas perdidas.
O novo convertido precisa de cinco cuidados básicos:

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1. Alimento - Todo novo convertido necessita de uma dieta equilibrada. Se não for alimentado nesta fase
inicial da vida espiritual, poderá tomar-se um crente problemático, se não morrer antes, de inanição. No
GCEU eles são alimentados com palavras de fé, de encorajamento e de ânimo;
2. Proteção - Além de alimento, o recém-nascido precisa de proteção. A rotatividade na igreja é fruto de
falta de cuidado e proteção. O lobo entra e leva a ovelha, pois não há pastores guardando o rebanho.
Líderes de GCEU são pastores vigiando o rebanho. Até que o novo convertido aprenda a caminhar
sozinho, é fundamental a proteção de um pai espiritual;
3. Ensino – Aqui o termo ensino não se refere simplesmente ao aprendizado de doutrinas, mas à
aquisição de hábitos espirituais. O ensino aponta para a conduta e as atitudes que devem ser
desenvolvidas no novo crente. Se quando criança o crente não foi ensinando a ser dizimista, por
exemplo, vai ser difícil mudá-lo depois de adulto na fé. É no GCEU que a criança espiritual
recebe o ensino:

4. Disciplina - Todo novo convertido deve ser alimentado, protegido, ensinado e também
corrigido, quando sair do padrão da Palavra. O GCEU é o ambiente propício para ser corrigido
em amor;

5. Amor - Por último, a criança na fé precisa ser amada. Quase todos vêm para a vida da igreja com suas
emoções destruídas. Entretanto, o amor paciente dos irmãos no GCEU restaura a alma. Uma criança só
recebe amor e suprimento adequado em um ambiente familiar. E a proposta do GCEU é justamente esta:
ser uma família vinculada pelo amor. Neste ambiente familiar nossos filhos serão supridos e nenhum
deles se extraviará.
SERVIÇO - Cada crente é um ministro e cada um recebeu um dom. No GCEU, os dons são
exercitados para o serviço mútuo.
Muita gente pensa que servir a Deus é fazer coisas na igreja como cantar, orar e pregar. Poucos
percebem que servimos a Deus quando exercitamos nossos dons e conhecimentos para ajudar e edificar as
pessoas. São tantas as possibilidades de ajuda mútua e serviço que não poderíamos enumerá-las aqui.
Jesus disse que seríamos conhecidos como seus discípulos se nos amássemos uns aos outros. Não
existe melhor forma de expressar esse amor do que servindo os nossos irmãos.
Quando um GCEU atinge estes quatro objetivos: comunhão, edificação, evangelismo e serviço,
ela se torna um pedaço do céu na terra.
4. A REUNIÃO DO GCEU
1º Momento - QUEBRA-GELO
É de suma importância, principalmente quando o grupo é novo e as pessoas não se conhecem. O
quebra-gelo deve ser feito como o primeiro acontecimento da reunião. As pessoas quando chegarem
devem encontrar um ambiente informal e nada assustador.

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Características:
 Quebra-Gelo não é um jogo;
 É uma atividade que ajuda a pessoa a tirar a atenção de si mesma; para se sentir à vontade com os
outros;
 Ele concentra todos os participantes do GCEU em um assunto central;
 Como o nome sugere, ele quebra a hesitação inicial que cada pessoa tem para falar abertamente;
 É preciso cuidado para não expor detalhes da intimidade de alguém.
Exemplos de perguntas:
 Onde você morou entre os 7 e 12 anos de idade?
 Quantos irmãos você tem?
 Quem era a pessoa mais próxima de você?
 Quando foi que Deus se tornou mais do que uma palavra para você?
2º Momento - LOUVOR E ADORAÇÃO
Esta é uma parte extremamente importante da reunião. As pessoas agora movem o foco para o
Senhor.

Escolha cânticos conhecidos e fáceis;

 Providencie folhas de cânticos para ajudar as pessoas que não sabem as letras de cor;

 Não fique pregando e falando entre os cânticos;


 O líder precisa ter comunhão com Deus para que este momento realmente flua no GCEU.
3º Momento - EDIFICAÇÃO/ESTUDO DA PALAVRA
O foco agora se move para as necessidades das pessoas presentes. A Bíblia é a ferramenta e não o
ponto central.
Lembre-se de que o líder é um facilitador e não um professor.
Numa reunião do GCEU, o alvo são as verdades simples da Bíblia, ou seja, a prática destas
verdades, a aplicação pessoal destes ensinamentos.
Outros subgrupos formados no próprio GCEU, são extremamente importantes na época que
precede a multiplicação, pois favorecem a participação de várias pessoas em diferentes funções.
Características de um bom estudo:
 Relaciona-se com as coisas que estão acontecendo no GCEU;
 Transmite ânimo, estímulo ou desafio;
 O bom estudo ministra alguma necessidade;
 O GCEU é um lugar onde se dá apoio espiritual e emocional a cada membro;
 O bom tema focaliza-se na vida, não nos conhecimentos.

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 Proporcione experiências - não apresente uma preleção ou lição - Ajude o grupo a descobrir alguma
coisa por meio de uma experiência;
 Organize as cadeiras em círculos;
 Receba o retorno do grupo - feedback - Que conclusões podemos tirar do que acabamos de estudar?
 Tente resumir as conclusões do grupo - ao fazer isso com regularidade você vai descobrir quais os
tipos de experiências que melhor servem ao seu grupo;
 Sonde para ver se os membros do grupo conseguiram reter os princípios ensinados;
 Gaste um momento perguntando “desta nossa experiência o que você vai poder aplicar em sua vida?”
4º Momento – COMPARTILHAMENTO
Este momento dá a oportunidade para os membros testemunharem as bênçãos recebidas durante a
semana anterior, ou compartilhar problemas que estejam enfrentando; também podem fazer pedidos
específicos de oração.
É como se fosse um “link” entre a lição ministrada na reunião passada e sua aplicação prática na
vida das pessoas.
Este momento poderá ocorrer também no início da reunião, após o quebra-gelo ou o louvor.
5º Momento – DESAFIOS PRÁTICOS E AVISOS
Neste momento o líder desafia o grupo a colocar em prática o que os membros aprenderam
naquele dia e dá os avisos necessários. É hora também de estabelecer ou relembrar os alvos e
metas para a vida pessoal de cada um e para o GCEU.

6º Momento – LANCHE E COMUNHÃO


Momento de descontração e de oportunidade para que as pessoas possam conversar e se conhecer
um pouco mais.
Poderá acontecer tanto no início como no fim da reunião.

3. OUTRAS CONSIDERAÇÕES:
A reunião tem tempo, dia, hora e local definidos. É realizada durante a semana, considerando-se os
seguintes aspectos:
 É na reunião que se colhe o que foi planejado previamente;
 A reunião do GCEU deve acontecer num ambiente de confiança, proporcionando o envolvimento e
participação de todos;
 Deve seguir todas as etapas propostas: Quebra-Gelo, Louvor, Oração, Ministração da Palavra,
Compartilhamento, Desafios e Lanche;
 A duração máxima da reunião é de duas horas, incluindo o lanche;
 Evite cancelar reunião ou mesmo mudar seu local e horário;
 Procure manter um ritmo constante. Isso gera confiabilidade para os novatos;
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 Respeite horário de início e término, não excedendo o tempo de uma hora e meia para a reunião e
mais meia hora para o lanche, totalizando duas horas. Isso dá liberdade para quem precisa sair e
previsibilidade de horário para quem tem outros compromissos;
Procure sempre equilibrar todos os momentos do GCEU:
6. A ESTRUTURA DO GCEU
6.1 LÍDER

É a pessoa mais importante de uma igreja com pequenos grupos, pois é quem está verdadeiramente
na linha de frente. É ele quem dá atenção personalizada aos membros do seu GCEU, quem dirige
as reuniões. É o líder também quem exerce, no GCEU, os princípios bíblicos de um pastor.
Os líderes do GCEU, em vez de ensinar uma lição bíblica, dirigem o processo de comunicação,
oram pelo grupo, visitam os membros do GCEU e alcançam pessoas perdidas para Cristo,
juntamente com seus auxiliares.
Sua responsabilidade principal é gerar novos líderes: perceber a potencialidade das pessoas,
envolvendo-as no dia-a-dia do GCEU, acompanhando-as e treinando-as para transformá-las em
novos líderes.
Para ser um líder de GCEU os requisitos são mínimos e todo cristão pode alcançá-los com
facilidade. São eles: ser nascido de novo, ser batizado, ter bom testemunho, ser membro da
igreja, estar comprometido com ela e ser capacitado pelo curso de treinamento de líderes de
GCEU.
6.2 LÍDER EM TREINAMENTO
É a pessoa que se tornará o novo líder e deve ser um dos membros do GCEU. No processo de
treinamento deverão ser-lhe delegadas certas funções do GCEU. No caso da ausência do líder é o
líder em treinamento quem irá substituí-lo.
Ainda que a pessoa pareça inadequada no momento, deve ser designada e preparada para liderar um
novo GCEU.
6.3 ANFITRIÃO
É a pessoa que abre as portas da sua casa para as reuniões, além de ser um fiel colaborador do
líder, no sentido de ganhar seus familiares e amigos para trazê-los ao GCEU.

Deverá ter um bom relacionamento com os membros do GCEU e é responsável por receber e
dar-lhes as boas-vindas, sempre se preocupando em criar um ambiente agradável e acolhedor.

6.4 SECRETÁRIO

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É a pessoa responsável por preencher os relatórios do GCEU, acompanhar datas importantes


como aniversários e outras, fazer escala de lanches, auxiliar o líder no acompanhamento das
pessoas, principalmente quando faltam. Deverá estar sempre atento às necessidades do GCEU.

O GCEU QUE NÃO TEM UM LÍDER EM TREINAMENTO DIFICILMENTE IRÁ


MULTIPLICAR-SE.

6.5 MEMBROS

São os irmãos e os amigos de quem o líder deve cuidar. Os membros são os braços extensivos do
GCEU para atrair novos convidados.

7. A DISCIPLINA DO GCEU
Disciplina é submeter-se às normas e aos princípios do modelo de igreja em pequenos grupos.
Podemos comparar o modelo de pequenos grupos com um exército. Para que um exército possa
ter vitória é necessário que seus integrantes sejam disciplinados.

Importante: À medida que cresce o número de membros na igreja, aumenta a possibilidade de


haver falhas, erros ou deformações no sistema de pequenos grupos.

Com o crescimento dos pequenos grupos a distância entre o Pastor Presidente e os membros é
cada vez maior. Assim, a única maneira de se preservar a visão, de se manter a unidade no
trabalho dos GCEUs é através de uma supervisão e um controle para desenvolver uma disciplina
de trabalho que o torne mais eficiente.

7.1 A INFLUÊNCIA DOS DISCIPULADORES E DOS LÍDERES

Não devemos impor ou exigir autoridade, mas ela deve ser exercida de maneira natural e
espontânea. O discipulador e o líder ensinam com o exemplo. Quando crescem as virtudes cristãs
e a humildade, cresce a autoridade da pessoa.

7.2 SUPERVISOR DE ÁREA

• Supervisor de área é aquele que é ou já foi um líder bem-sucedido, que já tenha multiplicado
seu GCEU duas ou mais vezes. É a pessoa encarregada de supervisionar alguns GCEUs,
geralmente as que ele mesmo gerou.

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• O supervisor reúne-se quinzenalmente com seu GD, Grupo de discipulado, em que desenvolve
um acompanhamento pastoral com seus líderes e também ajuda na administração dos GCEUs da
sua área.

• É também responsável por visitar constantemente os GCEUs da sua área e por acompanhar e
dar suporte ao líder. O discipulador deve manter uma estreita relação com cada líder, como
também com os seus superintendentes.

7.3 MAIS FUNÇÕES DO SUPERVISOR

• Deve ser muito cuidadoso, examinando a saúde dos GCEUs da sua área. Deve se preocupar
sempre em guardar e manter a visão de pequenos grupos.

 Deve se empenhar em realizar reuniões periódicas diversificadas, desafiadoras e cheias


do Espírito Santo.
 Deve cuidar permanentemente do estado físico, espiritual e material dos líderes.

 Deve ter uma dedicação cuidadosa no crescimento do setor.

 Deve apresentar um relatório mensal aos seus líderes sobre o avanço da área.

 Deve ajudar os membros da sua área na solução de seus problemas e necessidades, por
mais simples que pareçam.

7.4 O ALVO DO SUPERVISOR

 O Supervisor deve ser capaz de identificar e desenvolver o potencial de cada membro de


seus GCEUs para que estes se tornem líderes de GCEU. Tem o alvo constante de crescer
e multiplicar sua área.

7.5 SUPLENTE

 O supervisor pode substituir o líder quando este, por força maior, não puder exercer a sua
função, mas nunca deve assumir o GCEU de maneira permanente.

 A responsabilidade do supervisor é com a área e não com o GCEU.

7.6 O COORDENADOR

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 O Coordenador de Área, tem, sob sua responsabilidade, o cuidado de diversas áreas,


junto com os respectivos supervisores, líderes e membros.

 Suas funções são pastorais e sua obrigação é zelar pelo bem-estar da sua área, ao mesmo
tempo em que cuida do seu crescimento e da multiplicação.

7.7 OUTRAS FUNÇÕES DO COORDENADOR

 Deve preparar e oferecer material para os discipuladores e líderes da sua área.

 Deve promover seminários e reuniões para ajudar no crescimento dos seus líderes.

 Deve manter seu controle de resultados de avanço totalmente atualizado.

 Deve organizar e dirigir Encontros com Deus, com o objetivo de evangelizar pessoas e
integrá-las nos GCEUs.

Além disso:

O Coordenador deve estar capacitado para o trabalho com GCEU, para ajudar os membros da
sua área e encontrar respostas para suas dúvidas ou perguntas.

7.8 O Pastor de Área e o Pastor Presidente

 Seu trabalho principal é ser dependente da direção de Deus para a realização de suas
obras na Igreja e nos GCEUs.
 Alimentam a visão e fortalecem os princípios do modelo da igreja em pequenos grupos,
ensinando e respondendo a diversos anseios.

 Estabelecem metas a serem alcançadas pelos GCEUs.

 Reúnem-se periodicamente com cada supervisor para examinar o desenvolvimento do


trabalho.

8. OS ESTÁGIOS DA VIDA DO GCEU.

Geralmente os GCEUs passam por cinco etapas até que se multipliquem:


8.1 - Estágio da descoberta - Lua-de-mel
A princípio, toda célula humana se parece com uma bolha de protoplasma. As partes
individualizadas são quase indistinguíveis. Grupos pequenos seguem um padrão parecido. Inicialmente,

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os membros ficam olhando um para o outro e o primeiro estágio do GCEU é destinado a que os membros
possam se conhecer uns aos outros.
Neste estágio devemos destacar e valorizar a amizade e os interesses em comum.
8.2 - Estágio da transição - Etapa dos conflitos
Como na célula humana os cromossomos se dispõem lado a lado, mas de forma desorganizada, na
célula do corpo de Cristo os membros do GCEU tiram suas máscaras durante este estágio. Elas se vêem
como realmente são; isso dura cerca de um mês. Pode ser que alguém fale demais, ou seja, é insensível ao
extremo, enquanto outro deseje ser sempre o centro das atenções. Aí serão necessários alguns ajustes e,
como resultado, as pessoas aprenderão a confiar umas nas outras a ponto de deixarem de lado suas
diferenças.
8.3 - Estágio da comunidade
Em uma célula humana os cromossomos que antes flutuavam livremente, de repente começam a
formar uma linha no meio da célula.
No corpo de Cristo, os irmãos passam a se conhecer mais, aumentando sua expressão de
comunhão. Isso produzirá enriquecimento, mas também poderá gerar algum perigo. Podem querer “fechar
o grupo”, preferindo não se importar com a chegada de outros. Isso não deve acontecer nunca.
8.4 - Estágio do ministério
Os filamentos de cromossomos começam a alinhar-se em posições Leste-Oeste, preparando-se
para o lançamento e fazendo uma reprodução exata de si mesmos. No GCEU, esta é a hora para
desenvolvermos o potencial de cada membro. É hora de distribuir tarefas e focar no evangelismo e na
consolidação de novos membros. O líder deve acompanhar bem de perto o líder em treinamento para que
sua liderança cresça a cada dia.
8.5 - Estágio da Partida
Enquanto a célula se prepara para dar à luz uma célula idêntica, os cromossomos se separam e se
dividem – multiplicam-se. Em um GCEU, líderes novos são levantados e treinados para liderar
um GCEU enquanto novos membros se juntam ao grupo. Quando o grupo se torna grande
suficientemente, ocorre a multiplicação.

9. A IMPORTÂNCIA DAS METAS PARA A LIDERANÇA DE GCEU

Sonhar é preciso! Sem sonhos começamos a morrer ou vivemos para cumprir os sonhos de
outrem. No entanto, no GCEU, muitos sonham alto, mas não têm a mínima noção de como chegar ao
sonho proposto no coração.
Deus sonhou em resgatar a humanidade e elaborou um plano para concretizar esse sonho
maravilhoso. Com certeza, Deus pensou na maravilhosa bênção de voltar a ter o ser humano restaurado
ao seu estado original, uma vez que o pecado tornou o homem um ser maldoso e distante do seu Criador.

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IMW S.A 36

Mas Ele teve de idealizar uma estratégia para alcançar esse objetivo. A essa estratégia, que é um
conjunto de ações e atitudes práticas e seqüenciais para alcançar o objetivo, chamamos de metas.
O ponto chave para a realização de um ministério de sucesso passa necessariamente pela obtenção
de uma visão clara e divina daquilo que queremos, pela encarnação dessa visão, tornando-a missão de
vida, e pelo estabelecimento de metas para aperfeiçoar esta visão para não se perder na caminhada
ministerial.
O Líder de GCEU precisa trabalhar dentro de uma visão clara. Todo líder precisa saber
que a visão é o fundamento de toda tarefa em liderança. A visão exige ação e dedicação. Chamamos
isso de missão. Contudo, sua visão de ministério não será realizada a não ser através de um ousado
conjunto de metas.
Em Gênesis, nos deparamos com o chamado de Deus para Noé livrar a raça humana do
extermínio. Nesse episódio Deus revelou a Noé o seu plano de preservá-lo juntamente com sua família e,
ao mesmo tempo, destruir a raça humana através do dilúvio. Veja que Deus deu a visão, que se tornou a
missão de sua vida, mas a realização desta missão foi levada a cabo através de um plano de metas bem
rígido e seqüencial estabelecido pelo próprio Deus, antes de qualquer coisa (Gn 6: 13-22).
Outro texto que ilustra claramente esse assunto é o de 1Sm 15: 1-35. Nessa passagem, vemos
Deus ordenar a Saul, rei de Israel, através de Samuel, a destruição dos amalequitas. Veja a ordem: “Vai,
pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás
desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas e desde os
camelos até aos jumentos”. Infelizmente Saul, ao invés de cumprir as metas de acordo com a visão que
Deus lhe dera, fez do seu próprio jeito.
No primeiro texto vimos que Noé cumpriu as metas estabelecidas por Deus: construiu a arca,
colocou os animais dentro dela literalmente como Deus lhe ordenara e teve seu nome eternizado como
um líder fiel e vitorioso. Já no segundo exemplo, Saul não levou muito a sério a realização de sua
tarefa ministerial de acordo com um plano de metas baseado na visão que Deus lhe dera, que era a
de destruir completamente os amalequitas, e isso lhe custou o reinado e o seu nome passou para a
história como um dos líderes bíblicos derrotados por infidelidade e incapacidade de dar conta da
responsabilidade que recebera de Deus. Veja a importância das metas no ministério cristão.
9.1 Vantagem de se ter metas
Uma pesquisa entre igrejas em pequenos grupos demonstrou ser muito mais provável para o líder que
tem uma data estabelecida multiplicar seu GCEU e alcançar seu objetivo do que aquele que não tem meta.
• Crescimento: As metas nos desafiam! Ninguém sobrevive e se desenvolve sem desafios
novos e interessantes. Desde a infância somos movidos por desafios: aprender a falar, andar,
escrever, etc. Na vida temos de estabelecer metas para alcançarmos nossos sonhos. Caso
contrário, nossos sonhos acabarão se tornando pesadelos, uma vez que os sonhos não se realizam
sem trabalho e esforço. Todo esforço e trabalho sem etapas mensuráveis não produzem os efeitos

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desejáveis. As metas podem produzir uma atmosfera propícia para suportarmos a espera de uma
conquista.

SEM DESAFIO NÃO HÁ CRESCIMENTO!

• A realização de metas nos consolida como líderes (1Sm 15: 22): Saul não foi consolidado
como um rei de sucesso porque vacilou na hora de cumprir as metas estabelecidas por Deus
através de seu líder espiritual que era Samuel. Cada pessoa que deseja tornar-se um líder de
sucesso tem de cumprir suas metas na igreja. Na vida, de um modo em geral, só conseguimos
êxito quando alcançamos nossos alvos. Cada área da nossa vida tem de ser consolidada por
metas alcançadas. Estabeleça suas metas na sua vida espiritual, familiar, material e pessoal e lute
porque o seu sucesso depende de sua capacidade de perseguir as metas. Ouça o seu líder e seja
fiel a ele. Não seja como Saul, que ignorou Samuel e fez as coisas do seu jeito.

As metas dão objetividade ao ministério: Um ministro não pode perder tempo com coisas supérfluas, nem
tampouco perder tempo realizando aquilo que, embora seja bom, não faça parte da sua visão de
ministério. Há muita coisa boa desenvolvida no mundo cristão, mas nem todas têm relação com visão
ministerial em questão. A visão correta não é fazer tudo aquilo que é bom, mas aquilo que Deus preparou
para o ministério. Nesse caso as metas nos ajudam muito porque elas nos tiram do ativismo e nos
colocam nos trilhos da visão de Deus para nós. Jesus realizou seu ministério baseado numa visão clara
revelada nos profetas. Encarnou sua missão de forma radical, mas com metas objetivas. Em Mc 1: 38
Jesus, que já havia curado muita gente no dia anterior, se recusa a ter sua agenda imposta pelo povo ou
pelas circunstâncias daquele momento. A multidão queria que Jesus continuasse por ali para curar os
demais enfermos daquelas cercanias que estavam vindo até ele. Mas ele disse: “Vamos às aldeias
vizinhas, para que ali eu também pregue, porque para isso vim.” Isso deixa claro que o ministério cristão
precisa de objetividade e não somente de ser preenchido com muitas atividades, por melhor ou mais
interessantes que sejam.

9.2 Verdades ou mitos?


• Algumas pessoas pensam que estabelecer metas é algo que não pode ser feito.
• Só devemos esperar que a obra de Deus cresça tanto quanto ele deseje.
• É inútil, pois afinal a vontade de Deus é que prevalecerá.
9.3 A vontade de Deus
• Certamente é da vontade de Deus que os pequenos grupos se multipliquem porque quanto maior
o número GCEUs, maior a quantidade de vidas alcançadas.
• Estabelecer metas tem o propósito de concentrar esforços para que a vontade de Deus seja feita.
9.4 Nossa atitude

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• Em vez de rotular as metas como algo negativo à vontade de Deus, devemos aceitá-las.
• Agrada a Deus ver que nos propomos a fazer sua vontade.
9.5 Princípios para o estabelecimento de Metas:
M: mensuráveis - se você não puder medir o resultado, como saberá se conseguiu ou não atingir seu
alvo? “Ter o máximo de membros possíveis no GCEU” não é uma meta, afinal, quanto representa o
máximo? Se você considerar isto como meta, qualquer valor que atingir vai achar que este é o máximo...
E: específica - mais uma vez, deixar o mais claro possível aonde se quer chegar nos ajuda a
descobrir o caminho e concentrar nossos esforços. Dizer “vou ter um computador” é bem menos
potente do que dizer “terei um Pentium III, de 500mtz e monitor de 17 polegadas”. Cuidado se
definir uma meta como o primeiro exemplo poderá receber um 286...

T: temporal - outra arma poderosa no estabelecimento de metas é o prazo para se atingi-las. Não
estabelecer um prazo não ajuda a nos organizarmos e geralmente se leva mais tempo do que o
necessário para se atingir a meta. Afinal, se não tivermos prazo teremos a vida toda para
tentarmos...

A: atingível - a meta precisa ser algo tangível. Estabelecer que vou visitar marte até o meu próximo
aniversário certamente não me motivará buscar as formas de se realizar tal sonho. Por outro lado,
estabelecer uma meta que não seja desafiante também não mobiliza esforços para atingi-la. A meta deve
ter um significado pessoal. Algo que realmente faça com que você levante da cama de manhã com
“pique” para trilhar mais uma etapa do caminho que te aproxima de sua realização. Devem ser criativas,
desafiadoras, porém alcançáveis. As metas devem ser estabelecidas de acordo com as condições de cada
igreja.
“Não há ventos favoráveis para quem não sabe aonde quer chegar”.

9.6 Perigos que devem ser evitados ao fixar metas

Idealismo – é fácil cair no extremismo sob o pretexto da fé em Deus.


Se as metas estabelecidas são exageradas, as pessoas ficam desanimadas e perdem o entusiasmo no
evangelismo. Por isso as metas devem ser razoáveis e alcançáveis.
Temor
Cada meta é um desafio pelo seu tempo específico, se é alcançado ou não. Por isso muitas pessoas temem
o estabelecimento de metas. Mas com a fé em Deus, para ele tudo é possível. Podemos trabalhar
confiando.
Competição desleal
O propósito não é criar contenda nem competições entre irmãos.

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O verdadeiro propósito
 É encontrar inspiração no triunfo do outro.
 Se outros alcançam suas metas, nós também podemos alcançá-las.
9.7 Como alcançar as metas?
Passo 1
 Assuma as metas estabelecidas para seu GCEU e comece a planejar como irá alcançá-las.
 Isso indicará quanto você deve avançar cada semana para que sua meta se torne uma realidade.
Passo 2
 Destine responsabilidades específicas a cada um dos membros do GCEU e especifique o tempo
para cumpri-las.
 Cada membro do GCEU deve ter uma meta pessoal. É a maneira de envolver todas as
pessoas no esforço para alcançá-la.

Passo 3

 Verifique semanalmente o estado do seu GCEU.


 Certifique-se de que os membros do seu GCEU ou setor estejam trabalhando nas tarefas que lhes
são dadas.
 Certifique-se semanalmente do real estado do seu GCEU.

Passo 4

 Incentive os membros de do seu GCEU a trazer novos convidados.


Uma pesquisa mostra que os líderes que incentivam seus membros a trazer convidados dobram a
capacidade de multiplicação do seu GCEU, ao contrário do líder que menciona o tema só uma vez, de vez
em quando ou nunca.

Passo 5
 Ore diariamente, colocando diante de Deus as metas e clamando para que todas as coisas saiam
bem a fim de alcançá-las.
 Incentive os membros do seu GCEU a se unirem em oração.

9.8 Papel dos Líderes

 Façam sempre menção às metas.


 Dirijam a célula em oração pelo alcance das metas.

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 Mencionem as metas tantas vezes quanto seja preciso para que cada membro se aproprie da visão
e coloque o empenho necessário para alcançá-las.
 Distribuam as metas no tempo que tiverem.

9.9 Ferramentas para o estabelecimento de metas


A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de
ambiente), sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou
empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário,
desde a criação de uma célula à gestão de uma multinacional.
A Análise SWOT é um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da
empresa no ambiente em questão. A técnica é creditada a Albert Humphrey, que liderou um projeto de
pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortune das
500 maiores corporações.
O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrónimo de Forças (Strengths),
Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).
9.10 Estudo de caso de aplicação do SWOT
O GCEU do Mário multiplicou mês passado. Seu novo GCEU possui cinco membros, contando
com ele. Destes cinco, apenas ele é um crente maduro, comprometido com o Senhor e disponível para o
reino. O anfitrião do GCEU é o Luiz, um rapaz muito simpático, comunicativo e assíduo aos eventos da
Igreja. Entretanto, Luiz nunca fora desafiado a assumir um nível de comprometimento maior com a célula
e nunca fez mais do que disponibilizar sua casa para as reuniões. Os outros três membros, Jonas, Vinícius
e Paulo, se converteram há pouco tempo no último evento de colheita realizado pelo GCEU que os gerou.
Eles trabalham juntos e são muito amigos. Todos estão sendo apresentados à Cristo e estão descobrindo
uma nova proposta de vida no Senhor. Um deles, Vinícius, tem se mostrado desanimado e desencorajado
frente aos desafios e faltou as duas últimas reuniões do GCEU. Já Jonas e Paulo estão eufóricos e
apaixonados, vivendo o deslumbramento do primeiro amor.
Recentemente, Carlos, o Discipulador de Mário, solicitou-lhe o novo planejamento de
multiplicação com as datas dos próximos eventos de colheita, sociais e a tão sonhada data da
geração do novo GCEU. O pequeno número de membros do atual GCEU e as dificuldades atuais
não abateram o Líder, entretanto o mesmo decidiu identificar os pontos fortes e fracos de seu
grupo e situá-los à luz das oportunidades e ameaças que cercam a célula para definir as metas e
construir seu planejamento.

Pontos Fortes

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IMW S.A 41

Item Descrição Propostas/Iniciativas

FO01 A maturidade, Usar o tempo, paixão e visão


comprometimento e do Líder para discipular os
disponibilidade do Líder do membros e servi-los.
GCEU.

FO02 A disponibilidade, Desafiá-lo a assumir novas


envolvimento e carisma do responsabilidades com o grupo
anfitrião. e treiná-lo para ser o novo
Líder em Treinamento.
Desafiá-lo a matricular-se no
Curso de Propósito. Delegar o
discipulado de parte do grupo
ao mesmo.

FO03 A euforia do primeiro amor de Iniciar o discipulado direto


Jonas e Paulo, os membros com estes. Delegar pequenas
recém convertidos. responsabilidades com o
grupo.

Pontos Fracos
Item Descrição Propostas/Iniciativas
FR01 O baixo número de membros. Desafiar os membros,
sobretudo os recém
convertidos, a convidar novos
para as reuniões. Propor
eventos evangelísticos e de
colheita.
FR02 O desânimo de Vinícius. Dedicar tempo a ele, ouvi-lo,
amá-lo e discipulá-lo. Marcar
eventos sociais onde o mesmo
se sinta mais à vontade.
FR03 Pouca maturidade espiritual Orar e jejuar pela vida e
dos membros. crescimento dos mesmos.

Oportunidades
Item Descrição Propostas/Iniciativas
OP01 A disponibilidade, Desafiá-lo a assumir novas
envolvimento e carisma do responsabilidades com o grupo
anfitrião. e treiná-lo para ser o novo
Líder em Treinamento.
Desafiá-lo a matricular-se
Curso de Treinamento.
Delegar o discipulado de parte
do grupo ao mesmo.
OP02 Os três novos convertidos A euforia de Paulo e Jonas
trabalham juntos. podem contagiar Vinícius e
atraí-lo.

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IMW S.A 42

Ameaças
Item Descrição Propostas/Iniciativas
AM01 O desânimo de Vinícius pode Dedicar tempo a ele, ouvi-lo,
fazer com o que o mesmo se amá-lo e discipulá-lo. Marcar
desvincule da célula. eventos sociais onde o mesmo
se sinta mais à vontade.
AM02 Luiz pode não aceitar o convite Orar para que o Senhor
para se tornar Líder em confirme em seu coração este
Treinamento. chamado.
AM03 Os três novos convertidos Qualquer problema no trabalho
trabalham juntos. poderá abalar o envolvimento
dos mesmos com o grupo.

Após a análise dos pontos descritos, Mário definiu as seguintes metas:

Meta Item atacado do Responsável Prazo


SWOT
Definir Pais, Jovens FO01, FR03. Mário Esta semana.
e Filhinhos.
Criar estrutura de FO01, FR03. Mário Esta semana.
discipulado na
célula.
Discipular Vinícius. FR02. Mário Esta semana.
Discipular Paulo e FO03, OP01. Luiz Esta semana.
Jonas.
Discipular Luiz. FO02, OP01. Mário Esta semana.
Matricular Luiz no FO02, AM02. Mário Próximo mês.
curso de
Treinamento
Propósito.
Matricular Paulo e FO03, FR03, OP02 Mário e Luiz Próximo mês.
Jonas no curso Vida e AM03.
Cristã do CCM.
Delegar o louvor da FO03. Mário Próxima semana.
célula para Jonas.
Delegar o FO03. Luiz Próxima semana.
secretariado da
célula para Paulo.
Desafiar Paulo e FO03, FR02, OP02 Luiz Esta semana.
Jonas a ganhar e AM03.
Vinícius.
Nomear Vinícius FO02, OP01. Mário Em dois meses.
como o novo Líder
em Treinamento do
GCEU.
Desafiar Paulo e FO03. Luiz Próxima semana.

[Digite texto]
IMW S.A 43

Jonas a convidarem
seus amigos para a
Célula.

Com as metas definidas, agora Mário poderá iniciar o planejamento de multiplicação do


GCEU.
Para que as METAS sejam alcançadas é necessário um PLANEJAMENTO
Para refletir:
 Você sempre soube das metas do seu GCEU e da igreja como um todo?
 Você menciona semanalmente aos irmãos as metas pelas quais se está batalhando?
 Você delega a responsabilidade sobre algumas ações do GCEU, de modo a mover os
membros ao envolvimento com o grupo?
 Você tem orado pelo cumprimento das metas da sua célula?

10. PLANEJAMENTO DO GCEU


O mover de Deus em nosso meio é uma expressão da Sua bondade e de Sua fidelidade.
Temos sido alvo da Sua misericórdia e amor. O avivamento é uma obra divina e mantido pelo
compromisso de fé e determinação de cada membro. O sonho de nosso Deus é que todos
conheçam as Boas-Novas. Cremos que o desejo do Senhor é que nos organizemos para
multiplicar. Daí surge uma pergunta: Por que alguns não conseguem se organizar e avançar?
Percebemos que existem algumas áreas que estão enfermas e precisam de cura. Existem algumas
coisas que não fazemos muito bem, mas outras não conseguimos sequer começar, quanto mais
avançar.
Exemplo:
Por que no trabalho eu consigo chegar às 7h da manhã, mas na reunião do GCEU só chegou
atrasado? Existe uma lei que diz que se não chegar no horário no trabalho serei punido, porém,
como no GCEU, na Reunião do GD, no Culto de Celebração eu não tenho punição, não honro o
compromisso com a mesma intensidade. Isso revela uma desorganização no caráter. Embora não
seja necessariamente um mau-caratismo, é uma desestruturação interior.
Se uma pessoa não consegue organizar pequenas coisas, também não consegue organizar outras
tantas que são tão importantes quanto chegar no horário, como ler um livro até o final ou
começar um curso de inglês e terminar. Jesus nos ensina em Lucas que aquele que começa um
projeto e não termina, está sujeito a sofrer gozações e chacotas. “Pois qual de vós, querendo
edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a

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IMW S.A 44

acabar? Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar,
todos os que a virem comecem a zombar dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não
pode acabar” (Lc 14.28-30). Se não organizarmos a visão, vamos multiplicar desorganizações e
colheremos catástrofes. Deus é um Deus organizado. Ele é o modelo de organização. Ele está
completamente organizado. Ele vê todas as coisas e nada escapa aos Seus olhos. “Os olhos do
Senhor estão em todo lugar, vigiando os maus e os bons” (Pv 15.3). Deus vê tudo e sabe quando
eu estou sendo fiel ou infiel. Muitas vezes o nosso conceito de fidelidade não é o de Deus e o
nosso conceito de organização não é o dEle. “Porque os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor” (Is 55.8).

10.1 Mas o que é planejamento?


Planejamento é uma das responsabilidades do Líder do GCEU e consiste em exercer uma
função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos que devem ser
atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. É uma criação de cenários que imaginamos
acerca do futuro, nos quais estabelecemos quais recursos utilizaremos para alcançar nossas
metas, qual é nossa missão etc., ou seja, de uma forma bem simples é “pensar antes de fazer”.
10.2 Quais as vantagens de se planejar?
Podemos citar inúmeros benefícios da utilização do planejamento como ferramenta
estratégica para as células, por exemplo:
 Utilização eficiente dos talentos da célula, potencializando a geração de novos líderes;
 Mensuração de resultados;
 Direção para o cumprimento do propósito da célula, que é a multiplicação;
 Manutenção do foco sob a visão, entre outros.
10.3 Por que planejar?
Um dos grandes Adoradores da Bíblia foi o Rei Davi. Davi era reconhecido por seu temor
e intimidade com o Senhor. Observando seu exemplo de vida, podemos encontrar inúmeras
definições para a adoração, mas podemos fazer algumas observações a partir do verso abaixo:
“Engrandecei ao SENHOR comigo, e juntos exaltemos o Seu Santo nome.” Salmos 34.3
Inspirados por este cântico pode-se concluir que, para Davi, tudo aquilo que cooperasse
para o engrandecimento e exaltação do Santo nome do Senhor poderia ser considerado um ato de
adoração.
Ao contrário desta afirmação, muitas vezes atribuímos o ato de adorar a disciplinas
espirituais ou ações e reações que só podemos manifestar em celebrações ou ministrações na

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IMW S.A 45

Igreja. Isso é um grande engano! Segundo Davi, tudo aquilo que fizermos com excelência, zelo,
capricho e, sobretudo que cooperar para a exaltação do nome do nosso Pai é um ato de adoração.
Alguns anos mais tarde, o Apóstolo Paulo confirma-nos este estilo de vida na carta à
Igreja de Colossos: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor e não
para os homens…” Colossenses 3.23
Podemos justificar a importância do planejamento à luz de razões espirituais e práticas,
como descrito a seguir:
 Razões Espirituais
Deus não abençoa na desorganização: Deus organizou a multidão. Deus organizou as
multidões para que os milagres acontecessem. Organizou em grupos de 12 (Lc 6.12) e em grupos
de 100 (Lc 15.3-7). Ele não abençoa na desorganização. Muita coisa você não conseguiu porque
não se organizou. Quem quiser ver milagres, prodígios e maravilhas, faça o que Jesus ensina:
organize-se. Havia uma multidão que estava ouvindo sua ministração há muito tempo, e Jesus
disse: “dêem-lhe de comer”. Os discípulos questionaram porque não tinham dinheiro. Jesus
mandou que todos se organizassem em grupos de 50 e 100, e aí veio o milagre da multiplicação
dos pães. Todos comeram se fartaram e sobejaram doze cestos cheios. Na desorganização não
tem provisão, alimento, sucesso, só gente sem senso de direção. Quando organizamos, o povo se
alimenta e se farta, nunca falta.

“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as
despesas, para ver se tem com que a acabar? Para não acontecer que, depois de haver posto os
alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele, dizendo: Este
homem começou a edificar e não pode acabar” (Lc 14.28-30)
 Razões Práticas
O atual cenário econômico mundial, com economias globalizadas e competição crescente,
confirma-nos que as Organizações que não se conhecem e não definem um caminho a seguir,
possuem curto prazo de existência. Para os empresários é cada vez mais imperativo um forte
posicionamento estratégico e arrojadas ações para manter seus níveis de distribuição e vendas
sadios. Podemos citar como características deste cenário:
 Competição crescente;
 Forte exigência por qualidade;
 Redução sistemática nas margens de lucro;
 Pressão por resultados financeiros;
 Necessidade de atualização tecnológica;
[Digite texto]
IMW S.A 46

 Cenário político e econômico instável.

Uma ilustração muito atual deste contexto é a velocidade com que a tecnologia da
informação tem transformado nossos hábitos e cotidiano. Se voltarmos no tempo 10 anos atrás,
lembraremos a dificuldade (e a despesa) para se comunicar com familiares ou pessoas queridas
residentes em outros países. Atualmente, todos nós assumimos o hábito de “teclar” gratuitamente
com os mais distantes países e, se preferirmos, podemos pagar centavos para falar com aqueles
que nestes residem. Os conhecidos e tão difundidos Facebook e Skype revolucionaram a
comunicação mundial e trouxeram a globalização ao alcance de todos nós. Se observamos o
mercado de telecomunicações, veremos como as empresas reagiram a estas revoluções. Inúmeras
incorporações e mudanças de controles acionários, criação de novas empresas e produtos, entre
outros. O reflexo disso pra nossa vida foi uma amplitude de oferta de produtos e serviços para a
população, decorrente da grande competitividade existente no setor. Tais empresas, se não
estiverem bem estabelecidas, conscientes de seus recursos e estratégias, não sobreviverão.
10.4 Por que temos tanta resistência em planejar?
Se consultarmos os livros históricos ou os registros de grandes pensadores do nosso
século, encontraremos justificativa para a resistência com a disciplina de planejamento em razões
culturais. Pode-se, de fato, creditar que o hábito ou cultura de um povo contribua para o
agravamento de um comportamento. Entretanto, a partir do momento que somos resgatados por
Cristo e passamos a fazer parte do povo de Deus, precisamos abrir mão de modelos mundanos ou
culturais nos quais estávamos inseridos e adotar um estilo de vida condizente Àquele que nos
resgatou e à promessa para a qual fomos resgatados. Assim, ao invés de justificarmos nosso
desleixo ou descaso nesta disciplina, à luz dos benefícios e importância da mesma para as nossas
vidas e Reino, devemos nos empenhar em conhecê-la e praticá-la de modo a desfrutarmos dos
belos frutos que a mesma pode gerar. Se nos opomos ao conceito e benefícios que o
planejamento e a organização podem trazer às nossas vidas, justificando tal comportamento em
nosso estilo e personalidade, nos enganamos e dizemos não para um traço claro do
comportamento do nosso Senhor. Ao invés de oposição, nossa atitude deve ser de
reconhecimento que tal comportamento é fruto de uma desorganização em nosso caráter. Embora
não seja necessariamente um mau-caratismo, é uma desestruturação interior. Caráter, disse um
sábio uma vez, é o modo como agimos quando ninguém está olhando. Caráter não é o que já
fizemos, mas aquilo que somos.
Um caráter íntegro se revela, diariamente, de muitas maneiras:

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 Um homem faz o propósito de levantar mais cedo, todas as manhãs, para correr em volta
do quarteirão. Isso é disciplina.
• Uma professora pacientemente investe num aluno desatento e descobre que é um escritor
talentoso. Isso é visão.
• Um universitário, já vencido pelas provas e monografias pensa em desistir, mas decide
continuar e estudar. Isso é persistência.
Podemos constatar que esses três traços de caráter estão na lista dos “ameaçados de
extinção”. Não são atraentes, nem fáceis. Por isso, muitos procuram ignorá-los. E, no entanto,
por mais estranho que pareça, o traço de caráter mais ameaçado de todos é justamente aquele que
todos nós afirmamos querer – o amor.
Muitas vezes, quando dizemos que queremos um amor marcado pelo caráter, isso
significa apenas, e tão somente, que desejamos ser amados. Esperamos que as pessoas nos
admirem e nos tratem com carinho. Nesse caso procuramos também fazer o mesmo com elas.
Entretanto, as pessoas de caráter vão além do afeto superficial. Eles se empenham na difícil
tarefa de amar.
O amor, diz o apóstolo Paulo, é o traço mais importante do caráter cristão (1 Co 13.13), e
provavelmente o menos compreendido. Contudo, é extremamente difícil aprender a amar, a
menos que tenhamos também os outros atributos do caráter: a disciplina para tomar decisões e
levá-las a termo; a visão para enxergar o futuro distante e perscrutar o coração das pessoas e a
persistência para continuar, a despeito do escárnio, da inquietação ou do simples tédio.
Características chaves para um caráter aprovado:
Disciplina: Peça chave no desenvolvimento de qualquer área da nossa vida; Uma bela definição
de disciplina é “Retardar a auto-satisfação é um modo de programar o sofrimento e os prazeres
da vida, de forma a acentuar o prazer”. Isso significa começar encarando a dor, vivenciá-la e
ultrapassá-la. É como os pais fazem com os filhos, sempre condicionando o tempo livre para
brincadeiras após a conclusão dos estudos ou responsabilidades do lar;
Disciplina traz recompensas que não são imediatas.
Visão:
 Ser um visionário significa enxergar além do óbvio. É como estar na prisão e enxergar as
estrelas ao invés das barras de ferro;
 Implica também em esforço e disciplina. Dá muito trabalho fazer planos para os
próximos meses ou ano. Nossa primeira reação é pensar que estes não se realizarão;
 Para Deus tudo é possível (Mt 19.26).

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IMW S.A 48

Perseverança:
 É infinitamente mais fácil desistir do que perseverar (Tg 1.12);
 Este traço de caráter tem se tornado mais raro em virtude do contexto “fast food” que a
sociedade tem nos imposto. Somos a geração do imediatismo. Nossa tendência neste
contexto é abandonar os esforços caso não gerem resultados imediatos.
Amor:
 Uma característica evidente daqueles que amam é a doação. Aquele que ama não poupa
esforços para oferecer o melhor.
 Nosso amor pelo Senhor deve gerar em nós o compromisso de oferecê-lo o melhor em
todo o tempo, respondendo à altura do sacrifício que Ele fez (Jo 3.16);
 O Perfeito amor (1 Jo 4.18) potencializa o sonho.
10.5 Nossa atitude

 Em vez de rotular o planejamento como algo burocrático e negativo à vontade de Deus,


devemos aceitá-lo e praticá-lo.
 Se um de nossos principais objetivos como cristãos e crentes no SENHOR é sermos
transformado à imagem e semelhança de Jesus, devemos reconhecer que a organização e
planejamento é um traço determinante em seu comportamento.
Mude! De onde vem a idéia que é impossível mudar? Faz parte da sua natureza ter uma
perna quebrada? O que você faz? Vai ao médico. Jesus pode mudar os nossos corações e
dar-nos o Dele (Gl 2.20). Cristo vive em mim! Manter uma postura resistente e
questionadora somente gera entrave para o mover dEle em nossas vidas e Reino. É como ter
eletricidade e não acender as luzes.
10.6 Planejando as reuniões do GCEU
Um bom exemplo de planejamento dos GCEU são nossos irmãos da Igreja Elim, em El Salvador,
que realizam duas reuniões semanais, uma na terça e outro no sábado. O enfoque da reunião varia de
acordo com o objetivo. Na terça-feira, o propósito é a “edificação” da igreja (buscam o crescimento
espiritual dos membros do GCEU e planejam a reunião evangelística do sábado). O encontro seguinte, no
fim de semana, tem objetivos “evangelísticos” (eles convidam incrédulos e não apenas não crentes). O
efeito dessa alternância do conteúdo das reuniões cria uma dinâmica semelhante a de um tiro de revólver.
Na terça-feira, o grupo se retrai como o cão da arma (descansam, fazem planos e ministram uns aos
outros). No sábado eles “atiram” (evangelizam os conhecidos e vizinhos não crentes). Este sistema
mantém o GCEU forte e bem orientada.
A reunião de planejamento tem os seguintes objetivos:
• Planejar e estabelecer a data da próxima multiplicação do GCEU.

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IMW S.A 49

• Avaliar as reuniões do GCEU;


• Planejar as próximas reuniões, os eventos evangelísticos e de comunhão;
• Distribuir tarefas e delegar responsabilidades;
• Acompanhar as anotações feitas Nos relatórios do GCEU;
• Encorajar e desafiar os membros para que tragam seus convidados;
• Acompanhar e colocar em prática o planejamento para a próxima multiplicação;
• Avaliar o acompanhamento e o preparo do líder em treinamento.
Essa reunião é especifica para os membros do GCEU que são crentes; a idéia não é levar
convidados.
Por quê? Porque na reunião de planejamento são dadas algumas recomendações que devem
ser colocadas em prática nas reuniões do GCEU.
Há alguns fatores que devem ser considerados no momento de planejar:
1. Uma boa reunião de planejamento dará como resultado uma boa reunião do GCEU.
2. Uma boa reunião de planejamento ajudará a preparar os eventos agendados, facilitando assim a
preparação para a multiplicação.
Reunião de planejamento não é:
 Um culto;
 Uma reunião de oração;
 Para comemorar aniversários.
Reunião de planejamento é:
 Uma reunião de trabalho;
 Uma reunião de avaliação;
 Uma reunião de distribuir e cobrar tarefas.

PLANEJAMENTO DA MULTIPLICAÇÃO

10.7 Planejando a multiplicação do GCEU

A multiplicação do GCEU deve ser a principal meta do Líder. O Líder deve ser focado em atingir
(e potencializar o atingimento) desta meta. Por mais adversas que sejam as circunstâncias, à luz do caráter
aprovado em Cristo, da fé e do compromisso com o chamado para servir nesta obra, sua atitude sempre
deverá ser condizente com o sonho. Se o Líder possui este conceito cravado em seu coração e se o estilo
de vida e liderança exala o mesmo, contagiará seus liderados e facilmente (e rapidamente) atingirá seu
propósito.
Para multiplicar o GCEU, o Líder deverá definir uma data para a multiplicação e marcos
importantes como eventos de colheita e outras atividades que levarão ao cumprimento do
propósito. Recomenda-se fortemente que estas datas, marcos e objetivos sejam registrados e

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IMW S.A 50

compartilhados continuamente com os membros do GCEU. O compartilhamento e divisão de


papéis e responsabilidade geram compromisso no grupo e é uma porta para a geração de novos
Líderes.

Lembre-se: Defina e documente seus objetivos. Qualquer caminho é válido para aqueles que
não possuem uma rota definida.

“O nobre projeta coisas nobres e na sua nobreza perseverará”. Isaías 32.8


11. Multiplicando o GCEU
É importante entender que a multiplicação do GCEU é um processo que inclui vários fatores.
11.1 Quais são os fatores que contribuem para a multiplicação do GCEU?
1. Convite
2. Comunhão
3. Pastoreio
4. Mentoreamento
5. Capacitação
Somente quando esses cinco fatores estão presentes é que há a multiplicação do GCEU. Vamos acres-
centar outros fatores que contribuem para que haja a multiplicação:
• É preciso orar todos os dias pelos membros do GCEU;
• Deve haver confraternização entre seus membros;
• Devemos incentivar cada membro para que façam parte do trabalho.
11.2 Há duas formas pelas quais os GCEU se multiplicam:
1. Multiplicação mãe-filha – quando o GCEU original gera outros filhos;
2. Abrir GCEU – quando novos GCEUs são abertas sem que se originem de um GCEU-mãe.
11.3 Os GCEU que se multiplicam...
São GCEU saudáveis, pois passaram por todas as etapas de desenvolvimento. Há uma motivação maior
do líder em fazer novos discípulos. O grupo está aberto às pessoas de fora e tem estímulo em buscá-las,
pois todos se sentem capazes de frutificar. Os membros se empenham em conquistar amigos e familiares
e os novos se sentem à vontade no GCEU, porque foi criado um ambiente para a multiplicação.
11.4 O que influencia a multiplicação?
• Tempo devocional do líder e de preparação para as reuniões;
• Intercessão pelos membros;
• Cuidado pastoral;
• Estímulo ao evangelismo e encontros sociais;
• Número de visitantes;
• Treinamento e preparação de auxiliares;

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• Estabelecimento de alvos, inclusive a data da multiplicação;


• Ambiente para multiplicação.
É importante fazer com que as pessoas já comecem no GCEU visando à multiplicação, pois ela é
o “ponto alto”, o “clímax” do GCEU.

11.5 Como perceber a hora de multiplicar?

O grupo começa a crescer comprometendo a intimidade entre as pessoas, as ausências passam a


não ser notadas, o local começa a não comportar todas as pessoas, e outras situações começam a
acontecer.
Ao multiplicar...
• Considere os relacionamentos;
• Os elos naturais devem permanecer juntos;
• Considere a localização geográfica;
• Recém-chegados ou os novos devem permanecer com o líder;
• Os maduros devem sair com o novo líder.
11.6 Três razões por que um GCEU não se multiplica:
1) Os membros ficam confortáveis e apegados fortemente aos relacionamentos;
2) Eles têm medo de que o novo grupo não seja tão bom quanto o atual;
3) Desconhecem a alegria de gerar um novo GCEU.
O que fazer neste caso?
• Estude uma possível troca de líder ou auxiliar;
• Mude o local quando há problemas com o anfitrião ou com a localização;
• Mude o dia ou o horário das reuniões;
• Intensifique a evangelização e as visitas aos novos membros;
• Peça orientação ao discipulador.
Pastoreio sem evangelização é incompleto no que se refere a crescimento.
Para que haja evangelização eficaz no GCEU e consequentemente o crescimento, é necessário
haver convidados.
O que é um convidado?
Durante séculos, em muitas partes do mundo, foram feitos estudos a respeito do evangelismo e
como conseqüência disso, descobriram-se fatos interessantes como os seguintes:
1. A maior parte dos cristãos têm conceitos errôneos sobre o evangelismo.
2. Os convertidos que mais perseveram nos caminhos do Senhor são aqueles que foram evangelizados por
cristãos comuns.

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IMW S.A 52

3. O amor em ação é o que mais atrai as pessoas para Jesus.

Lendas e realidade sobre evangelismo

Lenda n º 1
Evangelismo é alcançar os desconhecidos.
Lenda n º 2
A maioria das pessoas é alcançada por pregadores experientes.
Lenda n º 3
Convertemo-nos depois de ouvir o evangelho uma vez.
Lenda n º 4
Para evangelizar é preciso muito treinamento.
Lenda n º 5
As pessoas entregam sua vida a Jesus por influência de uma só pessoa.
Realidade
A maioria das pessoas é alcançada por amigos.
Realidade
A maioria é alcançada por cristãos comuns.
Realidade
A conversão geralmente é um processo.
Realidade
As pessoas são tocadas muito mais por ações do que por palavras.
Realidade
Quanto mais cristãos uma pessoa conhece, mais fácil é a sua conversão.

O que devemos fazer para evangelizar com sucesso


• Devemos evangelizar principalmente as pessoas que conhecemos.
• Devemos incentivar-nos mutuamente a falar de Jesus; não devemos pensar que as pessoas só irão
converter-se se o pastor fizer o apelo.
• Devemos promover muitas oportunidades para que as pessoas ouçam o evangelho.
• Devemos identificar a necessidade das pessoas para ajudá-las.
• Devemos apresentar aos incrédulos tantos cristãos quanto seja possível.
Alguns exemplos bíblicos a respeito de ganhar almas
1. Em João 4.37, a Bíblia fala da semeadura e da colheita. O que podemos aprender com este exemplo?
• Podemos aprender que o evangelismo leva tempo. Quando falamos em semear e colher sabemos que
temos de semear e esperar meses para obter frutos.

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• Podemos aprender que além de levar tempo para a sua efetiva realização, o evangelismo envolve várias
pessoas. Por quê? Porque Jesus disse: um é o que semeia e outro é o que colhe.
2. Em Marcos 1.17, o Senhor diz: Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens. O Senhor Jesus está
falando aqui da salvação dos homens, mas no fim da pesca. É interessante que naquela época a pesca era
feita com redes e para isso eram necessárias várias pessoas. O que aprendemos com esta passagem bíblica
é que trabalhar juntos na evangelização produz mais resultado do que trabalhar sozinhos.
Por que tão poucos convidados acabam por converter-se?
Porque não aplicamos os princípios do evangelismo. É por isso que o GCEU não cresce, não há
muitas conversões e não se multiplica. Para aplicar os princípios do evangelismo no GCEU
temos de definir o que é um convidado. Antes vamos definir o que não é um convidado.

Um convidado não é:

• Uma pessoa que convidamos somente para cumprir uma meta;


• Alguém sobre quem pouco ou nada sabemos;
• Alguém que encontramos na rua;
• Alguém a quem vemos pela primeira vez.
Um convidado é:
• Alguém, do nosso relacionamento, em quem aplicaremos os princípios de evangelismo citados
anteriormente.
Como fazer o convite
• Faça uma lista de pessoas do seu círculo de amizade - círculo de influência.
• Faça um círculo ao redor dos nomes de pessoas que estão mais abertas à mensagem do evan gelho e
então comece a orar pela conversão delas.
• Aprofunde mais sua amizade com essas pessoas e demonstre-lhes seu amor.
• Procure a maneira de demonstrar-lhes algum detalhe amável.
• Como parte de seu interesse em ajudá-las a resolver seus problemas, convide-as para a reunião do
GCEU.
Esse é um verdadeiro convidado e certamente acabará convertendo-se a Cristo. Quando isso acontec er,
continue sendo seu amigo, cuide do crescimento espiritual dessa pessoa. Só assim teremos resulta dos
permanentes, só assim os GCEUs crescerão em assistência, haverá muitas conversões e haverá
multiplicação.
Para refletir e discutir
a) Estamos evangelizando ou somente convidando?
b) Poderia dizer que seu estilo de vida aplica-se ao de um evangelizador?
c) Numa escala de 1 a 20, como classificaria o evangelismo em seu GCEU?
d) Quais dos princípios do evangelismo estão sendo colocados em prática em seu GCEU?

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12. ELEMENTOS DA BOA LIDERANÇA


• Sabedoria
• Retidão
• Amor
• Espiritualidade
• Maturidade
12.1 Sabedoria
Uma boa liderança não requer necessariamente conhecimentos acadêmicos. Devemos começar
sendo autênticos, expressando nossas necessidades e mostrando-nos como realmente somos. Ser
sábio, algumas vezes, é não considerar as ofensas, comentários ou irritações de outras pessoas. A
pessoa sábia não procura vingar-se, procura o melhor em quem o crítica, a fim de resgatar o
perdido.

Referência bibliográfica

NEWMANN, Mikel. Alcançar a cidade. São Paulo: Vida Nova, 1993.

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