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07, 13, 20 de Março de 2021.

“Mensagem de Domingo”.
Atraindo o favor de Deus sobre a sua vida.
Salmo 15
Iniciando a Jornada.
Bom dia a todos, graça e paz aos irmãos! A palavra que quero compartilhar com vocês esta manhã tem o
seguinte tema: “Atraindo o favor de Deus sobre a sua vida”.
Todos nós desfrutamos de uma graça comum que nos proporciona um nível das bênçãos de Deus em
nossa vida. Isso significa que não precisamos fazer nada para que algumas bênçãos alcancem a nossa vida.
Por exemplo, Jesus diz em Mateus 5.45 que Deus dá o sol e a chuva sobre bons e maus: “Dessa forma o Pai
de vocês que está no céu os considerará seus filhos. Ele faz com que o sol brilhe tanto para os bons como para os maus . Ele
também manda a chuva tanto para os justos como para os injustos”. VFL
Jesus fala aqui de algumas bênçãos no nível da provisão que são comuns a todos. Outro tipo de benção 1
que não depende de nossos esforços é a benção da salvação, ou seja, da vida eterna. Essa benção é fruto da
graça de Deus sobre a vida daqueles que se reconhecem necessitados do perdão de Deus.
O apóstolo Paulo nos diz em Efésios 2.8-9: “Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não
vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. "A salvação não é o resultado dos esforços de vocês; portanto, ninguém pode
se orgulhar de tê-la". NTLH
E escrevendo aos Romanos ele declara: “Mas o que ela diz? "A palavra está perto de você; está em sua boca e em
seu coração", isto é, a palavra da fé que estamos proclamando: Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em
seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo”. Rm.10.8-9 NVI
Mas, à medida que caminhamos com Deus parece que a nossa vida com Deus atinge um platô, e por
mais que a gente busque, se esforce, se empenhe parece que as coisas em nossa vida não avança, não se
desenvolve, não frutifica com mais intensidade.
É como se de alguma forma o favor de Deus fosse obstruído, limitado, restringido sobre a nossa vida. E
não me refiro apenas às bênçãos em sim, mas o nosso próprio relacionamento com Deus. É como que por
alguma razão não estivéssemos mais a vontade em nosso relacionamento com Deus.
 Você já se sentiu assim em algum momento em sua vida?
Parece que as coisas no seu relacionamento com Deus não vai, não se aprofunda. O favor de Deus sobre
a sua vida aparece ter atingido um limite. E você não sabe o que está acontecendo.
Preste atenção nisto que vou lhe dizer. Embora o nosso relacionamento com Deus seja baseado na sua
graça. A Bíblia nos ensina que há um nível de benção e um nível de relacionamento com Deus que está
relacionado à nossa atitude para com Ele.
Todos querem desfrutar um novel mais intenso das bênçãos do Senhor sobre a sua vida, porém, para que
isso aconteça é preciso atrair o favor de Deus sobre a nossa vida. Isso significa que temos que atrair o coração
de Deus com as nossas atitudes. Como discípulos de Jesus Cristo, as nossas atitudes, as nossas ações, as nossas
palavras, o nosso estilo de vida tem o poder de atrair o coração de Deus em nossa direção de forma especial.
Alcançar o favor do Senhor, é que a Bíblia chama de: “Achar graça aos seus olhos…”.
Achar graças aos olhos do Senhor é entrar em uma dimensão onde as promessas de Deus tornam-se
realidade, onde os milagres acontecem, onde podemos viver o máximo do nosso potencial em Cristo, onde
podemos experimentar todos os dias a manifestação do céu na terra.
Em 2Crônicas 16.9ª a Bíblia declara: “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para
mostrar-se forte a favor daqueles cujo coração é perfeito para com Ele...” Deus está olhando para nós, e busca encontrar
algumas atitudes que atrai o seu favor a nós. A Bíblia fala de homens e mulheres que por causa de suas atitudes
diante de Deus “Acharam graça aos seus olhos”.
Noé é um exemplo dessa realidade: “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor”. Gn.6.8 ARA
Moisés é outro exemplo: “Então, disse o SENHOR a Moisés: Farei também isto, que tens dito; porquanto achaste
graça aos meus olhos; e te conheço por nome”. Êx.33.17
Maria mãe de Jesus: “O anjo veio onde ela estava e disse: Alegra-te, agraciada; o Senhor está contigo. Mas, ao ouvir
essas palavras, ela ficou muito perturbada e começou a pensar que saudação seria essa. Então o anjo lhe disse: Não temas, Maria;
pois encontraste graça diante de Deus”. Lc.1.29-30 A21
Abraão é um exemplo prático desta verdade. Observe o que Deus diz a ele: “e disse: "Juro por mim mesmo",
declara o Senhor, "que por ter feito o que fez, não me negando seu filho, o seu único filho, esteja certo de que o abençoarei e

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farei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Sua descendência conquistará as
cidades dos que lhe forem inimigos e, por meio dela, todos povos da terra serão abençoados, porque você me obedeceu".
Gn.22.16-18 NVI
Esse texto diz que é possível alguém atrair o favor do Pai. Nesse texto onde Deus resolve abençoar a
vida de Abraão, existe um fato que é extremamente forte e que determina o Favor de Deus sobre a vida de
Abraão: o pedido de Deus a Abraão, que na verdade era um teste em sua vida. E a sua ação – atitude diante
deste pedido.
Achar graça aos olhos do Senhor é agradar o seu coração, é lhe provocar prazer, é ter atitudes que tocam
e atraem o coração de Deus de uma forma especial. Achar Graça significa que você se diferencia das outras
pessoas diante de Deus, chamou Sua atenção.
Lembre-se sempre que Deus não faz acepção de pessoas, mas suas atitudes e comportamentos são
levados em conta para abençoar ou amaldiçoar suas próprias vidas. 2
E, é sobre isso que nos fala o Salmo que lemos nesta manhã. Para que você desfrute de um nível mais
profundo em seu relacionamento com Deus, e das bênçãos de Deus, você precisa agradar o coração de Deus.
Deus ama todos os seus filhos, todos aqueles que nasceram de novo em Cristo de maneira igual. Isso é
fato! Mas, Deus faz distinção entre as atitudes de seus filhos em relação a ele, para disponibilizar alguns níveis
de unção, de intimidade com ele, e de bênçãos.
Veja alguns exemplos:
“O Senhor confia o seu segredo aos que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança”. Sl.25.14 NAA
“Aqueles que temem, reverenciam e adoram o Senhor, tem o segredo da sua doce e suficiente companhia, ele lhe
mostrará a sua aliança e lhes revelará seu profundo e secreto significado” Sl.25.14 AMP
“O Senhor é amigo chegado daqueles que o respeitam e obedecem, e os leva a conhecer a aliança que fez com eles”.
Sl.25.14 Bv
“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie no seu próprio entendimento.6Reconheça o Senhor em todos os seus
caminhos, e ele endireitará as suas veredas. 7Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema o Senhor e afaste-se do mal. 8Isto
será como um remédio para o seu corpo e refrigério para os seus ossos. 9Honre o Senhor com os seus bens e com as primícias de
toda a sua renda; 10e os seus celeiros ficarão completamente cheios, e os seus lagares transbordarão de vinho”. Pv.3.5-9 NAA
“Confie no Senhor de todo o seu coração; nunca pense que sua própria capacidade é suficiente para vencer os problemas. Em
tudo quanto for fazer, lembre-se de colocar Deus em primeiro lugar. Ele guiará os seus passos e você andará pelo caminho do
sucesso. Não fique cheio de si, pensando que sua própria sabedoria é a razão do seu sucesso. A verdadeira sabedoria é amar e
obedecer ao Senhor, fugindo do mal. Se você fizer isso, terá sempre saúde e vigor para enfrentar a vida. Dê honra ao Senhor,
oferecendo a Ele a primeira parte de tudo quanto você ganha. Ele lhe dará trigo e cevada para encher completamente os seus
celeiros; fará os seus tanques de espremer uvas transbordarem de tanto vinho!
Pv.3.5-9 Bv
“Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra; mas, se resistirem e se rebelarem, serão
devorados pela espada". Pois o Senhor é quem fala!”. Is.1.19-20 NVI
“Portanto, o Senhor, o Deus de Israel, declara: ‘Prometi à sua família e à linhagem de seu pai, que ministrariam diante de mim para
sempre’. Mas agora o Senhor declara: ‘Longe de mim tal coisa! Honrarei aqueles que me honram, mas aqueles que me
desprezam serão tratados com desprezo”. 1Sm.2.30 NVI
Você percebe nestes textos que há algumas atitudes distintas da nossa parte que atraem um nível
diferente de benção e relacionamento com Deus. Não são bênçãos que simplesmente vem sobre nós, elas são
provocadas por um padrão de conduta de nossa parte.
O Salmo 15 nos mostra algumas práticas que atraem o favor de Deus de forma diferenciada sobre a
nossa vida. Talvez meu amado, minha amada em sua vida muitas vezes você não tem experimentado um nível
mais profundo de relacionamento com Deus, ou das bênçãos de Deus, é porque você não tem se atentado para a
prática destes princípios. Talvez você até já tenha experimentado um jorrar profundo das bênçãos de Deus e de
intimidade com ele antes em sua vida, mas a quebra destes princípios tem obstruído a presença de Deus e as
suas bênçãos em sua vida de maneira profunda.
O Salmo 15 trata da pergunta certa; trata, aliás, da pergunta fundamental. Quem poderá viver e desfrutar
da presença de Deus em sua plenitude, das bênçãos de Deus em sua profundidade?
É importante entendermos que a questão aqui é está confortavelmente em comunhão com Deus. Livre
de condenação, de obstruções no relacionamento com Deus.

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A proposta do salmista não é oferecer uma prescrição para a salvação, mas apresentar uma descrição da
pessoal que foi salva e desfruta da plena comunhão com Deus e o fluir das suas bênçãos. O propósito do
salmista não é apontar o caminho através do qual alguém agradará o Senhor e assim poderá obter salvação, mas
sim informar o fruto de vida que alguém que o tenha encontrado agora produz e por isso, desfruta de suas
bênçãos.
“Habitar no santuário” e “morar no santo monte” (v. 1) são paralelismos para designar a dimensão
da liberdade na presença de Deus. O salmo começa com a ideia de Deus como anfitrião e a sua ênfase está no
tipo de pessoa que desfruta de plena liberdade em sua presença e de suas bênçãos.
Se você prestar atenção o estágio começa como um convidado temporário: “Senhor, quem habitará no teu
santuário?”.v.1, pois habitar aqui tem a ideia de presença temporária. Mas, evolui da residência temporária, para
uma morada permanente: “Quem poderá morar no teu santo monte?”, pois morar aqui significa estar qualificado
para se tornar membro permanente da casa de Deus. 3
A ideia aqui de morar é experimentar a plena manifestação da Glória de Deus através da sua provisão,
proteção e comunhão. E para isso há uma contrapartida daquele que se aproxima do Senhor, pois a palavra
Tabernáculo também aponta para uma adoração formal e sacrifício. O que o salmista está dizendo é que há
certas atitudes, certas posturas, certos comportamentos de nossa parte para com Deus que atrai o seu coração
com o objetivo de nos abençoar.
É pela riqueza da misericórdia de Deus que entramos na Sua casa, e nos prostramos diante do Seu santo
Templo, no seu Temor. É pela graça de Deus que somos transformados de pecadores em santos. Mas, para
desfrutarmos a plenitude da presença de Deus em nossa vida é preciso atitude de nossa parte.
O Salmo15 é estimulante e desafiador. Ele nos leva a um profundo exame de consciência e a um desejo
de agradar a Deus a fim de podermos estar com Ele. O Salmo 15 é formado por cinco versículos que falam
sobre a comunhão permanente com Deus.
A pergunta do salmista não prescreve uma condição, mas descreve uma realidade na vida daquele que
pertence a Deus, o desfrutar de Deus para todo o sempre.
A nossa salvação é pela graça, por meio da fé em Cristo (Ef.2.8), ponto final! Mas, o desfrutar de Deus e
suas bênçãos em um nível mais profundo tem um preço, exige de nós uma postura, implica em atitude de nossa
parte. A pergunta fundamental revela o desejo do justo; isto é a alegria plena da presença de Deus.
Ao destacar as características do justo, o Salmo 15 não apresenta uma lista que deve ser cumprida por
quem quer ser salvo. Esse não é o seu objetivo! O Salmo 15, na verdade, apresenta uma lista de qualidades que
caracterizam a vida daqueles que já são salvos e andam de acordo com a vontade de Deus.
Ao questionar quem pode habitar no Tabernáculo e morar no Santo monte do Senhor, Davi está se
referindo àquela pessoa que desfruta da mais intima comunhão com Deus. O Tabernáculo era o símbolo
máximo da habitação de Deus entre o seu povo escolhido. Era no tabernáculo que ficava a Arca da Aliança e
onde Deus manifestava a sua glória de maneira especial.
O Salmo 15 fala sobre o perfil daqueles que atraem a presença de Deus e suas bênçãos de uma maneira
intensa, profunda, visível. O título do Salmo 15 indica que ele foi escrito pelo rei Davi. Mas o título não traz
nenhuma outra informação a respeito da ocasião em que Davi escreveu esse salmo. Alguns estudiosos sugerem
que talvez Davi tenha escrito o Salmo 15 no contexto em que ele levou a Arca da Aliança para o Monte Sião
em Jerusalém (2 Sm.6).
O salmo tem certas semelhanças com o Salmo 24 pelo fato de responder a pergunta a respeito de quem
pode entrar na presença de Deus (Sl.24.3-6).
O que se segue no Salmo, não se trata de qualidades para se achegar a presença do Pai, mas de
qualidades que devem estar presentes na vida daqueles que em Cristo estão na presença do Pai e atraem o favor
de Deus sobre si.
Quais são essas atitudes que atraem a presença e as bênçãos de Deus? Que atraem o favor de Deus? Que
nos faz “Achar graças aos olhos do Senhor”? Ou seja, agrada o seu coração e o atrai para nós.
Primeira...
Andar em integridade em seu viver diário.
“Aquele que é íntegro em sua conduta...”.v.2a NVI

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A palavra hebraica traduzida por integridade significa completo, inteiro, sincero, sem defeito, sadio. A
ideia é de retidão, ser irrepreensível. É claro que isso não significa ser impecável, pois não há pessoa alguma na
terra sem pecado. O caráter irrepreensível diz respeito a sua solidez, integridade e lealdade total a Deus.
e lealdade total a Deus.
A palavra integridade aqui aponta para duas direções. A primeira é para harmonia e coerência
entre vida diária e espiritualidade . Portanto, integridade significa harmonia com Deus em nosso
caminhar. Neste sentido integridade é mais do que aparência externa. É andar com Deus sinceramente. É ter um
relacionamento sincero com Deus.
É sermos transparente com Deus em relação as nossas falhas, fraquezas e pecados. É não apenas ter
aparência de piedade e com suas ações negar o seu poder. Paulo fala sobre esse tipo de pessoa : “Saiba disto: nos
últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens... tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se também
destes”. 2Tm.3.1-2,5 NVI 4
São pessoas que professam uma religião, mas suas atitudes na vida prática não evidencia uma
transformação operada pelo Espírito Santo fruto de uma espiritualidade genuína. Paulo diz que aqueles que
realmente se encontraram com Cristo têm a sua vida transformada: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova
criação; as coisas velhas já passaram, e surgiram coisas novas”. 2Co.5.17 A21
A questão do nosso relacionamento com Deus não está no fato de termos pecado, mas sim em como
lidamos com o pecado em nossa vida. O sentimento de condenação vem do fato de não sermos transparentes e
quebrantados diante de Deus.
Deus não despreza um coração sincero. Davi declara no Salmo 51: "O que tu queres é um coração sincero;
enche o meu coração com a tua sabedoria." Sl.51.6 NTLH
E o salmista diz no Salmo 145: “O Senhor está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com
sinceridade”. Sl.145.18 NVI
Deus nos vê como santo e justo, mesmo que tenhamos pecado. O verdadeiro problema se desenvolve
quando nós não abandonamos o pecado. Isso resulta em condenação e não nos sentimos à vontade ou
confortáveis na presença de Deus.
A segunda direção aponta para honestidade com as pessoas . Integridade tem a ver
também com honestidade diante de Deus e com as pessoas. Por isso, a Bíblia Viva traduz da seguinte maneira:
“Quem é honesto e sincero em tudo quanto faz...”. E a Nova Tradução na Linguagem de hoje traduz como: “aquele
que vive uma vida correta”. E a Edição Pastoral diz: “Quem age na integridade...”.
Não há como você desfrutar da presença de Deus de maneira plena e de suas bênçãos de maneira
profunda sendo uma pessoa desonesta com os outros.
Honestidade significa ser verdadeiro, transparente, não roubar, não enganar ou defraudar ninguém. O
indivíduo honesto repudia a esperteza e o desejo de querer levar vantagem em tudo e sobre todos.
O Senhor não aprova desonestidade em transações de negócios. A Bíblia diz em Provérbios 20.23: “O
Senhor detesta pesos adulterados, e balanças falsificadas não o agradam.”
A honestidade atrai a benção e a presença de Deus. O salmista diz: “A honestidade e a justiça são as bases do
teu reinado. Tu és fiel e amoroso em tudo o que fazes”. Sl.89.14 NTLH
Seja honesto, Paulo diz em 2Coríntios 8.2: “pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também
diante dos homens”. ARA
As riquezas que foram ganhas desonestamente não duram. A Bíblia diz em Provérbios 21.6: “A fortuna
obtida com língua mentirosa é ilusão fugidia e armadilha mortal”. NVI
E Provérbios 10.2 ainda nos alerta: “Os tesouros de origem desonesta não servem para nada, mas a retidão livra
da morte”. NVI E Provérbios 16.8 diz: “É melhor ter pouco com retidão do que muito com injustiça”. NVI
Para Deus nossa adoração sem uma vida de honestidade não tem valor: “Fazer o que é justo e certo é mais
aceitável ao Senhor do que oferecer sacrifícios”. Pv.21.3 NVI
Rui Barbosa, notável escritor, deixou um escrito que nos faz refletir sobre a atual situação da nossa
sociedade. Escreveu ele: "de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver
crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar
da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto...". A indignação de Rui Barbosa, ainda que tenha
sido há muito tempo, faz sentido e é digna de nossas reflexões. Pessoas que se deixam levar pela opinião da
maioria, facilmente se enredam na desonestidade com a justificativa de que "todo mundo faz".
Segunda...
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Ser justo com as pessoas.
“... e pratica o que é justo...”.v.2b NVI
Segundo o salmista outro requisito para atrair o favor de Deus é praticar o que é justo. Justiça aqui é dar
a alguém o que lhe é de direito exclusivo; justiça é dar a alguém o que ele merece por direito. A ideia de justiça
aqui é de alguém direito, aprumado em seu coração que não age nem por impulso, ambição, ganho, temor ou
bajulação. Justiça também aponta para tratamento bondoso e correto com o necessitado.
A pessoa que pertence a Deus é íntegro, e, portanto, ele será justo em todas as suas transações, e em
todos os seus relacionamentos, ele será justo com o seu vizinho, até mesmo quando este lhe for injusto.
Ele poderá ser até perseguido por causa da justiça, como previu Cristo em seu Sermão do Monte, mas
ele ainda assim será justo e correto. Ele sabe que as suas ações são vistas por Deus, e é só isso o que importa,
porque ele só deseja fazer a Sua vontade soberana. 5
Praticar o que é justo é fazer o que é certo aos olhos de Deus em relação à causa do outro. É não negar
ou torcer o direito do outro. É não usar de subterfúgios, desculpas para não cumprir o direito que pertence ao
outro. É tratar corretamente de uma questão com o recurso agradável a Deus e ao homem.
Em termos gerais, justiça é dar a cada um o que lhe é de direito, o que merece. É estar em conformidade
com o que é justo, correto.
A Nova Tradução na Linguagem de Hoje traduz da seguinte forma: “que faz o que é certo”.
Deus é sempre justo. Ele nunca age de forma desonesta e retribui a cada um àquilo que merece. Deus é o
juiz que não comete erros. Deus ama a justiça. Veja o que a Bíblia diz sobre isso: "Porque eu, o Senhor, amo a
justiça e odeio o roubo e toda maldade...”. Is.61.8
“Pois o Senhor é justo e ama a justiça; os retos verão a sua face”. Sl.11.7
“Ele ama a justiça e a retidão; a terra está cheia da bondade do Senhor”. Sl.33.5
“Assim diz o Senhor: "Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas
quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e
com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado", declara o Senhor”. Jr.9.23-24
As ações de Deus são baseadas em sua justiça: “O Senhor faz justiça e defende a causa dos oprimidos”. Sl.103.6
“Tua justiça chega até as alturas, ó Deus, tu, que tens feito coisas grandiosas. Quem se compara a ti, ó Deus?”. Sl.71.19

“Ele mesmo julga o mundo com justiça; governa os povos com retidão”. Sl.9.8
Deus é perfeito, reto e plenamente justo, por isso age sempre em conformidade com a Sua Justiça. A
Justiça de Deus é reta e cheia de misericórdia. Ele reprova e condena a injustiça porque esta causa destruição e
morte. Quando alguém comete injustiça, os danos destrutivos do mal e da morte afetam diretamente ao próprio
transgressor, aos outros a quem ele prejudica, além de comprometer a sua relação com Deus, com o mundo e
com os seus semelhantes.
Um bom exemplo dos danos causados pela injustiça é a história dos irmãos Caim e Abel, na bíblia (Gn.
4.1-16). Movido por inveja e maldade Caim mata o seu próprio irmão. Esse pecado destruiu a vida do inocente,
Abel, afastou Caim de Deus e da sua família. Trouxe maldição à terra, ao seu trabalho e, a sua vida foi
consumida pelos sentimentos de rejeição, culpa e medo. Deus o afastou, castigando-o pelo seu crime, mas o
tratou com misericórdia, colocando-lhe um sinal para preservar a sua vida. Assim funciona a justiça de Deus, é
revestida de misericórdia.
Deus não se alegra com a injustiça. A injustiça é pecado aos olhos de Deus. A injustiça desagrada a
Deus. Deus é um Deus justo. A injustiça é pecado e ofende a Deus. Deus é perfeitamente justo. Ele não tolera a
injustiça: “Tu não és um Deus que tenha prazer na injustiça; contigo o mal não pode habitar”. Sl.5.4.
A justiça é uma das características de Deus. Ele se alegra com o justo e abomina a injustiça: “Desvie-se do
mal e faça o bem; e você terá sempre onde morar. Pois o Senhor ama quem pratica a justiça, e não abandonará os seus fiéis.
Para sempre serão protegidos, mas a descendência dos ímpios será eliminada; os justos herdarão a terra e nela habitarão para
sempre”. Sl.37.27-29
O Deus que ama o que é bom, não ama o que é mau, ao que é prejudicial, ao que é destrutivo. Ele odeia
essas coisas. O Deus da Bíblia se revela como um Deus de amor. Mas Ele também se revela como um Deus que
odeia. E se há uma coisa entre muitas que ele odeia é a injustiça.

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Deus governa este mundo, e Ele governa com justiça. “Justiça e direito são o fundamento do teu trono; graça e
Deus delega autoridade e responsabilidade para nós, seres feitos à sua imagem, e
verdade te precedem”. Sl.89.14.
Ele espera que exerçamos a justiça em seu nome. “Por meu intermédio, reinam os reis, e os príncipes decretam justiça”.
Pv.8.15.
De acordo com Gregg Allison, a justiça é “dar às pessoas o que lhes é devido, em especial no que diz
respeito à administração de uma lei”. Deus não vai tolerar qualquer coisa abaixo do seu alto padrão de justiça.
Especificamente, Ele odeia as pessoas que enganam os outros, a fim de enriquecer-se (Dt.25.13-16). Ele odeia
aqueles que pervertem a justiça declarando povos culpados inocentes e inocentes como culpados (Pv.17.15).
Ele odeia aqueles que cometem o assassinato do inocente (Pv.6.17). Ele odeia aquele que ilude o próximo com
promessas que não são cumpridas: “Se alguém, mesmo sem saber, fizer um voto impensado de qualquer tipo, para o bem
ou para o mal, quando perceber a imprudência do voto, deverá reconhecer sua culpa. “Quando alguém perceber sua culpa, em
qualquer um desses casos, deverá confessar seu pecado”. Lv.5.4-5 NVT
6
Quando alguém age com injustiça, está fazendo com que Deus se afaste dele mesmo, pois o Senhor só
habita na vida daquele que é justo e digno a ele. Os que cometem injustiça faz a vontade do inimigo.
A injustiça é classificada como pecado. Não é mero descuido ou simples falta de educação. É pecado, o
que vale dizer é dívida assumida contra Deus: “Toda injustiça é pecado”. 1Jo.5.17 . Pecado grave, Pecado que
provoca zelo no Senhor. Pecado que há de ser cobrado, a menos que confessado e abandonado, seja perdoado e
purificado por Deus (1Jo 1.9).
Desmond Tutu disse: “Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado do opressor.”
Deus recompensará cada pessoa de acordo com seu procedimento: quem escolhe a justiça terá uma boa
recompensa, mas quem segue a injustiça será castigado: “Deus "retribuirá a cada um conforme o seu procedimento". Ele
dará vida eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade. Mas haverá ira e indignação para os
que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça”. Rm.2.6-8
“Quem cometer injustiça receberá de volta injustiça, e não haverá exceção para ninguém”. Cl.3.25
“Quem semeia a injustiça colhe a maldade; o castigo da sua arrogância será completo”. Pv.22.8
“Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela
injustiça...”. Rm.1.18
Deus espera que nós também pratiquemos a justiça: “Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o
Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus”. Mq.6.8
Antes de ser juiz, Deus é telespectador das nossas ações. Nenhuma atitude deixará de ser julgada. Os
olhos do Senhor repousam sobre os justos para fazer-lhes bem: “Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus
ouvidos atentos ao seu clamor”.Sl.34.15
“O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra”. Pv.21.21
“O ímpio recebe um salário enganoso, mas, para o que semeia justiça, haverá galardão certo”. Pv.11.18
Há esperança para os injustos. Há esperança para aqueles que fizeram atos deliberados de injustiça, a
esperança é o arrependimento e a reparação. A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito
o mal. Restituição é corrigir uma situação. Deve-se fazer com justiça. O verbo restituir significa devolver aquilo
que é devido.
Deus requer confissão e retribuição nas injustiças. A Bíblia diz em Números 5.5-7: “Disse mais o Senhor a
Moisés: Dize aos filhos de Israel: Quando homem ou mulher pecar contra o seu próximo, transgredindo os mandamentos do Senhor, e tornando-
se assim culpado, confessará o pecado que tiver cometido, e pela sua culpa fará plena restituição, e ainda lhe acrescentará a sua quinta parte;
e a dará àquele contra quem se fez culpado”.
Terceira atitude...
Ser sincero e verdadeiro no que diz.
“... que de coração fala a verdade...”.v.2c NVI
O homem que acha favor aos olhos de Deus é totalmente sincero na linguagem que usa. Seus lábios fala
a verdade. Ele gosta tanto da verdade que não mente nem por brincadeira! Hoje vivemos em um mundo de
mentiras. Estamos cheios de mentiras por todos os lados. Mentem as propagandas, os filmes de Hollywood,
mentem as novelas, mentem revistas e noticiários. Mentem promotores e juízes, mentem os réus e seus
advogados. Mentem os patrões e os empregados uns aos outros. Esta é a vida dos cidadãos deste mundo:
enganando e sendo enganados.

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Mas o cidadão do Céu “fala a verdade”! De que modo? “de coração”. Ele é íntegro, e, portanto, ele é
verdadeiro porque fala à verdade que procede do coração. Ele é sincero no que diz e fala as coisas exatamente
como são, sem fingimentos, sem insinuações ou suposições. Ele está seguro em Deus e, portanto, não teme
dizer a verdade. Ele está ligado à Fonte da verdade, e, portanto, ele crê na verdade, fala “a verdade, só a
verdade e nada menos do que a verdade”.
O crente santificado pela verdade não pode mentir. Sua palavra é a mesma independente de qualquer
circunstância. Uma das recomendações do apóstolo Paulo para aqueles que nasceram de novo em Cristo, ou
seja, que foram transformados pela graça de Deus é deixar o hábito da mentira e falar a verdade: “Por isso,
deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros”. Ef.4.25 Não existe
meia verdade. Uma meia verdade é uma mentira.
Ser alguém sincero significa ser uma pessoa franca, que fala com sinceridade. Quando alguma coisa é
sincera quer dizer que foi feito com franqueza, sem intenção de dissimular algo. Uma atitude sincera é uma 7
atitude de verdade, que exprime um sentimento real.
Ser sincero e verdadeiro em nossas palavras é sermos honestos, francos, transparente, claros, autênticos
naquilo que falamos. É ter boa fé, exatidão em nossas palavras. Sem esconder sentimentos, pensamentos ou
intenções. Sinceridade é não ter duas caras, não falar mal dos outros pelas costas.
Agora preste atenção nisso. Algumas pessoas confundem verdade e sinceridade com grosseria. Porque
fala tudo que pensam, acham que são verdadeiras e sinceras. Mas, na verdade o que fazem é ofender e
machucar as pessoas a sua volta.
Se alguém está acima do peso, eles falam em alto e bom som: “tá gordo, hein”! Se acham alguém feio,
não se contêm e dizem: “você é feio pra caramba, hein”! Se conhecem uma pessoa desastrada, não perdem
tempo e afirmam: “você não sabe fazer nada direito”! Me desculpe, mas se isso é sinceridade, nem me mostre o
que é gentileza.
Ofender as pessoas, de maneira nenhuma traduz o real significado do termo sinceridade. O nome disso é
grosseria; o que, definitivamente, não é uma virtude. É um defeito, pois machuca o outro e interfere nas
relações interpessoais. Afinal, quem é que gosta de ser ofendido? Ninguém. Logo, o “sincero” ofensor tende a
ser deixado de lado. Porque, a maioria das pessoas preferirá manter distância, em vez de ser magoado.
Na verdade, ser sincero não é falar tudo o que se pensa. Mas, sim não ser alguém falso ou dissimulado.
Lamentavelmente esse tipo de atitude está presente em culturas e idades diversas, além de ser diretamente
conectada à mentira. A falsidade é amarga e a sinceridade é doce. A Bíblia Sagrada registra em Provérbios
24.26 o seguinte: “A resposta sincera é como beijo nos lábios”.
Quando mentimos, ferimo-nos a nós mesmos e o nosso próximo. Quando mentimos não estamos
seguindo o exemplo de Jesus. A Bíblia diz em Colossenses 3.9-10 “Não mintais uns aos outros, pois que já vos
despistes do homem velho com os seus feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou.”
Deus detesta a mentira. A Bíblia diz em Provérbios 12.22 “Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor;
mas os que praticam a verdade são o seu deleite”.
Os que mentem são excluídos da presença de Deus. A Bíblia diz em Salmos 101:7 “O que usa de fraude não
habitará em minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos”.
Não existe mentirinha. Uma pessoa convertida deve abandonar a mentira. Uma mentira “menor” sempre
puxa outras mentiras “maiores”.
Você tem mentido para alguém? Enganado a si mesmo? Abandone essa prática. Conte a verdade, não
tenha medo.
T. Watson disse: “Quem tem mentira na sua língua tem Satanás no seu coração”.
Quarta atitude...
Não falar mal dos outros.
“... e não usa a língua para difamar...”. v.3a NVI
Uma vez participando de uma conferência para pastores e lideres em Marilia – SP, ouvi uma frase que
marcou a minha vida, ela foi dita pelo pastor Domingos Jardim, pastor da Primeira Igreja Batista de Marilia:
“Não destrua com a sua língua aquilo que você construiu com os seus joelhos”. Irmãos não tem nada que

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“Mensagem de Domingo”.
destrói mais o que construímos com os nossos joelhos diante de Deus, depois da murmuração, do que o falar
mal dos outros.
O hábito de falar mal dos outros obstrui as bênçãos e a presença de Deus em nossa vida. Por isso, o
salmista diz que aquele que desfruta da plenitude da presença de Deus e de suas bênçãos, é aquele que não usa a
língua para difamar o seu próximo.
Difamar é falar mal das pessoas. Por isso, a Nova Tradução na linguagem de Hoje diz: “Ele não fala mal
dos outros...”. Difamar ou falar mal dos outros é agredir a pessoa ou sua reputação. É denegrir a pessoa e sua
reputação. É proferir criticas negativas que não edificam, mas apenas degradam a pessoa. É dizer palavras duras
contra pessoas ausentes, que por causa disto, não tem condições de se defender.
Difamar é tirar a boa fama ou o crédito, desacreditar publicamente; infamar, detrair; Imputar a (alguém)
um fato concreto e circunstanciado, ofensivo de sua reputação. É manchar a reputação da pessoa para outros. É
falar mal. 8
A Bíblia viva traz uma ideia melhor do sentido do texto: “Quem não usa suas palavras para destruir outras
pessoas...”. A ideia é ofender com as palavras. Pegar algo desonroso e remexer de modo desnecessário.
O ato de difamar, lamentavelmente, é visível entre os crentes. A satisfação de muitos é observar a vida
alheia e destacar os erros, é prazeroso para estes falarem mal da vida do próximo.
A fama é a estima que as pessoas têm sobre outro. Ela pode ser boa quando suas ações são dignas de tal
qualidade, ou má quando publicamente sua conduta é imoral ou escandalosa. Temos o direito natural da boa
fama, pois, todo homem é digno de fé. Até que se prove o contrário devemos defender a fama do próximo.
Quando atacamos esse direito à boa fama, pecamos praticando a difamação. Aqui, não entramos no
mérito de que tal fato foi verdade, estamos falando em preservar um direito de todo ser humano de ter uma boa
imagem.
Praticamos a difamação de duas formas. A primeira é Quando você faz uma maledicência .
Você se torna um maledicente quando expõe sem justa causa, o pecado, o vício ou um defeito verdadeiro de
alguém.
A pessoa tem direito à uma boa fama sendo verdadeira ou falsa. Para que serve tornar público pecados
ocultos de alguém?
Quando for se referir a alguém você precisa usar a regra dos três filtros: O que tenho para falar é
verdadeiro; É bondoso; É necessário? Se respondermos não, ao menos uma destas questões, então o
melhor a fazer é calar-se. Do que me serve algo que é necessário e bondoso se não é verdadeiro. Do que adianta
falar algo verdadeiro se não há bondade e não trará benefício algum? Mesmo que o assunto em questão seja
verdade, ao revelá-lo pecamos contra a pessoa em questão.
A segunda é Quando você denigre a pessoa. Denegrir é infamar a pessoa. É quando você atribui
falsamente a alguém um vício, um pecado ou defeito. Você pode fazer isso de forma direta, quando manifesta
claramente o pecado do próximo. E ai você peca pelo exagero em relatar o pecado, inventando detalhes; ao
inventar um pecado que o outro teria cometido; quando vê má intenção numa boa ação.
E também de maneira indireta, negando ou diminuindo as boas qualidades da pessoa, calando
maliciosamente o bem que ela fez; diminuindo o bem feito ao próximo “tal pessoa fez isso, mas…”, ou “é
melhor eu nem falar”; com insinuações. Isso basta para destruir a reputação de uma pessoa.
O dano e a gravidade deste pecado são maiores dependendo da gravidade do defeito atribuído à pessoa
em questão; a qualidade, prestígio e credibilidade da pessoa criticada, como também do difamador, e a
quantidade e qualidade dos ouvintes, e por fim as consequências para a pessoa alvo da nossa maledicência e
difamação.
Outra coisa que torna o pecado grave, ou mortal, é quando ao difamar, temos a intenção de provocar
algum dano, ou a ação é guiada pelo ódio.
A Bíblia nos exorta a não falar mal uns dos outros: “Não se critiquem nem falem mal uns dos outros, queridos
irmãos. Se vocês fizerem isso, estarão lutando contra a lei de Deus que ordena amarem-se uns aos outros...”. Tg.4.11 Bv
Deus promete não deixar sem consequências o pecado de falar mal uns dos outros: “Aquele que difama o
seu próximo às escondidas, eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei”. Sl.101.5
O apóstolo Pedro nos exorta a abandonar esse pecado em nossa vida: “Portanto, abandonem tudo o que é
mau, toda mentira, fingimento, inveja e críticas injustas”. 1Pd.2.1 Se você tem caído neste pecado ou o cometeu é tempo

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de se arrepender e fazer reparação. Como reparar? Primeiro, faça um bom exame de consciência e depois
confesse a Deus com o coração arrependido, o que lhe motivou?
Depois é preciso imediatamente reparar o dano. Se for feita uma difamação pública é necessário que
publicamente peça desculpas pelo ato de falar tal coisa publicamente.
Procurar cada pessoa envolvida e se retratar. É necessário restituir a boa fama, exaltando também as
qualidades da pessoa difamada. Deve-se falar a verdade, mesmo que isso prejudique a sua própria boa fama.
Agora veja bem. Existe uma relação estreita entre esses pecados da língua e os pecados do ouvido. A
língua não fala se não há ouvidos para ouvir as difamações. Não há diferença entre quem difama e aquele que
acolhe a difamação, pois, os pecados da língua estão relacionados com os do ouvido.
Alguém pensará duas vezes em difamar ou caluniar se for ignorado e não encontrar ouvidos que estejam
espertos atrás do último fuxico.
O que fazer quando aparece um difamador? Atitudes simples podem salvar muitas boas famas por aí, e 9
nos livram de pecar tão gravemente. São elas: Fugir de quem diz “Você sabia que fulano…” Use os três
filtros para encerrar o assunto. Pergunte à pessoa: “isso que você irá dizer é verdadeiro, é bondoso, é
necessário?”.
Tenha a certeza que nunca mais esta pessoa vai trazer maledicências para você outra vez. Quando
começar uma conversa maledicente e difamatória entre amigos, procure reparar dizendo as qualidades da
pessoa em questão, levando à consciência de todos que aquela conversa não é boa. Se for preciso, deixe o
ambiente e manifeste sua discordância com a situação.
Nossa língua foi feita para louvar a Deus e nossos ouvidos para escutar a Palavra que irá nos salvar.
Sejamos prudentes e pessoas íntegras, para que sejamos reconhecidos como filhos de Deus.
A psicologia explica que falar mal dos outros é uma arma usada para esconder as minhas próprias
falhas, pois ao apontar meu dedo para o erro do outro, eu desvio os olhares dos meus próprios defeitos. Que
Deus nos livre deste mal!
Aquele que atrai o favor de Deus não fere o próximo mediante palavras ou atos, nem participa de
campanhas de maledicência e difamação. Ele não é detrator nem caluniador, e não participa de maledicências.
Quinta atitude...
Não prejudicar os outros.
“... que nenhum mal faz ao seu semelhante...”.v.3b NVI
Aquele que atrai a presença e o favor de Deus sobre sua vida, que acha graça aos olhos do Senhor é
alguém que leva muito a sério esse principio em sua vida: “não fazer mal ao seu semelhante” . Fazer o mal, no
texto, tem um sentido amplo: refere-se a qualquer tipo de atitude que venha a prejudicar o próximo em qualquer
circunstância moral, social, espiritual e físico.
A palavra hebraica usada traduzida por fazer mal significa não prejudicar intencionalmente, agir
maldosamente para causar dano, agir de má fé com o próximo. É o comportamento de quem busca enganar ou
iludir outra pessoa tendo plena noção sobre o que se faz.
A ideia do texto é passar em cima do outro para se dar bem. É levar alguma vantagem à custa do
prejuízo do outro. Muitas pessoas não pensam duas vezes antes de prejudicar as pessoas a sua volta, seja no
trabalho, na família, nos relacionamentos, e é comum que ajam como se tivesse sido "sem querer", como se não
tivessem imaginado antes as consequências de seus atos.
A Bíblia Viva lança luz sobre a compreensão do texto: “não prejudica de propósito o seu semelhante...” .
Ninguém pode ser abençoado verdadeiramente e desfrutar da presença de Deus em sua vida plenamente
prejudicando os outros, ou agindo de má fé para construir algo em sua vida.
Prejudicar o semelhante também diz respeito a explorar, abusar, lucrar excessivamente sobre a pessoa.
A Bíblia fala sobre não defraudar o seu próximo: “... ninguém ofenda nem defraude a seu irmão...”. 1Ts.4.6 NAA , que
significa não abuse do seu irmão, não tenha lucro excessivo. Defraudar é o engano propositado; o logro;
artifício para iludir; a cilada. Defraudar é usar, é tirar proveito do outro. É usar da inocência, da boa fé de
alguém para tirar proveito para si.
Quem ganha demais, o faz para sua própria perda. Isto é dito por grandes financistas, por grandes
estudiosos, por grandes filósofos. E também está na Bíblia: “Ao que distribui mais se lhe acrescenta, e ao que retém
mais do que é justo, é para a sua perda” Pv.11.24.

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Quando o negócio é “muito bom” para um lado e não é pelo menos “bom” para o outro, não será um
negócio duradouro. Sempre que alguém está se dando “bem demais” – em geral, isso ocorre à custa de alguém
estar tendo perdas –, este alguém ficará ressentido e, de alguma forma, partirá para outra relação que não seja
espoliativa, opressiva ou desigual. Não estamos falando para você ser “bonzinho”, mas bom; não para ser fraco,
mas íntegro.
Deus condena a atitude de prejudicar o próximo, ou seja, agir de má fé, explorar, aproveitar das pessoas.
Em Levíticos 25.14 ele diz: “Portanto, se venderes ao teu compatriota ou dele comprares, que ninguém prejudique ou cause
prejuízo a seu irmão!”. BKJ
Deus não faz vista grossa àqueles que prejudicam ao seu próximo. Em 1Tessalonisenses 4.6 Paulo diz:
“Neste assunto, ninguém prejudique a seu irmão nem dele se aproveite. O Senhor castigará todas essas práticas, como já lhes
dissemos e asseguramos”. NVI
Há duas formas em que prejudicamos as pessoas. A primeira é sendo desonestos em nossos negócios, ou 10
seja, defraudando a pessoa, levando vantagem de maneira desonesta.
A segunda é sendo injustos em recompensar o trabalho da pessoa. Deus abomina aqueles que agem
dessa forma: “Vejam, o salário dos trabalhadores que ceifaram os seus campos, e que por vocês foi retido com fraude, está
clamando contra vocês. O lamento dos ceifeiros chegou aos ouvidos do Senhor dos Exércitos”. Tg.5.4 NVI
"Não oprimam nem roubem o seu próximo. "Não retenham até a manhã do dia seguinte o pagamento de um diarista”.
Lv.19.13 NVI
"Ai daquele que constrói o seu palácio por meios corruptos, seus aposentos, pela injustiça, fazendo os seus compatriotas
trabalharem por nada, sem pagar-lhes o devido salário”. Jr.22.13 NVI
A Bíblia ensina que quando agimos prejudicando os outros precisamos nos arrepender e consertar o
prejuízo causado.
Observe o que Deus diz em Números 5.5-7: “E o Senhor disse a Moisés: "Diga aos israelitas: Quando um homem
ou uma mulher prejudicar outra pessoa e, portanto, ofender ao Senhor, será culpado. Confessará o pecado que cometeu, fará
restituição total, acrescentará um quinto a esse valor e entregará tudo isso a quem ele prejudicou”. Nm.5.5-7 NVI
Quando prejudicamos, exploramos, agimos de má fé a outros, devemos fazer mais que simplesmente
pedir desculpas. Deveríamos procurar a maneira de endireitar as coisas e, se fosse possível, deixar à vítima até
melhor do que estava antes do incidente. Se tivermos sido nós as vítimas de algum dano, devemos procurar
restaurar a paz, em lugar de dar rédea solta a uma vingança.
Sexta atitude...
Não espalhar fofoca.
“... e não lança calúnia contra o seu próximo...”.v.3b NVI
Todo pecado ofende a Deus, para ele não existe pecadinho ou pecadão. Mas, se há um que Deus leva
muito a sério e olha com ira é o pecado da fofoca: “Porque há seis coisas que o Senhor odeia e uma última, que Ele
simplesmente detesta; aqui estão elas. Um olhar que demonstra orgulho no coração, mentira, violência e assassinatos, uma
mente que só pensa em fazer maldade, mentira planejada para prejudicar alguém e espalhar o ódio entre irmãos e amigos”.
Pv.6.16-19 NVI O penúltimo “pecado abominável” de uma lista de sete em Provérbios 6.16-19 é “o que semeia
contendas entre irmãos”. A fofoca é uma das principais causas de contendas.
Por isso, o salmista vai diz aqui no Salmo 15 que aquele que atrai o favor de Deus sobre a sua vida é
aquele que “Não lança calúnia contra o próximo”.
Não lançar calúnia aqui significa duas coisas. A primeira é falsa imputação a alguém de algum
crime. Inventar algo contra alguém com o objetivo de prejudicar.
Deus leva a calúnia tão a sério que a colocou nos Dez Mandamentos: "Não darás falso testemunho contra o
teu próximo”. Êx.20.16 NVIDamos "falso testemunho" ao não contar a história em sua totalidade, ao dizer uma
meia verdade, ao torcer os fatos ou ao inventar uma falsidade.
O nono mandamento realmente proíbe toda a forma de mentira, fraude, falso testemunho, engano,
desculpas, hipocrisia, lisonja, falsas promessas, duplicidade. O seu objetivo é guardar puro o nosso nome e o
nome dos outros. Este mandamento preocupa-se com o bom nome. O nosso e o do próximo.
A segunda é por meio de fofocas, mentiras e afirmações dúbias, manchar a reputação de outras
pessoas. Fofoca nada mais é do que relatar algum fato que vimos ou ouvimos de terceiros que pode trazer
constrangimentos. Fazer fofoca é falar sobre assuntos delicados ou segredos de uma pessoa nas suas costas e

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sem a sua autorização. Deus não se agrada da fofoca. Fofoca é pecado, mesmo que a coisa que está sendo dita
seja verdade.
A questão é que se a nossas palavras não servem para edificar, é melhor não falarmos nada. Ela é capaz
de causar grandes estragos no meio em que vivemos, tanto para quem se utiliza dessa prática perdendo a
confiança das pessoas como para a pessoa referida.
A Bíblia é clara em alertar que o dano que a fofoca causa é incalculável, e que devemos ter cuidado com
o fofoqueiro: “Não conte seus segredos a quem vive falando da vida alheia, senão todo mundo ficará conhecendo a sua vida”.
Pv.20.19 Bv A mensagem é clara: evite pessoas que fofocam! Somente um tolo se cerca de pessoas que se
divertem com os problemas dos outros. Cuidado! Você pode ser a sobremesa!
Como discípulos de Jesus deveríamos recusar a ouvir fofocas e a exposição desnecessária das falhas de
outras pessoas. Se for errado fazer fofoca, também o é encorajá-la ao ouvir.
T. Watson diz: “O escorpião tem o seu veneno na sua cauda, o maldizente tem o seu veneno na sua 11
língua” “Quem levanta calúnia contra o seu próximo, leva Satanás na sua boca. Quem escuta a calúnia, leva
Satanás no ouvido”.
O caluniador fere três pessoas: aquele que é caluniado, aquele que escuta a calúnia, e o próprio
caluniador. Aquele que recebe calunia contra o próximo é ferido, pois ele começa a ter sentimentos de repúdio
contra o caluniado. O próprio caluniador fere a sua própria alma, pois pecado ao espalhar calúnias.
Paulo diz ao se referir as esposas dos diáconos e presbíteros diz: “Da mesma sorte as esposas sejam honestas,
não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo”. 1Tm.3.11 A palavra “maldizentes”, no grego é ‘diabolos’. Essa palavra grega
é usada trinta e sete vezes no Novo Testamento. Dessas trinta e sete vezes, trinta e duas vezes são traduzidas
“diabo” e três vezes como ‘maldizente’ (1Tm.3.11), e duas vezes como ‘caluniadoras’ (Tt.2.3) ou
‘caluniadores’ (2Tm.3.3).
Deus nos adverte a não espalhar fofocas ou calúnias: “Não espalhe boatos, nem levante falso testemunho
contra a vida do seu próximo...”. Lv.19.16 EP
A Bíblia diz em Êxodo 23:1: “Não levantarás falso boato, e não pactuarás com o ímpio, para seres testemunha
injusta.”
Conforme descrito em Provérbios, os mexericos são tão prejudiciais e duradouros como ferimentos
físicos: “Contar mentiras sobre outra pessoa faz tanto mal a ela quanto bater-lhe com um machado, ferir seu corpo com uma
espada ou uma flecha bem aguda”. Pv.25.18. Bv
Os boatos arruínam amizades. Os boatos podem destruir amizades e afinidades: “O homem perverso espalha
contendas; e o difamador separa amigos íntimos”. Pv.16.28.
Deus condena a fofoca. Em Sua Palavra, Ele diz para cuidarmos da nossa língua. Na Bíblia, a fofoca é
sempre vista como algo mau, e detestável por Deus (Pv.6.16-19). As pessoas são sempre advertidas a tomar
cuidado quando se faz uma fofoca, ou quando se anda com um fofoqueiro (Lv.19.16).
Provérbios 10.18-19: "Com as suas palavras, o mentiroso esconde o seu ódio; quem espalha mexericos não tem
juízo. Quanto mais você fala, mais perto está de pecar; se você é sábio, controle a sua língua". NTLH
A palavra fofoca e mexerico têm o mesmo significado, as duas têm como objetivo desvendar o segredo
de uma pessoa e contar a outro(s). A fofoca é como o tão famoso "telefone sem fio", sai de uma forma e chega
de outra totalmente diferente. Por isso é muito importante tomar cuidado com ela, é preciso guardar para si o
que ouviu.
A fofoca, muitas vezes é seguida de maledicência, que é detestada por Deus. Em Tiago 3, o apóstolo usa
13 versículos só para falar do poder que a língua têm, e que mal ela pode causar, quando não é usada com
sabedoria. No versículo 11, ele diz que de uma fonte não pode jorrar água doce e água salgada ao mesmo
tempo, ou seja, ou usa a língua para bendizer alguém, ou maldizer, mas não as duas coisas ao mesmo tempo.
As palavras têm poder. Quando são bem empregadas elas podem edificar, encorajar, trazer paz,
esperança e salvação. Mas quando são mal utilizadas, seu efeito é catastrófico, como o fogo destruidor (Tiago
3:6).
Não dê lugar à fofoca em a calúnia em sua vida: “O que guarda a sua boca preserva a sua vida; mas o que muito
abre seus lábios traz sobre si a ruína”. Pv.13.2
Provérbios 13.3 diz: “Quem toma cuidado com o que diz está protegendo a sua própria vida, mas quem fala demais
destrói a si mesmo”. NTLH

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“Mensagem de Domingo”.
A Bíblia nos ensina que aquele que fala muito está mais propenso a fofocar, a pecar pela sua própria
boca, pela própria língua, por falar demais. Muitos desastres acontecem em consequência de uma palavra
ferina, de um boato de uma língua mentirosa.
Devemos zelar com o uso da nossa língua; Tiago disse que ela pode ser inflamada (ou instigada) pelo
inferno (Tg.3.6). Quando escreveu aos tessalonicenses, o apóstolo Paulo chamou o “intrometer-se na vida alheia”,
e é exatamente isto que é o mexerico: “Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não
trabalhando, antes intrometendo-se na vida alheia”. 2Ts.3.11
Se você foi atingido pela língua do outro, descanse no fato que Deus é o Vingador. Também, aproveite
da situação para crescer na santificação. Observe a atitude de Davi diante a calunia por Simei (2Sm.16.5-11).
Quando é caluniado, verifique se é falso. Verifique se tem andado no temor do Senhor. Se tiver pecado,
confesse-o. Se a calúnia é falsa, dê graças a Deus por ser impedido pela graça de Deus de fazer tal pecado
caluniado. Saiba que o Justo Juiz fará “sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia”, Sl 37.5-6. 12
Sétima atitude...
Afastar-se do mal.
“... que rejeita quem merece desprezo...”.v.4a NVI
Outra atitude que atrai o favor de Deus sobre a nossa vida é nos afastar daquilo que é mal aos olhos do
Senhor.
A expressão “... que rejeita quem merece desprezo...” aqui é um pouco difícil de entender. O salmista
não está nos incentivando desprezar as pessoas que aos nossos olhos possuem alguma falha ou cometeu algum
erro. O que ele está dizendo aqui é que se queremos atrair o favor de Deus devemos nos afastar daquilo que é
mal aos olhos do Senhor.
A Tradução da Nova Almeida Atualizada nos dá uma compreensão mais clara do texto: “aquele que, a
seus olhos, tem por desprezível ao que merece reprovação...” . A ênfase aqui não está na pessoa em si, mas na sua
atitude e postura diante de Deus. O discípulo de Jesus não faz vista grossa ao pecado, ou o aceita de forma
confortável em sua vida. Nem tão pouco estima a atitude errada da pessoa. A ideia aqui é de apoiar a conduta
errada, o ser politicamente correto, por causa da posição que a pessoa ocupa. Bajular os que agem mal. O
relacionamento das pessoas com Deus é o que define o seu relacionamento com elas.
O Salmo 1.1-2, nos dá uma compreensão melhor do que está sendo dito aqui: “Como é feliz aquele que não
segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao contrário, sua
satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite” .
A ênfase do salmista aqui está em não escutar, não imitar, ter como referência, parâmetro para a nossa
vida, ações e atitudes a conduta daqueles que o desacreditam ou ridicularizam Deus e os seus princípios. A
questão é a influência que permitimos sobre nós. Nossos amigos ou sócios podem ter uma influência profunda
em nós, frequentemente em forma muito sutil. E se não estivermos atentos podemos nos ver levados para o
pecado e nos tornarmos indiferentes à vontade de Deus.
A Bíblia Viva traduz o mesmo texto da seguinte maneira: “Como é feliz o homem que não vai atrás da opinião
de pessoas más, que não segue o exemplo dos pecadores, nem participa de rodinhas dos que zombam de Deus. Pelo
contrário, ele faz da lei do Senhor a fonte da sua alegria. De dia e de noite ele medita nessa lei e fica imaginando como pode
obedecer ao Senhor mais de perto”.
Uma coisa é amar o próximo, seja ele quem for, outra coisa é aceitar a sua conduta de pecado. Deus
jamais rejeita o pecador, seja qual for o estado que ele se encontra. Deus rejeita a atitude impenitente do
pecador em sua rebelião.
A pessoa sincera para com Deus rejeita tudo aquilo que Deus abomina. A mensagem não se refere ao
ódio como emoção, mas, sim, à rejeição deliberada, pelo justo, do caminho dos ímpios (1.1).
O crente não aprova o que o Senhor reprova; não acolhe a conduta que o Senhor despreza. O escritor de
Provérbios escreve que o justo que cede ao perverso é como uma fonte de água contaminada: “O homem justo que
concorda em fazer maldades junto com o perverso é como uma fonte poluída ou um poço cheio de lama”. Pv.25.26 Bv
A Bíblia sempre nos ensina que a atitude de se afastar daquilo que é mal aos olhos do Senhor traz
benção sobre a nossa vida.
O apóstolo Pedro diz em sua primeira carta: “Não retribuam mal com mal nem insulto com insulto; pelo
contrário, bendigam; pois para isso vocês foram chamados, para receberem bênção por herança. Pois, "quem quiser amar a
vida e ver dias felizes, guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade. Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com

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“Mensagem de Domingo”.
perseverança. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos à sua oração, mas o rosto do
Senhor volta-se contra os que praticam o mal". 1Pd.3.9-12 NVI
“Abstenham-se de toda forma de mal”, diz Paulo em sua primeira carta aos tessalonicenses. A palavra
“abstenham-se” é traduzida de diversas formas nas traduções em português: “afastem-se” (VFL e NVI),
“evitem” (NTLH), “fiquem longe” (Pastoral).
A ideia é de desviar, sair do caminho, dar as costas, evitar com determinação o que é de natureza
perversa no modo de pensar, sentir e agir, errado, desagradável, destrutivo. Rejeite tudo que for te afastar dos
princípios bíblicos e siga uma vida reta.
Uma das virtudes mais preciosas, uma das virtudes mais atraentes e, não obstante, mais raras, é a
sensibilidade no julgamento. O cristão possui critérios básicos para julgar coisas e pessoas. Ele vive por
princípios e não por mero sentimentalismo. Ele sabe julgar e procede corretamente quando julga.
O cidadão do Céu é criterioso, é fino em seu julgamento, e sabe quando e onde separar coisas e pessoas. 13
Ele despreza o “réprobo” (rejeitado, não aprovado), e o coloca em seu devido lugar. Ele está baseado nas
Escrituras.
Não há como você atrair o favor de Deus sobre a sua vida apoiando o que é mal por ação ou omissão. A
Bíblia diz que a omissão diante do mal é pecado: “Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz,
comete pecado”. Tg.4.17 NVI
As pessoas costumam achar que pecado é fazer algo errado, e com isto deixam de entender o seu
significado mais relevante. Pecado não é só praticar o mal. Pecado é não fazer o bem! Você peca por omissão
quando você deixa de fazer o que você sabe que deve fazer para o bem. Não assumir sua responsabilidade ou
não tomar uma posição diante de algo que você deve fazer para o bem.
Oitava atitude...
Praticar a honra como estilo de vida.
“... mas honra os que temem ao Senhor...”. v.4b NVI
A Bíblia é clara em nos ensinar que há uma benção especial por traz da atitude de honra: “Honra teu pai e
tua mãe, para que se prolonguem os teus dias…”. Êx.20.12
Aqui em Êxodo 20.12 Deus diz que a atitude de honrar nossos pais traz a benção de longos dias sobre a
terra.
O apóstolo Paulo expandiu esse princípio na carta aos Efésios: “Honra teu pai e tua mãe", este é o primeiro
mandamento com promessa: "para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra". Ef.6.1-2 NVI
As bênçãos não são apenas ter uma “vida longa”, mas todas as outras também. E a honra não é apenas
dos pais, mas em todas as demais esferas: família (Ef.5.21-6.4), trabalho (Ef.6.5-9), governo (Rm.13.1-7) e
igreja (Rm.12.10; 1Tm.5.17).
Honrar é o caminho para receber a bênção. A honra é uma semente que atrai o favor de Deus sobre nós.
Por isso, o salmista diz que aquele que atrai o favor de Deus sobre a sua vida pratica a honra como estilo
de vida: “... mas honra os que temem ao Senhor...”. v.4b NVI A palavra honra aqui significa estimar, amar
cordialmente, mostrar grande respeito e bondade. Honrar é demonstrar consideração publica. Não desmerecer,
manifestar respeito, admiração, tratar com singular humanidade, fazer o bem.
A Bíblia trata a honra como uma dívida que temos com as pessoas: “Paguem a todos o que lhes é devido: a
quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra”. Rm.13.7 NAA O que Paulo
está dizendo aqui é que temos que honrar a quem de direito.
Aquele que atrai o favor de Deus sobre sim honra aqueles que temem ao Senhor. Não importa em que
categoria ou condição de vida eles possam ser encontrados. Onde há verdadeira piedade, ele a honra. Ele está
disposto a ser conhecido como alguém que a honra e está disposto a suportar toda a censura que possa estar
relacionada com um respeito tão profundamente estimado.
De fato, o discípulo de Jesus não só honra aos que temem a Deus, como também se regozija na
companhia deles. Como disse o próprio Davi: “Como são admiráveis as pessoas que se dedicam a Deus! O meu maior
prazer é estar na companhia delas”. Sl.16.3 NTLH.
Quando honramos as pessoas demostramos nosso apreço a elas e quanto às valorizamos em nossa vida.
Dizemos que quem ela é e o que ela faz por nós tem um peso grande em nossa vida. E isso toca o coração de
Deus.

Pib Comodoro/MT
07, 13, 20 de Março de 2021.
“Mensagem de Domingo”.
A Bíblia mostra exemplo de várias pessoas na Bíblia que foram abençoadas pelo simples fato de
levarem a sério o princípio da honra em suas vidas: Abraão (Com Melquisedeque e os Anjos em sua casa); Ana
(com Eli); a Mulher Sunamita (Com o profeta Eliseu); Davi (com Saul); a mulher pecadora (com Jesus na casa
de Simão).
Mas, preste atenção nisto. A honra não pode ser uma moeda de troca e nem meio de manipulação, não
podemos honrar alguém que não merece buscando benefício próprio: “Dar honra a uma pessoa irresponsável é como
jogar pedras preciosas num monte de lixo”. Pv.26.8 Bv.
Aprenda a importância de honrar. Quem não honra, estanca os milagres em sua vida, fecha as portas
para todo e qualquer milagre. A Bíblia nos fala que o povo de Nazaré não honrou a Jesus e por isso os milagres
foram escassos: “E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes, e na sua casa . E
não podia fazer ali nenhuma obra maravilhosa; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos”. Mc.6.4-5.
A falta de fé nos impede de honrar as pessoas e de viver milagres. Honre as pessoas, pois a honra é em
14
si mesmo uma semente poderosa. Quando honramos os pais, ou exercemos a honra em gratidão à outros
estamos atraindo bênçãos para nossa vida.
Defina claramente as pessoas que você precisa honrar em sua vida e faça isso.
Nona atitude...
Ser fiel em sua palavra.
“... que mantém a sua palavra, mesmo quando sai prejudicado,...”. v.4b NVI
A pessoa que atrai o favor de Deus sobre a sua vida é confiável sem sua palavra. Deus tem os olhos e o
coração atraído àqueles que são fiéis em sua palavra dada. Àqueles que cumprem as suas promessas
independente das circunstâncias ou do custo que será exigido para isso.
A expressão “mantém a sua palavra” significa ser fiel ao compromisso assumido, não voltar atrás em
sua palavra. Agora preste atenção em que circunstâncias a palavra é mantida: “mesmo quando sai
prejudicado”. Isso significa que sua palavra é confiável e não depende das circunstâncias. Ele empenha sua
palavra e, ainda que leve prejuízo, ele a cumpre. Isso significa que o crente mantém a sua palavra, mesmo
quando sai prejudicado. Ele sofre prejuízo, mas não deixa de cumprir a sua promessa.
As pessoas têm nele um ponto de apoio com a certeza de que sabe qual será a sua atitude mesmo quando
a situação for difícil.
É o tipo de pessoa que ao se comprometer com uma promessa, sua palavra é confiável sob qualquer
circunstância. Ao assumir um compromisso com alguém, e depois descobrir que manter o juramento será muito
prejudicial; todavia, sua reverência a Deus e pela verdade, o faz não mudar sua palavra empenhada, sejam quais
for às consequências de manter a sua palavra. Ele é fiel às suas promessas. Não muda o seu propósito, mas
continua firme no que resolveu fazer.
A maior tentação de violar juramentos e promessas a outros é quando o desempenho deles causa danos a
nós mesmos; ou nos custará mais do que imaginamos. É nesses momentos que a nossa virtude, caráter e fé são
provados. Quando o manter a nossas promessas significa perder mais do que estamos dispostos a abrir mão.
Uma parte muito considerável do caráter de um homem justo, é que qualquer que seja o inconveniente
temporal em que ele possa se envolver, ele não quebra seu juramento que uma vez fez.
Você pode falar com essa pessoa e firmar um compromisso, e você sabe que pode confiar nela porque
ela mantém a palavra, “ela não se retrata” mesmo que saia prejudicada desse acordo. Isso é o mínimo que se
espera de um cidadão do Céu. Isso é o que se espera de um cristão que professa estar se preparando para um dia
morar com Deus.
Jesus nos ensinou a sermos íntegros no cumprimento da palavra. Sim, sim; não, não. O que passa disso é
de procedência maligna: “Que a palavra de vocês seja: Sim, sim; não, não. O que passar disto vem do Maligno”. Mt.5.37 NAA
Através do Seu próprio exemplo de fidelidade, Deus nos ensina que nós também deveríamos cumprir as
nossas promessas: "Bendito seja o Senhor, que deu descanso a Israel, seu povo, como havia prometido. Não ficou sem
cumprimento nem uma de todas as boas promessas que ele fez por meio do seu servo Moisés”. 1Rs.8.56 NVI
Deus espera que cumpramos as promessas que fazemos, pois não cumpri-las é pecado e provoca a sua
ira: “Isto é o que vocês têm que fazer: Falem a verdade e nada mais que a verdade. Sejam verdadeiramente justos quando
julgarem o povo. Que ninguém de vocês planeje no seu coração fazer o mal contra o seu próximo . Não façam promessas falsas.
Eu odeio todas essas coisas”. Zc.8.16-17 VFL

Pib Comodoro/MT
07, 13, 20 de Março de 2021.
“Mensagem de Domingo”.
“... é pecado deixar de fazer aquilo que você prometeu... se você, por vontade própria, fizer uma promessa, então
deverá cumpri-la sem falta". Dt.23.21,23 NTLH
“Quando um homem fizer um voto ao Senhor ou um juramento que o obrigar a algum compromisso, não poderá
quebrar a sua palavra, mas terá que cumprir tudo o que disse”. Nm.30.2 NVI
“É melhor não prometer nada do que fazer uma promessa e não cumprir. Não deixe que as suas próprias palavras o
façam pecar... Para que fazer Deus ficar irado com você?...”. Ec.5.5-6 NTLH
Décima atitude...
Não se aproveitar das dificuldades e nem corromper o direito dos outros.
“... que não empresta o seu dinheiro visando lucro nem aceita suborno contra o inocente...”. v.5 NVI
Uma última atitude que o salmista destaca sobre alguém que atrai o favor de Deus sobre sua vida se
aplica a nossa postura relacionada à justiça social, e aponta para duas realidades. 15
A primeira é a atitude de não se aproveitar das dificuldades dos outros: “... que não empresta o seu
dinheiro visando lucro...”. Essa expressão se aplica a usura. Usura é juro excessivo, lucro exagerado,
avareza, mesquinhez, ganância. A usura são juros sobre juros aplicados em empréstimos aos que se encontram
necessitando de recursos, seja para que fim for.
Noutras palavras, usura é emprestar dinheiro visando lucro. O empréstimo de dinheiro por um cristão na
Bíblia deveria ocorrer como um ato de misericórdia pensando no necessitado. Ao cobrar juros o foco está no
lucro, e isso pode não refletir o espírito cristão.
O que o salmista está condenado aqui é lucrar com a dificuldade do outro. O texto não diz que esse
homem justo e íntegro não empresta o seu dinheiro. Diz que ele não empresta com “usura”. Se um irmão,
amigo ou pessoa vier lhe pedir algum dinheiro emprestado porque está em dificuldades financeiras, ou porque
perdeu alguns bens e precisa reavê-los, ou porque foi roubado, o cristão não se aproveita dessas circunstâncias
para exigir juros altos acima do estipulado pelo senso mais honesto, ou por um percentual justo, combinado
antecipadamente. Ele não aproveita as oportunidades para roubar do seu semelhante.
Entre os israelitas a Lei Mosaica determinava que os empréstimos tivessem a finalidade de ajudar os
necessitados. Então aplicar juros nessas situações era um erro, pois caracterizava uma forma de exploração:
“Não cobrem juros de um israelita, por dinheiro, alimento, ou qualquer outra coisa que possa render juros . Vocês poderão cobrar juros do
estrangeiro, mas não do seu irmão israelita, para que o Senhor, o seu Deus, os abençoe em tudo o que vocês fizerem na terra em que estão
entrando para dela tomar posse”. Dt.23.19-20 NVI A ideia destacada aqui é que o crente não visa obter lucro sobre à custa
da pobreza do necessitado.
Deus era contra que os judeus cobrassem juros (usura) ou obterem lucros em empréstimos ao seus
irmãos judeus necessitados: “"Se fizerem empréstimo a alguém do meu povo, a algum necessitado que viva entre vocês, não
cobrem juros dele; não emprestem visando lucro”. Êx.22.25 NVI
"Se alguém do seu povo empobrecer e não puder sustentar-se, ajudem-no como se faz ao estrangeiro e ao residente
temporário, para que possa continuar a viver entre vocês. Não cobrem dele juro algum, mas temam o seu Deus, para que o seu
próximo continue a viver entre vocês. Vocês não poderão exigir dele juros nem emprestar-lhe mantimento visando lucro. Eu
sou o Senhor, o Deus de vocês, que os tirou da terra do Egito para dar-lhes a terra de Canaã e para ser o seu Deus”. Lv.25.35-37 NVI
Esta lei tinha diversas implicações sociais, financeiras e espirituais, mas duas devem ser mencionadas.
Primeiro, a lei genuinamente ajudava os pobres não tornando a sua situação pior. Era ruim o suficiente ter caído
na pobreza, e poderia ser humilhante ter que procurar por assistência. Mas, se somado ao pagamento do
empréstimo, uma pessoa pobre tivesse que fazer o pagamento de altos juros, tal obrigação seria mais dolorosa
do que prestativa.
Segundo, a lei ensinava uma importante lição espiritual. Seria um ato de misericórdia aquele que
empresta dinheiro deixar de cobrar juros sobre o empréstimo. Ele estaria perdendo o uso deste dinheiro ao
emprestá-lo. Ainda assim esta seria uma maneira tangível de expressar gratidão a Deus pela Sua misericórdia
ao não cobrar “juros” ao seu povo pela graça que ele havia lhes concedido. Assim como Deus havia
misericordiosamente tirado os israelitas do Egito quando eles eram nada além de escravos sem valor algum, e
dado a eles uma terra (Lv.25.38), assim Ele também esperava que eles tivessem uma compaixão similar para
com os seus próprios cidadãos pobres.
Quando o empréstimo é feito com juros a alguém que está passando necessidade, a Bíblia o classifica
pecaminoso. Pois, o objetivo era tirar vantagens da necessidade do próximo. Se seu irmão está passando

Pib Comodoro/MT
07, 13, 20 de Março de 2021.
“Mensagem de Domingo”.
necessidade e precisa de um empréstimo, não cobre juros. Isso é aproveitar-se da miséria dos outros e Deus não
gosta disso:
“Em seu meio há homens que aceitam suborno para derramar sangue; você empresta visando lucro e a juros e obtém ganhos
injustos, extorquindo o próximo. E você se esqueceu de mim; palavra do Soberano Senhor. " ‘Mas você me verá bater as minhas mãos uma na
outra contra os ganhos injustos que você obteve e contra o sangue que você derramou. Será que a sua coragem suportará ou as suas mãos
serão fortes para o que eu vou fazer no dia em que eu tratar com você? Eu, o Senhor, falei, e o farei”. Ez.22.12-14 NVI
A cobrança de juros era permitida aos israelitas para fins comerciais, desde que não fossem exorbitantes:
“Quem aumenta sua riqueza com juros exorbitantes ajunta para algum outro, que será bondoso com os pobres”. Pv.28.8 NVI
Isso porque esse tipo de operação era feito visando beneficiar os dois lados: quem toma emprestado
poderá investir naquilo que precisa; e quem empresta ganhará uma comissão pelo empréstimo. Inclusive essa é
à base de muitos investimentos existentes: você empresta dinheiro para uma instituição pública ou privada e
como compensação recebe juros, que são biblicamente legítimos. Tanto que o próprio Jesus em uma de suas
parábolas disse: “Você devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse de volta 16
com juros”. Mt.25.27.
Um cristão pode emprestar dinheiro a juros numa ação comercial, se fizer obedecendo à lei e não
abusar. A Bíblia não proíbe toda a cobrança de juros, mas deixa bem claro que não devemos usar os juros com
ganância, para extorquir: “Não confiem na extorsão, nem ponham a esperança em bens roubados; se as suas riquezas
aumentam, não ponham nelas o coração”. Sl.62.10 NVI
A segunda realidade destaca pelo salmista em sua descrição da atitude daquele que atrai o favor de Deus
sobre a sua vida é relaciona ao sobre a justiça ao direito do próximo: “... nem aceita suborno contra o
inocente...”.
O salmista aqui fala diretamente sobre a corrupção, a atitude de torcer o direito do próximo ao se fazer
justiça. Ao se referir ao “aceitar suborno contra o inocente”, o salmista se refere à prática daqueles que aceitam
suborno para testemunhar contra uma pessoa inocente.
Nos tempos do Antigo Testamento a palavra de uma testemunha tinha um peso muito grande na
condenação de alguém. Então às vezes pessoas perversas podiam armar para um inocente comprando falsos
testemunhos para condená-lo. Nabote é um exemplo de alguém que foi condenado com base em falsos
testemunhos (1Rs.21:13).
Um suborno é dinheiro, favor ou outra consideração dada em troca de uma influência sobre o que é
verdadeiro, certo ou justo. A Bíblia é clara que dar ou receber um suborno é mau:
"Não perverta o direito dos pobres em seus processos. Não se envolva em falsas acusações nem condene à morte o inocente e o justo,
porque não absolverei o culpado. "Não aceite suborno, pois o suborno cega até os que têm discernimento e prejudica a causa do justo”.
Êx.23.6-8 NVI
“Nomeiem juízes e oficiais para cada uma de suas tribos em todas as cidades que o Senhor, o seu Deus, lhes dá, para que eles julguem o
povo com justiça. Não pervertam a justiça nem mostrem parcialidade. Não aceitem suborno, pois o suborno cega até os sábios e prejudica a
causa dos justos. Siga única e exclusivamente a justiça, para que tenham vida e tomem posse da terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá”.
Dt.16.18-20 NVI
Os efeitos negativos de aceitar um suborno estão claramente delineados nessas duas passagens. O
suborno perverte a justiça. É uma influência ofuscante sobre a sabedoria e o discernimento. Ele obscurece a
verdade e perverte ou torce as palavras daqueles que seriam justos aos olhos de Deus.
Deus leva essa questão do suborno tão a sério que declara como maldito o que faz uso dessa prática:
“Maldito seja quem se deixa subornar para matar um inocente'. E todo o povo responderá: 'Amém'”. Dt.27.25 NTLH
Algumas pessoas são tão obcecadas por dinheiro que alterarão seus padrões dados por Deus e estilo de
vida dados por Deus para consegui-lo. Se o dinheiro é força controladora de sua vida, isto deve ser refreado, ou
danificará outros e destruirá seu relacionamento com Deus.
Aquele que atrai o favor de Deus sobre a sua vida não aceita suborno contra uma pessoa inocente.
Imagine um homem pobre e simples que está sendo julgado. Ele tem poucos argumentos para provar a sua
inocência, mas todos sabem que ele não é culpado. Então o promotor, querendo ganhar a questão, em um lapso
incrível do sistema, propõe aos jurados uma certa quantia em dinheiro, para que votem contra o réu.
Um homem íntegro, um verdadeiro cristão, rejeita essa oferta corrupta imediatamente. “Ele não se
compra e nem se vende”. Ele não se corrompe com dinheiro, e tem misericórdia dos fracos, que muitas vezes
são justos, mas oprimidos pelos ímpios. O cidadão do Céu é honesto e não se aproveita da fraqueza dos outros
para aumentar a sua conta bancária.

Pib Comodoro/MT
07, 13, 20 de Março de 2021.
“Mensagem de Domingo”.
Ellen White certa vez disse: “A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem
nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado
pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que
permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” .
Houve incidentes em que esta lei contra o suborno foi quebrada, com efeito desastroso. Os dois homens
que testemunharam contra Nabote (1 Reis 21:4–16) e aqueles que testificaram contra Estêvão (At.6.8–14)
foram provavelmente subornados. Em ambos os casos, um homem inocente foi morto.
Quando oficiais de alta posição dão e recebem subornos, isso causa o mal em uma sociedade: “O rei que
exerce a justiça dá estabilidade ao país, mas o que gosta de subornos o leva à ruína”. Pv.29.4 NVI.
O suborno é uma característica de uma sociedade corrupta. Isaías profetizou contra o mal de Israel
quando eles tinham se afastado do único Deus verdadeiro e de Suas leis. Isaías comparou a cidade de Jerusalém
a uma prostituta infiel; a cidade já tinha sido cheia de justiça, mas se tornou um lugar de rebelião, assassinato e
roubo. Seus líderes eram aqueles que amavam subornos e perseguiam o dinheiro que o suborno lhes dava 17
(Is.1.2–23).
Deus condena de forma veemente a prática de aceitar suborno:
“Ai dos que são campeões em beber vinho e mestres em misturar bebidas, dos que por suborno absolvem o culpado,
mas negam justiça ao inocente. Por isso, assim como a palha é consumida pelo fogo e o restolho é devorado pelas chamas, assim
também as suas raízes apodrecerão e as suas flores, como pó, serão levadas pelo vento; pois rejeitaram a lei do Senhor dos
Exércitos, desprezaram a palavra do Santo de Israel. Por tudo isso a ira do Senhor acendeu-se contra o seu povo, e ele levantou
sua mão para os ferir. Os montes tremeram, e os seus cadáveres estão como o lixo nas ruas. Apesar disso tudo, a ira dele não se
desviou; sua mão continua erguida” Is.5.22-25 NVI
O povo de Israel não deveria seguir os caminhos do mal, mas sim imitar a Deus em suas relações
mútuas: “Pois o Senhor, o seu Deus, é o Deus dos deuses e o Soberano dos soberanos, o grande Deus, poderoso e temível, que
não age com parcialidade nem aceita suborno”. Dt.10.17.
“Josafá morava em Jerusalém; e saiu de novo entre o povo, desde Berseba até os montes de Efraim, fazendo-o voltar para
o Senhor, o Deus dos seus antepassados. Ele nomeou juízes, em cada uma das cidades fortificadas de Judá, dizendo-lhes:
"Considerem atentamente aquilo que fazem, pois vocês não estão julgando para o homem, mas para o Senhor, que estará
com vocês sempre que derem um veredicto. Agora, que o temor do Senhor esteja sobre vocês. Julguem com cuidado, pois com
o Senhor, o nosso Deus, não há injustiça nem parcialidade nem suborno". 2Cr.19.5-7 NVI
O exemplo mais hediondo de suborno na Bíblia são as trinta moedas de prata que Judas recebeu para
trair o Senhor Jesus. Um resultado direto da traição de Judas foi que Jesus foi preso e crucificado. Por fim, até
mesmo Judas percebeu que sua aceitação de um suborno foi má. Entretanto, quando tentou devolver o dinheiro
para os chefes dos sacerdotes e anciãos, eles recusaram, chamando-o do que era - “preço de sangue” (Mt.27:3-
9).
Dalila foi subornada para trapacear Sansão (Jz.16.5). Os filhos de Samuel desrespeitaram seu ofício ao
receberem subornos (1Sm.8.3). O ímpio Hamã subornou o rei Assuero na tentativa de destruir os judeus na
Pérsia (Et.3.9). Félix deixou Paulo na prisão porque esperava receber dele um suborno (At.24.26). E os
soldados encarregados de guardar o túmulo de Jesus foram subornados pelos principais sacerdotes e anciãos
para espalhar uma mentira sobre o desaparecimento do corpo de Jesus (Mt.28.12–15). Em cada caso, aqueles
que receberam os subornos não se importavam com a verdade ou a justiça.
A hora da decisão.
O salmista conclui o Salmo 15 afirmando que “quem deste modo procede não será abalado”. v.5 As
pessoas que são caracterizadas por essas qualidades estarão sempre seguras. Elas temem a Deus, cumpre os
seus preceitos e por isso habitam constantemente na presença do Senhor. Isto está em harmonia com o que
escreve o apóstolo João: “Aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1 João 2:17).
A promessa é de que os servos íntegros e virtuosos jamais serão esquecidos por Deus. A pessoa que é
justa, honesta e piedosa encontrará sempre um porto seguro no Senhor. Por isso, quem se santifica não deve
temer a justiça Divina.
Os verbos ‘viver, praticar e falar’ encontram-se no presente do indicativo, mostrando que o cristão
devoto obedece ao Senhor a todo tempo e sempre procura Lhe agradar”. Quem vive conforme Deus especificou
no Salmo 15 não precisa viver na incerteza das preocupações da vida. Quem aceita aplicar os requisitos do

Pib Comodoro/MT
07, 13, 20 de Março de 2021.
“Mensagem de Domingo”.
Salmo 15 para viver na presença de Deus não será abalado nem no presente nem no futuro. Quem vive à altura
do ideal de Deus aqui viverá nas alturas celestiais eternamente!
O não ser abalado perpassa essa existência na maravilha de viver com o Senhor nesta vida e prossegue
na eternidade, como declara o Salmo 16.11: “Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de
alegria, na tua destra, delícias perpetuamente”.
Quero terminar dizendo duas coisas a você. Primeira se você deseja saber como ser salvo, não é para
este Salmo que você deverá olhar. Olhe para Jesus Cristo. Ele morreu e ressuscitou para que você tivesse o
perdão dos seus pecados. Ele pagou a condenação que era sua e minha diante de Deus. Como diz o profeta
Isaías: “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele...”.
A segunda coisa é. Se você deseja saber como atrair o favor de Deus sobre a sua vida, como desfrutar da
plenitude da presença de Deus em sua vida. As atitudes que atraem a atenção de Deus são essas decrita no
Salmo 15, elas são um bom começo. 18
Quem a Cristo se rendeu, recebendo-o pela fé, jamais perecerá.
•Seu desejo é um só: desfrutar da presença do Senhor.
•Sua vida se destaca da dos ímpios: em caráter, conduta e ações.
•Seu destino é certo: ele jamais será abalado.

Pib Comodoro/MT

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