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História da arte no Brasil

Equipe EBAC

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Para falar de movimentos artísticos
brasileiros é preciso retomar
manifestações originadas dos povos
que habitavam o continente antes da
colonização, e que são parte importante
da história do território e da expressão
humana.

Há remanescentes de pinturas rupestres


no Brasil, principalmente na região do
Piauí, onde se localiza o município de
São Raimundo Nonato. As pinturas
rupestres evidenciam a existência de
grupos humanos se expressando em
nosso continente por volta de 6.000 a.C.

As pinturas retratavam a natureza, Arte rupestre naturalista em São Raimundo Nonato,


Parque Nacional da Serra da Capivara - PI
como animais encontrados na região,
comportamentos e figuras geométricas.
Arte Indígena

A expressão artística indígena refere-se à


produção artística das comunidades nativas de
uma determinada região, sendo, portanto,
diversificada e multifacetada. Ela adota distintas
formas, características e atributos, variando de
acordo com a localização geográfica e as
tradições culturais do grupo responsável por sua
criação.

Consequentemente, a arte de cada comunidade


ou etnia indígena revela suas próprias
peculiaridades. Apesar das diferenças, há
elementos compartilhados que permeiam diversas
regiões, como é o caso da pintura corporal.

Cestaria Indígena: Etnia Yanomami De maneira geral é caracterizada por ser utilitária,
expondo atividades realizadas cotidianamente
pelos indígenas.
No contexto brasileiro, essas expressões artísticas
desempenham um papel fundamental em nossa
cultura, perdurando em nosso território por meio de
uma variedade de manifestações.

A arte indígena é uma parte valiosa da cultura


brasileira e um dos pilares a partir dos quais o nosso
imaginário nacional se formou.

Considera-se arte indígena nacional aquela que foi


produzida pelos povos nativos antes, durante e depois
do processo de colonização. Algumas dessas
manifestações artísticas são as mais antigas do nosso
território, sendo conservadas até os dias de hoje.

No Brasil, esta cultura se manifesta principalmente


através da cerâmica, das máscaras, cestaria,
plumagem e das pinturas corporais, embora também
seja visível através da tecelagem, da música, da dança
e da própria mitologia.

Cerâmica marajoara. Foto: Hilario Junior


BARROCO NO BRASIL

O Barroco chega à América Latina, especialmente


ao Brasil, com os missionários jesuítas, que trazem o
novo estilo como instrumento de doutrinação cristã.

Com a descoberta do ouro, estende-se por todo o


país o gosto pelo Barroco. Esse estilo irá se utilizar
deste metal para decorar as igrejas brasileiras.
Surgem artistas que trabalham a partir das
condições materiais da região, adaptando os ideais
artísticos à sua vivência cotidiana.

Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e Manoel da AFRESCO DA IGREJA SÃO FRANCISCO DE ASSIS EM OURO
PRETO - MG, DE MANUEL DA COSTA ATAÍDE
Costa Ataíde são os expoentes máximos dessa arte.
Aleijadinho introduz a pedra-sabão em seus trabalhos de
escultura para substituir o mármore, e Ataíde cria pinturas
similares aos apreciadíssimos azulejos portugueses, quando
trabalham juntos na Igreja de São Francisco de Assis, firmando o
chamado Barroco Mineiro.
A cidade de Congonhas do Campo abriga o maior conjunto
escultórico de Aleijadinho, o Santuário do Bom Jesus do
Matozinho, com esculturas em pedra sabão dos doze profetas,
além de Os Passos da Paixão de Cristo.
As cidades que compõem as chamadas Cidades Históricas
Mineiras, tais como Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, Diamantina
etc., apresentam características barrocas. Outras cidades, como
Goiás, Goiás Velho e Salvador apresentam atrações do
chamado barroco-colonial.

Os 12 profetas de Aleijadinho, adro do Santuário do Bom Jesus de


Matosinhos em Congonhas - MG
Neoclassicismo no Brasil

GRITO DA INDEPENDÊNCIA, DE PEDRO AMÉRICO


Em 1816, desembarca no Brasil a Missão Artística Vitor Meirelles (1832-1903), autor da Flagelação
Francesa, contratada pelo rei D. João VI, para de Cristo, Moema e Juramento da Princesa
fundar e dirigir, no Rio de Janeiro, uma Escola de Isabel, e, finalmente, José Ferraz de Almeida
Artes e Ofícios: o pintor Jean-Baptiste Debret, Junior, que possui as obras: Picando Fumo,
Auguste Marie Taunay e Johann Moritz Rugendas. Leitura e O violeiro.
No país, a tendência neoclássica torna-se visível
na arquitetura. Seu expoente é Grandjean de
Montigny (1776-1850), que chega com a Missão
Francesa. A escola de Belas Artes abre seus
cursos com Manuel de Araújo, de Porto Alegre e
depois com Augusto Muller, Agostinho José da
Mota, Thomas Ender e Rugendas. Sob o patrocínio
de D. Pedro II surgem os principais pintores da
Academia: Pedro Américo (1843-1905), que pintou
O Grito do Ipiranga, obra que se encontra no
Museu Paulista;
O violeiro, José Ferraz de Almeida Junior
Impressionismo no Brasil

Nas artes plásticas existem tendências


impressionistas em algumas obras de
Eliseu Visconti (1866-1944), Georgina de
Albuquerque (1885-1962) e Lucílio de
Albuquerque (1877-1939). Uma das telas
de Visconti em que é evidente essa
influência é Esperança (Carrinho de
Criança), de 1916. Características
pósimpressionistas estão em obras de
Eliseu Visconti, João Timóteo da Costa
(1879-1930) e nas primeiras telas de Anita
Malfatti, como O Farol (1915). O
impressionismo funciona como base da
música nacionalista, como a que é
desenvolvida no Brasil por Heitor
Villa-Lobos.
Moça no trigal, Eliseu Visconti
Expressionismo no Brasil

Movimento artístico que foi marcado pela Semana de 22 (movimento modernista), em


que predominava a valorização da arte brasileira contra o eurocentrismo. Os artistas
expressionistas mais importantes foram: Candido Portinari (que mostra em suas telas a
migração do povo nordestino para as grandes cidades), Anita Malfatti, Lasar Segall e
Osvaldo Goeldi (autor de diversas gravuras). As peças teatrais de Nélson Rodrigues
apresentam significativas características do expressionismo.

No século XX, após a semana de Arte Moderna, há um desenvolvimento artístico no Brasil


interessante, em que destacamos Candido Portinari (1903-1962); Guignard (1896-1962);
Bruno Giorgi (1905-1993) entre outros.
Surgiram vários movimentos artísticos como na década de 1930, os
irmãos Rodolfo e Henrique Bernadelli no Rio de Janeiro, a sociedade
pró-arte moderna, grupo Santa Helena, não podemos esquecer
Alfredo Volpi, Clovis Graciano e Aldemir Martins. Não podemos
esquecer também dos artistas populares como Heitor dos Prazeres
1898-1966, Mestre Vitalino (1909-1963) e Djanira (1914-1979).

Após a década de 1950, a arte brasileira evoluiu em novas e


diversas direções como Marcelo Grasmann, Iberê Camargo, Tomie
Othake e Ligia Clark.

Mario de Andrade, Lasar Segall


Arte contemporânea

A agitação cultural dos anos 50 iniciou um


questionamento profundo da sociedade
pós-guerra, insurgindo-se contra os padrões
difundidos pelo cinema, moda, televisão e
literatura. Os artistas contemporâneos
brasileiros continuaram esse espírito
questionador em relação a valores e normas.

Atualmente, observa-se uma tendência


marcante na crescente cena artística
contemporânea no Brasil. O país se destaca
como um espaço particularmente propício,
maduro em termos de recursos e fontes de
inspiração, fomentando assim a
experimentação artística. Desvio para o Vermelho, Museu do Inhotim – Cildo Meireles

Alguns dos principais nomes são: Cildo


Meireles, Leonora Barros, Beatriz Milhazes,
Adriana Varejão, Cao Guimarães, Rosana
Paulino e Vik Muniz.
O historiador, e o curador de arte devem ter noções dos movimentos artísticos
para aprimorar sua prática profissional com criatividade e inovação,
concebendo projetos que possam estabelecer o conhecimento e a
valorização artística.

Não esqueça que os estudos continuam, leituras de aprofundamento e visitas


aos espaços culturais para conhecer os movimentos artísticos são
fundamentais para que o profissional se desenvolva criticamente e tenha
condições de desenvolver projetos interessantes.
Obrigado!

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