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Ensino Fundamental - anos finais- e Médio na

Modalidade deEducação de Jovens e Adultos, sob a


forma de Educação a Distância.Parecer de
Credenciamento 209/2007, 159/2012 e 679/2015

Artes – Ensino Médio

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Ensino Fundamental - anos finais- e Médio na Modalidade de
Educação de Jovens e Adultos, sob a forma de Educação a Distância.
Parecer de Credenciamento 209/2007, 159/2012 e 679/2015

● Conceito de Arte:

Modo pelo qual se optem êxito; habilidade: a arte de agradar, de comover.( 1)


- Expressão de um ideal de beleza nas obras humanas. ( 1)
- A capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensações ou
sentimentos: a arte do Aleijadinho é considerada a maior manifestação do barroco
brasileiro. ( 2)

Arte é como denominamos o ato de produzir uma obra artística e/ou o seu objeto final,
quando dá-se uma comunicação emotiva entre a obra e observador. ( Professora
Mirta Hans)

● Manifestação Artística: Considera-se a manifestação artística como inerente ao ser


humano, e a mesma muitas vezes, como contida no indivíduo, em função da pressão
externa de um cotidiano avesso a expressividade individual.
● Conceito de Artes Plásticas: É a denominação dada à pintura e escultura.
● As 7 artes tradicionais e outros exemplos:
- música;
- dança,
- pintura/desenho ( bidimensional)
- escultura ( tridimensional);
- teatro (artes cênicas);
- literatura;
- cinema.
Outros exemplos:
- arquitetura;
- tapeçaria;
- xilogravura;
- fotografia;
- mosaico

Quais teriam sido as primeiras formas de arte?

Muito difícil responder tal pergunta, talvez até impossível. O fato é que
cada uma das 7 artes foram sendo desenvolvidas pelo homem conforme seu tempo
disponível, habilidades próprias e assimiladas e a tecnologia disponível no tempo e
lugar onde viveu. Um fato é comum sempre: a necessidade intrínseca do ser humano
de se comunicar com seus pares através da arte, de maneira que vai muito além do
que as palavras em forma de discurso diriam.
Ao estudarmos a História da Arte das sociedades primitivas pré-
históricas e das civilizações da Antiguidade nos restringimos muito as artes plásticas,
arquitetura e literatura. Fato é que a dança e música acompanham o homem desde
sua fase primitiva, muito relacionado a sua mitologia. Rituais de dança e música para
solicitar boas colheitas ou agradecê-las. Instrumentos de percussão são os mais
antigos. Nas civilizações da antiguidade já temos instrumentos de corda, dentre
outros. Claro, nada que se assemelhe aos nossos instrumentos modernos.

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PRINCIPAIS ESPRESSÕES DA ARTE BRASILEIRA

As artes brasileiras representam manifestações culturais de ordem estética


realizadas no Brasil. O processo de identidade artística brasileira é resultante da
combinação de diversas etnias, como os caucasianos (italianos, alemães,
portugueses, etc), negróides e mongólicos. A arte brasileira se manifesta nos mais
diversos ramos, cada um deles com suas influências e características.

Arquitetura

A arquitetura do Brasil, desenvolvida através dos séculos desde o início de sua


colonização, foi diretamente influenciada pelos diversos povos que formam o povo
brasileiro e pelos diversos estilos arquitetônicos vindos do exterior. Contudo, a
arquitetura bandeirista e o Barroco mineiro são considerados por muitos estudiosos
como expressões de estilos europeus que encontraram no Brasil uma manifestação e
linguagem próprios, destacando-se de suas contrapartes metropolitanas. A primeira
se refere à produção realizada basicamente no que seria hoje o estado de São Paulo
pelas famílias dos bandeirantes, inspirando-se em uma estética próxima, ainda que
bastante alterada, do Maneirismo. A segunda corresponde ao Barroco (ainda que
muitos o considerem mais próximo do Rococó) representado especialmente pelas
igrejas construídas por Aleijadinho.

Em fins do século XVIII, com a gradual introdução do Neoclassicismo no Brasil e em


especial a partir da presença do arquiteto francês Grandjean de Montigny no início do
século XIX, este novo estilo frutificou e mais tarde levaria ao surgimento de uma
escola eclética já para o final do século, e que produziria alguns dos mais importantes
edifícios públicos do país e exerceria uma larga influência em todos os estratos
sociais. Pouco depois o Modernismo definiria mudanças drásticas na paisagem
urbana, num processo coroado pela construção de Brasília. Em anos mais recentes a
arquitetura brasileira tem continuado uma trajetória desde o Modernismo respeitada
internacionalmente e vem buscando definir o que será uma arquitetura nacional num
mundo globalizado.

Artes Cênicas

As artes cênicas em terras brasileiras nasce em meados do século XVI como


instrumento de catequese dos Jesuítas vindos de Coimbra como missionários. Era um
teatro, portanto, com função religiosa e objetivos claros: evangelizar os índios e
apaziguar os conflitos existentes entre eles e os colonos portugueses e espanhóis.

No século XIX, as artes cênicas atingem seu apogeu, tornando-se símbolos da vida
cultural do Império do Brasil. A ópera era uma forma de lazer no século XIX, tocada
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muito nos Saraus (um evento cultural ou musical realizado geralmente em casa
particular onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se manifestarem
artisticamente).Compositores de ópera brasileiros notáveis foram Alberto
Nepomuceno, Carlos Gomes, Heitor Villa-Lobos, autor de óperas como Izath e Aglaia,
e Mozart Camargo Guarnieri, autor de Um Homem Só. Nos tempos atuais, a ópera
brasileira continua sendo composta e tende a seguir as tendências da música de
vanguarda, tais como Olga, de Jorge Antunes, A Tempestade, de Ronaldo Miranda, e
O Cientista, de Silvio Barbato.

Também no século XIX, o teatro brasileiro manifesta-se como grande centro dos
intelectuais da época. João Caetano, considerado por muitos o primeiro grande nome
do teatro brasileiro, é desta época, e conquistou enorme prestígio. Atualmente o Brasil
é um grande produtor de peças teatrais, se destacando a atriz Fernanda Montenegro,
apelidada de Dama do Teatro.

A dança no Brasil originou-se dos mais variados lugares, recebendo muitas


influências de outros países. Com as danças, há uma mistura de ritmo e som, que
fazem as pessoas criarem cada vez mais passos e modos diferentes para dançar. As
danças no Brasil são diversas em cada região do país, sendo as mais conhecidas o
Forró, o Baião, o Frevo e a Gafieira. Se destaca como evento o Festival de Dança de
Joinville, o maior das Américas, e como dançarinos Carlinhos de Jesus e Ana
Botafogo.

Artes Plásticas

As artes plásticas no Brasil nasceram tardiamente em relação à descoberta e


colonização do território. Apesar de haver registros de atividade de pintores,
desenhistas e aquarelistas em atividade no Brasil desde 1556, estes vieram apenas
de passagem, realizando a mera documentação visual destas terras para os
monarcas e naturalistas europeus.

Entretanto, passado um século o Brasil já experimentava um desenvolvimento


considerável na pintura e na escultura, e desde então conheceu um progresso
ininterrupto e sempre com maior pujança e refinamento, com grandes momentos
assinaláveis primeiro no apogeu do barroco, com a pintura, estatuária e talha dourada
para decoração das igrejas; depois, na segunda metade do século XIX, com a
atuação da Academia Imperial de Belas Artes, que institucionalizou o método
acadêmico e promoveu os estilos neoclassicismo e logo o romantismo e o realismo,
além de ser a primeira escola de artes de nível superior a funcionar no país; e em
tempos recentes, quando a arte brasileira começa a se destacar no exterior de modo
consistente e o sistema de ensino e divulgação da pintura estão firmemente
estabilizados e largamente difundidos através de um sem número de universidades e
escolas menores, museus, exposições, ateliês e galerias.

Durante o barroco, os maiores nomes a serem destacados são Aleijadinho e Mestre


Ataíde, respectivamente na escultura e na pintura. Após a consolidação da Academia
Imperial se notabilizaram principalmente os pintores Victor Meireles, Pedro Américo e
Almeida Júnior, e o escultor Henrique Bernardelli. Comprometidos com o governo de
Dom Pedro II, os dois primeiros fizeram obras artísticas com o intuito de enaltecer o
império e o nacionalismo do país ainda recentemente independente. Um exemplo
disso é o quadro de Victor Meireles: "A Batalha de Guararapes", hoje no Museu
Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Outro exemplo famoso é o quadro de
Pedro Américo: "Independência ou Morte", que se encontra no Museu do Ipiranga, em
São Paulo e é a mais famosa imagem do episódio da Independência do Brasil.

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No movimento modernista, destaca-se a atuação de grupos como o Pau-Brasil e o
Movimento antropófago, que se autoproclamavam vanguardistas. Várias tendências
das vanguardas européias convergiram na Semana de Arte Moderna de 1922,
ocorrida em São Paulo e tornada um marco no modernismo brasileiro.

Cinema

O cinema brasileiro possui hoje grande caráter social, além das comédias que
grandes sucessos. Alguns filmes lançados nos primeiros anos do novo século, com
uma temática atual e novas estratégias de lançamento, como Cidade de Deus (2002)
de Fernando Meirelles, Carandiru (2003) de Hector Babenco e Tropa de Elite (2007)
de José Padilha, alcançam grande público no Brasil e perspectivas de carreira
internacional.Em Janeiro de 2009 o Cinema Brasileiro tem um momento histórico:
Uma continuação de sucesso com Se Eu Fosse Você 2 de direção de Daniel Filho
com Tony Ramos e Glória Pires nos papéis dos protagonistas que ultrapassa 1 milhão
de espectadores com menos de uma semana.) Se tornando a segunda maior
arrecadação da história do cinema no Brasil, com 49 milhões de reais, perdendo
apenas para Titanic.

Primórdios

A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu em julho de 1896, no Rio de


Janeiro, poucos meses após o invento dos Irmãos Lumière. Um ano depois já existia
no Rio uma sala fixa de cinema, o "Salão de Novidades Paris", de Paschoal Segreto.
Os primeiros filmes brasileiros foram rodados entre 1897-1898. Uma "Vista da baia da
Guanabara" teria sido filmado pelo cinegrafista italiano Alfonso Segreto em 19 de
junho de 1898, ao chegar da Europa a bordo do navio Brèsil - mas este filme, se
realmente existiu, nunca chegou a ser exibido. Ainda assim, 19 de junho é
considerado o Dia do Cinema Brasileiro.

Indústria Nacional

No final dos anos 40, a idéia de "tratar temas brasileiros com a técnica e a linguagem
do melhor cinema mundial" seduz empresários e banqueiros paulistas, que se
associam ao engenheiro Franco Zampari na Vera Cruz - uma grande produtora
construída nos moldes de Hollywood, com enormes estúdios, muitos equipamentos,
diretores europeus e elencos fixos.

Alberto Cavalcanti, cineasta formado na França e Inglaterra, volta ao Brasil para


trabalhar na Vera Cruz. Em 5 anos são produzidos 18 filmes, do melodrama "Caiçara"
(1950) ao musical biográfico "Tico-tico no fubá" (1952), do drama histórico "Sinhá
moça" (1953) à comédia sofisticada "É proibido beijar" (1954), do policial "Na senda
do crime" (1954) à comédia caipira "Candinho" (1954), com Mazzaropi.

Apesar disso, a Vera Cruz nunca conseguiu resolver o problema da distribuição de


seus filmes, e foi à falência. Pressionada pelas dívidas, vendeu os direitos de "O
Cangaceiro" (1953), de Lima Barreto, para a Columbia Pictures, e não ganhou nada
por ter produzido o primeiro filme brasileiro de sucesso internacional.

No Rio dos anos 40, Moacir Fenelon, José Carlos Burle e Alinor Azevedo criam a
Atlântida Cinematográfica, sem grandes investimentos em infra-estrutura mas com
produção constante. Estréiam com o sucesso "Moleque Tião" (1941), drama baseado
na vida do comediante Grande Otelo, que interpretou a si próprio no filme. Luiz
Severiano Ribeiro, dono do maior circuito exibidor brasileiro, associa-se e passa a

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facilitar a exibição dos filmes da Atlântida, vindo a comprar a empresa em 1947. Pela
primeira vez no cinema brasileiro, estão associados produção e exibição.

Em seguida, a Atlântida passa a produzir comédias musicais de fácil comunicação


com o público, tendo como tema principal o carnaval, como "Este mundo é um
pandeiro" (1947) e "Carnaval no fogo" (1949), ambos de Watson Macedo. O apelo
popular dos filmes da Atlântida acaba influenciando a Cinédia, que realiza o
melodrama "O Ébrio" (1946), de Gilda Abreu, com Vicente Celestino, grande bilheteria
em todo o país.

Formando uma espécie de "star-system" a partir do rádio, os grandes nomes da


Atlântida são Oscarito, Grande Otelo, Ankito e Mesquitinha (comediantes), Cyll
Farney e Anselmo Duarte (galãs), Eliana (mocinha), José Lewgoy (vilão) e os
cantores Sílvio Caldas, Marlene, Emilinha Borba, Linda Batista.

Aos poucos, as histórias vão abandonando o carnaval e explorando a comédia de


costumes, a partir dos tipos folclóricos do Rio de Janeiro. Os melhores momentos
vêm com os filmes de Carlos Manga "Nem Sansão nem Dalila" (1954) e "Matar ou
correr" (1954), satirizando dramas americanos de sucesso. O público gosta, mas os
críticos "sérios" dizem que chanchada não é cinema. (Chanchada em espanhol
significa exatamente "porcaria".)

As chanchadas (e a Atlântida) se esgotam no final dos anos 50, quando o público


parece cansar da fórmula, e as maiores estrelas são chamadas para trabalhar na
televisão.

Cinema novo

Uma parcela (pequena, mas significativa) da juventude brasileira descobre este novo
cinema, comprometido com a transformação do país. Em 1963, o movimento é
deflagrado por 3 filmes: "Os Fuzis", de Ruy Guerra; "Deus e o diabo na terra do sol",
de Glauber Rocha; e "Vidas secas", de Nelson Pereira dos Santos. Em todos eles, é
mostrado um Brasil desconhecido, com muitos conflitos políticos e sociais. Uma
mistura original de Neo-realismo (por seus temas e forma de produção) com Nouvelle
vague (por suas rupturas de linguagem). É Glauber quem define os instrumentos do
cinema novo: "uma câmara na mão e uma idéia na cabeça"; e também o seu objetivo:
a construção de uma "estética da fome".

Após o golpe militar de 31 de março de 1964, os cineastas (e o país) se interrogam


sobre o futuro e sobre as suas próprias atitudes de classe. Os filmes marcantes desse
segundo momento do Cinema Novo são "O Desafio" (1965), de Paulo César
Saraceni; "Terra em transe" (1967), de Glauber Rocha; e "O Bravo guerreiro" (1968),
de Gustavo Dahl.

Enquanto isso, longe do Cinema novo, Domingos de Oliveira redescobre a comédia


carioca com "Todas as mulheres do mundo" (1967) e "Edu coração de ouro" (1968).

Com o AI-5 (13 de dezembro de 1968), a ditadura militar fecha o Congresso e os


partidos políticos existentes e censura a mídia e as diversões públicas. A perseguição
às oposições, a restrição da atividade sindical e a prática de tortura nas prisões criam
um clima de medo que se reflete em toda a cultura do país. Neste terceiro momento,
o Cinema Novo volta-se para o passado, para a História, ou para projeções alegóricas
do país real: "O Dragão da maldade contra o santo guerreiro" (1969), de Glauber
Rocha; "Os Herdeiros" (1969), de Cacá Diegues; "Macunaíma" (1969), de Joaquim
Pedro de Andrade; "Os Deuses e os Mortos" (1970), de Ruy Guerra.
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Design

O design brasileiro, como prática empírica, nasceu junto com a cultura nacional.
Sinais de atividades ligadas ao design já aparecem nitidamente no século XIX,
embora sem uma estrutura de ensino regular e mesmo sem seu reconhecimento
como atividade distinta da arquitetura, da arte e da indústria de objetos utilitários.

A área só começou a ser tratada como especialidade artística diferenciada a partir da


criação do primeiro escritório de design no país, o FormInform, por Alexandre Wollner,
Geraldo de Barros, Rubem Martins e Walter Macedo, após a volta de Wollner da
Europa em 1958. Sua atividade levaria depois à fundação da primeira escola superior
de design, a Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) no Rio de Janeiro, em
1963, sendo o marco inicial da profissionalização do design no Brasil.

A primeira entidade de classe apareceu em 1987 no Rio Grande do Sul, a Associação


dos Profissionais em Design do Rio Grande do Sul (APDesign). Ela seria seguida pela
Associação dos designers gráficos (ADG, 1989), a Associação dos Designers de
Produto (ADP) e a Associação Brasileira de Empresas de Design (ABEDesign),
ambas de 2003.

Apesar do grande crescimento e sofisticação do setor nos últimos anos, com o


reconhecimento de sua capacidade de agregar valor nos mercados e oferecer melhor
qualidade de vida, com a proliferação de escolas especializadas e de profissionais
capazes, incorporando recursos high-tech e várias atribuições historicamente sob o
cuidado das belas artes, o design brasileiro só recentemente tem assimilado a rica
contribuição do artesanato popular, ainda não foi objeto de estudos suficientes, não
delineou sua história com profundidade, não desenvolveu meios eficientes para
avaliar seu impacto econômico nem mereceu a atenção do poder público, não tendo
condições de concorrer pelas verbas do governo para o desenvolvimento de
pesquisa.

Gastronomia

A gastronomia do Brasil é fruto de uma mistura de ingredientes europeus, e de


outros povos, indígenas e africanos. Muitas das técnicas de preparo e ingredientes
são de origem indígena, tendo sofrido adaptações por parte dos escravos e dos
portugueses. Esses faziam adaptações dos seus pratos típicos substituindo os
ingredientes que faltassem por correspondentes locais. A feijoada, prato típico do
país, é um exemplo disso. As levas de imigrantes recebidas pelo país entre os
séculos XIX e XX, vindos em grande número da Europa, trouxeram algumas
novidades ao cardápio nacional e concomitantemente fortaleceu o consumo de
diversos ingredientes.

Música do Brasil

A música do Brasil é uma das expressões mais importantes da cultura brasileira.


Formou-se, principalmente, a partir da fusão de elementos europeus e africanos,
trazidos respectivamente por colonizadores portugueses e pelos escravos.

Até o século XIX Portugal foi a porta de entrada para a maior parte das influências
que construíram a música brasileira, erudita e popular, introduzindo a maioria do
instrumental, o sistema harmônico, a literatura musical e boa parcela das formas
musicais cultivadas no país ao longo dos séculos, ainda que diversos destes
elementos não fosse de origem portuguesa, mas genericamente europeia. A maior
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contribuição do elemento africano foi a diversidade rítmica e algumas danças e
instrumentos, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música popular e
folclórica, florescendo especialmente a partir do século XX. O indígena praticamente
não deixou traços seus na corrente principal, salvo em alguns gêneros do folclore,
sendo em sua maioria um participante passivo nas imposições da cultura
colonizadora.

Ao longo do tempo e com o crescente intercâmbio cultural com outros países além da
metrópole portuguesa, elementos musicais típicos de outros países se tornariam
importantes, como foi o caso da voga operística italiana e francesa e das danças
como a zarzuela, o bolero e habanera de origem espanhola, e as valsas e polcas
germânicas, muito populares entre os séculos XVIII e XIX, e o jazz norte-americano
no século XX, que encontraram todos um fértil terreno no Brasil para enraizamento e
transformação.

Com o importante influxo de elementos melódicos e rítmicos africanos, a partir de fins


do século XVIII, a música popular começa a adquirir uma sonoridade
caracteristicamente brasileira. Na música erudita, contudo, aquela diversidade de
elementos só apareceria bem mais tarde. Assim, naquele momento, tratava-se de
seguir - dentro das possibilidades técnicas locais, bastante modestas em relação aos
grandes centros europeus ou mesmo em comparação com o México e o Peru - o que
acontecia na Europa e, em grau menor, na América espanhola. Uma produção de
caráter especificamente brasileiro na música erudita só aconteceria após a grande
síntese realizada por Villa Lobos, já em meados do século XX.

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Em tecidos, um mesmo modelo é estampado também em seqüência, ocupando
toda extensão da peça.
Modificações de superfície

Com papel colorido, usando figuras geométricas, você poderá fazer


cortes e deslocamentos das partes, assim como rebater as partes cortadas,
construindo um módulo para design de superfície e usa-lo onde desejar.
Você também poderá usar recortes com imagens fotográficas

A técnica de desenhar sem levantar o lápis do papel e depois colorir


partes poderão formar imagens e módulos de superfície.

Alguns movimentos da arte óptica e da tridimensionalidade, também


poderão formar módulos para aplicação em superfícies.
Com papel quadriculado, régua e compasso, você poderá desenhar
frisas, e usar em design de superfície.

Ritmo no Design de Superfície

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A pintura corporal também pode ser considerada design de superfície

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Atividade

Escolha uma das técnicas, crie um módulos e aplique ritmo no seu desenho
de superfície, mas faça diferente dos exemplos.
Utilize sua folha de desenho, régua, compasso, lápis colorido, giz de cera
ou canetinha hidrocor.

Os elementos visuais da composição artística

“Compor é organizar com sentido de unidade e ordem os diferentes fatores de


um conjunto para conseguir o maior efeito de atração, beleza e emoção.”

Uma composição artística não se dá apenas pela inspiração do autor. É


necessário que a obra possua os elementos de comunicação visual,
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harmoniosamente trabalhados, para que o receptor tenha despertada sua
sensibilidade.

"A composição tem não só de relacionar entre si os elementos de cada ordem:


forma, cor, luz, etc., como garantir a sua unidade na obra. Ela será tanto mais
complexa quanto maior for o artista."

O arranjo dos elementos de uma composição, permite o balanceamento e


equilíbrio dos espaços, de tal forma a levar o receptor a olhar para onde o autor quer
que ele olhe.

Na TV, uma cena desarranjada, chegará ao telespectador de maneira


confusa, não sabendo explicar o porquê, mas terá um desvio de sua concentração ao
conteúdo, por uma cena que "não convence".

É necessário que se conheça os elementos básicos da composição da


imagem. Estes elementos vieram das artes plásticas, passaram pela fotografia,
cinema e estão na televisão.

Alberto Kemol e J. de Sagaró definem os elementos da composição visual da seguinte


forma:

Massa: é o elemento visual que ocupa áreas completas na tela. Pode ser um
personagem, um objeto ou uma cena, enfim, um elemento que visualmente chama a
atenção por ocupar um volume, e pode ser mais de um.

Linha: são as linhas visíveis em uma cena, proporcionadas pelo arranjo das massas,
elas focalizam a visão para o centro de interesse ou divergem para fora do centro de
interesse. As linhas podem estar em vários sentidos:

 Horizontais: nos trazem a sensação de repouso, paz;


 Verticais: sensação de elegância e formalidade;
 Horizontais e verticais: estarão cruzadas ou encontradas e trás atmosfera
inflexível, imóvel, presa;
 Curvas: sugerem alegria e delicadeza e convergindo a um determinado ponto,
levam os olhos à se fixarem no detalhe;
 Convergentes: podem ser curvas ou retas
e forçam visualizar este ponto no primeiro
momento da observação.
 Divergente: proporcionam a ambigüidade,
fazem optar para onde olhar e distancia a
atenção do centro de interesse;

Linhas e Formas: sugere massa, tornando


complexo e confuso o arranjo dos elementos.

Luz: os pontos mais claros chamem a atenção em primeiro lugar. A luz se sobrepõe à
massa e à convergência das linhas

Tom: a tonalidade é determinada pela variação do escuro ao claro passando pelas


nuances intermediárias. O olho humano percebe até 150 níveis diferentes de cinza,

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o filme registra até 70 níveis diferentes, a TV, consegue registrar apenas 30 níveis
diferentes de cinza na variação desde o preto até o branco.

Contraste: o destaque se faz também pela diferença dos níveis de cinza entre o
centro de interesse e o fundo.

Cor ou matiz: as cores devem ser analisadas pelas tonalidades em escala de cinza
a qual pertencem. Uma cor amarela clara tem a mesma intensidade em cinza que
uma cor azul clara. Na composição visual perde-se a profundidade da cena uma vez
que, mesmo as cores, ou matizes, sendo diferentes, não haverá contraste pois o tom
é o mesmo.

Movimento: quando temos uma cena estática, tudo que nela se mover vai
concentrar imediatamente o interesse do observador.

Perspectiva de massa: tanto a pintura, cinema ou televisão apresentam as imagens


de maneira bi-dimensional.

 A iluminação é responsável em proporcionar a ilusão de volume nos objetos.


 A linha na composição pode ser construída de forma que a parte que fica mais
distante da câmera seja menor que a parte mais próxima. Com isso dá-se a
impressão que a profundidade é muito maior que a real.
 O tom dá a sensação de profundidade em uma composição, que poderá ser
fortalecida se utilizarmos no primeiro plano iluminação com menor intensidade que
no segundo plano.

Foco seletivo: um plano estará em foco, chamando a atenção e ou outro plano


estará desfocado. A atenção do receptor se moverá juntamente com o foco,
proporcionando a noção de profundidade da cena. Este movimento é chamado "foco
seletivo".

Adaptado do http://www.willians.pro.br/composi.htm

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ATIVIDADE:

Criar uma composição estrutural abstrata usando elementos estruturais divergentes


ou convergentes em uma folha de desenho, com auxílio de lápis de cor.

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Atividade

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MÓDULO II

LEITURA DE IMAGENS
COMO LER UMA OBRA DE ARTE?

Vivemos em um mundo dominado por imagens, a todo o instante somos


surpreendidos por elas, em casa, no trabalho, nas ruas, imagens sedutoras que
tentam a todo custo influenciar nosso comportamento. No entanto, a leitura de
imagens é uma necessidade para a compreensão e decodificação desses signos tão
difundidos na nossa vida cotidiana. Saber ler imagens é uma exigência da sociedade
contemporânea, tendo em vista a grande quantidade de informações que nos são
transmitidas por meio dessa linguagem. Conhecer a “gramática visual” nos tornaria
capacitados para ler e interpretar imagens com consciência.

COMO LER UMA OBRA DE ARTE


Sérgio Cunha

É possível ler uma obra de arte? Sim! Do mesmo jeito que aprendemos a ler,
decodificar a linguagem verbal, ou seja, as letras, palavras, frases, etc, precisamos
aprender a ler obras de Arte.

E como realizar a leitura de uma obra de Arte? É muito importante ressaltar que não
existe um único caminho para a leitura de obras de Arte, mas ...

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...durante essa leitura é importante levantar aspectos relacionados a:

Leitura Formal: observar os elementos que compõem, formam a obra de Arte, ou


seja, os elementos expressivos, como a linha, a cor, o volume, a perspectiva.

Meninas a ler
Pablo Picasso

Leitura Interpretativa: este é um momento muito rico, em que não existe certo nem
errado. Durante esta leitura é possível a cada espectador colocar o que pensa sobre a
obra que está vendo, pois cada ser humano percebe, vê e sente uma obra de Arte de
acordo com sua história de vida, com o que já sabe e conhece sobre arte.

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Contextualização Histórica: localizar a obra no tempo histórico e no espaço,
observando o tema, os significados, ou seja, os contextos em que foi criada,
auxiliando na compensação e no significado da obra em questão.

Os Operários
Tarsila do Amaral

Quando apreciamos produções artísticas, esses aspectos acabam por interagir uns
com os outros, pois a leitura de uma obra de arte é percebida, sentida e significada a
partir de nossos conhecimentos, vivências e percepções. Ao fruir a produção artística
da humanidade, estamos realizando um diálogo com o mundo.

"Vivência de vida"

Quanto mais estivermos em contato com obras de Arte, mais nos aprofundamos
nessa linguagem e conseqüentemente em sua leitura, mais ampliamos nosso
repertório, conhecimento e compreensão da produção de Arte da humanidade, quer

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seja em museus, galerias, exposições, ou até mesmo através de reproduções, pois
em alguns casos a presença frente às originais não é possível.

Ler é atribuir significados a algum texto, no caso de obras artísticas, estamos falando
de textos visuais, que são lidos a partir do momento que começamos a estabelecer
relações entre as situações que nos são impostas pela nossa realidade e de nossa
atuação frente a estas questões, na tentativa de compreendê-las e resolve-las. A
leitura se torna real quando estabelecemos essas relações.

SIMETRIA E ASSIMETRIA NAS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS


Simetria e Assimetria
Simetria:
Conformidade de tamanho,forma e posição entre as partes de um
todo;harmonia resultante de certas combinações e proporções regulares.

Assimetria:
Ausência de simetria.

Eixo de Simetria:
É a linha que divide as formas em metades.

A simetria, por sua vez, pode ser:

Simetria real ou bilateral: as duas metades são exatamente iguais.

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Simetria radial: todas as retas passam pelo centro de um círculo ou se irradiam
do centro para fora.

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Assimetria: os lados não possuem eixo central, portanto um lado não é igual ao
outro.
Os objetos, os animais, os vegetais, os minerais e as pessoas que estão a nossa
volta podem ser classificados, quanto à forma, em simétricos e assimétricos.

Quando se quer saber se uma figura ou um objeto qualquer é simétrico ou


assimétrico, deve-se traçar uma linha dividindo-o ao meio.

Se os dois lados forem iguais, tem-se uma figura simétrica. Se os dois lados forem
diferentes, ela é assimétrica.

Portanto, o eixo é a linha que divide as figuras em duas metades iguais.

Simetria real ou bilateral: as duas metades são exatamente iguais.

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Simetria radial: todas as retas passam pelo centro de um círculo ou se irradiam do
centro para fora.

Observe a simetria em espelho d'água:

SIMETRIA E ASSIMETRIA Os objetos, os animais, os vegetais, os minerais e as


pessoas que estão a nossa volta podem ser classificados, quanto à forma, em
simétricos e assimétricos. Quando se quer saber se uma figura ou um objeto qualquer
é simétrico ou assimétrico, deve-se traçar uma linha dividindo-o ao meio. Simetria : O
adjetivo simétrico indica equilíbrio, harmonia, ordem,correspondência entre as partes
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que é sua principal característica. A forma mais comum de simetria é a bilateral. As
formas são dispostas dos dois lados, um espelhando o outro, em relação ao eixo
central. Nosso corpo também é simétrico, encontramos simetria nas artes, pintura,
escultura e arquitetura. Provocam em nós uma sensação de estabilidade, equilíbrio e
harmonia. Se os dois lados forem iguais, tem-se uma figura simétrica. Se os dois
lados forem diferentes, ela é assimétrica. Portanto, o eixo é a linha que divide as
figuras em duas metades iguais. Simetria real ou bilateral: as duas metades são
exatamente iguais. Composição artística - Compor é situar ordenadamente uma série
de elementos e representa-los no papel. Cada elemento dentro do conjunto, com cor,
posição etc.. faz parte da harmonia dele, completando a ordem da composição.
"Compor é organizar com sentido de unidade e ordem os diferentes fatores de um
conjunto para conseguir o maior efeito de atração, beleza e emoção."

HISTÓRIA DAS ARTES PLÁSTICAS

Arte na Pré-História

As primeiras obras de arte datam do período Paleolítico. Entre as obras mais antigas
já encontradas estão pequenas estátuas humanas como, por exemplo, a Vênus de
Willendorf (aproximadamente 25000 a.C.). Os mais conhecidos conjuntos de pinturas
em cavernas ( arte rupestre ) estão em Altamira, na Espanha e datam de 30000 a.C.
a 12000 a.C.; e em Lascaux, na França de 15000 a.C. a 10000 a.C. , onde se
encontram pinturas rupestres de animais pré-históricos como: cavalos, bisões,
rinocerontes. Estas pinturas indicam rituais pré-históricos ligados à caça. As imagens
demonstram um naturalismo e evoluem da monocromia à policromia entre os anos
de 15000 a.C. a 9000 a.C.

Arte Mesopotâmica

Na região entre os rios Tigre e Eufrates desenvolveu-se a civilização mesopotâmica.


Nesta região, sumérios, babilônios, assírios, caldeus e outros povos desenvolveram
uma arte que demonstra a religiosidade e o poder dos governantes. São touros
alados, estatuetas de olhos circulares, relevos em paredes representando guerras e
conquistas militares e animais e pictogramas representando fatos da realidade
daqueles povos.

Arte do Egito

No Antigo Egito as obras de arte possuíam um possui forte caráter religioso e


funerário.Essas características podem ser explicadas em função da crença que os
egípcios tinha na vida após a morte. Há representações artísticas de deuses, faraós e
animais explicadas por textos em escrita hieroglífica. As pinturas eram feitas nas
paredes das pirâmides ou em papiros. Representavam o cotidiano da nobreza ou
tratava de assuntos do cotidiano. Uma das características principais da arte egípcia é
o desenho chapado, de perfil e sem perspectiva artística.

Arte na Grécia Antiga

A cultura e a arte minóica desenvolveu-se na ilha grega de Creta. Nas pinturas dos
murais as cores diversificadas mostram-se fortes e vivas. Desenhos de touros,
imagens abstratas, símbolos marinhos e animais ilustram a cerâmica.

43
O período clássico da arte grega é a época de maior expressão da arte grega. A
natureza é retratada com equilíbrio e as formas aproximam-se da realidade. A
perspectiva aparece de forma intensa nas pinturas gregas deste período. Nas
esculturas de bronze e mármore, destacam-se a harmonia e a realidade. Os principais
escultores são Mirón, Policleto, Fídias, Praxíteles. A arquitetura e a ornamentação de
templos religiosos, como o Partenon, a acrópole de Atenas e o templo de Zeus na
cidade de Olímpia mostram força e características expressivas.

No período helenístico, ocorre a fusão entre as artes grega e oriental. A arte grega
assume aspectos da realidade, fruto do domínio persa. Nas esculturas verifica-se
dramaticidade e as formas decorativas em excesso. Entre as obras mais
representativas deste período estão: Vitória da Samotrácia , Vênus de Milo e o templo
de Zeus, em na cidade de Pérgamo.

Arte Romana do Ocidente e do Oriente (Arte Bizantina )

Com forte influência dos etruscos, a arte romana antiga seguiu os modelos e
elementos artísticos e culturais dos gregos e chega a "copiar" estátuas clássicas. É a
época da construção de monumentos públicos em homenagem aos imperadores
romanos. A pintura mural recorre ao efeito tridimensional. Os afrescos da cidade de
Pompéia (soterrada pelo vulcão Vesúvio em I a.C.) são representativos deste período.

No Império Romano do Oriente ( Império Bizantino ) com capital em Constantinopla


(antiga Bizâncio), aparece a arte bizantina, sob forte influência da Grécia . Podemos
destacar as pinturas murais, os manuscritos, os ícones religiosos e os mosaicos de
cores fortes e brilhantes, carregados de profundo caráter religioso.

Arte Renascentista: O Renascimento Cultural (séculos XV e XVI)

Os elementos artísticos da Antiguidade clássica voltam a servir de referência cultural


e artística. O humanismo coloca o homem como centro do universo (
antropocentrismo ). São características desta época : uso da técnica de perspectiva,
uso de conhecimentos científicos e matemáticos para reproduzir a natureza com
fidelidade. Na pintura, novas técnicas passam a ser utilizadas : uso da tinta a óleo, por
exemplo, buscava aumentar a ilusão de realidade.

A escultura renascentista é marcada pela expressividade e pelo naturalismo. A


xilogravura passa a ser muito utilizada nesta época. Entre as pinturas destacam-se:
O Casal Arnolfini, de Jan van Eyck; A Alegoria da Primavera, de Sandro Boticcelli; A
Virgem dos Rochedos, Monalisa e A Última Ceia de Leonardo da Vinci; A Escola de
Atenas, de Rafael Sanzio; o teto da Capela Sistina e a escultura Davi de Michelangelo
Buonarotti.

Maneirismo (século XVI)

Ao romper com as referências clássicas de idealização da beleza, o maneirismo


diferencia-se por suas imagens distorcidas e alongadas. A natureza é representada
de forma distorcida e realista, sendo que as figuras bizarras aparecem com
freqüência. Obras mais importantes do maneirismo: O Juízo Final, de Michelangelo; A
Crucificação, de Tintoretto; e O Enterro do Conde de Orgaz, de El Greco.

44
Barroco: arte barroca (1600 a 1750)

A arte barroca destaca a cor e não o formato do desenho. As técnicas utilizadas dão
um sentido de movimento ao desenho. Os efeitos de luz e sombra são utilizados
constantemente como um recurso para dar vida e realidade à obra. Os temas que
mais aparecem são: a paisagem, a natureza-morta e cenas da vida cotidiana.

Obras barrocas mais conhecidas: A Ceia em Emaús, de Caravaggio; A Descida da


Cruz, de Peter Paul Rubens; A Ronda Noturna, de Rembrandt; O Êxtase de Santa
Teresa, de Gian Lorenzo Bernini; As Meninas, de Diego Velásquez; e Vista de Delft,
de Jan Vermeer.

Rococó (1730 a 1800)

O estilo rococó é marcado por pinturas com tons claros, com linhas curvas e
arabescos. O estilo é bem decorativo e a sensualidade aparece em destaque. Os
afrescos ganham importância e são utilizados na decoração de ambientes interiores.

Artistas mais importantes do rococó: Jean-Antoine Watteau, Giovanni Battista


Tiepolo, François Boucher e Jean-Honoré Fragonard.

Neoclassicismo (1750 a 1820)

Novamente os elementos e valores da arte clássica ( grega e romana ) são


resgatadas.. Há uma incidência maior do desenho e da linha sobre a cor. O heroísmo
e o civismo são temas muito explorados neste período.

Principais obras: Perseu com a Cabeça da Medusa, de Antonio Canova; O Parnaso,


de Anton Raphael Mengs; O Juramento dos Horácios e A Morte de Sócrates, de
Jacques-Louis David; e A Banhista de Valpinçon, de Jean-Auguste-Dominique
Ingres.

Romantismo nas artes plásticas (De 1790 a 1850)

Subjetividade e introspecção, sentimentos e sensações são características deste


período. A literatura romântica, os elementos da natureza e o passado são retratados
de forma intensa no romantismo.São representantes desta época o artista Francisco
Goya y Lucientes. Algumas de suas principais pinturas são: A Família de Carlos IV, O
Colosso e Os Fuzilamentos do Três de Maio de 1808. Outras obras românticas : A
Balsa da Medusa, de Théodore Géricault; A Carroça de Feno, de John Constable; A
Morte de Sardanapalo, de Eugène Delacroix; e O Combatente Téméraire, de Joseph
William Turner.

Realismo (De 1848 a 1875)

O realismo destaca a realidade física através da objetividade científica e crua. Estas


obras são inspiradas pela vida cotidiana e pela paisagem natural. Aparecem fortes
críticas sociais e elementos do erotismo, provocando criticas dos setores
conservadores da sociedade europeia do século XIX. Principais pinturas: Enterro em
Ornans, de Gustave Courbet; Vagão de Terceira Classe, de Honoré Daumier; e
Almoço na Relva, de Édouard Manet.

45
Impressionismo (De 1880 a 1900)

Através da luz e da cor os artistas do impressionismo buscam atingir a realidade. As


obras são feitas ao ar livre para aproveitar a luz natural. Obras mais conhecidas:
Impressão, Nascer do Sol, de Claude Monet, A Aula de Dança, de Edgar Degas; e O
Almoço dos Remadores, de Auguste Renoir.

Pós-impressionismo

É o período marcado pelas experimentações individuais. Os artistas buscam a


realidade e imitam a natureza, utilizando recursos de luz e cor. O cromatismo é muito
utilizado.As cores mais intensas são exploradas por Vincent Van Gogh com
pinceladas fortes e explosivas, como em Noite Estrelada. Henri de Toulouse-Lautrec
usa a técnica da litogravura.

Expressionismo

Artistas plásticos de diferentes períodos são considerados precursores do


expressionismo, entre eles Goya, Van Gogh, Gauguin e James Ensor. O
expressionismo pode ser considerado como uma postura assumida em diversas
formas de manifestação artística durante o século XX. Vários artistas desta trabalham
nessa linha, sem ligar-se a movimentos ou a grupos. Podemos citar alguns: Edvard
Munch, Emil Nolde, Amedeo Modigliani, Oskar Kokoschka, Egon Schiele, Chaim
Soutine, Alberto Giacometti e Francis Bacon.

Cubismo (de 1908 a 1915 )

Este estilo rompeu com os elementos artísticos tradicionais ao apresentar diversos


pontos de vista em uma mesma obra de arte. As formas geométricas são utilizadas
muitas vezes para representar figuras humanas. Recortes de jornais, revistas e fotos
são recursos utilizados neste período. São obras representativas desta época: Les
Demoiselles d'Avignon, de Pablo Picasso, e Casas em L'Estaque, de Georges
Braque.

Dadaísmo (Décadas de 1910 a 1920)

Revolucionário, anárquico e anticapitalista, o dadaísmo, prega o absurdo, o


sarcasmo, a sátira crítica e o uso de diversas linguagens, como pintura, poesia,
escultura, fotografia e teatro. Destacam-se os artísticas: Hugo Ball, Hans Arp, Francis
Picabia, Marcel Duchamp, Max Ernst, Kurt Schwitters, George Grosz e Man Ray.

Arte Surrealista (Década de 1920)

Os artistas exploram o inconsciente e as imagens que não são controladas pela


razão. O surrealismo usa associações irreais, bizarras e provocativas. O rompimento
com as noções tradicionais da perspectiva e da proporcionalidade resulta em imagens
estranhas e fora da realidade.

Obras: Auto-Retrato com Sete Dedos, de Marc Chagall; O Carnaval do Arlequim, de


Joan Miró; A Persistência da Memória, de Salvador Dalí; A Traição das Imagens, de
René Magritte; e Uma Semana de Bondade, de Max Ernst, são algumas das obras
mais representativas.

46
Pop Art (Década de 1950)

As histórias em quadrinhos e a mídia visual e impressa são os elementos de


referência da pop art. Humor e crítica ao consumismo são constantes nas obras de
pop art. Artistas mais conhecidos: Richard Hamilton, Allen Jones, Robert
Rauschenberg, Jasper Johns, Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Tom Wesselman, Jim
Dine, David Hockney, Peter Blake e Claes Oldenburg.

Arte Conceitual (Década de 1960)

Textos, imagens e objetos são as referências artísticas deste tipo de arte. A obra
deve ser valorizada por si só. Um dos meios preferidos dos artistas conceituais é a
instalação, ou seja, um espaço de interação entre a obra e o espectador. Até mesmo
a televisão e o vídeo são usados nas instalações. Destacam-se os seguintes artistas:
Joseph Beuys, Joseph Kosuth, Daniel Buren, Sol Le-Witt (principal representante do
Minimalismo) e Marcel Broodthaers, Nam June Paik, Vito Acconci, Bill Viola, Bruce
Naumann, Gary Hill, Bruce Yonemoto e William Wegman.

HISTÓRIA DA DANÇA

História da dança

Dançar, dançar, dançar...basta querer, é só começar! A dança é uma das expressões


artísticas mais antigas. Na pré-história dançava-se pela vida, pela sobrevivência, o
homem evoluiu e a dança obteve características sagradas, os gestos eram místicos e
acompanhavam rituais. Na Grécia, a dança ajudava nas lutas e na conquista da
perfeição do corpo, já na Idade Média se tornou profana, ressurgindo no
Renascimento. A dança tem história e essa história acompanha a evolução das artes
visuais, da música e do teatro.

Dança Primitiva

A A dança nasceu associada às práticas mágicas do homem, com o desenvolvimento


da civilização, o rito separou-se da dança.

O homem dançava pela sobrevivência, dançava para a natureza em busca de mais


alimentos, água e também em forma de agradecimento. A dança era quase um
instinto e esses acontecimentos registrados nas paredes de cavernas em forma de
desenhos, ficaram conhecidos como arte rupestre.

O homem primitivo pintava nas paredes das grutas, cavernas e galerias subterrâneas
cenas de caça e rituais que representavam a caçada. Pareciam acreditar ser possível,
pela representação pictórica, alcançar determinados objetivos, como abater um
animal, por exemplo.

47
Danças Milenares
Egito: a dança no antigo Egito era ritualística e tinha características sagradas.
Dançava-se para os Deuses, em casamentos e funerais.

Grécia: a dança originou-se de rituais religiosos, os gregos acreditavam no seu poder


mágico, assim os vários deuses gregos eram cultuados de diferentes maneiras. As
danças preparavam fisicamente os guerreiros e sempre eram feitas em grupos. A
dança era muito difundida na Grécia Antiga, importante no teatro, a dança se
manifestava por meio do coro.

Roma: a dança entra em decadência, pois nunca foi privilegiada e só vai recuperar
sua importância no Renascimento.

Idade Média: nesse período, a dança, como todos os outros movimentos artísticos,
sofreu um retrocesso. A dança, pelo fato de se utilizar do corpo como expressão, foi
considerada profana, porém, continuou sendo praticada pelos camponeses.

Renascimento: a dança ressurge, é apreciada pela nobreza adquirindo um aspecto


social e tornando-se mais complexa, passa a ter estudos específicos feitos por
48
pessoas e grupos organizados sendo conhecida como balé. Até essa época a dança
era algo improvisado, só a partir do Renascimento passa de atividade lúdica, de
divertimento, para uma forma mais disciplinada, surgindo repertórios de movimentos
estilizados. O uso do termo balé, na época balleto, significava um conjunto de ritmos
e passos. A moda do balleto na Itália se espalhou também pela França durante o
século XVI.
O século XVII é considerado o grande século do balé, saindo dos salões e
transferindo-se para os palcos, provocando mudanças na maneira de se apresentar
surgindo, assim, os espetáculos de dança.
A partir do século XVIII o drama-balé-pantomima é executado nos palcos dos teatros
por verdadeiros profissionais de ambos os sexos. A dança adquire todo o seu
esplendor, com ricos e belos cenários e figurinos. O balé passa a contar uma história
com começo, meio e fim.

Romantismo: o termo Romantismo é absorvido pelo balé que, até aquela época,
falava de histórias de fadas, bruxas e feiticeiras. Procurou recuperar a harmonia entre
o homem e o mundo. É nessa época, século XVIII, que os bailarinos começam a usar
sapatilhas, completando a revolução do balé.
Na segunda metade do século XIX uma mulher novamente iria revolucionar toda a
dança, era Isadora Duncan, provocando uma imensa renovação com uma dança mais
livre, mais solta, mais ligada à vida real.

Dança Moderna: a dança moderna é uma negação da formalidade do balé. Os


bailarinos trabalham mais livres, porém não rompem completamente com a estrutura
do balé clássico. Os movimentos corporais são muito mais explorados, existe um
grande estudo das possibilidades motoras do corpo humano. Solos de improvisação
são bastante frequentes.
Martha Grahan e Nijinski são os grandes revolucionários da dança dessa época.
Serge Pavlovitch Diaglhilev, ou Nijinski, russo, mesmo não sendo um dançarino, criou
condições míticas para a dança. Marta Grahan nos Estados Unidos na década de
cinquenta criou uma nova maneira de dançar independente da música, baseando-se
principalmente nos sentimentos que qualquer som pode provocar, abrindo espaço
para todas as possibilidades da dança.

Dança Contemporânea
A arte contemporânea é complicada de se compreender. Por quê? É algo que não é
previsível, é o novo, é a ruptura com aquilo que conhecemos como arte. Na dança, a
contemporaneidade fica mais evidente, pois ela deixa de ter uma estrutura clara,
preocupando-se mais com a transmissão de conceitos, ideias e sentimentos do que
com a estética.
A dança contemporânea surgiu na década de 1960, como uma forma de protesto ou
rompimento com a cultura clássica. Depois de um período de intensas inovações e
experimentações, que muitas vezes beiravam a total desconstrução da arte,
finalmente - na década de 1980 - a dança contemporânea começou a se definir,
desenvolvendo uma linguagem própria. Os movimentos rompem com os movimentos
clássicos e os movimentos da dança moderna, modifica o espaço, usando não só o
palco como local de referência.
A dança contemporânea é uma explosão de movimentos e criações, o bailarino
escreve no tempo e no espaço conforme surgem e ressurgem ideias e emoções. Os
temas refletem a sociedade e a cultura nas quais estão inseridos, uma sociedade em
mudança, são diversificados, abertos e pressupõem o diálogo entre o dançarino e o
público numa interação entre sujeitos comunicativos. O corpo é mais livre, pois é
dotado de maior autonomia.
A dança contemporânea é uma circulação de energia: ora explosiva, ora recolhida. A
respiração, a alternância da tensão e do relaxamento em Martha Graham, o
49
desequilíbrio e o jogo do corpo com a gravidade em D.Humphrey; E.Decroux faz
trabalhar o diálogo da pele e do espaço retornando às origens do movimento.
A dança contemporânea não possui uma técnica única estabelecida, todos os tipos de
pessoas podem praticá-la.

Fonte: http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=102

HISTÓRIA TEATRO

Pré-história
O teatro sempre esteve presente na história da humanidade e, por meio dele, o
homem expressava sentimentos, contava histórias, e louvava seus deuses.
Ninguém sabe ao certo como e quando surgiu o teatro. Provavelmente nasceu junto
com a curiosidade do homem, desde o tempo das cavernas, de tanto observar os
animais, acabou conseguindo imitar esses bichos, para se aproximar deles sem ser
visto numa caçada, por exemplo. Depois, o homem desta época deve ter encenado
essa caça para seus companheiros para contar a eles como foi, já que não existia
ainda a linguagem como a gente conhece hoje. Isso era teatro, mas ainda não era
espetáculo.
Antiguidade
Quem vai assistir a peças, muitas vezes engraçadas, hoje em dia, talvez nem imagine
que o teatro, há muito tempo, era sagrado. As pessoas acreditavam que por meio
desses rituais era possível invocar deuses e forças da natureza para fazer chover,
tornar a terra mais fértil e as caças mais fáceis, ou deixar os desastres naturais bem
longe de sua comunidade. Estes rituais envolviam cantos, danças e encenações de
histórias dos deuses, que assim deveriam ficar felizes com a homenagem e ser
piedosos com os homens.
Teatro Grego
O teatro grego surgiu das cerimônias e rituais gregos como as Dionisíacas que eram
celebrações de caráter religioso ao deus Dionísio, o deus do vinho, do entusiasmo, da
fertilidade e do teatro. Os deuses gregos eram muito parecidos com os homens, pois
tinham vontades e humores. Uma coisa curiosa nas encenações é que só os homens
podiam atuar, já que as mulheres não eram consideradas cidadãs, por isso as peças
eram encenadas com grandes máscaras.
Foi na Grécia que surgiu a dramaturgia com Téspis que também representou pela
primeira vez o deus Dionísio, criando o ofício de ator. Também na Grécia antiga
surgiram dois gêneros do teatro a Tragédia e a Comédia.
Nas tragédias gregas os temas eram ligados às leis, à justiça e ao destino. Nesse
gênero eram contadas histórias que quase sempre terminavam com a morte do herói.
Os autores de tragédia grega mais famosos foram Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. Ao
contrário da tragédia, na comédia grega as histórias visavam o riso do espectador,
eram formas engraçadas de perceber a vida chamadas sátiras. Um grande autor de
comédia grega foi Aristófanes. Todos esses autores influenciaram muito o teatro que
veio depois e suas peças são encenadas até hoje.
As peças gregas passaram a ser representadas em espaços especiais que são
parecidos com os teatros atuais. Eram construções em forma de meia-lua, cavadas
no chão, com bancos parecidos com arquibancadas, chamados de teatros de arena.
Roma
O teatro romano não é um reflexo do teatro grego. Eles importaram a cultura grega,
porém tinham seu próprio estilo. O teatro romano perde o caráter de sagrado e visa à
diversão e ao prazer, a comédia toma o lugar da tragédia. Os espetáculos de circo
50
romanos eram violentos, se baseavam em competições entre os romanos e os
cristãos os quais eram sacrificados publicamente.
Idade Média
Período de intensa atividade católica. Durante as missas eram representadas
passagens da bíblia, porém as autoridades católicas, com medo da perda do caráter
sagrado da missa, proibiram as exibições e as peças foram para as praças públicas.
Também na Idade Média surgem as comédias bufas com temas políticos e sociais e a
farsa com uso de estereótipos que ironizavam acontecimentos do dia a dia. Aparecem
os Saltimbancos, companhias de teatro que iam de cidade em cidade apresentando
seus espetáculos.
Renascimento
Na Itália, no final da Idade Média e início do Renascimento, surge a Commedia
Dell'Arte, que se baseava em espetáculos teatrais populares, apresentados nas ruas,
com textos improvisados e personagens de destaques como Arlequim, Pierrot,
Colombina, Polichinelo, Pantaleão, Briguela.
Na Ingleterra, a rainha Elizabeth I deu proteção ao teatro da época pois apreciava
muito os espetáculos populares. Contava com a ajuda de alguns dramaturgos
ingleses para contar a história de seus heróis reforçando o sentimento do
nacionalismo. O principal deles era Sheakespeare que também idealizou e construíu
o mais famoso teatro inglês: o Globe.Também vale destacar o francês Moliére,
patrono dos atores franceses. Moliére foi um comediógrafo, ou seja, se dedicou a
escrever comédias e, em suas histórias, explorava as fraquezas e ridículos do ser
humano.
Romantismo
Nos séculos XVIII e XIX a Europa teve várias revoluções. Nesse período, a burguesia
tem uma ascensão e o teatro sofre infuências, o drama substitui a tragédia e a
comédia se desenvolve, o foco do teatro se torna muito mais individual e não é mais
social. No romantismo, o teatro volta-se para o ser humano, as peças falam sobre
emoção, e surge o melodrama. Liberdade, fraternidade e igualdade são os lemas
desse período.
Realismo e Naturalismo no teatro
Até o século XVIII o teatro era frequentado pelo povo e essa realidade foi se
modificando, a burguesia começou a ser maioria nas plateias e o teatro passou a
mostrar as realidades burguesas com temas como a vida social, o casamento, o
dinheiro entre outros. As representações também começaram a ser mais naturais,
mostrando pessoas comuns, mais próximas da vida real.
Século XX
A partir do realismo e naturalismo o teatro evolui e se torna um instrumento de
discussão e crítica da sociedade, mesmo com a falta de preocupação da reprodução
da realidade nos cenários e figurinos, os temas tratados ilustram a realidade social. O
teatro nessa época trabalha questões políticas e questões que refletem criticamente
aspectos da sociedade vigente.

O Teatro hoje
Dá para perceber que, com tantas influências, o teatro de hoje é uma arte muito rica.
Existe a ópera, o teatro de bonecos, os musicais, o teatro feito em espaços
alternativos, entre outros. Quando apareceu o cinema, há mais de cem anos, muita
gente previu o fim do teatro. Falavam que o cinema iria substituí-lo, porque podia criar
histórias com muito mais semelhança com a realidade. Ainda bem que isso não
aconteceu!

51
MÚSICA GREGA

52
MÚSICA NA IDADE MÉDIA

53
54
55
Atividade
Leia sobre a música nas três épocas e analise qual a relação que existe entre elas e
suas diferenças.

56
Bom saber

57
AS DÉCADAS NA MÚSICA BRASILEIRA

58
59
60
61
MPB

62
63
Música dos anos 60 e 70

64
65
Música dos anos 80 e 90

Atividade
Pesquise e procure explicar as seguintes denominações:
“Música brega”, “Música jovem”, “Música caipira”.

66
67
Atividade

Procure fazer a integração da música e da dança com outros elementos da arte ou


da vida diária. Relacione duas destas expressões.

MÓDULO III

ARTE NAS PROFISSÕES MODERNAS

Arte nas profissões

Em linhas gerais, a atividade artística sofreu e continua sofrendo grandes

influências tecnológicas ao longo da história da humanidade. A arte está tão

68
ligada aos avanços tecnológicos quanto qualquer outra área do conhecimento

humano. A medida que novas formas de trabalho surgem, a atividade artística

sofre uma evolução considerável.

A idade das cavernas

Os desenhistas e pintores do paleolítico não detinham mais que barro,

tonalidades diferentes de areia, musgo, ceras de plantas e uma ou outra tintura

natural para produzir seus desenhos em cavernas e rochas. Depois, com a idade

da pedra lascada (no período Neolítico), junta-se a esse universo de meios de

produção a sabedoria de criar pequenas peças, ferramentas de: raspar, cavar e

esculpir objetos.

Mais tarde, percebendo a diferenciação entre os materiais naturais: “uns são

duros e por isso devem ser usados para furar e raspar os mais moles”, as

madeiras passam a ser percebidas e usadas segundo suas propriedades de

rigidez, flexibilidade, tonalidade e resistência. O mesmo ocorre com o carvão, o

barro e as ligas de metal. A partir daí a produção artística passa a ser feita em

peças monumentais e também pequenas esculturas que conseguiram chegar aos

dias de hoje, para nosso deleite.

A impressa (Guttemberg 1465)

Grande avanço aconteceu quando o artista pode criar suas peças e reproduzi-las

em escala, para uma audiência muito maior. Aliada a esse avanço outras práticas

artísticas, como a litografia, a xilogravura, a serigrafia, a tipografia móvel e o

aperfeiçoamento do livro contribuíram para o surgimento de muitos outros meios

de produção artística, por exemplo: as técnicas de gravura em metal, a

reprodução em off-set, as atividades profissionais de: ilustrador, capista,

cartazista, tipógrafo, impressor e hoje o designer gráfico.

69
É incrível imaginar como os cartazes e obras de comunicação de massa,

poderiam ser feitos se não houvesse o poder de reprodutibilidade da imprensa.

Acredito que não seja possível se falar em audiência de massa, por conta de não

ser possível até então, produzir uma peça de comunicação em escala industrial.

Um cartão, por exemplo, pintado por um artista em 1400, antes do advento da

imprensa, não alcançaria um público muito grande, visto que seu artista teria que

fazer a mesma peça manualmente várias vezes, se desejasse disseminá-la para

um número maior de pessoas. Toulouse-Lautrec, grande cartazista em litogravura

por volta de 1897, não conseguiria uma tiragem maior que trinta unidades, ou

mesmo quinze unidades do mesmo cartaz impresso um a um, caso não

empregasse as técnicas de reprodução da imagem que já estavam a seu

alcance.

Foi com as possibilidades da imprensa que as artes se expandiram e puderam

ser vistas, lidas e apreciadas. Chegando ao conhecimento de populações menos

esclarecidas em várias partes do mundo. Por isso grandes artistas, como William

Turner, com ampla visão comercial, faziam questão de conseguir reproduzir seus

desenhos em anuários e com isso conquistar públicos que não podiam chegar

até suas pinturas, expostas em uma galeria de Londres.

Também, por causa do surgimento dessas tecnologias: a escrita, a imprensa, o

livro e tantas outras, iniciou-se um processo de cisão no universo artístico.

Passou-se a falar de Arte, com “A” maiúsculo, e “artes aplicadas” (como se

fossem menos dignas). Uma diferenciação teórica, técnica e conceitual da

atividade de criação. Enquanto um artista: desenhista, pintor, aquarelista ou

escultor não poderia jamais, manualmente, reproduzir sua obra para atender a

uma clientela maior, os artistas das artes aplicadas comerciais podiam executar

trabalhos para um público significativo. Mas o maior de todos os embates teóricos

sobres essas duas vertentes da prática artística fica a cargo do tipo de

mensagem a ser passado por essas obras. Ao que parece um artista tradicional

tem mais a comunicar do que um artista comercial (o que é questionável). E a


70
reprodução de peças de arte fez com que uma cópia tivesse preço muito menor

que a obra única e original. Esses questionamentos vêm há anos perturbando e

colocando legiões inteiras de artistas frente a frente. Uns se considerando mais

importantes do que os outros.

A fotografia (Niepce 1822)

Até surgir mais um grande invento moderno: a fotografia. Essa não só mudou os

rumos da arte, como contribuiu ainda mais para acalorar as discussões filosóficas

no meio artístico. Quando a máquina fotográfica surgiu e a fotografia passou a

ser usada com mais eficiência, em substituição aos retratos pintados a óleo, a

arte sofreu duros questionamentos. “Porque fazer uma pintura de retrato se uma

máquina em muito menos tempo poderia substituir o trabalho do pintor?” Por um

tempo alguns teóricos chegaram a decretar a morte da pintura. Até grandes

gênios artísticos se posicionarem brilhantemente noutro sentido. “Nós não vamos

disputar com a perfeição da máquina” na verdade ela fazer esse trabalho de

reprodução fiel da realidade, tão perfeito e tão rápido, nos liberta para procurar

outras formas de expressão que vão além da máquina. E assim surgiram escolas

como: o Impressionismo, o Expressionismo, o Futurismo, e tantas outras

correntes artísticas que elevaram o trabalho artístico além das potencialidades da

máquina. Assim, todas as tecnologias, embora se influenciassem, puderam e

podem coexistir até hoje.

A informática

Mais uma vez, ao longo da história artística da humanidade, a máquina vem

facilitar o trabalho e criar mais opções técnicas de produção. A utilidade do

computador para criar arte é inqüestionável, ele passa a fazer parte da paleta do

artista, assim como são os seus: pincéis, tintas, papéis, telas e lápis. Antes de

usar o computador para criar, se um artista errasse, teria que refazer todo o

trabalho, perdendo tempo e desperdiçando material artístico caro. Desenhando

no computador basta desfazer um ou mais passos teclando alguns atalhos.

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A Internet

Em extensão ao que a imprensa provocou, a Internet eleva a disseminação das

publicações impressas consideravelmente. Esse novo meio de comunicação

influencia e distancia gerações, há aqueles que são adeptos das tecnologias de

informação e comunicação e há aqueles, que mesmo tendo nascido em meio à

era do conhecimento, se mantém à parte desse universo.

O computador munido de softwares gráficos e as fontes de informação existentes

na Internet contribuem para uma forma de criar arte sem grandes gastos

materiais (e supostamente sem perdas, a não ser de tempo), pois o que se cria

no computador e publica na Internet é arte não tátil (não é possível pegar, não

tem cheiro e o artista não se suja de tinta). O universo digital transformou o

atelier em um estúdio limpo, abrindo um mundo paralelo, rico de experiências e

infinitamente poderoso para os trabalhos artísticos. Um universo ilimitado e de

descobertas extraordinárias.

E o que aconteceu com as artes ao longo de todas essas transformações


tecnológicas?

É visível a influência e a troca produtiva entre a Arte e a Tecnologia. A cada

advento tecnológico, as atividades artísticas se adaptaram, se modificaram e até

surgiram novas atividades ligadas às artes e que fazem uso dessas tecnologias,

como: designers gráficos, fotógrafos, webdesigners e tantos outros tipos de

profissões artísticas. Mas uma coisa parece ser constante ao longo de todo esse

fervilhar de novas propostas produtivas: a mensagem. Ainda que surjam muito

mais opções materiais de se criar arte, a mensagem a ser transmitida ainda é de

responsabilidade do artista, e a ele cabe saber o que dizer e como dizer. Por isso

se enriquecer culturalmente para ter o que falar com seu lápis, ou com seu

Photoshop, Corel, etc.; seja para o seu blog ou para uma agência, é de

fundamental importância.

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Hoje, para todos nós artistas, sejamos tradicionais: pintores, desenhistas,

escultores; ou digitais: fotógrafos, designers, webdesigners, animadores, etc. o

importante é o conteúdo e não apenas o primor técnico. Pois a técnica evolui,

novos processos produtivos surgem, novos softwares são inventados, pipocam

novas versões a cada ano, mas isso tudo se aprende e se adapta para o uso das

artes.

A técnica de hoje pode não ser mais a técnica em voga amanhã, por isso é

preciso ir além das limitações materiais para ser um verdadeiro artista. É preciso

mais do que nunca se alimentar com conhecimento e experiências

enriquecedoras, porque as técnicas embora sejam de grande utilidade, não são

as mesmas sempre. E a sabedoria adquirida com a prática de uma técnica

produtiva, o desenho ou a pintura por exemplo, gera grandes resultados ao se

migrar para um modo de fazer arte digital. Tudo isso é conhecimento adquirido, é

preciso saber um pouco de cada técnica e se manter alimentando de novos

saberes.

ARTE INDÍGENA E AFRICANA NA CULTURA BRASILEIRA.

O Brasil tem uma história marcada por uma grande contribuição da cultura indígena e
africana. A identidade nacional do povo brasileiro passa por estas duas etnias.

Nosso país tem a maior população de origem africana fora da África. Por isso, a
influência africana pode ser vista nas músicas, religiões e manifestações culturais do
povo brasileiro. A cultura negra é forte principalmente na região nordeste do Brasil.

O movimento afro-brasileiro é resultado da miscigenação dos povos. A cultura


africana foi incorporada no Brasil a partir do século XIX, com destaque para a prática
da capoeira e para as manifestações e rituais religiosos.
O folclore é entendido como o conjunto de manifestações espirituais, materiais e
culturais de origem popular, transmitidos via oral ou pela prática de geração em
geração. Compreende, assim, as tradições, festas, danças, canções, lendas,
superstições, comidas típicas, vestimentas e artesanatos-cultivados especialmente
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pelas camadas populares. A escravidão foi responsável pela contribuição africana
para o folclore, principalmente por que os negros eram trazidos de diversas áreas do
velho continente.
A literatura popular de origem africana é riquíssima. Ela contém uma vasta série de
contos e lendas, que hoje integram o folclore brasileiro: contos totêmicos, ou seja,
conjuntos de animais, como: tartaruga, lebre, sapo, antílope, elefante, crocodilo etc.
Contos de assombrações e entidades sobrenaturais, como a lenda do quibungo, que
significa lobo. É uma espécie de entidade sobrenatural, meio homem, meio animal,
que possui um enorme buraco no meio das costas, na qual atira meninos que
persegue para comer.
A cultura material de origem africana também é vastíssima, abarcando artesanatos e
técnicas, tais como: a fabricação de instrumentos musicais, a culinária, a fabricação
de utensílios de cozinha e a indumentária, entre outros. Entre os instrumentos
trazidos pelos africanos para o Brasil se destacam os de percussão, segundo o
dicionário da língua portuguesa Aurélio (1998):
A arte africana envolve um espectro diferenciado, desde representações em
pinturas, esculturas e objetos ornamentais de uso permanente e cotidiano para
comemorar os ancestrais, cultuar as forças naturais, invocar forças vitais, propiciar
boas colheitas, até objetos em geral que acompanham os ritos, as danças e as
cerimônias religiosas em sua ampla gama de singularidade.
O samba, principal ritmo brasileiro, tem grande contribuição e influência da
cultura africana, sendo uma das primeiras adaptações dos cantos tribais dos
primeiros escravos que chegaram ao Brasil. A capoeira, um tipo de dança e luta de
origem negra, foi proibida no Brasil por muitos anos, mas se tornou parte importante
da cultura do país em 1930, sendo considerada nos dias de hoje como um esporte
verdadeiramente nacional.
Na religião, a grande influência está no Candomblé, que teve origem na África.
Já na culinária, a cultura africana é vista em pratos como o vatapá, o acarajé, o
caruru, a feijoada, o sarapatel, entre outros.
Agora, no que diz respeito à influência indígena, a herança cultural brasileira
pode ser vista no folclore, nas lendas com personagens da floresta, no artesanato, no
idioma, nas técnicas de plantio de baixo impacto ambiental, no conhecimento sobre
as plantas e suas características medicinais e na alimentação.
Segundo o folclore brasileiro, existia a lenda do curupira (ser habitante das
florestas brasileiras), cuja principal atribuição seria proteger animais e plantas.
Sempre recorrente nas lendas, o curupira tinha os pés com calcanhares para frente
para confundir os caçadores. Conforme o historiador Sérgio Buarque de Holanda, o
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curupira não existiu, mas os indígenas tinham o hábito de andar para trás, para
confundir os europeus e bandeirantes.
A vontade de andar descalço foi outro hábito que herdamos dos indígenas.
Geralmente, quando chegamos em casa após um dia inteiro de trabalho ou estudo, a
primeira coisa que fazemos é retirar o calçado e ficar certo tempo descalços. Muitas
pessoas têm o hábito de sempre andar descalças quando estão em suas casas.
O costume de descansar em redes é outra herança dos povos indígenas.
Quase sempre os índios dormem em redes de palha que se encontram dentro de
suas ocas (suas habitações nas aldeias).
A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena,
como a utilização da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju,
polvilho), o costume de se alimentar com peixes, carne socada no pilão de madeira
(conhecida como paçoca) e pratos derivados da caça (como picadinho de jacaré e
pato ao tucupi), além do costume de comer frutas (principalmente o cupuaçu, bacuri,
graviola, caju, açaí e o buriti).
Além da influência indígena na culinária brasileira, herdamos também a crença
nas práticas populares de cura derivadas das plantas. Por isso sempre se recorre ao
pó de guaraná, ao boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à semente de sucupira, entre
outros, para curar alguma enfermidade.
A influência cultural indígena na sociedade brasileira não para por aí: a língua
portuguesa brasileira também teve influência das línguas indígenas. Várias palavras
de origem indígena se encontram em nosso vocabulário cotidiano, como palavras
ligadas à flora e à fauna (como abacaxi, caju, mandioca, tatu) e palavras que são
utilizadas como nomes próprios (como o parque do Ibirapuera, em São Paulo, que
significa, “lugar que já foi mato”, em que “ibira” quer dizer árvore e “puera” tem o
sentido de algo que já foi. O rio Tietê em São Paulo também é um nome indígena que
significa “rio verdadeiro”).
Os povos indígenas deixaram para a sociedade brasileira uma diversidade
cultural que foi importante para a formação da população brasileira.
Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/cultura-indigena-e-africana.html
http://alunosonline.uol.com.br/historia-do-brasil/herancas-culturais-indigenas.html

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