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Dados Internacionais de
Catalogação na Publicação (CIP)
A Oração do Justo /
Edição, Impressão
ISBN 85-904901-4-9
e Acabamento
1. Vida cristã. 2. Liderança.
3. Oração. I. Título.
CDD 240
Distribuição e Vendas:
www.editorajocum.com.br
devocional – 240
SUMÁRIO
Apresentação.....................................................................07
Prefáceo.............................................................................09
Introdução.........................................................................11
2. O Caráter de Perseverança............................................45
3. A Objetividade Espiritual..............................................67
4. O Espírito da Aliança....................................................85
5. Coerência e Identificação............................................103
6. Visão e esperança........................................................121
7. O Espírito de Unidade................................................145
APRESENTAÇÃO
nações.
PREFÁCIO
Tiago evidencia que “... a oração do justo muito pode nos seus
efeitos” (Tg 5:16). Como poderíamos definir isso que Tiago
denomina de “oração do justo” ? A melhor resposta a esta pergunta
pode ser elaborada através da famosa “oração sacerdotal” de
Jesus, o “Justo”, e também o “Justificador” de toda a raça humana.
Dentre muitas orações feitas por Jesus e que estão descritas nos
Evangelhos, escolhi essa devido ao crucial momento de prova que
confrontou o Seu caráter, como também, revelou segredos do Seu
estilo de vida. Dessa “oração do Justo” podemos extrair pelo menos
sete elementos que sinergicamente precisam estar integrados no
estilo de vida do intercessor, e que são capazes de justificar os
poderosos efeitos de uma oração: 1. O discernimento profético do
momento presente: a inteligência espiritual da oração.
INTRODUÇÃO
Fé e Caráter:
A Base da Oração
ãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome
do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o
levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns
pelos outros, para serdes curados. A oração do justo muito pode
em seus efeitos. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que
nós, e orou com fervor para que não chovesse, e por três anos e
seis meses não choveu sobre a terra. E orou outra vez e o céu deu
chuva, e a terra produziu o seu fruto. Meus irmãos, se alguém
dentre vós se desviar da verdade e alguém o converter, sabei que
aquele que fizer converter um pecador do erro do seu caminho
salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados” (Tg
5:13-16).
IntrOduçãO - 13
O princípio da vida
IntrOduçãO - 15
ter. Este não é um livro sobre como orar, nem sobre modelos de
oração, mas sobre o poder que um caráter provado, transformado e
confiável tem de impactar o mundo espiritual.
IntrOduçãO - 17
Muitas coisas podem fazer Deus agir além das nossas ora-
A ORAÇÃO DA FÉ
Antes de Tiago falar sobre a oração do justo, ele fala sobre a oração
da fé. Três coisas são extremamente necessárias para o
desencadear da oração da fé: a missão da liderança, a unção da
liderança e o perdão da liderança. Esses são os principais
componentes da oração da fé. Confiança pode ser subtraída ou
adicionada em virtude desses elementos.
IntrOduçãO - 19
Isso fala do poder que o perdão dos líderes tem de levantar uma
pessoa, e também como o ressentimento e as palavras de maldição
de uma liderança podem transtornar o funcionamento do Corpo de
Cristo. Por isso, a principal característica do ministério sacerdotal é
o coração perdoador e reconciliador (Hb 5:1-3).
A ORAÇÃO DO JUSTO
1. A oração de Elias
IntrOduçãO - 21
Quando Tiago fala que Elias orou outra vez, isso quer dizer que ele
orou de outra forma. Era uma oração diferente que certamente
mudaria a realidade da nação.
Ele viu apenas uma pequena nuvem nos céus e creu na chuva. Era
como uma pequena fechadura nos céus. Deu sete vol-
IntrOduçãO - 23
Como poderíamos definir essa “oração do justo” que muito pode nos
seus efeitos? Acredito não haver outro modelo melhor de “oração do
justo” do que a oração sacerdotal de
IntrOduçãO - 25
“... para que ele seja justo e também justificador daquele que tem
fé em Jesus” (Rm 3:26).
IntrOduçãO - 27
do justo e estabelecem o genuíno caráter, bem como, o estilo de
vida do intercessor:
mas por aqueles que me deste, porque são teus” (Jo 17:9).
(Jo 17:20).
CAPÍTULO 1
O Discernimento Profético
do Momento Presente
A oração do momento e o momento da oração. Mo-
Cronos e Kairós
“No ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que
o número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, que
haviam de durar as deso-lações de Jerusalém, era de setenta anos.
Eu, pois, dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com
oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza” (Dn 9:2,3).
ção a Amnom, por ter violentado sua irmã. De fato, segundo a lei, o
crime de Amnom deveria ser punido com a morte.
que sabia como destruir Davi, e por isso Davi também discerniu a
necessidade de fazer essa oração, e Deus o atendeu.
“Assim Miriã esteve fechada fora do arraial por sete dias; e o povo
não partiu, enquanto Miriã não se reco-lheu de novo” (Nm 12:15) .
“Agora, pois, deixa-me, para que a minha ira se acenda contra eles,
e eu os consuma; e eu farei de ti uma grande na-
ção.” (Ex 32:10). Quanto tempo isso iria demandar? Talvez
quinhentos anos. Porém, Moisés não permitiu que o povo fosse
destruído:
A partir daquele instante, cada reação sua seria medida pelo padrão
da aprovação divina. A focalização de Jesus não
CAPÍTULO 2
O Caráter de Perseverança
oração.
“... porquanto derramou a sua alma até a morte, e foi contado com
os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e
pelos transgressores intercede” (Is 53:12).
O cAráter de PerseverAnçA - 47
Jesus terminou sua vida em uma cruz, sem nenhum sinal aparente
de sucesso. Se fez pobre (II Co 8:9), perdeu sua repu-tação
crucificado nu entre dois ladrões, não estudou em grandes escolas
(Jo 7:15), recusou o sucesso político e a vida nos palácios (Jo 6:15),
demonstrou seu poder abrindo mão do mes-
O cAráter de PerseverAnçA - 49
Mente e coração
Existe uma distância muito maior que dois palmos entre a cabeça e
o coração. Gostaria de avaliar essa distância. Quais são realmente
os nossos valores? Estamos combatendo o bom combate na vida?
Como podemos determinar de forma ge-nuína os nossos
verdadeiros valores? É simples. Basta aten-tarmos para aquelas
coisas onde estamos investindo a maior parte do nosso tempo,
dinheiro, vida, esforços, etc. Dessa forma podemos facilmente
detectar nosso quadro de valores e avaliar a nobreza relativa aos
mesmos.
O cAráter de PerseverAnçA - 51
O cAráter de PerseverAnçA - 55
Quem é o maior terrorista? Satanás. Ele não tem o poder que ele
nos faz acreditar que tem. Na verdade, todas as desvan-tagens
estão do lado dele. Isso faz do terrorismo e da intimida-
O cAráter de PerseverAnçA - 57
O cAráter de PerseverAnçA - 59
Pensei que ali, por ser um lugar frequentado por pessoas ricas seria
um campo de evangelismo difícil, mas estava impressionado ao ver
tanta gente, inclusive madames da “alta sociedade”, recebendo a
palavra da salvação em lágrimas.
“Disse o profeta Gade a Davi: Não fiques no lugar forte; sai, e entra
na terra de Judá. Então Davi saiu, e foi para o bosque de Herete” (I
Sm 22:5).
O cAráter de PerseverAnçA - 61
“Ao ouvir isso um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-
aventurado aquele que comer pão no reino de Deus. Jesus, porém,
lhe disse: Certo homem dava uma grande ceia, e convidou a muitos.
E à hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: vinde,
porque tudo já está preparado. Mas todos à uma começaram a
escusar-se.
lo; rogo-te que me dês por escusado. Outro disse: Comprei cinco
juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que me dês por
escusado. Ainda outro disse: Casei-me e portanto não posso ir.
Voltou o servo e contou tudo isto a seu senhor: Então o dono da
casa, indignado, disse a seu servo: Sai depressa para as ruas e
becos da cidade e traze aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os
coxos” (Lc 14:15-21).
O cAráter de PerseverAnçA - 63
Alguém já disse: Não fale para Deus o grande problema que você
tem, mas fale para o seu problema o grande Deus que você possui!
Muitos têm uma tendência de acreditar mais em seus problemas do
que em Deus. É muito comum vermos pessoas que, por idolatrarem
os seus problemas, so-frem uma profunda distorção da identidade
espiritual, ou seja, mais que ter um problema, passam a ser como o
problema. Tomam a forma do problema. Vivem de acordo com o
problema. Professam constantemente a derrota. Aquele problema
passa a ser o centro da sua vida espiritual, tomando o lugar de
Deus. Vão para igreja e, ao invés de cultuar a Deus, cultuam o
problema. Até oram a Deus, mas a fé ainda permanece no
problema.
Esse hipocondrismo religioso que emerge de uma plataforma de
incredulidade explica por que tantas pessoas encontram-se
espiritualmente amarradas e escravas das filas de oração.
O cAráter de PerseverAnçA - 65
Conclusão
CAPÍTULO 3
A Objetividade Espiritual
Saber focalizar prioridades corretas de acordo
A OBJetIvIdAde esPIrItuAl - 69
Jesus fez questão de limitar sua oração. Ele orou curto e grosso.
Seus discípulos estariam debaixo do mesmo fogo cruzado da hora
chegada. Ele disse: “Não oro pelo mundo”.
Deus nos tem confiado. Se você não sabe as pessoas que Deus
têm lhe confiado, você precisa descobrir, e começar a cobri-las em
oração. Independentemente de uma posição de liderança,
precisamos aprender a orar por aqueles que são de Deus e que ele
nos deu. Aquelas pessoas que compõem o propósito específico de
Deus para o qual devemos viver. Não fuja dessa responsabilidade
objetiva. Não diga como Caim:
A Bíblia fala sobre uma mulher que, apesar de perseverar por tantos
anos na igreja, havia perdido a objetividade. O foco da sua visão
espiritual fora duramente afetado devido a um trauma estrutural
sofrido. Tornara-se encurvada por um espí-
rito de enfermidade.
A OBJetIvIdAde esPIrItuAl - 71
Essa mulher, talvez, pudesse até ver muito bem as coisas, mas
tinha sua visão subjugada a uma enfermidade. Por ser encurvada,
sua visão estava tendenciosamente mal dire-
A OBJetIvIdAde esPIrItuAl - 73
entra e assola a vida de uma pessoa. A depressão encontra-se
sempre associada à desesperança. Em contrapartida, objetividade
gera uma sólida expectativa, que é a essência da fé e do desejo de
viver.
Focos doentios
Se a estrutura espiritual está deformada, a focalização torna-se
doentia. É importante estarmos apercebidos de problemas e
enfermidades espirituais que estão comprometendo nossa visão e,
por consequência, nossa objetividade espiritual. São tantas as
coisas que nos induzem a uma vida egocêntrica onde tudo que
vemos são os nossos próprios interesses e problemas.
“pessoas”.
A OBJetIvIdAde esPIrItuAl - 75
Filtrando as influências
“Anda com os sábios e será sábio, mas o companheiro de tolos será
afligido” (Pv 13:20).
Jesus não é uma força, ou uma filosofia positiva e nem uma opção
de religião ocidental. Ele é o criador e o redentor do homem. Ele nos
ama com inteligência e se importa com cada detalhe da nossa vida.
Quando Jesus nos vê, ele nos chama. Ele se aproxima e, ao mesmo
tempo, nos atrai a Ele. Esse é o toque do entendimento. Ele
explorou uma outra faculdade daquela mulher para libertá-la. Ela
tinha dificuldade de direcionar sua visão para ele, mas podia ouvi-lo.
O chamado de Deus pode até ser ignorado, porém, jamais não
entendido. Deus é um expert em comunicação.
A OBJetIvIdAde esPIrItuAl - 77
Quando Jesus nos chama a si, ele fala o que quer fazer.
Esse é o toque da palavra, que restaura a fé. Ele veio para
proclamar libertação aos cativos: “Mulher, estás livre da tua
enfermidade “. Essa foi a palavra que desencurvou sua fé,
derrubando toda incredulidade e falta de esperança.
A OBJetIvIdAde esPIrItuAl - 79
História e destino: estrutura e objetividade Existe um elo entre a
nossa história e o nosso destino; entre a nossa estrutura e a nossa
objetividade. De alguma forma, todo ser humano tem um desejo
inato de possuir direção e propósito na vida.
A OBJetIvIdAde esPIrItuAl - 81
Acredito que Jesus não curou de uma só vez esse homem para
enfatizar a importância da objetividade. Precisamos confessar, como
esse homem também fez, que não existe foco na nossa visão. O
segundo toque é o toque da objetividade. Acredito que temos muitas
pessoas hoje que não estão enxergando as pessoas como
deveriam. Há uma confusão, uma leitura equivocada e, até mesmo,
interpretações absurdas e insensíveis em relação às pessoas com
quem nos relacionamos.
A OBJetIvIdAde esPIrItuAl - 83
Quanto mais firme for a sua visão, mais longe você vai ver. Através
da objetividade, começamos a desvendar novos horizontes nunca
antes percebidos.
Quanto mais firme for a sua visão, mais detalhes você vai perceber.
Podemos focalizar questões que vão gerar um discernimento
imparcial e completo da situação.
Quanto mais firme for a sua visão mais pessoas você vai enxergar,
e mais você vai compreender em Deus as necessidades dessas
pessoas. Começamos a desfrutar da compaixão de Deus pelas
pessoas. A objetividade nos leva a ser práticos com as pessoas em
relação às suas reais necessidades.
CAPÍTULO 4
O Espírito da Aliança
O esPírItO dA AlIAnçA - 87
O casamento e a salvação
“Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua
mulher, e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas
eu falo em referência a Cristo e à igreja” (Ef 5:31,32).
O esPírItO dA AlIAnçA - 89
A oração de Ana
Virtude fluiu de Jesus para ela. Da mesma forma, Ana tocou a Deus
com sua atitude de entrega e devoção. O poder fluiu de Deus para
Ana. Literalmente, ela “sobressaltou” o Banco dos Céus. O poder de
Deus a invadiu e curou o seu ventre. A fertilidade substituiu o aborto
e a esterilidade.
O esPírItO dA AlIAnçA - 91
A LEI DA ALIANÇA
“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após
mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem
quiser salvar a sua vida por amor de mim perdê-la-á; mas quem
perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao
homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? ou que dará
o homem em troca da sua vida?” (Mt 16:24-26).
O esPírItO dA AlIAnçA - 93
a entrega precede a fé. Essa fé sobrenatural que nos faz apos-sar
da nossa herança em Deus só é viabilizada pela entrega.
rio, o Alexandre sugeriu: Por que vocês não vão no meu carro? O
carro dele era melhor que o meu, mas bastava dar uma
O esPírItO dA AlIAnçA - 95
olhadinha no tal “carro” para saber que aquela era uma su-gestão
absurda e fora de cogitação. Um Opala 76 bem chum-bado, com 14
anos de muito uso, radiador vazando, pneus com manchões...
O esPírItO dA AlIAnçA - 97
Aquilo era profético para ela. Ela não queria deixar Jesus para fora
de sua casa. Então, nos apresentamos, e só depois fomos saber do
que havia acontecido no culto. Deus realmente estava cuidando de
nós. Não sabíamos, mas seu marido era o responsável por um hotel
que havia acabado de ser construído ao lado de sua casa. Fomos
os primeiros hóspedes. Estávamos como em casa. Eles nos
receberam como se realmente fôssemos Jesus!
Tivemos que pedir, de Curitiba, uma autorização do pro-prietário do
carro para cruzarmos a fronteira, o que nos custou um dia de atraso
e descanso. Se não fosse por aquela providência de Deus,
estaríamos em apuros.
O esPírItO dA AlIAnçA - 99
Quando entregamos tudo que Deus pede, recebemos tudo o que ele
promete. O saldo desse câmbio é um enchimento de caráter, uma
capacidade de assimilar os atributos morais de Deus, ou seja, uma
apropriação plena da própria natureza divina. Aqui está um dos mais
importantes pilares da ora-
ção do “justo” que muito pode nos seus efeitos. O poder para
construir uma vida de fé e obediência parte desse princípio.
CAPÍTULO 5
Coerência e Identificação
“E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam
santificados na verdade” (Jo 17:19).
“E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam
santificados na verdade” (Jo 17:19).
A ESSÊNCIA DO DISCIPULADO
Tirando a morte de Jesus, acredito que essa foi a atitude que mais
abalou, confrontou e transformou a vida dos discí-
Foi exatamente nesse ínterim, que Deus começou a nos falar sobre
algumas raízes espirituais da corrupção e feitiçaria que têm se
alastrado, não apenas na política, como também, na religiosidade
nacional. Comecei a sentir um grande peso em relação à África e
Deus compartilhou comigo sobre um impacto de evangelismo e
intercessão em Angola, com du-ração de 21 dias, que aconteceu em
Julho de 1997. Já havia estado uma vez lá e, portanto, já tinha uma
razoável ideia dos desafios que isso representaria.
“Apesar de tudo, até muitos dos principais creram nele; mas não o
confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da
sinagoga. Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória
de Deus” (Jo 12:42,43).
Olhe apenas para Jesus...” Não! Jesus havia partido e agora eles
eram o referencial. Assumiram a responsabilidade de ser o exemplo
e o canal do poder de Deus.
Foi uma situação tão inédita e explosiva que a opinião pública foi
imediatamente mobilizada. Pessoas de todos os cantos vieram ver o
que havia acontecido e ficavam cho-cados. Todos conheciam aquele
aleijado que mendigava. A porta do templo era um local por onde
todos, sem exceção, passavam. Sem ter como negar o milagre,
começaram a olhar para Pedro e João como se fossem criaturas de
outro mundo, atribuindo a eles o mérito do espantoso
acontecimento:
“Pedro, vendo isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos
admirais deste homem? Ou, por que fitais os olhos em nós, como se
por nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar?” (At
3:12).
Esta é a coerência que Deus espera que haja em nós. Pedro teve a
integridade de chamar para si a responsabilidade de Deus usá-lo,
como também a humildade de desviar os olhos
E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam
santificados na verdade” (Jo 17:19).
Quando Jesus ora isso ao Pai, revelando uma tremenda fa-ceta do
Seu estilo de vida, podemos entender onde a teologia de Pedro
estava fundamentada. Pedro foi, não apenas o fruto da oração de
Jesus, mas da coerência que Ele praticava. Aquilo revolucionou sua
vida. Praticou a mesma coerência, e o milagre que transformou a
sua vida estava transformando a vida de outros. Um aleijado de
nascença, que tinha como úni-ca opção de sobrevivência mendigar,
experimentou uma cura extraordinária. Pedro não tinha como
receber os aplausos e as honrarias. Estava plenamente convencido
que a oração do Justo que mudou a sua vida é que também estava
se reprodu-zindo e mudando a vida daquele homem que jazia à
margem da sociedade. Nada poderia impedi-lo de viver de acordo
com um estilo de vida que é a senha do milagre!
CAPÍTULO 6
Visão e Esperança
“Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela
sua palavra hão de crer em mim” (Jo 17:20).
Na verdade, Ele não apenas orou pelo mundo inteiro, como pelo
futuro do mundo. Percebemos sua visão expandindo-se
ilimitadamente além daquela responsabilidade objetiva que Ele tinha
em relação aos seus discípulos. Temos aqui uma extraordinária
declaração de fé. A visão de Jesus fez sua ora-
Pessoas que talvez não daríamos nada por elas aqui no Brasil, com
um orçamento financeiro mínimo e até mesmo insuficiente, estão
fazendo uma enorme diferença em um dos campos missionários
mais desafiadores do mundo, que é a Rússia.
A vital necessidade do IDE
Naturalmente, após o nascimento, corta-se o cordão umbilical da
criança. Agora, é importante e vital que ela receba o seu alimento
pela boca e não mais por esse “cordão” que o ligava à mãe. Essa
pessoa vai crescendo e, mais tarde, o cordão da dependência
emocional e financeira é rompido com a família através do
casamento: “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e
unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne” (Gn 2:24).
Não! Ele disse vinde a mim, vinde após mim e IDE! Tirar a grande
comissão da Bíblia é um erro que não apenas frustra os desígnios
de Deus, como também, adoece a Igreja.
A VISÃO E O CRESCIMENTO
banho, para que concebessem diante das varas; mas quando era
fraco o rebanho, ele não as punha. Assim as fracas eram de Labão,
e as fortes de Jacó” (Gn 30:37-42).
• A lei do deslocamento
• A lei da posse
Tudo o que Deus manda você ver é seu. Quando Deus quer nos dar
algo, primeiro, Ele nos dá uma visão. Ver e possuir são palavras que
se encaixam. Dessa forma, podemos dizer que a nossa herança é
determinada por tudo aquilo que a nossa visão engloba. Você só
possui ou possuirá o que você vê.
• A lei da multiplicação
Antes da visão de Deus, o rei Uzias que está dentro de nós precisa
morrer. Todo referencial de liderança baseado na am-bição humana,
no autoritarismo e na autoimposição precisa morrer para que a visão
de Deus se manifeste.
A visão traz o sonho que vem de Deus, que nos permite ir além da
realidade que nós vemos. Dessa forma, podemos estender os
limites em relação ao que temos crido, alargar o
“Então disse eu: Ai de mim! pois estou perdido; porque sou homem
de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; e
os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos! Então voou para
mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do
altar com uma tenaz; e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis
que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e
perdoado o teu pecado” (Is 6:5-7).
problema é que a Igreja está adiando o que Deus tem. O que mais
existe na vida são rotinas e distrações que nos impedem de tomar
as decisões que Deus espera de nós. Muitas vezes, Deus já falou,
afirmou, confirmou, reafirmou e nós ainda estamos parados. Se há
alguém que está atrasando a obra de Deus, não é o diabo, mas a
própria Igreja!
MUDANDO DE DOMICÍLIO
va; pelo que os homens pegaram-lhe pela mão a ele, à sua mulher,
e às suas filhas, sendo-lhe misericordioso o Senhor. Assim o tiraram
e o puseram fora da cidade... E
Ela se sentia muito bem. As pessoas ali não eram tão taxativas.
Sentia-se melhor em relação à sua consciência.
Começaram a procrastinar.
Deus queria levar Abraão para um lugar onde ele iria romper os
seus limites. Com 75 anos, Abraão ainda estava amar-rado à sua
parentela. É impressionante constatar quanto tempo Abraão ficou
acomodado. Alguns estão há tempo demais agarrados na barra da
saia da mãe. Ele tinha que deixar o domicílio do medo e da
insegurança. Deus falou para Abraão:
Sentimo-nos tão bem com os irmãos, com Deus, com o que Deus
está fazendo, falando, movendo que deixamos de conquistar nossa
herança. Participamos dos cultos, dos congressos, dos seminários.
Vamos a todos os lugares para “receber” cada vez mais. Tornamo-
nos experts em “avivamento”. Porém, tudo isso é canalizado para
reforçar nosso comodismo espiritual.
Porém, quando você se volta para Emaús, Jesus se volta para você.
“Enquanto assim comentavam e discutiam, o próprio Jesus se
aproximou, e ia com eles” (Lc 24:15). Ele quer nos tirar desse
domicílio do trauma e da desilusão. É necessário voltar para
Jerusalém, o ponto de partida da grande comissão, o lugar espiritual
onde o Espírito Santo é derramado sobre as nossas vidas movendo-
nos para uma missão e um propósito eterno!
Tudo que o diabo quer é que você não se mude desses domicílios.
Ele até “investe” na sua vida espiritual, não lhe incomoda muito,
desde que você não mude. Mas, se há algo que incomoda o Espírito
Santo é a nossa inércia, e Ele vai lidar com isso. Até quando vamos
relutar contra Deus, amoldando-nos a uma perspectiva medíocre de
vida?
VISÃO E DIVULGAÇÃO
A visão, não só tem que vir de Deus, como também, ser bem
projetada, tornando-se, assim, executável. Uma visão tem o poder
de transformar uma simples pessoa em um grande líder. É algo
muito poderoso.
O ponto relevante aqui é que a visão tem que ser bendita e bem
divulgada. A visão tem que alcançar os apressados. É também
necessário paciência e discernimento em relação ao “tempo
determinado” para o seu pleno cumprimento. Precisamos ser
sensíveis à visitação de Deus. A visão tem que ser implantada e
executada da maneira de Deus. Quando levamos a “arca” do nosso
jeito, muitos, como Uzá, acabam morrendo. Davi aprendeu
dolorosamente que o zelo, sem entendimento e flexibilida-de, mata
até os que querem ajudar.
A visão até o fim falará. A visão nos persegue. Também, como diz
Habacuque, “não mentirá” . Por que falar isso? Porque são tantas as
provas que vêm para nos confundir, que é muito fácil desistirmos da
visão. O profeta também adverte: “Se tardar, espera” . Esse é o
ponto principal, a grande dica de Deus para con-cretizarmos Seus
sonhos em nossas vidas: “se tardar, espera” .
Visão lida com o futuro. Exige liderança e, acima de tudo, algo ainda
mais elevado que a esperança: a perseverança.
A visão tem que ser bem comunicada. Para ser bem comunicada,
tem que ser acreditada. Entre a visão e a divulgação
CAPÍTULO 7
O Espírito de Unidade
A unidade e a perfeição
Esse foi o grande clamor com o qual Jesus finaliza sua ora-
Uma chave precisa ser perfeita, caso contrário ela não abre a
fechadura. O modelo da chave, cada detalhe, cada ranhura precisa
combinar e se adequar ao formato da fechadura. O
Por muito tempo tentei resolver isso “na base da violência” através
de orações agressivas, mas pouco ofensivas espiritualmente: “Oh
Senhor! Agora mesmo, em nome de Jesus, quebramos e
arrombamos as portas do inferno na nossa cidade!” Porém, o maior
problema é que muitas vezes temos muita coragem e pouco
entendimento. Deixamos de ver as proezas de Deus devido à nossa
imprudência e ignorância espiritual.
É interessante que nesse diálogo, que é uma verdadeira aula de
batalha espiritual, Jesus não apenas menciona os
Isso que dizer que, não é mais Satanás quem detém as chaves da
morte e do inferno. É Jesus quem possui essas chaves agora!
Aleluia!!! A vitória de Jesus foi tão massacrante que o
Não quero dizer que temos que ter uma unidade doutriná-
a igreja orava com insistência a Deus por ele” (At 12:5). A Igreja
estava mais que reunida, estava unida em perseverante oração de
concordância, o que destrancou as portas do Hades impostas por
Herodes contra Pedro.
Na nossa busca diária, dentre muitas coisas, Deus nos deu uma
palavra específica para a cidade, quando Jesus disse que: “Esta
casta não sai senão com jejum e oração”. Ao invés de uma reunião
de oração por dia, começamos a ter duas, e montamos também
uma escala de jejum. As reuniões de ora-
rito Santo veio sobre ele e uma oração de confissão proféti-ca pela
cidade desentronizando a idolatria e entronizando a Jesus jorrou da
sua vida. Podíamos sentir claramente algo se rompendo no reino
espiritual. Toda aquela multidão foi poderosamente tocada pela
presença de Deus.
ria comigo. Quando entrei, ele se dirigiu a mim e disse: “Por favor,
eu quero compreender a Bíblia. Eu leio, mas não consigo entender.
Explique-me o salmo 133”. Na nossa linguagem ele estava me
pedindo: “Por favor, pregue para mim!”
çou a fluir de tal maneira que eu mesmo fiquei surpreso com a forma
como preguei para aquele homem faminto de Deus.
Acredito que ele disse isso por ser o dia das mães. Porém, havia
uma conotação profética nessa colocação, que poucos se deram
conta. Veja bem, o principado demoníaco da cidade, como já
mencionamos, era a “Conceição”, a “falsa mãe de Deus”, cuja tarefa
é conceber esterilidade, imoralidade, aborto de projetos e visões,
etc. Devido a isso, a cidade havia se tornado uma cidade dormitório,
uma das regiões mais pobres de Curitiba, tendo como fonte de
renda muitos motéis. Ao ser desentronizado esse principado pela
oração pública do Pr. Timóteo respaldada pela unidade dos
pastores, o próprio Prefeito estava proferindo que a Igreja seria,
agora, o novo ventre da cidade e não mais a “Conceição”. Glória a
Deus! O
ções da Cidade. O mesmo conserto que havia feito com Deus, fiz
profeticamente com a Igreja, confessando uma lista de pecados que
havia praticado contra a unidade e a diversidade do Corpo de Cristo.
Eram quase duas mil pessoas dizendo amém para a unidade da
Igreja, e creio eu que um poderoso altar de unidade foi levantado
para Deus. Toda glória a Ele!
“E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. Isto dizia,
significando de que modo havia de morrer” (Jo 12:32,33).
A outro ainda disse: “Ninguém que lança mão do arado e olha para
traz é apto para o reino de Deus.” Não vale desistir.
aquilo que estamos fazendo, e esse fato não deve nos impedir que
haja uma peneiração das pessoas para esse ministério.
ção responsivo.
Vamos ver uma história que pode e deve ser confrontada por esta
declaração de Paulo: “Sou devedor” - A parábola do credor
incompassivo. Essa é a terrível história de um homem que perdeu a
visão de que era um devedor.
“Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis
fazer contas com os seus servos; e, começan-do a fazer contas, foi-
lhe apresentado um que devia dez mil talentos; e, não tendo ele
com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus
filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se
lhe pagasse. Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava,
dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então
o senhor daquele servo, movido de íntima com-
ção do seu senhor. Ele não foi capaz de comunicar a graça que
havia recebido, ainda que em um valor mínimo. Essa é a maior
evidência de um coração duro. O que será de nós se nos
esquecermos da misericórdia de Deus? Jesus ensinou através
dessa parábola que para cada déficit de compaixão existe um
crédito de ira.
CONCLUSÃO